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Arquitetura 21
João Pessoa
28/03/2015
Flatiron Building
Burnham
Nova York 1903
Contexto histórico - modernismo
As vanguardas centro-européias seguindo preceitos da Escola de Chicago, fundaram o
modernismo com a pretensão de instituir uma nova objetividade, na qual os
monumentos eram a morte da arquitetura, onde se buscava uma nova essência que
estava na grande cidade industrial.
Basta lermos Loos ou Wagner, arquitetos da Secessão Vienense que afirmavam a
emergência de uma nova ética do construir, onde o que lhes interessava não era mais;
os organismos governamentais, o teatro de ópera ou o parlamento, a arquitetura da
exceção, mas a habitação extensiva das periferias intermináveis da cidade industrial
européia.
Metrô de Viena
Oto Wagner
1901
Contexto histórico - modernismo
A casa do operário ou da classe média, que se constituia na grande massa edificada da
cidade industrial, as periferias desse fenômeno inusitado que também explodia na Europa
na sua escala e tamanho, determinando um contínuo construído rápido, feio e inadequado.
As infraestruturas urbanas e a habitação produzida em massa são os temas eleitos pelas
vanguardas centro-européias.
Conjunto da Pampulha
Niemyer – 1940 –
Belo Horizonte
Contexto histórico - modernismo
Ser moderno no Brasil era romper com um arcaismo agrário, com o patriarcado e adotar
um comportamento urbano.
O modernismo carioca explode a caixa da arquitetura se expandindo em direção a natureza
e ao meio natural.
Conjunto Pedregulho
Reidy– 328 unidades
1947 – Rio de Janeiro
Contexto histórico - modernismo
Num cenário natural generoso pontuado de ícones geológicos como o Pão de Açúcar,
Corcovado, Morro Dois Irmãos, Pedra da Gávea, a arquitetura modernista valoriza a fluidez
entre exterior e interior e se dedica a criação de espaços públicos notáveis.
Fragmentação Política
Incompletude do Projeto Moderno
Também em meados dos anos 1990 o filósofo Habermas decreta num texto no qual ironiza
a tendência contemporânea de se utilizar do prefixo pós para caracterização do nosso
tempo.
O texto de Habermas distingue a modernidade do modernismo, dizendo que a pretensão
humana de desígnio do seu futuro, que as revoluções americana e francesa tinham
expressado permanecia inalcançado.
Habermas constroe sua teoria da racionalidade comunicativa, que se contrapõe a
racionalidade meramente instrumental, determinando que a razão não deve estar
carregada de personalismos, mas construída a partir de consensos.
Abre-se uma nova perspectiva utópica, que não mais condena as gerações futuras a uma
construção congelada e fixa, mas que celebra o processo de auto-construção e de auto-
determinação.
1960 – A Imagem da
Cidade – Kevin Lynch
Incompletude do Projeto Moderno
Nos mesmos anos, Christopher Alexander se propõe a mapear a gênese da evolução da
forma no processo de desenvolvimento do projeto, com o claro interesse de impulsionar a
participação do usuário na elaboração do seu ambiente construído.
Desenvolve-se nos EUA o advocacy planning ou projeto participativo, no qual o processo
de construção do vir a ser de comunidades específicas é celebrado como a verdadeira
pulverização da democracia.
1993 – Planejamento Participativo Postdamer Platz Berlim
1982 – Concurso IAB-RJ Creche Obra do Berço – Barra da Tijuca – Archi 5 arquitetos associados
TFG Favela de Araticum - 1983
Metodologia participativa de urbanização de favelas.
A partir da apresentação do diagnóstico se elegem um conjunto de princípios
estruturantes(partners), que são consensuados, e que também norteam a elaboração do
desenho.
Celebra-se a idéia de que o planejamento e o projeto são ações sofisticadas, que
demandam tempo e investimento pensado.
1994 – Concurso Público de Metodologias de Projetos de Urbanização de Favelas do lAB-RJ – Parque Royal 7,1 Ha
Favela Bairro – 1998
Em 1998 o programa Favela Bairro recebe a visita do Presidente da República Fernando
Henrique Cardoso na Favela de Parque Royal. O programa é reconhecido
internacionalmente e ganha abrangência na cidade.
Favela Parque Royal:
Creche – 100 crianças
Edifício Multifamiliar
Favela Bairro – Complexo do Sapê - 1998
Em 1998, a Secretaria de Habitação adota a estratégia de enfrentar os aglomerados de
favelas. No Complexo do Sapê pretendia-se gerar um parque de grande qualidade, que
tivesse um impacto positivo no bairro de Madureira.
Complexo do Sapê:
5 Favelas; Sossego,
Buriti Congonhas,
Moisés Santana,
Faz quem quer,
E Sapê
2.985 habitações
8.000 habitantes
21,7 Ha
Favela Bairro – Complexo do Sapê - 1998
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