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1- O Prefeito do Município X constatando que a despesa com pessoal chegou a 60% da

receita corrente líquida solicita Parecer a Procuradoria Geral do Município indagando se


tal percentual é legal ou se viola a lei de responsabilidade fiscal. O Prefeito pede que a
Procuradoria invoque todos os fundamentos contidos na Constituição e na LC 101/00
que autorizem ou vedem tal procedimento. Na qualidade de Procurador desse Município
emita o Parecer.
Resposta: Cumpre esclarecer primeiramente, o significado de receita corrente
líquida que nada mais é do que tudo que resta após os repasses das parcelas
obrigatórias.
O percentual de 60% de despesa de pessoal está em conformidade com o artigo
19, III, da lei Complementar 101/2000(LRF). Todavia, poderá o procurador sugerir
ao prefeito que reveja as despesas de pessoal a fim prevenir extrapolar o limite
estabelecido em lei.
2- A União através de lei ordinária isenta tributo do Estado sob o fundamento de que deve
fomentar o desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte. Comente a
legalidade e a Constitucionalidade da referida lei.

Resposta: O ART 151, III da CF, veda a chamada isenção heteronoma, ou seja, a união não
pode conceder este benefício fiscal em relação aos tributos de competência dos estados e
municípios.

3- Servidor estadual ingressa com ação de repetição de indébito contra o Estado respectivo em
função de uma retenção na fonte de imposto de renda retido na fonte pelo órgão ao qual
pertencia a servidora. O Estado alega ilegitimidade passiva tendo em vista que a competência
tributária para legislar sobre o imposto de renda é da União. Comente se procede a alegação
do Estado.

Resposta: A competência tributária no imposto de renda é de fato da união, entretanto o


Estado é parte legítima para figurar no pólo passivo da ação de repetição de indébito
promovida por seus servidores em relação ao imposto retido na fonte pagadora, esse é o
posicionamento do STJ veiculado na súmula 447. Isso porque, o ART 157, I, da CF, dispõe
que pertence ao Estado 100% do produto da arrecadação do IR incidente na fonte sobre os
rendimentos pagos por eles aos seus servidores.

4- Ao dispor sobre o plano de custeio da Seguridade Social, a União cuidou de regular a


cobrança de várias contribuições cujos fatos geradores dizem respeito à atividades do
contribuinte como a remuneração paga ou creditada aos segurados que prestem serviço às
empresas, dos empregadores domésticos, dos trabalhadores (incidentes sobre o seu salário-
de-contribuição), incidentes sobre o faturamento e lucro das empresas e sobre a receita de
concursos de prognósticos. Estas contribuições são, por lei, designadas de contribuições
sociais. A mesma lei que as institui estabelecia um prazo de dez anos para a apuração e
constituição dos créditos da seguridade social. Sabendo que normas gerais do Direito
Tributário são reservadas pela Constituição para lei complementar, identifique e analise o
dispositivo, tendo para tanto a compreensão da natureza da cobrança realizada e, portanto, o
ordenamento jurídico específico ao qual está submetida.

Resposta: A cobrança estabelecida como fonte de custeio da seguridade social está


submetida ao conceito de tributo previsto no ART 3° do CTN e no ART 149 da
constituição, o STF ao identificar a contribuição social como uma espécie tributária
entendeu que ela está submetida ao regime jurídico do direito tributário, razão pela qual
suas normas gerais devem ser objeto de lei complementar na forma do ART 146, III da CF.

5- O Município de Angra dos Reis promulga lei em 30.05.2006, estabelecendo a incidência do


ITBI sobre as embarcações alienadas no território municipal, já que esses bens são garantidos
por hipoteca, o que demonstraria a natureza imobiliária das embarcações. Ester efetua
alienação de uma embarcação para Moisés (ambos domiciliados naquele Município, mediante
contrato lavrado em cartório no dia 30.05.2007. Firme na legislação municipal, a Fazenda
Pública de Angra dos Reis efetua o lançamento de ofício do ITBI. Ester apresenta impugnação
na via administrativa, pleiteando o seu direito de não pagar o tributo em tela. Examine o
caso, em suas várias nuances, sob a ótica das normas do CTN sobre interpretação.

Resposta: As embarcações não são consideradas como bens imóveis pela legislação em
geral, tão pouco o código civil às classifica expressamente desta forma, razão pela qual
não procede a alegação do município. Ademais, o código tributário nacional não permite a
utilização de conceitos de outros ramos do direito para ampliar as competências
tributárias, e consequentemente a tributação.

6- Governador de um Estado da Federação propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade contra


emenda constitucional que cria um imposto sobre toda e qualquer movimentação financeira,
inclusive as realizadas por pessoas jurídicas de direito público e que entraria em vigor
imediatamente. Incialmente, os argumentos da afronta a duas limitações constitucionais ao
poder de tributar, a saber a imunidade recíproca (vedação à imposição de impostos entre os
entes federativos) e anterioridade (obrigatoriedade de aguardar até o exercício financeiro
para que se possa cobrar o tributo) parecem corretas. Mas há uma preliminar questionada: a
possibilidade de se questionar a constitucionalidade de dispositivo constitucional. Analise a
questão e indique o posicionamento do Supremo Tribunal Federal.

Resposta: As normas de emenda constitucional decorrem do poder constituinte derivado,


razão pela qual podem ser objeto de controle, mediante ação direta de
inconstitucionalidade quando confrontadas com normas elaboradas pela assembleia
nacional constituinte. Esse é o posicionamento do STF. ( ADIN 926. )

7- Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia


Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de
votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria considerável pela oposição
ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação. Diante deste
conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta
compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida
provisória. Deputado da oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta
argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se:

a A) Quais seriam estes argumentos?

Resposta: A nossa Constituição Federal veda expressamente a edição de Medida


Provisória para Leis Orçamentárias, salvo em casos imprevisíveis ou de
catástrofes.

B) Pode o governador editar medida provisória?


Resposta: Sim, o Governador pode editar Medida Provisória, não tendo tal
proibição. Pela nossa doutrina, temos o princípio da simetria, onde o Chefe do
Poder Executivo, pode editar tal medida.

c) Cabe medida provisória em Direito Financeiro.

Não há proibição expressa de medida provisória em direito financeiro, com


exceção nas matérias relativas nas leis orçamentárias previstas nos arts 62 $1, i,
d, da CF.

8- Em meio a uma crise política e econômica em 2015, o Governo Federal apresentou


ao Congresso Nacional um proje to de lei orçamentária comum déficit de
30,5 bilhões de reais. À época, questionamentos políticos e econômicos foram
levantados e o cerne da questão gira em torno de um dos princípios orçamentários
mais relevantes, que congrega todos os elementos da atividade financeira do estado.

Indaga-se:

A) A questão que se levantou é se estaria o poder executivo autorizado a propor um


projeto de lei com este desequilíbrio? Identifique o princípio orçamentário referente e
como os elementos do Direito Financeiros e relacionam no caso.

Resposta: O principio que se relaciona com os elementos do direito financeiro é o


princípio do equilíbrio orçamentário, que corresponde ao fato do gestor público
estar preso a estimativa de receitas para realizar as despesas durante o exercício
financeiro, conforme previsão em lei orçamentária. A constituição de 88 veda no
seu artigo 167, III apenas a realização de operações de crédito que excedam o
montante das despesas de capital, com ressalva daquelas autorizadas mediante
créditos suplementares ou especiais aprovadas pelo legislativo.

B) Como ficaria com base na legislação atual?

Resposta: A partir da promulgação da emenda constitucional


95/2016 foi implementado um novo regime fiscal com limites
individualizados, no intuito de estabelecer o equilíbrio
orçamentário, uma vez que são limites globais para cada poder.

9- O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no ano de 2014, aplicou


multas no valor total de R$278.0 00,00 a 69 prefeituras por descumprimento da
Lei de Rsponsabilidade Fiscal. Estas prefeituras deixaram de encaminhar no
prazo legal àquele Tribunal o Relatório de Gestão Fiscal, o Relatório Resumido
de Gestão Orçamentária e o Comparativo das Metas Bimestrais de arrecadação.
Neste sentido, considerando a naturezado Tribunal de Contas e as regras da Lei
de Responsabilidade fiscal, responda:

A) A aplicação de multas do Tribunal de Contas é ato regular?

Resposta: O tribunal de contas é orgão do estado responsável por


fazer a avaliação técnica das contas públicas. Em função disso, como
órgão de controle externo possui atribuição para aplicar sanções pelo
descumprimento das regras constitucionais e da lei de
responsabilidade fiscal, em relação aqueles que exercem a gestão das
contas públicas. A aplicação de multas está prevista no ART 71, VIII
da CF/88.

B) Estas multas podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, ou já se


encontram alcançadas pela coisa julgada?

Resposta: As multas aplicadas pelo tribunal de contas resultam em


documento que terá eficácia de título executivo, conforme dispõe o
artigo 71,§ 3° da CF. Tendo em vista que o tribunal de contas não
exerce jurisdição, função do Estado com atributo de definitividade,
suas manifestações podem ser objeto de questionamento judicial.

3) Independente da solução aplicada pelo Tribunal de Contas, qual é o princípio


contido na Lei de Responsabilidade Fiscal relacionado com os relatórios exigidos
?

O concreto decorre de aplicação do princípio da transparência,


previsto no ART 48 e seguintes da lei de responsabilidade fiscal.

10- Lei federal, publicada no ano passado, majora alíquotas do Imposto de Renda incidente em
determinadas importações e determina a incidência sobre o exercício passado cuja declaração
será feita neste exercício. Neste caso, inicia-se forte discussão sobre o tema da segurança
jurídica e dos princípios tributários atinentes. Para verificação da constitucionalidade do tema,
apresente o entendimento do STF e sua evolução até os dias atuais.

Resposta: A súmula 584 do STF autoriza a aplicação da legislação tributária vigente no


exercício da declaração ainda que alcance fatos geradores ocorridos no exercício financeiro
anterior. Porém, após a edição da referida súmula, o STF alterou seu posicionamento ao
julgar o RE 592.396, reconhecendo a inconstitucionalidade a aplicação retroativa sobre
imposto de renda.

11- O governo federal, com o objetivo de proteger a indústria nacional fabricante de aço,
publicou, no ano de 2015, um decreto que aumentava de 15 para 20% a alíquota do
imposto sobre a importação de produtos siderúrgicos, atendidas as condições e os limites
estabelecidos em lei formal. O decreto previu que o aumento já valeria para aquele mesmo
exercício financeiro.

Considerando a hipótese acima, responda aos itens a seguir.

A) A majoração da alíquota do imposto de importação poderia se dar por meio de um


ato do Poder Executivo?
Sim. O Imposto de Importação é exceção ao princípio da legalidade, ou seja, sua alíquota
pode ser majorada por meio de ato do Poder Executivo, desde que atendidas às condições
e aos limites estabelecidos em lei, conforme dispõe o Art. 153, §1º, da CRFB/88.
B) B) O governo federal agiu legalmente ao exigir a alíquota majorada do imposto
de importação no mesmo exercício financeiro?
Sim. Por ser um imposto que tem como função regular o mercado, o Imposto de
Importação é exceção ao princípio da anterioridade, podendo ser alterado e
cobrado ao tempo conveniente, conforme o Art. 150, § 1º, da CRFB/88.

12- O Estado de Pernambuco, de forma a incrementar sua arrecadação


tributária e ampliar a sua receita, decide criar alíquota diferenciada
para veículos de fabricação estrangeira importados ao Brasil. Esta
alíquota é maior do que as dos veículos nacionais. Desta forma,
encaminha a proposta à sua assessoria jurídica que após pesquisa à
jurisprudência das Côrtes Superiores lhe dá parecer. O parecer mais
adequado deve ser em que sentido?

A Constituição Federal veda expressamente a diferença tributária


em razão da origem ou destino dos bens e serviços, prestigiando o
princípio da uniformidade geográfica. Sendo assim, o Estado de
Pernambuco não pode estabelecer alíquotas com percentuais
diferentes para carros nacionais e importados.

13- Filipesócio da sociedade FILIPE & FERNANDA LTDA com


intuito de prestigiar seus funcionários resolveram pagar o 15º salário
(criado por eles). Diante disso a sociedade por falta de planejamento
ficou em dificuldades financeiras motivo que levou ao
inadimplemento do IRPJ. O patrimônio da sociedade não era
suficiente para arcar com a dívida tributária e a Receita Federal do
Brasil resolveu redirecionar a execução fiscal contra o sócio Filipe.
Responda se Filipe é parte legitima para figurar no polo passivo da
execução invocando os fundamentos que sustentam a relação jurídica
de direito material.

Felipe não é parte legítima para figurar no polo passivo da


execução fiscal, uma vez que ele é um mero sócio e a pessoa
jurídica é de responsabilidade limitada. Pelo CTN somente o sócio
gerente responde pela divida da P.J se agir com excesso de poder,
infração a lei do contrato social ou estatuto, ou ainda se houver
encerrado ilegalmente.

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