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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Psicologia da Educação - Desenvolvimento e Aprendizagem na Adolescência


Profa. Patrícia Helena Carvalho Holanda

Turma 2018.1

Temas desafiadores à Psicologia da Adolescência.

A discussão a seguir aborda aspectos concernentes à Psicologia da Educação circunscrita


no âmbito do desenvolvimento da adolescência e traz em seu cerne as seguintes temáticas
desafiadoras à Psicologia da Adolescência: uso indevido de drogas, gravidez precoce, doenças
sexualmente transmissíveis e homossexualidade.

1. Uso indevido de drogas

O debate sobre o consumo de drogas ilícitas na adolescência aparece de tal modo


imbricado de múltiplas dimensões (sociais, psicológicas e físicas), que, para ser contemplado em
sua complexidade, há que se começar pela renúncia ao olhar reducionista e dicotomizado
habitualmente lançado sobre o assunto e ao caráter restritivo dos padrões lineares de causa e
efeito que costuma dar o tom das discussões a ele atinentes. Para tanto, deve-se levar em conta
a cultura predominante no contexto em que vive o adolescente, as relações por ele
estabelecidas com a família, os amigos e a escola e a sua própria história de vida.

De acordo com estudiosos e pesquisadores americanos (Mussen, Conger, Kagan e


Huston, 1995), o uso de drogas não fica restrito aos adolescentes nem se originou, como se
costuma supor, na década de sessenta, momento reconhecido como de rebeldia dos jovens da
época. Entretanto, alertam que existem padrões que caracterizam o uso de drogas de acordo
com a geração e a sociedade na qual indivíduo vive. Sobre isso, Mussen et al (1995, p. 596))
salientam: É importante notar que, embora muito mais adolescentes se tornem usuários de
drogas de alto risco, a maioria não é Refletindo sobre a visão dos autores, alertamos para a
vulnerabilidade que está posta na adolescência não só quanto ao uso da droga, mas ao tipo de

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droga e ao comprometimento psicológico que essa adesão desencadeia. Conforme apontam os
supracitados autores:

Para a maioria das pessoas que trabalham com adolescentes, o jovem em maior
perigo não é aquele que vez ou outra bebeu alguns drinques com os colegas; é
aquele que recorre repetidamente às drogas para lidar com a insegurança, com o
stress, com a baixa autoestima, com os sentimentos de rejeição ou de alienação e
com os problemas da vida diária (p.599).

Assim, podemos inferir que fatores de ordem emocional aparecem particularmente


relacionados ao uso de drogas na adolescência, inspirando a atenção dos educadores, grupo que
inclui pais ou responsáveis, professores coordenadores, diretores, psicólogos, pedagogos, etc. A
todos eles cabe o papel de atuar junto aos adolescentes com vistas a auxiliá-los no trato com
suas emoções, o que necessariamente deve ocorrer de forma saudável, tanto social como
psicológica e fisicamente.

Considerem-se muito importantes para os adolescentes as ações de aprender a


administrar conflitos e frustrações, desenvolver habilidades cognitivas, sociais e vocacionais e
ainda estabelecer relações interpessoais gratificantes (Mussenet al, p.599).

Textos para estudo da temática nos links abaixo relacionados:

 Escola como contexto de proteção: refletindo sobre o papel do educador na prevenção


do uso indevido de drogas.

http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000082005000200082&sc
ript=sci_arttext

 Fatores de risco e de proteção para o uso de drogas na adolescência.

http://www.scielosp.org/pdf/csc/v10n3/a27v10n3.pdf

 Drogas e socialização - o papel da escola na prevenção e promoção de qualidade de vida


sem drogas.

http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/drogas-e-socializacao-o-
papel-da-escola-na-prevencao-e-promocao-de-qualidade-de-vida-sem-drogas

Referências bibliográficas

MUSSEN PH, CONGER J, KAGAN J, HUSTON A. C. Desenvolvimentoepersonalidadedacriança. 3a


ed. Traduzido por Rosa MLGL. São Paulo: Herbra; 1995.

SCHENKER M., MINAYO, M.C.S. Fatores de risco e de proteção para o uso de drogas na
adolescência. In:Ciênc Saúde Coletiva. SciELOPublic Health, 2005.Disponível
em:http://www.scielosp.org/pdf/csc/v10n3/a27v10n3.pdf

2
SUDBRACK, Maria Fátima Olivier and DALBOSCO, Carla. Escola como contexto de proteção:
refletindo sobre o papel do educador na prevenção do uso indevido de drogas. In Proceedings
of the 1th Simpósio Internacional do Adolescente, 2005, São Paulo (SP) [online]. 2005 [cited 31
October 2011]. Disponível
em:http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000082005
000200082&lng=en&nrm=iso.

2. Gravidez precoce

Frequentemente, estudiosos e pesquisadores têm apontado para a dimensão da


sexualidade como um relevante aspecto, especialmente em se tratando da adolescência, fase
do desenvolvimento humano reconhecidamente turbulenta.

A gravidez nessa fase de vida aparece como uma problemática a ser contemplada nos
estudos focados nesse recorte da vida humana.

O'Sullivan, McCrudden&Tolman (2006) reconhecem a sexualidade como um


comportamento que remete à saúde psíquica e que perpassa distintos aspectos, em nível de
relações interpessoais, pensamento, sentimento, ação, entre outros.

O desafio para profissionais e família inscreve-se na complexidade que envolve o


processo de apropriação e aprendizagem da sexualidade por parte dos adolescentes. Como
explicita Baum (2006), a referida complexidade abrange a aprendizagem de limites acerca do
corpo (liberdade sexual), a introjeção de regras sociais, bem como o desenvolvimento de
responsabilidade no sentido individual e social. Diante do que diz o supracitado autor, propomos
que os adultos envolvidos com a educação dos adolescentes procurem estimulá-los a
compreender a própria sexualidade (como) e a aprofundar-se no assunto (sobre), como forma
de prevenir problemas decorrentes do desenvolvimento sexual, por exemplo, a gravidez em
idade precoce (Guimarães e Witter, 2007).

Pesquisadores e estudiosos de diferentes áreas apontam que a gravidez na adolescência


interfere na saúde psíquica, física e social deste grupo, chamando a atenção para a morbidade
materna, o aborto e as doenças emocionais advindas de um contexto novo e não planejado,
condições que desencadeiam profundas modificações na dimensão do convívio social desses
adolescentes e até mesmo a interrupção das atividades comumente desenvolvidas nesta fase
da vida (Mussenet al, 1995).

Textos para estudo da temática, nos links abaixo relacionados:

3
 Gravidez na adolescência: um novo olhar.

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1414-
98932003000100012&script=sci_arttext&tlng=es

 Repensando a maternidade na adolescência.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-294X2000000100011&script=sci_arttext

Referência bibliográfica

BAUM, W.M.(2006). Compreender Behaviorismo: comportamento, cultura e evolução. Tradução


de M.T.Araújo Silva, da 2ª ed. Ampliada de 2005. Porto Alegre: Artmed.

DADOORIAN, Diana. Gravidez na adolescência: um novo olhar.Psicol. cienc. prof. [online]. 2003,
vol.23, n.1, pp. 84-91. Disponível em:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1414-
98932003000100012&script=sci_arttext&tlng=es. ISSN 1414-9893

GUIMARAES, Edna Araújo e WITTER, Geraldina Porto. Gravidez na adolescência: conhecimentos


e prevenção entre jovens. Bol. - Acad. Paul. Psicol. [online]. 2007, vol.27, n.2 [citado 2011-10-
31], pp. 167-180 . Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
711X2007000200014&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1415-711X.

MUSSEN PH, CONGER J, KAGAN J, HUSTON A. C. Desenvolvimentoepersonalidadedacriança. 3a


ed. Traduzido por Rosa MLGL. São Paulo: Herbra; 1995.

PINHEIRO, Verônica de Souza. Repensando a maternidade na adolescência.Estud. psicol. (Natal)


[online]. 2000, vol.5, n.1 [cited 2011-10-31], pp. 243-251 .Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
294X2000000100011&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1413-294X. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-
294X2000000100011.

O' Sullivan, L.F, McCrudden, M.C. ,Tolman, D.L.(2006). To your sexual Health! Incorporating
sexuality into the health perspective.In J. Worrell, C.D. Goodheart.Handbook of girls' and
women's psychological health.Oxford: Oxford Universitypress.

3. Doenças sexualmente transmissíveis

Antes de pôr em discussão as doenças sexualmente transmissíveis e sua interface com


o desenvolvimento humano na adolescência, torna-se conveniente apontar o que esclarece
(Mussenet al, 1995) sobre a sexualidade:

Embora a sexualidade, no sentido lato, exista durante a vida toda (...), as mudanças
hormonais que acompanham a puberdade levam a sentimentos sexuais mais fortes.
Esses sentimentos são manifestados de formas diferentes em cada indivíduo; mesmo
em uma única pessoa podem se expressar de maneiras diferentes, em épocas
diferentes. Alguns adolescentes se pegam pensando em sexo e se excitam sexualmente
com mais facilidade; outros são menos conscientes de seus sentimentos sexuais e mais
excitados em função de outros interesses. Com a mesma idade, um adolescente pode

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estar apaixonado e assumir um namoro, outro pode estar envolvido com experiências
sexuais, e um terceiro pode sentir que é cedo demais para tais atividades (p.531).

Essa percuciente reflexão deixa evidente a complexidade de que se reveste o


desenvolvimento sexual do adolescente, cuja multiplicidade de manifestações se deve ao
profundo entrelaçamento dos aspectos subjetivos e socioculturais com as profundas
transformações físicas ocorridas neste período. Convém ressaltar que mudanças contínuas nas
atividades sexuais e nos valores dos adolescentes podem configurar uma situação de risco na
vivência da sexualidade. Sobre isso, Mussenet al (1995) acrescenta uma discussão que
permanece atual:

Certos problemas práticos estão associados com a sexualidade do adolescente,


como a possibilidade de gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo
aquelas para as quais atualmente não há cura tais como o herpes genital e a
síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)

De acordo com Guimarães, Alves e Vieira (2004), os adolescentes representam a


população mais afetada pela DSTs, razão por que devem ser prioridade nos estudos dessa
natureza. Nesse sentido, os autores citados abaixo, comungando com o posicionamento de
Brabin et al (2001), alertam para o fato de que as doenças sexualmente transmissíveis (DST)
constituem o principal risco de saúde para todos os adolescentes sexualmente ativos..

A explicação é de natureza biológica e psicossocial. No caso das mulheres, as condições


do colo uterino, nos primeiros anos pós-menarca facilita a infecção pelos germes mais
frequentes nesta população: clamídia, gonorreia e HPV. Quanto aos aspectos
psicossociais, os adolescentes devido às suas características são mais suscetíveis aos
chamados comportamentos de risco: iniciação sexual precoce, troca rápida de parceiro,
uso inconstante do preservativo, uso de drogas legais e ilegais, que facilitam a
transmissão das DST (Guimarães et al, 2004).

Textos para estudo da temática, nos links abaixo relacionados:

 Adolescência, saúde e contexto social: esclarecendo práticas.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
71822002000200007&script=sci_arttext

 Jovens e adolescentes em tempos de AIDS reflexões sobre uma década de trabalho de


prevenção.
http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/cd26/fulltexts/0190.pdf

5
Referências bibliográficas

GUIMARÃES, E. M. B.; ALVES, M. F. C.; VIEIRA, M. A. S. - Saúde sexual e reprodutiva dos


adolescentes – um desafio para os profissionais de saúde no município de Goiânia-GO - Revista
da UFG, Vol. 6, No. 1, jun 2004. Disponível em:
http://www.proec.ufg.br/revista_ufg/juventude/reprodutiva.html

MUSSEN PH, CONGER J, KAGAN J, HUSTON A. C. Desenvolvimentoepersonalidadedacriança. 3a


ed. Traduzido por Rosa MLGL. São Paulo: Herbra; 1995.

TRAVERSO-YEPEZ, Martha A. and PINHEIRO, Verônica de Souza. Adolescência, saúde e contexto


social: esclarecendo práticas.Psicol. Soc. [online]. 2002, vol.14, n.2 [cited 2011-11-04], pp. 133-
147 .Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
71822002000200007&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0102-7182. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
71822002000200007.

4. Homossexualidade.

A adolescência tomada no aspecto do desenvolvimento da sexualidade consiste numa


etapa de maximização das manifestações sexuais que se soma à instauração de uma nova
imagem corpórea. A esse respeito, Mussenet al (1995) comentam:
Entre os muitos eventos que marcam o desenvolvimento e caracterizam a puberdade e
o início da adolescência, nenhum é mais dramático do que as mudanças físicas e
psicológicas associadas ao desenvolvimento sexual. Essas mudanças requerem muitos
ajustamentos novos por parte do joveme contribuem significativamente para mudanças
na auto-imagem. (p. 531)

Na verdade, o adolescente é posto diante do desfio de dar significado a circunstâncias


decorrentes da maturação biológica, traduzida nas mudanças do corpo, e a tantas outras
atinentes ao desenvolvimento psicossocial, que o confrontam com processos de identificações
e os leva a dar novo significado a situações com as quais convive desde o nascimento, por
exemplo, a cor do quarto de bebê, os brinquedos e as brincadeiras de infância.

Picazio (1999) dá luz à discussão ao assinalar que a sexualidade humana é composta de


quatro aspectos:
1. sexo biológico: Refere-se às características genotípicas e fenotípicas do corpo,
portanto determina-se no nascimento;
2. identidade sexual: Trata-se da noção de ser homem ou de ser mulher que, na
concepção do autor, geralmente a criança adquire por volta de três anos;
3. papel sexual: Resulta da interface com o contexto histórico e cultural, referindo-
se ao comportamentodo indivíduo e à suas variações (masculino, feminino e/ou
misto);

6
4. orientação/desejo sexual: Diz respeito ao padrão de atração emocional ou desejo
sexual (heterossexual, homossexual ou bissexual, por exemplo), que para
o autor, comumente, se define no final da adolescência ou início da idade adulta.

No que concerne à orientação sexual e sua articulação com o discurso científico,


observamos que várias concepções já foram debatidas ao longo do tempo, de modo que, a certa
altura da discussão a ciência incluiu o ‘homossexualismo’ (designação dada naquela ocasião) na
Classificação Internacional de Doenças (CID). Sobre isso, acrescentamos:

O homossexualismo passou a existir na CID a partir da 6a Revisão (1948), na Categoria


320 Personalidade Patológica, como um dos termos de inclusão da subcategoria 320.6
Desvio Sexual. Manteve-se assim a 7a Revisão (1955), e na 8a Revisão (1965) o
homossexualismo saiu da categoria "Personalidade Patológica" ficou na categoria
"Desvio e Transtornos Sexuais" (código 302), sendo que a subcategoria específica passou
a 302.0 - Homossexualismo. A 9ª- Revisão (1975) manteve o homossexualismo na
mesma categoria e subcategoria, porém, já levando em conta opiniões divergentes de
escolas psiquiátricas, colocou sob o código a seguinte orientação "Codifique a
homossexualidade aqui seja ou não a mesma considerada transtorno mental" (Laurenti,
1984)

Abordando ainda este entrelaçamento da concepção de homossexualidade com o


discursso científico, cabe esclarecer que o homossexualismo deixou de ser considerado como
uma doença, um distúrbio ou mesmo uma perversão pelas principais organizações mundiais de
saúde, a partir de um percurso histórico que sinteticamente se delineou da seguinte forma:

1973 - Deixou de ser classificada como doença pela Associação Americana de Psiquiatria.

1975 - A Associação Americana de Psicologia adota o mesmo procedimento.

1985 – No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia deixou de considerar a


homossexualidade um desvio sexual.

1990 - A Assembleia-Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a


homossexualidade da sua lista de doenças mentais e, consequentente, da Classificação
Internacional de Doenças (CID).

1991- A Anistia Internacional passou a considerar a discriminação contra homossexuais


uma violação aos direitos humanos.

1999–O Conselho Federal de Psicologia estabeleceu regras invioláveis (sob o risco de


pena) para a atuação dos psicólogos brasileiros nas questões concernentes à orientação sexual,

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proibindo quaisquer possibilidades de prestação de serviço ou interveções clínicas que se
propusessem tratamento ou mesmo cura ligada à orientação sexual de crianças, adolescentes
ou adultos.

Por fim, consideramos pertinente uma breve elucidação sobre a etiologia da orientação
sexual:
Atualmente, não há consenso científico sobre os fatores específicos que levam um
indivíduo a tornar-se heterossexual, homossexual ou bissexual, incluindo possíveis
efeitos biológicos, psicológicos ou sociais da orientação sexual dos pais. No entanto,
as evidências disponíveis indicam que a grande maioria das lésbicas e adultos
homossexuais foram criados por pais heterossexuais e que a grande maioria das
crianças criadas por pais gays e lésbicas crescem como heterossexuais. (Associação
Americana de Psiquiatria e Associação Americana de Psicologia, 2006).

Trazendo a discussão para o desenvolvimento sexual de crianças e adolescentes, a


Academia Americana de Pediatria(2004) se posicionou da seguinte maneira:

A orientação sexual, provavelmente não é determinada por apenas um fator, mas


por uma combinação de influências genéticas, hormonais e ambientais. Nas últimas
décadas, as teorias baseadas no fator biológico têm sido favorecidas por
especialistas. Ainda continua havendo controvérsia e incerteza quanto à gênese da
diversidade das orientações sexuais humanas, não há nenhuma evidência científica
de que pais anormais, abuso sexual ou qualquer outro evento adverso da vida
influenciem a orientação sexual. O conhecimento atual sugere que a orientação
sexual normalmente é estabelecida durante a infância.

Textos para estudo da temática nos links abaixo relacionados:

 A sexualidade na adolescência: uma perspectiva dos pais

http://www.redepsi.com.br/2012/08/30/a-sexualidade-na-adolesc-ncia-uma-
perspectiva-dos-pais/Adolescência, homossexualidade, gênero: A psicologia sócio-
histórica como um novo caminho.

 Experiências homossexuais de adolescentes: considerações para o


atendimento em saúde

http://www.scielo.br/pdf/icse/2015nahead/1807-5762-icse-1807-576220140504.pdf

HOMOSSEXUALIDADE E CONSTRUÇÃO DE PAPÉIS

http://www.periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/viewFile/46/45

Referências bibliográficas

LAURENTI, Ruy. Homossexualismo e a Classificação Internacional de Doenças.Rev. SaúdePública


[online]. 1984, vol.18, n.5 [cited 2011-11-07], pp. 344-347 . Disponível em:

8
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89101984000500002&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0034-8910. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-
89101984000500002.

MUSSEN PH, CONGER J, KAGAN J, HUSTON A. C. Desenvolvimentoepersonalidadedacriança. 3a


ed. Traduzido por Rosa MLGL. São Paulo: Herbra; 1995.

PICAZIO C. Sexo secreto. São Paulo. Summus Editorial. Edições GLS. 1999.

Nota Pública - Comissão Nacional de Direitos Humanos apóia decisão do CFP. POL - Psicologia
On Line

Pediatrics: Sexual Orientation and Adolescents, Relatório Clínico da Academia Americana de


Pediatria. Acessado em 06-11-2011.

5. Delinquência
Consideramos pertinente introduzir a discussão sobre delinquência explicitando que
uma compreensão adequada do tema pressupõe considerá-lo em suas múltiplas dimensões,
quais sejam fatores sociais, culturais, econômicos e históricos, constitutivos do desenvolvimento
do indivíduo e de sua família.

Na verdade, a literatura aponta a existência de discursos variados acerca da


delinquência juvenil, assunto sobre o qual a ciência não produziu um discurso unívoco (Rutter,
2000; Scaramella, Conger, Spoth & Simons, 2002).

Em geral, os estudiosos têm considerado a delinquência como desdobramento das


transformações sociais contemporâneas, por exemplo, as relações de consumo, os novos
arranjos familiares e a forma como pais/responsáveis e educadores têm lidado com regras e
limites (Ferreira, 1997).

Com efeito, os esforços para conceituar a delinquência juvenil devem considerar o


comentário a seguir:

Esta poderá assumir um significado de relevo, a partir do momento em que for definida
com clareza, não só em relação aos atos como também às motivações e organização
psicológica do indivíduo que comete o ato delinquente. No entanto, o que se verifica é
que ao longo das gerações este conceito, apesar de valorizado, continua a permanecer
ligado a noções de caráter estritamente jurídico, social e mesmo moral, deixando de
lado, no essencial, a sua constituição como objeto de análise psicológica (Lopes, s/d).

Destarte, definir a delinquência e, por conseguinte, compreendê-la só será possível a


partir de uma contextualização histórica, cultural e de padrão científico. A delinquência juvenil
é analisada diferentemente, conforme esteja o aporte científico ancorado na ciência psicológica

9
ou nas ciências jurídicas, por exemplo. Segundo Rubin apud Ajuriaguerra (1977), do ponto de
vista jurídico, a delinqüência seria "o que a lei diz que ela é", enquanto em uma vertente
filosófica, o conceito adquire os contornos da ‘moral’, ou seja:

Um conceito variável que é influenciado por noções religiosas e sociais, na perspectiva


sociológica relaciona-se com as normas sociais que permitem um determinado
equilíbrio que é necessário manter no quadro da sociedade. Neste sentido, podem ser
considerados delinquentes os indivíduos que transgridem regras e tabus, hábitos e
costumes aceites, normalmente, sem contestação, pela maioria das pessoas e que
variam segundo as sociedades e a evolução que lhes é inerente (Lopes, s/d).

Uma das preocupações constantes dos criminologistas e de outros investigadores da


área das Ciências Sociais foi e continua a ser a formulação de uma imagem que permita visualizar
e categorizar a delinquência.

Por fim, acrescentamos que, na condição de fenômeno multidimensional, a


delinquência juvenil nos alerta para necessidade de reflexões que ultrapassem o que
preconizam os códigos legais, o que possibilitaria um entendimento mais amplo do assunto e
um redimensionamento da concepção sobre ele com a qual comungamos.

Textos para estudo da temática nos links abaixo relacionados:

 A análise psicossocial do jovem delinqüente: uma revisão da literatura.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
73722007000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

 Um olhar psicológico sobre a delinquência.

http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0520.pdf

 Da adolescência em perigo à adolescência perigosa.

http://www.educaremrevista.ufpr.br/arquivos_15/assis_cesar.pdf

Referências bibliográficas

Ferreira, P. M. Análise Social, vol. XXXII (143), 1997 (4.º-5.º), 913-924. Disponível em:
http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218793968M7uDQ9ah6Bb71JL6.pdf. (Acessado em
novembro de 2011)

Lopes, S. Disponível em: http://www.psicologia.org.br/internacional/pscl10.htm


(Acessado em novembro de 2011), s/d.

Rutter, M. (2000). Psychosocial influences: Critiques, findings and research needs.


Development and Psychopathology, 12, 375-405.

10
Scaramella, L., Conger, R., Spoth, R. & Simons, R. (2002). Evaluation of a social contextual
model of delinquency: A cross-study replication. Child Development, 73, 175-195.

6. Novas Configurações Familiares

“A história da família revela que ela sempre passou por transformações em virtude de
sua origem ocorrer em certas condições tipicamente culturais, que passam a caracterizar as
coletividades humanas. Por conseguinte, se torna necessário adjetivá-la e situá-la no tempo e
no espaço, por ocasião da realização de seu estudo. Como nos adverte Roudinesco (2003) ao
aludir o pensamento de Levi-Strauss que defendia a idéia de que a vida familiar se encontra
presente praticamente em todas as sociedades humanas, mesmo que apresente configurações
variadas. Nessa discussão, o autor enfatiza o papel da proibição do incesto, como pedra basilar
da passagem da natureza à cultura, uma função simbólica, responsável pela diferenciação do
mundo humano do mundo animal.

A família clássica patriarcal brasileira tida como alicerce da sociedade brasileira, na


contemporaneidade vem passando por mudanças diante do enfrentamento de problemáticas
tais como: separações dos conjugues, filhos desobedientes, pai alcoólatra, dependência química
de algum membro da família, agressões entre irmãos, crise econômica, avós senis, dentre
outros.
Diante disso, o presente estudo tomará como ponto de partida a família burguesa do
século passado, vendo o seu processo de mudança até os dias atuais, no sentido de
compreender como as novas configurações familiares afetam os indivíduos na construção da
sua subjetividade. Para tanto, será feita um aprofundamento do conhecimento sobre as
principais propostas teóricas no âmbito da sociologia e psicologia da família, que se produziram,
desde a viragem do século XIX para o século XX, até às teorias mais marcantes do século XX e
aos recentes contributos teóricos do século XXI.”

HOLANDA, Patrícia Helena Carvalho. Enlaces e Laços Familiares em Perspectiva Genealógica: da Tradição
às Novas Configurações. In: CAVALCANTE, Mª Juraci; HOLANDA, Patrícia Helena Carvalho et al (org.)
História, Educação: República, Escola e Religião. Fortaleza: Edições UFC, 2012.

Orientação para Elaboração do Seminário sobre Temas desafiadores à Psicologia da


Adolescência.

Seminário é um procedimento metodológico usado no ensino superior, que supõe o uso de


técnicas (uma dinâmica de grupo) para o estudo e pesquisa em grupo sobre um assunto
predeterminado.

11
O seminário pode assumir diversas formas, mas o objetivo é um só: leitura, análise e
interpretação de textos dados sobre apresentação de fenômenos e / ou dados quantitativos
vistos sob o ângulo das expressões científicas-positivas, experimentais e humanas .

De qualquer maneira, um grupo que se propõe a desenvolver um seminário precisa estar


ciente da necessidade de cumprir alguns passos:

 compreender e explicitar o tema;


 definir fontes bibliográficas, observando alguns critérios;
 realização da pesquisa;
 elaboração de um texto, roteiro, didático, bibliográfico ou interpretativo.

Para a montagem e a realização de um seminário há um procedimento básico:

1º o professor ou o coordenador geral fornece aos participantes um texto roteiro apostilado, ou


marca um tema de estudo que deve ser lido antes por todos, a fim de possibilitar a reflexão e a
discussão;

2º procede-se à leitura e discussão do texto-roteiro 2º procede-se à leitura e discussão do


texto-roteiro em pequenos grupos.

Cada grupo terá um coordenador para dirigir a discussão e um relator para anotar as
conclusões particulares a que o grupo chegar;

3º cada grupo é designado para fazer:

a).exposição temática do assunto, valendo-se para isso das mais variadas estratégias:
exposição oral, quadro-negro, slides, cartazes, filmes etc. Trata-se de uma visão global do
assunto e ao mesmo tempo aprofunda-se o tema em estudo;
b).contextualizar o tema ou unidade de estudo na obra de onde foi retirado do texto, ou
pensamento e contexto histórico-filosófico-cultural do autor;
c) apresentar os principais conceitos, idéias e doutrinas e os momentos lógicos essenciais do
texto (temática resumida, valendo-se também de outras fontes que não o texto em estudo);
d).levantar os problemas sugeridos pelo texto e apresentar os mesmos para discussão;
e).fornecer bibliografia especializada sobre o assunto e se possível comentá-la.

4º plenário - é a apresentação das conclusões dos grupos restantes

Cada grupo, através de seu coordenador ou relator, apresenta as conclusões tiradas pelo
grupo.

O coordenador geral ou o professor faz a avaliação sobre os trabalhos dos grupos,


especialmente do que atuou na apresentação, bem como uma síntese das conclusões .

Outros métodos e técnicas de desenvolvimento de um seminário podem ser acatados, desde


que seja respeitado o plano de prontidão para a aprendizagem .

Finalizando, apontamos que todo tema de um seminário precisa conter em termos de roteiro as
seguintes partes:

 a.introdução ao tema;
 b.desenvolvimento;
 c.conclusão

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