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1. CONCEITO
As relações jurídicas estabelecidas entre os sujeitos possuem, comumente, um objeto
como finalidade de formação dessa relação intersubjetiva. Nesse sentido, os bens são objetos
das relações jurídicas, podendo ser eles coisas materiais, concretas, úteis e que possuam
algum valor econômico, suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial
economicamente apreciável, como os direitos autorais, de imagem, etc.
Com efeito, os romanos admitiam uma distinção entre os bens corpóreos e incorpóreos.
Nessa perspectiva, os bens corpóreos são aqueles que possuem uma existência física/
material, podendo ser tocados pelo homem; os bens incorpóreos, por sua vez, são aqueles de
existência abstrata, como o direito autoral, que podem ser alienados (vendidos) através da
cessão, como a cessão de crédito, em que se aliena um direito, isto é, uma coisa abstrata.
BENS IMÓVEIS: São bens imóveis o solo suas acessões, isto é, tudo que se lhe
incorporar natural ou artificialmente. Podem ser classificados em:
IMÓVEIS POR NATUREZA: o solo, com a sua superfície, subsolo e
espaço aéreo.
IMÓVEIS POR ACESSÃO NATURAL: as árvores, os frutos pendentes,
bem como todos os acessórios de adjacências naturais. Sem embargo,
a natureza pode incorporar e fazer acréscimos ao solo, dele se
perfazendo em acessório, como a formação de ilhas, aluvião, avulsão.
IMÓVEIS POR ACESSÃO ARTIFICIAL OU INDUSTRIAL: É tudo que o
homem incorpora permanentemente ao solo, de modo que não se
possa retirar sem destruição, modificação ou dano.
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Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) 2018. E- mail: marilia--
99@hotmail.com
OBSERVAÇÃO: As edificações que conservam a sua unidade, mesmo que separadas do solo e
forem removidas para outro local, não perdem a sua identidade de imóveis; Assim como os
materiais que forem separados de um prédio para que nele se reempregar (ART.81º, CC).
BENS MÓVEIS:
BENS MÓVEIS POR NATUREZA (ART. 82º, CC): Sãos aqueles que podem
ser suscetíveis de movimento, tanto próprio como por uma força externa,
e não modificam a sua substância.
BENS FUNGÍVEIS (ART. 85º, CC): são os “os móveis que podem substituir-
se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade”. Sem embargo,
essa característica advém da natureza dos bem, como também pode
resultar da vontade das partes. Por exemplo, uma moeda, que é um bem
fungível, pode se tornar infungível para um colecionador de moedas.
BENS INFUNGÍVEIS: são os bens que não podem ser substituídos por
outros, sendo, por isso, personalíssimos, como, por exemplo, uma escultura
de um grande artista, um quadro de um pintor celebre; um quadro de Da
Vinci não pode ser substituído.
OBSERVAÇÃO: O bem consumível pode se tornar inconsumível por vontades das partes,
como ocorre, por exemplo, quando uma garrafa de vinho rara que, comestível por natureza,
pode se tornar inconsumível para uma exposição. Além disso, um bem inconsumível por
natureza pode transformar-se juridicamente consumível, como os livros (que não
desaparecem pode ser utilizados) colocados à venda nas prateleiras de uma livraria.
BEM PRINCIPAL: É o bem que possui existência autônoma, que existe por si
só.
BEM ACESSÓRIO: é aquele bem que a sua existência prescindi da existência
do bem principal.
Princípio que orienta que os bens acessórios seguem o bem principal, no qual só a
vontade das partes pode modificar essa disposição. Sem embargo, a natureza do bem
acessório é a mesma do bem principal, seguindo este a destinação a qual o bem principal
seguir.
I- FRUTOS:
Caracterizam-se por pela periodicidade, pois são utilidades que se produz
periodicamente; inalterabilidade da substância da coisa principal, já que pode dela nascem e
renascem sem acarretar-lhe a destruição; e a separabilidade.
QUANTO A ORIGEM:
CIVIS: são os rendimentos produzidos pela coisa em virtude da sua utilização por outrem que
não o proprietária, como os juros e alugueis.
QUANTO AO ESTADO:
BENS PÚBLICOS
O artigo 98º do Código Civil dispõe que os bens públicos são aqueles pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público interno. Por exclusão, todos os outros bens são
particulares. Sem embargo, os bens públicos podem se:
I- BENS DE USO COMUM DO POVO:
São bens que à pessoa jurídica de direito público interno possui o seu domínio, mas
que pode o povo utilizar tais bens, como os rios, mares, estradas, ruas (ART.99º, I, CC).
Cabe mencionar, no entanto, que não perdem essa característica se o Poder Público
regulamentar o seu uso ou torná-lo oneroso, cobrando pedágio, por exemplo.
QUESTÕES
QUESTÕES
1. (Procurador do Trabalho/XIII Concurso/2006) São considerados bens móveis:
a) o direito à sucessão aberta;
b) os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem;
c) os direitos reais sobre objetos móveis;
d) o que for incorporado artificialmente ao solo;
e) não respondida.
GABARITO
1. “c”. Vide art. 83, II, do CC.
2. “b”. Vide art. 83, I, do CC.
3. “b”. Vide art. 80 do CC.
4. “a”.
5. “d”. Vide art. 83, III, do CC e art. 3º da Lei n. 9.610/98.
6. “d”. Vide art. 90 do CC.
7. “a”. Vide art. 80 do CC.
8. “d”. Vide art. 83 do CC.
9. “c”. Vide art. 92 do CC.
10. “e”. Vide art. 85 do CC.
11. “e”.
12. “d”.
13. 71 (C); 72 (E); 73 (E); 74 (C); 75 (C). Vide arts. 15, 80 e 93 do CC.
14. “d”. Vide art. 80 do CC.
15. “b”. Vide arts. 79 e 80 do CC.
16. “e”. Vide art. 93 do CC.
17. “c”. Vide arts. 62 e 73 do CC, que tratam das assertivas corretas.
18. “b”. “Dependendo do que as leis estabeleçam, o uso comum pode ser gratuito ou remunerado.
Assim, a circulação de veículos nas estradas é livre, mas seus condutores, para fazê-lo, terão que
pagar o ‘pedágio’ acaso estabelecido”.
REFERÊNCIAS