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APOSTILA DA DISCIPLINA:
- Introdução
- Critérios econômicos para decisão entre lavra à céu aberto e lavra subterrânea
- Caracterização ambiental
- Pó / poeira
- Ruídos
- Vibrações
- Rejeitos sólidos (deposição e barragens)
1 - INTRODUÇÃO
Todas essas variáveis devem ser cuidadosamente analisadas para escolha correta
do método de extração e equipamentos afim de que o sistema projetado proporcione a
maior produtividade com o menor custo, respeitando as regras básicas de segurança dos
trabalhadores e preservação do meio ambiente.
Descobertura => perfuração => carga e detonação => carregamento => transporte
1.1 - PERFURAÇÃO
Geralmente o custo mais baixo se obtém em rocha branda até dureza média com
perfuração rotativa (“rotary”), em rocha dura com perfuração percussiva e em rocha
muito dura (taconitos) com perfuração térmica. As perfuração percussiva e rotativa são
competitivas em rochas com dureza mediana até dura.
As brocas rotativas atacam a rocha por abrasão, corte, ruptura ou por ação
combinada destes processos de fragmentação. Todas as perfuratrizes utilizam um
sistema se empuxo sobre a rocha para fragmentá-la eficientemente. A carga axial
variável segundo o tipo de rocha alcança, em rochas mais duras, até 2.000 kg/cm de
diâmetro da broca. A força de empuxo é obtida pelo peso da coluna de barras e pelo
acoplamento de uma parte do peso da carreta de perfuração através de cilindros
hidráulicos, cabos ou correntes. Para a perfuração de furos de grande diâmetro são
necessárias carretas de perfuração pesadas (até 80.000 kg).
A limpeza dos furos é realizada através da circulação de ar. A limpeza com água
é empregada unicamente quando a afluência de água no furo é demasiado grande.
O custo de perfuração depende muito da dureza da rocha e deve variar entre 0,30
$/m em rocha muito branda até 6 $/m em materiais muito duros.
1.2 - CARREGAMENTO
Figura 1- Dragline
Uma draga sempre trabalha em cima do banco, trabalha por gravidade e
desmonta o minério que se encontra a sua frente. São máquinas típicas para a solução de
problemas de desmonte de grandes massas elevadas e carregamento com auxílio de
outras máquinas menores. São adequadas ao desmonte de rochas brandas e material não
muito duro (carvão mole).
1. deslocamento horizontal,
2. rotação em ângulo maior que 90o,
3. altura regulável também do braço transversal,
4. caçamba arrastada sobre o piso do nível inferior, e
5. simplesmente gira e descarrega (não abre a caçamba). O giro é feito por gravidade
(economia de energia)
- escavação,
- giro para descarga,
- descarga no transportador,
- giro para local de escavação.
1. deslocamento horizontal,
2. avanço e recuo,
3. giro de 90o,
4. regulagem da lança (entre 35 e 45o), determina a altura de despejo,
5. levantar e abaixar a caçamba com o braço, e
6. abertura do fundo da caçamba para descarregá-la.
- alta produção,
- manuseia qualquer tipo de material, inclusive pequenos matacões,
- condições de trabalho bastante rígidas
- necessita de equipamento auxiliar para deposição de estéril, com exceção de
algumas “stripping shovel”, e
- mobilidade limitada.
Figura 3 – BWE
A pá carregadeira desmonta e quebra a rocha que, por essa razão, deve ser mole.
Caso trabalhe com rocha de maior dureza deve-se providenciar a fragmentação da
mesma com explosivos até uma granulometria que possibilite seu carregamento na
caçamba da máquina.
Figura 4 - buldozer
- deslocamento de material,
- limpeza do terreno,
- preparo do campo para passagem de máquinas maiores,
- tracionamento de “scrappers”, e
- limpeza da frente de trabalho.
Pode ser rebocado ou auto-propulsor. Hoje, grandes máquinas desse tipo operam
em minas à céu aberto sendo utilizadas como máquinas auxiliares na mineração,
preparando o terreno para as grandes máquinas ou removendo a camada de terra vegetal
para posterior revegetação da área minerada.
Figura 5 - scrapper
1.3 - TRANSPORTE
1. características do jazimento,
2. tamanho da explotação, e
3. intensidade de condução dos trabalhos.
- ferroviário,
- rodoviário, e
- correias transportadoras.
- Caminhões: necessita boas estradas para minimizar o custo dos pneus, pode
negociar rampas íngremes, economicamente limitado a um raio de 6 km, são muito
flexíveis e pode manusear tanto material graúdo como blocos.
- Trens: são transportadores de alto volume, longas dist6ancias e baixo custo unitário,
os trilhos necessitam cuidadosa conformidade com as especificações da engenharia,
alto custo de investimento inicial, não pode ultrapassar inclinações maiores que 3%
adversas e pode manusear material graúdo e blocos.
2 - DESENVOLVIMENTO
As estradas inclinadas para acesso principal aos diversos bancos em lavra à céu
aberto são denominadas acessos (“approachs”). As ligações secundárias entre um e
outro banco são designadas rampas (“ramps”).
O traçado dos acessos:
Envolve - locação,
- largura,
- greides (inclinações),
- raios de curvatura, etc.
Depende - tipo de veículo empregado
- produção visada
- condições topográficas
- comportamento da jazida.
O trecho a ser lavrado por métodos superficiais está limitado, em área, pelos
pontos em que a lavra a céu aberto é mais econômica que a lavra subterrânea.
Contudo, essa relação comparativa entre lavra à céu aberto e subterrânea não é
suficiente para exprimir a relação do capeamento para minério que poderia ser
economicamente removida e, consequentemente, os limites da cava. Isso dependerá do
que se chama “relação econômica de capeamento”, expressa pela seguinte relação:
k’ ≤ V– (CA + L)
C’
Onde:
k’ > k => parte da jazida deve ser lavrada à céu aberto e parte subterrânea
k’ < k => toda a jazida deve ser lavrada à céu aberto
O ângulo final de talude do pit é o talude geral, a inclinação final desde a base da
última bancada até a interseção com a superfície.
Após fixação da relação estéril/minério possível, o talude final da cava pode ser
determinado. O ângulo de talude é um fator crítico e de difícil determinação,
principalmente nos estágios iniciais do projeto da cava. Para minimizar a relação
estéril/minério geral, o talude deve ser o mais alto possível e permanecer estável.
Fatores chave:
O talude das bancadas é mais íngreme que o talude final do pit, como mostra a
figura abaixo:
Executa-se 1 ou mais poços próximos à cava; os bancos (ou alguns deles) ligam-
se ao poço por travessas com chutes para carregar “:skips” no poço.
Observações:
1. Alguns desses sistemas não fornecem acesso às frentes de extração para homens e
equipamentos. Esse terá de ser provido por vias transitáveis, de mais fácil execução,
possibilitando rampas mais fortes, curvas de menor raio, pisos mais irregulares, etc.
2. Além das vias iniciais para saída de minério e acesso de homens e equipamentos,
freqüentemente deve-se prover um “bota fora” para estéril do capeamento ou
intercalado no corpo de minério, com vias total ou parcialmente separadas.
Figura 8 - Acesso por meio de rampas em bancadas múltiplas, por meio de rampas
espirais em bancadas múltiplas.
3 - MÉTODOS DE DESCOBERTURA
3.1.1 - Escavadoras
“Shovel”:
- alta produção,
- ciclo de operação rígido,
- movimenta qualquer tipo de material,
- necessita de equipamento auxiliar para disposição de rejeito,
- mobilidade limitada.
“Dragline”:
“Scrappers”:
- excelente mobilidade,
- limitados a movimentar material mole e finamente fragmentado,
- requer equipamento auxiliar (“pusher”) para carregamento,
- normalmente opera sem equipamento auxiliar para disposição de rejeito quando a
distância é menor que 2 km até o bota-fora.
3.1.2 - Transporte
“Bulldozer”:
“Scrappers”:
“Trains”:
- transporte ferroviário,
- são unidades de transporte de alto volume, longa distância e baixo custo unitário,
- os trilhos necessitam cuidadosa obediência às especificações técnicas,
- alto custo de investimento inicial,
- não podem negociar inclinações adversas maiores que 3%,
- pode movimentar material graúdo e blocos.
Correias transportadoras:
- são unidades de transporte de alto volume, longa distância e baixo custo unitário,
- são difíceis e caras para movimentação,
- alto custo de investimento inicial,
- podem negociar inclinações adversas de até 40%, dependendo do ângulo de repouso
do material a ser transportado,
- necessita de material britado para melhorar a vida da cinta,
- alto custo de manutenção.
Exemplo:
Distâncias: estéril até silos (2 km), minério até planta de concentração (3 km), minério
até planta de lixiviação (6 km)
Distâncias: aluvião de 2 a 3,5 km, grade + 7%; conglomerado 2,5 a 4 km, grade + 7%;
minério 2,5 km, grade + 7%; estéril 4 a 5 km, grade + 7%.
Distâncias: estéril para silos por meio de caminhões 2 km, minério para planta de
concentração por meio de trens 7 km.
O uso de trem como unidade de transporte para essa operação de descobertura deve ser
considerado quando uma das seguintes condições existe:
O transporte por trens é particularmente adequado para operações de longo prazo e altas
tonelagens de material.
Exemplos:
Exemplos:
Distância: 7 km
Grandes BWE tem sido construídas numa tentativa de obter-se baixos custos
pela aplicação dos princípios da mineração contínua na remoção de cobertura estéril.
Uma consideração cuidadosa dos sistemas auxiliares de disposição de estéril é
imperativo de modo que as altas taxas de produção das caçambas possam ser
efetivamente utilizadas.
Minerador contínuo de alta produção e baixo custo unitário. Hoje são produzidas
pequenas unidades para produções menores. Material mole e inconsolidado.
Exemplos:
Material: aluvião.
Distância: 500 m.
Com o advento das grandes “draglines” (acima de 200 jd3), aumentou a sua
capacidade para manusear rocha alterada e possibilitaram também sua utilização em
rocha fragmentada. O grande investimento para aquisição dessas máquinas exige seu
uso contínuo para manter os custos unitários baixos.
Exemplos:
A mineração à céu aberto pode ser definida como uma escavação superficial
para remoção de minerais de interesse econômico. Pode ser empregada para a
explotação de minerais metálicos e não metálicos (industriais) em depósitos próximos à
superfície, geralmente com profundidades menores que 150 m. O tamanho dos
depósitos podem variar de poucas toneladas (ouro) até 100 milhões de toneladas (ferro).
1. Mineração de pláceres:
- Método de calhas e represas (“panning and sluicing”)
- Método de desmonte hidráulico (“hidraulicking”)
- Métodos de dragagem (“dredging”)
3. Mineração combinada
- Método do funil (“glory hole”)
Consiste de um braço onde está colocada uma corrente de caçambas sem fim.
Basicamente é uma máquina de dragagem contínua de alto volume, normalmente com
instalações de concentração gravimétrica (“jigs”). Uma correia transportadora
(“stacker”) proporciona a descarga de rejeito.
A draga basicamente é uma planta flutuante montada sobre uma grande barca.
4.4.2 - Draga por Corte e Sucção (“suction cutter dredge”)
Esse tipo de draga é basicamente uma barca flutuante com uma bomba montada
a bordo que escava o material por sucção e transporte ele para uma planta de
concentração em terra ou flutuante. A tubulação de sucção pode ser equipada com uma
cabeça cortante para aumentar a escavação do material. Depósitos marítimos de areia
como rutilo, ilmenita e zircão são freqüentemente escavados por esse método.
Esse tipo de mineração à céu aberto é utilizado para minerar depósitos minerais
em qualquer tipo de rocha aflorante ou próximo à superfície. São os métodos mais
indicados para minerar corpos de minério de dimensões horizontais que permitam altas
taxas de produção e assim baixos custos unitários de produção.
A mineração tipo “open pit” em bancada simples pode ser empregada para
minerar qualquer tipo de depósito mineral superficial em qualquer tipo de rocha. Assim,
“quarry mining” e “strip mining” podem ser operações em bancada simples.
Operações típicas:
As bancadas são utilizadas como vias de transporte formando ou uma espiral até
o fundo da cava ou com rampas entre bancadas horizontais em diferentes níveis.
A inclinação das bancadas é mais íngreme que a inclinação final da cava a rocha
pode manter taludes de faces verticais por curtos períodos de tempo. A inclinação da
cava varia entre 20 e 70o da horizontal. Na fase final da mineração, antes de seu
abandono, a inclinação das bancadas deve se tornar o mais íngreme possível para
aumentar a recuperação de mineral.
Aspectos ambientais:
- disposição de rejeitos
- geração de poeira e ruídos
- vibração oriunda das detonações
- recuperação topográfica da superfície minerada.
Esse forma de mineração do tipo “open pit” tem sua principal aplicação em:
Metodologia de escavação:
ACESSO
PERFURAÇÃO
SERVIÇOS DETONAÇÃO
AUXILIARES
CARREGAMENTO
- fornecimento energia
- bombeamento de água
- transporte de pessoal e materiais
- manutenção
- sistemas de controle (topografia, supervisão, etc)
TRANSPORTE
PROCESSAMENTO
PILHA ESTOCAGEM
1. segurança
2. eficiência (máxima extração)
3. economia (máximo retorno, menor custo)
4. praticabilidade
- tamanho
- forma (espessura, extensão vertical, regularidade)
- atitude (inclinação, mergulho)
- profundidade
2. Propriedades físicas, químicas e mecânicas do minério e encaixante:
- propriedades geomecânicas
- planos de fraqueza (juntas, estratificação, falhas)
- suscetibilidade à degradação e oxidação
- mineralogia
4. Fatores econômicos
5. Fatores ambientais
- considerações geográficas
- preservação da natureza
- prevenção da poluição do ar e da água
- problemas de profundidade (pressão e tensão na rocha)
- Alta produção / baixo teor / baixo custo / alta diluição / baixa eficiência
- Baixa produção / alto teor / alto custo / pequena diluição / alta eficiência (min.
seletiva)
5.2 - Carregamento
5.3 - Transporte
5.4 - Serviços
O ângulo de repouso das pilhas de estéril e minério devem ter uma inclinação
adequada para a sua estabilização, especialmente os aterros para construção de acessos e
rampas.
Figura 16 – Depósito tipo rampa
Geometria da cava:
Profundidade média da cobertura estéril => sincronizada com capacidade das máquinas
de descobertura.
- Perfuração tipo “Auger”, normalmente vertical.
- Coberturas pequenas (< 30 m): perfuração rotativa, furos horizontais
- Coberturas altas (>50 m); perfuração vertical e utilização de furos largos (15”)
Detonação de minério:
Melhores resultados com utilização de ANFO.
Utilização de “draglines” requer maior fragmentação => maior custo que “shovel”.
Carregamento de minério:
Melhores resultados são obtidos com utilização de “shovels”.
Outros equipamentos utilizados: “draglines”, pás-carregadeiras sobre pneus; BWE,
retroescavadeira e “front-end-loaders”.
utiliza-se sempre que possível a maior caçamba disponível e compatível com a
produção diária e tipo de transporte utilizado.
Transporte:
Caminhões fora de estrada (até 240 ton)
Outros tipos de transporte convencional: correias transportadoras, trens.
Figura 20 - BURTON COAL MINE, AUSTRALIA
Perfuração:
Rochas não abrasivas => perfuratrizes rotativas
Rochas abrasivas => perfuratrizes percursivas pneumáticas ( pequenos)
=> carretas de perfuração ( maiores)
Detonação:
Preferência por explosivos tipo ANFO.
Na existência de problemas de infiltração de água nos furos => dinamites
Necessidade de boa fragmentação quando existe britagem posterior.
Carregamento:
Utilização intensiva de “power shovels” elétricas (maiores) ou diesel (menores)
Pás carregadeiras sobre pneus.
Transporte:
Transporte da cava até a planta de concentração:
- ferroviário (distâncias longas)
- caminhões fora de estrada (> 100 ton)
- correias transportadoras, minerodutos (areia, caulim, fosfatos, cascalho)
- outros tipos não convencionais (“skips” inclinados, cabos aéreos, “scrappers”)
Exemplos:
Perfuração:
- Percursiva DTH (down-to-hole): granito, basalto, feldspato, nefelina, magnesita,
dolomita, calcário, etc
- Rotativa: calcário mole, fosfato, bauxita (tipo Auger).
Explosivos:
- dinamites (semi-gelatina, amoniacal, gelatinas)
- ANFO
- lamas metálicas
Carregamento:
- pá carregadeira
- shovel
- dragline
Britagem primária:
- britador de mandíbulas
- britador de impacto
- britador giratório
Transporte:
- caminhões entre 2 ½ e 35 tons (média: 15 a 30 ton)
- minerodutos (fosfato), tubulação entre 14 e 20”. Bombas de 175 a 800 hp com
vazão da ordem de 300 a 1500 ton/h de minério.
Perfuração:
Perfuratrizes rotativas entre 6 e 12” (média: 9”).
Velocidade de penetração entre 35 e 60 ft/h.
Detonação:
Utilização intensiva de ANFO e lamas (em alguns casos lamas metalizadas).
Bancadas em geral com altura média entre 40 e 50 ft (30 e 79 ft) com sobrefuração.
Carregamento e transporte:
O menor custo é encontrado com a utilização do sistema “truck-shovel”.
Na mineração seletiva normalmente utiliza-se pás carregadeiras e caminhões.
Algumas minas utilizam transporte ferroviário e combinação com caminhões.
Tendência atual é de utilização de grandes caminhões fora de estrada (> 100 ton) e
realização da descobertura através de “scrappers”.
Perfuração:
3 tipos principais de perfuração:
- rotativa (formações brandas – magnetita e hematita)
- percursiva tipo DTH com = 9” (minério natural)
- “jet piercing” (taconitos, alta dureza)
Furos de grande diâmetro e grande afastamento => redução do número de perfuratrizes
Diâmetros normais: 9 a 10”, espaçamentos acima de 24 ft.
Altura das bancadas: 35 a 40 ft.
Explosivos:
Akrenite (NA + carvão), lamas metalizadas, ANFO metalizado.
Prática comum: carga de fundo com lamas até chegar ao nível freático, carga de coluna
com ANFO.
Concentração de explosivo: - 0,6 a 0,8 lb/ton para taconitos
- 0,3 a 0,6 lb/ton para minérios naturais
Carregamento:
Unidade padrão de carregamento: shovel (capacidades de 12 jd3 – taconito; 5 a 8 jd3 –
minas de médio porte; 2 ½ jd3 – pequenas minas de minério natural)
Caçambas tipo extra heavy duty em função da alta abrasividade do minério.
Pá carregadeira utilizada como equipamento auxiliar para limpeza das frentes,
carregamento nas pilhas de minério e construção de estradas. Algumas unidades de 15 a
20 jd3 estão sendo experimentadas para substituir as shovel em função de sua maior
flexibilidade e mobilidade.
Transporte:
Dentro do pit => caminhões fora de estrada até o britador primário.
Britador até planta de beneficiamento => transporte ferroviário (grandes distâncias) e
correias transportadoras com cinta entre 36 e 60”.
Caminhões de 20 a 40 ton em minas pequenas de minério natural.
Caminhões de 85 a 100 ton em minas maiores.
Descobertura:
Utilização de dragas de caçamba em linha até profundidade de 125 ft (minério
vai para trommel e estéril é descartado) e de tratores de lâmina frontal em depósitos
mais estáveis e superficiais.
Métodos de mineração:
(Alemanha e Europa)
Escavação (descobertura):
Sistema “overburden spreader”: utilização de equipamentos tipo “stacker – reclaimer”
Draglines, shovels, BWE e mineradores contínuos de superfície (“Wirtgen”).
Transporte:
Ferroviário e correias transportadoras
(Brasil, África)
Descobertura:
Dragline e shovel de grande capacidade
Carregamento:
Utilização de shovel de pequena capacidade e pá carregadeira.
Transporte:
Caminhões fora de estrada de 20 a 40 ton de capacidade.
Métodos de lavra:
- bancadas altas;
- bancadas baixas;
- desmonte em massa.
Tecnologias de lavra:
Tipo de lavra:
- matacões superficiais
- maciços - céu aberto
- subterrânea (mármore)
Descobertura:
Perfuração:
- martelete manual;
- “quarry bar”;
- “slot drill” (perfuração contínua) – extrator de blocos (Trapizomba).
Corte contínuo:
- “slot drill”;
- extrator de blocos;
- fio diamantado;
- fio helicoidal (mármore);
- cortadeira de braço (corrente de metal duro, cinta diamantada);
- flame Jet;
- water Jet.
Explosivos:
Carregamento:
Transporte:
- vida da propriedade;
- produção diária planejada;
- razão de descobertura (relação estéril/minério);
- capital disponível;
- distância de transporte,
- altura das bancadas;
- área de trabalho disponível;
- largura das estradas;
- condições climáticas
Aspectos econômicos:
Para maximizar o valor líquido de um corpo de minério o “pit” final deve ser
expandido até o ponto onde o valor econômico do último corte minerado, abaixo do
talude final, se aproxima de zero ou “break-even”. O desenvolvimento de um projeto
que maximize o valor líquido total do corpo de minério, sem levar em consideração o
valor do dinheiro no tempo, requer a computação de uma razão de descobertura de
equilíbrio (relação estéril/minério limite). A razão de descobertura limite (“break-even
stripping ratio) é definida como segue:
Aspectos físicos:
Técnicas de projeto:
As bombas sempre devem estar bem localizadas, ter o mínimo possível de altura
de recalque e depósitos bem locados, de modo que a drenagem se faça naturalmente até
eles, para depois as bombas entrarem em ação. Deve-se sempre levar em conta o fácil
acesso aos locais de depósitos e bombas.
Pode-se dizer que, no momento em que não há mineração seletiva, isto é, não há
cobertura estéril, como no caso de pláceres metálicos, a mineração se resume na carga
do material, remoção do material desmontado pela caçamba e descarga no veículo que
o transportará até a planta de beneficiamento.
h1 G
L A B
D
ht
Vo I
Ho
h2
h3
U p X1 F X2 M
r r r
Processo Gráfico:
1. Ho – altura de estéril que cobre os sedimentos a minerar e que será a altura do corte
que a escavadora deve realizar.
2. r – largura da trincheira onde a mineração se processará. Admite-se que essa largura
que é da frente de trabalho, seja equivalente a 1,3 a 1,6 Ho.
3. L – avançamento diário da mina.
4. k – coeficiente de empolamento do aterro; k1 = (1 + k)
5. Vo – volume da jazida a desmontar: Vo = L . r . Ho
At: Área total da seção ortogonal (pois a largura L é a mesma “in situ”) e em qualquer
ponta At é a mesma.
X1X2BCX1 = Ve / L = L . r . Ho . k1 / L => At = r . Ho . k1
Essa área independe do avanço diário da mineração. De posse do valor da área total será
fácil determinar qual a altura máxima de despejo do corte: ht = h1 + h2. Para isso
façamos a seguinte construção:
At = FG . r . sen
FG = At .
r . sen
Processo Analítico:
ht = h1 + h2
A1 = ½ . r . h1 = r2 . tg / 4
Teremos, portanto:
A2 = r . h2; logo h2 = A2 / r
Se substituirmos Vo por seu valor tirado da primeira expressão dessa dedução, teremos:
A2 = ( r . Ho . k1) – (r2 . tg ) / 4
h2 = Ho . k1 – (r . tg ) / 4
Daqui tiramos: ht = h1 + h2 = {Ho . k1 – (r . tg ) / 4} + { r / 2 . tg }
Finalmente: ht = Ho . k1 – (r . tg + 2r . tg ) / 4
A altura total de despejo será então definida pela seguinte expressão, após as efetuadas
as transformações indicadas na expressão acima:
ht = Ho . k1 + (r . tg ) / 4
Esta fórmula nos dá o valor da altura de despejo uma vez colocado o aterro
sobre o plano projetado X1X2, na capa dos sedimentos mineráveis. Como o pé do aterro
deve partir da lapa do sedimento minerado, após sua extração, o aterro deverá baixar
“p” metros, onde “p” é a potência dos leitos lavrados. Daí que a altura de despejo, ao
invés de CM = ht , da figura, deverá ser CM – p.
Exemplo:
- Tratores: 1 trator tipo D7 ou D8, como equipamentos auxiliar para cada 2 “shovels”
ou por “dragline”.
Produção efetiva por ano: Eef = Pf . f . horas/ano = 426 . 0,45 x 8.760 h/ano
Eef = 1.679.292 MW/ano
Consumo anual = Eef . consumo carvão/kWh = 1,679 x 106 MW/ano . 1,4 kg/kW
= 2.350.600 ton/ano de carvão
Shovel:
Característica da “shovel”:
Capacidade da caçamba: 45 m3
Comprimento da flexa: 48 m
Altura de despejo: 34 m
Raio de ação: 42 m
Altura de despejo:
Hd = 20 . 1,35 + 42 . tg 45o – 4 = 33,50 m
4
Largura da trincheira para a “shovel” escolhida:
Área vertical escavada/dia: Hc . raio de ação . k1 = 20 . 42 . 1,35 = 1.134 m2
Avanço diário necessário: Volume / Área vertical = 33.075 / 1.134 = 29,17 m
Dragline:
Característica da “dragline”:
Capacidade da caçamba: 51 m3
Raio de giro r = (H . k1) / tg + a / 4 + P / tg + H / tg + D = 51,70 m
D = 0,75 . = 0,75 . 50 = 37,5 ft = 11,43 m
a = 1,45 . H = 1,45 . 20 = 29 m
= = 76o (ângulo de talude)
Altura de despejo:
Hd = 20 . 1,35 + 29 . tg 45o – (4 + 20) = 10,25 m
4
Desmonte de carvão:
Produção horária = (Vc . 0,765) . eficiência . empolamento . deslocamento . enchimento . ciclos/h (m3)
Produção horária = (60 . 0,765) . 0,73 . 0,75 . 0,94 . 0,90 = 21,26 m3/caçambada
Produção horária = 21,16 . 50 ciclos/h = 1.063 m3/h = 1.700,8 ton estéril
Custo de escavação:
Shovel: 5.144 / 170.240 + 16.500 / 170.240 = 0,03 + 0,097 = 0,127 $/ton (400 h)
5.144 / 255.360 + 16.500 / 255.360 = 0,02 + 0,064 = 0,084 $/ton (600 h)
Dragline: 71.724 / 680.320 + 127.900 / 680.320 = 0,10 + 0,188 = 0,288 $/ton (400 h)
71.724 / 1.020.480 + 127.900 / 1.020.480 = 0,196 $/ton (600 h)
Custo de escavação de uma “shovel” de 6 jd3
a) Custo de aquisição:
b) Custo de operação:
- 2 operários . 600h . 5 $/h = 6.000 $/mês
- energia elétrica = 1.200 $/mês Total: 11.000 $/mês
- reparos, manutenção, peças = 3.800 $/mês
c) Custo por jd3:
a) Custo de amortização:
b) Custos operacionais:
Dados do dimensionamento:
Produção: 5.200 ton/dia
Regime: 16 h/dia
Peso específico minério: = 1,6 ton/ m3
Distância de transporte: 800 m
Velocidade máxima: 48 km/h = 800 m/min
Volume total: 5.200 ton/dia / 1,6 ton/m3 = 3.250 m3/dia / 16 h/dia = 203,13 m3/h
Para 2 escavadoras tipo “shovel” tem-se: 101,56 m3/h/escavadora
Tempo de descarga: 1’
Obs: nota-se que a capacidade de transporte dos caminhões está no limite quando
comparada com a necessidade de transporte das “shovel”. Isso indica a necessidade de
colocar-se mais 1 caminhão reserva para cada escavadora.
10.9 - Dimensionamento de Extração de Depósito de Saibro
Dados do problema:
Caminhões necessários:
- 2 shovel de 6 jd3
- 1 trator de lâmina frontal tipo D7
- 7 caminhões de 16 m3
A locação do bota-fora deve ser o mais próximo possível da cava para reduzir-se
os custos de transporte, mas também deve estar a uma distância tal que não interfira
com nenhuma área que deverá ser minerada (deve estar fora dos limites de descobertura
da cava). Economias iniciais podem resultar em perda de minério potencial ou numa
despesa extra posterior na movimentação de material de rejeito uma segunda vez. Uma
mudança nas condições técnicas e econômicas pode tonar o material de baixo teor (sub-
minério) tratável posteriormente. Assim, o material de baixo teor necessita ser
classificado, manuseado armazenado separadamente para facilitar uma possível
recuperação e tratamento posterior.
Encosta original
Superfície de deposição
Bancadas de rejeito
Dreno inferior
Estrada de acesso
Linha central
Um trator de lâmina pode ser utilizado para construir uma crista de material para
manter o caminhão próximo ou no final do aterro, dependendo do tipo de material
depositado. Caminhões fora de estrada com basculamento traseiro são ideais para
depositar o material próximo a crista construída ou sobre o talude.
O critério básico para decisão entre lavra à céu aberto e lavra subterrânea é a
relação estéril-minério limite, que leva em consideração aspectos geológicos (altura de
descobertura), geomecânicos (resistência das rochas e estéril) e econômicos (custos de
extração e remoção de estéril).
Para definição das áreas onde é econômica a mineração por métodos à céu
aberto, e definir a altura máxima de descobertura economicamente viável, utiliza-se a
seguinte relação, também conhecida com razão de descobertura (“stripping ratio”):
“stripping ratio” = Valor minério recuperável/ton ROM – (custo de produção/ton ROM + ganho mínimo/ton ROM)
Custo de descobertura/ton de estéril
As jazidas em geral são mineradas à céu aberto se o minério se encontra a
profundidades relativamente pequenas e quando o custo de produção é inferior aquele
resultante da lavra em subsolo. A segurança é maior em operações a céu aberto e
também pode ser utilizados equipamentos de grandes dimensões e capacidades de
produção ganhando-se com as economias de escala. Também pode ser minerados teores
mais baixos ou com distribuição errática . A lucratividade por tonelada varia em função
da escala de produção e da qualidade do minério bruto (teor).
$/ton
Pv CB
CML
CML - custo máximo de lavra
CMP - custo máximo de produção
Y = a.x + b CB - custo de beneficiamento
Pv - preço de venda
R - recuperação de mineral
a
r (m2/ton) razão de descobertura
CML = CMP – CB
CML = R . Pv - CB
2o – determinar qual a participação relativa (%) de cada intervalo dentre a reserva total;
Total: (ton)
Totais por classe ton ton ton ... ton
Participação %1 %2 %3 ... %n
Acumulado %1 %2 + % 1 %3 + % 2 ... %n + %n-1
Relação estéril/minério
Custos da mineração:
- mão-de-obra de operação
- mão-de-obra da administração
- material de consumo (explosivos, acessórios, óleo diesel, etc...)
- serviços internos (transporte, execução de acessos, etc...)
- consumo de eletricidade
- serviços de superfície (oficina eletromecânica, manutenção em geral, etc...)
- depreciações dos equipamentos
- encargos financeiros
- despesas tributárias
Custo operacional de mineração:
Setores de trabalho:
Centros de custo:
- Perfuração e desmonte
- Carregamento
- Transporte de minério
- Desenvolvimento (manual ou mecanizado)
- Segurança, iluminação, sinalização, higiene
- Manutenção eletromecânica de equipamentos
- Administração e supervisão
- Despesas financeiras (juros e amortizações)
Custos diretos:
- mineração
- serviços complementares
- beneficiamento e expedição
Custos indiretos:
- serviços administrativos
- serviços auxiliares
- manutenção
- transporte externo
Para cálculo do custo por tonelada deve-se fazer o rateio dos custos indiretos
dentro dos custos diretos. O que realmente importa é quanto foi gasto para extração do
minério bruto e em segundo lugar quanto custa o beneficiamento desse minério.
Rateados os custos indiretos temos duas parcelas para o custo de uma mina: custo da
extração (mineração + serviços complementares) e custo de beneficiamento.
Obs:
- em lavra à céu aberto duas operações merecem destaque: a remoção de estéril da
cobertura e a operação nas bancadas {operações de desmonte mecânico (ou à explosivo)
dos bancos, transporte, execução de acessos e manutenção rodoviária}.
15 - CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL
Talvez o risco mais sério à saúde do trabalhador mineiro seja aquele associado
aos materiais dispersos ou difundidos no ar. Eles podem estar na forma de gases e
vapores difundidos ou de pós, fumos, fumaças, névoas e neblinas, que resultam da
dispersão de sólidos e líquidos no ar.
As partículas sólidas de maior risco à saúde são aquelas com menos de cerca de
7 micra e visíveis apenas no microscópio, e que são chamadas de fração respirável.
Pós (poeiras):
Fumaças:
São constituídas de partículas sólidas menores que 0,1 micra e em geral contém
gases e vapores. Normalmente são geradas através da queima ou combustão incompleta
de substâncias orgânicas (derivados de petróleo) e detonação de explosivos.
Gases:
São fluídos sem forma que preenchem todo espaço disponível ou se difundem na
atmosfera. Podem ser produzidos por muitos processos incluindo-se solda de arco,
combustão e decomposição da matéria orgânica, sendo que os gases mais comuns
gerados na lavra são o metano (CH4), monóxido de carbono (CO) e os chamados gases
de mina: CO2, H2S, SO2, NO, NO2 (família NOx).
Riscos:
Pós:
São uma das impurezas mais comuns no ar da mina, sendo gerados por
operações tais como perfuração, desmonte e carregamento. Os pós de mina em geral
contém partículas de tamanhos variados, havendo mais partículas menores do que
maiores.
As doenças pulmonares causadas por pós podem ser divididas em dois grandes
grupos: pneumoconioses e câncer. Formas comuns de pneumoconiose incluem a
silicose (sílica livre), a asbestose (amianto), a talcose, a siderose (ferro), a estanose
(estanho), a aluminose (alumínio), a antracitose (carvão), etc.
Dentre as poeiras minerais as maiores causadoras de pneumoconiose são a sílica
e o asbesto (amianto).
Todos os fumos metálicos podem ser irritantes, mas alguns têm efeitos tóxicos
adicionais quando inalados. Na lavra de metais e metalóides (arsênio e fósforo), grandes
quantidades de pó de minério podem ser produzidas e inaladas ou absorvidas pelo corpo
humano. O agente tóxico pode ser a própria substância explorada ou uma que se
apresente junto com o minério, como o arsênio encontrado em minérios de Cu, Au, Pb e
Ag.
Ruídos:
Vibrações: