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INTRODUÇÃO
(2016/2017)
1.1.Problematização
1
Recorde-se da Taxinomia de Bloom para formulação de objectivos gerais e específicos
1.6.Delimitação do tema/estrutura do trabalho (Deve definir balizas sobre o tema e
justificar as razões da escola do tempo e local de pesquisa; Deve apresentar a
estrutura que o trabalho final resultante desse PP).
2
Lembre-se das regras do resumo
1. OBJECTIVO
2. Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o
método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de
algo particular para uma questão mais ampla, mais geral.
Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual,
partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral
ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos
indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas
nas quais nos baseia-mos.
3. REVISÃO DE LITERATURA
5. Uso da moeda como um meio mais eficaz no processo das trocas, permitindo
que os custos de transacção sejam reduzidos, promovendo dessa forma uma
maior especialização, inovação e crescimento económico (Mishkin, 2000,
Bencivenga e Smith, 1993; La Fuente e Marin, 1996, Devereux e Smith, 1994;
e Obstfeld, 1994).
De acordo com Galor e Moav (2004), desde que se eliminem os factores que
restringem o SF, particularmente o acesso ao crédito, o sistema financeiro pode
catapultar o aumento da eficiência na alocação de capital e a redução da
desigualdade no rendimento, gerando fluxos de capital com retornos de
investimento elevados para os pobres.
Enfim, o Sistema Financeiro pode ser definido como sendo o conjunto de instituições
da economia que auxiliam o encontro dos agentes que possuem poupanças, agentes
superavitários, com os que necessitam de recursos, cujo principal objectivo é
permitir o movimento de fundos emprestáveis entre eles.
Moçambique, assim como grande parte do continente africano esteve, ate o ano de
1975, sob o regime colonialista. A 25 de Junho de 1975 conquista a independência,
transformando-se numa república popular, como um regime de partido único, ate
Novembro de 1990, data da entrada em vigor da constituição que instaurou o regime
democrático multipartidário e um sistema de economia de Mercado.
Assim como bastante concentrado, a maior instituição possui 40% dos activos totais
da banca e os 90% dos activos e passivos da banca é possuído por apenas seis
instituições nomeadamente: ABC, BA, BCI Fomento, Millennium BIM, BIM e
Standard Bank.
No ano de 2003, o sector apresentou lucros positivos (474.322), ainda que menores
que em 2002 (548.303), apresentando uma variação negativa de 13,49%. Esta queda
nos resultados foi causada principalmente pela redução significativa das taxas de
juro activas, redução mais uma vez dos activos de risco com maior retorno na
estrutura dos activos remunerados, e a estabilidade do metical fase ao dólar no
mesmo ano.
Quanto aos indicadores financeiros ROA e ROE, estes também tem vindo a registar
crescimentos, reflectindo a melhoria da rentabilidade do sistema bancário
moçambicano.
Mais uma vez para o ano de 2000, que tendo um resultado líquido bastante
deteriorado apresenta, deste modo os valores de ROA e ROE negativos (-9,32 e –
55,61) o que indica uma ineficiente alocução dos recursos nos bancos de
Moçambique na altura.
As taxas de empréstimo a 180 dias acresceram 5pp e as de 1 ano em 2pp, tendo como
consequência o crescimento dos spreads bancários, visto ainda que as taxas de juros
passivas (depósitos) sofreram duas descidas ao longo do mesmo ano. Por sua vez, a
queda mais acentuada nos spreads ocorre em 2004 (5,47%), tendo como justificação
a tendência decrescente das taxas de juro activas conjugadas com um período de
estabilidade do Metical e baixa inflamação
1. Bancos comerciais;
2. Agencias Cooperativas;
3. Casas de Câmbio;
5. Operadores de micro-credito;
9. Sociedades de Investimento;
Conclusão
Bibliografia
http://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/des2011/IESE_Des2011_8.ExpSer.
Acesso em 30 de Setembro de 2015, pelas 21h:33min.
http://pt.scribd.com/doc/56709340/Sistema-Financeiro-em-Mocambique. Acesso
em 02 de Outubro de 2015, pelas 13h:20min.
1. Introdução
O papel do Estado em suas relações com o mercado sempre constituiu assunto dos mais
discutidos. Após um longo período onde o foco das polêmicas foi a questão da dimensão
da intervenção na economia, o centro dos debates se desloca aparentemente para a sua
natureza.
Em tempos de protagonismo da atividade financeira no conjunto das economias, cresce
de importância não somente o estudo das diferentes alternativas de organização
financeira, como também a disciplina jurídica das relações realizadas no âmbito dos
mercados. A questão passa a compor tema central dado ao interesse público na
manutenção de um mercado o mais eficiente possível; e também controverso, em função
das discussões sobre a intensidade da intervenção estatal.
Ordinariamente, a intervenção se manifesta especialmente através do Gabinente de
Supervisao doBanco de Mocambique. Questões relativas à matéria têm ocupado espaço
relevante no plano internacional em abordagens interdisciplinares, tanto nas esferas
privadas quanto nas públicas, todavia, têm sido pouco verificadas no âmbito da academia
moçambicana. Justificam-se os esforços no sentido da investigação da temática do
financiamento, fenômeno económico com projeção no Direito.
Assim, o objectivo do trabalho é investigar o papel do Estado na regulação do sistema
financeiro. Essa abordagem, necessariamente multidisciplinar, consiste na averiguação
da forma mais ajustada de intervenção do poder público, considerada uma análise crítica
da ordem jurídica moçambicana.
Não obstante a variedade de opções institucionais de organização financeira, o presente
estudo terá seu foco no mercado de capitais, frente à sistemática económico-financeira
institucionalizada na Constituição de 1990. Em meio às diversas questões fundamentais
possíveis, uma assume especial relevância e constitui o problema desta pesquisa: i) Por
que e em que medida regular o mercado de capitais? Em busca de respostas a esta
indagação, o trabalho foi concebido da seguinte forma:
No primeiro item, são apresentadas as premissas gerais que fundamentam o trabalho, isto
é, o fenmeno da intermediação financeira e as diferentes alternativas de organização
institucional financeira. Posteriormente, examina-se de forma ampla o sistema financeiro
e suas relações com o desenvolvimento, para em seguida apresentar as principais
características do sistema financeiro nacional, seus objetivos constitucionais e funções,
bem como estrutura, organização e funcionamento. A pesquisa prossegue com a análise
do mercado de capitais e seus dois principais segmentos, com a descrição de sua
importância econômica e social e precondições para o seu desenvolvimento. Em seguida,
investiga-se o papel do Estado na regulação do mercado de capitais, com prévio exame
da função reguladora, em si, enquanto modalidade de intervenção indireta na economia;
e de maneira específica a regulação no plano dos mercados financeiros e de capitais. Por
fim, apresenta-se o Direito do Mercado de Capitais, com seus objetivos principais de
regulamentação, além do papel da Comissão de Valores Mobiliários.
A metodologia do presente estudo é pautada por um caráter interdisciplinar. Foram
perseguidas contribuições de diferentes campos do conhecimento, em especial Direito e
Economia, para a edificação de um pensamento sistêmico voltado à identificação das
interconexões necessárias entre os objetos de estudo. A pesquisa teve base em fontes
como livros, monografias, artigos científicos, publicações periódicas, impressos diversos,
assinadas por autores contemporâneos, mas sem se esquivar das lições dos clássicos, em
âmbito nacional e internacional, além de busca documental em sítios eletrônicos.
A minha apresentação será dividida em duas partes. Numa primeira parte irei procurar
fazer uma breve caracterização dos sistemas financeiros, abordando as suas funções e
por fim, irei concluir a minha intervenção deixando-vos alguns tópicos de reflexão
2. Sistema Financeiro
a) Caracterização
transacções.
espaço, além fronteiras e entre sectores, facilitando também por esta via a gestão de
Podemos ainda identificar três segmentos, outrora bem distintos – o bancário (que aceita
Por um lado, a gestão de muitas destas instituições financeiras manteve-se fiel aos seus
exposição mais global, provocando por vezes situações de rotura como foram o caso do
b) Regulação
i) Objectivos
eficiente de recursos.
instabilidade vivida na Argentina e que abalou todo o seu sistema financeiro, assistindose
O sistema financeiro também está sujeito a risco sistemático por via dos mercados de
capitais, uma vez que as bolsas, ao transaccionarem activos cada vez mais elaborados e
desses mercados para gerir a sua exposição ao risco e obter o seu funding. Este
fenómeno está bem espelhado na tendência crescente de securitização dos activos dos
investimento. Os bancos comerciais estarão mais protegidos já que a maior parte dos
preços monopolistas mas também para procurar que as forças de mercado fomentem a
consumidor).
financeiras a testes de “fit and proper” como forma de estabelecer ex-ante a sua
agências de rating, são outras medidas que contribuem para minorar os efeitos da
assimetria de informação.
instituições que nele participam agem de acordo com regras e procedimentos que são
comportamental.
A regulamentação prudencial está relacionada com preocupações de solvência e
está associada à forma como é conduzido o negócio pelas instituições financeiras junto
Assim, irei agora apresentar, de forma muito sintética, três possíveis modelos de
supervisão.
Supervisão Institucional
sistemas financeiros onde haja uma clara distinção entre os três segmentos de mercado –
financeiro.
Vantagens
Desvantagens
grandes conglomerados financeiros, a sua implementação é difícil. Por outro lado, uma
vez que a supervisão pretende abarcar toda a actividade dos operadores financeiros,
não se concentram nos segmentos de mercado mas sim nos objectivos da própria
Isto significaria que uma autoridade, que não o Banco Central, seria responsável pela
junto dos clientes e uma terceira entidade iria salvaguardar a competição em todo o
Vantagens
diferentes áreas de actividade, para além de permitir uma regulação uniforme para
Desvantagens
correctamente delimitadas e, por outro lado, como cada intermediário está sujeito ao
ser elevados.
A título de exemplo poderemos referir o Sistema Italiano onde, desde 1998, o controlo
No entanto, esta segregação de funções não se aplica a todo o sistema financeiro mas
Vantagens
assim obtidas, o facto de permitir à autoridade ter uma visão unificada, integrada e
arbitragem “regulatória”.
Desvantagens
por forma a não ser moroso o processo de decisão. Haverá ainda a considerar os
problemas relacionados com objectivos conflituosos de regulação, como seja o trade off
É interessante constatar que este modelo já esteve presente na fase inicial da regulação
do sistema financeiro, papel desempenhado muitas vezes pelo Banco Central. Em face
Sobre os resultados obtidos e o sucesso deste modelo, por certo que o Prof Brealey do
Banco de Inglaterra, aqui presente, poderá prestar os esclarecimentos adicionais que os
Mas qual é então o modelo predominante ou aquele que tem demonstrado melhores
bancária, apesar de existirem países em que essa tarefa é atribuída a uma agência
França. Por outro lado, o sector financeiro é fortemente regulamentado na maioria dos
Assim, poderemos concluir pela coexistência de versões “mix” mas com o predomínio
3. Mercados de capitais
a) Caracterização
de decisões.
verificar que, nos último anos, o peso da capitalização bolsista no PIB tem tido um
crescimento sustentado em países como os EUA e o Reino Unido, mas também noutros
que ocorreu entre 1620 e 1637 na Holanda, ou ao século XVIII, mais precisamente no
ano de 1720 - palco da South Sea bubble. (A título de curiosidade, de referir que a
queda vertiginosa dos preços da South Sea Company terá levado Sir Isaac Newton, a
afirmar “I can calculate the motions of the heavenly bodies but not the madness of
people” depois de ele próprio ter sido prejudicado pela especulação). Estes
acontecimentos originaram reacções oficiais e legislativas contundentes e que
tempo. O mesmo sucedeu entre a II Guerra Mundial e a década de oitenta, com mais ou
menos oscilações.
b) Regulação
i) Objectivos
mercado e estabelecem objectivos a alcançar com a regulação que, nas suas grandes
liquidez dos mercados. Por exemplo, se o vendedor de um activo financeiro não estiver
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pagamento, vai aumentar a interdependência entre várias transacções. Por outro lado
escala, pelo que a maioria dos países tem apenas uma organização de settlement para o
mesmo tipo de activos financeiros. Em caso de falhas nesse sistema, seriam de esperar
Ora, a regulamentação pode minorar estes efeitos através de medidas concretas, como
ainda encontrar formas de reduzir o intervalo de tempo em que os brokers estão sujeitos
globalização dos fluxos de capital faz com que distúrbios nos sistemas de pagamentos
sua propensão para assumir riscos, aumentando por esta via a probabilidade de incorrer
em risco sistémico.
Handa and Schwartz referem num seu trabalho de 1996: “Investors want three things
um agente económico, ao contribuir para uma maior liquidez faz com que todos os
agentes fiquem melhor. No entanto, ao transaccionar no mercado e incrementar a sua
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aumentar. É nesta medida que a liquidez tem associada uma potencial falha de mercado,
Motivo da eficiência
“that markets are fair, efficient and transparent”. A prossecução deste objectivo está
que irá diminuir o bem estar de todos os investidores e que funciona como um custo de
transação.
Um exemplo que ilustra bem esta situação é o caso das ofertas públicas iniciais, onde
mercado daqueles títulos. Por outro lado, o oferente tem incentivo a colocar o preço o
mais alto possível de forma a maximizar o encaixe obtido com a operação, o que leva a
avaliação externa com mais credibilidade, uma vez que tem uma reputação a defender.
substanciais.
confiança no mercado.
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investidor.
confiança dos investidores em geral é que estaremos perante uma externalidade que
reduzir a concorrência. Como exemplo, temos os testes de Fit and Proper que, se por
Por fim, referirei apenas mais um exemplo de regulamentação necessária para incentivar
padrões éticos. No entanto, muitas vezes eles têm fortes incentivos para quebrar esse
referidos padrões e todos acabariam por ficar pior. Haverá uma falha de mercado se os
brokers, grandes investidores ou empresas), o que dificilmente acontece uma vez que
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Protecção do Investidor
anti-trust.
ii) Tipos de regulamentação
No que respeita à auto regulação, são igualmente três as distinções mais comuns:
• Regras definidas por Self Regulatory Organizations (SRO): é o caso das bolsas de
que definem regras de práticas aceites nessa mesma indústria. É o caso de regras de
• Por último, poderão ainda existir regras adoptadas por uma única empresa,
A auto regulação é feita por entidades com uma maior proximidade do mercado, pelo
que é mais flexível e sensível às alterações que nele ocorrem. O próprio sancionamento
desvantagens, donde se destaca o facto de apenas se aplicar a membros uma vez que se
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trata dum sistema assente numa adesão voluntária. Isso não invalida que as normas
4. Conclusões
Gostaria, para finalizar esta já longa intervenção, de deixar alguns tópicos de reflexão
que a globalização e os seus efeitos colaterais nos empurram para uma nova regulação
Os três objectivos da regulação de que falámos são afectados pela globalização. Nesta
enforecement.
electrónicos, como guardar o histórico de informação para provar más condutas, quem
deverá ser regulado e supervisionado, quem responsabilizar pela informação que circula
financeiros. Estes processos colocam problemas relativos, por um lado, à supervisão por
parte das autoridades nacionais e, por outro, à questão das empresas “too big to fail”
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Face a estes desenvolvimentos, a tendência é para a harmonização da regulação e
financeiros, para benefício dos investidores. Para além disso, a harmonização permite
Ainda num contexto europeu, o Financial Services Action Plan (1999) delineou um
financeiros.
No entanto, esta tarefa é muito complexa e difícil face às diferentes tradições legais e de
distintas a assuntos fundamentais como sejam a lei dos valores mobiliários, a protecção
Estou contudo em crer que a afirmação de Hegel “The lesson of history is that men
learn nothing from the lesson of history” não se irá confirmar, e que a comunidade