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ATIVIDADE AVALIATIVA

Alunos: Paulo Roberto de Souza Anastácio


Disciplina: Teoria e Metodologia da História I
Professora: Izaac Herder
Turma: 4° Período de Licenciatura em História
Data de Entrega: 06 de setembro de 2017

RESENHA
História e Historiografia nos Séculos XIX e XXI:
do Cientificismo à História Cultural.
Simone Aparecida Borges Dantas

Resenha de artigo de caráter avaliativo e para obtenção de conhecimento acerca do


tema.

HISTÓRIA – EM BUSCA DA SUA PRÓPRIA


LEGITIMIDADE
DANTAS, Simone
Aparecida Borges. História e
Historiografia Nos Séculos
XIX e XXI: Do Cientificismo
à História Cultural. 2007. 10
pág. Artigo Científico -
Universidade Federal de
Goiás, Goiânia.

Simone Aparecida Borges Dantas é mestre em educação e leciona no curso de


História da Universidade Federal de Goiás, seu artigo é uma síntese sobre a evolução da
História e Historiografia do século XIX até a contemporaneidade.

Umas das principais referências historiográficas ao qual ainda afetam o modo


como se produz e trabalha a história hoje surgiram na Europa do século XIX. O principal
motivo para que tais correntes ocorressem nesse período foram os movimentos de
unificação e afirmação das nacionalidades europeias. Dantas afirma que;

...diante do ideário liberal burguês, não se encontravam mais no plano divino,


mas, sim, na legitimidade conferida pelo povo ao seu governante. De tal modo,
da relação entre o povo e nação, advinda após a implantação do Estado burguês,
é que se depreendem as bases do nacionalismo. (pág. 01)
Ou seja, uma vez que o povo assume o poder, a legitimidade deste posto deveria
ser buscada por meios históricos que conferissem uma identidade da sociedade com os
novos governos. Nessa perspectiva os historiadores foram exaltados pelos novos
governos e buscaram meios mais eficazes e científicos na construção dessas nações recém
unificadas.

A História como ciência positiva surgiu com esse pressuposto científico de buscar
maior objetividade. Entretanto desconsiderou muito a subjetividade não contida nos
documentos oficiais. Dantas aponta;

Pode-se dizer que a influência do Positivismo para a


historiografia do século XIX relaciona-se à concepção do método. Ao
lado dessa tendência, existe o ideal de ver a história figurar ao lado das
ciências da natureza. Assim há uma busca pelo rigor, pela técnica, e o
método erudito é transformado em método histórico, enrijecendo-se e
tornando-se dogmático. Os historiadores tornam-se meros técnicos,
possuindo como tarefa principal a verificação dos fatos. É a partir
dessas características que muitos críticos da atualidade, classificam a
História do século XIX de Positivista. (pág. 03)

Já na França outro tipo de historiografia vinha sendo executada no fim do século


XIX, comumente confundida com o positivismo, a historiografia metódica francesa se
restringia em reunir e criticar os documentos, ou seja, determinar fatos e estabelecer a
história a partir deste. Havia então um método básico para construir a história.

Esse modelo historiográfico francês pretendia romper laços com a política e a


religião que interferiam muito na construção da história. A materialização dessas
perspectivas foi corporificada em “A Revista Histórica”, periódico que circulou nas
principais faculdades da Europa.

Dantas também pontua o idealismo alemão, corrente filosófica que teve como
expoente Hegel, que pontuava com primazia a importância da dialética nos processos de
construção e análise da história. Outros pensadores alemães que também tiveram destaque
foram Engels e Marx que formularam uma nova concepção filosófica do
mundo, baseada no materialismo histórico, na dialética agora numa percepção menos
teórica e filosófica, e mais ligada a realidade, de um modo especial ligada às relações da
sociais e de produção.

A autora faz uma pontuação importante a seguir;


...Ao decorrer do século XX, todavia, enquanto Engels postulava o
seguinte: “Nossa concepção de história é, antes de tudo, uma diretriz para o
estudo” (Engels, 1890 apud Glénisson, 1991, p. 225), muitos historiadores
transformavam o materialismo histórico em dogma, levando a uma interpretação
meramente economicista da História e utilizando o método materialista como se
fosse uma “camisa de força”. Tal tendência sobrevive até os dias atuais. Mas o
pensamento de Marx também influenciou e continua influenciando várias
gerações de historiadores, considerados não-dogmáticos, alguns deles
integrantes da chamada Nova História, que contribuem para a formação do
pensamento histórico recente. Deste modo, as mais significativas contribuições
do pensamento de Marx são as análises do todo social. (pág. 06)

Já em 1900 destaca Henri Berr e seu trabalho diante da “Revisão da síntese


histórica” que era um grupo de especialistas que pretendiam superar a historiografia
metódica, inserindo percepções que se valorizem as relações humanas deixada de lado
pelas correntes metódicas e positivistas.

Pela análise de Dantas percebemos o surgimento de correntes mais progressistas,


nesta linha a autora insere os “Annales” que era um periódico acadêmico francês onde
destacam-se os pensadores Braudel e Le Goff, a autora inclusive traz uma citação desse
autor que destaca a abrangência e valorização das fontes históricas que deveriam ser
utilizadas para o processo historiográfico;

[...] escritos de todos os tipos, documentos figurados, produtos de escavações


arqueológicas, Documentos orais, uma estatística, uma curva de preços, uma
fotografia, um filme, ou, para um passado mais distante, um pólen fóssil, uma
ferramenta, um ex-voto são, para a história nova, documentos de primeira ordem
(Le Goff, 1998, p. 28-29) (DANTAS apud LE GOFF, pág. 07)

Dantas descreve em seguida detalhamentos sobre as várias fases dos Annales.

Ao fim a autora destaca que hoje, provavelmente nas universidades, há uma


revisão aos modelos historiográficos, algo que para ela sugere a busca por novas
abordagens teórico metodológicos.

Parece que a autora não tinha grandes pretensões com essa publicação, é uma
síntese elaborada sobre a historiografia contemporânea que não traz grandes abordagens
ou discussões importantes. Pontua de forma cronológica a evolução das correntes
historiográficas de forma que o leitor pode perceber uma progressão nas abordagens.
Entretanto serve apenas como suporte à estudos mais profundos.

Enfim, nota-se que o processo historiográfico se tornou cada vez mais dinâmico e
abrangendo as tecnologias do seu tempo, além também de abrir-se a polifonia de quem
se quer estudou a evolução dos processos historiográficos.

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