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Estrutura fundiária

brasileira

Alunos: Danilo Arruda, Alberto, Anísio, Vinicius


Prof: Danilo Cortizo
2ºano
Sumário
• Introdução........................................................................................3

• A Lei de Terras..................................................................................4

• Tipos de Propriedades.....................................................................5

• Concentração Fundiária e Reforma Agrária..................................6


Introdução
• É recorrente, na história do Brasil, a discussão acerca da estrutura fundiária, caracterizando-a como excludente e
geradora de profundas desigualdades socioeconômicas.
• Nas décadas iniciais da colonização, a Coroa portuguesa, na figura de dom João III, vislumbrou a necessidade de
“patrulhar” as terras conquistadas, iniciando pelo litoral, por meio de um efetivo processo de ocupação.
• Dessa maneira, foram estabelecidas as capitanias hereditárias, quinze glebas de terra paralelas à linha equatorial,
da costa ao meridiano de Tordesilhas, administradas pelos capitães-donatários, membros da pequena nobreza,
comerciantes e burocratas, oriundos de Portugal.
• Ao receberem as terras doadas, os capitães-donatários tomavam posse, mas não adquiriam a propriedade da
terra, não podendo vender ou dividir sua capitania. Gozavam, entretanto, de poderes econômicos (arrecadação
de impostos) e administrativos, entre os quais se destacavam o monopólio da justiça, a formação de milícias e a
doação de sesmarias.
• A doação de sesmarias era atribuição dos capitães-donatários, o que é relevante para a compreensão da estrutura
fundiária brasileira, visto que elas eram “uma extensão de terra virgem cuja propriedade era doada a um
sesmeiro, com a obrigação – raramente cumprida – de cultivá-la no prazo de cinco anos e de pagar o tributo
devido à Coroa. Houve em toda a colônia imensas sesmarias, de limites mal definidos, como a de Brás Cubas, que
abrangia parte dos atuais municípios de Santos, Cubatão e São Bernardo”.
• Assim, configura-se a concentração de terras, até hoje bastante presente em nosso território, na qual é
perceptível a existência de um número relativamente pequeno de grandes propriedades, que, entretanto,
ocupam parcela significativa das terras, em contraposição ao grande número de pequenas e médias propriedades.

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A Lei de Terras
• A concentração de terras no país avançou ao longo do tempo. Nos dias atuais, o Brasil ainda é um dos piores
países nesse quesito, consubstanciado em um altíssimo Índice de Gini, superior a 0,8. Esse índice, também usado
para a aferição da concentração de renda, varia de 0 a 1, na qual zero expõe uma distribuição de terras equânime
entre todas as pessoas em uma região e 1 representa o oposto, uma condição na qual uma única pessoa
controlaria todas as terras de uma área.
• Em meados do século XIX, a instituição da Lei de Terras contribuiu para o processo de concentração fundiária, já
bastante acentuado no Brasil.
• Com a abolição do tráfico negreiro interatlântico, com a imposição da Lei Eusébio de Queiróz, aprovada em 4 de
setembro de 1850, houve necessidade de buscar alternativas à substituição do trabalho escravo de origem
africana.
• Desse modo, surgiu a perspectiva de uma abertura mais intensa à imigração como forma de suprir a necessidade
de mão de obra. Entretanto, imbuída de forte cunho elitista e, de certa forma, xenófoba, a Lei de Terras, instituída
apenas duas semanas depois da Lei Eusébio de Queiróz, no dia 18 de setembro, estabeleceu que as terras
públicas passassem a ser vendidas, e não mais doadas, por preços elevados, o que restringia, e muito, a
possibilidade de futuros imigrantes adquirirem terras no país.
• Sob os auspícios de regularizar a questão da posse de terras e obrigar o registro das propriedades, a Lei de Terras
praticamente inviabilizou aos menos favorecidos o acesso à propriedade rural, provocando maior grau de
concentração fundiária.
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Tipos de Propriedades
• No espaço agrário, existem diversos tipos de propriedades. Algumas delas são tão grandes que não conseguimos enxergar o seu final; outras são muito
pequenas, de modo que conseguimos observar facilmente o seu tamanho. Em alguns lugares, existem alguns tipos de organização das terras, com
muitas terras nas mãos de famílias ou, em outros casos, muitas terras sob posse de grandes e famosos produtores.
• A estrutura fundiária refere-se justamente às características de tamanho e organização do espaço agrário, o que nos permite conhecer melhor como
funciona a vida no campo.
• Quanto à dimensão das terras no espaço rural, podemos dividi-las em latifúndios e minifúndios.
• Os latifúndios são as grandes propriedades privadas de terra. Nesse tipo de local, a agropecuária segue, geralmente, um sistema moderno de produção,
com uma grande quantidade de maquinários e aparelhos tecnológicos para controlar e melhorar o processo produtivo.
• Os minifúndios são as pequenas propriedades de terra, geralmente utilizadas para produção familiar ou coletiva, envolvendo ou famílias que sempre
viveram no campo ou movimentos sociais agrários, a exemplo do MST (Movimento dos Sem-Terra).
• No Brasil, existe certo questionamento por parte de muitos em relação à estrutura fundiária. Isso porque a maioria das propriedades privadas rurais no
país são minifúndios, mas eles ocupam uma área muito menor.
• percebemos que existe uma enorme quantidade de pequenas propriedades no Brasil. Somando as terras que possuem até 100 hectares, temos quase
80% do total existente no país inteiro, porém, juntas, essas terras não ocupam 20% do espaço rural total. Enquanto isso, os grandes latifúndios ocupam a
maior parte mesmo existindo em menor quantidade.
• Isso significa que existe muita terra nas mãos de poucas pessoas, o que representa o elevado grau da concentração fundiária no Brasil. Isso existe em
virtude da ocupação histórica do nosso território, desde o período da colonização até os tempos que se seguiram, em que foi privilegiado o predomínio
das grandes propriedades de terra.
• Diante dessa questão, existem inúmeros movimentos sociais que lutam pela Reforma Agrária, que visaria justamente a uma redistribuição de terras no
país. Mas isso não é algo fácil de acontecer, pois depende de outras questões, como a produção e as alterações nos ciclos de consumo e exportação do
país.

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Concentração Fundiária e Reforma Agrária
• A desigualdade na distribuição de terras no Brasil tem origem histórica, que remontam ao período colonial. Vejamos:
• As capitanias hereditárias, distribuídas no período do Brasil Colônia, foram os primeiros latifúndios(grandes propriedades rurais) do nosso país. As terras
coloniais foram divididas em quinze grandes lotes entre doze donatários.
• Na sequência, a expansão da lavoura açucareira no litoral nordeste do país, promoveu a continuidade da concentração de terras, baseada na
monocultura, escravização e produção voltada à exportação.
• Em 1850, Lei de Terras determinou que as terras públicas só poderiam ser adquiridas por meio da compra. Com ela, os escravos libertos, pessoas sem
recursos e imigrantes europeus recém-chegados ficaram sem direito às terras livres. Estas terras foram compradas por abastados proprietários rurais
que já possuíam grandes propriedades.
• Os grandes latifundiários garantiram seus privilégios e ainda puderam contar com um grande contingente de trabalhadores vindos da populações menos
favorecidas.
• Especialmente nos países subdesenvolvidos, com passado colonial, a grande concentração fundiária tem ocasionado conflitos entre grandes
proprietários e camponeses. Trabalhadores que perderam suas terras têm-se organizado em movimentos sociais que lutam pela reforma agrária.
• A reforma agrária – quando realizada de forma planejada e ampla – leva a reorganização da estrutura fundiária, favorecendo a distribuição mais justa e
igualitária das terras de um país. A reforma agrária é também benéfica para reduzir a especulação imobiliária no campo e promover a produção agrícola
– especialmente alimentos – a uma população cada vez mais urbanizada.
• A desigualdade na distribuição das terras agricultáveis necessita ser foco de intervenção do Estado. O governo precisa promover a desapropriação de
grandes propriedades improdutivasdividindo-as em lotes para assentar agricultores e trabalhadores rurais sem terra.
• No entanto, a estrutura fundiária de um país só se torna menos desigual quando a redistribuição de terras acontece acompanhada de intervenções que
visem a permanência dos agricultores nas terras e lhes garanta a capacidade de promover a própria subsistência além de produzir excedentes para o
abastecimento do mercado. É fundamental, portanto que além do “pedaço de terra” seja também oferecido apoio técnico, financeiro, política de
preços, e apoio na comercialização da safra.

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