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EDUCAÇÃO ESPECIAL
JUNDIAÍ / SP
201
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
EDUCAÇÃO ESPECIAL
JUNDIAÍ / SP
INTRODUÇÃO
Cada vez mais as escolas estão recebendo alunos com necessidades especiais. Não
basta apenas admitir a matrícula, isso nada mais é do que cumprir a lei. O que realmente vale
é adotar práticas que oferecem serviços competentes por parte da escola e do educando, isso
requer aprender a estrutura linguística.
Portanto, as escolas comuns devem comprometer-se em acolher a todas as crianças,
incluindo as deficientes. E que para o processo de inclusão escolar é preciso que haja uma
transformação no sistema de ensino que vem beneficiar toda e qualquer pessoa, levando em
conta a especificidade do sujeito e não mais as suas deficiências.
O livro Inclusão Escolar serve também para revelar a posição das autoras em relação à
inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais em turmas regulares.
Percebemos a educação inclusiva iniciando, não desde sempre, como paradigma
educacional. Conceitua-se as necessidades educacionais especiais e são descritas as formas
complementares de atendimento educacional especializado: mediação de aprendizagem e
salas de recurso. Dessa maneira, também se critica as salas de recursos multifuncionais
implantadas pelo Ministério da Educação (MEC), em que um professor deve atender a alunos
com diferentes condições cognitivas,
São analisadas também algumas escolas como alunos que portam muitas necessidades
especiais e que ainda são encaminhados para escolas ou classes ditas especiais. Através de
avaliações descontextualizadas, os alunos não têm a oportunidade de conviver e aprender, ao
seu tempo, com alunos que apresentem um perfil diferente dos seus. Ao mesmo tempo, há
também alunos que são ditos incluídos em escolas que não apresentam qualquer estrutura para
isso, com precários recursos humanos e materiais, que evidenciam ainda mais a dificuldade
desses alunos especiais em um ambiente que em nada lhe favorece.
Durante o livro, percebe-se que o maior obstáculo à educação inclusiva ainda está na
precariedade da formação inicial e continuada dos professores, que não apresentam
conhecimentos específicos sobre como ensinar alunos com diferenças evidentes na
aprendizagem, que não percebem o desenvolvimento desses alunos especiais e observam seu
próprio fracasso a partir de intervenções inadequadas, vindo da falta de uma preparação; são
evidentes os problemas estruturais das escolas que não permite a efetivação de uma práxis
pedagógica inclusiva.
No artigo de Rita de Cássia Barbosa Paiva Magalhães e Erasmo Piessa Ruiz, realiza-se
uma discussão sobre estigma e suas formas de manifestação no currículo da escola, tomando
por base a noção de currículo oculto. Dentro dessa discussão, percebemos que a
estigmatizarão da vida social e escolar está bastante presente, e tal estigma vem de pré e falsos
julgamento de sujeitos que são socialmente consideráveis “desacreditáveis”. Isto pode ter
como consequência uma destruição no processo de constituição de identidades e na forma
como instituições, como a escola, lida com os processos de ensino e aprendizagem para
alunos que historicamente são estigmatizados, tais como os que apresentam deficiências. As
situações de estigmatizarão e discriminação evidenciadas na escola são construções sociais e
se personificam no contexto do currículo. As questões da educação das pessoas com
deficiência podem ser observadas, em situações que mostram os estigmas e os preconceitos
sob a aparente inclusão escolar.
Não percebemos falsos idealistas nos artigos, pelo contrário, critica-se e debate-se os
dilemas atuais da inclusão, desafiando-nos a rever nossos saberes e fazeres ditos inclusivos,
mas que devem a todo tempo ser revistos.
Como futuros pedagogos, criamos uma atividade para ilustrar o trabalho, pensando
sob perspectiva inclusiva, abarcando a alunos deficiência auditiva. Consideramos um
componente importante para a prática de um professor que esteja voltado às práticas
inclusivas.
As crianças com NEE requerem e tem direito a certas modificações ou adaptações
complementares ou suplementares no programa educacional, visando torna-las autônomas e
capazes, dentro de suas limitações, o mais independentes possível para que possam atingir
todo o seu potencial.
A inclusão de alunos com NEE no ensino regular requer uma revisão conceitual da
estrutura curricular dos cursos de formação de professores. A inclusão escolar enfatiza
necessidades de reflexão sobre: as concepções de crenças e atitudes diante da diversidade ou
diferença; a qualidade das ofertas educativas e da gestão e a necessidade de rever os
programas de formação inicial e continuada do professor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho foi importante para perceber as diferenças teóricas e práticas entre os
termos “inclusão” e “integração”, que traz todo um contexto histórico por trás, de muitos anos
de luta para que se conquiste uma efetiva participação de todos os alunos dentro do ambiente
escolar, porte ele ou não necessidades especiais.
Além disso, evidenciamos que, embora haja uma luta cada vez maior para que se
inclua a todos os alunos nas escolas, não distanciando aqueles que necessitam de cuidados
especiais em escolas somente diferenciadas para eles, há ainda muitos obstáculos que
impedem que todas as diversidades sejam contempladas e todos possam, ao seu tempo, somar
seu conhecimento prévio e transformá-lo em outros conhecimentos. Isso porque as estruturas
ainda não apresentam estruturas para receber a todos, tanto no aspecto físico como no
humano, muitos professores ainda não são preparados para essa situação, os cursos de
formação inicial e aprimoramento ainda são poucos para de fato construir novos sujeitos que
possam lidar com todos os tipos de público.
No entanto, não podemos desacreditar e nós, como futuros pedagogos, devemos
sempre olhar a diversidade como a beleza presente na vida, tentar ajudar a todos os alunos,
olhar para cada diferença, cada limitação como um processo normal e corriqueiro no ensino-
aprendizagem, e fazer de nossos alunos, principalmente, sujeitos críticos, que também olhem
o preconceito e a segregação como uma enfermidade que deve ser urgentemente medicada.
REFERÊNCIAS
AINSCOW, Mel. Caminhos para escolas inclusivas. Lisboa: Instituto de Inovação
Educacional, 1998.
AS CORES das flores. Direção de Miguel Bemfica. Espanha, 2011. Disponível em:
<http://youtu.be/s6NNOeiQpPM>. Acesso em: 18 mai de 2015.
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Disponível em: <http://letras.mus.br/adriana-calcanhotto/102206/>. Acesso em: 18 mai de
2015.
GIL, Preta; GIL, Gilberto. Ser diferente é normal. 2012. Disponível em:
<http://www.serdiferenteenormal.org.br/pt/landing/>. Acesso em: 15 mai de 2015.
PEREIRA, Olívia et al. Educação especial: atuais desafios. Rio de Janeiro : Interamericana,
1980. Cap. 1, p.1-13: Princípios de Normalização e de Integração na educação dos
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SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão, construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro:
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