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Grupo 1
Edmilson Valoi
Paulina Beira
Emília Seneta
Projecto de arquivo
Docente
dr. Macié
Sumário
Conceito de sistema de informação ............................................................................................ 1
Para concluir, Wangler e Bucland (2005), debruçando sobre o mesmo assunto, acrescentam que
um sistema de informação não precisa necessariamente ser computorizado, ou seja, este pode
existir dentro ou fora das tecnologias de informação e comunicação.
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Ideias-chave Subjacentes ao Conceito de Interoperabilidade
3
Conceito de integração de sistemas de informação
Integração de sistemas é o acto de integrar1 dois ou mais sistemas que podem estar dentro ou
fora de uma organização. (MARTINS, 2005). Está subjacente nesta definição uma união de
dois ou mais sistemas internos ou externos em relação a uma determinada entidade.
Madni (2014; p.39) descreve a integração de sistemas como “o focus na formação de um todo
coerente a partir de componentes de sistemas (incluindo humanos) capaz de satisfazer as
necessidades de diferentes stakeholders”. Observamos na definição de Madni a existência de
duas ou mais entidades interessadas ou concentradas na formação de um único sistema
informacional coerente a partir da união dos sistemas pertencentes a cada uma das partes.
Por outro lado, Lam (2005; p.176) alarga o âmbito da definição a aspectos não técnicos,
considerando a integração de sistemas de informação como o conjunto de “planos, métodos e
ferramentas para modernizar, consolidar, e coordenar aplicações informáticas dentro de uma
organização.
Com estes preceitos, a definição de Lam (2005), traz à luz a implícita ideia de
interoperabilidade, necessária para existência de integração. Com isto, entendemos por
integração de sistemas de informação digital, a união interoperável de dois ou mais sistemas
1
Possuir na sua constituição ou formação (Dicionário moderno de língua portuguesa)
4
independentes um do outro, a nível interno ou externo a uma determinada entidade, com vista
na formação de um sistema uno e absoluto. O enquadramento da interoperabilidade na
definição de integração significa que o conceito de integração é maior em relação ao conceito
de interoperabilidade, e como ilustram (Chen e Doumeingts 2003) citados por Soares (2009)
uma família de sistemas integrados tem de ser interoperável, mas sistemas interoperáveis não
têm de estar necessariamente integrados.
Conceito de Metadados
Versando sobre a relação dos metadados e a catalogação, Alves (2010) faz uma revisão literária
buscando um entendimento claro sobre o conceito de metadados. Hodge (2005) que relaciona
os metadados com a catalogação ilustra que
Alves (2010) verifica ainda que para que padrões de metadados possam existir, os metadados
devem estar codificados em estruturas padronizadas de descrição, denominadas formatos,
estruturas ou esquemas de metadados. Por sua vez Hodge (2005) Informa que:
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“Metadata schemes (also called “schema”) have been developed and
defined by a variety of communities, for different purposes, and for
different types of electronic resources. Arms [2] points out that there
are good reasons why different metadata schemes have been developed
for different formats and for different subject matter. Images without
text require different types and levels of metadata than a digital
document that can be searched using a full-text search engine.”
Por isso, existem diferentes padrões e estruturas de metadados, cada um atendendo as
peculiaridades do recurso digital que pretendem descrever. Seguem abaixo alguns dos padrões
de metadados identificados por Grácio (2002):
Dublin Core (DC): padrão de dados para catalogação de recursos electrónicos da WEB;
Federal Data Geographic Committee (FGDC): trata de descrição de dados geo-
espaciais;
Machine Readable Cataloging (MARC): trata de dados de catalogação bibliográfica;
Flexible Image Transport System (FITS): padrão criado pela União Internacional dos
Astrónomos, para armazenar informações sobre imagens num cabeçalho de arquivo
(PIMENTEL; OLIVEIRA, 2000).
Object ID: lista de termos que definem a informação mínima essencial para poder seguir
a pista de objectos de arte perdidos ou roubados (CROMWELL-KESSLER,1998).
Foundation for Documents of Architecture (FDA): padrão para informação de
documentos de arquitectura.
VRA: padrão para descrição de obras de arte e de suas cópias digitais (CROMWELL-
KESSLER,1998).
Record Export for Art and Cultural Heritage (REACH): padrão para descrição de
objecto de museus (colecções).
Spatial archieve and interchange format (SAIF): padrão para compartilhamento de
dados espaciais e espaço temporais (GARCIA, 1999).
Global Information Locator System (GILS): padrão utilizado em informações
governamentais (ROSETTO, 2002).
Encoded Archival Description (EAD): padrão para inventário de arquivos (ROSETTO,
2002).
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Protocolo Z39.50 & ABCD
Oliveira e Marcondes (2005) acrescentam que este protocolo tem a capacidade de fazer
com que o usuário consultando através de um programa denominado "cliente", programa este
sendo executado em um PC, tenha a impressão que os diversos catálogos que estão sendo
consultados ou gerenciados por diferentes programas denominados "servidores" em diferentes
bibliotecas, apareçam como um único catálogo. Ora, a esta fusão de catálogos entre bibliotecas,
possibilitando a sua consulta a partir de uma interface única denomina-se catálogo online de
pesquisa distribuída.
Para efeitos ilustrativos do emprego deste protocolo, apresentamos o software ABCD que
em inglês significa: Automation of liBraries and centres of Documentation. O nome deste
software apresenta em si a ambição não só de providenciar automação a bibliotecas tradicionais,
mas também fazer uma gestão de unidades informacionais.
2
Por protocolo de comunicação entende a autora o elenco de regras ou padrões cuja finalidade e permitir que os
computadores se interliguem e triquem informação com o menor esforço possível
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Dhamdhere, em sua obra intitulada: ABCD, an Open Source Software for Modern
Libraries ilustra que:
Segundo a Open Archives Fórum (2005) citada por Machado (2006) os Provedores de Dados
(Data Provider) são os Open Archives que organizam os documentos digitais por meio de seu
protocolo, coletando dados e expondo os metadados dos documentos. Os Provedores de Dados
controlam o depósito e editoram os recursos em um repositório, expondo-os para colheita do
metadado conforme os recursos disponíveis. Eles são os criadores e mantenedores dos
metadados e dos recursos dos repositórios. Os Provedores de Dados que estão em conformidade
com o OAI-PMH registram se diretamente na página de registros no endereço
http://www.openarchives.org/data/regisyerasprovider.html. O registro na base de dados serve
como uma lista de acesso público dos repositórios em conformidade com o OAI-PMH, tornando
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possível para os Provedores de Serviço descobrirem sites em que os metadados podem ser
colectados.
Os Provedores de Serviços funcionam como uma biblioteca virtual, que busca as informações
de forma aleatória em vários depósitos informacionais dos Open Archives ao mesmo tempo. Os
Provedores de Serviço fazem a colheita dos metadados nos Provedores de dados, usando o
metadado colhido com o propósito de promover um ou mais serviços através de todos os dados.
Machado dispõe também que os tipos de serviços que podem ser oferecidos incluem uma
interface de pesquisa única. Em conformidade com esta informação estabelecemos uma ligação
entre o OAI e o software VuFind, dado que este, utiliza o protocolo OAI-PMH.
Segundo o site oficial do VUfind3, este é um portal de pesquisa de biblioteca que permite aos
usuários pesquisar em uma variedade de recursos de informações diferentes a partir de uma
única interface fácil de usar. O VuFind é capaz de integrar: Sistemas gerenciadores de
bibliotecas (catálogos online), Bibliotecas Digitais, Repositórios Institucionais, Portais de
Periódicos, Portais de eventos, outras fontes de informação, entre outras fontes abertas de
informação. Por operar de forma modular, o VuFind pode ser implementado de forma completa
ou apenas alguns módulos. Com o código fonte aberto, pode-se ajustar as necessidades da
instituição, modificando ou adicionando facilidades. Altamente personalizável, possibilita se
ajustar a diversas finalidades facilmente. Como já dissemos o VuFind opera por meio de colecta
(harvesting) automática de metadados, utilizando o protocolo Open Archives Initiative -
Protocol for Metadata Harvesting (OAI-PMH). Com isso, pode integrar todos os tipos de
sistemas que interoperam por meio desse protocolo criando um portal de busca único para esses
sistemas.
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vufind.org, acessado em 15 de out 2018
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Considerações Finais
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Referências Bibliográficas
GRÁCIO, José Carlos Abbud. Metadados para a descrição de recursos da Internet: o padrão
Dublin Core, aplicações e a questão da interoperabilidade. 2002
LAM, W., 2005. Investigating success factors in enterprise application integration: a case -
driven analysis. European Journal of Information Systems, 14(2), pp.175–187.
MACHADO, Murilo Milton. Open Archives: panorama dos repositórios. 2006, 101 f.
MARCONDES, Carlos Henrique & Sayão, Luis Fernando. Documentos digitais e novas
formas de cooperação entre sistemas de informação em C&T. Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 3,
p. 42-54, Set./dez. 2002
XU, Wenyao e HE, Lei. Smart Insole: A Wearable System for Gait Analysis. 2012
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