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Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares

Alfabetização
e Letramento
Como os livros didáticos
ilustram a trajetória
da alfabetização no Brasil

A primeira cartilha considerada genuinamente brasi-


leira, editada com o propósito de alfabetizar, data de
1867. Produzida no Recife e impressa na França sob o
título Cartas Systematicas para Aprender a Ler, o ma-
terial foi organizado por João José Rodrigues – professor
público de instrução primária no Recife – e aprovado
pelo Conselho Diretor de Instrução Pública da Província
de Pernambuco para uso em escolas primárias. Com-
posta por 21 lições, a cartilha apresenta primeiro o al-
fabeto, em letras maiúsculas e minúsculas, para depois
propor exercícios silábicos e, por fim, a formação de
palavras. A última lição, tida como a mais difícil, traz
“provérbios e pensamentos morais” para leitura.
Alfabetização e Letramento

artas Systematicas para


Aprender a Ler imprime a preo-
cupação do Brasil do século XIX em
criar uma política nacional para a
produção didática. Em 1852 um levantamento no
Norte e Nordeste realizado por Antônio Gonçal-
ves Dias, intelectual, à época encarregado pelo
governo brasileiro como “visitador escolar”, já si-
nalizara a necessidade de o país alfabetizar com
planejamento e de forma apropriada à realidade
e cultura nacionais. “O relato de Gonçalves Dias
Fotos: Eduardo Pestana

alertava para a falta de um material didático que


oferecesse apoio e método aos professores nas
escolas. Sem nenhuma diretriz, eles ensinavam a
ler e a escrever fazendo uso, entre outros recur-
sos, de cartas, redigidas quase sempre por mães
e donas de casa que, trazidas às escolas pelos
alunos ganhavam status de material pedagógico”,
conta Circe Bittencourt, doutora em História Social
pela Universidade de São Paulo (USP) e responsá-
vel pelo LIVRES, banco de dados com informações
sobre o livro escolar no Brasil entre 1810 e 2007.
Segundo Circe, a política de nacionalização do
material didático queria acompanhar a alfabetiza-
ção no país e vinha de encontro às cartilhas de
Portugal que traziam palavras estranhas ao voca-
bulário nacional e quase sempre embutiam ensi-
namentos religiosos e de condutas morais. “Nas
cartilhas portuguesas o próprio processo de apren-

Coleções de Alfabetização e Letramento das associadas da Abrelivros aprovadas no PNLD 2013

HINO NACIONA
L
Letra: Joaquim
Osório Duque

Música: Francisco
Estrada

Manuel da Silva
LETRAMENTO
1 º
a no

ÃO
E ALFABETIZAÇ
,
te em berço esplêndido
Letramento e

Deitado eternamen profundo,


as margens plácidas e à luz do céu BorgATTo
Ao som do mar
Ouviram do Ipiranga
o brado retumbante
, florão da América, AnA Trinconi
De um povo heroico
em raios fúlgidos,
Fulguras, ó Brasil,
do Novo Mundo! TerezinhA BerTin
zi
Iluminado ao sol VerA MArche
E o sol da Liberdade, instante.
da Pátria nesse
Brilhou no céu mais garrida
Do que a terra
têm mais flores;
igualdade lindos campos
Se o penhor dessa
Alfabetização

Teus risonhos, têm mais vida”,


braço forte, “Nossos bosques
conquistar com
Conseguimos teu seio “mais
amores”.
Em teu seio, ó
Liberdade, “Nossa vida” no
morte!
peito a própria
Desafia o nosso Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Ó Pátria amada,
Salve! Salve!
Idolatrada,
Salve! Salve!
eterno seja símbolo
Brasil, de amor estrelado,
vívido
intenso, um raio O lábaro que ostentas
Brasil, um sonho desce, desta flâmula
esperança à terra E diga o verde-louro
De amor e de límpido, e glória no passado.
céu, risonho e – Paz no futuro
Se em teu formoso
resplandece.
A imagem do Cruzeiro da justiça a clava
forte,
Mas, se ergues à luta,
filho teu não foge
1.º ano

natureza, Verás que um morte.


Gigante pela própria te adora, a própria
impávido colosso, Nem teme, quem
És belo, és forte,
espelha essa grandeza.
E o teu futuro Terra adorada,
Entre outras mil,
Terra adorada,
És tu, Brasil,
Entre outras mil,
alfabetização

Ó Pátria amada!
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
solo és mãe gentil,
Dos filhos deste
solo és mãe gentil, Pátria amada,
Dos filhos deste Brasil!
Pátria amada,
letramento e

Brasil!

AM
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Alfabetização e Letramento

der o alfabeto vinha relacionado com o ensino da


religião”, diz Circe. O original do exemplar de
Cartas Systematicas para Aprender a Ler, uma relí-
quia, está na Biblioteca Nacional da França. Mas
há edição para consulta no acervo de livros didá-
ticos da Biblioteca da Faculdade de Educação da
USP, do qual faz parte a maioria dos livros que
ilustram este texto.
Um exemplo de cartilha portuguesa utilizada no
Brasil no século XIX é Arte de Aprender a Ler,
de Duarte Ventura, que se propunha a alfabe-
tizar em “breve tempo” por meio de 10 lições
progressivas.
A pressa em alfabetizar pode ser vista também
Fotos: Eduardo Pestana

em cartilhas nacionais. À medida que um número


cada vez maior de crianças ingressava nos gru-
pos escolares, os materiais precisavam também
atender a esta demanda. De maneira geral, os
métodos priorizavam o domínio do código da
escrita, com base em frases soltas, muitas vezes
sem mensagem ou significado, criadas especial-
mente para esse trabalho, com rígido controle
léxico e morfossintático, para reforçar a compre-
ensão sonora e gráfica de uma palavra especí-
fica. Os exercícios dividiam o aprendizado em
fases: primeiro as letras e fonemas, depois as sí-
labas, depois as palavras e, por fim, as orações.
O caminho inverso também podia aparecer, mas
sempre em função do aprendizado da escrita.
As cartilhas funcionavam como uma espécie de
pré-requisito, uma condição para o mundo da li-
teratura e da interpretação do que se lê.

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Alfabetização e Letramento

Abaixo, reproduzimos trecho da “carta aos pro-


fessores” da cartilha Na Roça, de Renato Sêneca
Fleury, que em 1955 já estava em sua 123ª edi-
ção. Sua primeira edição é de 1935.
“Destina-se esta cartilha ao ensino da leitura, vi-
sando abreviar o aprendizado, sem exigir grande
esforço da criança. Graças à conjunção da aná-
lise e da síntese, por um processo misto, chega-
mos a um sistema que oferece mais vantagens ao
proporcionar um método rápido e seguro. Cada
lição, partindo de sentenças e atingindo, pela
análise, uma letra predominante, apoia-se princi-
palmente nas sílabas”.
Fotos: Eduardo Pestana

A cartilha Na Roça serve também para ilustrar a


preocupação em regionalizar a alfabetização, tra-
zendo nos exercícios palavras e cenários capazes
de responder à diversidade cultural do Brasil e de
serem reconhecidos pelos alunos. “A frase ‘vovô viu
a uva’, por exemplo, se fazia sentido no Sul, não o
fazia no Nordeste, onde não havia cultivo de uva”,
explica Circe. A adoção de elementos do nosso fol-
clore nas lições também contribuiu para distanciar
ainda mais o livro nacional de alfabetização do
material que era produzido em Portugal.
O uso progressivo de imagens e a diversifica-
ção da temática para alfabetizar são recursos que
mostram a evolução da produção didática brasi-
leira. Eles vieram na esteira do “método intuitivo”
que partia da premissa de que o conhecimento
não se dava apenas a partir da palavra escrita;
ele poderia vir também da observação do coti-

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Alfabetização e Letramento

diano e da natureza. Era o ensino pela “lição de


coisas”. Nesse aspecto, destacam-se as obras do
autor Felisberto de Carvalho, Primeiro Livro de Lei-
tura e Segundo Livro de Leitura, sucesso editorial
comercializado em todo o país do final do século
XIX até meados de 1960. “Desde a capa já po-
demos ver figuras sobre fenômenos naturais, como
a erupção vulcânica, sobre agricultura, fauna e
flora”, exemplifica Circe.
As cartilhas estiveram muito presentes nas salas
de aula do Brasil até meados de 1980, com mé-
todos sintéticos ou analíticos, mas sempre com o
foco no domínio do sistema alfabético e ortográfi-
co. Um dos clássicos é a Caminho Suave, de
Branca Alves de Lima, que na capa traz os dize-
res: “alfabetização pela imagem”. Muitos brasilei-
ros que hoje têm entre 35 e 45 anos se lembram
com carinho dessa cartilha que, em 2011, teve
sua 131a. edição publicada. Sua primeira edição
é de 1948.
Fotos: Eduardo Pestana

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Alfabetização e Letramento

versidade Federal de Minas Gerais – CEALE/


O PNLD FAE/UFMG, “passa-se a conceber que a crian-
e a transformação ça aprende interagindo com material ‘para ler’,
nas concepções e materiais não com material artificialmente produzido para
de alfabetização ‘aprender a ler’; os chamados pré-requisitos para
a aprendizagem da escrita, que caracterizariam
Como bem coloca a Prof a. Maria do Rosário a criança ‘pronta’ ou ‘madura’ para ser alfabeti-
Longo Mortatti, professora titular da Universida- zada, pressuposto dos métodos ‘tradicionais’ de
de Paulista (Unesp-Marília), livre-docente em Me- alfabetização, são negados por uma visão inte-
todologia da Alfabetização pela Unesp, mestre racionista, que rejeita uma ordem hierárquica de
e doutora em Educação pela Universidade de habilidades, afirmando que a aprendizagem se
Campinas (Unicamp), a história da alfabetização dá por uma progressiva construção do conheci-
no Brasil foi sempre marcada por uma disputa mento, na relação da criança com o objeto ‘lín-
dos métodos, ou seja, uma disputa sobre a forma gua escrita’”.
mais adequada para o ensino e aprendizagem As próprias autoridades educacionais acaba-
da leitura e escrita. ram reforçando esta tendência construtivista atra-
A década de 1980 marca o início das discus- vés dos Parâmetros Curriculares Nacionais e das
sões sobre um propósito mais amplo da alfabetiza- avaliações dos livros inscritos no PNLD – Progra-
ção. É a partir deste período que especialistas em ma Nacional do Livro Didático – do Ministério
educação começam a demonstrar que alfabetizar da Educação (MEC), que distribui livros didáticos
é muito mais do que ensinar a codificar e a de- gratuitos aos alunos das escolas públicas de edu-
codificar a língua escrita. No Brasil, introduz-se cação básica.
o pensamento construtivista sobre alfabetização, Em 1996 iniciou-se o processo de avaliação pe-
muito associado às ideias da psicopedagoga Emí- dagógica dos livros inscritos para o PNLD, sendo
lia Ferreiro e colaboradores, autora, com Ana Te- publicado o primeiro “Guia de Livros Didáticos”
beroski, da obra “Psicogênese da Língua Escrita”, de 1ª a 4ª série. Os livros foram avaliados pelo
que colocou em xeque os métodos tradicionais de MEC conforme critérios previamente discutidos,
ensino da leitura e da escrita. procedimento que foi sendo aperfeiçoado e apli-
De acordo com Ceris Salete Ribas da Silva, cado até hoje.
pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitu- Segundo o artigo Resultados do Programa Na-
ra e Escrita da Faculdade de Educação da Uni- cional de Avaliação de Livros Didáticos de Alfa-

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Alfabetização e Letramento

betização no Brasil, da professora Ceris Salete, Nessa perspectiva, alfabetização e letramento


o impacto do construtivismo sobre a produção de estão fortemente integrados. A escola passa a ter
livros didáticos foi, de forma geral, significativo o desafio de propiciar um ambiente letrado aos
principalmente nas avaliações do MEC de 1998, estudantes, e o trabalho do professor se torna
2000 e 2004, quando parte considerável das muito mais complexo. Os livros para alfabetizar
obras inscritas no PNLD procurou associar o seu constituem um recurso ainda mais necessário à or-
nome e/ou a sua proposta aos pressupostos inte- ganização e facilitação do exercício do professor
racionistas da aprendizagem. e uma referência para o aluno e sua família. Os
Cabe ressaltar que o processo de avaliação livros começam a considerar a contextualização
dos livros didáticos do PNLD e o esforço contínuo do código alfabético e da compreensão do texto,
das editoras resultaram em significativos aprimo- o que vai além da mera decodificação presente
ramentos das obras produzidas. Entre as melho- nas antigas cartilhas. Por conta disso, as ativida-
rias podemos destacar uma maior qualificação des propostas são mais reflexivas não somente no
das propostas pedagógicas; um maior cuidado aspecto fonológico, mas principalmente no desen-
com o projeto gráfico-editorial; e a adequação volvimento de habilidades leitoras.
das propostas de ensino voltadas para a forma- Embora ainda haja no mercado livros com a me-
ção cidadã do aluno, e não apenas ao domínio todologia própria das cartilhas, a necessidade de
do código da escrita. contextualizar a escrita e a leitura foi ofuscando
Aspectos como a correção e revisão da impres- as frases soltas, sem significado, construídas ar-
são, funcionalidade da diagramação, equilíbrio tificialmente, para dar lugar a práticas reais de
na distribuição das imagens e textos nas pági- leitura e escrita. Os livros começaram a explorar
nas, e a utilização de linguagens diversas são os diferentes gêneros e tipologias textuais, como
elementos que também passaram a se destacar contos, quadrinhas, poemas, bilhetes, cantigas,
na produção dos livros. etc., mais próximos do universo das crianças. A di-
Ainda segundo Ceris, a partir de 2008, essa ferença entre a linguagem oral – muito valorizada
relação com o construtivismo relativiza-se signifi- na cultura audiovisual e nas relações do cotidiano
cativamente e verifica-se o movimento de adequa- – e a escrita também passa a ser considerada no
ção das obras mais ao processo de letramento, processo do letramento. “Começa a haver uma re-
ou seja, ao desenvolvimento da capacidade e lação entre conteúdo e método”, diz Circe.
competência leitoras, considerando o texto como
produto cultural específico.

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Ribeiro Cipriano
Lucia Helena en
Leite Wandres
ano Maria Otília

coleção

LINHAS &
S
ENTRELINHA
ÃO
E ALFABETIZAÇ
LETRAMENTO
Alfabetização e Letramento

livro dele, diferente, para levar para casa”, pon-


tua Circe. “O livro sempre foi fundamental para o
trabalho do professor e o é ainda mais hoje. Ele
ajuda o docente a preparar a aula”, completa.
Atualmente, uma das principais discussões em
torno da alfabetização e do letramento diz res-

Foto: Eduardo Pestana


peito a como equilibrar o domínio do código da
escrita – que caracterizou a alfabetização nos
tempos da cartilha – com o desenvolvimento da
competência leitora, que pauta o letramento.
Abaixo transcrevemos um trecho do artigo Al-
fabetização e Letramento: Caminhos e Descami-
nhos, de Magda Soares(1), que coloca com pro-
priedade esse desafio da educação brasileira:
“[...] os dois processos – alfabetização e letra-
mento – são, no estado atual do conhecimento
sobre a aprendizagem inicial da língua escrita,
indissociáveis, simultâneos e interdependentes: a
Do lado do professor, o desafio de articular a criança alfabetiza-se, isto é, constrói seu conheci-
experiência do aluno à compreensão do texto e mento do sistema alfabético e ortográfico da lín-
à grafia correta da palavra encontra eco no “li- gua escrita, em situações de letramento, ou seja,
vro ou manual do professor”, um recurso que serve no contexto de, e por meio de interação com ma-
para apoiar o professor em classe, auxiliá-lo em terial escrito real, e não artificialmente construído, e
procedimentos pontuais nas diferentes situações de sua participação em práticas sociais de leitura e
em sala de aula, oferecer-lhe sugestões de uso de de escrita; por outro lado, a criança desenvolve ha-
materiais complementares, de meios diagnósticos bilidades e comportamentos de uso competente da
e fundamentações teóricas. língua escrita nas práticas sociais que a envolvem
“Mas vale ressaltar que o livro sempre foi feito no contexto do, por meio do e em dependência
para o professor. Foi a partir da universalização do do processo de aquisição do sistema alfabético e
ensino que surgiu a necessidade de o aluno ter um ortográfico da escrita”.

(1)
SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento: Caminhos e Descaminhos (Revista Pátio n.29 fev/abr 2004).

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ELLI
SAMIRA CAMPED
1.o
ano ETIZAÇÃO
O E ALFAB
LETRAMENT

ÃO
COLEÇ
HINO NACIONAL
Hoje é dia de Po

Estrada
Osório Duque
Letra: Joaquim
Manuel da Silva o,
Música: Francisco te em berço esplêndid
Deitado eternamen luz do céu profundo,

Po
as margens plácidas Ao som do mar

Ouviram do Ipirangao brado retumbante, florão da América,
Fulguras, ó Brasil, Novo Mundo!
De um povo heroico em raios fúlgidos, sol do
Iluminado ao
E o sol da liberdade, instante.
da pátria nesse
Brilhou no céu mais garrida,
Do que a terra, têm mais
lindos campos
igualdade Teus risonhos,
Se o penhor dessa

1.
braço forte,
conquistar com
o
flores;
Conseguimos têm mais vida”,
liberdade, “Nossos bosques seio “mais amores.”
Em teu seio, ó morte! teu
peito a própria “Nossa vida” no
Desafia o nosso

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Ó Pátria amada,
Idolatrada, ano
Salve! Salve!
Salve! Salve!
intenso, um raio
vívido eterno seja símbolo
Brasil, de amor
Brasil, um sonho desce, estrelado,
esperança à terra límpido, O lábaro que ostentaso dessa flâmula
De amor e de céu, risonho e E diga o verde-lour
Se em teu formoso ce. e glória no passado.”
Cruzeiro resplande – “Paz no futuro
SAMIRA CAMPEDEL

A imagem do
forte,
da justiça a clava luta,
natureza, Mas, se ergues à
Gigante pela própria filho teu não foge
impávido colosso, Verás que um morte.
És belo, és forte, te adora, a própria
espelha essa grandeza. Nem teme, quem
E o teu futuro
Terra adorada,
Terra adorada,
LI

Entre outras mil,


Entre outras mil,
És tu, Brasil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Ó Pátria amada! solo és mãe gentil,
solo és mãe gentil, Dos filhos deste
Dos filhos deste
Pátria amada,
Pátria amada,
Brasil!
Brasil!

16/02/11 12:46

dd 1
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Alfabetização e Letramento

movimento
Acompanhe abaixo os quatro principais momentos do
Rosário Longo
histórico da alfabetização no Brasil, segundo Maria do
te em
Mortatti, professora Titular da Unesp-Marília, Livre-docen
ra em Educação
Metodologia da Alfabetização pela Unesp, mestre e douto
etização.
pela Unicamp. Presidente da Sociedade Brasileira de Alfab

1º momento até 1890


A metodização do ensino da leitura
A instrução pública carecia de organização e o mate-
rial didático era precário. A partir da segunda metade
do século XIX, o Brasil passa a utilizar material didático,
para leitura, produzido na Europa.
As primeiras cartilhas brasileiras foram produzidas no
final do século XIX, sobretudo por professores fluminenses
e paulistas, a partir de sua experiência didática, com
base em métodos de marcha sintética (de soletração, fô-
nico e de silabação).

2º momento a partir de 1890


A institucionalização do método analítico
As cartilhas produzidas no início do século XX passaram a se basear pro-
gramaticamente no método de marcha analítica (processos da palavração
e sentenciação).
Nesse segundo momento, que se estende até aproximadamente meados
dos anos de 1920, a ênfase da discussão sobre métodos continua incidindo
sobre o ensino inicial da leitura, já que o ensino inicial da escrita era entendi-
do como uma questão de caligrafia (vertical ou horizontal) e de tipo de letra a
ser usada (manuscrita ou de imprensa,
maiúscula ou minúscula), o que de-
mandava especialmente treino, mediante exercícios de cópia e
ditado. É também ao longo desse momento, já no final da década
de 1910, que o termo “alfabetização” começa a ser utilizado para
se referir ao ensino inicial da leitura e da escrita.
Alfabetização e Letramento

3º momento a partir da década de 1920


A alfabetização sob medida
As cartilhas passam a se basear predominantemente em métodos mistos ou ecléticos (analítico-sintético e
vice-versa) e começam a se produzir os manuais do professor.
Nesse 3º momento, que se estende até aproximadamente o final da década de 1970, instituiu-se uma
nova tradição no ensino da leitura e da escrita: a “alfabetização sob medida”, que subordina o ensino à
maturidade da criança a quem se ensina. As questões de ordem didática, portanto, encontram-se subordi-
nadas às de ordem psicológica.

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Alfabetização e Letramento

4º momento a partir da década de 1980


Alfabetização: construtivismo e desmetodização

A partir do início da década de 1980, introduziu-se no Brasil o pensamento construtivista sobre alfabe-
tização, resultante das pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita desenvolvidas pela pesquisadora
argentina Emília Ferreiro e colaboradores. Deslocando o eixo das discussões dos métodos de ensino para
o processo de aprendizagem da criança, o construtivismo se apresenta como uma “revolução conceitu-
al”, questionando as teorias e práticas tradicionais e a necessidade das cartilhas.
A apropriação do construtivismo foi incorporando certos aspectos da interpretação do pensamento
centrado no interacionismo linguístico, de acordo com o qual o texto é a unidade de sentido da língua
e deve ser tomado como objeto de ensino da leitura e da escrita. Surgem também “novas” propostas de
alfabetização baseadas em antigos métodos, como os de marcha sintética, e discussões e propostas em
torno do letramento escolar.

Fonte das informações do box


MORTATTI, Maria do Rosário Longo. Os sentidos da alfabetização (São Paulo – 1876-1994). São Paulo: Edi-
tora UNESP, 2000.
MORTATTI, Maria do Rosário Longo. Educação e letramento. São Paulo: Editora UNESP, 2004.
Fotos do acervo do GPHELLB - Grupo de Pesquisa História do ensino de língua e literatura no Brasil.

Coordenação geral Beatriz Grellet n Pesquisa, redação e edição Vanessa Costa - Textual Comunicação n

Projeto gráfico e diagramação Grevy Conti Comunicação + Design

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e
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concebida,
Obra coletiva
e produzida
desenvolvida
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Hino nacional Hino nacional
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Adson Vascon
Osório Duque Estrada Osório Duque Estrada
Letra: Joaquim Letra: Joaquim
Manuel da Silva Manuel da Silva
Música: Francisco
Júlio Música: Francisco

em berço esplêndido,
Silvana Rossi em berço esplêndido,
Deitado eternamente do céu profundo, Deitado eternamente do céu profundo,
as margens plácidas e à luz as margens plácidas e à luz
Ao som do mar Ao som do mar
Ouviram do Ipiranga brado retumbante, florão da América, Ouviram do Ipiranga brado retumbante, florão da América,
Fulguras, ó Brasil,
1º_ ano

Fulguras, ó Brasil,
ão

o o
e

De um povo heroico do Novo Mundo! De um povo heroico do Novo Mundo!


em raios fúlgidos, Iluminado ao sol em raios fúlgidos, Iluminado ao sol
E o sol da Liberdade, nesse instante. E o sol da Liberdade, nesse instante.
Pátria Pátria
Brilhou no céu da Do que a terra mais
garrida Brilhou no céu da Do que a terra mais
garrida
letramento

flores; flores;
campos têm mais campos têm mais
Se o penhor dessa
igualdade Teus risonhos, lindos Se o penhor dessa
igualdade Teus risonhos, lindos têm mais vida”,

têm mais vida”,


alfabetizaç

com braço forte, “Nossos bosques com braço forte, “Nossos bosques
e alfabet ização

Conseguimos conquistar seio “mais amores”. Conseguimos conquistar seio “mais amores”.
Em teu seio, ó Liberdade,morte! “Nossa vida” no teu Em teu seio, ó Liberdade,morte! “Nossa vida” no teu
peito a própria peito a própria
Desafia o nosso Ó Pátria amada, Desafia o nosso Ó Pátria amada,
Idolatrada, Idolatrada,
Ó Pátria amada, Ó Pátria amada,
Salve! Salve! Salve! Salve!
Idolatrada, Idolatrada,
Salve! Salve! seja símbolo Salve! Salve! seja símbolo
Brasil, de amor eterno estrelado, Brasil, de amor eterno estrelado,
vívido vívido O lábaro que ostentas
intenso, um raio O lábaro que ostentas intenso, um raio
Brasil, um sonho dessa flâmula Brasil, um sonho à terra desce, dessa flâmula
à terra desce, E diga o verde-louro no passado. E diga o verde-louro no passado.
letrame nto

De amor e de esperança risonho e límpido, De amor e de esperança risonho e límpido, glória


céu, – Paz no futuro e
glória céu, – Paz no futuro e
Se em teu formoso Se em teu formoso resplandece.
resplandece.
A imagem do Cruzeiro justiça a clava forte, A imagem do Cruzeiro justiça a clava forte,
Mas, se ergues da Mas, se ergues da
teu não foge à luta, teu não foge à luta,
natureza, Verás que um filho morte. natureza, Verás que um filho morte.
Gigante pela própria te adora, a própria Gigante pela própria te adora, a própria
impávido colosso, Nem teme, quem impávido colosso, Nem teme, quem
És belo, és forte, És belo, és forte, essa grandeza.
essa grandeza.
E o teu futuro espelha Terra adorada, E o teu futuro espelha Terra adorada,
Entre outras mil, Entre outras mil,
Terra adorada, Terra adorada,
És tu, Brasil, És tu, Brasil,
Entre outras mil, Entre outras mil,
Ó Pátria amada! Ó Pátria amada!
És tu, Brasil, És tu, Brasil,
Ó Pátria amada! Ó Pátria amada! solo és mãe gentil,
solo és mãe gentil, Dos filhos deste
Dos filhos deste
Pátria amada, solo és mãe gentil, Pátria amada,
solo és mãe gentil, Dos filhos deste
Dos filhos deste Brasil! Brasil!
Pátria amada, Pátria amada,
Brasil! Brasil!

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