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1° Texto: Nações e nacionalismos (a teoria, a história, a moral)

Autores: Curto, Diogo Ramada, Jerónimo, Miguel Bandeira and Domingos, Nuno Nações e
nacionalismos (a teoria, a história, a moral). Tempo soc., Nov 2012, vol.24, no.2, p.33-58.

O texto apresenta inicialmente um passeio histórico e uma crítica às idéias correntes


acerca da secularização e da laicização do mundo moderno, bem como a atitude de relativizar
uma concepção evolutiva das mudanças sociais, do progresso, substituindo-a por uma
comparação entre diferentes configurações sociais e de grupo. Os autores pontuam a
percepção da falta de homogeneidade da própria teoria social ao longo dos séculos XIX e XX
que cooperaram para alienar grupos sociais, e impor estilos de falsa consciência ou para
designar situações de desorganização com total desinteresse.
A procedência dos estudos sobre a nação tem as suas raízes nas obras de Tocqueville
sobre a França, a Inglaterra ou os Estados Unidos; nas interrogações de Durkheim sobre a
consciência coletiva e a função social dos ritos e das cerimônias na França; Em todos esses
exemplos, a nação é exposta para análise e experimentação do método comparativo, ou para o
estudo de processos como os da formação do Estado, da sociedade civil ou da modernidade,
sem constituir num objeto de estudo em si mesmo.
Quando as questões analíticas da linguagem ou na constituição da linguística em
ciência universal, as humanidades e as ciências sociais passaram a privilegiar a análise dos
discursos, foi possível levar mais fundo as investigações sobre o romance, a ficção, a obra
imaginada, as formas simbólicas traduzidas numa linguagem dos ritos e das cerimônias, bem
como as construções da memória. A conotação linguística e culturalista apresentaram os
temas da nação e do nacionalismo dos seus usos mais naturalizados e, quem sabe, mais
conservadores.
O melhor momento do texto é quando os autores sinalizam o reconhecimento das
Ciências Sociais nas contribuições de Benedict Anderson, para o estudo de nação e
nacionalismo em sua obra: Comunidades Imaginadas. Seu estudo admitiu a necessidade de
uma noção da dinâmica histórica e das características da modernização societária locais,
abrangendo componentes de diferenciação étnica na viagem que o conduziu a busca de
inserção do debate numa dimensão do nacionalismo anticolonial para promover um olhar
histórico e global.
A trajetória biográfica de Anderson é relevante para recuperar a genealogia do seu
pensamento, e a forma como a interpretação dos processos históricos se relaciona com a
imaginação do homem político. O pensamento de Anderson sobre o nacionalismo pode ter
sido inspirado nas obras de Walter Benjamin, de Victor Turner e de Erich Auerbach. Essas
inspirações de Anderson estão distantes do marxismo, enquanto visão do mundo, ainda que
não caiam fora do marxismo enquanto espaço da discussão do futuro da história. O mais
importante é a autonomia da esfera da cultura e dos valores, da dimensão simbólica como
motivo da ação humana.
Em Comunidades imaginadas, Anderson esclarece de que modo a dilatação da
imaginação nacional implicou numa reunião de fatores, que se associaram a intercâmbio de
um sistema capitalista de relações produtivas, a tecnologia das comunicações impressas e a
inevitável diversidade linguística. Ele propõe é que uma figura de capitalismo específico
instituiu o meio técnico para produzir, um artefato cultural, nacionalista, que embolsou
autonomia diante das relações econômicas. Assim, Anderson se separa de uma análise das
relações sociais e econômicas enquanto base da explicação histórica, para defender a
autonomia da cultura idealizada como base da ação humana. Existe uma articulação entre um
Anderson analítico e um Anderson programático em sua obra.
Ao analisar os diversos tipos de nacionalismo, ele mostra o modo como o fenômeno
nacional estava enraizado no processo social. Assim, distinguiu o nacionalismo dos
“pioneiros crioulos” do nacionalismo europeu que se lhe seguiu, abalizado numa cultura
sedimentada desde os tempos pré-modernos; diferenciou, do mesmo modo, o denominado
nacionalismo oficial, de tendência imperialista e discriminatória, que cresceu a partir de
meados do século XIX na Rússia, na Inglaterra e no Japão.
Finalmente, os autores mostram como Anderson procura encontrar-lhe uma ontologia,
um tipo ideal com características singulares não assimiláveis a outros fenômenos sociais. É
assim que distingue o nacionalismo das manifestações às quais surgem várias vezes ligadas ao
racismo e a xenofobia. Ao esforçar a importância da imaginação como fator de produção da
realidade, em sua obra Comunidades imaginadas tornou-se uma inspiração principal para
investigações em ciências sociais e nas humanidades centradas na idéia de “representação” da
nação como elemento de construção da realidade. A ideia simplificada de que o nacionalismo
se ostenta como uma representação, como uma configuração de consciência, como uma visão
do mundo e de projeção da vida, acendeu um conjugado de análises.
2° Texto: LESTRINGANT, Frank. O Brasil de Montaigne. Rev. Antropol. [online]. 2006,
vol.49,n.2, pp.515-556

3° Texto: OLIVEIRA, Ricardo de. Euclides da Cunha, Os Sertões e a invenção de um Brasil


profundo. Rev. Bras. Hist., 2002, vol.22, no.44, p.511-537

4° Texto: LESSA, Carlos. Nação e nacionalismo a partir da experiência brasileira. Estud. av.,
Abr 2008, vol.22, no.62, p.237-256.

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