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Análise comparativa entre o sistema de laje Bubbledeck e laje

nervurada empregando concreto de diferentes resistências


Comparative analysis between the Bubbledeck slab system and ribbed slab using
concrete of different strengths
Marchiori, Emili Munari (1); Rohden, Abrahão Bernardo (2); Godoy, Luis Gabriel Graupner de (3)
(1) Engenheira Civil/ Fundação Universidade Regional de Blumenau. E-mail: emili.marchiori1@gmail.com
(2) Professor Doutor, Departamento de Engenharia Civil/Fundação Universidade Regional de
Blumenau. E-mail: abrcivil@gmail.com
(3) Engenheiro Civil/ Fundação Universidade Regional de Blumenau. E-mail: lg.graupner@gmail.com
Resumo
As lajes maciças de concreto armado consistem de uma solução adequada a vãos pequenos, pois para ter
vão maiores é necessária uma espessura elevada, aumentando assim o peso próprio da laje, tornando muitas
vezes essa solução não funcional. Nesse contexto, é interessante utilizar estruturas semelhantes, mas com
peso próprio reduzido. Algumas técnicas foram desenvolvidas utilizando sistemas estruturais baseados em
laje com vazios, que se baseia na inserção de módulos que ocupam o lugar do concreto na estrutura. Na
maioria das vezes os módulos são ocos, feito de material resistente, custo baixo e muitas vezes de materiais
reciclados. Assim muitas empresas estão investindo na utilização de novos métodos construtivos, como a laje
nervurada e o sistema de laje Bubbledeck. O objetivo desse estudo foi realizar um comparativo entre a
tecnologia de laje tipo Bubbledeck e as lajes tipo nervuradas empregando concretos de duas resistências
diferentes. Para isso realizou-se o dimensionamento duas estruturas com vão de 7,5 metros e 15 metros de
vão entre eixos de pilares ambas com 900 m² em planta e três pavimentos. Foram empregados concretos
com resistência de 25 MPa e 50 MPa de resistência em diferentes modelos. Os projetos foram desenvolvidos
atendendo as exigências da NBR 6118 (2014). Posteriormente a verificação dos modelos quanto ao
atendimento à norma realizou-se a determinação dos custos de cada uma das estruturas. Como resultados
alcançados nesse trabalho destaca-se que a laje tipo nervurada apresentou custos menores para o vão de
7,5 metros enquanto a laje tipo Bubbledeck apresentou custos menores para o vão de 15 metros.
Palavras-Chave: laje Bubbledeck; laje nervurada; concreto de alto desempenho.

Abstract
The solid reinforced concrete slabs consist of a solution suitable for small spans, because in order to have
larger spans a high thickness is required, thus increasing the slab's own weight, often rendering this solution
non-functional. In this context, it is interesting to use similar structures, but with reduced self-weight. Some
techniques were developed using structural systems based on slab with voids, which is based on the insertion
of modules that occupy the place of the concrete in the structure. Most of the time the modules are hollow,
made of durable material, low cost and often recycled materials. Thus many companies are investing in the
use of new constructive methods, like the ribbed slab and the system of slab Bubbledeck. The objective of this
study was to perform a comparison between the Bubbledeck slab technology and the ribbed slabs using
concrete from two different resistances. For this, two structures with a span of 7.5 meters and 15 meters of
span between pillars, both with 900 m² in floor and three floors, were designed. Concrete was used with
resistance of 25 MPa and 50 MPa of resistance in different models. The projects were developed in compliance
with the requirements of NBR 6118 (2014). Subsequently, the verification of the models regarding compliance
with the standard was carried out to determine the costs of each of the structures. As results obtained in this
work it is highlighted that the ribbed slab presented lower costs for the span of 7.5 meters while the Bubbledeck
slab presented lower costs for the span of 15 meters.
Keywords: Bubbledeck slab; waffle slab; high performance concrete.

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1. Introdução
A primeira patente depositada sobre o sistema Bubbledeck data do ano de 2004 na
Alemanha. O sistema foi criado na década de 1980 pelo engenheiro dinamarquês Jorgen
Breuning. Este desenvolveu as lajes Bubbledeck durante o concurso nacional criado pelo
governo dinamarquês visando desenvolver inovações para uma construção diferenciada de
lajes e que deveriam ser uma solução ecológica, econômica, e aplicáveis em larga escala.
Sua ideia foi criar uma laje de concreto com vazios, utilizando-se esferas plásticas
(RODRIGUES, 2014). A tecnologia de laje Bubbledeck consiste na substituição de parte do
concreto por esferas de polipropileno (figura 1 e figura 2) reduzindo o volume de concreto,
tornando assim a laje mais leve.
A primeira obra a ser construída com lajes Bubbledeck foi o edifício Millennium Tower, na
cidade de Rotterdam na Holanda no ano 2000. Inicialmente, o projeto previa a utilização de
lajes alveolares. Porém, antes que fosse iniciada a construção decidiu-se utilizar o conceito
de lajes Bubbledeck, o que resultou em uma aceleração dos ciclos dos andares de 10 para
4 dias. Além disso, significou também uma redução em 50% dos pilares utilizados na obra,
e uma economia de quinhentas viagens de caminhão. Foi possível adicionar dois andares
a mais devido à diminuição altura total da edificação, já que a tecnologia não utiliza vigas
(BERNARDI, 2013). No ano de 2000, quando concluído, este edifício com 149 m e 35
andares era a segunda maior construção da Holanda.

Figura 2 – Uso de sistema Bubbledeck. Fonte:


Apresentação Bubbledeck (2015).

Figura 1 – Uso de sistema Bubbledeck. Fonte:


Apresentação Bubbledeck (2015).
No Brasil a primeira obra a ser executada utilizando o conceito de lajes Bubbledeck foi à
ampliação da sede da empresa Odebrecht na cidade de Salvador (PARCIANELLO, 2014).
Atualmente no Brasil não existem normas especificas que abordam a tecnologia
Bubbledeck, o sistema pode ser classificado como laje cogumelo, que segundo a NBR 6118
(ABNT, 2014), por serem apoiadas diretamente em pilares com capitéis. O sistema já foi
aplicado no Brasil pela construtora Odebrecht, juntamente com a Braskem que produz essa
esfera plástica. Fora do Brasil esse método mais difundido, e é abordado na norma alemã
DIN 1045 (2001) para construções em concreto armado, na norma britânica EN 13747
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(2005) e, além destas, há algumas considerações de lajes com vazios esféricos na norma
vietnamita.
O emprego da laje Bubbledeck traz velocidade na execução da laje e simplificação dos
materiais empregados, quando comparados com metodologias convencionais. E além de
ser um projeto sustentável, conta com processos mais eficientes de produção. Com isso,
diminui-se o risco de acidentes de trabalho e tornando mais eficaz a gestão da segurança
dos agentes envolvidos na atividade (MOREIRA, 2015).
Segundo o fabricante das esferas plásticas o emprego da tecnologia Bubbledeck
proporciona as seguintes vantagens:
a) Liberdade de projetos, que podem ser adaptados em desenhos irregulares;
b) Redução de peso próprio, 35% menos, acarretando menor carga na fundação;
c) Aumento dos vãos entre pilares, até 50% a mais do que estruturas tradicionais;
d) Eliminação de vigas, que proporciona maior rapidez na execução de estrutura
e) Redução do volume de concreto, fôrma e escoramento
f) Redução de energia e emissão de CO2.
A construção pode ser feita de três maneiras: uso de módulos, pré lajes e painéis acabados.
O primeiro método utilizando estrutura de módulos, os módulos consistem em posicionar
as esferas em gaiolas metálicas (figura 1), usado formas de madeiras e armaduras extras,
a concretagem é feita primeiramente com espessura de 60 mm para evitar a flutuação das
esferas plásticas e a segunda etapa preenche a laje por completo. Podem ser transportadas
e posicionadas manualmente, por isso é ideal usar em obras menores, como reformas,
pisos térreos e em locais de difícil acesso.
Já o segundo método com pré-laje, que consiste utilizar lajes de 60 mm pré-fabricadas
(figura 4) já incorporado aos módulos reforçados com as esferas plásticas que são
sustentadas por apoios provisórios para a segunda etapa da concretagem que é feita no
local, eliminando assim as formas. Para o posicionamento é necessário o uso de guindaste
devido ao peso.
Por fim os painéis acabados são lajes prontas (figura 5) nos quais resta apenas fazer o
içamento e posicionamento, sendo necessário vigas de suporte ou paredes, funcionam da
mesma forma que a laje pré-moldada unidirecional.

Figura 3 - Esferas plásticas Figura 4 - Módulos incorporados a Figura 5 - Módulos prontos. Fonte:
inseridas entre malhas metálicas. pré-laje. Fonte: BORGERT (2014) BORGERT (2014)
Fonte: BORGERT (2014).
O objetivo deste trabalho é comparar através de uma análise numérica o sistema de lajes
Bubbledeck com o sistema de lajes nervuradas. Utilizando ainda diferentes classes de
resistência do concreto, com o objetivo de fazer um comparativo do desempenho estrutural
e de custo entre os modelos gerados. Serão considerados dois vãos de 7,5 m e de 15 m
entre eixos de pilares e concretos com resistências de 25 MPa e 50 MPa. Trabalhos
anteriores já realizaram estudos semelhantes, contudo, a comparação se deu com lajes
maciças.

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2. Método
O trabalho compreendeu o lançamento e análise de estruturas de concreto armado através
do emprego do software de cálculo estrutural EBERICK V10 desenvolvido pela empresa
AltoQi. Posteriormente a elaboração do projeto estrutural realizou-se um orçamento
preliminar das estruturas no qual foram empregados os quantitativos de forma, concreto,
aço e demais componentes necessários à execução da estrutura. A partir dos quantitativos
de cada serviço determinou-se os custos unitários dos serviços empregando a tabela
SINAP de agosto de 2016.
2.1 Projeto base
Foram adotados dois projetos base o projeto I e o projeto II. O projeto I apresentado na
figura 6 e figura 8 tem 3 pavimentos, com área em planta de 900 m² por andar. A estrutura
possui dimensão em planta de 30 metros por 30 metros, não apresentando assim juntas de
movimentação. Os pilares da estrutura foram pré dimensionados com dimensões de 50x50
cm e possuem um espaçamento de 7,5 m entre eixos. A estrutura possui vigas apenas
ligando os pilares externos, assim, são empregados capiteis nos pilares internos.
Nas vigas de borda da edificação adotou-se a largura de 20 cm e altura de 70 centímetros.
Foi considerado uma carga 1.300 kgf/m³ sobre as vigas de borda afim de representar o
fechamento externo da edificação. Resultando assim a cada pavimento 4 vigas, 16 pilares
de borda e 9 pilares internos com o uso de capiteis e uma única laje, a qual é o objeto de
estudo desse trabalho.
O projeto II apresentado na figura 7 e figura 9 tem 3 pavimentos com área de 900 m² por
andar. Os pilares da estrutura foram pré dimensionados com dimensões de 100x100 cm e
possuem espaçamento de 15 metros entre eixos. Assim como o projeto I também só foram
adotadas vigas unindo os pilares externos entre si e no pilar interno empregou-se um capitel
para apoio da laje. As vigas foram pré dimensionadas com seção transversal de 30 cm de
largura por 150 cm de altura. Sobre as vigas externas considerou-se uma carga distribuída
de parede de 1300 kgf/m³. Resultando assim a cada pavimento 4 vigas, 8 pilares de borda
e 1 pilares internos com o uso de capiteis e uma única laje, a qual é o objeto de estudo
desse trabalho.
A norma também recomenda uma verificação com relação a superfície crítica a qual
abrange o capitel junto aos pilares internos. A recomendação é que a dimensão do capitel
seja 2d da face do pilar, onde d representa a altura útil da laje. Neste trabalho adotou-se
3H, onde H representa a altura total da laje. Já a espessura do capitel adotou-se a mesma
da laje, afim de se obter uma superfície plana nos projetos I e II.

Figura 6 – Perspectiva frontal do Projeto I. Figura 7 – Perspectiva frontal do Projeto II.

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Figura 8 – Planta baixa Projeto I. Figura 9 – Planta baixa Projeto II.

Na figura 10 são apresentadas as variáveis estudadas no presente trabalho. Foram


estudadas lajes nervuradas e Bubbledeck empregadas nos projetos I e II. No
dimensionamento da estrutura considerou-se dois concretos sendo um de fck 25 MPa e
outro com fck de 50 MPa. Como ilustra a figura 10 foram modeladas 8 estruturas de
concreto armado. Todos os modelos foram dimensionados atendendo aos requisitos
estabelecidos na NBR 6118 (ABNT, 2014), para as lajes Bubbledeck foram necessários
alguns ajustes haja vista que o sistema não é normatizado. A partir do dimensionamento
realizou-se o comparativo de custo das modelos.

Tipo de laje

Nervurada Bubbledeck

Projeto I Projeto II Projeto I Projeto II

Concreto Concreto Concreto Concreto Concreto Concreto Concreto Concreto


25 MPa 50 MPa 25 MPa 50 MPa 25 MPa 50 MPa 25 MPa 50 MPa
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7 Modelo 8
Figura 10 – Modelos estudados no trabalho.
O modelo 1 é composto de uma estrutura com concreto de 25 MPa vão entre eixos de
pilares de 7,5 metros com laje nervurada de 32,5 centímetros de altura.
O modelo 2 é composto de uma estrutura com concreto de 50 MPa vão entre eixos de
pilares de 7,5 metros com laje nervurada de 25 centímetros de altura.
O modelo 3 é composto de uma estrutura com concreto de 25 MPa vão entre eixos de
pilares de 15 metros com laje nervurada de 40 centímetros de altura.
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O modelo 4 é composto de uma estrutura com concreto de 50 MPa com vão entre eixos de
pilares de 15 metros com laje nervurada de 32,5 centímetros de altura. Todas as alturas
das lajes nervuradas foram determinadas em função do trabalho de Godoy e Rohden (2016)
que desenvolveram um estudo específico sobre a aplicação de concretos de 25 MPa e 50
MPa em lajes nervuradas para diferentes faixas de carregamento.
O modelo 5 é composto de uma estrutura com concreto de 25 MPa com vão entre eixos de
pilares de 7,5 metros com laje Bubbledeck de 23 centímetros de altura. Neste modelo foram
consideradas esferas de 18 centímetros de diâmetro espaçadas 2 centímetros uma da
outra. Cada uma das quatro lajes do modelo empregou 20.985 esferas na figura 11 é
ilustrada a distribuição das esferas na laje.
O modelo 6 é composto de uma estrutura com concreto de 50 MPa com vão entre eixos de
pilares de 7,5 metros com laje Bubbledeck de 23 centímetros de altura, mesma altura da
laje do modelo 5. Neste modelo também foram consideradas esferas de 18 centímetros de
diâmetro espaçadas 2 centímetros uma da outra. Cada uma das quatro lajes do modelo
empregou 20.985 esferas na figura 11 é ilustrada a distribuição das esferas na laje.
O modelo 7 é composto de uma estrutura com concreto de 25 MPa com vão entre eixos de
pilares de 15 metros com laje Bubbledeck de 39 centímetros de altura. Neste modelo foram
consideradas esferas de 31,5 centímetros de diâmetro espaçadas 2 centímetros uma da
outra. Cada uma das quatro lajes do modelo empregou 6.956 esferas na figura 12 é
ilustrada a distribuição das esferas na laje.
E o modelo 8 é composto de uma estrutura com concreto de 50 MPa com vão entre eixos
de pilares de 15 metros com laje Bubbledeck de 34 centímetros de altura. A altura das lajes
Bubbledeck foi determinada a partir das recomendações do fabricante, sendo determinada
de forma interativa. Neste modelo foram consideradas esferas de 27 centímetros de
diâmetro espaçadas 2 centímetros uma da outra. Cada uma das quatro lajes do modelo
empregou 9.408 esferas na figura 13 é ilustrada a distribuição das esferas na laje.

Figura 11 – Disposição das esferas Figura 12 – Disposição das esferas Figura 13 – Disposição das esferas
na laje com espessura de 23 na laje com espessura de 39 na laje com espessura de 34
centímetros de altura. centímetros de altura. centímetros de altura.

Para todos os modelos considerou-se a sobrecarga de 300 kgf/m² sobre as lajes bem como
a carga proveniente do peso próprio da estrutura e uma carga de revestimento de 85 kgf/m².
A análise estrutural realizada com auxílio do Eberick é uma análise matricial pelo método
dos deslocamentos. Os resultados da análise, basicamente, são os deslocamentos nodais,
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os esforços internos e as reações nos vínculos de apoio. Com isso, se têm os efeitos das
ações na estrutura para que possam ser feitas as verificações dos estados limite último e
de serviço. A sistemática de cálculo do programa é a de modelar a estrutura através de um
pórtico espacial composto pelas vigas e pilares. Neste processo, os elementos são
representados por barras ligadas umas às outras por nós. Cada pilar e cada trecho de viga
são compostos por barras do pórtico, de onde são obtidos os esforços solicitantes para o
dimensionamento. Os painéis de lajes são calculados de forma independente do pórtico.
Todos os modelos foram dimensionados com z ≤ 1,10 que satisfaz a condição que
caracteriza a estrutura como de nós rígidos desprezando-se assim os efeitos de segunda
ordem de acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014). A velocidade do vento adotada no projeto
foi de 42 m/s, velocidade esta considera para a cidade de Blumenau/SC. Em todos os
modelos nos pilares apoiados sobre a laje foram utilizados capiteis, tanto de borda como
os centrais, com a mesma espessura da laje.
Para o dimensionamento das lajes Bubbledeck foram necessárias algumas considerações
especiais. O modelo de cálculo adotado para simular o comportamento da laje Bubbledeck
foi o de uma laje maciça sendo que as propriedades do concreto como a resistência e o
peso próprio foram ajustados. Para determinação do peso próprio das lajes Bubbledeck de
cada modelo foram calculados inicialmente os volumes de concretos de uma laje maciça
de mesma altura sendo subtraído desta o volume equivalente das esferas empregadas no
projeto. O volume restante então foi multiplicado pela massa especifica do concreto
determinando-se assim a massa total da laje. Esta massa total foi então dividida pela área
da laje e assim determinou-se a massa específica equivalente do concreto. Assim para a
laje com espessura de 23 centímetros a massa específica resultante foi de 1.713 kg/m³,
para a laje com espessura de 34 centímetros a massa específica resultante foi de 1.694
kg/m³ e para a laje com espessura de 39 centímetros a massa especifica resultante foi de
1.675 kg/m³. Para a verificação das flechas dos modelos empregou-se uma redução da
inércia da laje. Esta consideração foi feita seguindo o mesmo critério adotado por Guedes
e Andrade (2015) que empregaram um fator igual a 0,9 do coeficiente que seria utilizado
em uma laje lisa ou cogumelo de mesma altura (0,9 X EI – módulo de elasticidade x
momento de inércia). Também de acordo com Guedes e Andrade (2015) foram minoradas
as resistências do concreto ao esforço cortante empregando-se um fator de redução de 0,6.
2.2 Custos unitários
Na tabela 1 são apresentados os custos unitários dos insumos empregados nos diferentes
modelos. Os custos unitários de mão de obra e material relativos ao serviço de armaduras
(aço) foram apropriados das tabelas do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices
da Construção Civil (SINAP) de agosto de 2016. Os custos dos insumos de concreto com
material em mão de obra foram também apropriados da mesma publicação. Quanto as
formas o serviço de montagem e desmontagem foi apropriado da tabela SINAP contudo o
custo unitário do aluguel do material em si apropriado junto ao fornecedor Atex, sendo
considerado um ciclo de concretagem de duas semanas por pavimento.
Quanto ao custo das esferas plásticas (Bubbledeck) não se conseguiu apropriar seu custo
unitário tampouco os mesmos constam em qualquer tabela ou publicação da área. Foram
feitos contatos com o fabricante, contudo o mesmo não disponibilizou os dados para

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realização da comparação. Por este motivo o custo será considerado uma incógnita nas
comparações de custo.

Tabela 1 – Custos unitários empregados no estudo.


Insumo Unidade Custo Unitário
Aço ca-60, 5,0 mm, dobrado e cortado Kg 4,03
Aço ca-50, 6,3 mm, dobrado e cortado Kg 4,55
Aço ca-50, 8,0 mm, dobrado e cortado kg 4,55
Aço ca-50, 10,0 mm, dobrado e cortado Kg 4,36
Aço ca-50, 12,5 mm, dobrado e cortado Kg 4,13
Aço ca-50, 16,0 mm, dobrado e cortado Kg 4,13
Aço ca-50, 20,0 mm, dobrado e cortado Kg 4,13
Aço ca-50, 25,0 mm, dobrado e cortado Kg 4,13
Aço ca-25, 32,0 mm, dobrado e cortado Kg 4,13
Aço ca-25, 40,0 mm, dobrado e cortado Kg 4,13
Concreto usinado bombeável com brita 0 e 1, Slump = 100 mm +/- 20
m³ 249,85
mm, fck = 25 MPa, inclui serviço de bombeamento (NBR 8953)
Concreto usinado bombeável com brita 0 e 1, Slump = 100 mm +/- 20
m³ 431,97
mm, fck = 50 MPa inclui serviço de bombeamento (NBR 8953)
Montagem e desmontagem de fôrma de laje nervurada com cubeta e
assoalho o com área média menor ou igual a 20 m², pé-direito simples, m² 45,85
em chapa de madeira compensada resinada, 8 utilizações. Af_12/2015
Montagem e desmontagem de fôrma de laje maciça com área média
maior que 20 m², pé-direito simples, em chapa de madeira m² 26,58
compensada resinada, 4 utilizações. Af_12/2015
Montagem e desmontagem de fôrma de viga, escoramento com garfo
de madeira, pé-direito simples, em chapa de madeira resinada, 4 m² 75,81
utilizações.
Montagem e desmontagem de fôrma de pilares retangulares e
estruturas similares com área média das seções maior que 0,25 m²,
m² 56,59
pé-direito simples, em chapa de madeira compensada resinada, 4
utilizações. Af_12/2015
B25/80/80
B25/40/80 un. 0,60
B25/80/40
B20/80/80
B20/40/80 un. 0,58
B20/80/40
B32,5/90/90
B32,5/45/90 un. 1,09
B32,5/90/45

3. Resultados
Primeiramente são apresentados os quantitativos e os custos do modelo 1 na tabela 2. O
valor das lajes nesta estrutura representa mais de 75% do custo. Já analisando somente o
custo da laje o insumo mais representativo foi o aço no modelo 1. Na tabela 3 são
apresentados os custos do modelo 2. O modelo 2 apresentou um custo 8% superior ao
custo do modelo 1. Este custo maior se deveu principalmente pelo maior custo unitário do
concreto C50. A pesar de as lajes apresentarem um consumo menor de aço no modelo 2
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o maior custo do concreto C50 mostrou-se preponderante no custo final da laje e da
estrutura do modelo 2.

Tabela 2 – Composição de custo do modelo 1 Tabela 3 – Composição de custo do modelo 2


Custo Custo
Insumo Unid. Índice Unitário Custo Total Insumo Unid. Índice Unitário Custo Total
Aço - Ø 5,00 mm kg 3496,5 4,03 14.090,90 Aço - Ø 5,00 mm kg 4509,4 4,03 18.172,88
Aço - Ø 6,30 mm kg 10111,1 4,55 46.005,51 Aço - Ø 8,00 mm kg 21507,1 4,55 97.857,31
Aço - Ø 8,00 mm kg 14453,0 4,55 65.761,15 Aço - Ø 10,0 mm kg 3247,0 4,36 14.156,92
Aço - Ø 10,0 mm kg 10821,4 4,36 47.181,30 Aço - Ø 12,5 mm kg 20167,9 4,13 83.293,43
Aço - Ø 12,5 mm kg 1975,7 4,13 8.159,64 Aço - Ø 16,0 mm kg 3874,9 4,13 16.003,34

Laje
Aço - Ø 16,0 mm kg 3799,7 4,13 15.692,76 Aço - Ø 20,0 mm kg 6146,0 4,13 25.382,98
Laje

Aço - Ø 20,0 mm kg 10363,4 4,13 42.800,84 Aço - Ø 25,0 mm kg 4608,0 4,13 19.031,04
Aço - Ø 25,0 mm kg 7307,6 4,13 30.180,39 Concreto C50 m³ 453,4 431,97 195.855,20
Concreto C25 m³ 636,8 249,90 159.136,32 Forma - madeira m² 14,1 45,90 647,19
Forma - madeira m² 14,1 45,90 647,19 Forma - cubetas m² 3586 45,85 164.413,52
Forma - cubetas m² 3586 45,85 164.413,52 Total Laje R$ 634.813,79
Total Laje R$ 594.069,51 Aço - Ø 5,00 mm kg 1081,4 4,03 4.358,04
Aço - Ø 5,00 mm kg 931,3 4,03 3.753,14 Aço - Ø 6,30 mm kg 1338,5 4,55 6.090,18
Aço - Ø 6,30 mm kg 1374,3 4,55 6.253,07 Aço - Ø 8,00 mm kg 425,2 4,55 1.934,66
Aço - Ø 8,00 mm kg 726,4 4,55 3.305,12 Aço - Ø 10,0 mm kg 570,3 4,36 2.486,51
Vigas

Aço - Ø 10,00 mm kg 489,4 4,36 2.133,78 Aço - Ø 12,5 mm kg 1016,7 4,13 4.198,97
Vigas

Aço - Ø 12,50 mm kg 864,0 4,13 3.568,32 Aço - Ø 16,0 mm kg 456,9 4,13 1.887,00
Aço - Ø 16,00 mm kg 966,3 4,13 3.990,82 Concreto C50 m³ 68,3 431,97 29.503,55
Concreto C25 m³ 68,3 249,85 17.064,76 Formas - madeira m² 780,8 75,81 59.192,45
Formas - madeira m² 780,8 75,81 59.192,45 Total Vigas R$ 109.651,35
Total Vigas R$ 99.261,45 Aço Ø 5,0 mm kg 2702,8 4,03 10.892,28
Aço Ø 5,0 mm kg 2422,1 4,03 9.761,06 Aço Ø 10,0 mm kg 3081,7 4,36 13.436,21
Pilares

Aço Ø 10,0 mm kg 3114,1 4,36 13.577,48 Concreto C50 m³ 65,6 431,97 28.337,23
Pilares

Aço Ø 12,5 mm kg 66,3 4,13 273,82 Formas - madeira m² 525,0 56,59 29.709,75
Concreto C25 kg 65,6 249,85 16.390,16 Total Pilares R$ 82.375,48
Formas - madeira m² 525,0 56,59 29.709,75 Aço Ø 10,0 mm kg 100,9 4,36 439,92
Total Pilares R$ 69.712,27 Aço Ø 12,5 mm kg 675,2 4,13 2.788,58
Sapatas

Aço Ø 12,5 mm kg 883,8 4,13 3.650,09 Aço Ø 12,5 mm kg 1000,2 4,13 4.130,83
Aço Ø 12,5 mm kg 1268,9 4,13 5.240,56 Concreto C50 m³ 25,7 431,97 11.101,63
Sapatas

Concreto C25 m³ 29,7 249,9 7.420,55 Forma – Madeira m² 35,7 57,05 2.036,69
Forma - Madeira m² 37,2 57,05 2.122,26 Total Sapatas R$ 20.497,64
Total Sapatas R$ 18.433,46 Total Modelo 2 - R$ 847.338,26
Total Modelo 1 - R$ 781.476,69

Na tabela 4 são apresentados os custos do modelo 3, estrutura com vão de 15 metros e


concreto 25 MPa. No modelo 3 o custo da laje representa aproximadamente 80% do custo
da estrutura. Considerando somente a laje do modelo 3 o insumo mais representativo é o
aço que representa 74% do custo da laje. O custo do concreto na laje do modelo 3 é
equivalente ao custo das formas. Já para as vigas do modelo 3 o custo das formas das
vigas é o insumo mais representativo, equivale aproximadamente 50% do custo. Para os
pilares do modelo 3 o custo mais significativo também o aço.
Na tabela 5 são apresentados os custos do modelo 4, estrutura com vão de 15 metros e
concreto 50 MPa. O custo total da estrutura 4 apresentou-se superior ao custo da estrutura
do modelo 3. O modelo 4 é cerca de 14% mais custoso (R$ 245.619 mais caro) esse maior
custo também é atribuído ao custo unitário do concreto C50. O aumento do custo do
concreto (C50) empregado nas lajes aumentou o custo total em mais de R$ 80.000.

ANAIS DO 59º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2017 – 59CBC2017 9


Assim para os vãos de 7,5 metros e de 15 metros para a sobrecarga de 300 kgf/m² as
estruturas empregando concreto C25 apresentaram menor custo.

Tabela 4 – Composição de custo do modelo 3 Tabela 5 – Composição de custo do modelo 4


Custo Custo
Insumo Unid. Índice Unitário Custo Total Insumo Unid Índice Unitário Custo Total
Aço - Ø 8,00 mm kg 6942,2 4,55 31.587,01 Aço - Ø 5,00 mm kg 18194,2 4,03 73.322,63
Aço - Ø 12,5 mm kg 134,5 4,13 555,49 Aço - Ø 8,00 mm kg 3885,5 4,55 17.679,03
Aço - Ø 16,0 mm kg 894,1 4,13 3.692,63 Aço - Ø 10,0 mm kg 105,8 4,36 461,29
Aço - Ø 20,0 mm kg 148637 4,13 613.874,53 Aço - Ø 12,5 mm kg 1049,4 4,13 4.334,02
Laje

Aço - Ø 25,0 mm kg 83072,8 4,13 343.090,66 Aço - Ø 16,0 mm kg 71326,4 4,13 294.578,03

Laje
Concreto C25 m³ 730,0 249,85 182.390,50 Aço - Ø 20,0 mm kg 16848,2 4,13 69.583,07
Forma - madeira m² 16,3 45,90 748,17 Aço - Ø 25,0 mm kg 143598,3 4,13 593.060,98
Forma - cubetas m² 3584 45,85 164.312,65 Concreto C50 m³ 610,8 431,97 263.847,28
Total Laje R$ 1.340.251,63 Forma - madeira m² 16,3 45,90 748,17
Aço - Ø 6,30 mm kg 4715,5 4,55 21.455,53 Forma - cubetas m² 3584 45,85 164.312,65
Aço - Ø 8,00 mm kg 4020,1 4,55 18.291,46 Total Laje R$ 1.481.927,13
Aço - Ø 10,0 mm kg 572,0 4,36 2.493,92 Aço - Ø 5,00 mm kg 3408,0 4,03 13.734,24
Aço - Ø 6,30 mm kg 29,7 4,55 135,14
Vigas

Aço - Ø 12,5 mm kg 1453,2 4,13 6.001,72


Aço - Ø 16,0 mm kg 2607,7 4,13 10.769,80 Aço - Ø 8,00 mm kg 3990,6 4,55 18.157,23
Concreto C25 m³ 223,2 249,85 55.766,52 Aço - Ø 12,5 mm kg 5062,6 4,13 20.908,54
Vigas

Formas - madeira m² 1636,8 75,81 124.085,81 Aço - Ø 16,0 mm kg 2798,8 4,13 11.559,04
Total Vigas R$ 238.864,75 Concreto C50 m³ 223,2 431,97 96.415,70
Aço Ø 5,0 mm kg 4856,7 4,03 19.572,50 Formas - madeira m² 1636,8 75,81 124.085,81
Aço Ø 12,5 mm kg 759,8 4,13 3.137,97 Aço - Ø 5,00 mm kg 3408,0 4,03 13.734,24
Aço Ø 16,0 mm kg 3535,5 4,13 14.601,62 Total Vigas R$ 284.995,70
Pilares

Aço Ø 20,0 mm kg 291,7 4,13 1.204,72 Aço Ø 5,0 mm kg 6319,7 4,03 25.468,39
Concreto C25 m³ 106,2 249,85 26.534,07 Aço Ø 12,5 mm kg 217,4 4,13 897,86
Formas - madeira m² 424,8 56,59 24.039,43 Aço Ø 16,0 mm kg 3648,4 4,13 15.067,89
Pilares

Total Pilares R$ 89.090,31 Aço Ø 20,0 mm kg 258,5 4,13 1.067,61


Aço Ø 10,0 mm kg 100,9 4,36 439,92 Concreto C50 m³ 106,2 431,97 45.875,21
Aço Ø 12,5 mm kg 675,2 4,13 2.788,58 Formas - madeira m² 424,8 56,59 24.039,43
Sapatas

Aço Ø 12,5 mm kg 1000,2 4,13 4.130,83 Total Pilares R$ 112.416,40


Concreto C25 m³ 25,7 431,97 11.101,63 Aço Ø 8,0 mm kg 1036,7 4,55 4.716,99
Forma - Madeira m² 35,7 57,05 2.036,69 Aço Ø 25,0 mm kg 3332,6 4,13 13.763,64
Sapatas

Total Sapatas R$ 20.497,64 Aço Ø 32,0 mm kg 2339,5 4,13 9.662,14


Total Modelo 3 - R$ 1.688.704,33 Concreto C50 m³ 57,7 431,97 24.924,67
Forma - Madeira m² 33,6 57,05 1.916,88
Total Sapatas R$ 54.984,31
Total Modelo 4 - R$ 1.934.323,53

Os custos do modelo 5 estão apresentados na tabela 6. O modelo 5 apresenta vão de 7,5


metros ente eixos de pilares, concreto com 25 MPa e laje Bubbledeck. O principal custo da
estrutura do modelo 5 é a laje. É importante destacar que as esferas as Bubbledeck não
foram consideradas no custo pois o custo unitário das mesmas não foi disponibilizado pelo
fabricante.
Na tabela 7 são apresentados os custos do modelo 6 que apresenta as mesmas
características do modelo 5 porem emprega concreto C50. O modelo 6 apresentou custo
16% superior ao custo do modelo 5.

ANAIS DO 59º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2017 – 59CBC2017 10


Tabela 6 – Composição de custo do modelo 5 Tabela 7 – Composição de custo do modelo 6
Custo Custo
Insumo Unid. Índice Unitário Custo Total Insumo Unid Índice Unitário Custo Total
Aço - Ø 5,00 mm kg 7762,4 4,03 31.282,47 Aço - Ø 5,00 mm Kg 7250,3 4,03 29.218,71
Aço - Ø 8,00 mm kg 722,8 4,55 3.288,74 Aço - Ø 8,00 mm kg 848,8 4,55 3.862,04
Aço - Ø 10,0 mm kg 18880,2 4,36 82.317,67 Aço - Ø 10,0 mm kg 18399,4 4,36 80.221,38
Aço - Ø 12,5 mm kg 26818,1 4,13 110.758,75 Aço - Ø 12,5 mm kg 38542,9 4,13 159.182,18
Aço - Ø 16,0 mm kg 22507,0 4,13 92.953,91
Aço - Ø 16,0 mm kg 38369,9 4,13 158.467,69

Laje
Aço - Ø 20,0 mm kg 1456,9 4,13 6.017,00
Laje

Aço - Ø 20,0 mm kg 1353,1 4,13 5.588,30 Aço - Ø 25,0 mm kg 625,0 4,13 2.581,25
Aço - Ø 25,0 mm kg 1101,9 4,13 4.550,85 Concreto C50 m³ 753,2 431,97 325.357,97
Concreto C25 m³ 753,2 249,90 188.223 Forma - madeira m² 3600,0 26,58 95.688,00
Forma - madeira m² 3600,0 26,58 95.688,00 Esferas Ø 18 cm un 20.985 incógnita
Esferas Ø 18 cm un 20.985 incógnita Total Laje R$ 795.082,44
Total Laje R$ 680.166 Aço - Ø 5,00 mm kg 1109,4 4,03 4.470,88
Aço - Ø 5,00 mm kg 697,7 4,03 2.811,73 Aço - Ø 6,30 mm kg 1338,5 4,55 6.090,18
Aço - Ø 6,30 mm kg 1355,6 4,55 6.167,98 Aço - Ø 8,00 mm kg 673,8 4,55 3.065,79
Aço - Ø 10,0 mm kg 1035,7 4,36 4.515,65
Vigas

Aço - Ø 8,00 mm kg 729,8 4,55 3.320,59


Aço - Ø 12,5 mm kg 416,0 4,13 1.718,08
Vigas

Aço - Ø 10,0 mm kg 416,5 4,36 1.815,94


Aço - Ø 16,0 mm kg 147,2 4,13 607,94
Aço - Ø 12,5 mm kg 1771,5 4,13 7.316,30 Concreto C50 m³ 68,3 431,97 29.503,55
Concreto C25 m³ 68,3 249,85 17.064,76 Formas - madeira m² 780,8 75,81 59.192,45
Formas - madeira m² 780,8 75,81 59.192,45 Total Vigas R$ 109.164,51
Total Vigas R$ 97.689,74 Aço Ø 5,0 mm kg 2802,7 4,03 11.294,88
Aço Ø 5,0 mm kg 2324,4 4,03 9.367,33 Aço Ø 10,0 mm kg 3081,7 4,36 13.436,21
Pilares

Aço Ø 10,0 mm kg 3040,8 4,36 13.257,89 Concreto C50 m³ 65,6 431,97 28.337,23
Pilares

Aço Ø 12,5 mm kg 198,9 4,13 821,46 Formas - madeira m² 525,0 56,59 29.709,75
Concreto C25 m³ 65,6 249,85 16.390,16 Total Pilares R$ 82.778,08
Formas - madeira m² 525,0 56,59 29.709,75 Aço Ø 10,0 mm kg 132,9 4,36 579,44
Total Pilares R$ 69.546,59 Aço Ø 20,0 mm kg 765,3 4,13 3.160,69
Sapatas

Aço Ø 25,0 mm kg 1096,1 4,13 4.526,89


Aço Ø 10,0 mm kg 132,9 4,36 579,44
Concreto C50 m³ 27,5 431,97 11.879,18
Aço Ø 20,0 mm kg 765,3 4,13 3.160,69
Forma - Madeira m² 36,6 57,05 2.088,03
Sapatas

Aço Ø 25,0 mm kg 1096,1 4,13 4.526,89 Total Sapatas R$ 22.234,23


Concreto C25 m³ 27,5 249,9 6.870,88 Total Modelo 6 - R$ 1.009.259,3
Forma - Madeira m² 36,6 57,05 2.088,03
Total Sapatas R$ 17.225,93
Total Modelo 5 - R$ 864.628,35

Por fim na tabela 8 e na tabela 9 são apresentados os custos dos modelos 7 e 8


respectivamente. No modelo 7 o custo das lajes representou 72% do custo da estrutura e
as vigas 15%. No custo das lajes do modelo 7 o insumo mais oneroso foi novamente o aço
que representou 66% do custo seguido do concreto que representou 25% do custo.
O custo do modelo 8 também se apresentou maior, a exemplo do que já havia ocorrido nas
comparações feitas anteriormente onde o concreto C50 aumentou o custo das estruturas
nas comparações diretas com o concreto C25. Nas lajes do modelo 8 o custo do concreto
correspondeu a 30 % do custo, enquanto o aço representou 64%. No custo total o modelo
8 ficou 24% mais caro que o modelo 7. Novamente o fator preponderante nessa diferença
de custo foi o custo unitário do concreto C50. O custo do concreto C50 é 72,9% maior que
o custo do concreto C25.

ANAIS DO 59º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2017 – 59CBC2017 11


Tabela 8 – Composição de custo do modelo 7 Tabela 9 – Composição de custo do modelo 8
Custo Custo
Insumo Unid. Índice Unitário Custo Total Insumo Unid. Índice Unitário Custo Total
Aço - Ø 5,00 mm kg 17758,8 4,03 71.567,96 Aço - Ø 5,00 mm kg 23441,5 4,03 94.469,25
Aço - Ø 8,00 mm kg 30773,5 4,55 140.019,43 Aço - Ø 8,00 mm kg 30773,5 4,55 140.019,43
Aço - Ø 12,5 mm kg 66106,4 4,13 273.019,43 Aço - Ø 10,0 mm kg 604,0 4,36 2.631,70
Aço - Ø 16,0 mm kg 5233,5 4,13 21.614,36 Aço - Ø 12,5 mm kg 27844,5 4,13 114.997,79
Aço - Ø 16,0 mm kg 86977,5 4,13 359.217,08
Aço - Ø 20,0 mm kg 47203,9 4,13 194.952,11

Laje
Laje

Aço - Ø 20,0 mm kg 13145,4 4,13 54.290,50


Aço - Ø 25,0 mm kg 25248,5 4,13 104.276,31 Aço - Ø 25,0 mm kg 62035,4 4,13 256.206,20
Concreto C25 m³ 1262,6 249,85 315.468,18 Concreto C50 m³ 1112,2 431,97 480.438,55
Forma - madeira m² 3600,0 26,58 95.688,00 Forma - madeira m² 3600,0 26,58 95.688,00
Esferas Ø 31,5 cm un 6.956 incógnita Esferas Ø 27,0 cm un 9.408 incógnita
Total Laje R$ 1.216.605 Total Laje R$ 1.597.958
Aço - Ø 6,30 mm kg 4715,5 4,55 21.455,53 Aço - Ø 5,00 mm kg 764,8 4,03 3.082,14
Aço - Ø 8,00 mm kg 4020,1 4,55 18.291,46 Aço - Ø 6,30 mm kg 1874,8 4,55 8.530,34
Aço - Ø 10,0 mm kg 572,0 4,36 2.493,92 Aço - Ø 8,00 mm kg 3231,9 4,55 14.705,15
Aço - Ø 10,0 mm kg 1067,1 4,36 4.652,56
Vigas

Aço - Ø 12,5 mm kg 1453,2 4,13 6.001,72


Vigas

Aço - Ø 12,5 mm kg 4290,7 4,13 17.720,59


Aço - Ø 16,0 mm kg 2607,7 4,13 10.769,80 Aço - Ø 16,0 mm kg 434,0 4,13 1.792,42
Concreto C25 m³ 223,2 249,85 55.766,52 Aço - Ø 20,0 mm kg 5824,0 4,13 24.053,12
Formas - madeira m² 1636,8 75,81 124.085,81 Concreto C50 m³ 167,4 431,97 72.311,78
Total Vigas R$ 238.864,75 Formas - madeira m² 1264,8 75,81 95.884,49
Aço Ø 5,0 mm kg 5288,3 4,03 21.311,85 Total Vigas R$ 242.732,58
Aço Ø 10,0 mm kg 491,7 4,36 2.143,81 Aço Ø 5,0 mm kg 5667,8 4,03 22.841,23
Pilares

Aço Ø 16,0 mm kg 4267,0 4,13 17.622,71 Aço Ø 10,0 mm kg 336,7 4,36 1.468,01
Aço Ø 12,0 mm kg 151,0 4,13 623,63
Pilares

Concreto C25 m³ 106,2 249,85 26.534,07


Aço Ø 16,0 mm kg 3741,0 4,13 15.450,33
Formas - madeira m² 424,8 56,59 24.039,43
Concreto C50 m³ 106,2 431,97 45.875,21
Total Pilares R$ 91.651,87
Formas - madeira m² 424,8 56,59 24.039,43
Aço Ø 32,0 mm kg 3991,2 4,13 16.483,66 Total Pilares R$ 110.297,85
Aço Ø 40,0 mm kg 14722,7 4,13 60.804,75
Sapatas

Aço Ø 25,0 mm kg 8313,9 4,13 34.336,41


Concreto C25 m³ 129,3 249,85 32.305,61 Aço Ø 32,0 mm kg 8654,5 4,13 35.743,09
Sapatas

Forma - Madeira m² 130,4 57,05 7.439,32 Concreto C50 m³ 119,4 431,97 51.577,22
Total Sapatas R$ 117.033,33 Forma - Madeira m² 125,6 57,05 7.165,48
Total Modelo 7 - R$ 1.683.482,85 Total Sapatas R$ 128.822,19
Total Modelo 8 - R$ 2.079.811,11

A figura 14 apresenta um comparativo geral dos custos dos oito modelos estudados.
Primeiramente é notório que o custo dos modelos 1, modelo 2, modelo 3 e modelo 4 que
apresentam vão de 7,5 metros é bastante inferior ao custo dos modelos cujo vão entre
pilares é 15 metros. Comparando-se o custou do modelo 1 e modelo 2 ao custo do modelo
5 e modelo 6 fica claro que o a alternativa mais econômica é a laje nervurada tanto para o
concreto C25 quanto para o concreto C50. É importante destacar ainda que no custo do
modelo 5 e modelo 6 não foi considerado o custo das esferas (Bubbledeck).
Para o vão de 15 metros e concreto C50 a alternativa empregando laje nervurada (modelo
4) também apresentou custo inferior ao modelo 8 que emprega Bubbledeck, mesmo não
tendo sido considerado o custo das esferas (Bubbledeck). Por fim compara-se o custo do
modelo 3 e do modelo 7. Para que o modelo 7 seja igual o menor do que o custo do modelo
3 as esferas de 31,5 centímetros deveriam ter um custo igual ou menor do que R$ 0,75.
Com custo igual a R$ 0,75 o custo do modelo 3 e modelo 7 seriam iguais.
ANAIS DO 59º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2017 – 59CBC2017 12
2.500.000

2.079.811
Custo do modelo em reais (R$)

1.934.324
2.000.000
1.688.704 1.683.483

1.500.000

1.009.259
1.000.000 847.338 864.628
781.477

500.000

-
1 2 3 4 5 6 7 8
Modelo

Figura 14 – Comparativo geral dos custos dos modelos estudados.


Na figura 15 são ilustrados os custos dos modelos com vão de 7,5 metros de vão entre
pilares. Tanto nos modelos empregando laje Bubbledeck quanto nos modelos empregando
laje nervurado o principal custo corresponde ao aço das lajes. O custo o custo do concreto
da laje é destacado para os modelos empregando concreto C50.
Aço laje
400.000
Forma sapatas 350.000 Concreto laje
300.000
250.000
Concreto sapatas 200.000 Forma laje
150.000
100.000
50.000
Aço sapatas 0 Aço vigas

Formas pilares Concreto vigas

Concreto pilares Formas vigas M 1 - Ner C25


M 2 - Ner C50
Aço pilares M 5 - Bub C25
M 6 - Bub C50
Figura 15 – Custos dos modelos com vão de 7,5 metros entre pilares.
Na figura 16 são apresentados os custos dos modelos com vão entre eixos de pilares de
15 metros. De forma análoga ao ocorrido com os modelos com vão de 7,5 metros nos
modelos com vão de 15 metros o aço das lajes também foi o insumo com maior custo. No
modelo 8 o custo do concreto também foi bastante elevado comparativamente ao custo dos
demais insumos.

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Aço laje
1.200.000
Forma sapatas Concreto laje
1.000.000
800.000
Concreto sapatas 600.000 Forma laje
400.000
200.000
Aço sapatas 0 Aço vigas

Formas pilares Concreto vigas

Concreto pilares Formas vigas M 3 - Ner C25


M 4 - Ner C50
Aço pilares M 7 - Bub C25
M 8 - Bub C50
Figura 16 – Custos dos modelos com vão de 15 metros entre pilares.

4. Considerações finais
O objetivo desse estudo foi realizar um comparativo entre a tecnologia de laje tipo
Bubbledeck e as lajes tipo nervuradas empregando concretos de alta resistência. Para isso
realizou-se o dimensionamento duas estruturas com vão de 7,5 metros e 15 metros de vão
entre eixos de pilares ambas com 900 m² em planta e três pavimentos. Foram empregados
concretos com resistência de 25 MPa e 50 MPa de resistência em oito modelos. Como
principais considerações finais destaca-se:
a) O concreto C25 mostrou-se mais econômico para todos os modelos estudados no
presente trabalho, tanto nas lajes nervuradas quanto nas lajes Bubbledeck.
b) Para o vão de 7,5 metros entre eixos de pilares as lajes nervuradas apresentaram
custo menor em relação ao custo das lajes Bubbledeck.
c) Para o vão de 15 metros entre eixos de pilares as lajes Bubbledeck apresentam
custo menor somente se o custo das esferas for inferior a R$ 0,75 a unidade, caso
o custo unitário das esferas for superior a R$ 0,75 as lajes nervuradas são mais
econômicas.
Como sugestão para estudos futuros recomenda-se realizar um estudo comparativo entre
as lajes Bubbledeck incorporadas a pré-laje com lajes alveolares, nos moldes do presente
trabalho.
5. Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6118: Projeto de
estruturas de concreto. Rio de Janeiro, 2014.

ARAÚJO, José Milton de. Curso de concreto armado.3. ed. Rio Grande: Dunas, 2010. 4v,
il.

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Acesso em: 26 mai. 2016.

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estruturas utilizando lajes do tipo Bubbledeck. 2015. 106 f. TCC (Graduação) - Curso
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2015

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nervurada – Viabilidade Técnica e Econômica. 2015. 91 f. TCC (Graduação) - Curso de
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