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Coesão e Coerência

COESÃO – é a ligação, relação ou conexão entre palavras, expressões ou frases. Essas conexões podem ser
estabelecidas de diversas formas e são necessários diversos mecanismos coesivos, como, por exemplo, conjunções,
preposições, pronomes etc. Podemos fazer a coesão de duas maneiras:
1. Retomada (ou antecipação) de um termo. Ocorre no texto da seguinte forma:
 Por palavra gramatical: pode ser um verbo, um pronome, um advérbio ou um numeral. Ex:

(a) Juliana vai ao trabalho esta manhã, Carlos não vai.


(b) Bento é um gato apavorado na hora de comer, afinal ele vivia nas ruas.
(c) Gosto de ir ao Itaú Power Shopping, pois lá tem um restaurante da Roasted Potato.
(d) Éris, Astolfo e Bento foram resgatados doentes. Os dois últimos chegaram no último ano.
(e) Meu pai viva repetindo isso: você não pode abraçar o mundo.

 Retomada por palavra lexical: podemos usar substantivos, verbos e adjetivos, essa substituição é feita
pela repetição da palavra ou sua substituição, no segundo caso, usamos um sinônimo, hiperônimos ou
hipônimos. Ex:
 Nominalizações: Maria adoeceu ano passado. A doença fez com que ela não voltasse ao trabalho.
era um verbo virou substantivo
Expressões Sinônimas: O rapaz assustou o cachorro, mas o cão não correu.

Nomes Genéricos (coisa, fato, fenômeno etc.): Avistou uma nave descendo, a luz clara e o barulho eram
estranhos. Do nada, a coisa passou a emitir um brilho forte e colorido.

Elipse: é a omissão da palavra. Ocorre somente quando o contexto permite o entendimento. Ex:
O casal saiu do cartório feliz, atravessou a rua e foi comemorar no boteco da esquina.

Hiperônimos ou hipônimos: Os hiperônimos são palavras que abrangem grupos /categorias (hipônimos)
de segmentos. Organizam-se, por exemplo da seguinte maneira:
ANIMAIS  MAMÍFEROS CARNÍVOROS Cães: husky siberiano, akita, pastor alemão, pinscher,
poodle, lhasa apso, sharpei, chow chow, mastiff italiano, fila, vira-lata... EX: O professor pediu que os
alunos desenhassem quadrados, trapézios e retângulos. Os quadriláteros estavam em cima da mesa.
Hipônimos Hiperônimos

2. Coesão por encadeamento de segmentos textuais: é feita de duas formas.


 Conexão: usa conectores ou operadores discursivos, que são palavras/expressões responsáveis
pela concatenação, ou seja, pela criação das relações entre os segmentos do texto. As
conjunções são as principais conectoras dentro do texto. Veja alguns exemplos de conectores:
então, portanto, já que, com efeito, porque, mas, assim, daí, dessa forma, isto é etc.

 Justaposição: é feita pelo estabelecimento da sequência do texto que é organizada com ou sem
seqüenciadores. Quando não há a figura destes, a pontuação marca o lugar onde estaria o
conector. Ex: Preciso sair imediatamente. Tenho um compromisso.
Os seqüenciadores conectam as partes do texto relacionando-as por meio de expressões
significativas. São eles:
 Temporais: cinco semanas antes, um mês depois etc.
 Espaciais: atrás, na frente, à esquerda etc.
 Ordenadores: primeiramente, finalmente etc.
 Introdutores de temas: a propósito, por falar nisso etc.

Pessoal, o texto a seguir foi retirado da internet. Foi passado para alunos do ensino fundamental de uma escola
particular que tem materiais excelentes. Resolvi usá-lo, já que o material que tenho usa termos muito complexos.
Colocarei notas de rodapé explicando mais detalhadamente alguns assuntos tratados.

COERÊNCIA- É resultado da articulação das idéias de um texto; diz respeito à estruturação lógico semântica, que faz
com que numa situação verbal palavras e frases componham um todo significativo para os interlocutores. Coerência
está ligada à compreensão, à possibilidade de interpretação daquilo que se diz ou escreve. Assim, a coerência é
decorrente do sentido contido no texto, para quem ouve ou lê.
A coerência e a coesão contribuem para conferir textualidade a um conjunto de enunciados. Assim, a coerência é o
resultado da possibilidade de se estabelecer alguma forma de unidade ou relação entre os elementos do texto. E a
coesão se refere ao modo como os vocábulos se ligam dentro de uma seqüência.
É importante notarmos como usuários da língua que:

1) mais importante que conhecer os conceitos de coerência e coesão é saber de que maneira esses fenômenos
contribuem para tornar um texto inteligível;
2) a coerência (conectividade conceitual) e a coesão (conectividade seqüencial) são requisitos fundamentais para a
elaboração de qualquer tipo de texto;
3) enquanto a coerência se fundamenta na continuidade de sentidos, a coesão pode se apresentar por meio de marcas
lingüísticas, observadas na gramática ou no léxico;
4) é necessário perceber como coerência e coesão se completam no processo de produção e compreensão do texto.
COERÊNCIA EXTERNA:

Produzir um texto é agir sobre o outro através da linguagem. Coerência está ligada a um conhecimento prévio e
recíproco entre os interlocutores. Para se estabelecer um sentido (coerência) depende das informações que o
destinatário domina para a descodificação de um texto. Essas informações devem ser comprovadas para que não
ocorra a desqualificação do enunciador. A coerência externa é a adequação entre o que dizemos e a realidade do
mundo exterior.

Ex.: Sexta-feira Santa é o dia em que se comemora o enforcamento de Jesus. (Comemorar?! Enforcamento?!)
Metade da população brasileira é constituída de analfabetos.
Mesmo tomando cuidado estamos fadados a ter um avião batendo em seu prédio.
O Brasil é um país da África rico em cafeína.

Para evitar a incoerência externa é preciso que o aluno tenha um amplo conhecimento de mundo,
(conjunto de informações sobre os dados da realidade), que será obtido, dentre outras formas, através de sua
atualização por meio de leitura de jornais e revistas semanais. Dessa forma, em seus textos haverá profundidade de
reflexão e espírito crítico. Quando ocorre uma incoerência externa há o descrédito do enunciador.

COERÊNCIA INTERNA:

Depende da compatibilidade de sentido entre as partes do texto. Ocorre quando há contradição, o emprego
equivocado de algum termo ou expressões que não se ajustam ao tipo de linguagem adotado no texto.

“O Brasil é o país do futuro. Ele tem as maiores riquezas naturais, e dentre elas está a água. O problema é que o Brasil
i
tem muitos rios poluídos e o responsável pela poluição dos rios são os recursos hídricos . “
ii
“O que é evidente no discurso de certos políticos é o uso da função fálica para atrair o povo.”
iii
“... refletimos para um futuro onde possamos ser um pouco mais de si e deixar o embalo de lado .”

Alguns fatores determinantes da coerência:

 Elementos lingüísticos: são as “pistas” ou marcas lingüísticas que se manifestam na superfície do discurso já
estudadas na coesão textual.
 Conhecimento de mundo: Quanto maior o número de informações que temos maior será a nossa
compreensão textual, maiores serão os significados que encontraremos.
 Conhecimento partilhado: para se estabelecer comunicação é necessário que as informações sejam comuns
entre os interlocutores. Noção aristotélica de conhecimento de público.
 Inferências: relação não explícita entre dois elementos, dedução por meio de raciocínio.
 Fatores de contextualização: fatores responsáveis pela ancoragem do texto. Ex.: data, local, timbres,
assinaturas, elementos gráficos, localização de uma informação (seção de uma revista em que aparece uma
notícia)
 Informatividade: expectativa que se tem em relação à informação contida no texto. Quando mais previsível a
informação mais fácil será sua decodificação. No entanto, para um texto ser interessante é necessário o
complemento das informações. (misturar o que o receptor conhece a novas informações).
 Intertextualidade: Diálogo entre textos. Ocorre quando se repetem de outros textos, expressões, enunciados,
trechos, estilo, etc.

NOTAS:
i
Recursos Hídricos: Pensa numa pessoa que falou besteira!
ii
Fálica: o uso da função fálica, na verdade se refere ao uso do órgão sexual masculino. A pessoa que escreveu o texto do exemplo, por não
ter conhecimento do significado e querer lacrar falando bonito, escreveu algo indecente na dissertação. Ela deveria ter dito que o político
FALHA ao tentar atrair o povo, mas acabou falando que usam vocês sabem “o quê” para ganhar votos.
iii
ser um pouco mais de si e deixar o embalo de lado: Pensa num ser humano confuso! Ele usou um pronome de 2ª pessoa, só que falava da
1ª. DO PLURAL! E dizer “deixar o embalo de lado” é uma forma beeeeem coloquial de uso. Olha a reconstrução correta para o trecho:
“reflita para que no futuro possa ser mais autêntico”, ou “reflita para que no futuro não se deixe levar por modismos (ou, costumes da moda,
costumes ruins/prejudiciais).

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