Vous êtes sur la page 1sur 12

Direito Penal II

Elementos do Crime
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a
quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não
teria ocorrido.
A conduta se separa de dolo ou culpa, porém estes são elementos da conduta, mas
além desses, para que tenha fato típico precisa ter mais elementos: A própria conduta,
tipicidade, resultado e o nexo causal.
Sem esses elementos não tem o fato típico que é um elemento do crime.

Omissão Pura e Impura


Pura: Crime sem Resultado, Relação entre a omissão e a criação ou manutenção de um
perigo.
Impura: É quando a pessoa deveria ou poderia ajudar e assim não faz
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para
evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:

A) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;

Ex.: Pais que tem cuidado com o filho 24 horas.

B) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;

Ex.: Segurança Particular que criou responsabilidade ao proteger o seu contratante.

C) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado


Ex.: Uma pessoa experiente em natação convida outra pessoa a nadar em alto mar,
porém o outro não era tão experiente assim.

Tipicidade Formal e Material


Formal: É simplesmente à adequação do FATO à NORMA.
Ex.: No crime de furto, o agente que subtrai um produto de R$5,00 reais de uma rede
multinacional de supermercados, uma vez que subtraiu para si coisa alheia móvel. Ou
seja, a ação do agente encontra sua tipicidade formal já que os elementos do tipo foram
preenchidos.
Material: Consiste numa efetiva lesão ou ameaça ao bem jurídico protegido. Esta
Quando a lesão ou ameaça não se der de forma intolerável.
Tipicidade Conglobante
Para ser crime, a conduta tem que violar todas as normas, porque se não violar todas as
normas, deixa de ser crime.
Ex.: Jogador que lesionou o outro (Sergio Ramos no Salah na final da UEFA) de acordo
com o direito está causando o crime de lesão corporal, porém o direito esportivo vai
dizer que é possível lesionar. Zaffaroni diz “Não é crime porque estaria dentro da
tipicidade conglobante”
O código penal com relação a tipicidade conglobante vem dizer que de fato esse
exemplo não é crime, mas não é crime por conta disso, deixa de ser crime porque está
inserido e amparado por excludente de ilicitude, exercício regular do direito.

§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação


quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a
quem os praticou.
O código penal limita excessos.
ex: Por que eu não posso atribuir o homicídio com essa arma ao cara que fabricou a
arma? Porque ele não poder ter sido morto com aquela arma e sim com outra 😉.
Então tem aqui uma responsabilidade direta.

Concausa
É uma conduta e em relação ao resultado vai surgir uma causa independente, antes,
durante ou depois, mas vai surgir uma causa que vai gerar um resultado.
Tendo assim uma relação de independência, no entanto, em algumas situações a
minha conduta somada a essa causa independente gerou resultado, em outras essa aqui
sozinha, produziu resultado.
Ex.: Posso responder por tentativa de homicídio quando na verdade a pessoa morreu, e
posso responder por homicídio quando ela morreu.

Causas Absolutamente Independentes


Tem uma causa mais uma conduta dos três, eu agi nos três, mas a causa que foi
essencial para a morte ela foi antes, ao mesmo tempo ou depois
Preexistente: É a causa que existe anteriormente à conduta do agente.
Ex.: "A" deseja matar a vítima "B" e para tanto a espanca, atingindo-a em diversas
regiões vitais. A vítima é socorrida, mas vem a falecer. O laudo necroscópico, no
entanto, evidencia como causa mortis envenenamento anterior, causado por "C", cujo
veneno ministrado demorou mais de 10 horas para fazer efeito; “A” responde por
tentava de homicídio.
Concomitante: É a causa que surge no mesmo instante em que o agente realiza a
conduta.
Ex.: "A" efetua disparos de arma de fogo contra "B", que vem a falecer em razão de
um súbito ataque cardíaco.
Superveniente: É a causa que atua após a conduta do agente.
Ex.: "A" administra dose letal de veneno para "B". Enquanto este último ainda está
vivo, desprende-se um lustre da casa, que acaba por acertar qualquer região vital de
"B" e vem a ser sua causa mortis. “A” responde por tentativa de homicídio
Nesses casos sempre irá responder pelos atos praticados e não pelo resultado.

Causa Relativamente Independente


Preexistente: Ocorrem antes da prática da conduta. Nesse caso irá responder pelo ato
praticado e também pelo resultado, caso tenha consentimento.
Ex.: O agente que esfaqueia a vítima, hemofílica, que falece em virtude do sangramento
descontrolado, ao invés do ato praticado (esfaquear).
Concomitante: São aquelas que produzem o resultado no momento da prática da
conduta.
Ex.: É o caso do agente que anuncia o assalto e a vítima fica tão assustada que morre
em decorrência de uma parada cardíaca.
Superveniente: Ocorrem após a prática da conduta.
Ex.: A vítima de lesão corporal está sendo transportada pela ambulância, no entanto, no
meio do caminho, outro carro colide com a ambulância, vindo a vítima a falecer em
virtude do acidente.

Adequação Típica
Adequação Típica de Subordinação Imediata ou Direta: Ocorre quando há perfeita
correlação entre conduta e tipo legal sem a necessidade de qualquer outra norma para o
enquadramento típico
Ex.: A matou B a tiros. a conduta de A se enquadra imediatamente, diretamente no art.
121 caput do CP.
Adequação Típica de Subordinação Mediata ou Indireta: Quando a conduta não se
enquadra de forma direta ao tipo e é necessário encontrar uma norma de extensão na
parte geral.
Ex.: 1: Se A atirou em B e não matou praticou tentativa de homicídio. O enquadramento
será feito com a norma de extensão temporal do art. 14 inciso II do CP (a conduta de A
será enquadrada no art. 121 caput c/c o art. 14 II do CP).

Ex.: 2: Se A atirou em B e teve auxílio de C que lhe emprestou o revólver. O


enquadramento de C será feito com a norma de extensão pessoal do art. 29 do CP (a
conduta de C será enquadrada no art. 121 caput c/c o art. 29 do CP).

Estrutura do Crime
Teoria Bipartida do Crime

Esta teoria retira a culpabilidade do conceito de crime, pois se baseia na Teoria Finalista
da Ação, formulada por Hans Welzel na Alemanha na década de 1930, que veio
modificando a ideia de que o dolo e a culpa sediavam na culpabilidade, retirando-os
deste contexto para integrá-los ao fato típico, mais precisamente na conduta. Logo, da
seguinte forma se estrutura a Teoria Bipartida:

Fato Típico Fato Ilícito (ou antijurídico)


Excludentes da ilicitude:
Conduta (Dolo ou Culpa) Estado de necessidade
Resultado Legítima defesa
Nexo Causal Estrito cumprimento de dever legal
Tipicidade Exercício regular de direito

Por conta da importação do dolo e da culpa para o fato típico, a culpabilidade perdeu
sua principal função, passando a exercer apenas um papel valorativo, servindo tão-
somente como requisito para a aplicação da pena. Portanto, segundo o raciocínio
bipartido, o crime só é afastado se o fato for atípico ou se sobre ele incidir alguma das
excludentes de ilicitude.

Teoria Tripartida do Crime

Fato Típico Fato Ilícito (ou antijurídico) Fato Culpável


Excludentes da ilicitude:

Conduta (Dolo ou Culpa) Estado de necessidade Imputabilidade


Resultado Legítima defesa Potencial Consciência da
Ilicitude
Nexo Causal Estrito cumprimento de dever Exigibilidade de Condita
legal Diversa
Tipicidade Exercício regular de direito

Como podemos visualizar, a Teoria Tripartida exige que, para que haja crime, o fato
seja típico, ilícito e culpável, faltando um desses elementos o crime é afastado.
Ex.: 1: Eu matei alguém, mas eu matei alguém porque esse alguém veio me matar, eu
estava em uma situação de legitima defesa. (Fato típico, mas Excludente da ilicitude)

Ex.: 2: Eu sou gerente de um banco, e sou assaltado na minha casa, os bandidos


colocam a arma na cabeça da minha mãe e diz “Ou passa a senha do cofre para eu sacar
o dinheiro ou eu mato ela” vai até o banco tira todo o dinheiro que tem e entrega aos
assaltantes. (Fato típico e ilícito, mas deixa de ser culpável pois é uma exigibilidade de
conduta diversa).

Prevalece a teoria tripartida, de forma que para que eu tenha um crime em uma conduta
precisa necessariamente comprovar que está presente esses três elementos:
 Fato típico
 Ilicitude
 Culpabilidade
Obs.: O código penal indica que adota a teoria tripartida e a teoria finalista, esta que
defende que o dolo e a culpa estariam no fato típico, diferente bipartida que entende que
o dolo e a culpa estariam na culpabilidade. Os críticos dizem que esta segunda teoria
dessa forma estaria aceitando a responsabilidade penal objetiva.

Erro de Tipo
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
Erro de tipo não é igual a Erro de proibição, no erro de tipo é como se eu estivesse
vendo uma coisa quando na verdade é outra (falsa percepção) há uma confusão mental
do que está vendo. Já o erro de proibição eu sei exatamente o que está acontecendo, a
minha mente não se confunde e acredita que está certa, mas na verdade não estou
Ex.: 1: Eu quero atirar em A, mas atiro em B que é gêmeo de A. (Erro de Tipo)
Ex.: 2: Eu sou da Holanda e fumo maconha porque é cultural, venho para o Brasil e
continuo fumando. (Erro de Proibição)
Erro de tipo Essencial: É extremamente difícil ou quase impossível eu verificar a
situação real, qualquer pessoa mediana no meu lugar teria errado ou poderia ter errado.
Ex.: Eu vou para uma balada onde só é permitido maiores de 18 anos, fico com uma
mulher lá e depois tem relações, mas na verdade ela tinha 14 anos.
Erro de tipo Acidental: Não impede o agente de perceber a pratica de determinado
crime.
Ex.: Eu sou um péssimo atirador, tem duas pessoas conversando e eu quero matar
uma, eu atiro, mas não atinge a que eu queria atinge a outra.
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena
quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
Erro essencial Incriminador: Pratica um crime, quando não se entende que está
praticando uma atividade criminosa. O erro com relação a norma incriminadora recai
no que foi proibido pelo legislador.
Erro essencial Permissivo: Tendo um erro em relação a uma conduta permissiva.
Ex.: Eu acho que estou agindo em legitima defesa, quando na verdade eu não estou
Erro Inevitável ou Escusável: Nessa conduta são excluídos o dolo e a culpa
Ex.: Eu vou no estacionamento, acabo entrando em outro carro e saindo com ele, eu
acreditei que estava saindo no meu carro, mas levei o carro de outra pessoa.
Erro Evitável ou Inescusável: Exclui o Dolo quando pode ser pela observância do
cuidado objetivo pelo agente, ocorrendo o resultado por imprudência ou negligência.
Ex.: Estou numa balada que não tem restrição de idade, não pergunto a idade da
mulher e tenho relações com ela, mas na verdade era de menor.
Erro do Tipo Acidental: Não exclui o Dolo
1º Sobre o Objeto
Ex.: Eu quero furtar Açúcar, vou no supermercado achando que estou furtando açúcar,
quando chego em casa terminei furtando Sal.
2º Sobre a Pessoa
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não
se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa
contra quem o agente queria praticar o crime.
Ex.: Eu me confundo em relação a pessoa, eu quero matar “A” vou na casa dele mata-
lo, sai de lá “B” que é gêmeo de A, eu acredito que estou matando A, mas depois
descubro que é B. (Dolo Eventual)
3º Erro na Execução – Aberractio Ictus (Erro de pontaria)
Ex.: Eu vou matar A, mas eu sou tão ruim de pontaria que atinjo outra pessoa.
Responde pela vitima virtual e não pela vítima atingida.
4º Resultado diverso do pretendido – Aberractio Criminis (Erro do Objeto que
pretendo atingir)
Ex.: Eu quero quebrar o para-brisa do carro de Temer com um tijolo, ao invés do
tijolo quebrar o para-brisa, ela entra, bate na cabeça dele e ele morre. (O dolo aqui era
de dano, esse erro fez com que acontecesse um homicídio, responderá por homicídio
culposo)
Se o agente pretendia atingir o bem juridicamente tutelado e atinge o diverso do
pretendido, responde por culpa se previsto em lei.
Se atinge os dois, o pretendido e o não pretendido, responde pelos dois na forma do Art.
74.
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do
crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato
é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a
regra do art. 70 deste Código.

Exclusão do Crime
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato.
Exclui o crime? Sim, porque ainda que eu tenha o fato típico, mas ele deixa de ser
ilícito, pois está excluindo-se a ilicitude.
E quando vamos excluir a ilicitude?
Art. 23
I - Em estado de necessidade;
II - Em legítima defesa;
Rol: Além do Rol indicado pelo legislador, há uma causa supralegal nominada de
consentimento do ofendido
Ex.: Aquele que realiza tatuagens no corpo de terceiros pratica conduta típica de lesões
corporais, muito embora lícita, se verificado o consentimento do ofendido.
III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Ex.: Quando um policial para a própria segurança do preso, tem que manter a prisão e
inclusive utilizar a força necessária.
Nesse caso ele está amparado pelo estrito cumprimento do dever legal, simplesmente
porque naquele momento que ele estava no dever legal de agir, foi a conduta
necessária até para a segurança do próprio preso.
Existem casos específicos de exercício regular de direito, como: a imunidade
judiciária, a coação para evitar suicídio ou para a prática de intervenção cirúrgica
Ex.: Uma luta de boxe, os dois lutadores praticam lesão corporal, porém é permitido
desde que haja consentimento prévio do ofendido. Portanto, o ofendido deve estar
ciente dos riscos do esporte que pratica.
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.
Ex.: Eu estou em legitima defesa, eu dou um tiro e o assaltante cai, e eu continuo
atirando.
Quando a pessoa se excede, irá responder de onde sessou o requisito da excludente, de
forma dolosa ou culposa.
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de
perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito
próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o
perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
reduzida de um a dois terços.

Estado de Necessidade
Proporcionalidade: Entre gravidade do perigo que ameaça o bem jurídico do agente
ou alheio e a gravidade da lesão causada pelo fato necessitado.
Ex.: Agente que, sem possuir habilitação para dirigir veículo, toma a direção de um
carro para levar o filho que estava com febre ao hospital.
Pois estão evidentes os pressupostos legais da ocorrência da descriminante, isto é,
proporcionalidade entre o bem que quis preservar e o que sacrificou.
Inevitabilidade: Para evitar o excesso na conduta de estado de necessidade é
essencial que a prática de delito menos grave prevaleça em relação à prática de delito
mais grave.
Ex.: Alguém se vê atacado por um cachorro feroz, embora possa, fechando um portão,
esquivar-se da investida; não pode matar o cão, a pretexto de estar em estado de
necessidade.
Perigo Atual: Significa verificar ameaça no exato momento em que o agente sacrifica
o bem jurídico.
Ex.: Se alguns anos depois de constituída, a empresa encontra dificuldades
financeiras, provocada pela crise econômica por que passa o país, para se manter, o
que é demonstrado com a venda de seus bens patrimoniais e de seus sócios para fazer
face aos seus débitos, preferindo pagar o salário dos empregados a deixar de recolher
a contribuição previdenciária, há de se reconhecer o estado de necessidade, por ela
não provocado.
Direito Próprio ou Alheio: Conflito de interesse de qualquer bem que não contrarie o
ordenamento legal, como a vida, a liberdade, o patrimônio etc.
Ex.: Um médico, sem autorização do paciente, realiza cirurgia para salvar a vida do
mesmo.
Inexistência do dever legal: Não pode invocar o estado de necessidade aquele que
tem o dever legal de enfrentar o perigo.
Ex.: De nada adianta o bombeiro atirar-se nas correntezas de uma enchente para tentar
salvar uma pessoa quando é visível que, ao fazê-lo, morrerá sem atingir sua
finalidade.
Obs.: Apesar do agente ser isento de responsabilidade penal, não está
automaticamente da responsabilidade civil.
Legitima Defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Uso moderado: A legítima defesa deve ser feita com moderação. O ato de defesa deve
ser proporcional à gravidade da ameaça ou agressão.

Ex.: Mulher de 50 Kg agride homem de 100 Kg, faixa preta de Karatê com tapas.
Homem revida com cinco disparos de arma de fogo, matando a agressora.
Nesse caso, considerada a distância física entre os agentes e a incapacidade da agressora
em causar qualquer dano à vítima, pode-se caracterizar o excesso na legítima defesa.
Meios necessários: Na Legítima Defesa, quem sofre injusta agressão pode usar dos
meios disponíveis para ver-se ileso.

Ex.: Idosa, sozinha em seu apartamento, recebe invasor com os 6 tiros de seu revólver.
(Caso típico de legítima defesa, independentemente do número de disparos).

Agressão atual ou iminente: A Legítima Defesa pode ser utilizada em situações em


que a agressão é atual ou iminente, ou seja, ainda está por vir. Significa dizer que se o
ataque do agressor é evidente e implacável, a vítima já pode se defender.
Ex.: Depois de receber diversas ameaças de morte de B, A encontra B em um beco
escuro. B levanta a camiseta com a mão esquerda enquanto sua mão direita aproxima-se
do cós de sua calça. Mesmo sem esperar B sacar sua arma, A já está autorizado pela Lei
a iniciar sua defesa contra B.
Direito próprio ou alheio: Não é apenas a vítima que pode “se beneficiar” da
Excludente de Ilicitude. O texto da Lei também prevê que não existe crime quando se
age em defesa de terceiros, legitimando
Ex.: O pai que, em flagrante, mata o estuprador da filha para defende-la.
Obs.: Conduta Humana
Diferentemente do estado de necessidade, na legitima defesa, a conduta, a ação,
necessariamente é humana.
Obs.: Legitima defesa sucessiva
É plenamente possível que haja uma troca de agressões de forma que o agente ao
se exceder passe a provocar uma situação de legitima defesa sucessiva.
Ex.: Quando A assalta B, mas a partir do momento que B utiliza de sua legítima defesa,
mas com atitudes excessivas, acaba se modificando em uma ofensiva injusta para com
A. A partir do momento que A viu-se em desvantagem com aquela agressão, acaba
realizando uma outra atitude para se defender das agressões de B, e efetua outra ação.
Excludentes de Imputabilidade
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Doença Mental
Completa: Quando é inteiramente incapaz, pois existe afastamento total e extinção de
pena.
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em
virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
Incompleta: Quando é relativamente incapaz.
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando
sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
Critério Biológico: A emancipação destinasse a penas a fins civis; se o agente
completar 18 anos no curso de um crime permanente, responde penalmente.
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I - A emoção ou a paixão;
Embriaguez
II - A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso
fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Ex.: Eu estou no bar com os amigos e não estou bebendo, eles me amarram e colocam a
bebida na minha boca. (Isento de pena)
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez,
proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da
omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem,
não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da
ordem.

Exigibilidade de Conduta Diversa


Coação Moral irresistível: Exclui a própria conduta
Ex.: Eu não quero atirar em A, mas daí o criminoso me amarra, pega a minha mão e
coloca a arma, e puxa o gatilho com o meu dedo.
Obediência hierárquica: De ordem não manifestamente ilegal.
Ex.: Um oficial de justiça para derrubar uma casa por determinação judicial,
aparentemente legal diante de processo de demolição.
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.

Autoria
É aquele que pratica diretamente a ação ou tem, sob seu absoluto domínio, o total
comando da ação, mesmo que outros sejam os executores.

Coautoria
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
Obs.: Refere-se aos atos preparatórios. Porém, esse ajuste configurará crime se for o
crime de Quadrilha ou Bando.
Ex.: “A” encomendou a morte de “B”, então será dividido as tarefas, um atira, outro
espera no carro para a fuga.

Participe - Acessório
O participe colabora para a Consumação do delito, porem não se encontra em condições
de influir no resultado.
Autoria colateral: Não há liame subjetivo, acordo de vontades, vinculo psicológico
entre os agentes.
Os agentes desconhecem cada um a conduta do outro, porém realizam atos que
convergem à produção do evento a que todos visam. Nesse sentido, o Resultado só
ocorre em face do comportamento de apenas um deles.
Ex.: Juliano, querendo matar Pedro, fica de tocaia detrás de um matagal, a espera que
ele saia de casa. Fernando, sniper, também querendo matar Pedro, fica escondido em
um prédio em frente à casa de Pedro. No momento que Pedro sai de casa, tanto Juliano
quanto Fernando atiram em Pedro. Juliano não sabia da intenção de Fernando, e vice-
versa. Pedro falece em virtude dos disparos de Fernando. Este, responderá por
homicídio consumado e Juliano por tentativa de homicídio.
Autoria Incerta: Se dá quando, na autoria colateral, não se descobre quem produziu o
resultado ofensivo ao bem jurídico.
Ex.: Fernando colocou veneno na água de Pedro, porém Juliano colocou veneno na
comida de Pedro. Horas depois Pedro falece, porém não se sabe de qual dos venenos
ocasionou a morte. Ambos respondem por tentativa de homicídio.
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo
quando elementares do crime.
Se for de caráter pessoal, apenas para aquela pessoa dentro de uma coautoria.
Se for de caráter objetivo, estende-se a todos.

Vous aimerez peut-être aussi