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1 – NOTA DE APRESENTAÇÃO
O Projeto Educativo é o documento estruturado da ação e funcionamento do Agrupamento de Escolas de Rio Tinto
Nº3 e explicita princípios, valores e metas, segundo os quais o Agrupamento se propõe cumprir a sua função educa-
tiva. É um projeto dinâmico e flexível que resulta da tensão entre o estabelecido, o habitual e o intencional e que, assumindo-se
como processo, deve criar mecanismos de autorregulação no sentido de permitir uma constante avaliação do projeto e do pró-
prio agrupamento.
O Projeto Educativo explicita os valores comuns, define um sentido para a ação coletiva e produz uma identidade. Sen-
do o motor de toda a dinâmica do Agrupamento, assume-se como um centro no qual coexistem vários planos de interseção:
Plano Anual de Atividades, Projeto Curricular de Agrupamento, Regulamento Interno, Planos de Trabalho das Turmas, Plano
de Formação e Autoavaliação que, obviamente, serão o fermento necessário à desejada qualidade das aprendizagens. Esta
qualidade, no âmbito de uma pedagogia de sucesso, exige o apoio e a participação alargada da comunidade na vida do Agru-
pamento.
O Projeto Curricular de Agrupamento operacionaliza princípios contidos no Projeto Educativo e apresenta-se como
adenda, de modo a responder a uma dimensão orientadora e organizacional. Este insere-se numa perspetiva de curso prazo,
que coincide com o ano letivo, enquanto o Plano Anual de Atividades interage com o Projeto Educativo, também numa perspe-
tiva de curto prazo, em alinhamento com os objetivos definidos, as ativi-
dades programadas e os recursos humanos, materiais e financeiros que
lhe são afetos.
Este projeto educativo marca o início de um novo ciclo na vida das esco-
las que constituem o agrupamento pois embora pretenda estabelecer
uma linha de continuidade que incorpore as aprendizagens organizacio-
nais induzidas, abre portas a novos desafios decorrentes da agregação
em si, das transformações sociais, económicas e políticas que ocorrem e
do alargamento da escolaridade obrigatória.
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2 – INTRODUÇÃO
A ESCOLA é uma entidade orgânica inserida num espaço e sujeita aos desafios de um tempo.
O agrupamento de Escolas de Rio Tinto N.º3 (AERT3), na sua complexidade e variedade, vive em luga-
res concretos, meios concretos e numa época concreta. Este agrupamento dá os primeiros passos e, como todo
o primeiro passo, exige redobrada atenção para reconhecer e dar resposta às necessidades formativas concretas.
Pensar num Projeto Educativo é pensar em destinatários reais, que procedem de meios reais, com problemas
reais…
Para ser capaz de cumprir a sua missão a Escola tem necessidade de (re) conhecer não apenas todos os
elementos que a compõem, como os que nela incidem.
Falar deste agrupamento é falar de uma realidade heterogénea que pretende favorecer e respeitar a diferença,
o diverso, dentro de um enquadramento que possibilite a educação. Por isso, cada escola pretende ter ofertas di-
versificadas, soluções de futuro de acordo com a sensibilidade, a idade, a capacidade, as destrezas e os “sonhos”
dos educandos, e modos de atuar o mais personalizados possível que favoreçam os percursos de cada aluno. O
agrupamento conta com uma grande diversidade de projetos de apoio de modo a acompanhar o crescimento de
cada aluno, em cada etapa.
De acordo com a sua responsabilidade, com o seu papel na Escola, cada um dos elementos tem de se com-
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prometer com “as linhas” que a estruturam. E estas sempre terão de ser adequadas ao meio em que se insere. Li-
nhas em permanente “escuta” e revisão para RESPONDER cabalmente.
Uma Escola não pode cumprir-se sem um Projeto … Educativo, porque falar de Escola é falar de formação e a
formação implica sempre a escolha de valores.
Que valores nos orientam?, que linhas nos animam?
Uma Escola vai-se fazendo, nunca está feita, nunca está concluída porque o que hoje serve e é resposta ao
desafio deste tempo. Amanhã, por ser outro tempo, terá de se rever, de se auto-questionar em diálogo com o
meio.
Com gente tão diferente, na sua procedência e nos seus projetos de futuro, no modo como encaram a vida e
entendem a sua tarefa de cidadania, … TEMOS de encontrar um mínimo irrenunciável que nos identifique, nos
comprometa e com que nos comprometemos para que a Escola tenha a sua identidade.
Este projeto aponta caminhos, oferece elementos para que se defina essa linha com que se constrói ESCOLA.
O Agrupamento é uma instituição pública de educação e formação pertencente ao MEC que, atento ao
meio em que está inserido, presta à sua comunidade um serviço de qualidade, quer ao nível da gestão
e funcionamento organizacional, quer ao nível da educação e formação que presta, qualificando os seus alunos
para o prosseguimento de estudos ou para a integração no mundo do trabalho, num ambiente de humanismo e
responsabilidade, pautado por elevados padrões de exigência.
1. A qualidade de ensino e formação tendo em vista o sucesso educativo e o exercício pleno de cidadania;
2. A diversidade de oferta do agrupamento e a articulação entre o currículo e o contexto social, cultural e eco-
nómico em que está integrado;
3. A qualidade das relações internas e externas entre os membros da comunidade;
4. A dinâmica dos processos internos no âmbito do grupo e da turma.
Uma visão partilhada e estratégias consensuais em conformidade com essa visão tornam patentes os benefí-
cios das opções tomadas por uma comunidade escolar que partilha uma mesma ideia de Escola, no respeito pelos
valores de equidade, justiça, responsabilidade, eficiência, liberdade, democracia, conhecimento, mérito e inova-
O Agrupamento tem por missão favorecer a formação e o desenvolvimento equilibrado das crianças e qualifi-
car os seus alunos para o prosseguimento de estudos ou para a integração no mundo do trabalho, num am-
biente de humanismo e responsabilidade pautado por elevados padrões de exigência, constituindo-se como su-
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4 – OBJETIVOS
N a sequência dos princípios orientadores, bem como das expectativas da comunidade educativa,
são definidos os objetivos que agora se enunciam e que se encontravam, na sua maioria, con-
templados no Projeto Educativo das escolas que constituem o agrupamento.
• Desenvolver uma cultura e uma prática de excelência pela responsabilidade partilhada individual e coletiva
que melhore os processos que se desenvolvem no agrupamento e eleve os padrões de qualidade de desem-
penho dos seus diferentes corpos e estruturas;
• Tornar cada escola num local de socialização que promove uma cidadania ativa e estilos de vida saudáveis;
• Proporcionar a diversidade de oferta na perspetiva de responder às aspirações dos alunos, das famílias e das ne-
cessidades do mercado de trabalho;
• Assegurar aos alunos atividades de enriquecimento do currículo, de caráter facultativo e de natureza eminen-
temente cultural, incidindo, nomeadamente, nos domínios desportivo, artístico, científico e tecnológico, de li-
gação da escola com o meio, de solidariedade e voluntariado;
• Proporcionar aos alunos a orientação do seu trajeto pessoal, visando uma eventual superação de dificulda-
des e / ou a reorientação do seu percurso formativo;
• Procurar desenvolver nos alunos atitudes de autoestima, respeito mútuo e regras de convivência que contri-
buam para a sua educação como cidadãos tolerantes, justos, autónomos e civicamente responsáveis;
• Estimular nos jovens uma consciência de preservação e respeito pelo património cultural e natural e a abertu-
ra à cidadania europeia e à globalização;
• Investir na criação de condições para que os processos de ensino e de aprendizagem possam decorrer em
contextos educativos mais amplos e diversificados, com maior ligação às realidades sociais exteriores à es-
cola;
• Proceder à avaliação sistemática das práticas, recorrendo a metodologias participativas, de forma a identifi-
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• Garantir que a avaliação interna e externa da escola funcione como prestação de contas, instrumento de for-
mação e de autorregulação.
• Promover, de forma rigorosa e exigente, a qualidade do ensino tendo em vista o sucesso educativo;
• Refletir a nível de departamento(s) sobre a gestão do processo de ensino e sobre as aprendizagens de forma
a definir planos estratégicos que visem o sucesso educativo;
• Desenvolver nos alunos competências que lhes permitam escolhas informadas e seguras no campo da sexu-
alidade e do ambiente.
No início do séc. X, os Cristãos estavam a ganhar terreno aos Mouros. Governava o território da Galiza até Coimbra, tendo como
centro o Porto, o Conde Hermenegildo Gutierres. O califa Abdelramam III com um poderoso exército fez uma violenta investida, cercando a
cidade do Porto. O rei Ordonho II desceu em socorro do seu sogro, o Conde do Porto, Hermenegildo Gutierres, conseguindo afastar os
mouros e perseguindo-os para longe da cidade.
Junto a um límpido ribeiro, travou-se sangrenta batalha. Na memória do povo, ficou o sangue derramado que, de tão abundante,
tingiu as cristalinas águas do rio que, desde então se passou a chamar Rio Tinto.
Frei Manuel de Santa Inês, nasceu no dia 2 de Dezembro de 1762. Aos 18 anos entrou para o Mosteiro dos Religiosos Ermita Des-
calços de Santo Agostinho, onde professou em 1781, adotando então o nome de Frei Manuel de Santa Inês.
Pela sua virtude, exemplo e aproveitamento no estudo foi eleito Reitor do Colégio de Santa Rita em Coimbra. Regressado ao Porto
e ao seu Convento, serviu no exército por ordem do então Bispo D. António de S. José e Castro, governador e presidente da Junta Supre-
ma desta cidade ajudando a defendê-la da invasão Francesa, comandada por Junot.
Ocupou diversos cargos eclesiásticos, tais como o de Definidor Visitador Geral dos Conventos da sua ordem, do ano de 1816.
Aquando do desembarque das tropas de D. Pedro nas praias de Arnoso, Pompolide e Mindelo, foi nomeado governador do Bispado e de-
pois Vigário Capitular e Bispo Eleito do Porto.
Manifestando-se abertamente liberal foi indigitado em 1828 para a comissão de serviço eclesiástico, sendo mais tarde apresentado
Bispo do Porto e sancionada essa regência pelo Parlamento na pessoa de D. Pedro.
Veio a falecer no dia 24 de Janeiro de 1840 e a casa onde nasceu existe ainda no Lugar do Pipo, na freguesia de Baguim do Monte.
In http://www.jf-baguimdomonte.com
1 – O AGRUPAMENTO
O Agrupamento de Escolas de Rio Tinto N.º3 foi criado a 4 de julho de 2012 é constituído pelas seguintes uni-
dades orgânicas:
• Jardim de Infância de Baguim do Monte;
• Jardim de Infância do Baixinho;
• Jardim de Infância do Castro;
• Jardim de Infância de Entre-Cancelas;
• Escola Básica do 1º Ciclo com Jardim de Infância do Seixo;
• Escola Básica do 1º Ciclo de Vale de Ferreiros;
• Centro Escolar de Baguim;
• Escola Básica Frei Manuel de Santa Inês;
• Escola Secundária de Rio Tinto (escola sede do agrupamento);
• O Agrupamento é também responsável pela lecionação das turmas do Lar de Infância e Juventude Especiali-
zado “Coração d’Ouro”.
A Escola Secundária de Rio Tinto foi criada pela Portaria de 30 de Junho da 1982 e iniciou as suas atividades
num edifício arrendado ao IANT, junto à estrada nacional 15, no lugar de Chão Verde, onde se manteve du-
rante dez anos. No ano letivo de 92/93 passou a funcionar no edifício situado na Travessa da Cavada Nova, tendo,
simultaneamente, alargado o leque de ofertas aos alunos, que puderam passar a frequentar o Ensino Secundário e
o Ensino Noturno. Atualmente o leque de oferta alargou-se passando a proporcionar também Cursos de Formação
e Educação, Cursos Profissionais e Cursos de Formação Complementar.
A área de abrangência é considerável, uma vez que acolhe alunos das freguesias de Rio Tinto, Baguim do
Monte e Fânzeres. Para lá destas freguesias, a Escola Secundária de Rio Tinto recebe também alunos oriundos de
outras freguesias do concelho.
PROJETOS E CLUBES
Como pode ser observado no Projeto Curricular de Escola e na Página Web, a Escola tem vários projetos
em curso e clubes em funcionamento. Estes projetos e clubes agrupam-se em 4 tipos: de escola, locais, nacio-
nais e internacionais.
COMUNIDADE EDUCATIVA
Evolução da População Escolar na Escola Sede e Agrupamento
A população escolar, como se evidencia no Quadro 1, até ao ano do 91/92 corresponde ao 3º ciclo. A partir daque-
le ano a Escola Secundária passou a leciona, também, o Ensino Secundário, com o consequente crescimento daí de-
corrente.
A partir de 1998/99 a Escola Secundária iniciou o Ensino Profissional. A partir do 2º ano de atividade, a escola dis-
pôs de Ensino Noturno, com uma frequência relevante e regular.
94/95 537 498 508 360 189 298 2390 291 2681
95/96 492 510 460 484 243 161 2350 355 2705
04/05 117 168 103 452 273 333 30 1476 362 1838
05/06 104 120 156 433 328 304 51 1496 315 1811
07/08 132 79 132 360 297 372 172 1544 224 1768
08/09 127 103 109 304 306 270 269 1488 222 1967
257
09/10 74 111 139 332 256 281 307 1500 126 1883
10/11 154 74 123 351 301 235 280 1518 47 208 1773
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11/12 101 163 104 402 310 193 284 1557 134 1691
Quadro 1 - Evolução da população escolar da Escola Secundária de Rio Tinto (escola sede), entre os anos letivos de 1982/1983 a 2011/2012
A partir de 2012/13 a população escolar, como se evidencia no Quadro 2, tem em consideração todas as unidades
orgânicas que constituem o agrupamento.
2013/14
2012/2013
Escalão A 54 (24,00%)
EPE
Escalão B 35 (15,56%)
Dos professores em funções no agrupamento, 34 são contratados, 19 integram o Quadro de Zona Pedagógica e
209 pertencem ao Quadro do Agrupamento. Há ainda a referir um técnico especializado com funções de formador
CEF. Relativamente ao pessoal não docente, 79,4% são assistentes operacionais (destes 68,8% são da responsa-
bilidade da autarquia e 31,2% do MEC), 16,5% são assistentes técnicos (dos quais 25% são da responsabilidade da
autarquia e 75% do MEC) e 4,1% são técnicos superiores.
80,0%
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70,0%
60,0%
50,0%
%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
Téc.
Contratado PQA QZP
Especializados
Série1 12,9% 79,5% 7,2% 0,4%
Quadro 4 - Vínculo dos professores, no ano letivo 2013-2014 Quadro 5 - Pessoal não docente, no ano letivo 2013-2014
As famílias são maioritariamente biparentais havendo, no entanto, ainda uma percentagem importante de famílias
monoparentais
Habilitações académicas
Para efeitos de análise das habilitações académicas, consideram-se dez grupos: com o 1º ciclo (pais: 24,1%; mães:
20,2%), com o 2º ciclo (pais: 23,8%; mães: 21,8%), com o 3º ciclo (pais: 24,1%; mães: 24,7%) com o nível secundário
(pais: 20,7%; mães: 21,6%) e com formação de nível universitário (pais: 7,2%; mães: 11,9%).
25,0%
20,0%
Percentagem
15,0%
10,0%
5,0%
0,0%
Formação
Básico (1 º Básico (2º Básico (3 º Sec undá- Bachare - Licencia - Doutora-
Desconhe Pós-grad. Mestrado Outra
ciclo) ciclo) ciclo) rio lato tura mento
cida
Pai 0,0% 24,1% 23,8% 24,1% 20,7% 1,0% 4,8% 0,1% 0,3% 1,0% 0,6%
Mãe 0,0% 20,2% 21,8% 24,7% 21,6% 1,0% 8,9% 0,3% 0,7% 1,0% 0,5%
70,0%
60,0%
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50,0%
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%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
Trabalhador Trabalhador
Trabalhador
Situação por conta por conta
Desempregado Doméstico Estudante Outra Reformado por conta de
Desconhecida própria como própria como
outrem
empregador isolado
Pai 11,4% 0,1% 0,1% 5,1% 1,5% 1,8% 68,8% 3,9% 7,4%
Mãe 19,0% 11,3% 0,4% 4,0% 0,7% 1,2% 56,5% 1,7% 5,2%
2 – O MEIO
LOCALIZAÇÃO
O agrupamento situa-se na cidade de Rio Tinto, que integra duas das doze freguesias do concelho de Gondo-
mar: Rio Tinto e Baguim do Monte, conforme pode ser observado na figura 2.
ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
Um documento do séc. XII refere-se ao lugar de Rio Tinto como sendo vizinho de Castrum Amai, em território
portucalense. Nesse século, a terra terá pertencido ao Alcaide Mendo Estreme, rico homem de Gondomar.
É uma povoação anterior à nacionalidade, onde existiu um convento de Agostinhos, fundado em 1062. D. Afonso
Henriques, protegeu-o, dando-lhe foro de couto a 20 de Maio de 1141, foro esse renovado pelos monarcas posterio-
res. Este mosteiro, do qual infelizmente nada resta, foi extinto a 6 de Janeiro de 1535, ficando com os seus privilé-
gios o mosteiro beneditino de Avé Maria do Porto.
Rio Tinto foi sede de concelho de 26 de Junho de 1867 a 14 de Janeiro de 1868 e era então composta por 7 fre-
guesias. Em Junho de 1984, foi elevada a vila, como reconhecimento do seu desenvolvimento económico e social.
Pela Lei n.º 127/85 de 4 de Outubro, passou a ser constituída por 2 freguesias: Baguim do Monte e Rio Tinto. Em 30
de Agosto de 1995, pela Lei n.º 40, foi elevada à categoria de cidade, o que confirma o seu avanço comercial e in-
dustrial.
A primeira notícia histórica das terras de Baguim consta de uma «Carta de doação que Froila faz a Leodorigo e esposa»,
datada de 6 de Abril de 994, na qual é mencionada «uma herdade que tenho na vila de Sevilhães e Baguim, abaixo do monte de
Gondomar, por onde passa o rio de Campanhã, perto do rio Douro».
Orgulhosa de um rico passado histórico e de Filhos ilustres que ao longo dos tempos a enobreceram, a freguesia de Ba-
guim do Monte é hoje uma Terra em franco progresso, à conquista do futuro.
Dentro dos seus limites vive uma população que aumenta dia a dia, gente pacífica, laboriosa e empreendedora, sendo de
salientar a agricultura e a indústria.
À beleza natural da paisagem verde (mais de um terço do território) juntam-se modernos e belos edifícios, num cresci-
mento harmonioso da Freguesia que muitos escolhem para viver.
MEIO FÍSICO
A cidade de Rio Tinto localiza-se a Leste do concelho do Porto (confinando com a freguesia de Campanhã),
a Sul e Sudeste do concelho da Maia (confinando com as freguesias de Pedrouços e Águas Santas), a Sul e Oeste
do concelho de Valongo (confinando com a freguesia de Ermesinde) e a Noroeste da freguesia de Fânzeres, do con-
celho de Gondomar.
Tem uma área de 15 Km2 que corresponde basicamente aos terrenos da bacia hidrográfica do rio Tinto, afluente
da margem direita do Douro, constituindo um com-
prido e largo vale, descendo em declives, geral-
mente pouco acentuados, em direção às margens
do rio Tinto que, hoje em dia, se encontra bastante
poluído.
INFRAESTRUTURAS
Rede Viária e de Transportes
Dada a proximidade de Rio Tinto à cidade do Porto, o seu espaço é percorrido por uma rede viária de malha
apertada servida pela E.N. 15, E.N. 105, A4, IC29, Estrada da Circunvalação, Estrada D. Miguel, Av. da Conduta
(E.M. 615) e ainda um emaranhado de estradas municipais e caminhos. Esta rede viária revela-se bastante frágil,
dado o fluxo de trânsito que por ela passa nas horas de ponta.
Os transportes públicos são assegurados pelos Serviços de Transportes Coletivos (S.T.C.P.) e por empresas
concessionárias .
Os S.T.C.P. mantêm ligações diversas de autocarros que têm início no Bolhão, no Hospital de S. João, em
Gondomar, em S. Roque e atravessam a cidade de Rio Tinto nas suas principais vias.
Esta cidade é também servida pelas diversas empresas de camionagem que passam na EN 15 e na EN 105,
ligando o Porto a Amarante, Vila Real, S.to Tirso e outras localidades.
Também o Caminho-de-ferro serve a cidade, atravessando-a no limite Norte com as linhas do Minho e do Douro
havendo uma estação onde diariamente passam e param inúmeros comboios.
Pode contar-se, também, com a Linha Laranja do Metro do Porto. Esta nova linha serve a zona Este da Área
Metropolitana do Porto, tem um comprimento aproximado de 7 quilómetros e integra 10 novas estações de superfí-
cie, ligando a Estação Estádio do Dragão à Estação Venda Nova/Cabanas.
Rede de Abastecimento
Água – a quase totalidade da população de Rio Tinto recebe água da rede pública e o seu consumo por habi-
tante/dia é um dos mais elevados do concelho.
Energia – toda a população é abastecida pela energia elétrica proveniente da rede pública. A rede de abasteci-
mento de gás está praticamente concluída.
A rede de saneamento está quase completa e a ETAR de Rio Tinto encontra-se em requalificação.
A recolha de lixo é diária e é elevado o número de ecopontos bem como o número de eco centros.
Correios – a cidade de Rio Tinto está provido de 4 estações de Correios: Rio Tinto; Soutelo; Areosa; Baguim.
Jornais – Existem vários jornais mensais na cidade de Rio Tinto, entre os quais: A Voz de Rio Tinto; O Arauto de
Rio Tinto; Jornal de Rio Tinto (propriedade da Junta de Freguesia); Jornal de Baguim do Monte, O Povo de Rio Tinto
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Centro Escolar de Baguim do Monte Centro Escolar de Baguim do Monte Escola Básica de ??????
Em termos de assistência à saúde, a população de Rio Tinto é servida pelo Agrupamento de Centros de Saúde Gran-
de Porto II—Gondomar, duas Unidades de Saúde Familiar ( a USF Nascente e a de São Bento), a Extensão de Saúde
Brás Oleiro e por um centro informativo de Segurança Social dependente do Ministério da Saúde e do Ministério do Traba-
lho e da Segurança Social.
Existem ainda Clínicas de Saúde e laboratórios de análises clínicas que exercem medicina privada com alguns proto-
colos com o Estado. Espalhadas pela cidade de Rio Tinto existem várias farmácias.
Relativamente ao apoio à 3ª idade, existe o Centro Social da Paróquia de Rio Tinto, o Centro Paroquial de Baguim e o
Centro Social de Soutelo.
A obra ABC é uma instituição de utilidade pública que dá apoio a crianças em risco, do sexo masculino, dos 6 aos 12
anos. Ainda no apoio à infância e juventude há a salientar o Lar de Infância e Juventude Especializado “Coração d’Ouro”, orien-
tado para jovens em risco, do sexo feminino, dos 12 aos 18 anos. De referir, ainda, que no apoio à infância e juventude se con-
tam com o Centro Social de Soutelo, a Associação Amigos do Padre Moura, entre outras instituições.
Educação
A rede de Agrupamentos de escolas que serve Rio Tinto é constituída por três agrupamentos: Agrupamento de Escolas
de Rio Tinto N.º3, Agrupamento Vertical Escolas de Rio Tinto, Agrupamento de Escolas de Rio Tinto N.º2, um estabeleci-
mento de ensino privado, vários infantários e alguma oferta de formação profissional da rede privada.
Existe um Centro Cultural, inaugurado em 1995, onde se realizam debates, conferências, exposições e outras ativida-
des.
No Centro Cultural encontram – se sedeados o Orfeão de Rio Tinto, uma delegação do IPJ e alguns serviços adminis-
trativos da Câmara Municipal de Gondomar. Existe ainda a Casa da Juventude.
No emaranhado habitacional da cidade de Rio Tinto existem numerosas associações recreativas, culturais e desporti-
vas que vão desenvolvendo atividades que ocupam os mais novos e os mais idosos.
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