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Romantismo:
idealização
e
arrebatamento
È
As rcvoluçõesburguesasmudamo peiil da sociedadeeuropéia
no inícioda séculaXlX.Liderandaas trcnsformaçõessociais
e econônicas,a burguesiaganhapoder política e passaa bus.ar
uma arte na aual poisa recorhecer-se.
O movimentaromântico
nascepara respandera esiêanselo.Nestecapítulc,
voaêcanheceráo começodessahistóriã.
'. e
Íutret,A.lestruiçáa.le
un navìotlè tànsparte,1A1Oó eosobrete a, 173: 245.m.
A liôlêncâ dâtêmpeíadereÍâtâdaporÍúrnerécaÍacteÍi5tcade pÍod!çóesrcmánÌcas,
pos nehsrìâsempredenaque paraâsêmÒçÕes
CAPITULa
12
O qüe você deverá saberao t. Descrevã
a cenaretratadana tela de Ìurner.
2, Comoo artistacaracterizaa natureza?
a O que íoío Romantismo-
r Eos seÍeshumanos,
comosãoretratados?
. Como as .evoluções bur-
guesasdesencadearam o l. Ascoresutilizadas
contribuemparacriarumaatmosfera
dramátì-
novimento roinântico- ca?Justifiquesuaresposta.
. Qudisforâmas caractetís o quadrodeÌìcianoquêâbr;uo Capítulo
4. Observe 8.
tkas do projeto literário
do Bomantismo. È
. Quàisíomn as^príncipaít
I . a.Õ,Ba.oe Arìa.lne
(deral he),
rs2l - r 524
a
r compare o modocornoa natureza e osseÍeshumanoS foÍamrepre
J sentadosporelee poÍTurner asprncipas diJerenças
e identifique
I
r CorÌìbasenessas é possíve
d íerenças, caracterzarapnturadeTicia-
no comornas racionâle a dêTurnercomorna5 emocional? Expl-
quepoÍquê.
:
i
:
Caiherine e Heathcliff
[...] Cìatherinefitava a porta do quâ.lo (om üma intensi.lade á\ida. E
como HeathcÌitrÌÌão atìnavalogo com â entrada doaposenro ondc cÍáva-
mos, ela me fez um gesto para o inirodu?ir. qllarìdo, porém, mc aproxi-
mei da porÌa,já eÌc a àÌcançara; num ou dois pâssoschegou ao Ìado da
moça e a tomou nos büços.
Durante uns ciÌÌco nìinutos Heatlìclìtrnão falou neÌr solioÌr suâprcsa; c
na$Ìele momento gâstou deceÌÌo mais bejjos do $rc todos qÌre já dcÌa.ìÌì-
tes, na vida iÌÌteiÍa. FoÌã, poróm, CatÌÌenne qÌre o beij a pímeiroi \i cÌrÌa.
meÌÌte que eÌe mal podia suportü oÌhála no rosto, conNmido dc dor No
iÌÌstantc cln qüe a abraçou, coÌÌvenceÈse, iguàÌ a mim, 'de +Ìe nào ÌÌaúa ali
esperdrça de cüra", de que ela já cstae ircmecÌiavelmente fadada à ìorte.
RananÍisna:
idealìza.Àa 213 a
earrehatanento
TI TER A T U R A
-
a 214 CAP|TULA
12
L I T E RAT U R A
-.
Ronantisna:
i.iealìzêçõa
e anebatanento215 a
I I TER AT U R A
-
O nascimento
do cidadão
1789 . dospriIìcipa
A inf uência s í ósofos
iluminÌstas
e dotextoda Declaração F
de ndependênca dosEstados Undosfoi decsvaparaa redaçãofina dos
I7 artigosda "Decaraçáodosdireitosdo homerìì
e do cidadão'l
1799
:r' r lao.l Art. Ìq- Os honÌens nascem e são Ìi\rcs e iguais em dircitos. As distirÈ
ções sociaissó podem ter como ÍundaDrento a uiilicÌade comÌrm.
AÌt. 2" - À finaìidade dc toda associâcãopolítica é a prcservação dos
1 8 03 dircitos atufais e iÌÌÌpres(rjtíleis do horÌcÌn. Esscsdìrcitos são a Ìiberdade,
a prospc dadc, a segurança e arcsistênciâ à opressão. l.-.1
6" À lei é a exprcssãoda lonlade geral. [...] Todos os (idadáos são
^rt.ã seüs olhos e i$almente adnìissí\€is â todâs a! digÌÌidades, lugares e
iguais
empregos pÌiblìcos, se$rndo r srÌãcapacidadee seÌÌì oütra .listinção que Dão
sejaa da! suasvirüdes e .Ìos seustaleüros.[...]
1808
DispÕnileL er: <http:// rtu1(âÌibúim.e.oÍg.ÌÌ /'1 ,1Ío20jÌnho./dÈ.1{lÌoì$ hhü.
A.e*o €Íì, 6 tèv.2005. (lÌâgmctrro).
j
ai
a-a
1 815
18t8 DEIà.toi\,A lb;ídêtlè goiândaa porc, 1830 Ó eo rcbÍe Ìela, 260 x 325 .m
A conhecldê
heclclê DelacÍo
te a deEuoène
Eugène do povo
x 1uÍÍaa lmDortânaia
lmportânaia Dovopara
oaraos
ot d'tistás
d'ti
1422 ronìárticos. ospêsdeumamulhersensua
Enìpilhadoss;b quesimboizaa ibeidade,
oscorDoseúbTam oueomovÌrn€nto
tíansfoÍmadoÍdôcenáÍio
socìáleutoDeucusloLr
a vidademutoscidadãos par;lenses.
O o hardecidclodaspesoasreqstraa escolha
1 4 30
devvêrêmorrprDeiod reltoà beÍdade.èiouâldadeeàfrêteÍnidade
a 2t6 12
.APITULO
L I T E RA T U R A
r Darevoluçãopolítica
à revolução
econômica
A quedada rnonarquia, naFÍança, abaou asmonarquìas absolutstaseuro-
péiase desencâdeou umasériêdetransfoÍmaçóes polítcasernoutrospaíses.
NaIngaterra,ondea Tnonarquiã eramaisestável, asmudanças acontece-
TáTnno Ìerrenoeconômico. Emmeadosdo sécuo XVll, o pãísconìeçoua
acoÍnpanhar a passagem do modode produção ãrtesânal parao fabÍi.A
máqunaa vapoÍ,osrÌìotores movrdos a carváoe ostearesmecáncosmutip i
cârarn o rendÌmento do trabaho e aumentaram muitoo ganhodo buÍguês
dono do capital:depoisde fazerfoÍtunacom o corÌìérclo, ele investiuseu
caDital nasfébrcase oassou a acumular lucfos cadavezmaoÍes.
Comisso,a teÍaÍÌì-se asrelaçÕessocias, quecolocam, de urnlado,os em-
presár os (capita
istãs),detentoresdo caplta, dos imóveis, dasmáquinas, da
matéria-pÍ mae dosbensproduzdos pelotíabêlho, e, deoutÍo,o proletarado,
quevendesuafoÍçadetrêbahoe produzrneÍcadorias emtÍocadesalários
No inko do séculoXX, a Inglaterra estêvê em pena Revolução Industrial.
! FeÍrovasfoÍarnconstruidas paramehorãra distribu ção da produção fabrilpelo
paísA nstaaçãodâsíábrcas pÍóximas aoscentros urbanos atraiuurnsignficati
vo númerodecamponeses, queabandonêram o campoemblscada pÍomessa
deorosDeridade assocêda aocrescTÌìentodocoméÍcio nazonaurbana.
A ondado progresso tecnoóg co se expandeda Inglaterra paraoutros
países da Europae consolida as chamadas Íevoluções burguesas do século
! Xvlll.Juntas,a ndependênc a dosEstados Unidos,a RevouçãoFfancesa ea
Revolução Industrial
determinaraÍna queda doAntigoRegmee consolidaram
comonovos stemaeconôÍÌìico.
o capitalisrno
q O Romantismo:
a forcadossentimentos
-
Até o sécuo XVIì|,a artesernpreestevevoltadôparaos nobTes e seus
vaores.Quandoo burguês conquista poderpolítco,preclsacr arassuasTefe-
rênciãsártístcas,definr padrõesestéticos nosquaisse reconheça e que o
d ferencemda nobreza deposta. Énesse conÌextoqueo movmentoÍomânt-
co surge,provocãndo uÍÌìaverdadeira revouçãona produção arÌística.
corna posturaÍacionalda estética
PararoTnpeÍ árcade,o movirnento Ío
mânticonterpreta a reaidadepeloÍitÍo daemoção.Comìlinadê à origina-
lidadee aosubjetivismo,a expressão daserÌìoçÕesdefniráos pr ncípios
da
novaproduçáo aÌ_tlstica.
L toqraÍiade 1855Íêpresêntêndo ascâsês O rornânticoconsderaa ìmaqinação superor à razãoe à beleza,porque
ag omeradase asaltaschamnésdas e a nãoconhece limites.Poressemotvo,a originaldadesubstltua m tação,
íábfcasde 5heffed, fa rqatera quedesdea Antlgüdadec ássicà oÍientãvao olhêÍdo artsÌâparao mundo,
Aintíodúçãôdâsméqú].âsa vapôrnêssâ
cdade do none,conhe.dapê a qualdade
no processodecriação. da inÍ uênciapassada,
Livres os novosartstasencon
de sla clte ara, assequro!-he luqarde tramna própÍiaindividualidade,traduzda pelasêrnoçóes quesentem,asÍe-
desr.qle na ndústrado aço. ferênciasparaa nterprelaçáo da realdade.
RonanUsna: e anebatênenÌo217 a
dealizacáa
TI TER AT U R A
o Ìeinadodo indivíduo @
o teÍmoRomantismo Íazrelerênc deínìdapelaexpressao
a à estética da md
q nação,dasêmoçÕêse dacr at vidâdeindvidua do artsta.RepÍesenta
Lrnìarup
Tomo una.esolÌ'ção de quc tuÍacornor padróe9 dê beeza
clásslcos
janìàis Ììouve elenpÌo e que não
tefá iÍìiuìdor Querc nìosrâr aos
nÌeus senìelhmresum homcnì
em loda a \Ìrd:Ìde de sn nah! A estétcaromántica
subsituiaexaltação danobreza peêvalorização
do indi
rczajc css. noìì.m s.r.:i cu. sG vÍduoedeseucâráteÌ.EmugaÍdeouvara queexge
belezacássica, umanature-
mcnredÌ. (ioDhc@ meu coÌacio zae umfísicoperfeitos,
o novoaftistãeloga o esÍorço
indvdua,a sinceridade,
o
c .onhcço os homcns. Nio ÍÌu trabalho.
Pouco a pouco,
osvaloresburgueses vãosendoapresentadoscomomo- È
da mcsma ìlssa daqurt:s .oÌn socanasobÍasdeaftequecorneçam
delosdecornportârnento a serproduzdas.
qucm lidcij ouso crer que nro
sou fcito (omo os outros. Me!Ìo
quc n ão teDh a ma ior m ér it o,
pel() Ìnenos v)u.liferente. O projetoliterário
ROUSSE"{rr,Jeanja.qles. .,\Pnd:
llnR\ l\'Íãrljr CirilìzaffÕ r.itunÍal:
u.ìrnìs6na c.ncisã.Sio Prnlo:
do Romantismo
O f lósofoque nspÍouboapartedospr ncíplos
V2rin* F.n,tes,Ì985. p. 468. ron'ìâ
nticosío ieanlâcques
(Irisnrrto).
Rousseau Quando e e ãÍirmê,na autob oqrafaÁs conrssóes, quedeseja moÍ ;
tÍãÍ a geussemehantes "urn homemem todaa verdadede suanatureza",
As páãvrãsde Rolssealr resu- lurìrinao grandeprojetoiterárioa sercumpridopeo Romantismo: cÍ ar uTna
mema êssênciâ do olhafromãn- dentidade estéticaparao burguèsAssim,o Romántismo podeseÍde+ìnido
licoparao mundo:tudo o queé comouTna arte0ê 0uÍguesla.
èscritopaarede unìapeÍspectiva O meÍo passopêrãalcançar
pr esseobletvo é valorÌzaÍ, naobraliteÍária,o
ndviduaê, po.ranto,subjetiva.
ndvíduoetodaa suacornplêxidade emoconal, aboindoocontrcleracional. EÍr 2
ugarda orjgernnobÍequeasseguÍa o diretoà distnçâoe ao reconhecimento
soca, ostextos teráÍostraçarão o peíi de heróisque pÍecisam âgìr,soÍreÍ,
supeÍafobstáculos detoda natureza paÍêsequallíicarern cornoexemplares. Na
sociedade queÍemunefa
capitalista o tÌabâlho,sacrfícoe eíorço
passam a vaer ma5 quea noÔTeza queserecebe 0eneTança.
A literêturaseÍámaisirnportante doquenuncaparadifundir
os valoÍesburgueses. Os escíitores rornánticos assumem essa
t'unçãoe povoarÌì seuspoemase romances connfig!íashonra-
dâs,trabahadoras, sinceras, heróicas Cadatramaqueenvove
dos jovens apaxonados é umaoportunidade paramostráf que
o sentinìento verdade ro, puro,transforma o indvíduoe hedá
condçõesparaenÍfentarã hipocris a da sociedãde. Nospoe-
Trìas,
o aTnoT à pátriae os símboos nacionars sãoexatadose
dealzadoscorÌìoexpressão de beezae boôdade.
r Osagentes
do discurso
O contextode produçãomodiÍca-se basÌanteduranteo
rÌìovinìentoromântrco.O desapaíecirnentodaf gurado rnecenas
contÍbu paÍaa profssonê izaçãodosartistas.OsescrtoÍes fo-
rnánticos,pelaprimeraveznah stória,escrevenì parasobrevver.
Poressemotvo,procuÍam concliêrdoisobjetvosdistintos:
d vul
garosvalores daburguesa e aomesnìo teTnpo divertiroseitores.
Esse é também umnovocontextode circulação pêÍãã lte
rãtuÍâ.Comovirnos,nossécuosXVlle XVì1,o númeíode erto
constab e, Serhofas da íamll€ de Masan .le aalchesÍel íeseÍa bastanteimitêdoê muitasvezesos textoseíârÍìlidos
OleÒsobre1ea,59,5 x 49,5 cm Os p ntore5romê.tcô5
dôcúmêntâhâ.hegndâ dâ êtuÍã âÒsmÒme.tosde azeÌ somente peos nobres e poroutrosescTtores CorÌìãpossbii-
Í àmi ar:a mãee êsÍ hâ souv em alenlas
, a, et ur a dadedepublcação emveículos deqrande comoos
circulação,
jornêise fevistas,
o a canceda litêraturê
seampia bastante.
a 21A CAPITULA
12
IIÌIRAÌUR A
-.
Dorodapéao Ìomance
.. i,.t
êsvendas queenfÍentêvarnumacrisepoí
,: ili [flAll[$
lElllttfl0f,$
ül '.. voPara
J[ü01
aumentaÍ doslomasfranceses,
dop 8l0. .urg, r,TdrovdÍo_ndoenè' êt,vao Íolhetim.PJblicddo.o
Íoda'
-
' i, pé(feul/eror,
s!!!!,\sLu"s!is-i."-'i' emíÌancês)doslorm s,asnaÍativas peipécias
apÍesentavarn
multas
dasquaisparticpavâÍn|]m gÍandenúmercde personagens.
e aventuÍas, Logoo
espaçodo rodêpépêssou a sero maislidoe asvendê9creÍeÍamimediatamentêO
maisfamosoÍolhetimfoi O condede Mantê Ctisto,de Dumas
ParapÍênderaãtênçãodosetorese gâÍantirquê ^lexandre
contìnuassêÍr
ã conìpraÍojornal,
publcãdos
osfolhêtins, aospêdâços, exploravâmiécncasnarÍarvas A
-aspecÍficas.
masconhecda eÌaa inienupção da h íóÍia emLrmmomento desuspense,cnando È
. 11ganc h o o L ê Ê o r Ê l o r d d o r o c a p | . o 'e g J A . " o Ê d l r o t e r a . d c l ê l A v:,á o ,
" 'Ê .
rêãlização
contêmpoÌánea dosfolhetìnsdo s€cuo XX, fazêrnusodessae$Íaréga.
Astramasexploravarn sempre osmesrÍìos ternas: seduçÕes,ãdultéÍios.
atosde
vioênciaê cruêldade. A coníruçãodaspersonagens e do enÍedoseguiaum pa
drãopreeíabeÌecido. Essa Íepetiçãodeternas eo modopadÍon izddodeconsÍuÌ
personagens e enredofac itdvama leituÍâê pernìtiamao leltoríeconheceÍ Ë-
pidaÍìrente
ose ementos narratvosquelhê.grâdâvêrn, o queo motivavaa continuãr
.o-npardo o o .dl od'â
"(ono"'ìl_dÍ" h \Ìo'.â
Honoré deBêlzac, AlêxãndÍeDumas, WaterScoit,CêÍniloCastelo BÍanco,loaquim
N,4anuel
de l/ã.edo, JosédeAlencartodoselesêscrevêrãnì suãsobÍassoba formade
fo hetins
e,desse modo,conqLr staÍamLrmleirorfel. Qlando,maistaÍde,reuniarnos
Fô het m da obra de aexafdre osdashistórassotrâ formadelìvÍo,já t fhamgaanta desucêsso.
capltLr
i D!mat, O .ónde deMórle Crsto,
vo 1 , n' 1, 18 60
ORom ant is m oeopúblic o
0 públcoqlle lê os textosÍomántcosterÌrum perfI beÍÌìrÌìas heterogê-
neodo queo Ìlúblicodeséculos anteÍiores,cluevivianossaõesdaCortee no
anìbenterestrtodãsacadem ase dasarcádias.
Osburgueses quelêemjoÍnasefolhetnsnãocontãm comã mesma forÍÌìação
dosnobresNãoconhecern os autores clássicos,
têm d ficudadeerÌ decÍraras
à rnitooga grecolatna.Porsso,preferem
referênciãs umâlinguagem maisdÍe-
ta, passona,quenãose guenecessaÍjamente aospâdrÕes daherança literáÍa.
EssenovoperfI farácomqueseestabeleça umoutfotìpoderelação entre
e e tot Comã necessidade
escritor deconquistar o nteíesse dos e torespara
venderash stóÍase gaÍantirsuasobrevivência, osescÍitoÍes pTocurarão aten
derao gostopelopitoresco, pea aventura, de modoquêa lerturasejataÍÌì
bémum rnornento de d veÍsáoe entÍetenimento.
Projetoliteráriodo Romantismo Asnarrativâsdosécuo XX catvamaindaumoúbicoegDecífico: asleitoras.
mulheÍes burglesâs qle sebeneficiam do acesso à escola,faciitâdopeo pro-
,ao lzaçaodo .d \ duo cesso de urbanzaçãocrescente. Ao ladodasêulasdemúscã,costura e borda-
do,a eiturapassa a sermaiSumaativdadecongtânte nosambientes famlares.
divugaçãodosvaoresburqueses: Essepúbirco tanìbérné consideÍado poÍ qLlemescreve romances. A5históras
trâbãlho,
sacríi.oe eíofço dasheroínas e dosarnoresdeaizadosalimentam a magnaçáodasjovensso
nhadoras enìreaçãoaocasamenlo e à criaçãodesuasÌlÍóprias famíias.Nesse
exaltaçáodo amor à páÍa € dos sentido,os romances Íoanántcos Íealzama educação sentmentâldasrÌu he-
rese aludama divugêra mageÍÌì dafarÌìíiacomobasedasociedade buÍquesa.
r A exaltação
da imaginação
e dossentimentos
OsÍomântìcos acredtavamnacapacidade indviduaparadeterminar a foÊ
mae o conteúdo deumacriaçãoartísticaAssim,ibertaram-se
dênecessidãde
deseguÍ foÍrìase padróesjá
consãgÍados,abÍindoespaçoparaa maníestãçâo
da ndviduaidade,rnuitasvezesdeÍlnidaporenìoçõese sentnìentos.
RanÊntisno:
i.lealizaeão
e aïeba,ênenta219 a
I . I Ì ER A Ì U R A
f...1
AÍÌo-te cÌÌì cada clia, hora e seguÌÌdo: Àmo te até nrs coisasma's pequenas.
A luz .Ìo sol, rÌa rÌoite sossegada. Por toda a rida. E, âlsinÌ Deus o quisesse,
E é ião pÌrra a paixão de que me iÌÌuÌìdo Ainda ÌÌÌais te àÌnàÌ ei depois da nìorte.
Qunto o ptr.Ìor dos quc rÌão pedelÌÌ nacLâ.
r A fugado presente
e da realidade
O autorrornântco escreveparaurnasocedade queseformousoba influên
ciadosf ósofoslumn stãse que,porÈso,vaoTizava osprccessos
Íaconais e as
postuÍas coletvasÉ essamentadadequeee deseja mudafe contraa quêL5e
rôanfesta.Deceftaforrna,seuSentimento dedesajustamentosociaéverdade ro
e nasce do confrontoentreosvaoresquedefende, centrados
nosubjetvsmoe
naemoção, e osqueorgênzarf a sociedade emquevive.O embateentreess-ôs
j
doissistemas de vaoÍesganhafonìa em urÌìdosterÍrasmas expoÍadospela
iteratuÍa
romântica a fugadarealidade.
Nêsse contexto,a rforte passaa servistacomopossbì idãdede fugado
rea e, poí isso,é dea zada.Elase mãníêstacomoopçãode â ívioparaos
Ílìaesdo mundoou pãrão encontrodefintivodosarnantes, separados peos
obstácu osda reaLdade
A émda morte,o Ífundodossonhos tornêseumespaço deiugaparao
romãntco Nee, o escÍitorpÍojetasLras utopias(pessoaìs
e soca s).O passa-
do,apresentado denìodocompletarnente deazado,também desempenha ã
mesmafunçáo:acohe o o harsubj-"tivo desseautorquesesentedesocado
nâsocjedade emquevive
Osteffrasmedevas ressurgem cornforçatotal.A dadeMédiarepresenta
paraos ronìânticos urfa épocaem quea sociedade estêvarepeta de fe tos
' F o i c o ., S e -Lre l o\^obe " Ld-ìO.t.
RecupeÍar o passadohistórcosignifcava,de ceftaforrÌìa,reconstr!Í os
passosde uÍÌìpovoe reconhecerossírÍrbo
osdesuaidentidade, aqulo queo
tornâúnco e ncompaÍável. mportantes rornancesromânÌcosportugueses e
brasieÌosexporamessa tendência.
r Osfilhosde umamesma
nação
lôhn lverelt Mì as, O cav./Êrrôándânte, O nacionasmoé unìadasffralsinìoortantes do Romantismo.
características
1870 Ô le o5 0b Íete a,1 84 , 2x l! 6, 1c m
Os.avae Ío5mêdLêvês,.ôm s€ucódqo
oe.ono!Ìa €xempêr,Ìornamie os
mod€oses.oh dosp€osÍomãnìcospaÊ
â cômpÒliqão iteráÍ. dôsnÒ!Òsherós
Ee5serãohomênscompLêtamente
d€aizados,.apazes deenÍentaÍtodo t po
de obÍác! o em nomedoverdadeno.mor
a 22O CAPITULA
12
T I T E RAÌ U R A
-'
polítcãdecorrente
A tÍansformação do pÍocesso revolucionário queabolu
o AntigoRegjrne
estabeeceuuÍÌì novopr ncípiomuito rÌ portante a soberana
nãotemexisÌênca ems mesma. Eladerivadanação,do povocomoumtodo
O ndivíduodeixadesevercomosúditode um Íeie torna-se o cidadãode
umapátria.Essarelacãoentreasesf-Ârãs e ndlvdua passa
coletiva a serobjeto
derefexãodoartsta.Vejao quediz,porexenìplo,Wat WhitfÌìan
t...1
Esta é a cidade e eu soÌr um dos cidacÌãos,
O quc intcrcsü aos outÌos a Driììì ìÌìteressa,políticas, guefas, mcrcados,
jomnis, escoÌas,
O prcsidcnte dn cânÌarâ c os conieìhos, bancos, tafifas. ÌÌalios, fábricas,
nÌeÌ cadoria!, armzéns, bens púbÌicos e prilados.
a do povoe seuvínculo
É da uniãode duasdéias a soberan a uma
mesmanaçâo quenasceo dea naconaista
!
r Linguagem:
a liberdade
formal
A llnguagem dostextosromânticos pea beÍdade
é rnarcada pófóÈ
forrnal.
t
muaslitefárias,
comrigorosos esquemãs métricos
e rimas,sãoabandonadas.
Paraexpressaro aTrebataÍnentoquecarâcterizâ o olharrornânticoparaa
realdade,osescritoÍesÍecoÍÍemà ãdjetivãçãoabundante, comonotrechode
A marrodosventasuNatfe5OutÍoÍecursoimDortante Daratraduzirossen
t mentosé a pontuação. Nospoemas e TomancesroÍÌìânticos,
o usodêexcla
q rÌìações,
interrogaçÕese retcêncasprocuÍafazercornqueo etoÍ reconheça
asemoções, angústase aíliçõesquetomamcontade quemasexpÍessa.
Todas essas casapontam pãraã preocupaçâo
característ emtraduzirasub-
jetivdade,deÍÌìodoa caractefzaro o haÍespecificode umautorparao Ílìun-
do e assegufar que elese manifestê de modoúnico,dÍerentede todosos
...l rn " \' ri nre,
Trêspaíses,
trêscorrentes
romanilcas
Alemanha,nqlaterra e França maisfoÊ
forarÌìo beÍçodastrêstendências
tesdaestéticâromântca:o nacionasmo,o gostopelopitoresco e pelogro-
tescoe ã ternátcasoca
r Alemanha:
a almado povo
O nãconalsmo ÍoÍÌìántco originousenaAemanha, ondesurgiuo con-
ceto dealmado povo. Sequndo esseconceto, cadapovoé únco e criatjvo
seugênlona Inguagem,
e expÍessa na iteÍatuía,
nosmonumentos e trad
çõespopulaÍes.
lvluitosescÍitoÍes
ÍomântcoscantaTam, eTnveTsoe prosa,as
quêldadesdesuaterranatal,comoGoethe.
RonanÍisno: eaïehatanento221 a
itlealizacaa
I . I Í Efi A T U N Á
-
Mignon
Cí, heceso paísonde os ìimõesflorescem t...1
E Ìdmjas de ouro acendem a folhâgem?
Sopra do céÌr zzul uma doce üIagem Conheces a montanhae a veredâ de bmma,
A âlimária que h$ca a enevoada senda?
Junto ao loureìro altivo os mitos âdormecem.
Nas grutâs ainda úve o dmgao dì Ìegenda,
A rocha cai em ponta e à roda a ondà cspuma,
Ì, ond€. pda onde Conheces a montanha?
Eu quiscra ir contigo, mado!Longel Longe! i onoe, púa ôn(le
Nosso caminho, pai nos chama. Vânos. Longe.
-'---_--_ GOIjTHE, \r\I. MAÌÌon. Ìi: CAMPOS, Ha.oldo de. O draítr ta"ú:
cnsaios de liteEdm c cullürâ. Rio deJanei.o: Imago, 199?.
A buscâdã vidaeterna
ffifiíffiffi
Europa. NaInglaterra,
tivaem quea íecriãção
WalteíScotÌdeuformaao ÍomâncehistóÍico,naÍÍa-
do passãdo funcionacomopretextoparaassociar os
valoÍesburgueses ãossÍmbolos da nacionãlidade.
Essaadaptaçáo paÍao cinema EmPoÌtugal, a ondanacionalistacoincidiucomasmudanças decorrentes da
do lvfo de MaÍy Shelleycontã vindada famÍliãrealparao Brasile assançôes sofridas
apósa decÍetação do
comufÌìelencode celebridades. bloqueio continental porNapoleão. NoBÍasil, o sentimentonacionalsiafoi Ìm-
d
no quã sedêstãca RobertdeNÌo pulsionãdo pelãPíoclamação da Independência, contextomas do queÍavorá- È
comoa cÍiaturâmonÍruosaquê
é tíãzidaà vda pelosêxpêrlmen-
velparaa aÍjrÍnãçãoda noção de pãÌriaea criaçãode umã identidadenadonal- t
tosdodr VictoÍFrankensteìn.Em
unìaépocãemqueoslìmiteséti- r Inglaterra:
exagero
e exotismo
cosdaciência voltama serobjeio ã
de discussáo comasextraordiná- Alémdo romance hiíórico,os autoÍesinglesesescreveram longospoemas
rÌasdescobertãs no (ampoda g€- sobrepaÍses
desconhecido6
e exóticos
e exploraraín
a mitologiaceltae astÍadições
néticae da repÍodução humana. iÍlandesas
e escocesas. maispitoÍesco
ã h íória do cientGtaquepÍocu Quanto e singulaíÍosse
o tema,meihoÍ.
ra meiospêravenceÍamortega- A onda nostálgica
desencadeada pelos romances históricospromoveu o
nhanovavitãlidade. Íesgate
do góticomedieva, que, associadoà Ínelancoliaromântica, acentuou
a expressão de sentmentose emoçóes. O interessedos escritores
ingleses
É pelamorte,peloscemitéÍios, pelêsÍuínasÍicou evidenteem umasériede
1 Íomances queexploraram teÍnassobÍenaturais.
As mãiscélebíeshistóriãs
de
* terrortiveramorigemnessatendência Íomántica:O médicoe o monstro,de
z RobertLouisStevenson, e Frankerstêm, deMarySheley. A elessejuntaramos
contosdoalemáoE.T.Hoffmane do norte-aÍnericano EdgarAllãnPoe,quese
E ÍiliaÍamà tradiçáoinglesado rornance gótico
França:
consciência
social
- De todosos países ondeo Ínovimento romântico se manifestouinicial
rnente.eÍanaturalquena FÍança eleassumisse umafeiçãomaisvoltada para
asquestôes sociais.já queesse paíshãviasidoo berçodaRevolução quetinha
CenadoÍi meFfarkeíeir, de
comolemâliberdade, igualdadee fratêínidadeentreos homens.
renn€ihBranàgh
I qffi!Ú!'Ímffi/
EUA.]s94./ VíctorHugoé o grandenomedo Romantismo queseencaÍrega
fÍancês de
criaroscenários
literáriosparêtematizarasgrandesquestõessociais
do momento.
a 222 CA4TLO12
LITERA T U R A
-
Poeta, Íomancista,
dramêturgo, HugoescÍeve emqueo povoda
roÌnances
compafticpaçãodestacada,
cidadeapaíece comoé o casodeNotre-Dame
RananÌìsna: e aïebêÍânenro223 )
ìlealizacáa
TI TER A Ì U R A
-
V
Passamosn escola- o Dn3 cdânças
Brinca\"am de lutador -
Passamosos canpos do grão pasmado -
Passamospelo soì pór -
a 224 CAPÌULA
t2
tIÌERAÌU R A
lvanhoé,umheróidascruzadas
Ambentado nê ngateÍra do5éculoXtt, du-
íênteosconÍlitos entÍesaxóes e nomnandos,
lvanhaéìaïa as dvent!Íasdo cavaleiÍô dê .i
rnesmo nome,flhodeCedric, um mportântê z
sdxáo.Rowena, proteqida do pa de Lvanhoé,
é amadapelojovemcava eiÍo Esseamoré t
coÍesponddo,masCedrlcdesêjãocasdÌÌìen
to daloverÌcorÌ !m nobre.Porissodeserdd
o própÍlofiho.vãnhoé segue conìo íeiRicaÊ
do CoÍâção dê Leão,de quemse tornaum F
fiê amiqo,paralLrtârnasCruzadas
Parârêcupêrar
sla honrae garantlÍavoltade
RrardoCoração de Leáoâotrcno,lvanhoé re
tornaincÓgnto à nglatêrrã vve m!tas avên-
luras:vence emurnÌorneotodos oscanìpeões
do príncpeio;o, o usurpadofda coÍoa;ganha
o coraeão deumêpveÍneéíeto prisoneiÌopelos q!ê ÍepÉs,ênla
Gravúrâ
protaqonÍa da
lvanhoe,
a êdosdoprincpe.Deposdetodasesçsãv€n-
tur.s, vdnhoé€ Row€na secãsêm, gdÍantindo obÍade waÌer scoÌt
o í nalíeizquecomovd osletoÍesdaépo.a.
j
ffi O texto a seguir reÍere se às questõesde 6 a 10.
2
0 Caagleira
T Deserdado
t
!l Lìsr.s:rrcus.cÌradnspor pìliâdásde Semrevelar sua verdadeiÊ identìdade,
mrdeiraqre .iÌcrndar"moscaÍclos
niedieai\ e onde ocoúar ostorneios lvànhoé apresenta,5ecomo o
CavaleírcDeserdada e demanstra
Dieis: cnìblenu snrbi,ln o itrà.otagem e hàb;lìdadeao ae<aÍiar
(a.onpanhâdo ou d. prÌâvaon
t ^ãó aNõ,
rraÉ)uüdo en Lnsóes. e deffatat o maìs temido campeão
bândeirasou tÌajesde caeleiÌos pam de um torneio.
nnüxÌ írâ Ìnìhrgeme dútinEão
Todos os olhos se roltâranì pa.a ver o trovo campeio 1...1,e cÌ€ gaÌ
goì.,as listas. Pelo que se podia.juÌgar dc urì homem eD armadura, o
no\o a\eÌÌhrr€ìiro nio excedir rìriio o tamanho ÌÌrédio e parecia ser
reìath'ameDie esbeìio e de compleição Íorte. Sua âÌniaduÌa cÌaÍèita de
aço, ricanìeÌìte incruslada de oÌt|o, e a dilisa em seu es.udo eÌa de car
vaÌho Ììovo, ìnâÌrcado pela raiz, coÌn a p alra espanhol^ D.sài.hada,
sigDifÌcando Dcscrdrdo. Ele viÌÌha montado em um galante (avalo De
gÌo, e quaDdo passiu pelff listâs,cumprimenrou graciosanìente o Prin-
:p c ê r' . e" 1' .,âç hdi \drrd. r l " n, r. \ Ll e.rrel i , u,r tj L. r,/L
' i â\J .êu
gaÌanÌÌio, e unìaespécie ctegraçajuveDiÌcm scusmo{ìos, coDquistaram
O* n snnpatia dã multidão [...].
O campeâo t...1,para suÌ?rcsa.Ìe rodos ospresentes. cavãlgoÌraré o
pavilhão central e rocorÌ.c,nia exireDidade agüdâ dâÌâÌrçao escüdode
+@ l ìrrâ d c B or-C u ' be' | í
' ' .,l Jrdc
ro gêral pcl ., p, i 5,,ri .i u arJ. ni nqü , l
1Ìcou maissuÌ?reso que c,foÌmidá\€l Câvalciro {ÌrÌc rcaìrara dc s.r ctcsa'
Íiâdo paü unÌ coÌÌìbate mortal, e quc, nào esperãndo rào rude desafio,
cstala postado distraidamente à porra do pavilhão. [...]
Ronannsno:
it1.álìzâüa
eâffebâÍanenÍo225 a
LI Ï E B A T U R A
-
v
Com os dois canpeões ocrpando âs extrcmidades das listas,de frcr-
|e um para o orÌtro, a expeciati\a do púbÌico atingiu o pico. Poucos en
treúnham â possibilidade que o confronto terminãsre bem parao Ca\,â
leiro Deser.lado; mâs sua coragem e valentia gaÌaÌìtiaÌn-Ìhc o inccntivo
geraÌ dos espectadores.
Tão Ìogo soaÌam as troÌÌÌbetas, os campeões desapareceram de seüs
postos com avcÌocidnde de uÌn raio e colidimm no centro das lisrascom
o choque de um tÌov'áo.As Ìanças se esmigalhar:ìÌrì,e, no ÍÌoÍìeÌìto, os
dois ca\ãleiros pareciam tcr caído, pc,iso choque lizeü cndì ca!âÌo recu-
ar. Com âs Ìédeas e ã, esporas,os cavaÌeirosrecuperaram o manejo dos
animâis, e após se encararem com olhos que parecìam eÌÌìitir foeo por
meio dâs barras das lisciràs, cada um deu uma meia-volta c, retoÌrìando
à extremidade das Iìst2.s,receb€ü ìoe Ìmça dos iìÌetes. f.-.1
Após aÌguns minütos de pausa para que os combatertes rccuperaç
sem o fôÌego, o PríncipcJoão deu o siÌÌâÌ paÍâ que soâssenìâs tronÌbetas
novamente. Pela s€gÌÌndar€2. os câÌÌÌpeõespdtirâm de seuspostir e sc
cncontraÌam ÌÌo centro dâs listas, com a mesma ïelocidade, a mesmà
destrezae a mesma lioÌência; mas não com o mesno res tado.
Nesse segundo encoìÌtro. o Templário lisoÌr o cenrro do escudo dc
seu antagonista, c atiÌìgiu-o com ianta força, qüe suâ Ìançâ se eslàcelou,
e o Ca\aleirc Deserdado girou rÌa seln. Por outro Ìado, esse campc,io
I
tinha, o começo do ataque, dirigido aponiâ de lança piÌra o escudo de
BoiscuiÌbert, mas, ÍÌudâÌìdo de alvo quase ÌÌo ÌÌÌonìento do enconlÌo,
levorLaao elmo, um alvo muito ditìciÌ, mr quc, se aÌcdÌçado, tomava o
choquc mais inesistíveÌ. HabiÌmente, ele acertou o noÌmândo na visei
ra, c,Ìrde a poÌìla da lança 0cou prcsa enrre as barÌas. ì!Íesmo com essa j
desvantagcm, o TcÌnPÌário mìnteve a süa repulação; e se o cìrÌ|tÌrão de
suaselanão tivesserompido, ele não teÌiacaído. Entreianio, sela,ca\ãÌo
e homcm rolaram no cÌÌão sob uma nu\€m de poeira. j
[...] Tomado de Íúria, lalrto poÌ sua desgmçrquanto pelas aclamações ë
eDì favor do feito do oponente, ele sàcou a espada, brmdìndo-a eÍÌ desa-
fio ao seu conqüìstadc,r. O Cìai':ìleiro Deserdado saltou de seu gaÌaDhão e
também desembainhoÌr a espadâ.Os oficìais do cmpo, poróm, esporeâ-
rìÌÌÌ seus cavâ.Ìosentre os dois, ÌembÌando-lhes qrrc as noÌÌÌÌas do tornejo
não pemìitiam, na presente o(asiào, âqucÌa cspócic de confronto.
"Nós nos ree'Ìcontrremos", disse o TcmpÌírio, lançando um oÌhìÌ
viÌìgativo coÌìtÌa seu ânlagonista; "e Dão harerã Drn
guóm para nos apanar".
[ü vr.o'1.*n' .*,a.i.o, qu. p..,..on
sc,\içoa un .xrâìeir.. "Sc isso não acontccer", dissc
PriNipeJoão: nnìãodo Ìci Rnrdo I o Calaleiro Deserdado, 'tìão será
(conlìccidôpclarl.unna d. Cohçãô dc
Ì,eão).Joàorsurpou
c'LlpamnÌha. Apé ou montâdo,
o úonodo nnão
{lÌando esteF encontÌavalutatrdorõ com lâÌÌça, nachado ou espada,
estou rgualmente prorto pÀft Ìe
Tmplúio: ncnbÌ! da ofdcn nilnaf
ÍeligiosadoscaÌãleiÌosdo TeDpÌo,
inÍìtüidâ en I I 13,en Jerusaìén.pra Majs paÌa\,Ìas iÌadas teri-
deiend0 o sútó SepüÌ.Ìtr. àÌì sido proÍèridas dosdois la-
dos,seosoficiais,cruzandoas
ÌàÌìçaserüe oshomens,não os
oÌrngassem a separarse.
a 226 CAPI|ULA
12
TITERÂÌU R A
:
E possíveldizer que o romantismo vivcu mrito do chamado amor .
Ê
AdilsonCìtelli idealizado; dapÌojeção pum e simpÌesde um modelo amoÌoso, cujas
É professoÉdoltoí dê Escola origels mais r€moias pode am ser enconiradas junto às caDtiga-s E
dêconìunicaçóes ê ArtêsdãUn- troradorescasmedieïais. Daí â consiância do tema do amor ausente,
versdadêde 5ãoPâuo ê autor oü seja. da enÌeração de âlgrÌém, um homcm ou üma muÌÌÌer, cuja
de váÍosadigose ivrosrobfeo distân.ia permitissc apenas o exercício de um descjo pcÌa imagem,
Íaba ho com d ferentesingua-
gens No lvro Ronantìsma, fê l o d eçenl ,o.P tìi fi sufdrâo.
C te I anaisã.omo ãs caracte- CITEÌiII, Adiltu!. À,',a"rrw. ?. ed.
rístcas do movìmen1o românt- sio Pãnle,ÁdcÀÌ990,p.81.(Èagmertt.
co s€manfeslardÌÌì em diÍeren-
tesfoÍÍnasdeartee d scutequas Expligu€
delaspodenìserobseÌaadas na Redijaum parágrãfoârgumentâtivoêm que vocêanãliseaafirma-
proclLrçãocontenìpoÍãneã
çãode AdilsonCitellidê que a origemdâ idealizâção âmorosaromân-
ticâ pode serencontradânascântigasdostrovadoresmedievais,
Antes de desenvolveíseu parágraÍo,sugerimosas seguintes
etapas.
. Relembre qualéa baseda idealzação amoÍosa no TÍovãdorsmo.
r Cornpare dos textos,!m medevale urÌì romântco,pÍocuÍando
comosemanifestã
identificar a ideaizãçãoamorosa em cadaurndeles.
I SeeconeãÍguanentos parademonstrarque, embofaãideaizaçáoesleja
píesenteno TrovadorisÍno
e no RorÌìantisrÌìo,
suasbasessãodlÍerentes.
fuigrímas,inúteislágrfunas
LágriÌÌ1as, nìíúcis ÌágÌj!Ìas,
Não sci o que signifrcrm,
kance5Dafby,Ámof d{ep.iorado t5pecinin. em p:úâgenspoéticas,o I
l áglimas !indã, do fundo
randôsFra nces Da nb y1 17 9: - r 861) , a 5uam ôdê,pãs ol a s e f
após
des.r lô côÍnóô dais distntô p ntor nq ês do Rômantsmo. lle aÌguma aJÌição suÌrliÌìie
Emergerr ro coração.
E chegan ató os oÌhos,
!'endo os aÌegrcs cmpos outonais
È peÌÌsaÌÌdo nos dias qÌÌe não mais existem. j
t...1
Tiistcs e estrânhas como em
Soribria alba de veúo
Prineiro pio de avessemilúcidas
Para ouvidos modbuÌìdos,
Qrancìo pÌa olhos decadentcs
l,entâÌÌìcrtc a jaÌÌcÌa dcsenvolvc
tÌm quadn.Ìo de luz tênuei
Tristes,estÌrnÌÌos dias {Ìue não mais existeÌÌì.
t...1
T!\NYjON, AÌti e{Ì. Ttuduçã(,,.J{ÈéLnìo Gfúncrãl'l.
lü,rtlu,.r,"oa.. | . , , . , - . \P a . \ . .
Novalront.úa, Ì988. p.91. (tìÈgnenb).
O Simbolismoe a percepção
do mundo atravésdossentidos
A visãodarealdâdea paÍtirde umapercpectva subjetiva,
in-
divduã1,encontraÍá ecoerÌìoutraestética
iiteÍáÍia:o Simbols-
rao.SenoRoÍÌìantisrìoo poetadevera seÍguiado porseussen-
'l mentos,noSimbolismoe e deverásepautarpelassensaçôes.É
necessáf o perceber
o mundopor rneiodossentdose se "em
bÍiaqêr" come e, cornomostra CharesBaudelaire.
a 22a c\PiuLat2
O spleen de Faris - XWÍ
Um hemisfério wpna cabeíEira
Os ecoscontemporâneos da visão
âii subjetivada realidade
RãymondDu.hãmpV on,
õ BaudelaÌe,1911, btÕnzè A exoressão dasemocÕescoÌìo forrna de moslrara ind v dua dade conti-
nuará a aDarecerna iteratuÍa.Outros ooetase escrtorestransforrnarãoo
texto litefáriono espaçoparamãnifestaçãodossentmentosma s ptofundose
ntensos,como nosveTsos de PabloNeruda.
j
Vejãcomoo eu ír co, ao tentardefiniro amorque nutrepor suaamada,
ã descíeveã ag tação de seuespirltocorÌìouma entregatão ntensaque e e e
elaseíundemnlrrnsó.
.cnj .
-\i m {l p{ e modu .n, quc | ;u ..J | .r, c,
tão perto ctúr iua nìão sobre meu peito é núìha
tno p.rrk) cluc se lecham teüs oÌhos co meu sonho.
Ranantisno:
idealìzâeão
e ar|..baranenta
229 a
rl.f :i I
PoroossistirFl
Danton,o processoda :r. Jeffersonen Pãris,de
.evolução,dê Andrzej lèmet vory EllA, 1995
Walda ÉÍança/Polôn a, 1982. E xcel enteproduçãode
Fllmeapontadopelã cíÍti- epocaque tratade urnapas-
caespêciê lizadacomoa mâis sagemdâ vidapessoaìde urn
didátÍcãproduçãosobre os doslÍderesda Indepêndência
primeifosênosdêRevoução dos Eíâdos Unidos,Ìhomas
Francesa- A obrâ dê Andrzej l effêrson,quando atuavâ
Wajdacolocêfrenteã frente como ernbãixadordãque
pãisnaFrãnça. -.
Robespiere e Dãnton,íderês Duranteô pe
da Revolu!ão o pri
Francesã. riodoem que ecode a Revo
meirochêíÌouã íadicalzaçào uçãoFrancesã, JefÍêÍson
íixa
revolucionárla d05Jâcobinot resi dènci aem P ari s,onde
que levouà gu lhotinamaisde 20 rnilsuspeitosde ações toma contãtocôm os ideais
.ontf a revolucionárias.
Dânton,outro artiíiceda Revolu luministas- o futuío presiden-
NesecênáriocontuÍbado,
ção,era chêf€do grupo denominadoIndulgentes, que tê dos Estados Unidosvivêum complêxotrÌânguloâmo'
pêd á ofim dàspe5eSLrçoes poLrtkàs.
ao ÍÌkàr asèçoes rosoao 5eapaixonarpor urnalinda co.tesãê poí umã
de Roberpierèe osrumosdo rnovimento,Dantontrans
íormã eem mãisumãvítimãdô períododo "teroí'. 9
OsmÀerávelt dÊB e !
Mìhha amada inartal, A ug!Í E U A 199E
, .
Adaptaçãode Hollt,\ir'ood !
EUA4nglaÌerra, 1994 para o roman.e dê victor
o f llm e t r az ã v i d a e a H ugo. O B em enfrenta o j
obrê de Beethoven,um dos Mal êm uÍnatípkê rel ação
m aior esgêniosdê m ú rÌc ã românti ca.O .enárÌo i ns
clássica. O enredocentra se ti gantedofi l meéo dâsãtl
na buscapela identidadede v cladesrevolucionáras de t
u ma r nulhera que mo m ú - 1832.l ean V al j eané o he-
si c oc ham ade " m i n h a ê m a ' róiconstruídoã partk de ca,
da imortã1"em !ma íâmo raderísticasrebeLdes. 50 i
sa cãrtêde âmorescritaêm tário e corajoso,torna,se
1812.Nãrradaem f/ashback, um homêm bem suceddo
a hktórlâ tem Ìnícioem 1827.Beethovenestá moÍto depoi sde ter pã$ado 19
e, entreseuspãpers,encontrêseotestarn€ntoemque ênor encêícerãdôpor roubâÍ pão. O conÍ ìto se esta-
ele deixasuasposes para a misterosa "amada imor belececom a presençado chefe da PolÍcia,ex carce
tal". Começa,então, uma jornada ao passãdo,rumo relro de Valjean,que pareceter como único objetivo
aô relato do romancevivido pelo coíÍpositor nã cãíêira o desrnascârãmento de seu antigo pnso-
neìro,que ãgoral evaumãv da exempl arO dramãeÍ
D.ã(u/ã,de Frèn.isFord tabelêcidono enredoresponsabilizâ a Juíl!a e outras
CoppolaE UA , I 99 2 instituiçôespelasdêsiguâldadessociãs.
Adôptaçãofiel do livro de
Bramstoker,sobreã vida do Os m,Jêráveltde losée i
CondêDrácula.Ofilme narã
ê históriade como um guêÉ produzidãpê a
M inissérie
te evisãofrancesa, essavêÊ
to-vivomãisfamosode todos sãotolrea izadaparacome,
ostempos.Noséculo)(\rio lí moràr os 200 anosdo nê
d e í dos Cár pã to s " Vl a d sci mentode V i .tor H ugo.
Drácula.renegaa rgrejapor crandesnomesdo ci nemê,
que suaamãdanão pôdeser como Gerard D épardi eu,
enteíadâemsoosagradopor l ohn Mâl kovi che l eanne
ter cometldosrìicídio.Elese l \l oreau,garantem atua-
trênsformanofarnosoCondeDíáculâe pãssaosséculosa çòeslrÍpecáveisê bastante
buÍar ã reencarnãção de era amâda,encontrêndo-ana
lng atera, na pesoã da nolvade urììjovemadvogãdo.
a 23o caPiruLa
12
"ar'i