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11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

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A surpreendente postura do Banco Central de


Cingapura

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11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

economia (SearchBySection.aspx?section=1&type=3)

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Gary North (SearchByAuthor.aspx?id=147&type=articles) terça-feira, 20 nov 2012

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Anualmente, o instituto conservador Heritage Foundation publica um ranking


(http://www.heritage.org/index/ranking.aspx) de todas as nações do mundo de acordo com
seu próprio critério de liberdade econômica.  Em 2012, a nação #1 foi Hong Kong.  A nação
#2 foi Cingapura.  Ambas têm sido #1 e #2 desde que o relatório começou a ser divulgado no
início de 1995
(https://en.wikipedia.org/wiki/Index_of_Economic_Freedom#Historical_rankings).
Ambas são nações integralmente voltadas para o comércio.  Elas possuem apenas um único
recurso natural: sua população.  O resto é tudo importado.  A ética do trabalho é robusta nas
duas economias.

O que costuma surpreender as pessoas é a nação que vem em terceiro: a Austrália.  A sexta
posição cou com o Canadá.  Os EUA estão em décimo.  [O Brasil é o 99º].  O ranking
completo está aqui
(https://en.wikipedia.org/wiki/Index_of_Economic_Freedom#2012_rankings).

Antes da turbulência da crise de 2008/2009, um dólar de Cingapura comprava 80 ienes


japoneses.  Após o tumulto e uma subsequente desvalorização perante o iene, o dólar de
Cingapura voltou a se valorizar e atingiu seu pico em relação ao iene no início de 2010.  Ali,
https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 2/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

um dólar de Cingapura comprava 69 ienes.  Depois, ele voltou a cair em relação ao iene,
chegando ao mais baixo nível no nal de 2011, quando um dólar cingapuriano comprava
menos de 60 ienes.  No início de 2012, ele voltou a se valorizar.  Lá pelo meio do ano, caiu de
novo.  Desde então, o dólar de Cingapura vem lentamente, porém de maneira contínua, se
valorizando em relação ao iene japonês.

Eu vinha esperando pela con rmação desse fenômeno há um bom tempo.  Explico.

A economia de Cingapura desacelerou este ano.  Não está nem perto de entrar em recessão,
mas não há dúvidas de que as coisas desaceleraram por lá.  No entanto, o dólar de
Cingapura valorizou-se tanto em relação ao dólar americano quanto, no segundo semestre,
em relação ao iene.

O Banco Central do Japão (BoJ), como comentei recentemente (/Article.aspx?id=1451),


anunciou que iria in acionar o iene para conter sua forte valorização.  Trata-se de uma
medida puramente mercantilista: tentar desvalorizar a moeda para estimular as
exportações das grandes empresas japonesas.  O BoJ terá de ser bastante ativista para
impedir que o iene se valorize.  Mas ele já decidiu que o fará.  As exportações japonesas
estão diminuindo.  A recessão na Europa está afetando o Japão.

O Federal Reserve, por sua vez, também anunciou que iria embarcar em um programa de
expansão ilimitada da base monetária (/Article.aspx?id=1455).  Porém, ao contrário do que
vem dizendo a mídia nanceira, ele ainda não implementou esta política, a qual ele
anunciou dois meses atrás.  Não tenho dúvidas de que ele irá intensi car suas compras de
títulos.  Mas ele ainda não começou a fazer isso.

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 3/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

Mas eis o que me chamou a atenção.  O Banco Central de Cingapura está se recusando a
expandir a base monetária.  Ele não quer desvalorizar a sua moeda.  Capital do mundo
todo está uindo para Cingapura, aumentando a demanda pela moeda local, mas o Banco
Central de lá não quer fazer nada para impedir a valorização de sua moeda.  O Wall Street
Journal publicou
(http://online.wsj.com/article/SB10000872396390444799904578051333399817010.html)
isso em meados de outubro:

A pequena e extremamente aberta economia de Cingapura foi uma das


primeiras a serem atingidas pela onda de liquidez que está sendo derramada
sobre a economia global à medida que os grandes bancos centrais vão
intensi cando suas políticas expansionistas para estimular suas economias.  As
autoridades monetárias de Cingapura estão especialmente preocupadas com a
hipótese de que esse dinheiro especulativo irá aumentar ainda mais os já
elevados preços dos imóveis.

"O dinheiro que está sendo impresso pelos bancos centrais de todo o mundo irá
eventualmente acabar sendo direcionado para portos seguros, e Cingapura é
um dos principais bene ciários deste uxo", disse Bhaskar Laxinarayan, chefe
de investimentos da Pictet Wealth Management, que possui US$377 bilhões em
ativos em sua carteira global.

É justamente a falta de resistência da autoridade monetária de Cingapura para


contrabalançar este uxo de capital o que tem me espantado.  Essa política de "negligência
salutar" está valorizando o dólar de Cingapura.  Isso, por sua vez, reduz as exportações do
país.  E Cingapura é uma nação exportadora.  Era de se esperar uma reação mercantilista do
governo.  Mas não houve nenhum.  O artigo iniciou com este relato:

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 4/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

O Banco Central de Cingapura surpreendeu os mercados na sexta-feira ao


a rmar que não iria afrouxar sua política monetária, pois preocupações com a
in ação de preços em um cenário de mercado de trabalho apertado e preços
dos imóveis em alta são mais importantes do que uma inesperadamente forte
desaceleração econômica.

De fato, foi legítima esta surpresa.  Não é o que os bancos centrais asiáticos costumam
fazer: deixar suas moedas se valorizar.

Eu vinha esperando por algo que testasse a determinação do Banco Central de Cingapura
havia dois anos.  E os eventos de 2012 propiciaram 3 testes de uma só vez: (1) uma economia
morosa, (2) exportações em queda, e (3) valorização constante da moeda.  Se o Banco
Central não se comovesse com isso, então é porque ele de fato levava a sério sua atribuição
de estabilidade de preços.  E ele realmente parece in exível: nada de política contracíclica
de in ação monetária.

E a coisa vai além disso.  A ata de outubro


(http://www.mas.gov.sg/~/media/resource/publications/macro_review/2012/MR_Combined
do Banco Central, que publica duas atas por ano, faz uma lista de 11 políticas de nitivas.  Eis
a conclusão:

A Autoridade Monetária de Cingapura (MAS) irá, portanto, manter a atual


política de modesta, porém gradual, apreciação da banda cambial da moeda. 
Não haverá mudança nem na curva e nem na amplitude da banda cambial,
tampouco no nível no qual ela está centrada.  Esta postura política é avaliada
como sendo a mais apropriada para conter as pressões in acionárias e para
manter a economia no caminho de reestruturação para o crescimento
sustentável.  A MAS irá continuar atenta às ocorrências econômicas e
nanceiras internacionais bem como ao seu impacto na economia de
Cingapura (p. vi).

Ou seja, o Banco Central quer que a moeda aprecie.  Isso é anti-mercantilista.  É uma
postura rara entre os bancos centrais de todo o mundo, mas especialmente na Ásia.  O
Banco Central de Cingapura não está disposto a expandir a base monetária como forma de
desvalorizar a moeda e estimular as exportações, mesmo diante de uma desaceleração
econômica mundial e de uma redução doméstica das exportações em seu país.

Eu vinha esperando pelas condições para testar essa determinação.  Creio que tais
condições já se apresentaram.

Por causa disso, estou mudando minha recomendação em relação ao iene.  Continuo
acreditando que o iene seja uma moeda con ável e continuo acreditando que ela possui
uma economia doméstica grande o bastante para vir a se tornar uma substituta parcial do
dólar americano como moeda internacional de reserva.  (Não haverá nenhuma moeda que
faça isso).  Mas o Banco Central do Japão ainda está comprometido com uma política
mercantilista de estímulo às exportações por meio da expansão de sua base monetária e da
(tentativa de) redução do valor internacional do iene.

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 5/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

Não estou dizendo que o BoJ irá in acionar desmesuradamente.  Já expliquei aqui que não
há hipótese de ele fazer isso.  O iene ainda é visto como um porto seguro.  Mas o BoJ está
ativamente lutando contra isso.  Ele não está permitindo a valorização do iene.  Em
contraste, o Banco Central de Cingapura deixou claro que quer que sua moeda se aprecie
pelo menos marginalmente.

Portanto, estou agora recomendando a investidores que querem proteger sua poupança e
que querem manter em suas carteiras alguma moeda internacional a comprar dólares de
Cingapura em vez do iene.  Você pode fazer isso pelo Everbank
(https://www.everbank.com/personal/singapore-dollar.aspx).  O fundo de moedas
MerkFund's Asian (http://www.merkfunds.com/fund/macf) já possui 24% investido no
dólar de Cingapura. 

Eis o histórico (http://www.tradingeconomics.com/singapore/currency) cambial de


Cingapura em relação ao dólar americano (dólares de Cingapura necessários para se
comprar 1 dólar americano):

E o histórico da taxa de in ação de Cingapura acumulada em 12 meses.  Dá pra entender a


atual preocupação de seu Banco Central e sua postura in exível em relação a não querer
desvalorizar a moeda:

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 6/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

 1 voto

autor

Gary North
é Ph.D. em história, ex-membro adjunto do Mises Institute, e autor de vários
livros sobre economia, ética, história e cristianismo. Visite seu website
(SearchByAuthor.aspx?
id=147&type=articles) (http://www.garynorth.com/).  (mailto:leandro@mises.org.br)

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Deilton  20/11/2012 05:00

Uma dúvida. Se a in ação é causada pela expansão monetária e consequente expansão


creditícia, pq a in ação é tão alta em cingapura?
RESPONDER

Leandro  20/11/2012 05:14

Porque a expansão do crédito e a consequente expansão dos agregados monetários seguem


crescendo. Relembrando: o BC controla diretamente apenas a base monetária; ele não controla
diretamente a criação de dinheiro que os bancos fazem por meio das reservas fracionárias.

Eis aqui (http://www.tradingeconomics.com/charts/singapore-money-supply-m2.png?


s=singaporemonsupm2&d1=20020101&d2=20121130) a evolução do M2 de Cingapura.

E aqui (http://www.tradingeconomics.com/charts/singapore-loans-to-private-sector.png?
s=singaporeloatoprisec&d1=20020101&d2=20121130) a evolução do crédito.

Veja a ligeira "engasgada" no crescimento do crédito no início de 2012. Creio que isso deve ter
sido um dos causadores do atual arrefecimento da economia de lá.

P.S.: apenas uma correção técnica em sua frase: o certo é "expansão creditícia e consequente
expansão monetária". Os bancos primeiro criam crédito do nada, e só então é que surge o
dinheiro duciário, como explicado aqui (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1387).
RESPONDER

Renato Souza  20/11/2012 16:29

Então um governo que tem realmente preocupação em evitar a in ação deveria proibir
que os bancos trabalhem com reservas fracionárias? Ou deveria extinguir o BC e deixar
que os bancos se entendam com os seus clientes? Ou a lei deveria obrigar os bancos a
exporem o fato de que trabalham com reservas fracionárias?

Fiquei pensando. Se determinado pais tiver todo o seu dinheiro lastreado em ouro, como
poderia haver in ação, independentemnte do que os bancos façam? Um banco poderia
car inadimplente, mas todo o dinheiro seria conversível em ouro pelo governo, logo todo
o dinheiro seria um certi cado de propriedade de ouro. A única forma dos preços subirem
em relação a tal dinheiro seria subirem em relação ao ouro. Mas depósitos bancários
continuariam não sendo con áveis, porque você poderia não conseguir trocar seu
depósito bancário por dinheiro, se houvesse uma corrida aos bancos.

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 8/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

RESPONDER

Leandro  20/11/2012 17:05

Correto em tudo. Só que nenhum destes arranjos é bom para o governo, que
perderia sua fonte fácil de nanciamento de dé cits.
RESPONDER

Erick V.  20/11/2012 05:44

Utilidade pública: há no Brasil alguma casa de câmbio que trabalhe com dólar de Cingapura em
espécie? Dando uma fuçada rápida no Google não achei nenhuma...
RESPONDER

Leandro  20/11/2012 06:01

Duvido muito. Nossa moeda não é conversível. Moeda desvalorizada não possui muitos
demandantes. Por que um cingapuriano viria aqui e deixaria seus dólares e levaria reais?
Aqui, aliás, é difícil encontrar até franco suíço. Você encontra, é claro, mas é muito
comum ter de agendar sua visita à casa de câmbio com vários dias de antecedência, para
que ela possa pedir para a matriz enviar as (poucas) cédulas que possui.
RESPONDER

Erick V.  20/11/2012 06:30

É verdade, esse problema com o franco suíço já aconteceu comigo. Como era para
viagem e não podia esperar uma semana, tive que levar euros no lugar...

Obrigado!
RESPONDER

Pedro Ivo  21/11/2012 04:22

No Brasil só há mercado de atacado de moedas em dólar. Para investir em


outras moedas, até via fundos de investimento, é di cílimo e
extrememente especializado

RESPONDER

Conservador  20/11/2012 08:41

A in ação em Cingapura tem estado alta mesmo para os padrões do mundo desenvolvido. É por
isso que o BC deles está deixando a moeda se valorizar. Como a EA explica essa alta da in ação?
RESPONDER

Luis Almeida  20/11/2012 09:09

Já foi respondido pelo Leandro logo no segundo comentário, com direito a grá cos e tudo.
Prezados, tenham a bondade de se atentar a estes detalhes para não poluir muito a seção
de comentários, tornando-a repetitiva.
RESPONDER

Gomes  20/11/2012 09:18

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 9/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

O BC de Cingapura mostrou ao mercado que aceitará uma valorização da moeda, e provocou um


certo ataque especulativo a favor da divisa nacional por investidores buscando proteção e ganhos.
Isso porque o discurso que a autoridade monetária apresenta em relação ao câmbio in uencia
bastante o humor e a disposição do mercado quanto a moeda e pode provocar ataques
especulativos contra ou a favor dela. O nosso BC, por exemplo, ao dizer ao mercado que não
aceitaria um real muito valorizado afugentou muitos especuladores que estavam valorizando o
real.

Eu particularmente acho que o BC brasileiro está certo em não querer uma moeda muito
valorizada, pois é uma pedra no sapato do crescimento e do emprego. Essa é uma das minhas
principais discordâncias com a Escola Austríaca, apesar de que concordo em muitos pontos com
esta e acho que ela tem importantes contribuições a dar ao pesamento econômico. Pra mim o
câmbio deve ser xo e desvalorizado para estimular as exportações e proteger a indústria
nacional de importados. Sem indústria, a meu ver, o Brasil estaria perdido.
RESPONDER

Leandro  20/11/2012 09:51

O que um país ganha ao exportar os bens que produz? Se você exporta, você está
reduzindo a oferta de bens no mercado interno. A população não ganha nada com isso. ao
contrário: ca em pior situação.

Em tese, um país só exporta para poder adquirir divisas estrangeiras com as quais poderá
importar bens e serviços. Mas se você exporta e é proibido de importar, qual a vantagem?
Só há perdas. A oferta de bens na economia ca reduzida em troca de papel pintado que
não pode ser utilizado.

Quem defende moeda desvalorizada defende população sem poder de compra nenhum.
Isso é escravidão. As pessoas trabalham e ganham em troca um dinheiro que não lhe
permite poder de compra algum. Pior: além de a moeda já não comprar nada, o governo
ainda coloca tarifas de importação, para aumentar ainda mais a miséria. E tudo isso para
proteger incompetentes cujos produtos vagabundos não teriam demanda caso tivessem
de concorrer com asiáticos de alta qualidade.

Há um artigo inteiro sobre essa estupidez.

Uma moeda forte poderia trazer desvantagens para os brasileiros?


(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1441)

Espero que ao menos você seja coerente: peça redução no seu salário. Quem defende
moeda desvalorizada, defende poder de compra reduzido. Defende que a população não
possa comprar nada de fora; só de dentro. Igual a um miliciano de favela, que obriga as
pessoas a comprarem apenas as coisas produzidas por seus comparsas. Isso que você
defende é elitismo puro e duro: bonança para os poucos e miséria para todo o resto.
RESPONDER

Gomes  20/11/2012 10:07

A moeda forte acaba geralmente fragilizando a estrutura produtiva da economia.


Então traz um enriquecimento que na maioria da vezes não é sustentável.
https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 10/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

RESPONDER

Leandro  20/11/2012 10:36

Como é que uma moeda com alto poder de compra fragiliza a estrutura
produtiva da economia? E como é que uma moeda sem poder de compra
fortalece a estrutura produtiva da economia? Que inversão é essa?

Por essa lógica incrível, o Brasil deveria ter uma economia avançadíssima
durante seus 15 anos de hiperin ação ao passo que Suíça e Alemanha, que
sempre tiveram moedas fortes, deveriam ter economias pra lá de capengas,
com uma estrutura produtiva "fragilizada". É isso que andam ensinando
nas universidades?
RESPONDER

Gomes  20/11/2012 11:16

Como é que uma moeda com alto poder de compra fragiliza a


estrutura produtiva da economia? E como é que uma moeda sem
poder de compra fortalece a estrutura produtiva da economia?

Uma moeda forte tira competitividade do setor industrial, e pode


mesmo destruí-lo. Se destrói este, torna as exportações e a
economia dependentes dos ciclos internacionais de cotações das
matérias-primas. E mais, a quebra da indústria diminui o nível
tecnológico da estrutura produtiva, pois esse setor emprega mais
tecnologia. E também diminui o nível de emprego e a qualidade
deles.
RESPONDER

Leandro  20/11/2012 11:41

"Uma moeda forte tira competitividade do setor industrial, e


pode mesmo destruí-lo."

Ignorou completamente os exemplos que eu citei, que


contradizem totalmente essa teoria furada. Alemanha e Suíça
(e Japão também, não se esqueça) sempre tiveram moeda
forte, sempre tiveram economia aberta e seu setor industrial
sempre foi extremamente forte e competitivo. Sua teoria já
se esfarelou aí.

"Se destrói este, torna as exportações e a economia


dependentes dos ciclos internacionais de cotações das
matérias-primas."

Não entendi a lógica. O que tem a ver quebra de indústria


com cotação das matérias primas? Exportação de soja, laranja
e minério de ferro não é afetada pelo fato de alguma
indústria ter falido por causa de "importações baratas"

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 11/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

"E mais, a quebra da indústria diminui o nível tecnológico da


estrutura produtiva, pois esse setor emprega mais tecnologia.
E também diminui o nível de emprego e a qualidade deles."

Nonsense e contradição. Se o "problema" são as importações


baratas, então as indústrias podem muito bem utilizar o
câmbio favorável para importar bens de capital altamente
tecnológicos, o que aumentaria a produtividade da indústria,
aumentaria seu nível tecnológico e consequentemente
devolveria sua supostamente perdida competitividade.

Argumentos protecionistas não duram dois segundos


mediante um embate lógico.
RESPONDER

Joao D  22/11/2012 08:59

Voce realmente quer acabar com a industria nacional


né?
Existe diferença entre Japão, Alemanha e Brasil, não
acredito que to tendo que explicar isso. Somos um
país em processo de catching up, ai voce quer
comparar a competitividade da nossa industria com a
deles e vai tudo pro belelléu assim como aconteceu na
Zona do euro e na paridade peso-dollar, etc etc. A
desvalorização do cambio é sim uma otima
ferramenta para a industria nacional.

Fiquei pasmo com o sua a rmação de que "exportação


é ruim pois produtos que deveriam estar no mercado
interno estão indo pra fora". Primeiro que voce tem
que aprender que produtores produzem tendo em
conta a demanda agregada, da qual EXPORTAÇÃO é
uma ENORME fatia. Se eles não podem exportar a
produção cai de forma meteorica, deprimindo o
emprego e o setor. Nem vou citar o fato de que
exportações são muito importantes para adquirir
divisas, que são CRUCIAIS para as compras de certas
maquinas que fazem ser possiveis grandes
investimentos no país aumentando a competitividade,
para quem sabe, um dia termos industrias do nivel dos
países centrais ja estabelecidos. (Por favor não utilize
o argumento de que "MEU DEUS, ENTÃO É MELHOR
TER O DOLAR BARATO PARA COMPRAR TAIS
MAQUINAS" ta, e vai usar essas maquinas em QUE
industrias nacionais? Se metade não vai ter como
investir ja que não tem DEMANDA alguma graças ao
proprio dolar barato?

RESPONDER

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 12/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

Leandro  22/11/2012 10:01

"Voce realmente quer acabar com a industria


nacional né?"

Eu? Minhas pretensões (e poderes) não


chegam a tanto. Mas eu posso lhe garantir que
o governo, involuntariamente, quer.

O que acaba com a indústria nacional, prezado


João, não é a minha liberdade de comprar um
iPad nos EUA, mas sim

1) a carga tributária -- IRPJ de 15%, mais uma


sobretaxa de 10% sobre o lucro que ultrapassa
um determinado valor, mais CSLL de 9%, mais
PIS de 1,65%, e mais COFINS de 7,6%;

2) a in ação monetária -- que, ao aumentar


arti cialmente os lucros das empresas, faz com
que o volume de impostos que elas têm de
pagar aumente na mesma proporção, o que
exaure seus recursos. Simultaneamente, a
in ação monetária também encarece os preços
dos bens de capital (máquinas) e das peças de
reposição do maquinário. Ao nal, a empresa,
além de ter menos recursos (os quais foram
con scados pelos impostos), tem de adquirir
bens de capital e peças de reposição a preços
maiores, o que signi ca que houve uma
redução na sua capacidade de investimento. A
in ação, portanto, gera um consumo de capital
das empresas.

3) a burocracia;

4) as regulamentações restritivas;

5) os encargos trabalhistas e sociais;

6) os sindicatos.

"Existe diferença entre Japão, Alemanha e


Brasil, não acredito que to tendo que explicar
isso. Somos um país em processo de catching
up, ai voce quer comparar a competitividade da
nossa industria com a deles e vai tudo pro
belelléu[...]"

Traduzindo: somos incompetentes, frouxos e

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 13/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

pobres-coitados. Logo, para ganharmos


competitividade e nos tornarmos alemães,
temos de ser protegidos e tratados como
incompetentes, frouxos e pobres-coitados.
Lógica interessante.

Segundo você, se tivermos de concorrer,


trabalhar duro e apresentar produtos bons e
e cientes (o tal do "catching uo"), vamos
apanhar (provavelmente por não termos
capacidade nem intelectual e nem produtiva, e
muito menos disposição para o trabalho duro).
Logo, a melhor coisa a fazer é nos fecharmos
covardemente e desvalorizar a moeda. Se
formos para o mano a mano, isto "iria acabar
com a indústria nacional". Genial.

"Primeiro que voce tem que aprender que


produtores produzem tendo em conta a
demanda agregada, da qual EXPORTAÇÃO é
uma ENORME fatia. Se eles não podem
exportar a produção cai de forma meteorica,
deprimindo o emprego e o setor."

Ué, e quem os está proibindo de exportar? Eu é


que não sou. Podem exportar o quanto
quiserem. Serei a última pessoa a criar
barreiras. Juro. A única coisa que estou
pedindo, coitado de mim, é que o governo pare
de destruir o poder de compra da moeda. Em
um ano, o dólar foi de R$1,54 para R$2,10. As
tarifas de importação foram para 35% e a
Alfândega está despindo pessoas nos
aeroportos para se certi car de que elas não
estão comprando roupas em Miami
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=1320). O país está praticamente fechado e,
não obstante, a indústria continua em queda. A
população inteira tem de ser espoliada e
aceitar uma moeda que não compra nada
apenas para que alguns barões da indústria
possam continuar vendendo barato para o
exterior? Quando é que você vai acordar para
as reais causas da desindustrialização (citadas
logo ali em cima)?

"Nem vou citar o fato de que exportações são


muito importantes para adquirir divisas, que
são CRUCIAIS para as compras de certas

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 14/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

maquinas que fazem ser possiveis grandes


investimentos no país aumentando a
competitividade, para quem sabe, um dia
termos industrias do nivel dos países centrais
ja estabelecidos."

Fale isso para o governo, que instituiu tarifas


de importação de dois dígitos para a
importação de máquinas. O objetivo é
voltarmos à década de 1980, com a
substituição de importações. Você, pelo visto,
nunca ouviu uma só declaração de Guido
Mantega a respeito disso. Acorda de novo!

"ta, e vai usar essas maquinas em QUE


industrias nacionais?"

Não há máquinas importadas. Além do câmbio


depreciado, há as tarifas de importação. Acorda
pra vida, João.
RESPONDER

Marcos Campos  20/11/2012 14:27

Gomes!
Seja bem vindo à realidade.
RESPONDER

Kondde  26/12/2012 19:42

Leandro,

Eu não tenho dúvidas de que esse pessoa


que quer promover a moeda fraca para
"ganhar nas exportações" não viveu a
época da tão famigerada reserva de
mercado.
RESPONDER

Gabriel  20/11/2012 10:48

Mas vamos supor então que o BC de u


país deixasse a moeda valorizar basta
tirasse grande parte dos impostos sob
produtos estrangeiros, muitas industr
nacionais iam quebrar e etc., mas eu s
ia ser melhor pra população no geral.
vamos supor que se a economia tinha
industrias e agora tem 10 como ela va
manter? Sempre importando de outro
países? Ia se tornar um país mais foca
https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 15/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

setor de serviços do que de industrias


isso?

RESPONDER

Leandro  20/11/2012 11:26

Iriam quebrar apenas as ine cient


produtos vagabundos ninguém qu
comprar voluntariamente. Ora, ind
ine ciente não tem que ser manti
protegida. Indústria ine ciente é,
de nição, dissipadora de recursos
A quebra destas indústrias liberari
recursos escassos, os quais seriam
nalmente direcionados para usos
produtivos em outros setores da e
Uma vez falida, suas instalações se
vendidas e ganhariam nova admin
a qual poderia agora fazer com qu
maquinário disponível fosse voltad
produção de coisas mais em linha
genuína demanda dos consumidor

Já as indústrias realmente importa


por de nição, competentes -- não
que temer.

Aliás, já que o assunto é Brasil, nã


esta tara com "indústria de export
Até parece que exportamos muito
industrial. O grosso de nossas exp
agrícola e mineral. Exportamos soj
café e minério de ferro. Em termo
indústria, exportamos aviões da Em
(que não apenas não correm risco
com a importação de tecidos e sap
asiáticos, como seria bene ciada c
importação mais barata de materi
eletrônica embarcada dos aviões),
para a Argentina (a preços mais ba
qualquer eventual importação de c
europeus) e aço para os EUA. Por q
importações acabariam com tudo

Os barões da FIESP inventaram um


para proteger seu mercado interno
imprensa caiu no engodo, e segue
caninamente a pauta da FIESP. E o

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 16/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

várias pessoas que deveriam saber


continuam até hoje repetindo essa
bobagem.

Sobre desindustrialização e o que


a mão-de-obra, sugiro:

A loso a da miséria e o novo nac


desenvolvimentismo do governo b
(http://www.mises.org.br/Article.a
id=1131)

E também toda a seção exclusiva s


assunto:

www.mises.cc/Subject.aspx?id=44
(http://www.mises.cc/Subject.aspx
RESPONDER

Gomes  20/11/2012 17:34

Vc quer que o governo brasilei


braços cruzados e deixe a noss
ser submetida de forma genuín
concorrência externa, sendo qu
governos de outros países não
ao contrário, subsidiam muito
indústrias? Livre mercado só p
indústria brasileira?
RESPONDER

Leandro  20/11/2012 18:00

Eu quero que o governo pa


meu poder de compra (ou
de aviltar a moeda) e quero
a minha liberdade de pode
produto estrangeiro sem te
arrego para a má a (isto é
importação de soviéticos 3

Você se opõe a isso? Por qu


que apontem uma arma pa
cabeça e digam que eu só p
produtos feitos pelos prote
e utilizando uma moeda qu
de compra nenhum? Por qu
assim?

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 17/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

Ademais, se você diz que e


simples liberdade vai causa
toda a indústria nacional, e
tal indústria não tem nada
para oferecer. Isso foi um a
con ssão explícita?

P.S.: sua lacrimosa afetação


me comove nem in mame
(http://www.mises.org.br/A
id=1441).
RESPONDER

Renato Souza  20/11/2012 1

Gomes

Vamos supor que você este


certo grau de protecionism
num mumdo protecionista
pergunta que você teria de
protecionismo seria realme
evidente que muitos paises
protecionistas que o Brasil,
fato conhecido que esses p
indicadores econômicos (re
por exemplo) e sociais (niv
por exemplo) melhores que
Também é fato conhecido
da pobreza e alcançaram u
riqueza muito maior que o
muito menos protecionista
leva-lo a concluir (mesmo
hipótese de que algum pro
necessário) que o governo
exagerando fortemente no

Então mude o enfoque. E s


protecionismo for prejudici
fato de muitos paises terem
amplamente sua situação e
relação a outros países, e d
isso com baixíssimo protec
de nenhum pais ter melhor
grandemente sua posição r
praticava um politica partic
protecionista que os outros
que o alto grau de protecio

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 18/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

uma causa de mal desempe


e que baixo grau de protec
uma causa de bom desemp

Faça agora uma experiência


Imagine você voltando no t
quatro ou cinco décadas, e
convencer os governantes d
asiáticos a adotarem uma p
grau de protecionismo. Ima
você teve sucesso, e que es
acreditaram em você, imag
senguindo essa política por
que esses países, seguindo
recomendações, teriam alc
econômico que sabemos qu
RESPONDER

Kondde  26/12/2012 19:52

Gomes,

Convém lembrar que toda


nacional junta não produz
parafuso genuinamente bra
querem protencionismo ma
escolherem seus insumos e
produção vão atrás do mai
não importando se daqui o
Preterindo-se da tão famig
nacional.

RESPONDER

anônimo  20/11/2012 14

Pela lógica do Gomes, o


estar na mais abjeta m
pobre do mundo, com a
desemprego, pois a sua
sempre apresentou o m
agregado. Por outro, o
uma maravilha, pois de
há tempo.
RESPONDER

anônimo  20/11/201

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 19/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

Aliás, vejam como a


competitividade:

"Recordes no núme
britânica, conforme

E em um dia encora
relataram outra boa
carros."
www.thesun.co.uk/
created-in-UKs-m
(http://www.thesun
created-in-UKs-m

As exportações de a
www.thesun.co.uk/
exports-race-to-re
(http://www.thesun
exports-race-to-re

Grã Bretanha produ


www.dailymail.co.u
MORE-cars-Germa
(http://www.dailym
producing-MORE-c
Europe.html)
RESPONDER

jfontes  22/11/2012

Mas o Zimbabwe é
da política in acion
maior número de m
Lá, 1 milhão é "troc
RESPONDER

Andre Cavalcante 

Caro Leandro,

"Defende que a p
comprar nada de
um miliciano de
pessoas a compr
produzidas por s

E co me pergun
Milícia no âmbito
RESPONDER

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 20/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

Kondde  26/12/2012 19:46

E vc não percebeu isso ainda?


RESPONDER

Carlos Prado  09/01/2014 23:29

A maioria dos países querem exportar e desvalorizar sua moeda. O Brasil o faz, mas seus
compradores também o fazem. Assim esta corrida por in ação in nita acaba não ajudando a
exportação, pois as conversões de câmbio podem não variar tanto. E mais, mesmo in acionando
nossa moeda ela pode car mais cara em relação a de nossos compradores se eles desvalorizarem
mais ainda. Então esta corrida por in ação in nita apenas prejudica a população. Se os produtos
não forem exportados estes ainda podem ser comprados pela própria população.

Está certo este meu raciocínio?


RESPONDER

Marcio Silva  20/11/2012 09:55

Eu imagino que a alta taxa de poupança de Cingapura é o que possibilita a valorização da moeda,
que na verdade não deixa de ser uma saída inteligente para um país que importa tudo o que
consome e exporta máquinas e equipamentos baseados em inovações de alta tecnologia, que tem
uma margem de lucro muito maior do que os produtos que já não são mais inovadores, como no
caso dos produtos exportados pela China e que por isso podem ainda ser muito lucrativos mesmo
com uma redução nas margens.
Ainda haverá uma compensação nas importações pois se os exportadores de matéria-prima estão
desvalorizando suas moedas então os custos de produção e mesmo da construção civil de
Cingapura cairão.
Tudo isso sem empobrecer a população com a emissão de papel moeda.
RESPONDER

Marcos  20/11/2012 11:29

"o BC controla diretamente apenas a base monetária; ele não controla diretamente a criação de
dinheiro que os bancos fazem por meio das reservas fracionárias."

E esta criação por meio das reservas fracionárias é limitada de alguma forma pela base
monetária? Como se dá essa relação? A propósito: então os bancos comerciais, através das
reservas fracionárias, conseguem in uir na taxa cambial, até certo ponto?
RESPONDER

Leandro  20/11/2012 11:46

"E esta criação por meio das reservas fracionárias é limitada de alguma forma pela base
monetária?"

Apenas se a base monetária for rígida e os depósitos compulsórios seguirem inalterados.


Se o BC alterar o compulsório ou expandir a base monetária -- algo que ele faz ao
simplesmente tentar manter a taxa de juros (a SELIC) dentro da meta --, a criação de
crédito está solta.

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 21/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

"Como se dá essa relação?"

Explicada em detalhes completos neste artigo (http://www.mises.org.br/Article.aspx?


id=1387).

"então os bancos comerciais, através das reservas fracionárias, conseguem in uir na taxa
cambial, até certo ponto?"

Correto.
RESPONDER

João Ribeiro  20/11/2012 12:08

Caro Leandro,

Sabendo da valorização da moeda e caso a Singapura necessitasse de estimular a sua economia o


passo natural seria então baixar impostos e desburocratizar para tornar ainda mais atrativo
futuros investimentos.

Mas ao mesmo tempo não se cria aqui um problema de excessiva abertura e dependência ao
exterior?

Melhores cumprimentos.
RESPONDER

Leandro  20/11/2012 15:14

Não entendi. Cingapura importa de tudo, até água. Por que a desvalorização de sua
moeda seria boa? Por que o empobrecimento da população seria bom pra economia? Eles
são um pouquinho mais inteligentes que nós -- que aplaudimos todos os saques no
nosso poder de compra feitos pelo nosso governo -- e sabem que poder de compra forte
e in ação baixa é mais importante do que espoliar toda a população para subsidiar alguns
setores privilegiados.

Quanto a estimular a economia, é incrível como ainda possa existir quem acredite nessa
farsa mesmo depois do fracasso absoluto de todas as medidas de estímulo criadas mundo
afora. Recessões não devem ser evitadas, mas sim abraçadas. Uma recessão nada mais é
do que um processo de correção. A estrutura de produção da economia foi alterada pela
expansão arti cial do crédito e apenas uma recessão pode corrigir essa distorção e levá-lá
de volta a um arranjo mais em linha com a real preferência dos consumidores. Quer que
uma recessão passe rápido? Permita que preços e salários sejam totalmente exíveis e
possam ir rapidamente para seus valores corretos. Quanto mais você interferir neste
processo, mais irá retardar a recuperação da economia. Eis aí uma genuína política de
estímulo.
RESPONDER

anônimo  20/11/2012 16:10

Singapura não importa tudo. Singapura tem indústrias biotecnóligica e eletrônica


fortes. Eles exportam produtos eletrônicos e biotecnológicos, inclusive tem
grandes empresas na área de tecnologia como a Creative Technology

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 22/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

(http://en.wikipedia.org/wiki/Creative_Technology). O problema é se a economia


ca como a de Macau, que é quase toda baseada em cassinos, não exporta, não
gera divisas. Mas até o que eu sei, Macau tem uma política monetária mais frouxa,
o desmascara os argumentos in acionistas.
RESPONDER

Leandro  20/11/2012 16:52

Repito: importam tudo, até água. Não têm recursos naturais nenhum. O
fato de o país possuir indústrias biotecnológicas e eletrônica fortes não é
substituto para o fato de que eles importam tudo -- a menos que os
cingapurianos se alimentem de circuitos eletrônicos e utilizem a
biotecnologia para fabricar carros, perróleo e matérias-primas para a
construção civil. Aliás, essas indústrias biotecnológicas e eletrônicas não
eram para ter sido desfruídas pelas importações e pela moeda forte? Tem
leitores aqui que juram que sim.

Quanto a Macau, não faz sentido dizer que sua política monetária é
expansionista uma vez que eles sequer possuem um banco central. Macau
possui um Currency Board, que nada mais é do que uma agência de
conversão cuja única função é trocar patacas por dólares de Hong Kong a
uma taxa de câmbio xa. Se a quantidade de moeda está aumentando em
Macau, isso signi ca que está entrando mais divisas estrangeiras do que
saindo (efeito idêntico ao que ocorre quando Santa Catarina possui
superávit comercial com o Rio Grande do Sul). O Currency Board é
totalmente passivo. Ele não faz política monetária.
RESPONDER

João Ribeiro  20/11/2012 16:18

Caro Leandro,

Creio que não entendeu direito a minha pergunta. Irei reformular.

Na atual política económica da Singapura (que eu considero positiva)


não está ao mesmo tempo a ser criado problema de excessiva
abertura e dependência ao exterior? Como pode a Singapura escapar
a um cenário de crise internacional?
RESPONDER

Leandro  20/11/2012 17:02

Sigo sem entender. Crise global tende a reduzir a demanda


por bens. Consequentemente, o preço das commodities cai.
Para um país totalmente dependente de importações, tal
redução de preços é positiva. Quanto às exportações, terão
também de reduzir seus preços caso queiram vender seus
estoques.

Esqueça essa idéia de vida fácil para sempre. Haverá


percalços continuamente. Uma hora é necessário apertar o

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 23/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

cinto, fazer concessões e ter lucros menores. Isso não é o m


do mundo. Em tal situação, as coisas serão menos penosas
caso se tenha uma moeda com algum poder e compra.
RESPONDER

Italo  20/11/2012 12:22

Eu olhei a taxa M0 para Cingapura e parece-me que ela é expansionista como, por exemplo, a
brasileira. Estou enganado?
RESPONDER

Ricardo  20/11/2012 14:45

M0 não é base monetária, mas apenas as cédulas e moedas metálicas de uma economia
(para ser a BM teria de ter as reservas bancárias também). O M0 de todos os países está
sempre em crescimento. Não há exceções. O que vai variar é apenas a taxa de
crescimento.

E não seria surpresa alguma que o BC de Cingapura tenha sido expansionista até agora. É
só ver a alta expansão do crédito e da in ação de preços desde 2010. Vai que foi por isso
que caram assustados e decidiram acordar pra realidade, anunciando que irão mudar sua
postura.
RESPONDER

Marcos  20/11/2012 13:12

Obrigado pelas respostas! Lerei o artigo com atenção.


RESPONDER

Jah  20/11/2012 18:39

O que o pessoal do mises diz sobre isso?

www1.folha.uol.com.br/mundo/1187431-conheca-a-cidade-espanhola-que-virou-um-oasis-
em-meio-a-crise-europeia.shtml

Sistema comunista funcionando.


RESPONDER

Leandro  20/11/2012 19:26

Nada de mais. E nem nada de novo. Isso aí é tipo uma comunidade amish (com 2.700
pessoas não pode ser uma cidade), na qual as pessoas subsistem e trabalham apenas para
se alimentar. O padrão de vida, para mim, é precário. Note o semblante das pessoas e veja
se há conforto ali. Tem gente que nem tem dente (certamente não deve ter dentista na
comunidade). O local é parecido com o interior do Piauí. O trabalho agrícola mostrado é
totalmente precário e pouco produtivo (não há nenhuma máquina no campo). Tudo o que
eles conseguem fazer na cooperativa é transformar a colheita (pimenta, azeitona e
alcachofra) em azeite. Isso é vida do século XIX. Mas não discuto que há quem goste de
viver assim.

E quem gosta de trabalhar muito sem poder usufruir os frutos do trabalho -- isso é,
trabalhar duro de sol a sol mas viver sem conforto nenhum e sem usufruir da tecnologia
https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 24/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

moderna -- está livre para ir para lá. Libertários são totalmente favoráveis a esses
arranjos voluntários e são contra qualquer tipo de proibição estatal a esses arranjos.

Agora, dizer que quem vive ali sob aquelas condições de trabalho precárias está melhor
que um desempregado que vive na bela Salamanca com um seguro-desemprego de mil
euros e que tem acesso a todos os tipos de conforto e mordomia, bom, aí já é forçar
bastante. Isso aí é desejo de retornar às condições de vida do século XIX. Bom proveito pra
quem quer. Eu preferiria ser desempregado em Madri. A qualidade de vida é muito mais
alta.

De resto, taxa de desemprego baixa não signi ca nada. De que adianta trabalhar e não
poder melhorar seu padrão de vida? Para mim, isso é escravidão.

Por m, quanto a isso aí ser um "sistema comunista funcionando", queria saber onde
eles compraram aqueles equipamentos para a cooperativa. Não parecem ter sido feito por
eles. Nessas horas, recorreram à velha troca capitalista.
RESPONDER

anônimo  27/01/2017 04:46

E sobre a comunidade Auroville na Índia?

www.bbc.com/portuguese/internacional-38635168?ocid=social ow_facebook
RESPONDER

Fabio  20/11/2012 20:15

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk esses
eleitores do PT realmente tem um alto indice de sabuguice cronica.
2700 pessoas vivendo em uma cidade não é nada.
Isso sem contar que com certeza nem todos vivem com os tais 1200
euros,disso eu tenho certeza sem assistir o video...
RESPONDER

Bright  21/11/2012 02:37

Qual é a perspectiva de crescimento desse pessoal?

Resposta: (cri, cri, cri....)


RESPONDER

saoPaulo  21/11/2012 14:10

Resposta: Eles nao precisam crescer pois jah produzem tudo que
necessitam. Esse negocio de ter que crescer eh coisa de capitalista
ganancioso que soh estimula a inveja no coracao dos puros...
Seguindo este brilhante raciocinio, me pergunto por que todos os
comunistas que pensam assim nao se mudam para tais
comunidades... Creio que deva ser di cil convencer quem trabalha
de verdade a ir junto pra sustenta-los.
RESPONDER

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 25/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

Renato Souza  21/11/2012 18:56

Mas assim não tem graça. Esse pessoal está voluntáriamente


abrindo mão de muitos confortos e benefícios. Isso não
agrada um marxista. O gostoso (para eles) é obrigar as
pessoas a viverem assim.
RESPONDER

Andre Cavalcante  22/11/2012 05:37

Cadê aquele carinha que disse que em sociedade


comunista as pessoas recebem de acordo com a
produtividade? Por que é que, no exemplo do vídeo,
TODOS recebem €1200,00? TODOS tem a mesma
produtividade?

Imagino a produtividade daquela mulher que parece


ter lhos (e deve se dedicar a eles) comparada a
produtividade do jovem e comparada a produtividade
daquele senhor septuagenário. Porque que aquele
moço DEVE ganhar a mesma coisa? Outra incoerência:
para quem eles vendem a produção deles? Pro resto
da Espanha, claro. Só isso, basta ver que uma
comunidade comunista é possível em um mundo
capitalista, mas o inverso não é verdeiro. Só em um
sociedade capitalista é que há possibilidade de
arranjos desse tipo prosperarem, porque haverá
mercado para quem esse pessoal possa vender seus
produtos e viver conforme eles queiram viver. Da
mesma forma somente em uma sociedade capitalista
eles teriam com que gastar seu salário, afora comida.

Algumas outras questões a se pensar: E o excesso de


produção (ou preço), o que passar de 2.700*0,6 (tô
descontando crianças e gente muito velha)*€1200,00
~ €2.000.000,00? Para quem vai? Para a conta da
cooperativa em um banco, para este especular com o
dinheiro? Pra de baixo do colchão (com a in ação,
nada vale depois de um tempo)? Fica com alguém (jé
nem TODOS ganhariam €1200,00) ou é redistribuído
(então TODOS ganhariam mais)? E em caso de
prejuízo, as pessoas recebem menos?

RESPONDER

Fernando Marques   21/11/2012 06:26

Muito pertinente todos os comentários, porém em se tratando de economia é preciso sermos


cautelosos nas a rmações, defender suas ideias sem um "manto ideológico".

Parabéns ao Leandro pelas respotas claras e objetivas na elucidação dos questionamentos feitos

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 26/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

por todos.

Aos que não entenderam o que ele explica, me veio uma lembrança da lósofa Ayn Rand numa
entrevista que pode ser vista aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=OvhCvF4NQzo&feature=channel&list=UL

Ela diz bem em cima do 5:00 min: "Estude economia" rsrsrsrs

Vale a pena assistir os 03 videos.

Abs.
RESPONDER

anônimo  21/11/2012 09:31

Leandro,

I) Quais setores tendem a se bene ciar com os QEs dos Bancos Centrais?

II) E ainda, pode novos QEs in ar ainda mais mercados já saturados? Qual limite para isso?
RESPONDER

Leandro  21/11/2012 12:58

I) O setor bancário em primeiro lugar. Em segundo, aqueles para onde o dinheiro recém-
criado primeiro uir. Pode ser a bolsa, o mercado de commodities, o ouro e até mesmo o
setor imobiliário de algum país.

II) Não sei qual a sua de nição de mercado saturado. Estímulos monetários reativam
economias apenas se os preços e salários delas já tiverem caído. A economia volta a
crescer até o próximo colapso. Isso aconteceu no Brasil na recessão de 2009, quando
preços e salários caíram, e a estrutura da economia passou por um ligeiro processo de
correção. A subsequente expansão do crédito permitiu o robusto crescimento de
2010/2011, mas seu efeito já se esgotou. Um estímulo monetário maciço para uma
economia que ainda não se reestruturou, como a brasileira atualmente, geraria apenas
in ação de preços e queda na qualidade de vida.

Mas rea rmo o que disse o artigo: o tal QE ainda não está acontecendo nos EUA. E nem
na Europa. Basta ver a desgraça que está a taxa de câmbio aqui no Brasil. Daqui a pouco o
peso argentino periga valer mais que o real, para o gáudio de Guido Mantega (não haveria
um jeito de inventar aposentadoria para essa criatura inominável?)
RESPONDER

Brant  21/11/2012 10:44

Gomes aka rafagomes e Jah

Dois ateus esquerdistas famosos por postar baboseira socialista no fórum Uol.
Fico até comovido com a paciência e o estômago do Leandro de responder as pí as e arrogantes
a rmações de 2 moleques que mal entraram na faculdade e já estão devidamente doutrinados.

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 27/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

Mas sempre é bom responder essas gurinhas, você não vai conseguir convencê-los de que eles
estão errados (isto é impossível devido ao avançado nível de lavagem cerebral que sofreram) mas
isto é irrelevante e não é o objetivo. O que realmente importa é que pessoas de boa fé e com
honestidade intelectual que certamente leem regularmente os artigos do mises vão tirar bom
proveito de argumentos como os do Leandro que são embasados em fatos e não em lixo
ideológico e propaganda governamental.
RESPONDER

Marcos Campos  21/11/2012 12:38

Brant

A paciência do Leandro e de outros companheiros aqui do Fórum, foi o que possibilitou a


minha permanência e puri cação. Não fosse o cortejo e elegância elucidadora destes
jovens, eu teria desistido de abandonar as doutrinas aprendidas nas escolas, mídias e
faculdade.

Do que adianta você car menosprezando e depreciando aqueles que vem aqui cheios de
dúvidas e resquícios de uma forte lavagem cerebral? Seja paciênte também e utilize
argumentos que desperte nesses pobres indivíduos iludidos, um panorama jamais visto
antes, para que criem sozinhos, seus dilemas, insights e ações.

Como vamos ser uma verdade atraente, se agir-mos como os petralhas, cuspindo
naqueles que são contrários?

Abraços
RESPONDER

Filosofo comum  19/06/2014 04:30

Graças ao Leandro também propôs-me maior conhecimento, devido a calma dele


de esclarecer mellhor nossas duvdas.
RESPONDER

Fernando Marques  21/11/2012 13:02

Concordo Brant.

Infelizmente a doutrinação é muito forte e começa desde cedo e vai até a universidade.

Eu "raxava o bico" kkk quando um professor meu de Macroeconomia tentando explicar os "mais
modernos" modelos de equilibrio, onde ele dizia: "o capital é constante" kkk

Aí... em um outro dia na mesma aula, ele justi cava a intervenção governamental alegando: "o
capital é instável e só por isso já se justi ca a intervenção de um governo" kkk

Qta contradição e falácia!!! kkk

Horrível é car dentro de uma sala de aula e sendo o único austríaco, ser considerado um
alienigena... kkkkk enqto que a massa idolatra Keynes e (argh) Marx.

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 28/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

Como dizia Rothbard: "Marx tinha algo de bom, pelo menos ele não era Keynesiano... kkkk e vice
e versa.

Pior cego é aquele que não quer enxergar!

abs

RESPONDER

Brant  21/11/2012 16:05

Marcos

Primeiro, não estou depreciando nem menosprezando ninguém.


Segundo, eles não estão cheios de dúvidas, se vc conhecesse esta dupla saberia que eles não tem
outra intenção se não a de trollar e causar discórdia, não dá pra debater sério com esse tipo de
gente, já estão com o discurso viciado. É como diz a Bíblia, não se deve jogar pérolas aos porcos.

No mais sou adepto do que o Olavo disse em uma das suas edições do trueoutspeak, você não
pode vencer um esquerdista, você pode apenas destruí-lo.

Até.
RESPONDER

Marcos Campos  22/11/2012 16:27

Brant

Então meu caro estamos fadados ao fracasso, se sua intenção é realmente destruí-los ao
invés de convence-los no ardor da claridade.

Deixe-os no fórum !!!

A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar. Sun Tzu


RESPONDER

Carlos  21/11/2012 20:27

Falando nos amish, eles levam um estilo de vida em libertários na minha opinião já que eles são
anarquistas(não gostam das ações de governo), não votam, não servem aos exércitos, evitam
pagar impostos e o principal não são um peso para o seguro social americano, eles defendem a
propriedade privada e as trocas voluntárias entre os cidadãos. Gostaria de saber a opinião de
vocês do site sobre eles, e algumas tendências deles anarcocapitalistas e se até poderia ser feito
algum artigo.

Um vídeo no youtube sobre eles

https://www.youtube.com/watch?v=HtNXvE_rLoE
RESPONDER

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 29/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

anônimo  22/11/2012 00:25

O que Cingapura produz? ouvi de um professor de economia (marxista) que Cingapura so é rica
por que os ricos adoram ir especular por lá, é paraiso scal, Cingapura vive de especulação e nao
de produção. Até onde isso é mentira e o que existe de verdade?
RESPONDER

Leandro  22/11/2012 01:19

Produz quase tudo que diz respeito a tecnologia, ciência, eletrônica, química, máquinas,
metalurgia, borracha, construção e reparação de navios, serviços nanceiros, bebidas,
re no de petróleo etc.

Além de ser um dos centros industriais mais importantes do mundo, é lá onde está a sede
de empresas como MobileOne, MediaCorp, Singapore Airlines, StarHub, DBS Bank Limited,
a Flextronics e a Creative Technology Limited.

E também tem de importar tudo, desde alimentos e água até matéria-prima e energia.

Ou seja, é o modelo que contradiz na prática tudo o que ideólogos desenvolvimentistas


dizem sobre uma economia (que ela tem de ser fechada e protegida contra importações
para ser rica.)

No mais, esse seu professor, inadvertidamente, simplesmente a rmou que seria possível
um país enriquecer (e muito) apenas por meio da especulação. Isso contradiz o que
pregam os desenvolvimentistas, que dizem que especulação só gera miséria, e que o que
enriquece é substituição de importações. (Correção ao seu professor: Cingapura não é
classi cada como paraíso scal).

Dica: saia da universidade e mantenha a sanidade do seu cérebro.


RESPONDER

anônimo  29/11/2012 04:04

Mas entao por que é uma ditadura?


RESPONDER

Heisenberg  01/12/2012 20:27

Singapura é uma democracia com um partido que é tão bom que ganha há
décadas. O modelo de gestão é conservador. Apenas um representante da
oposição já foi eleito por uma determinada província, mas era tão lixo que
hoje vive como um mendigo.
RESPONDER

Nando  23/11/2012 10:37

Anônimo, em caso de dúvidas quanto ao que um país produz, ou


como anda sua economia, procure sempre o site da CIA. É a maneira
mais fácil de ter um panorama geral e minimamente con ável.
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-
factbook/geos/sn.html

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 30/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

Abs
RESPONDER

Lengler  03/12/2012 12:26

Só para deixar claro uma coisa. A discussão sobre a moeda ser forçosamente depreciada OU
apreciada leva ao mesmo caminho. Distorção e ine ciência. Vide o exemplo Argentino na década
de 90.
Uma economia se desindustrializa por diversas razoes e de nitivamente o cambio deve exercer
pouca in uência. Eu digo DEVE, pois quando há muita intervenção, certamente há diversas outras
intervenções mais grotescas em outras áreas. Vide a discussão de tributos no Brasil. Nunca z
uma análise econométrica a respeito, logo não posso a rmar com maior propriedade.
A Argentina, com cambio arti cialmente sobrevalorizado, detonou sua indústria. A Alemanha,
com um medo do tamanho do universo de qualquer resquício in acionário, teve cambio
sobrevalorizado e até pouco tempo era a maior economia exportadora do mundo.
O Japão, por sua vez, (e a China agora), começaram com moedas bastante desvalorizadas,
SACRIFICANDO o poder de compra da população. Hoje, de acordo com o estágio de cada uma,
vem tendo suas moedas sendo cada vez mais valorizadas.
Tem muita coisa por trás do fortalecimento ou não de um setor da economia. O cambio não dá a
resposta sozinho.
RESPONDER

Leandro  03/12/2012 12:38

"A Argentina, com cambio arti cialmente sobrevalorizado, detonou sua indústria. A
Alemanha, com um medo do tamanho do universo de qualquer resquício in acionário,
teve cambio sobrevalorizado e até pouco tempo era a maior economia exportadora do
mundo."

Por isso é imprescindível levar em consideração a produtividade da mão-de-obra e a


qualidade do produto fabricado. Ninguém aprimora o produto fabricado e a produtividade
da mão-de-obra restringindo importações e depreciando o câmbio. A Argentina se
estrepou porque seus produtos industriais não tinham demanda. Eram ruins (cite algum
produto industrializado argentino altamente demandado pelo mundo todo). Hoje, o peso
vale US$0,20 -- desvalorização de 80% de 2001 --, e não se vê -- ao contrário do que
prega a teoria desenvolvimentista -- nenhum empuxo à indústria argentina.
RESPONDER

Joao D  04/12/2012 23:35

Leandro, compare a taxa de industrialização da Argentina ha 10,15 anos atras com hoje. Alias, a
Argentina cresceu 7% (!!!!) ao ano em media, desde que eles aplicam um capitalismo de estado a
partir dos kirschner, em especial a cristina.
RESPONDER

Leandro  05/12/2012 03:22

O grá co da produção industrial argentina está aqui


(http://www.tradingeconomics.com/charts/argentina-industrial-production.png?
s=aripnsyo&d1=20020101&d2=20121231). E aqui, em termos de comparação, está o do
Chile (http://www.tradingeconomics.com/charts/chile-industrial-production.png?

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 31/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

s=chipyoy&d1=20000101&d2=20121231). Mais robusto, sólido e consistente.

E aqui (http://www.tradingeconomics.com/charts/brazil-industrial-production.png?
s=bzipyoy%25&d1=20020101&d2=20121231) está o do Brasil. (Não muito diferente que o
da Argentina; talvez até melhor).

E aqui está o de Cingapura (http://www.tradingeconomics.com/charts/singapore-


industrial-production.png?s=siipyoy%25&d1=20020101&d2=20121231) (só pra judiar),
que, como mostra o artigo, não parece estar muito preocupada com seu câmbio.

(Não que eu ache que seja importante tal comparativo, pois o padrão de vida é muito
mais importante do que saber se uma indústria de tecido está produzindo mais ou menos
panos. Mas já que você pediu...)

E aqui (http://www.tradingeconomics.com/charts/argentina-consumer-price-index-
cpi.png?s=argentinaconpriindcp&d1=20010101&d2=20121231) está a destruição do poder
de compra do peso argentino. Módicos 238% em dez anos. (Sempre lembrando que este
número é subestimado, pois o governo confessadamente manipula suas estatísticas. O
número real deve ser o dobro disso).

Quem não está no setor industrial argentino, protegido pelo governo, ou tem de guardar
sua poupança em moeda estrangeira (ilegal no feudo dos Kirchner) ou morre de fome.

Você dizia algo?


RESPONDER

Marcio  20/01/2013 17:40

Sei que esse meu comentário destoa muito do assunto principal do artigo, mas alguns dias atrás
li o seguinte texto:

"Singapura se desenvolveu exatamente porque teve um Estado forte, com o partido PAP e Lee
Kuan Yew no poder. A Coréia do Sul também se desenvolveu assim, com Estado forte do General
Park. Eles abriram o país para investimentos, mas o Estado que orientava e dava? o norte de
onde investir, o que fabricar, altas tarifas protecionistas etc. Tinha até mesmo Planos
Quinquenais (sim, parecido com dos Estados socialistas!). En m, o Estado que desenvolveu esses
países. Isso é história, não se pode negar."

Gostaria de saber dos caros colegas do IMB se essas informações são verídicas ou não, ainda sou
um novato por aqui, mas desde já elogio o maravilhoso trabalho que fazem.
RESPONDER

Leandro  20/01/2013 21:02

Isso é mais um dos in nitos tipos de conversa ada às quais os intelectuais acadêmicos
adeptos do mercantilismo recorrem.

Não é verdade dizer que a "Coréia do Sul era pobre e aí foram adotadas políticas
intervencionistas e aí ela enriqueceu". Mesmo porque isso é econômica e logicamente
impossível. O que o general Park fez foi adotar uma política extremamente favorável ao
https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 32/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

investimento estrangeiro (óbvio, pois a Coréia não tinha capital), principalmente de


japoneses (com quem ele reatou relações diplomáticas) e americanos. Não fossem esses
investimentos estrangeiros, o país continuaria estagnado.

Os japoneses investiram pesadamente em infraestrutura, em indústrias de transformação


e em tecnologia, o que fez com que a economia coreana se tornasse uma economia
altamente intensiva em capital e voltada para a exportação. Esse fator, aliado à alta
educação, disciplina e alta disposição para trabalhar (características inerentemente
asiáticas), permitiu a rápida prosperidade da Coréia.

Era economicamente impossível a Coréia enriquecer por meio de intervencionismo


simplesmente porque não havia capital nenhum no país. Intervencionismo é algo possível
apenas em países ricos, que já têm capital acumulado e que, por isso, podem se dar ao
luxo de consumi-lo em políticas populistas. Já países pobres não têm essa moleza (por
isso o intervencionismo explícito em países como Bolívia e Venezuela apenas pioram as
coisas).

Vale lembrar que a Coréia do Sul no início da década de 1960 era mais pobre do que a
Coréia do Norte. E mesmo assim os japoneses investiram lá. E deu no que deu.

Já Cingapura, em termos econômicos, sempre gurou entre os três países mais livres do
mundo. E, como se nota no artigo acima, o BC de lá sequer segue a tendência mundial de
depreciação contínua da moeda. Mas isso é coisa que acadêmico desenvolvimentista
jamais irá discutir.
RESPONDER

Marcio  20/01/2013 21:13

Obrigado pelo esclarecimento, Leandro. Vocês do IMB fazem um trabalho


excelente.

Abraços!
RESPONDER

Estudante alienado  30/01/2013 21:05

Leandro sempre achei que a america latina é pobre devido ao imperialismo


americano.Aquele papo de que a america latina é quintal dos ianques e o extremo
oriente a excessão da china foi favorecido pelos americanos com vistas a freiar os
soviéticos e chineses a época de mao tsé-tung .Até onde isso é verdade ou delírio
dos esquerdistas ou adéptos de teorias conspiratórias.
RESPONDER

Andre Cavalcante  31/01/2013 00:05

Estratégia dos esquerdistas que queriam o poder por aqui, a m de


implantar a sua agenda: colocar a culpa nos outros pelas consequências das
aç?s que toma.

A América era pobre porque aqui, desde os tempos da colonização, vive um

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 33/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

grupo um tanto numeroso de pessoas que vive a custa dos demais, sem
produzir nada, apenas consumindo recursos. Esses são os verdadeiros
exploradores. Hoje, esse pessoal tá no governo e nas empresas amigas que
recebem gordos nanciamentos do BNDS com prazos absurdos (até 10
anos, em alguns casos), com carência e tudo o mais, e uma taxa de juros
menor que a in ação de preços. Assim

Outras coisas que ajudam a pobreza do continente: falta de educação, falta


de visão empreendedora, leis absurdas, regulações de países ricos, como se
a gente tivesse dinheiro para arcar com todos os custos dessas regulações,
e, principalmente, a in ação causada pelos governos e bancos centrais, que
é uma transferência de renda do pobre para o rico, justamente para pagar a
esbórnia daquele grupo acima citado.
RESPONDER

Renato Souza  31/01/2013 02:43

Estudante

Isso não pode ser verdade. Os dois países da América Latina que mais cedo
chegaram a um grande nível de desenvolvimento econômico e social foram
Cuba e Argentina, nas prímeira décadas do século XX. Pois bem, esses dois
países destruiram de dentro para fora suas próprias economias, e
destroçaram suas próprias sociedades, pela opressão de um partido. Quem
fez isso? As "elites culturais" anti-americanas autóctnes. Isso prova que a
verdade é o contrário do que ensinam na escola.
RESPONDER

Maurício.  05/02/2013 02:58

Pelo que eu observei nos links do nal do artigo (https://www.everbank.com/personal/singapore-


dollar.aspx e www.merkfunds.com/fund/macf), a tendência discutida neste artigo se inverteu, ou
seja, o dólar de Cingapura de desvalorizou em relação ao dólar americano nos últimos meses e o
fundo Merk baixou o percentual de papéis em dólar de Cingapura de 24% para cerca de 9% do
portfólio. Vocês tem alguma informação mais atual sobre isso?
RESPONDER

Leandro  05/02/2013 08:07

O grá co não mostra nenhuma tendência de desvalorização:

www.tradingeconomics.com/charts/singapore-currency.png?
s=usdsgd&d1=20120101&d2=20130228&type=area
(http://www.tradingeconomics.com/charts/singapore-currency.png?
s=usdsgd&d1=20120101&d2=20130228&type=area)
RESPONDER

David Seraos  12/02/2013 23:00

Pessoal porque países tão "livres" como Singapura e Hong Kong tem moeda duciária e não
moeda lastrada em ouro, por exemplo

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 34/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

Esta é a minha grande dúvida, pois supostamente são paises quem tem governos exuntos e não
tem programas assistencialistas, logo não precisam de criar dé cits, correcto? Se sim porque
continuam a utilizar a farsa da moeda duciária em vez de terem uma moeda "séria" (séria para
os académicos austriacos)

Outra pergunta, acima disseram que Macau não tem Banco Central, tão não tem moeda própria?

Cumprimentos e continuam o excelente trabalho


RESPONDER

Leandro  12/02/2013 23:07

Ora, porque são políticos que estão no comando. E nenhum político irá voluntariamente
amarrar suas próprias mãos (que é o que um padrão-ouro faz). Sim, os políticos de lá são
mais liberais do que a média mundial, mas também não são bobos. Controlar a moeda é
controlar a economia. Incorrer em dé cits sem ter de pagar juros punitivos é algo sagrado
para qualquer político que se preze, tanto nas Américas quanto na Ásia.

Macau utiliza um Currency Board, o qual é lastreado em moeda de Hong Kong. E Hong
Kong, por sua vez, também utiliza um Currency Board, o qual é lastreado no dólar
americano.
RESPONDER

David Seraos  13/02/2013 11:29

Obrigado Leandro. Pois são politicos e querem deixar sempre a porta aberta para
quando precisarem.

Podia explicar-me um bocado mais sobre isso de Currency Board, sendo assim
Macau está dependente da moeda de Hong Kong e Hong Kong está dependente da
moeda a que está lastreada (que deverá ser o dolar não?). É mais ou menos isto?

Abraço
RESPONDER

Leandro  13/02/2013 12:39

Quando um país adota um Currency Board, ele está utilizando um regime


de câmbio genuinamente xo.

Um Currency Board ortodoxo nada mais é do que uma agência de


conversão, uma casa de câmbio. Neste sistema, a moeda de um país se
torne um mero substituto de uma moeda estrangeira.

A moeda nacional é totalmente atrelada a uma moeda estrangeira (por


exemplo, X reais são equivalentes a 1 dólar, sempre), e a variação da base
monetária do país se dá de acordo com o saldo do balanço de pagamentos
(saldo da quantidade de moeda estrangeira que entra e sai da economia
nacional). Cada dólar que entra é convertido em reais a uma taxa xa e
imutável, de modo que a base monetária da economia varia estritamente
de acordo com o balanço de pagamentos. Um Currency Board, ao contrário

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 35/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

do Banco Central, não faz política monetária nenhuma, e nem regula os


bancos. Ele simplesmente troca moeda.

Assim, quando há um superávit nas transações internacionais, a quantidade


de moeda doméstica aumenta; quando há um dé cit, diminui.

O Currency Board está em vigor em Hong Kong desde 1983, quando o país
adotou o dólar americano como âncora cambial. Modelos um tanto
deturpados de Currency Boards também existem na Lituânia, na Bulgária
(sendo que a moeda âncora é o euro), em Macau (dólar de Hong Kong), na
Bósnia (euro) e em vários outros pequenos países. Existia também na
Estônia, quando a moeda do país era lastreada no euro. Hoje, o euro já é a
moeda o cial do país.

Observe que, neste sistema, a oferta monetária de um país varia da mesma


maneira que a oferta monetária de Minas Gerais varia quando seus
habitantes transacionam, por exemplo, com os habitantes de Goiás. O país
que adota o Currency Board passa a funcionar como se fosse um estado do
país emissor da moeda utilizada como âncora pelo Currency Board -- por
exemplo, Hong Kong funciona como se fosse mais um estado americano;
Estônia, Bulgária e Lituânia funcionam como se zessem parte da zona do
euro.

Suponhamos que em 1994 o Brasil tivesse adotado um Currency Board


seguindo a paridade R$ 1 = US$ 1. Neste caso, partindo-se do princípio de
que a quantidade de dólares em posse do Currency Board fosse igual ou
maior do que a quantidade de reais em circulação (tal princípio é pré-
requisito indispensável para o bom funcionamento do sistema), o Currency
Board estabeleceria que sempre trocaria, sem custo e sem demora, 1 real
por 1 dólar e 1 dólar por real. Ao determinar isso, a taxa de câmbio estaria
" xa" em 1 real pra 1 dólar.

(Se você quisesse vender 1 dólar por um valor maior do que 1 real para
outra pessoa, esta preferiria simplesmente ir ao Currency Board e lá trocar 1
real por 1 dólar. Ou seja, tal artifício é totalmente e caz em realmente xar
a taxa de câmbio. E como a quantidade de dólares é, por de nição, superior
à quantidade de reais, é impossível haver qualquer ataque especulativo.)

O único problema do Currency Board é que, em última instância, ele ainda


utiliza uma moeda duciária criada por outro banco central. E este teria de
ser parcimonioso em sua emissão. Na década de 1990, o dólar era a única
opção para o Brasil. Se tivéssemos adotado um Currency Board naquela
época, embora seja difícil imaginar como estaríamos hoje, é certo que, em
termos de in ação de preços, estaríamos melhor, e em termos de
investimentos estrangeiros, muito melhor.

Abraços!
RESPONDER

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 36/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

David Seraos  13/02/2013 14:45

Qual a diferença entre Portugal que tem o Euro como moeda e a


Dinamarca que tem a coroa dinamarquesa lastreada em Euros ou a
Estónia antes quando tinha a sua moeda lastreada em Euros e agora
que entrou no Euro.
Não difere, pois ambos são "estados" do Euro, ou difere?

E Hong Kong tem Banco Central? Supostamente não, pois não pode
imprimir mais dolares de Hong Kong, senão esta moeda dessa de ser
lastreada pelo dólar ou estou a misturar isto tudo?

Abraço
RESPONDER

Leandro  13/02/2013 15:04

A Dinamarca possui um Banco Central próprio, o qual tenta


manter a coroa em um valor constante em relação ao euro,
mas este valor varia. Veja aqui o grá co
(http://www.ecb.int/stats/exchange/eurofxref/html/eurofxref-
graph-dkk.en.html) (na parte superior do grá co, em "Date
Range", clique em "All" para ver a evolução completa da taxa
de câmbio).

Estônia e Portugal hoje estão na mesma situação: ambos


utilizam o euro. Antes de utilizar o euro, a Estônia tinha a
base monetária de seu país 100% lastreada em euro. Hoje,
todas as contas eletrônicas também já estão em euro. O país
faz efetivamente parte da zona do euro.

Hong Kong possui uma autoridade monetária


(www.hkma.gov.hk/eng/index.shtml
(http://www.hkma.gov.hk/eng/index.shtml)), e muitas vezes
ela atua como se fosse um Banco Central (injetando liquidez
no sistema bancário em momentos de crise, como aconteceu
em 1997 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1294)), o
que viola as regras de funcionamento de um Currency Board
ortodoxo. No entanto, Hong Kong continua sendo o mais
próximo que se pode chegar de um Currency Board ortodoxo.
Quem imprime as cédulas do dólar de Hong Kong são três
entidades privadas.
RESPONDER

anônimo  12/02/2013 23:46

O Panama também não tem Banco Central.


RESPONDER

Valente L  15/01/2014 17:51

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 37/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

Bolha em Cingapura??

www.forbes.com/sites/jessecolombo/2014/01/13/why-singapores-economy-is-heading-for-
an-iceland-style-meltdown/

Interessante a análise.

Aguçou minha curiosidade sobre a economia desta ilha.

RESPONDER

Tiago RC  17/01/2014 01:23

Os pro ssionais aqui do IMB viram o seguinte artigo? Têm alguma opinião a respeito?

Why Singapore's Economy Is Heading For An Iceland-Style Meltdown


(http://www.forbes.com/sites/jessecolombo/2014/01/13/why-singapores-economy-is-heading-
for-an-iceland-style-meltdown/)

Obrigado
RESPONDER

Leandro  17/01/2014 03:20

Veredito complicado.

O crédito não está crescendo exponencialmente (foi exponencial apenas entre 2010 e
2011), a dívida da população ainda não está alta (70% do PIB não é alarmante, ainda mais
com os juros baixos como estão) e os preços dos imóveis estão apenas um pouco mais
altos do que estavam em 1996 (no Brasil, o crescimento foi substancialmente maior e em
um período de tempo bem menor).

Falar que vai ser como a Islândia é meio forçado. A menos, é claro, que os dados estejam
errados.
RESPONDER

Valente L  17/01/2014 10:17

Como a Islandia, acho que foi mais marketing no titulo.

Ele mostra uma serie de dados interessantes a respeito da formaçao da bolha.

Quanto ao preço dos imoveis, o artigo mostra um grá co sobre a variaçao dos
preços e, realmente, estao pouco mais altos que em 96, mas mostra também que
o preço dos imóveis despencaram em 98 e se mantiveram em baixa até 2007, e
em 2010 até 2012 deram uma subida considerável.

A indústria civil também vem crescendo muito, se aproveitando da situaçao.

Acredito que tenha uma bolha, sim, mas nao acho, por enquanto, que esta em

https://mises.org.br/Article.aspx?id=1461 38/40
11/08/2018 Mises Brasil - A surpreendente postura do Banco Central de Cingapura

niveis 'destruidores'. Nao acredito que o estouro destruiria o sistema nanceiro de


cingapura como foi na islandia, de forma alguma.
RESPONDER

Gustavo  06/07/2016 22:14

Leandro, de acordo com o Steve Hanke os Currency Boards idealmente deveriam ter suas sedes
na Suíça.

Te faço três perguntas:

1 - Porque a Suíça em particular? Na literatura do Hanke não encontrei uma linha em que ele
explique o porquê desse país especí co. Por que não Alemanha, ou sei lá, Islândia?

2 - Existe atualmente algum país com um Currency Board genuinamente independente de


autoridades monetárias?

3 - O que exatamente fazem essas "autoridades monetárias"? A nal com um CB teoricamente


não existe nem taxa de compulsório, nem taxa básica de juros, nem open market e etc. Ou seja,
se eles não podem fazer o que BCs de verdade fazem, qual o sentido de eles existirem?

Me parece que CBs aos moldes de Cingapura e Hong Kong ainda são muito frágeis devido ao fato
de o governo possuir certo nível de ingerência sobre eles.
RESPONDER

Auxiliar  06/07/2016 22:23

Tudo isso e muito mais foi abordado em excruciantes detalhes neste artigo, que é o mais
completo sobre o tema em língua portuguesa.

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2196 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2196)
RESPONDER

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