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JABBOUR, Ana Beatriz Lopes de Sousa; JABBOUR, Charbel José Chiappetta.

Gestão ambiental nas organizações: fundamentos e tendências. São Paulo: Atlas,


2016.

Capitulo 2 – Estágios Evolutivos da Gestão Ambiental.

Os estágios evolutivos da gestão ambiental representam o grau de


comprometimento das organizações com as práticas de gestão ambiental (abrangendo
todas as áreas da organização) disponíveis num dado período de tempo. Tais estágios
permite compreender como a gestão organizacional atua nas organizações lhe
possibilitando planejar conforme as necessidades encontradas.

Um conjunto de fatores caracterizam os estágios evolutivos da gestão


ambiental. Estes fatores se influenciam mutuamente e determinam o nível de
intensidade da pratica ambiental nas organizações. São eles: o modo como os
benefícios e os desafios da gestão organizacional são percebidos e enfrentados pelos
dirigentes organizacionais; a implantação do conceito de inteligência ambiental em
sentido completo; forças direcionadoras da gestão ambiental; e a características
organizacionais (o perfil da organização; a atuação da Alta Administração; e pressões
da sociedade civil).

Ainda em relação aos fatores, o que é inteligência ambiental? Tal conceito


envolve a avaliação das variáveis - econômicas com enfoque em vantagens
competitivas, das tendências da legislação ambiental, social com implicações
ambientais, e dos avanços da tecnologia e científicos - que possibilitam interpretações
acerca do ambiente que a organização está inserida. Quanto mais completo for o
planejamento da inteligência ambiental de uma organização mais evoluído tende a ser
o estágio evolutivo de gestão ambiental.

Quais são os direcionadores da gestão ambiental? Estas forças direcionadoras


induzem a organização a proatividade, elas são o Estado quando cria
regulamentações cada vez mais exigentes e rigorosas com penalidades efetivas; os
custos frequentes com a recuperação de áreas degradadas, em decorrência da falta
de gestão ambiental, impulsionando a organização agir antecipadamente e a evitar
tais gastos; as pressões das partes interessadas no empreendimento, como os
consumidores e acionistas, estes exigindo dos dirigentes da organização um
posicionamento ambiental para valorar a organização e aqueles exigindo produtos e
processos produtivos ambientalmente corretos. E por fim, as vantagens competitivas,
por gerar novos segmentos de empreendimentos com viés ecológico; e no mercado
mundial quando, através de tratados internacionais, são impostas condições mínimas
de desempenho ambiental para a comercialização, entre outras medidas.

Os estágios evolutivos da gestão ambiental são três, a saber: reativo,


preventivo ou proativo. No estágio reativo a preocupação com meio ambiente é quase
inexistente, as organizações apenas reagem às punições ambientais por parte do
Estado, após acorrer o dano ao meio ambiente, com o intuito de minimizar os efeitos
negativos a imagem da empresa. É característico nesse estágio os dirigentes serem
pessimistas quanto à implantação da gestão ambiental; os benefícios ambientais não
são percebidos e as barreiras á gestão ambiental corrobora a visão dos dirigentes
quanto a pratica ambiental na organização; como também, a inteligência ambiental
(em tais organizações) não existe por negar a relação de dependência entre a
organização e o meio ambiente.

No estágio preventivo, a gestão ambiental é adotada como uma ação


preventiva com o intuito de reduzir a poluição e os impactos ambientais antes que eles
aconteçam. A visão em relação aos benefícios oriundo da gestão ambiental é mais
visível, destacando-se dois benefícios o de redução dos custos operacionais em que a
organização através da ecoeficiência, uma prática ambiental, aumenta a produtividade
por economizar no uso de insumos e de recursos naturais, como energia elétrica e
água, no processo produtivo; e o de melhoria do desempenho operacional em que
gestão ambiental é inserida a gestão de qualidade que resulta em redução do
desperdício durante as fases de armazenamento de matérias primas ou de produtos
acabados.

Porém nesse nível existem algumas limitações. Por não ter uma perspectiva
estratégica da gestão ambiental na organização, a Alta Administração atua de forma
moderada em virtude da pouca percepção dos benefícios ambientais e da persistência
de barreiras à gestão ambiental que impedem de ser mais proativa. A inteligência
ambiental é incompleta por está focada apenas nas questões econômicas deixando de
lado outros aspectos. Além disso, os dirigentes tem uma visão reduzida quanto aos
direcionadores da gestão ambiental organizacional, dando mais importância às
determinações legais e a redução dos custos do que a pressão da sociedade civil e
dos grupos interessados na organização e as vantagens competitivas. Na estrutura
organizacional, a gestão ambiental se restringe ao sistema de gestão de qualidade da
organização sendo, portanto, de cunho operacional.

O estágio proativo é o mais evolutivo da gestão ambiental, em que as


organizações adotam todas as práticas e instrumentos da gestão ambiental a nível
estratégico. São organizações que visam são só reduzir ou prevenir a poluição e
degradação ambiental, como também, integrar a gestão ambiental aos objetivos
organizacionais. Ela tende a ser uma modelo de alta performance, uma empresa líder
no mercado com as melhorias práticas (benchmarking).

Grande parte dos benefícios são evidentes e auferidos pelos dirigentes, dentre
eles a geração de mídia espontânea visto que a organização é tomada como
referência por causa da elevada reputação e imagem corporativa; melhoria no
potencial inovador com o surgimento de inovações ambientais na gestão da
organizacional com adoção de práticas ambientais, no desenvolvimento do produto
ecologicamente correto e no processo com adequação ambiental; ganho de espaço
em mercados externos com exigências ecológicas; certificações e selos ambientais
que atestam a qualidade do produto; além de se antecipar a legislação ambiental
exerce influencia na formulação de legislações futuras por ser um exemplo em práticas
ambientais; facilidade na obtenção de créditos e financiamento com base em critérios
ambientais; e melhoria na gestão de recursos humanos com funcionários mais
motivados no ambiente de trabalho devido à recompensas pelo desempenho
ambiental ou pelo reconhecimento da sociedade por elevada reputação ambiental da
organização.
Além da descrição dos estágios evolutivos acumulativos e dos fatores que os
distingue, os autores da obra em questão fazem uma analogia do modelo de
transformação (entradas-processamento-saídas) com os estágios de gestão ambiental
para destacar o enfoque especifico de cada nível da prática ambiental. Sendo assim, o
estágio reativo tem enfoque nas saídas do processo produtivo (os resíduos, emissões
de gases poluentes) devido à legislação ambiental, portanto, a gestão ambiental atua
gerenciando os problemas ambientais. No estágio preventivo o enfoque é no processo
de transformação por se mostrar mais consciente com a prática de ecoeficiência. E por
fim, no estágio proativo, o enfoque é nas entradas em que tanto no desenvolvimento
do produto e quanto dos processos produtivos são adequados à gestão ambiental.

Uma característica geral dos estágios evolutivos diz respeito à lógica


cumulativa entre os estágios em que o preventivo apresenta características do reativo,
e o proativo, do preventivo e do reativo. Outra especificidade se refere à transição
entre os estágios em que uma organização fica entre dois estágios tendendo a
proatividade ambiental. Assim como as organizações podem evoluir de um estágio da
gestão ambiental para outro, o contrário também pode acontece, ou seja, uma
involução da gestão ambiental. A involução ambiental ocorre quando as barreiras à
gestão ambiental interrompem a melhoria contínua da prática ambiental provocando
um declínio de nível, como nas situações em que uma organização de gestão
ambiental proativa retrocede para o estágio preventivo, ou em casos raros, para o
nível reativo; como também uma organização preventiva pode declinar para o estágio
reativo da gestão ambiental.

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