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TRIBUNAL SUPREMO ACORDAO Acordam, em sesso plendéia, no Tribunal Supremo: © Partido FUMO/PCD, representado pelo seu Secretisio - Geral JOSE SAMO GUDO, em 19/11/99 interpds recurso da Deliberagio n°. 42/99, de 16 de Novembro de 1999, di Comissio Nacional de Eleigdes, a qual deu por “inesistente” a anterior deliberagio de integrasio daqucla forsa politica na eoligacio RENAMO — UNIAO ELEITORAL, e que fora tomada por aquele mesmo nyo eleitoral em 1.10.99. ‘Como fundamentos do recurso, apresenta 0 recorrente, em sintese, os seguintes: = ser nula a seferenciada deliberagio da Comissio Nacional de Eleigdes por nao ter competincia para declarar a nulidade ow inexisténcia de decisSes tomadas pelos partidos politicos: = $6 ter a Comissio Nacional de Eleigdes competéneia para praticar os actos relacionados com 0 process0 eletoral, que se acham enumerados no artigo 6 da Lei n°. 4/99, de 2 de Feverciro; send, por isso, nulo tudo o que seja praticado fora dos limites daquele comand juridico; fe mesmo que a mencionada deiberagio niio enfermasse da aleada nulidade, ‘no podia nem devia, de modo algum vingar, dado que a inscricto da coligasao RENAMO — UNIAO ELEITORAL na Comissio Nacional de BleigSes na0 foi impugnada em devido tempo por quem legitimamente se sentisse lcado por tl freto. Conclui por dever considerarse pracedente 0 recuss0. © premte reco moss tempesivo niporo por qua Iii pa “Tempestivo, porque 0 recurso foi interposto dentro do prazo legal de 48 horas apés a notificagio dh Deliberacio a’ 42/99, de 16 de Novembro da GN-E. conforme prescrito no miimero 1 do artigo 156 da Lei Eleitoral, Por quem tem legiimidade para tal porque, de acordo com 0 disposto no arg 30, alinea 3) dos Fstatitos do Parra FUMO/PCD, é a0 seu Secrtiro-Geral que compete fepresentaro pari em jut. i, ore Verifieados os necessirios requistos legis, eabe agora apreciar e decid. Assim, importa, em primeiro hag, identifcar a naturezae a forma do acto praticado pela ‘Comissdo Nacional de EleigBes na sua Deiberacio n’. 20/99, de 1 de Qunubro. De acordo com o preceituado peas dsposigdes conjugadas do artigo 148, n°. 1 da Lein* 3/99 e artigo 6 1", al e) da Lei 0°4/99 4 Comissio Nacional de Elegies compete proceder & insricio de partidos politicos, coligagdes de partidos ou grupos de cidados para fins eletorais Para efeitos de insrigio das ctadas Forgas politica, Comisso Nacional de Flies cabe anal se se mostam cumpridos os necessiios requstos legis, Subsequentemente, decid sua inserigio ou fo, o que deve ex fato por dliberaio [No presente caso, este foi a procedimento adoptado por aquele Srgoeletoral, como se ‘constata da DeiberagSo n°, 20/99, de t de Outubro, Caracterizada a nanireva ea forma do acto prticado, interessa de seguida verfiar 0 que lei dispoe quanto forma de impugnacio de decisdes tomadas pela Comissio Nacional te Fleigbes no Ambito do processo eleitora, ‘Tanto do artigo 7 da Lei n®, 4/99, como dos artigos 149, n®. 3.€ 156, n°. 1 da Lei 5/99, resulta expresso que a impugnacio das deliberagies da Comissio Nacional de leigbes é feita por via de recurso, para 0 Conselho Consttucional. Perante © quatro jurdico-lgal acabado de descrever, desde logo se levanta uma questio prévia que, por obstar 20 conhecimento do mérito da causa, importa analiar de immediate, A Deliberagio n°. 20/99 de {de Outro na qual a Comissio Nacional de Pleigdes provedeu 4 inscrigio da coligagio RENAMO ~ UNIAO ELEITORAL para as eeigies legslativas de 3 e 4 de Dezembro préximo, foi impugnada pelo Senliot Dr. Domingos Arouea, presidente do partido FUMO/PCD, tendo aquele Sngio cletoral aprecindo © decidido sobre a citada impugnacio, através da sua Deliberagio n°. 42/99, de 16 de ‘Novembro, i reveia do estatuido pelo artigo 7 da Lei n®. 4/99 e pelos artigos 149, n°. $e 156, n° Ida Lei n®. 3/99. Na verdade, a decisia de inscrigao daquela orca politica na colgario acima mencionad, -somente poda ser impugnada por via de recurso para 0 Conselho Consttuciona Assim sendo, a Comissio Nacional de HligBes a0 delberar sobre a referenciad JimpugpiaeZo, deidiy sem possuie poder jurisdicional para tal, na medida em que 0 6rgio exchuivamente competente para conhecer de recursos é 0 Conselho Copstitucional bee, 68 gs Por tal motivo, a Deliberacio n°, 42/99 da Comisso Nacional de Bleigdes enferma do vicio de inesisténciajurdica De acordo com os principios que informam o dircito, a inexisténcia juridica pode ser invocada a todo o tempo, por qualquer pessoa, © 0 acto juridicamente inexistente no produ qualquer efeto estes termos e pelo exposto, decidem declrarjuridicamente inexistente a Debiberasio 1°. 42/99 da Comissdio Nacional de Eleigbes, mantendo-se, por isso, valida a Deliberagio n°, 20/99, de 1 de Outubro. Maputo, 24 de Novembro de 1999 os ms Qos oma, SAR; a 6,

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