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PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA CONSULTIVA
ELEIÇÕES 2018
MANUAL DE ORIENTAÇÕES
BELÉM
2018
Simão Robison Oliveira Jatene
Governador
Coordenação do Trabalho
Procuradoria Consultiva (PCONS)
Equipe Técnica:
Carla N. Jorge Melém Souza – Procuradora Coordenadora
Adriana Franco Borges Gouveia – Procuradora
Amanda Carneiro Raymundo Bentes – Procuradora
Anete Marques Penna de Carvalho – Procuradora
Bárbara Nobre Lobato – Procuradora
Giselle Benarroch Barcessat Freire – Procuradora
Izabela Linhares Sauma da Silveira – Procuradora
Mônica Martins Toscano Simões – Procuradora
Robina Dias Pimentel Viana – Procuradora
Equipe de Apoio:
Ana Margarida Vianna Rodrigues – Técnica em Procuradoria – Biblioteconomia
Pedro Marcos dos Santos Neto – Assessor
Ana Clara Cristo Vizeu Lima – Estagiária de Direito
Fernanda May de Assis Nara – Estagiária de Biblioteconomia
Fernanda Thamyres da Silva Costa – Estagiária de Direito
Kátia Maria Bezerra Cavalcante – Chefe de Secretaria
Lienny Rossy da Silva Ramos – Técnica em Administração e Finanças
Darilson Miranda de Aviz – Auxiliar de Procuradoria
Thayanna Kirsty Guedes Ferraro - Assessora
Rua dos Tamoios, 1671 – Batista Campos – Belém – Pará – CEP 66025-540
(91) 3344-2786 Fone: (91) 3344–2782 (91) 3344-2786
http://www.pge.pa.gov.br e-mail: chefiagab@pge.pa.gov.br
APRESENTAÇÃO
1 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL...............................................................................................7
1.1 Leis...........................................................................................................................................7
1.1.1 Lei Complementar nº 64, 18/05/1990.......................................................................................7
1.1.2 Lei nº 9.504, 30/09/1997..........................................................................................................7
1.1.3 Lei nº 12.034, 30/09/2009........................................................................................................9
1.1.4 Lei Complementar nº 135, 04/06/2010.....................................................................................9
1.1.5 Lei nº 13.165, 29/09/2015........................................................................................................9
1.1.6 Lei nº 13.488, 06/10/2017…………………………………………………………………....9
1.2 Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral – TSE..............................................................9
1.2.1 Resolução do TSE nº 23.523, 27/07/2017................................................................................9
1.2.2 Resolução do TSE nº 23.555, 29/12/2017................................................................................9
1.2.3 Resolução do TSE nº 23.551, 02/02/2018…………………………………………………..10
2 INSTRUÇÕES DA LEGISLAÇÃO ELEITORAL...........................................................10
3 DESINCOMPATIBILIZAÇÕES E RESPECTIVOS PRAZOS......................................13
4 CONSULTAS MAIS FREQUENTES................................................................................18
4.1 Qual a extensão da vedação prevista ao art. 73, VI, “a”, da Lei Eleitoral (transferências
voluntárias de recursos da União aos Estados e Municípios e dos Estados aos
Municípios)?..........................................................................................................................18
4.2 O repasse de recursos do Estado aos Municípios para atender às obras do PAC
constituem transferência voluntária?.................................................................................18
4.3 Os recursos oriundos de operação de crédito contraída pelo Estado são considerados
transferência voluntária aos Municípios?..........................................................................18
4.4 É possível a celebração de novos convênios financeiros, ou aditamento destes, no
período eleitoral?..................................................................................................................19
4.5 É possível a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios no ano eleitoral?........19
4.6 É permitida a realização de doações e cessão de uso em período eleitoral?....................20
4.6.1 Quanto às doações………………………………………………………………………..…20
4.6.2 Quanto às cessões de uso……………………………………………………………....……20
4.7 Entidades privadas sem fins lucrativos nominalmente vinculadas ou mantidas por
candidato podem firmar convênios com o Estado em ano eleitoral?...............................21
4.8 O Poder Público pode promover programas, treinamentos e cursos durante o período
eleitoral?................................................................................................................................21
4.9 É possível a manutenção de projetos sociais, criados em exercício anterior e de
execução continuada, mas sem previsão em lei específica?..............................................21
4. 10 O que pode ser caracterizado como propaganda institucional?………………………..22
4.11 É possível a divulgação de símbolos, marcas, imagens e expressões que identifiquem
determinado Governo?........................................................................................................22
4.12 O agente público candidato pode participar da inauguração de obras públicas, durante
o período eleitoral?...............................................................................................................23
4.13 Como deve ser usada a marca do Governo e de outros órgãos em campanhas de
utilidade pública, no período eleitoral?..............................................................................23
4.14 É permitido, no período eleitoral, fazer a divulgação de eventos já programados
utilizando impressos que contenham a marca do Governo?............................................23
4.15 O Governo poderá fazer inaugurações no período eleitoral, mas sem a presença de
candidatos? A identificação da placa da obra pode ter a logo do Governo ou deve
conter apenas o brasão? Na placa de inauguração, pode colocar a logo e/ou nome do
governador?..........................................................................................................................24
4.16 Propaganda institucional – é possível o uso de marcas nos adesivos dos carros oficiais e
fachadas dos prédios públicos? ..........................................................................................24
4.17 No período de vedações eleitorais, é permitido manter ativo site institucional do
Governo, utilizado para divulgação de obras e serviços, incluindo a veiculação de
imagens?................................................................................................................................24
4.18 Eventos tradicionais (ex: Círio) poderão ser apoiados pelo Governo? Em caso positivo,
como deve ser a identificação, marca ou brasão do Estado?.........................................25
4.19 O Governo poderá realizar espetáculos tradicionais no período
eleitoral……………………………………………………………………………………..25
1 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
1.1 Leis
Estabelece normas para as eleições, disciplinando no art. 73, de modo específico, as vedações
orientadas neste Manual. Transcreve-se:
Das Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Campanhas Eleitorais
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou
readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e,
ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do
pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de
pleno direito, ressalvados:
VII - realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos
públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração
indireta, que excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que
antecedem o pleito; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º. Reputa-se agente público, para os efeitos deste artigo, quem exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos
órgãos ou entidades da administração pública direta, indireta, ou fundacional.
§ 5º. Nos casos de descumprimento do disposto nos incisos do caput e no § 10, sem
prejuízo do disposto no § 4o, o candidato beneficiado, agente público ou não, ficará sujeito
à cassação do registro ou do diploma. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 6º. As multas de que trata este artigo serão duplicadas a cada reincidência.
§ 10. No ano em que se realizar eleição, fica proibida a distribuição gratuita de bens,
valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto nos casos de calamidade
pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em
execução orçamentária no exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá
promover o acompanhamento de sua execução financeira e administrativa. (Incluído pela
Lei nº 11.300, de 2006)
§ 11. Nos anos eleitorais, os programas sociais de que trata o § 10 não poderão ser
executados por entidade nominalmente vinculada a candidato ou por esse mantida.
(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 12. A representação contra a não observância do disposto neste artigo observará o rito do
art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, e poderá ser ajuizada até a data
da diplomação. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 13. O prazo de recurso contra decisões proferidas com base neste artigo será de 3 (três)
dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial. (Incluído pela Lei nº
12.034, de 2009)
Altera as Leis n° 9.096, de 19 de setembro de 1995 – Lei dos Partidos Políticos, 9.504, de 30
de setembro de 1997, que estabelece normas para as eleições, e 4.737, de 15 de julho de 1965 –
Código Eleitoral.
Altera a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com §
9º do art. 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina
outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam proteger a probidade
administrativa e moralidade no exercício do mandato.
O simples uso de materiais e serviços Lei nº 9.504/97 - art. 73, II. Permanente
deve se limitar às cotas autorizadas
pelo Governo ou Casas Legislativas.
Proibição de contratar, nomear, Lei nº 9.504/97 - art. 73, V. Nos três meses que antecedem as eleições
admitir e demitir sem justa causa, Resolução do TSE nº 23.555/ 2017. (a partir de 07 de julho de 2018 até a posse
trabalhadores nos três meses que dos eleitos).
antecedem o pleito, ressalvada: a) a
nomeação ou exoneração de cargos
em comissão e designação ou
11
Vedada a realização de transferência Lei nº 9.504/97 - art. 73, VI. Nos três meses que antecedem as eleições
voluntária de recursos (ressalvados os Resolução do TSE nº 23.555/ 2017. (a partir de 07 de julho de 2018 até a
recursos destinados a cumprir realização do pleito).
obrigação formal preexistente para
execução de obra ou serviço em
andamento e com cronograma
prefixado, e os destinados a atender
situações de emergência e de
calamidade pública).
Com exceção da propaganda de Lei nº 9.504/97 - art. 73, VI, “b e c’’ Nos três meses que antecedem as eleições
produtos e serviços que tenham e § 3º. Resolução do TSE nº 23.555/ (a partir de 07 de julho de 2018).
concorrência no mercado, está vedado 2017.
autorizar publicidade institucional dos Resolução do TSE nº 23.551/2018 –
atos, programas, obras, serviços e art. 77, VI, “b
campanhas dos órgãos públicos
federais, estaduais ou municipais, ou
das respectivas entidades da
administração indireta, salvo em caso
de grave e urgente necessidade
pública, assim reconhecida pela
Justiça Eleitoral (aplica-se apenas aos
agentes públicos das esferas
administrativas cujos cargos estejam
em disputa na eleição, cabendo à
Justiça Eleitoral o reconhecimento
dessa exceção).
Fazer pronunciamento em cadeia de Lei nº 9.504/97 - art. 73, VI, “c” e § Nos três meses que antecedem as eleições
rádio e televisão, fora do horário 3º. (a partir de 07 de julho de 2018 até a
eleitoral gratuito, salvo quando, a Resolução TSE nº 23.555/ 2017. realização do pleito).
critério da Justiça Eleitoral, tratar-se
de matéria urgente, relevante e
característica das funções de governo
(aplica-se apenas aos agentes
públicos das esferas administrativas
12
Contratar shows artísticos pagos com Lei nº 9.504/97 - art. 75. Resolução Nos três meses que antecedem as eleições
recursos públicos na realização de do TSE nº 23.555/2017. (a partir de 07 de julho de 2018) e até a
inaugurações. realização do pleito. Contudo, caso haja
segundo turno, a proibição estender-se-á
até a sua realização.
A qualquer candidato, participar de Lei nº 9.504/97 - art. 77 (Redação Nos três meses que antecedem as eleições
inaugurações de obras públicas. dada pela Lei nº 12.034/2009). (a partir de 07 de julho de 2018).
Resolução do TSE nº 23.555/2017.
É permitida a propaganda eleitoral na Lei n° 9.504/97 – art. 57-A A partir de 16 de agosto de 2018.
internet, nos termos desta Lei, após o (Redação dada pela Lei nº
dia 15 de agosto do ano da eleição. 13.165/2015).
Resolução do TSE n° 23.555/2017.
Resolução do TSE nº
23.551/2018 - art. 22.
A propaganda eleitoral na internet Lei n° 9.504/97 – art. 57-B, I, II e III A partir de 16 de agosto de 2018.
somente poderá ser realizada nas (Vide Lei n°12.034/2009)
seguintes formas: Resolução do TSE nº 23.551/2018 –
I – em sítio de candidato, com art. 32, IX.
endereço eletrônico comunicado à
Justiça Eleitoral e hospedado, direta Obs: Segundo o art. 32 da
ou indiretamente, em provedor de Resolução do TSE nº 23.551/2018,
internet estabelecido no País; para o fim desta Resolução,
II – em sítio de partido político ou considera-se:
coligação, com endereço eletrônico IX – sítio hospedado diretamente em
comunicado à Justiça Eleitoral e provedor de internet estabelecido no
hospedado, direta ou indiretamente, País: aquele cujo endereço (URL –
Uniform Resource Locator) é
em provedor de internet estabelecido
registrado no organismo regulador
no País; da internet no Brasil e cujo conteúdo
III – por meio de mensagem é mantido pelo provedor de
eletrônica para endereços cadastrados hospedagem em servidor instalado
gratuitamente pelo candidato, partido em solo brasileiro;
13
ou coligação;
IV - por meio de blogs, redes sociais, X – sítio hospedado indiretamente
sítios de mensagens instantâneas e em provedor de internet estabelecido
no País: aquele cujo endereço é
assemelhados, cujo conteúdo seja
registrado em organismos
gerado ou editado por candidatos, internacionais e cujo conteúdo é
partidos ou coligações ou de mantido por provedor de
iniciativa de qualquer pessoa natural. hospedagem em equipamento
servidor instalado em solo
brasileiro;
c/c LC n. 64/90, art. 1º, III, c/c LC n. 64/90, art. 1º, III, LC n. 64/90, art. 1º, II, “d”.
“a”. “a”.
Limite para até 07/04/2018 até 07/04/2018 até 07/04/2018
Desincompatibilização
Base legal LC n. 64/90, art.1º, III, “a”, LC n. 64/90, art.1º, III, “a”, LC n. 64/90, art. 1º, II ,“l”
c/c art.1º, II, “l” c/c art.1º, II, “l” c/c LC n. 64/90, art.1º, V,
“a” c/c art.1º, II, “l”.
Limite para até 07/07/2018 até 07/07/2018 até 07/07/2018
desincompatibilização
15
Base legal LC n. 64/90, art.1º, III, “a”, LC n. 64/90, art.1º, III, “a”, LC n. 64/90, art. 1º, VI,
c/c art.1º, II, “g”. c/c art.1º, II, “g”. c/c art. 1º, V, “a”, c/c art. 1º,
II, “g”.
Limite para até 07/06/2018 até 07/06/2018 até 07/06/2018
desincompatibilização
c/c art. 1º, II, “a”, 14. c/c art. 1º, II, “a”, 14. art. 1º, V, “a”, c/c art.1º, II,
“a”, 14.
Limite para até 07/04/2018 até 07/04/2018 até 07/04/2018
desincompatibilização
Base legal LC n. 64/90, art.1º, III, “a”, LC n. 64/90, art.1º, III, “a”, LC n. 64/90, art. 1º, VI c/c
c/c art.1º, II, “l”. c/c art.1º, II, “l”. art.1º, V, “a” c/c art.1º, II,
“l”
Limite para até 07/07/2018 até 07/07/2018 até 07/07/2018
desincompatibilização
IMPORTANTE: A tabela apresentada tem caráter meramente informativo. Os casos concretos serão
avaliados pelos órgãos respectivos no âmbito de sua competência em razão do julgamento dos
registros dos candidatos.
Alguns temas ainda pendem de orientação por resolução do Tribunal Superior Eleitoral, a exemplo
da produção e divulgação de notícias falsas na rede mundial de computadores e, particularmente,
em redes sociais.
18
4.1 Qual a extensão da vedação prevista no art. 73, VI, “a” da Lei Eleitoral (transferências
voluntárias de recursos da União aos Estados e Municípios e dos Estados aos Municípios)?
Essa vedação se aplica, tão somente, aos casos de transferências voluntárias, ou seja, quando
existe entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da federação, a título de cooperação,
auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou destinada
ao Sistema Único de Saúde – SUS.
A conduta discriminada fica proibida no período de 3 (três) meses que antecedem o
pleito. Caso haja segundo turno, a proibição se estende até sua realização.
Nesse cenário, a União não poderá realizar transferências voluntárias aos Estados e
Municípios, nem os Estados aos Municípios, a partir do dia 07/07/2018, exceto quando: a) houver,
cumulativamente, obrigação formal preexistente para a execução de obra ou serviço em andamento
(os que já foram fisicamente iniciados - TSE – Resolução nº 21.878 ), com cronograma prefixado (os três
requisitos deverão estar presentes); e b) para atender situações de emergência e calamidade pública,
caso em que o Poder Público deve motivar o ato e comprovar que se trata, de fato, de situação de
emergência e calamidade pública sem nenhuma conotação eleitoreira.
Precedentes: TSE: Resolução nº 21.878, Acórdão nº 266 – AgRg na Rcl 266/CE, RO nº 29-
23.2011.6.05.0000/BA, Recurso em Representação nº 54, Consulta nº 1320 – Resolução nº 22284.
4.2 O repasse de recursos do Estado aos Municípios para atender às obras do PAC constitui
transferência voluntária?
Depende de como estejam discriminadas as correspondentes ações do PAC.
Isso porque a Lei nº 11.578/2007 admite que as ações do PAC sejam executadas por meio da
transferência obrigatória ou de transferência voluntária de recursos financeiros. Desse modo, está
vedado no período eleitoral (3 meses que antecedem o pleito) apenas o repasse de recursos
financeiros que, conforme dispõe a lei, possui natureza voluntária.
4.3 Os recursos oriundos de operação de crédito contraída pelo Estado são considerados
transferência voluntária aos Municípios?
Sim. Os recursos oriundos de operação de crédito contraída pelo Estado são considerados
transferência voluntária aos Municípios, ainda que a lei estadual autorizativa da operação de crédito
preveja repasse obrigatório.
A operação de crédito se insere, conforme art. 11, §4º da Lei federal nº 4.320/64, na
classificação de receitas de capital e, desta forma, está compreendida na definição de transferência
voluntária prevista no art. 25, caput da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A vedação incide nos 03 meses que antecedem as eleições. Vide item 4.2.
19
Não. Durante todo o ano que se realizar a eleição. Conforme dispõe a Lei n° 9.504/97, em
seu art. 73, § 10, o simples ato de doar foi classificado pela legislação eleitoral como sendo
proibido, inclusive quando se trata de bens públicos declarados inservíveis, na forma da lei.
Admite-se doação apenas nas hipóteses excepcionais previstas no dispositivo: calamidade pública,
estado de emergência ou em favor de programas sociais autorizados em lei e já em execução
orçamentária, no exercício anterior.
Não é exigido que, durante o período eleitoral, o programa social, antes implantado, seja
abolido ou tenha interrompida ou suspensa a sua execução, pois o que se proíbe é tão só o seu
desvirtuamento, a sua colocação a serviço da candidatura, enfim, o seu uso promocional.
Em relação à cessão de uso, a Lei Eleitoral não a veda de forma absoluta. Entende o TSE
que a cessão de uso de bens móveis ou imóveis pode configurar a conduta vedada prevista no inciso
I do art. 73 da Lei nº 9.504/97 apenas se comprovada a utilização em benefício de candidato,
partido ou coligação, violando-se a isonomia do pleito.
Exige-se, ainda, para a configuração da conduta vedada descrita no art. 73, inciso I da Lei nº
9.504/1997, a prova do prévio conhecimento dos beneficiários da prática ilícita, conforme já decidiu
o Tribunal Superior Eleitoral.
4.7 Entidades privadas sem fins lucrativos nominalmente vinculadas ou mantidas por
candidato podem firmar convênios com o Estado em ano eleitoral?
Não. Vedado durante todo o ano eleitoral. De acordo com o art. 73, §11 da Lei nº
9.504/97, nos anos eleitorais, os programas sociais da Administração Pública não podem ser
executados por entidade nominalmente vinculada a candidato ou por ele mantida. Tal vedação
começou a valer a partir de 01/01/2018.
Ressalta-se que a proibição é absoluta e inclui até mesmo programa social que tenha sido
autorizado em lei e que já esteja em execução orçamentária no exercício anterior.
4.8 O Poder Público pode promover programas, treinamentos e cursos durante o período
eleitoral?
Sim. Não há vedação legal quanto à realização desses eventos, tendo em vista a preservação
do serviço, fundamentado no princípio da continuidade do serviço público mesmo durante o período
eleitoral. Contudo, é fundamental que tais eventos não tenham nenhuma conotação político-
partidária, nem possibilitem favorecimento pessoal, inclusive a candidatos ou autoridades públicas
envolvidas.
Em relação à execução de programas em ano eleitoral – caso haja distribuição gratuita de
bens, valores ou benefícios –, diante do entendimento do TSE, eles devem ter sido criados por lei
específica e com previsão também específica na lei orçamentária do ano anterior.
Precedente: TSE-REspe nº2077820126240041/SC.
Não. Não é possível a manutenção durante todo o ano em que se realizar a eleição. A
vedação está no art. 73, §10 da Lei nº 9.504/97.
O TSE já se manifestou no sentido de que “...programas sociais não autorizados por lei,
ainda que previstos em lei orçamentária, não atendem a ressalva deste parágrafo”.
Portanto, projeto social sem previsão legal específica, embora contido no orçamento, incide
na vedação prevista no dispositivo supra, devendo ser suspenso, por cautela, em ano eleitoral.
Ademais, além do cumprimento das exigências de que os programas sociais tenham sido
autorizados em lei em sentido estrito e estejam em execução orçamentária no exercício anterior, sua
continuação só é possível se descaracterizado o intento de obtenção de vantagens eleitoreiras.
A lei eleitoral é clara no sentido de vedar a publicidade institucional nos três meses que
antecedem as eleições.
Por se tratar de eleições estaduais e federais, nas quais estarão em disputa os cargos de
Governador do Estado, Vice-Governador, Deputado Estadual e Federal, Senador e, Presidente e
Vice-Presidente da República, a regra é de que não será possível a publicidade institucional no
âmbito da administração estadual e federal. Note-se que, muito embora a presente vedação não se
estenda de forma direta ao Município - visto que o § 3º do art. 73 da Lei das Eleições dispõe que
“as vedações do inciso VI do caput, alíneas b e c, aplicam-se apenas aos agentes públicos das
esferas administrativas cujos cargos estejam em disputa na eleição” - a propaganda institucional
eventualmente veiculada pelo Município não poderá beneficiar candidatos aos cargos em disputa.
4.12 O agente público candidato pode participar da inauguração de obras públicas, durante o
período eleitoral?
Não. Vedado durante os três meses que antecedem o pleito. A inauguração de obra
pública, em si, não constitui conduta vedada pela lei em período eleitoral, o que é proibida é a
participação de candidatos (a qualquer cargo, não apenas ao Executivo) no evento.
Assim sendo, o candidato, nos 3 (três) meses que antecedem a eleição, não poderá participar
de inauguração de obras públicas, de acordo com a expressa vedação contida no art. 77 da Lei nº
9.504/97, ratificada pela Resolução do TSE nº 23.555/2017.
A jurisprudência já vinha entendendo que o simples comparecimento do candidato, mesmo
sem participação efetiva no evento, suscita a vedação legal, posicionamento que foi confirmado
pela Lei nº 12.034/09.
Precedente: TSE-Recurso Especial Eleitoral nº 18.212. TSE-Recurso Especial Eleitoral nº 19279.
TSE-AAG nº 5.134, Ac. de 11/11/2004. TSE-Agravo de Instrumento nº 50082.
4.13 Como deve ser usada a marca do Governo e de órgãos estaduais em campanhas de
utilidade pública, no período eleitoral?
Com base no art. 73, VI, “b” da Lei nº 9.504/97, é vedado, nos 3 (três) meses que
antecedem o pleito - com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência
no mercado - autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas
dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da
administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida
pela Justiça Eleitoral. De acordo com o §3º do citado artigo, a vedação se aplica apenas aos agentes
públicos das esferas administrativas cujos cargos estejam em disputa na eleição, e começa a valer a
partir de 07/07/2018.
Mesmo a campanha sendo de utilidade pública, o fato é que só pode ser veiculada, no
referido período, em caso de grave e urgente necessidade pública e desde que previamente
autorizada pela Justiça Eleitoral. Em sendo este o caso, é possível a utilização dos símbolos
definidos pelo art. 12 da Constituição Estadual (bandeira, hino e brasão), com ou sem o nome do
Estado ou do órgão/entidade interessado.
4.15 O Governo poderá fazer inaugurações no período eleitoral, mas sem a presença de
candidatos? A identificação da placa da obra pode ter a logo do Governo ou deve conter
apenas o brasão? Na placa de inauguração, pode colocar a logo e/ou nome do governador?
Sim. A inauguração em período eleitoral, em si mesma, não constitui conduta vedada pela
lei. O que é proibida é a participação dos candidatos nas inaugurações de obras públicas, nos 3
(três) meses que precedem o pleito. Vide item 4.12.
Quanto às marcas que podem ser utilizadas na placa da obra, vide as respostas aos itens
4.10 , 4.11 e 4.13.
Quanto à placa de inauguração, é possível que contenha o nome do Governador, desde que o
propósito seja o registro informativo e histórico. E o ato do descerramento da placa, comum nas
solenidades de inauguração, não pode caracterizar qualquer tipo de abuso por parte de candidato,
nem desequilíbrio no processo eleitoral. Já a utilização de slogans, símbolos ou logotipos pessoais é
vedada (Vide item 4.10).
Precedentes: TSE. Recurso Especial Eleitoral nº 19279. Resolução TSE nº 23.555/2017. TSE.
Agravo de Instrumento nº 9877. TSE. Agravo de Instrumento nº 4592.
4.16 Propaganda institucional – é possível o uso de marcas nos adesivos dos carros oficiais e
fachadas dos prédios públicos?
Nessa linha de raciocínio, no caso de adesivos em carros oficiais e das fachadas de prédios,
entende-se que, sendo unicamente o brasão ou bandeira com o nome do órgão, entidade ou do
Estado, sem qualquer vinculação ou apelo implícito à candidatura do gestor ou promoção pessoal
daquele, podem permanecer inclusive por força do princípio da economicidade, lembrando-se que
imagens não podem estar atreladas a propaganda de candidatos.
Em regra, manter ativos sites institucionais do Governo não é, por si, conduta vedada em
período eleitoral. Ocorre, porém, que se aplicam à publicidade institucional de obras e serviços as
restrições previstas no art. 73, VI, “b” e §3º da Lei nº 9.504/97 (Vide item 4.10).
25
Assim sendo, não é permitido manter ativo, a partir de 07/07/2018, site institucional do
Governo estadual cujo conteúdo seja utilizado para divulgação de obras e serviços, salvo em caso
de grave e urgente necessidade pública, previamente reconhecida pela Justiça Eleitoral.
4.18 Eventos tradicionais (ex: Círio) poderão ser apoiados pelo Governo? Em caso positivo,
como deve ser a identificação, marca ou brasão do Estado?
Sim. Tais eventos tradicionais podem ser apoiados pelo Governo, como de costume. Quanto
à identificação e marca, vide resposta ao item 4.10.
Sim. A lei não veda expressamente a realização de eventos culturais tradicionais, nos três
meses que antecedem o pleito, desde que não haja relação entre o evento que se pretende realizar e
as condutas vedadas.
Assim, o Governo pode realizar espetáculos tradicionais preexistentes, contudo não pode
servir de veículo para propaganda institucional, ainda que indireta ou subliminar, capaz de ensejar
benefícios a candidato, partido político ou coligação.
Sim. Não há óbices jurídicos para que a agenda do Governo continue sendo publicada como
de costume, sem conteúdo eleitoral.
Sim. Com relação à aplicação de recursos do erário estadual, tem-se que o Estado pode
licitar e executar obras e serviços de engenharia, pois não existe nenhuma vedação expressa de
licitar em ano eleitoral, tendo em vista que os serviços ou políticas públicas não podem sofrer
interrupções por força de fatores alheios ao procedimento da licitação, como as eleições.
Do mesmo modo, sendo o recurso proveniente de transferência voluntária e tendo o ente
efetivado o repasse financeiro anteriormente a 07 de julho de 2018, inexiste também a vedação
acerca da possibilidade de licitação com tais recursos, pois a Lei n° 9.504/97 e alterações não
proíbem a realização de licitações e a celebração de contratos administrativos em anos eleitorais.
Contudo, é fundamental que não tenham nenhuma conotação político-partidária, tampouco
possibilitem favorecimento pessoal, inclusive, a candidatos ou autoridades públicas eventualmente
envolvidas.
26
4.22 É de caráter obrigatório a licença de servidor público efetivo para atividade política?
Sim. O servidor público efetivo é obrigado a se licenciar para praticar atividade política,
obedecidos o disposto na legislação federal específica e os prazos de que trata a Resolução do TSE
nº 23.555/2017, aplicável ao pleito de 2018. Vide quadro e prazos que constam do item 3 deste
Manual.
Há que se aduzir que a lei federal específica é a Lei Complementar nº 64/90, a denominada
Lei das Inelegibilidades, sendo esse o diploma normativo que indica as hipóteses e condições de
afastamento dos cidadãos pretendentes a disputas eleitorais.
Não. Não é possível, nos três meses que antecedem o pleito até a posse dos eleitos. O art.
73, V, da Lei nº 9.504/97 restringe a possibilidade de realizar nomeação, contratação ou admissão, a
qualquer título, de servidor público, na circunscrição do pleito, no prazo acima mencionado.
Por outro lado, a lei ressalva expressamente os seguintes casos, como hipóteses que
excetuam a regra: a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa
de funções de confiança; b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos
Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República; c) a nomeação dos
aprovados em concursos públicos homologados até o dia anterior ao início do prazo de vedação; d)
a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços
públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo; e e) a
transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários.
Outrossim, registre-se que a vedação em comento não impede a criação de vagas e cargos no
período eleitoral, tão somente obstando, no prazo legal, seu provimento por meio de nomeação.
Não. Não são possíveis, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos. O art.
73, V, da Lei 9.504/97 proíbe a realização, no serviço público, de demissões sem justa causa e
exonerações ex officio, na circunscrição do pleito, no período mencionado, sob pena de nulidade do
ato.
Assim, no período fixado em lei não poderão ocorrer exonerações nem demissões,
ressalvadas, neste último caso, as fundamentadas em justa causa e processos disciplinares. Ademais,
considerando-se que esta vedação somente se refere à circunscrição do pleito federal e estadual, não
há impedimentos, nas eleições 2018, para demissão/exoneração de servidor municipal.
27
A única exceção prevista no art. 73, V, da Lei 9.504/97, mais especificamente em sua alínea
e, é a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários.
4.26 Como fica a remuneração dos servidores públicos requisitados pela Justiça Eleitoral?
O afastamento de servidor, seja ele federal, estadual ou municipal, para prestar serviço à
Justiça Eleitoral, pode operacionalizar-se por dois institutos distintos: pela cessão ou pela
requisição.
Para os servidores do Estado do Pará, a cessão é regida pelo RJU estadual - Lei nº 5.810/94
– e normas complementares; e a requisição é regulada pela legislação federal especial que tutela os
procedimentos da Justiça Eleitoral – Lei Federal nº 6.999/1982 e Resoluções do TSE (Resolução nº
23.523 de 27 de junho de 2017).
Em se tratando de cessão, o servidor não fica regido pela legislação eleitoral e sim pelas leis
próprias – RJU e legislação esparsa –, e nem sempre fará jus às vantagens específicas da carreira de
origem.
Não. Não é possível, nos 180 dias que antecedem o pleito. De acordo com o art. 73, VIII
da Lei nº 9.504/97, é vedado realizar, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração de
servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo.
O prazo da vedação abrange o período de 180 (cento e oitenta) dias antes da data das
eleições até a posse dos eleitos.
Tal prazo terá início em 10/04/2018 (Resolução TSE nº 23.555/2017) e a vedação se aplica
ao Estado visto que, neste ano, as eleições serão de âmbito estadual e federal.
Por fim, registra-se que, por expressa previsão do parágrafo único do art. 21 da Lei
Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), é nulo de pleno direito qualquer ato
que resulte em aumento da despesa com pessoal expedido nos 180 (cento e oitenta dias) anteriores
ao final do mandato.
4.28 Os servidores não candidatos que forem trabalhar em campanha eleitoral podem apenas
pedir férias ou devem ser exonerados? E, quando tiverem direito à licença prêmio, podem
utilizar esse afastamento para trabalhar na campanha?
Sim. Podem apenas pedir férias ou licença prêmio. Na forma do art. 73, III da Lei Eleitoral,
é vedado ceder servidor ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou
municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de
candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor
ou empregado estiver licenciado. Assim sendo, estando o servidor de férias ou licença prêmio, não
incide a vedação.
4.29 Quais os limites de utilização de redes sociais por servidores no horário de trabalho ou
utilizando equipamento do órgão em que atuam?
A Lei nº 13.165/2015 dispôs sobre o tema no art. 36-A, disciplinando que não configuram
propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à
pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos, autorizando alguns
atos aptos à cobertura dos meios de comunicação social/internet, dentre os quais se destaca a
divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas na mídia, incluindo redes sociais
(inciso V).
Destaca-se, ainda, que a Lei n. 13.488/2017 alterou a redação do inciso IV do art. 57-B da
Lei n. 9.504/1997, para dispôr que a propaganda eleitoral na internet poderá ser realizada nas
seguintes formas: […] por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas e
aplicações de internet assemelhadas cujo conteúdo seja gerado ou editado por: […] qualquer
pessoa natural, desde que não contrate impulsionamento de conteúdos.
DATA FATO
11, § 9º).
18 de junho – segunda-feira Data na qual o Tribunal Superior Eleitoral divulgará o
montante de recursos disponíveis no Fundo Especial de
Financiamento de Campanha (FEFC), observado o prazo-
limite para o depósito pelo Tesouro Nacional, no Banco do
Brasil, até 1º de junho de 2018.
20 de junho – quarta-feira Último dia para os tribunais regionais eleitorais indicarem
em sistema específico (Sistema ELO) os novos Municípios
que terão eleições com identificação biométrica híbrida.
30 de junho – sábado Data a partir da qual é vedado às emissoras de rádio e de
televisão transmitir programa apresentado ou comentado
por pré-candidato (Lei nº 9.504/1997, art. 45, § 1º).
JULHO DE 2018 Data a partir da qual, observado o prazo de 15 (quinze)
5 de julho – quinta-feira dias que antecede a data definida pelo partido para a
escolha dos candidatos, é permitido ao postulante à
candidatura a cargo eletivo realizar propaganda
intrapartidária com vistas à indicação de seu nome, vedado
o uso de rádio, televisão e outdoor (Lei nº 9.504/1997, art.
36, § 1º).
6 de julho – sexta-feira Início do período para nomeação dos membros das mesas
receptoras e do pessoal de apoio logístico dos locais de
votação para o primeiro e eventual segundo turnos de
votação.
7 de julho – sábado 1. Data a partir da qual são vedadas aos agentes públicos
(3 meses antes) as seguintes condutas (Lei nº 9.504/1997, art. 73, incisos V
e VI, alínea a):
I - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir
sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por
outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e,
ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor
público, na circunscrição do pleito, até a posse dos eleitos,
sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os casos
de:
a) nomeação ou exoneração de cargos em comissão e
designação ou dispensa de funções de confiança;
b) nomeação para cargos do Poder Judiciário, do
Ministério Público, dos tribunais ou conselhos de contas e
dos órgãos da Presidência da República;
c) nomeação dos aprovados em concursos públicos
homologados até 7 de julho de 2018;
d) nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao
funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais,
com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder
Executivo;
e) transferência ou remoção ex officio de militares, de
policiais civis e de agentes penitenciários;
II - realizar transferência voluntária de recursos da União
aos Estados e Municípios e dos Estados aos Municípios,
sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os
recursos destinados a cumprir obrigação formal
preexistente para execução de obra ou de serviço em
andamento e com cronograma prefixado, bem como os
destinados a atender situações de emergência e de
calamidade pública.
2. Data a partir da qual é vedado aos agentes públicos das
esferas administrativas cujos cargos estejam em disputa na
eleição (Lei nº 9.504/1997, art. 73, inciso VI, alíneas b e c,
32
e § 3º):
I - com exceção da propaganda de produtos e serviços que
tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade
institucional dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou
municipais, ou das respectivas entidades da administração
indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade
pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;
II - fazer pronunciamento em cadeia de rádio e de
televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a
critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente,
relevante e característica das funções de governo.
3. Data a partir da qual é vedada, na realização de
inaugurações, a contratação de shows artísticos pagos com
recursos públicos (Lei nº 9.504/1997, art. 75).
4. Data a partir da qual órgãos e entidades da
Administração Pública direta e indireta poderão, quando
solicitados, em casos específicos e de forma motivada,
pelos tribunais eleitorais, ceder funcionários à Justiça
Eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 94-A, inciso II).
9 de julho – segunda-feira 1. Último dia para os representantes dos partidos políticos,
(90 dias antes) da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público
e as demais pessoas autorizadas em resolução específica,
interessados em assinar digitalmente os programas a serem
utilizados nas eleições, entregarem à Secretaria de
Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral
programa próprio, para análise e posterior homologação.
2. Último dia para a Justiça Eleitoral realizar audiência
com os interessados na divulgação dos resultados.
3. Último dia para o Tribunal Superior Eleitoral apresentar
o modelo de distribuição e os padrões tecnológicos e de
segurança a serem adotados ao disponibilizar os dados
oficiais às entidades interessadas na divulgação dos
resultados.
16 de julho – segunda-feira 1. Último dia para os tribunais regionais eleitorais
designarem os locais de votação dos Municípios com mais
de cem mil eleitores que terão seções disponíveis para o
voto em trânsito, entre os já existentes ou criados
especificamente para essa finalidade.
2. Último dia para os tribunais regionais eleitorais criarem,
no cadastro eleitoral, locais de votação onde funcionarão
as seções eleitorais dos estabelecimentos penais e das
unidades de internação de adolescentes, caso ainda não
existam.
3. Data a partir da qual, até 15 de agosto de 2018 e nos 3
(três) dias que antecedem a eleição, o Tribunal Superior
Eleitoral poderá divulgar comunicados, boletins e
instruções ao eleitorado, em até 10 (dez) minutos diários
requisitados às emissoras de rádio e de televisão, contínuos
ou não, que poderão ser somados e usados em dias
espaçados, podendo ceder, a seu juízo, parte desse tempo
para utilização por tribunal regional eleitoral (Lei nº
9.504/1997, art. 93).
17 de julho – terça-feira 1. Data a partir da qual, até 23 de agosto de 2018, o eleitor
poderá habilitar-se perante a Justiça Eleitoral para votar
em trânsito, indicando o local em que pretende votar,
assim como alterar ou cancelar sua habilitação, caso já o
tenha requerido.
2. Data a partir da qual, até 23 de agosto de 2018, o eleitor
33
Às 8 horas
1.3. Início da votação (Código Eleitoral, art. 144).
Às 17 horas
1.4. Encerramento da votação (Código Eleitoral, arts. 144
e 153).
45
Às 8 horas
1.3. Início da votação (Código Eleitoral, art. 144).
Às 17 horas
1.4. Encerramento da votação (Código Eleitoral, arts. 144
e 153).
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
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gabarito oficial e comentários. 6. ed. Salvador: JusPodivm, 2012. 874p.
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BARRETO, Lauro. Condutas vedadas aos agentes públicos pela lei das eleições & suas
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________.Lei nº 13.488, de 6 de outubro de 2017. Altera as Leis n 9.504, de 30 de setembro de
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o
Eleitoral), e revoga dispositivos da Lei n 13.165, de 29 de setembro de 2015 (Minirreforma
Eleitoral de 2015), com o fim de promover reforma no ordenamento político-eleitoral. Diário
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________.Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990. Estabelece, de acordo com o art. 14, §
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providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF,
21 maio 1990.
Brasil. Tribunal Superior Eleitoral - TSE. Resolução nº 23.523, de 2017. Dispõe sobre a requisição
de servidores públicos pela Justiça Eleitoral. Diário de Justiça Eletrônico, Brasilia, DF, 29 de jun.
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________. Tribunal Superior Eleitoral - TSE. Resolução nº 23.555, de 2017. Calendário Eleitoral
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<http://www.tse.jus.br/eleitor-e-eleicoes/eleicoes/eleicoes-2018/normas-e-documentacoes-eleicoes-
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________. Tribunal Superior Eleitoral - TSE. Resolução 23.551, de 2018. Dispõe sobre a
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eleitoral. Diário de Justiça Eletrônico, Brasília, DF, 05 de fev. 2018. Disponível em:
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