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Direito Administrativo

Espécies de Atos administrativos

ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS

Também em relação à divisão dos atos administrativo em espécies, não há


consenso doutrinário. Será adotada, aqui, a clássica lição de Hely Lopes Meirelles,
que estabelece separa os atos administrativos em cinco espécies:
a) atos normativos;
b) ordinatórios;
c) negociais;
d) enunciativos;
e) punitivos.
Serão elas vistas na sequência.

ATOS NORMATIVOS
Os atos normativos têm por característica a sua similaridade com as
características da lei. São, portanto, atos administrativos dotados de generalidade e
abstração, atingindo da mesma forma todas as pessoas que se encontrem em
determinada situação. Os atos normativos não se dirigem a um caso concreto
específico, nem a destinatário previamente definido.
Vale lembrar que, apesar de terem estrutura semelhante à das leis, com elas
não se confundem, pois são normas jurídicas secundárias, isto é, não podem inovar
no mundo jurídico; ficam impossibilitadas de criar direitos e deveres.
Os exemplos mais recorrentes são os decretos e regulamentos, que têm por
objetivo conferir aplicabilidade às leis, possibilitando a sua fiel execução.
Em regra, os atos normativos não permitem a interposição de recurso
administrativo, tendo em vista que não são formulados para atingir diretamente um
caso concreto, mas apenas formular previsão abstrata. O mesmo se diga em relação
ao controle judicial, pois somente poderá a norma ser atacada, quando vier a produzir
seus efeitos em determinado caso individualizado. Nesta última hipótese, se poderá
fazer o controle judicial de legalidade do ato administrativo.

ATOS ORDINATÓRIOS
Os atos denominados ordinatórios têm por objetivo promover a ordenação do
funcionamento da atividade administrativa. Por isso, essa espécie os atos
administrativos têm como destinatários os próprios servidores públicos, como
decorrência do poder hierárquico.
Nota-se que os atos ordinatórios não atingem direitos dos administrados,
sendo, portanto, atos interna corporis.

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Espécies de Atos administrativos

São exemplos, as ordens de serviço, portarias que regulem o desempenho


das funções administrativa, os memorandos circulares.

ATOS NEGOCIAIS
A principal característica que pode ser atribuída aos atos negociais é a
existência de outra manifestação de vontade, além da proferida pela Administração.
Em outras palavras, nos atos negociais a Administração Pública, em atendimento a
requerimento formulado pelo particular, presta anuência para que este realize
determinada atividade ou exerça um direito.
É possível vislumbrar, portanto, que nestes atos há uma dupla participação
de vontades, entre o particular e a Administração, fazendo com que o ato não tenha
os atributos da coercibilidade, imperatividade e autoexecutoriedade.
É necessário um alerta, para que não se confunda os atos negociais com os
contratos administrativos. Nos atos, o ato mantém sua unilateralidade pela
Administração, cuja manifestação foi provocada pela vontade do particular. Nos
contratos, entretanto, há bilateralidade: o ato surge com o encontro das vontades do
particular com a da Administração.
É frequente a subdivisão dos atos negociais em vinculados e discricionários e
em definitivos e precários. Os nomes são autoexplicativos: os vinculados conferem
ao particular determinado direito subjetivo, mediante requerimento e a
demonstração do preenchimento dos requisitos legais. Por reconhecerem direito
subjetivo do particular, são considerados atos definitivos, caracterização que,
entretanto, não afasta a possiblidade de sua anulação em razão da constatação de
alguma ilegalidade. A definitividade decorre, assim, da impossibilidade de sua
revogação.
Nos discricionários, por seu turno, a anuência da Administração não é adstrita
aos termos legais, sendo a decisão tomada por critérios de oportunidade e
conveniência. Nessa hipótese, o ato será também considerado precatório, ou seja, é
passível de revogação pelos mesmos critérios, sem que haja direito a indenização
por isso.

Espécie de atos negociais


A doutrina em geral enumera como espécies de atos negociais a LICENÇA, a
PERMISSÃO e a AUTORIZAÇÃO.
A licença possui natureza vinculada, reconhecendo, portanto, direito subjetivo
do particular. Para que venha a obtê-la, deverá o particular efetuar o respectivo
requerimento, pois nesses casos a Administração Pública não age de ofício, somente
emitindo o ato nas hipóteses provocadas pelo administrado.

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Como ato vinculado que é, a licença em regra é dotada de definitividade, ou


seja, não pode ser livremente suprimida pela Administração, ressalvadas as
hipóteses em que a lei estabelece prazo para que ela produza seus efeitos.
Vale ressaltar, no entanto, que parte da doutrina e o próprio Supremo Tribunal
Federal, no caso de licença para construção, têm entendido pela possibilidade de
revogação da licença, desde que efetuada antes do início da obra, sem que haja
direito adquirido, ressalvada a possibilidade de, havendo prejuízo, o interessado
perceber a indenização devida.
A autorização se caracteriza como ato administrativo discricionário e precário,
por meio do qual a Administração consente que o particular promova a utilização
privativa de determinado bem público ou realize certa atividade. Caberá autorização
sempre que o uso do bem público ou o exercício da atividade privilegie o interesse
do próprio particular. O interesse público, nessa hipótese, atuará de maneira
secundária.
Da mesma forma, a permissão se caracteriza como ato administrativo
discricionário e, por isso, dotado de precariedade. Por ela, a Administração manifesta
seu consentimento para que o particular promova a execução de serviço de utilidade
pública, ou venha a utilizar bem público, de forma privativa.
Em que pesem tais características, a permissão pode ser conferida de forma
condicionada, hipótese em que a discricionariedade da Administração ficará
diminuída, pois estará vinculada às condições por ela mesma criadas, como prazo,
motivação para a revogação, garantias, entre outras.
No sistema jurídico atual, como decorrência da redação do art. 175 da
Constituição Federal e da Lei n. 8.987/95, a permissão como ato administrativo é
considerada apenas a de utilização de bem público, pois, para a exploração de serviço
público é necessária a realização de licitação, atribuindo-lhe caráter de contrato
administrativo.
Assim, em resumo, fala-se atualmente em duas modalidades de permissão:
a) A permissão de uso de bem público, que mantém o caráter de ato
administrativo, discricionário e precário, com os apontamentos feitos
inicialmente;
b) A permissão de serviço público, com natureza de contrato administrativo,
sempre precedida de licitação.

Cabe destacar que, a autorização para uso de bem público e a permissão para
a mesma finalidade guardam muitas semelhanças. Ambos os atos são discricionários
e precários e têm por objetivo o consentimento do Poder Público para a utilização de
bem público.
O traço distintivo entre os dois institutos está no interesse prevalente: na
autorização, a utilização do bem público se dá em benefício, principalmente, do

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particular. Como exemplo, cite-se a autorização para estacionar em terreno de


propriedade pública. Já na permissão, conjugam-se, com equivalência, os interesses
públicos e privados. A administração tem interesse que o bem seja explorado, e o
particular, visa a obtenção de lucro com isso. Pode-se citar, por exemplo, a permissão
para uso de banheiros públicos.

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