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1. Introdução
Uma tendência global que pode ser percebida nesse setor é a presença cada vez maior
de materiais plásticos. Exemplo disso é a parceria estabelecida entre a Associação Brasileira
da Indústria do Plástico, a Braskem e as empresas de transformação, buscando aplicações em
plástico relacionadas a “produtos que já possuem participação consolidada no mercado -
como tubos de PVC e caixas d'água em polietileno - e novas tecnologias como telhas e
esquadrias em PVC e as mantas acústicas para pisos fabricadas em polietileno expandido”
(ABIPLAST, 2014).
No mesmo sentido, Valencio (2011) afirma que, além dos plásticos utilizados em
tubos e conexões, vem ocorrendo a crescente substituição de aplicações tradicionalmente de
madeira ou alumínio, como esquadrias, por PVC. Ele destaca que há espaço de crescimento,
pois as esquadrias de PVC representavam, em 2011, apenas 1% do mercado total, frente a
40% dos materiais de madeira e 59% dos metálicos, sendo que uma significativa parte dos
fabricantes de esquadrias e acessórios são empresas de extrusão concentradas nas regiões sul e
sudeste.
O objetivo deste trabalho foi realizar uma adequação dos processos de gestão de
estoques da empresa à nova estratégia adotada, abordando aspectos como as políticas de
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2. Referencial teórico
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mais críticos para a gestão de estoques é o padrão de demanda mais irregular causado pela
diversidade crescente do número de produtos (REGO; MESQUITA, 2011)
De acordo com Moura (1997) a armazenagem tem como o objetivo estocar matérias
primas da forma mais eficiente possível. Um método adequado para estocar matéria prima,
peças em processamento e produtos acabados diminui os custos da operação, aumenta a
qualidade dos produtos e acelera o ritmo da produção (DIAS, 1993).
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Dias (1993) ressalta que no sistema de estocagem aleatória, ou livre, é necessário que
exista um método de controle sobre o endereçamento dos materiais para que não haja
materiais perdidos em estoque. Em relação à classificação e codificação de materiais, o autor
ressalta a importância de um sistema de classificação para que se mantenha um controle sobre
os estoques. Além disso, é importante utilizar um sistema de códigos que seja subdividido em
classes de acordo com as necessidades da empresa.
Para Dias (1993, p. 179), “a escolha do melhor sistema de estocagem de uma empresa
é feita em função do espaço disponível, do número de itens estocados e seus tipos, do tipo de
embalagem e da velocidade de atendimento necessária”. O autor ressalta que cada tipo de
carga tem suas particularidades e exige adaptações, de forma que é necessário desenvolver
soluções para cada caso.
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3. Etapas do estudo
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ideal, devem-se utilizar os dados de um período de tempo relativamente grande, mas como a
organização sofreu uma reestruturação em sua estrutura produtiva nos últimos meses, foram
analisados apenas os dados dos últimos três meses.
Para dimensionar a área de estoque destinada para cada família, considerou-se que o
espaço ocupado pelos produtos é equivalente a sua massa e, portanto a porção da área do
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Devido à adoção desse sistema de estoque com estratégia de armazenamento mista, foi
criado um sistema de localização para as estantes e prateleiras. Para classificar os produtos,
criou-se um sistema de codificação com duas subdivisões: tipo de produto e cor do produto.
A partir da análise do faturamento dos produtos, foi definida uma família prioritária
para aplicar um estudo sobre o nível de ressuprimento. Para esse cálculo, foi necessário
definir uma taxa de demanda dos produtos, o lead time de pedido e o estoque de segurança.
A estimativa do lead time de pedido foi feito pela empresa a partir do tempo médio de
produção de cada produto e do tempo para que o mesmo seja sequenciado e produzido. Como
a espera até ser sequenciado representa a maior parte do lead time, sendo o tempo de
produção apenas uma pequena parcela, o lead time de pedido foi definido em conjunto com os
responsáveis pela empresa, como constante para todos os produtos da família. Para suprir a
incerteza desse valor, a estimativa foi acrescida de uma margem de segurança.
O cálculo do estoque de segurança (S) foi feito a partir da expressão 1. Para isso,
definiu-se um nível de serviço (probabilidade de atender ao pedido do cliente sem que haja
espera) e, assumindo um comportamento normal da demanda, encontrou-se o número de
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(1)
De posse desses dados, foi definido o nível de ressuprimento (Rs) a partir da soma do
estoque de segurança com a demanda média no período do lead time (media). Como a
demanda média é também utilizada para o cálculo do estoque de segurança, pode-se combinar
os termos obtendo a expressão 2.
Para tanto, os produtos da empresa foram cadastrados na planilha, assim como sua
localização de acordo com o endereçamento proposto e seu código de identificação. A
planilha contém informações a respeito da quantidade de cada produto em estoque, incluindo
o nível de ressuprimento calculado para a família de produtos priorizada, a fim de que a
empresa possa manter um estoque de segurança.
4. Resultados
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A área de estoque da empresa foi dividida em duas áreas: a primeira, com método de
estocagem dedicado (famílias A, B e C), e, a segunda, com método de estocagem livre
(famílias C,D e E). O depósito da empresa é composto de sete estantes subdivididas em três
prateleiras, totalizando 21. Buscando seguir as porcentagens de massa de produtos vendidos
(Tabela 1), oito prateleiras devem ser dedicadas à família A, cinco para a família B, cinco
para a família C e três prateleiras para as famílias D, E e F.
Produto Rs
A1 3131 m2
A2 850 peças
A3 757 m
A4 960 m2
A5 349,5
A6 402,5 m2
A7 89 peças
A8 43,5 peças
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Em relação à perda normal de matéria prima, estimou-se, junto aos colaboradores, que
é de cerca de 10%. Dessa forma, quando uma ordem de produção concluída é registrada na
planilha, o estoque de matéria prima é deduzido levando em conta tal perda. Acredita-se que
essa estimativa é suficiente para que a empresa possa manter um acompanhamento do nível
de estoque de matéria prima, visto que o maior problema enfrentado pela empresa é o
monitoramento dos estoques de produtos prontos, pois essa informação afeta de forma mais
direta os prazos de entrega para os clientes.
5. Considerações finais
Do ponto de vista prático, observou-se que empresas de menor porte podem auferir
benefícios para si e para seus clientes através do estudo e da sistematização da gestão e
armazenagem dos estoques. A partir da revisão bibliográfica realizada e através do
entendimento do funcionamento da empresa, foi possível a proposição de melhorias, tais
como a definição dos níveis de resuprimento da família de produtos mais importante
economicamente para a empresa. Foi possível definir a quantidade adequada de produtos no
estoque de forma a atender a demanda e minimizar a quantidade de produtos estocados. Essa
definição do ponto de resuprimentos também implicou em redução de custos com produtos os
estocados.
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Referências
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2008.
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