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COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.

Avaliação do desempenho de um pavimento executado com RCD


após quatro anos de funcionamento.
Ludmila Cabrine Silva Costa
Universidade Federal de Goiás, Escola de Engenharia Civil, Goiânia, Brasil,
lud.cabrine@gmail.com

Ana Paula Di Castro


Universidade Federal de Goiás, Escola de Engenharia Civil, Goiânia, Brasil,
apdicastro@hotmail.com

Lilian Ribeiro de Rezende


Universidade Federal de Goiás, Escola de Engenharia Civil, Programa de Pós-Graduação em
Geotecnia e Cosntrução Civil, lrezende@eec.ufg.br

RESUMO: Os resíduos de construção e demolição (RCD) são gerados em grande escala em todo o
mundo. Paralelamente a isso, uma conscientização de desenvolvimento sustentável é necessária
para a perduração da humanidade. Uma alternativa para o RCD é sua utilização em camadas de
pavimentos após ser submetido ao beneficiamento da reciclagem. Este artigo tem como objetivo a
avaliação estrutural do trecho experimental executado há 4 anos na pista de acesso à Centrais de
Abastecimento S.A. – CEASA, Goiânia-GO, para fazer o estudo da utilização de agregado
reciclado de resíduo sólido da construção civil em camadas de pavimentos flexíveis para vias de
baixo volume de tráfego no município. Para a confecção da base e sub-base no trecho em estudo,
foram utilizados 226,8 m³ de resíduos sólidos da indústria da construção civil, fornecidos pelas
empresas de construção de Goiânia. Ensaios de campo como Viga Benkelman, Prova de Carga
sobre Placa e Penetrômetro Dinâmico de Cone, bem como a avaliação subjetiva do pavimento
foram realizados, visando a análise dos elementos e variáveis estruturais do pavimento. Como
conclusão verifica-se que o trecho exprimental em questão apresenta bom comportamento funcional
e estrutural.
PALAVRAS-CHAVE: Resíduo de construção e demolição, Reciclagem, Pavimentos, Avaliação
funcional e estrutural.

1 INTRODUÇÃO gerados, assim como de estabelecer patamares


de sustentabilidade no desenvolvimento da
A sociedade moderna tem aumentado atividade.
enormemente o consumo de produtos A aplicação do conceito de desenvolvimento
industrializados. Somente a cadeia produtiva da sustentável implica no reaproveitamento de
construção civil representa em torno de 15,6% resíduos de construção e demolição (RCD) e de
do produto interno bruto (PIB) nacional (FGV, resíduos de outras indústrias na própria
2002). A tarefa desta indústria é produzir construção civil, justificando-se por diversos
espaços adequados à habitação humana e às motivos, entre os quais pode se destacar:
suas diversas atividades, sendo que o impacto redução da extração de matérias primas não
ambiental da construção civil está diretamente renováveis; do consumo de energia; do
relacionado à sua tarefa social. desperdício e da geração de resíduos; economia
Dentro de uma perspectiva de construção de de água; correção dos problemas ambientais
uma sociedade sustentável, a indústria da urbanos gerados pela deposição indiscriminada
construção civil certamente possui uma de resíduos de construção na malha urbana;
importante tarefa de reduzir os impactos colocação no mercado de materiais de

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construção de custo mais baixo; aumento da cara. Uma vez misturados, separar os resíduos é
durabilidade destes materiais; redução da praticamente impossível. Deste modo, deve-se
poluição emitida na fabricação de um produto; pensar no uso de misturas de agregados
melhoria da qualidade do ambiente construído; reciclados. De acordo com Lauritzen (1998), o
criação de novos postos de trabalho para mão- uso de agregados reciclados misturados
de-obra com baixa qualificação e aumento da apresenta, em geral, melhores propriedades que
vida útil dos aterros sanitários (Wilburn; apenas a reutilização de componentes
Goonan, 1998; John, 1999; Monteiro et al. específicos do resíduo para pavimentação.
2001). A estrutura de um pavimento é concebida,
Além disso, a deposição irregular de RCD na em seu sentido puramente estrutural, para
malha urbana traz prejuízos à paisagem; receber e transmitir esforços de maneira a
obstrução de vias de tráfego e atração de aliviar pressões sobre as camadas inferiores,
resíduos não inertes causando a proliferação de que geralmente são menos resistentes.
insetos, roedores e doenças. A destinação O pavimento flexível, em específico, é
clandestina de RCD também está relacionada aquele em que todas as camadas sofrem
com enchentes, causadas por assoreamento dos deformação elástica significativa sob o
córregos e por lançamento em terras baixas e carregamento aplicado e, portanto, a carga se
junto a drenagens, e deslizamentos em encostas distribui em parcelas aproximadamente
devido a depósitos instáveis (John, 2000; equivalentes entre as camadas.
Hamassaki, 2000; Pinto, 2001). Sua composição é constituída basicamente
Diante desse contexto torna-se necessário a de agregados e ligantes asfálticos, e é formado
adoção de medidas para a diminuição dos por cinco camadas principais: subleito, reforço
resíduos. Um dos recursos é o de reciclagem de do subleito, sub-base, base e revestimento
RCD que serão transformados em agregados os asfáltico.
quais serão utilizados predominantemente como As bases podem ser constituídas por material
base e sub-base de pavimentação, assunto este granular natural, solo estabilizado naturalmente,
que é abordado e analisado neste artigo. Para mistura de solos e agregados (solo-brita), brita
tanto, foram realizados ensaios em campo, além graduada, brita graduada tratada com cimento,
de análise e comparação com ensaios realizados solo estabilizado quimicamente com ligante
em anos anteriores no trecho experimental do hidráulico ou asfáltico, concretos, etc. para as
CEASA, em Goiânia, com o objetivo de sub-bases, podem ser utilizados os mesmos
analisar a viabilidade da utilização de RCD em materiais citados para o caso das bases.
base e sub-base de pavimentos asfálticos, assim A camada estruturalmente mais importante é
como a avaliação de seu desempenho estrutural, a base, que receberá grandes tensões do trafego,
no trecho estudado. pois o revestimento betuminoso geralmente não
tem espessura e rigidez suficiente para
2 O RCD NA PAVIMENTAÇÃO distribuir as tensões como acontece no
pavimento rígido (Oda, 2003).
Observa-se nas pesquisas desenvolvidas até o É feito então, o estudo de ocorrências de
momento, um grande esforço em utilizar os materiais para pavimentação com o objetivo de
RCDs separados para produção de novos reconhecimento e a caracterização dos materiais
materiais. Segundo Lauritzen (1998), esta é de jazidas como fonte de matéria prima para a
considerada uma situação ideal, entretanto utilização na construção das diversas camadas
pouco prática, uma vez que reduz as de reforço de subleito, sub-base, base e
possibilidades de reutilização da maioria dos revestimento, de acordo com o projeto do
resíduos gerados, principalmente em países com pavimento.
pouco desenvolvimento tecnológico e Tradicionalmente, no estado de Goiás, o
econômico. Separar concreto, argamassa, material utilizado nessas camadas de sub-base e
blocos cerâmicos, entre outros, durante o base de pavimentos flexíveis é o cascalho
processo de demolição é uma prática difícil e laterítico.

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Devido à utilização em larga escala deste comprovada sua qualidade comparando-o com
material ao longo dos anos, surgiram alguns os agregados convencionais.
problemas como a escassez das jazidas junto
aos grandes centros urbanos, o que aumenta o 3 TRECHO EXPERIMENTAL DE
custo da obra devido à distância de transporte. GOIÂNIA-GO
Além disso, existe a dificuldade na obtenção de
licenças ambientais para exploração de novas Contribuindo para o fortalecimento e
áreas de cascalho. desenvolvimento do projeto Piloto, constituinte
Simultanemante a este fato, ocorrem os do Programa de Gerenciamento de Resíduos
problemas de gestão de resíduos de demolição e Sólidos da Construção e implantado em Goiânia
construção, relacionados à poluição ambiental e por meio da parceria com o Sindicato da
a necessidade de áreas para estocagem. Indústria da Construção de Goiás
Uma das soluções para esses problemas são (SINDUSCON-GO), Comissão de Materiais e
as pesquisas com a utilização dos RCDs nas Tecnologias – Comat/ Câmara Brasileira da
obras de pavimentação em substituição de parte Indústria da Construção e Prefeitura de Goiânia,
do cascalho, uma vez que a pavimentação o setor público possibilitou o exercício do
rodoviária e urbana absorve grandes processo de reciclagem dos resíduos, incluindo
quantidades de material permitindo que se a aplicação do agregado reciclado em obra
reduza a poluição por resíduos antes experimental de pavimentação, objeto de estudo
considerados inúteis, tornando-os uma espécie deste trabalho.
de matéria prima. De acordo com Silva (2004), o trecho
Segundo Carneiro et al. (2001), o uso de experimental estudado está localizado na rua
agregado reciclado em camadas de pavimentos dos Ciprestes, bairro Mansões Bernardo Sayão
urbanos tem sido uma das maneiras mais em Goiânia–GO, e corresponde a pista de
difundidas para o seu fim. O aproveitamento acesso à Centrais de Abastecimento S.A. –
deste material em pavimentação apresenta CEASA.
muitas vantagens como utilização de A pista foi executada pelo extinto
quantidade significativa de material reciclado, Departamento de Estradas de Rodagem do
tanto na fração miúda quanto na graúda e a Município de Goiânia (DERMU), atualmente
simplicidade dos processos de execução do denominado de Agência Municipal de Obras
pavimento e de produção do agregado reciclado (AMOB), no final de 2003 e os estudos foram
(separação e britagem primária). Todos estes desenvolvidos por meio de parceria entre a
aspectos contribuem para a redução dos custos, Prefeitura de Goiânia, Universidade Federal de
a difusão dessa forma de reciclagem e a Goiás, Universidade de Brasília e Furnas
possibilidade de uso dos diversos materiais Centrais Elétricas.
componentes do resíduo (concretos, O trecho executado por Silva (2004) possui
argamassas, materiais cerâmicos, areia, pedras, uma extensão total de 106,0 m, composto por
etc.). uma camada de base e sub-base, sendo 50,0 m
Para a administração pública, ao investir no de argila aditivada e 56,0 m de agregados
uso de agregado reciclado, reduz-se os custos reciclados. A faixa de rolamento possui 8,0 m
de pavimentação e da infra-estrutura urbana, de largura, uma plataforma de 9,0 m em seção
diminui-se os custos da remoção do RCD mista, 50 m de comprimento e 3% de inclinação
depositado de forma irregular e da operação dos transversal, além de uma base e sub-base,
aterros sanitários, pela exclusão do RCD, além ambas de 15 cm. O revestimento do pavimento
de aumentar a vida útil dos aterros sanitários. foi executado em concreto betuminoso usinado
Apesar de causar tantos problemas, o RCD a quente (CBUQ) com espessura de 0,05 m.
deve ser visto como fonte de materiais de Para a confecção da base e sub-base, foram
grande utilidade para as obras de engenharia utilizados 226,8 m³ de resíduos sólidos da
seja ele utilizado na pavimentação, ou em indústria da construção civil, fornecidos pelas
outras formas de aplicação, uma vez que já foi empresas de construção de Goiânia. As

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amostras foram armazenadas e gerenciadas pela ESTACAS


Bordo Direito
PROVA DE CARGA VIGA DCP

prefeitura (DERMU – COMPAV). Para a 3


3+10
X
X
triagem dos materiais foi feita uma 4 X X X
4+10 X
caracterização visual, onde foram separadas Eixo
sete categorias com quatro tipos de resíduos 3
Bordo Esquerdo
X X

(concreto convencional, concreto celular, 2+15


3+5
X
X
cerâmica e alvenaria) (Assis; Vilela; Sousa, 3+15 X
4+5 X
2004). 4+15 X X

Por meio de ensaios realizados em Quadro 1. Estacas ensaiadas.


laboratório por Silva (2004), definiu-se as
misturas ideais entre o entulho e o solo local 4.1 Inspeção Visual do Trecho
(argila) para serem utilizadas nas camadas de
sub-base e base do trecho experimental, em Por meio de visita ao trecho experimental do
função de resultados de ensaio de CEASA, foi realizada uma inspeção visual para
caracterização, compactação, expansão e identificar os defeitos existentes. Como o trecho
California Bearing Ratio (CBR). Na sub-base tem uma extensão pequena, esta avaliação foi
adotou-se 33 % de brita 19 mm, 33 % de brita realizada de forma subjetiva, utilizando a norma
9,5 mm, 17 % de areia artificial, 17 % de argila; PRO 009 (DNIT, 2003). Assim, foi produzido
energia de compactação Proctor intermediária; um relatório fotográfico com os principais
γdmax = 18,31 kN/m³; wot = 12,3 %; CBR = 90 defeitos encontrados e determinado o Valor de
%. Para base utilizou-se 25 % de brita 19 mm, Serventia Atual (VSA) do trecho. Este
25 % de brita 9,5 mm, 25 % de areia artificial, parâmetro dá uma idéia do grau de deterioração
25 % de argila; energia de compactação Proctor da via após 5 anos de abertura ao tráfego.
intermediária; γdmax = 17,7 kN/m³; wot = 14,5
%; CBR = 83 %. 4.2 Viga Benkelman

4 METODOLOGIA Este ensaio mede as deflexões recuperáveis


causadas no pavimento pela aplicação da carga.
No trecho experimental objeto da pesquisa A finalidade é determinar a bacia de
foram realizados estudos com três diferentes deslocamento, o Raio de curvatura (R) e as
tipos de ensaios no mês de junho de 2009, com deflexões (D) obtidas em campo, sendo D0 a
o objetivo de avaliar de maneira continuada e deflexão real ou verdadeira medida no ponto de
ininterrupta o desempenho estrutural da pista prova (deflexão máxima). Quando R<100 m ou
experimental. RxD0 < 5.500 mxmm, considera-se que a via
Os resultados obtidos foram analisados e apresenta problemas estruturais (Paiva;
comparados com os obtidos anteriormente nos Caussin, 2000).
trabalhos de Resplandes (2007) e Quintanilha Os ensaios de determinação dos
(2008). Portanto, para existir consistência na deslocamentos utilizando a Viga Benkelman
análise do pavimento, os ensaios foram foram realizados sobre o revestimento, nos
realizados nas mesmas estacas já ensaiadas por bordos direito e esquerdo e, em todas as estacas
outros pesquisadores (no trecho construído com demarcadas de adordo com a norma ME-24
RCD), mostradas na Quadro 1. (DNER, 1994).
Foram feitas as leituras no extensômetro
quando o caminhão foi deslocado de 0,25m em
0,25m até a extensão de 2,00m.

4.3 Prova de Carga sobre Placa

O ensaio de prova de carga sobre placa consiste


em simular as condições de carregamento do
pavimento. É caracterizado por identificar

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pequenos recalques que representam parcelas das penetrações, em milímetros,


do recalque elástico e parcelas devido a um correspondentes a cada golpe do martelo ou
aumento na massa específica do solo e são somente à penetração final correspondente ao
representados pela curva de tensão versus último golpe. Esse ensaio é padronizado e foi
deslocamento. realizado de acordo com a norma americana D
O ensaio dá-se de forma a colocar uma placa 6951 – 03 (ASTM, 2003).
com diâmetro conhecido, que irá distribuir a Tais avaliações possibilitaram a definição
pressão do carregamento. Entre a placa e o dos padrões e causas de patologias existentes no
sistema de reação insere-se um macaco pavimento experimental, visando mostrar,
hidráulico que tem a função de controlar a através de ensaios realizados em campo e de
aplicação das tensões. As deformações são uma análise e comparação com ensaios
medidas através da colocação de, no mínimo, realizados nos anos anteriores, a viabilidade da
três deflectômetros sobre a placa. utilização de RCD em base e sub-base de
Nesse ensaio foram utilizados uma placa pavimentos asfálticos, assim como a avaliação
circular de 30cm de diâmetro, um macaco de seu desempenho estrutural.
hidráulico capacidade de 500,00kN, três
extensômetros digitais e demais acessórios. 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS
A carga máxima adotada para os ensaios foi RESULTADOS
de 4t, sendo aplicada em incrementos de 200kg,
por meio de um caminhão carregado com 8,2t 5.1 Inspeção Visual do Trecho
no eixo traseiro. Foram realizadas leituras de
deslocamentos imediatamente e 5 minutos após A Figura 1 representa o trecho experimental do
a aplicação de cada incremento de carga com os CEASA e mostra que os principais defeitos
extensômetros. encontrados estão situados nos locais onde
anteriormente foram realizados ensaios por
4.4 Penetrômetro Dinâmico de Cone (DCP) outros pesquisadores.

O Pentrômetro Dinâmico de Cone (DCP)


consiste na penetração de uma base com o
extremo em forma de cone, de forma contínua e
sob a ação de uma massa fixa que cai de uma
altura também fixa a fim de obter o índice de
penetração (DN) e conseqüentemente a
capacidade de suporte. Para auxiliar na
avaliação de suporte das camadas compactadas,
o ensaio pode ser realizado nos mesmos pontos Figura 1. Trecho experimental do CEASA.
onde é determinado o peso específico aparente
seco. O Quadro 2 mostra a avaliação dos
O DCP é um instrumento que permite componentes do grupo que registra em escala
realizar ensaios de penetração dinâmica em de 0,0 a 5,0, indica o pavimento de péssimo a
estruturas de pavimentos cujas camadas são de ótimo e leva em consideração apenas
materiais levemente cimentadas, materiais “buracos”, saliências e irregularidades
granulares ou solos. transversais e longitudinais da superfície
O ensaio com DCP foi feito, medindo com geradas por ensaios realizados anteriormente no
uma régua, o comprimento em milímetros, que trecho.
a lança penetra no solo para um determinado
número de golpes selecionados arbitrariamente Componentes Nota Conceito
de acordo com a resistência das camadas a A 4,5 Ótimo
serem atravessadas. B 4,5 Ótimo
Desta forma, foram realizados os registros Quadro 2. Avaliação Subjetiva do Pavimento – CEASA.

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suficientes para justificar esta ocorrência, sendo


Assim, o VSA = 4,5, significa que para os necessário continuar com o monitoramento do
componentes do grupo o trecho está de acordo trecho por mais alguns anos. Porém, é possível
com as exigências do tráfego que sobre ele atua, afirmar que o trecho tem apresentado bom
no momento da avaliação, quanto à suavidade e desempenho.
ao conforto.
Tabela 2. Análise Temporal – médias obtidas nos ensaios
5.2 Viga Benkelman de Viga Benkelman.
-2 -2 RxD0
Período D0 (x 10 mm)D25 (x 10 mm) R(m) -2
A Tabela 1 mostra o deslocamento real ou (mx 10 mm)
Novembro/ 2006* 61 30 105 6.246
verdadeiro medido no ponto de prova (D0), o Janeiro/ 2008** 42 28 223 9.366
deslocamento medido a 25 centímetros do Junho/ 2008** 88 50 88 7.395
ponto de prova da viga (D25), o raio de Junho/ 2009 53 37 194 10.102
*Resplandes (2007); **Quintanilha (2008)
curvatura calculado (R) e o valor do produto MÉDIA
RxD0 para as estacas em que foram realizadas o Distância (cm)

ensaio no trecho considerado. 0


0 25 50 75 100 125 150 175 200 225

No cálculo dos parâmetros médios, optou-se 10

Deslocamento (10-2 mm)


por desconsiderar os dados obtidos no ensaio 20
30
realizado na estaca 2+15. Isto é justificado pelo 40

fato da curva de deslocamento obtida estar 50

muito diferente das demais e por ter sido 60


70
observada pouca variação do extensômetro 80

durante a realização do ensaio neste ponto, o 90


100
que estaria refletindo algum erro de execução Junho/2009 Junho/2008** Janeiro/2008** Novembro/2006*

do ensaio.
Figura 2. Bacias de deslocamento média – Pista CEASA.
Tabela 1. Resultados obtidos com ensaio de Viga
Benkelman em Junho/2009.
Deflexões (x 10-2mm)
5.3 Prova de Carga sobre Placa
Estaca R (m) RxD0 (mx10-2mm)
D0 D25
3 50 38 260 13.021 Os resultados do ensaio de Prova de Carga
3+10
4
52
68
36
48
195
156
10.156
10.625
sobre Placa, realizado em Junho de 2009
4+10 50 30 156 7.813 encontram-se na Tabela 3. As leituras nos
2+15 37 33 781 28.906 extensômetros do ensaio foram efetuadas
3+5 37 25 260 9.635
depois de cinco minutos após acrescentado os
3+15 49 29 156 7.656
4+5 68 50 174 11.806 incrementos de carga, período em que ocorre a
Média* 53 37 194 10.102 estabilização dos deslocamentos. Para a tensão
*No cáluclo foi desconsiderado o valor da estaca 2 + 15. de 560 kPa, correspondente à tensão de
dimensionamento do pavimento, estão
A Tabela 2 demonstra a variação, através de representados os valores dos deslocamentos
comparação simples, dos dados obtidos por totais (dt) e elásticos (de).
Resplandes (2007) para o ano de 2006 e
Quintanilha (2008) para o ano de 2008 com os Tabela 3. Deslocamentos obtidos a partir da Prova de
dados apresentados neste artigo (Junho de Carga – Pista Experimental do CEASA (Junho/2009).
2009). Há também a Figura 2, que mostra a T = 560 Kpa
Estaca
média das bacias de deformação dos períodos dt (mm) médio de (mm) médio
citados. Verifica-se que os parâmetros médios E04 (BD) 0,90 0,02
obtidos em junho de 2009 estão semelhantes E03 (E) 0,70 0,00
aos parâmetros obtidos para novembro de 2006 E04+15 (BE) 0,88 0,05
e janeiro de 2008. No entanto, os dados obtidos MÉDIA 0,83 0,02
para o mês junho de 2008 estão piores que os Obs.: BD = bordo direito; E = eixo; BE = bordo
demais. No momento, não existem dados esquerdo; dt = deslocamento total; de = deslocamento

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elástico. dados obtidos com a presente pesquisa e com


Resplandes (2007) para o ano de 2006 e
Observa-se que nos bordos os deslocamentos Quintanilha (2008) para o ano de 2008.
estão semelhantes, conforme também constato Observa-se que para os ensaios realizados na
no ensaio de viga Benkelman. No entanto, tem- base foi obtida pequena variação (redução) no
se que o eixo apresenta deslocamento menor valor do DN e que os baixos valores medidos
que os bordos. Isto ocorre pelo fato de que no mostram boa resistência da camada. Já na sub-
eixo não há tráfego e influência de entrada de base e no subleito tem-se maior variação dos
água como acontece nos bordo. valores de DN em função do período de
Na Tabela 4 têm-se os valores médios observação. No entanto, esta variação é
obtidos nos ensaios realizados pela presente benéfica, já que o DN reduziu ao longo do
pesquisa e em períodos anteriores por outros tempo.
pesquisadores. Com os dados apresentados, No caso da base e da sub-base, poderia-se
observa-se que os deslocamentos medidos no explicar esta melhora de comportamento ao
pavimento estão aumentando. No entanto, o longo do tempo devido à existência das reações
nível atingido até o momento é considerado pozolânicas no agregado reciclado. No caso do
pequeno (<1mm) e mostra que o pavimento subleito, esta explicação não se aplicaria por se
vem apresentando bom desempenho. tratar de um solo. Outra questão que pode ser
considerada para justificar esta variação seria o
Tabela 4. Deslocamentos médios obtidos nos ensaios de
Prova de Carga
fato de que o ensaio de DCP é pontual e que
PERÍODO dt (mm) médio de (mm) médio esta variabilidade se deveria à mudança de local
Novembro/ 2006* 0,43 0,16
de realização do ensaio.
Janeiro/ 2008** 0,45 0,11
Tabela 6. Resultados obtidos no ensaio de DCP em
Junho/ 2008** 0,69 0,11
diferentes períodos.
Junho/ 2009 0,83 0,02 DN médio (mm/ golpe)
*Resplandes (2007); **Quintanilha (2008) Período
Base Sub-base Subleito
Novembro/ 2006* 2,9 4,7 15,7
5.4 Penetrômetro Dinâmico de Cone (DCP) Janeiro/ 2008** 3,9 3,4 8,6
Junho/ 2008** 2 2,4 6,3
A Tabela 5 mostra os resultados da Junho/ 2009 2,1 1,8 8,8
profundidade, espessura e índice de penetração *Resplandes (2007); **Quintanilha (2008)
(DN) obtidos no ensaio de Penetrômetro
Dinâmico de Cone (DCP) no trecho estudado A Tabela 7 apresenta os valores de CBR
em Junho de 2009. Observa-se que nas estacas obtidos através das correlações obtidas pelas
04 e 04+15 não é possível distinguir alteração Equações 1 e 2:
de comportamento entre as camadas de base e
sub-base de agregado reciclado. Em geral, os CBR = 121,02 × (DN )
−0 , 659
(1)
valores obtidos para DN são considerados bons.
CBR = 126,35 × (DN )
−0 , 6354
(2)
Tabela 5. Resultados obtidos no ensaio de DCP.
Profundidade Espessura DN Onde:
Estaca Camada
(cm) (cm) (mm/ golpe CBR = capacidade de suporte (%);
Base 20,0 20,0 1,90 DN = índice de penetração obtido no ensaio
E03 (EIXO) Sub-base 30,0 10,0 1,18
Subleito 60,0 30,0 6,00
com DCP (mm/golpes).
E04 (BORDO Base e Sub-base 26,0 26,0 1,93
DIREITO) Subleito 62,0 36,0 6,55 Observa-se que todos os valores obtidos para
E04+15 (BORDO 22,0 22,0 2,44
ESQUERDO)
Base e Sub-base
Subleito 64,0 42,0 14,00
o CBR são superiores a 60%, mostrando que o
Obs.: DN = índice de penetração material utilizado nas camadas de sub-base e
base desse pavimento estão adequados para o
A Tabela 6 mostra a comparação entre os tráfego que nele existe.

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Tabela 7. Valores de CBR obtidos por correlações Silva (2004) para serem utilizados nas camadas
específicas para agregado reciclado em base e sub-base de sub-base e base do trecho experimental. Para
de pavimentos.
CBR o ano de 2009, pode-se constatar que a estrutura
Estaca Camada
DN
Amostra Amostra não do pavimento está apresentando bom
(mm/ golpe)
saturada saturada comportamento e que nenhuma camada
Base 1,90 79 84
E03 (EIXO)
Sub-base 1,18 109 114
apresenta perda significativa de resistência. A
E04 (BORDO Base 1,93 79 83 sub-base apresenta valores de resistência
DIREITO) Sub-base 1.93 79 83 ligeiramente melhores que a base o que pode
E04+15 (BORDO Base 2,44 67 72
ser explicado pela diferença na composição da
ESQUERDO) Sub-base 2.44 67 72
mistura definida no projeto do trecho
experimental.
Estudos com DCP realizados por Heyn em
1986 e em rodovias no estado do Paraná, Tabela 9. Valores médios de DN e CBR para o trecho do
resultaram na correlação para calcular o valor CEASA.
de CBR de solos em função de DN apresentada Estaca Camada
DN médio
CBR médio (%)
(mm/golpe)
na Equação 3 (Cardoso Trichês,1998, apud Camada 1 -
E 03 (EIXO) 2,09 74,96
Resplandes, 2007). BASE
E 04 (BORDO Camada 2 -
1,85 84,82
DIREITO) SUB-BASE
CBR = 443,5 × (DN )
−1, 3 E 04+15 (BORDO Camada 3 -
(3) 8,85 32,03
ESQUERDO) SUBLEITO

No Instituto Tecnológico da Aeronáutica Tabela 10. Valores de CBR de Laboratório


(ITA) em 1997, Oliveira e Vertamtti chegaram CBR (Laboratório)
a Equação 4 (Cardoso; Trichês,1998, apud Base 90%
Resplandes, 2007) estudando solos tradicionais
Sub-base 83%
em rodovias do estado de São Paulo.

log CBR = 2,49 − 1,057 × (log DN ) (4)


6 CONCLUSÕES

Através da interpretação e da análise dos


Onde: CBR e DN são variáveis já definidas resultados dos ensaios executados na pista do
anteriormente. CEASA pode-se concluir que o trecho
A Tabela 8 apresenta os valores de CBR apresenta bom comportamento funcional, uma
obtidos por meio dessas correlações. Verifica-se vez que nele não se verifica a existência de
que os valores obtidos para o CBR do subleito defeitos superficiais.
são elevados e que talvez as correlações Em relação ao ensaio da viga Benkelman
utilizadas não representem bem o solo existente observa-se que os parâmetros médios obtidos
no subleito da pista experimental estudada. em junho de 2009 estão semelhantes aos
parâmetros obtidos pelos outros pesquisadores.
Tabela 8. Valores de CBR obtidos por correlações
específicas para subleito E o nível de deslocamento indica que a via não
Estaca Camada
DN CBR apresenta problemas de deformabilidade.
(mm/ golpe) Heyn ITA Comparando os deslocamentos medidos no
E03 (EIXO) Subleito 6,00 43 47 pavimento pelo ensaio de Prova de Carga
percebe-se que os mesmo estão aumentando.
E04 (BORDO
DIREITO)
Subleito 6,55 39 42 Porém, o nível atingido até o momento é
E04+15 (BORDO considerado pequeno e mostra que o pavimento
ESQUERDO)
Subleito 14,00 14 19 vem apresentando bom desempenho.
Verifica-se que para os ensaios realizados na
Os valores médios obtidos para DN e seus base do pavimento foi obtida pequena redução
respectivos CBR estão apresentados na Tabela no valor do DN e isso sugere uma boa
9. Os valores da Tabela 10 representam os resistência da camada. Já na sub-base e no
valores definidos e adotados em laboratório por subleito tem-se maior variação dos valores de

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COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.

DN em função do período de observação. No John, V. M. (1999) Panorama sobre a reciclagem de


entanto, esta variação é benéfica, já que o DN resíduos na construção civil. In: Seminário
Desenvolvimento Sutentável e a reciclagem na
reduziu ao longo do tempo. No caso da base e Construção Civil, 2., 1999, São Paulo. São Paulo:
da sub-base, poderia-se explicar esta melhora IBRACON.
de comportamento ao longo do tempo devido à John, V. M. (2000). Reciclagem de resíduos na
existência das reações pozolânicas no agregado construção civil: contribuição à metodologia de
reciclado. pesquisa e desenvolvimento. Tese (Livre Docência) –
Departamento de Engenharia de Construção Civil,
Sugere-se a continuidade dos estudos com o Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São
monitoramento do trecho para a realização Paulo, 2000.
continuada de novos ensaios de comparação e a Lauritzen, .E K. (1998). The global challenge of recycled
construção de outras pistas na cidade com o concrete. In: Dhir, R. K.; Henderson, N. A.;
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