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História da Igreja – Curso

PERÍODOS HISTÓRICOS

Por conveniência dividiremos em *sete períodos específicos ou cinco períodos gerais*, os dezenove
séculos da era cristã, fazendo ressaltar de cada um deles, os tópicos mais importantes para o nosso
estudo:

*(A Igreja apostólica)*

1. Do nascimento de Cristo até o fim da idade apostólica, 1 — 100.

*(A Igreja perseguida)*

2. Do fim da idade apostólica até o Cristianismo como religião do Estado, 100 — 323.

*(A Igreja medieval)*

3. Do Cristianismo como religião do Estado até Império de Carlos Magno, 323 — 800.

4. Da coroação de Carlos Magno até a Reforma Protestante, 800 — 1517.

*(A Igreja reformada)*

5. Da Reforma Protestante até a Paz de Westfália, 1517 — 1648.

*(A Igreja moderna)*

6. Período de transição da Idade Média aos tempos modernos, 1648 — 1789.

7. O Cristianismo contemporâneo, 1789 — 1946.

Estaremos estudando a história da igreja cristã a partir de seu inicio em Atos dos Apóstolos.

*A Igreja nasce e muda*

No período que vamos explorar juntos, a Igreja mudou muito, entre o tempo dos apóstolos e o fim da
Antiguidade. Na origem: um pequeno grupo de discípulos em torno de Jesus, todos judeus, praticantes
da Lei de Moisés, muito pouco instruídos. Por volta do século V: uma Igreja grega e latina; Igrejas locais,
no mundo inteiro, bem estruturadas em torno do bispo, reagrupadas em grandes patriarcados; uma
liturgia desenvolvida, mosteiros de homens e de mulheres, eremitas, uma tradição teológica já rica, uma
enorme literatura dogmática, exegética, histórica, espiritual...

O cristianismo encontrou quase todas as culturas do mundo mediterrâneo, inculturou-se em toda a


parte, tornou-se a religião de todo o “mundo”, uma religião oficial (o império é cristão desde 380).

A Igreja se tornou rica, e cada vez mais visível com os seus monumentos, as suas festas... ela também se
dividiu, com uma história já longa de cismas, heresias, conflitos e exclusões.

Com pequenas excessões, Jesus tinha limitado o seu ministério aos judeus na Palestina. Grande parte
dos últimos meses da sua vida foi consagrada ao preparo de um pequeno grupo de homens que havia
de continuar o trabalho depois da sua retirada. Sua última ordem foi que somente depois de revestidos
pelo poder do Espirito Santo, deviam sair para fazer discípulos de todas as nações (Mt 28:19). O
programa do Senhor ressuscitado, conforme Atos 1:8, era que homens fortalecidos pelo Espírito Santo,
deveriam partir de Jerusalém e fazer a conquista do mundo inteiro por uma campanha de testemunho.
Seguindo esse plano, os apóstolos iniciaram-na onde se achavam, mas com os olhos sempre fitos no
mundo.

*O dia de Pentecostes*

Dez dias depois da ascensão de Cristo, desceu o poder sobre o grupo em Jerusalém, acompanhado de
sinais tão evidentes que não restava a menor dúvida de que Jesus estava à destra do Pai como havia
profetizado.

Nesse dia de Pentecostes (por volta do ano 29 d. C.) a pequena igreja de 120 membros foi acrescida de
mais de três mil, e dentro de pouco tempo, contava com cinco mil homens e sem dúvida, muitas
mulheres. Mais adiante somos informados de que se divulgava a palavra de Deus, e se multiplicava
muito o número dos discípulos em Jerusalém; também muitos sacerdotes obedeciam à fé.

Estalou uma forte perseguição chefiada por um homem aristocrata fariseu de Tarso cujo nome era
Saulo, resultando por fim, no martírio de Estêvão (por volta do ano 34 d. C.), um dos sete escolhidos
pela igreja para administrar a distribuição de alimento entre seus pobres.

Tão severa foi a perseguição que dispersou os membros da igreja de Jerusalém, exceto os apóstolos,
pela região da Judéia e Samaria, os quais iam por toda a parte pregando a palavra" (At 8:4). Felipe, outro
do primeiro grupo de diáconos, "desceu à cidade de Samaria, proclamando-lhes Cristo". Tão grande foi o
êxito de sua missão entre os judeus mestiços que despertou a atenção da igreja de Jerusalém, enviando
esta, os apóstolos Pedro e João para investiga-la (At 8:2-24). Estes aprovaram o trabalho de Felipe, e, o
mais significativo, é que eles mesmos, na Volta para Jerusalém, _"evangelizaram muitas aldeias dos
samaritanos"._

Pouco depois, Pedro, que havia por fim, saído a campo, e que chegara a Jope foi convidado por um
centurião (que fora favorecido por uma visão), para pregar o evangelho a alguns oficiais e soldados
romanos em Cesaréia, capital militar da nação. Para seu grande espanto, e também dos cristãos que o
acompanhavam, desceu o Espírito Santo sobre esses gentios e eles falavam línguas tal como os judeus
cristãos no dia de Pentecostes. Essa manifestação da aprovação divina levou Pedro a propor que os
novos conversos fossem batizados, e não havendo objeção por parte dos seus companheiros de viagem,
"ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo".

O caso levantou forte questão na igreja de Jerusalém, e _"disputavam com êle, (Pedro) os que eram da
circuncisão dizendo: Entraste em casa de homens incircuncisos, e comeste com eles"_ (At 11:18). Mas,
quando Pedro acabou de lhes explicar as circunstâncias, _"se apaziguaram e glorificaram a Deus
dizendo: Assim, pois, Deus também aos gentios deu o arrependimento para a vida"_. Vencido estava o
Primeiro passo na libertação do Cristianismo dos moldes judaicos. A igreja mãe, ainda que não
convencida, submeteu-se, mas nada fez para levar o evangelho aos gentios dentro e fora do país.

*O evangelho levado aos gentios*

Algum tempo depois desse incidente, houve um esforço mais importante em prol da evangelização dos
gentios. Alguns dos cristãos que foram expulsos de Jerusalém, pela perseguição, logo depois da morte
de Estêvão, eram nativos de Chipre, e Cirene. Havendo vivido entre os gentios, parece que tinham
menos preconceito contra estes, do que os que viviam em Jerusalém. O certo, é que, logo que chegaram
a Antioquia, capital da Síria, começaram a pregar aos gregos resultando em que "um grande número
converteu-se ao Senhor" (At 1:2). A notícia deste fato, criou nova sensação na igreja de Jerusalém e para
investigar a situação foi enviado Barnabé "o qual quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou, e
exortava a todos a perseverar no Senhor com firmeza de coração" (At 11:23). Provavelmente, sem voltar
a Jerusalém, Barnabé continuou em Antioquia e dentro em pouco, havia uma forte igreja ali (por volta
do ano 40 d. C.).

Um pouco antes do último incidente, o perseguidor Saulo se convertera (37 d. C.) e tinha começado a
pregar primeiro em Damasco, depois na Arábia, novamente em Damasco e por fim em Jerusalém. Por
causa da oposição desta última cidade, tinha ele sido enviado a Tarso, sua cidade natal, onde passou
alguns anos na obscuridade, ainda que, sem dúvida, se ocupasse no estudo e na evangelização da zona.

Barnabé, achando o trabalho em Antioquia muito pesado para ele, "partiu para Tarso em busca de
Saulo, e tendo-o achado, levou-o a Antioquia", onde "durante um ano inteiro se reuniram com a igreja,
e instruíram muita gente". Aí "em Antioquia, os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos"
(43 d. C.).

A partir dai Paulo começa suas viagens missionárias para levar o evangelho a distantes locais e pessoas.
*Cristãos e Judeus*

Para os primeiros cristãos, a evolução mais marcante se refere à sua relação com o judaísmo, do qual
eles provieram. No início, todos so cristãos são judeus como o próprio Jesus, e não se pensam fora de
um quadro judaico. Praticam a Lei de Moisés, vão a sinagoga...

A *missão cristã*, depois de Paulo se estende cada vez mais aos *gentios*, que começam a aderir em
massa à nova fé, dissociada da prática da Lei. Desde o início do século II, o centro de gravidade do
cristianismo e deslocou: os cristãos de origem pagã, ou “gentio-cristãos”, são mais numerosos do que os
cristãos de origem judaica. Entre estes últimos encontram-se aqueles que são chamados de “judeo-
cristãos” _(com frequência, trata-se de cristãos de origem judaica, que não integram os ensinamentos de
Paulo e permanecem fiéis à observância da Lei de Moisés)_.

Nas comunidades cristãs, encontram-se judeo-cristãos de estrita observância que não querem sentar-se
à mesa com gentios-cristãos, considerados impuros; por sua vez, estes têm a tendência a olhar de cima
os primeiros, estimando que seu apego à Lei trás uma fé insuficiente em Cristo.

Assim a distância pouco a pouco aumenta entre cristãos e judeus no interior da Igreja. A separação se
torna total no decorrer do século II.
*A IGREJA TOMA FORMA*

A Igreja, do grego ekklèsia (assembleia convocada) é antes de tudo a Igreja local, a comunidade dos
cristãos que moram na mesma cidade. A Igreja universal é percebida como a comunhão das diferentes
Igrejas locais.

No século II a comunidade cristã se organiza. Os ministérios itinerantes que Paulo conheceu (apóstolos,
profetas, doutor) são substituídos, pouco a pouco, por ministérios fixos, feitos para estruturar uma
comunidade chamada a durar (estamos cada vez menos em um contexto de espera escatológica, em
que o retorno de Cristo é percebido como iminente). Esses ministérios são os do bispo, padre e
diáconos.

Bispo (do grego _episkopos_, aquele que vigia) e padre (do grego _presbyteros_, o antigo) são no início,
palavras sinônimas, a responsabilidade das comunidades deveria ser cofiada a eles. O diácono (do grego
_diakonos_, servo), é o colaborador do bispo para funções mais materiais ou caritativas.

*Missão e expansão*

Os séculos II e III são um tempo de grande atividade missionária. A expansão é geográfica: no fim do
século Il, Tertuliano declara, orgulhosamente, que há cristãos no mundo inteiro. O Evangelho percorreu
o Oriente mediterrâneo muito depressa, o Ocidente um pouco mais tarde. Depois dos grandes centros,
orientais, são fundadas Igrejas, em Roma desde o século I, na Gália e na África no século II. No século IV,
os armênios, os godos, os etíopes são por sua vez evangelizados ... Depois de ter sido, primeiramente,
uma religião das cidades, o cristianismo ganha os meios rurais.

A exemplo de um São Martinho na Gália, no século IV, as povoações rurais são evangelizadas e, pouco a
pouco, se tomarão "paróquias". Cada vez mais, a Igreja do fim da Antiguidade e da Idade Média
estrutura a vida cotidiana, o tempo, a paisagem ... Entretanto, desde o início do século III, Orígenes fazia
notar que a qualidade dos fiéis não aumentava com a sua quantidade! O cristianismo já conhece os
problemas de uma religião de massa, que aumentarão no século IV.

*Grandes perseguições*

Na escala do império, as grandes perseguições são sobretudo as de _Sétimo Severo nos anos 202_ e
seguintes, a de _Décio em 250_, a de _Diocleciano (a última) em 302_, que continuará durante uma
dezena de anos. De vez em quando, há também perseguições locais: a mais célebre é a dos mártires de
Lião, em 177.

*Sequelas profundas*

Tertuliano havia prevenido os perseguidores: _"O sangue dos cristãos é o uma semente"_. Certamente,
o testemunho dos mártires contribuiu para aumentar o prestígio da nova fé e para provocar conversões.
Mas não houve só heróis: muitos cristãos, diante da alternativa de renegar Cristo ou morrer, preferiram
renegar... com o risco de permanecer cristãos em seu foro interior.

Depois da perseguição, esses cristãos que "caíram", como diziam (os lapsi, em latim), pedem o seu
perdão e a sua reintegração na Igreja. Os cristãos que permaneceram fiéis ficam muito divididos: alguns
(a maioria) pregam a indulgência, pedindo ao mesmo tempo um período de penitência mais ou menos
longo e severo, que supõe o afastamento provisório da comunidade e de suas celebrações; outros
recusam o retorno dos _lapsi_ e vão mesmo até o cisma, para constituir Igrejas de "puros", espécie de
elite intransigente.

Não são somente os cismas que dividem a Igreja. Os debates doutrinais manifestam desvios psicológicos
internos, que começam a ser chamados de *heresias*, a partir do século II: contendas sobre Cristo
(simples homem, profeta, Deus com aparência humana, homem com uma natureza especial,
transformada pelo Deus Verbo?) ou sobre a Trindade (os três são distintos? são iguais?).

*Algumas grandes heresias dos primeiros séculos*

O *adocionismo* dos judeo-cristãos (século II)

Cristo é um simples homem, que o Espírito de Deus vem habitar, a partir de seu batismo.

O *docetismo* (século Il)

Cristo é Deus, sua humanidade é apenas uma aparencia.

A *gnose* (séculos II e Ill)

O mundo é mau, feito por um Demiurgo mau. A salvação é a fuga para fora da matéria para encontrar o
verdadeiro Deus, Pai do Salvador, que está acima do Demiurgo. A salvação só se refere ao intelecto,
toda ela é saber. Para a gnose: não há ressurreição. O próprio Cristo não tinha um corpo verdadeiro.
Todo Antigo Testamento, inspirado pelo Demiurgo, deve ser rejeitado.

O *monarquianismo* (fim dos séculos Il e Ill; outros nomes: modalismo, sabelianismo)

Deus é unipessoal, a distinção dos três não é da ordem do ser mas da função, ou dos tempos da história
da salvação.

O *arianismo* (século IV)

Cristo (como Verbo preexistente) não é igual a Deus, ele é a primeira e a mais nobre das criaturas.

O *pelagianismo* (século V)

O homem pode se salvar por suas obras, sua natureza não está estragada pelo pecado de Adão e a graça
não é uma condição preliminar a todo ato bom.

O *nestorianismo* (século V e seguinte)

Cristo é um sujeito humano e um sujeito divino que permanecem distintos, unidos em uma "pessoa",
que é a conjunção dos dois.

O *monofisismo* (século V e seguinte): em Cristo, o Verbo diviniza o humano; não podemos falar de
uma "natureza humana" de Cristo. Não há em Cristo um "homem Jesus" que pode dizer: eu.
É necessário esclarecer que as duas últimas "heresias" fizeram aparecer Igrejas que existem até hoje e
não são mais consideradas desviantes no plano doutrinal. O termo genérico heresia é pois ambíguo (ele
o é também para a gnose, que, sem dúvida, é mais uma outra religião do que uma heresia cristã).

*A Igreja Constantiana*

Uma reviravolta histórica. No século IV, pela primeira vez um imperador se declara pessoalmente
cristão! É Constantino: desde a sua vitória sobre o seu concorrente Maxêncio, em Roma, ele publica com
Licínio (co-imperador pelo Oriente), em 313, um rescrito pondo fim às perseguições, que chamamos de
Edito de Milão. Desde este momento, o cristianismo é favorecido pelo poder. O próprio Constantino faz
construir grandes basílicas para o culto, em Constantinopla - cidade que ele funda no Bósforo, nos anos
330, para ser a capital cristã do império do Oriente, em Roma, em Tiro, em Jerusalém (o Santo Sepulcro)
... Os cristãos de então, mal recuperados da grande perseguição de Diocleciano, ficam maravilhados
com essa nova era.

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