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Prémio Leaders & Achievers-Flecha Diamante 2016 PMR Africa

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Sanções contra a anterior administração

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Maleiane
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Acreditamos
A reditam nas nossas instituições
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2
TEMA DA SEMANA Savana 01-07-2016

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“Nós acreditamos nas nossas instituições”


U
3RU$UPDQGR1KDQWXPER

o
m dia depois de termos pu- para onde o ministro da Economia e leiane disse que o crescimento será à
blicado a entrevista na qual Finanças e, dias depois, o primeiro- volta dos 4 por cento.
o embaixador cessante da -ministro, Carlos Agostinho do Ro- “A economia não vai crescer a 7 por

log
Alemanha, em Moçambi- sário, foram obrigados a ir prestar cento, como nós tínhamos programa-
que, Philip Schauer, disse, publica- explicações durante as reuniões da do, estamos a estimar que cresça 4.5
mente, que a exigência de uma au- primavera da Bretton Woods, desig- e, crescendo menos, significa que as
ditoria forense internacional sobre nadamente, o Fundo Monetário In- receitas também têm de ser revisita-
o escândalo da dívida mal parada ternacional e o Banco Mundial. das e, revisitando as receitas, conse-
prende-se com a falta de confiança, “Tivemos a oportunidade de expli- quentemente, temos de olhar para as
tanto na competência, assim como car que 2016 começou muito difícil. despesas”, disse, reiterando que tudo
na independência de instituições Nós tivemos seca que não tínhamos, está sendo feito para que sectores
como a Procuradoria, o Governo, há muitos anos, tivemos cheias que como a educação e saúde não sejam

ció
confrontando com a sensível ques- também foram atípicas, para além afectados.
tão, disse que acredita nas institui- disso as nossas exportações continu- A uma pergunta do SAVANA so-
ções moçambicanas. aram a ser afectadas e por isso é que
bre se terá ou não colocado o cargo
estávamos a ter e continuamos a ter
à disposição, o ministro da Economia
Decorria a cerimónia dos 41 anos da a nossa moeda fraca e também a in-
e Finanças respondeu que nunca es-
independência nacional, quando in- flação a subir, mas que há um esforço
creveu a pedir demissão pelo fardo da
terpelamos, no sábado, na Praça dos muito grande. Partilhamos também
dívida pública.
Heróis em Maputo, o ministro da informação sobre outras áreas de or-
ganização, as medidas que estamos a “Quem escreveu é quem tem de cla-
Economia e Finanças que deu a cara
para, em nome do Governo, reagir ao tomar para a contenção da despesa rificar. Eu não escrevi. Eu estou no
que tem sido a grande exigência da
comunidade internacional nos últi-
mos tempos.
Basta recordar que, depois da Alta
Comissária britânica, Joanna Kuens-
sberg, do embaixador dos Estados
Unidos, Dean Pittman, do embaixa-
aquilo que foi dito pela Assembleia
da República. Isso mostra que as nos-
sas autoridades estão preocupadas
com a situação e que, por conseguin-
te, devemos, de modo confiante, es-
so
Adriano Maleiane, Ministro da Economia e Finanças
que a missão do FMI, que esteve em
Maputo, não deixou decisões porque
tratava-se apenas da fase de recolha
de informações que permitir-lhes-ão
avaliar o impacto socioeconómico das
como resultado também da suspen-
são de apoio”, contou.
Contudo, informou que a principal
recomendação deixada pela equipa
é a necessidade de se olhar para a
política fiscal, nomeadamente, a sua
consolidação e transparência, numa
governo porque sua excelência pre-
sidente da República depositou con-
fiança em mim. Então, no dia em que
achar que já não faço parte da equipa,
vai ser a presidência, não sou eu que
vou colocar essa notícia, nem sei quais
são as motivações que estiveram na
dor cessante de Portugal, José Duar- perar por aquilo que eles vão dirigir”. dívidas e que só depois dessa avalia- altura
altur em que os recursos escasseiam. origem dessa notícia”, comentou, pela
te, e, mais incisivo, o embaixador ces- Entretanto, no fim de nove dias a ção é que poderão tomar decisões. Contra o Standard Bank, que esta se- primeira vez, sobre as informações
um
sante da Alemanha, a semana passada procurar entender os reais contornos Referiu Maleiane que a missão não mana voltou a baixar as previsões do que, há algum tempo, fazem debate
foi a vez do próprio Fundo Monetá- da dívida não declarada na ordem era mais do que a continuação do crescimento económico de Moçam- nos corredores e, mais recentemente,
rio Internacional (FMI) vir a público de USD 1.4 mil milhões, a missão trabalho iniciado em Washington, bique para 2 por cento, Adriano Ma- nas redes sociais.
defender a realização de uma audito- do FMI mostrou-se satisfeita com

teoria guebuziana
os passos dados pela Procuradoria-

AA teoria
ria internacional e independente, que
não é nada menos que uma operação -geral da República que, segundo

D
para se saber quem se beneficiou de a respectiva procuradora, Beatriz
cerca de USD 2 mil milhões mal pa- Buchili, estão em curso diligências
rados. que incluem audição de pessoas de-

D
epois de ventos e tro- no plano nacional, incluindo a seca Honwana, ouvido pelo  TRC,
Questionado sobre se o Governo terminadas e recolha de elementos
voadas de todo o tipo e cheias”, foi assim que apresentou o à porta fechada, na Cidade do
aceitaria uma auditoria forense in- inerentes à legalização da constitui-
sobre a sua figura, Ara- dogma ao qual os jornalistas não tive- Cabo, a 3 de Junho de 1998,  no
ternacional, Adriano Maleiane, o mi- ção da PROINDICUS E MAM, in-
mando Guebuza, o pre- ram direito de rebater, com os segu- âmbito da Comissão de Inquéri-
cluindo a EMATUM, o destino dado
de

nistro moçambicano da Economia e sidente de Moçambique à data ranças já a fecharem o círculo. to moçambicana instaurada para
Finanças, deixou claro que não. aos valores das dívidas contraídas, os Na verdade, Guebuza não teve tempo
da contracção de dívidas escon- investigar as causas da morte do
“O Governo de Moçambique já ex- prejuízos causados ao Estado, bem didas, apresentou, este 25 de Ju- para se pronunciar sobre o impacto presidente Samora Machel, que
plicou isso na Assembleia, que nós como a consequente determinação nho, a sua versão sobre o actual das dívidas no custo de vida, mas o faleceu na sequência da queda de
acreditamos na capacidade das ins- da responsabilidade criminal, civil e custo de vida em Moçambique teve para dizer que “podemo-nos le- um avião russo nos montes Li-
tituições que existem. Agora, cabe às administrativa. que, como diversos economistas vantar, firmemente, para fazer face a bombos, próximos da aldeia sul-
instituições que têm essa responsabi- itos do FMI disseram ainda
Os peritos têm vindo a mostrar, está propor- esse desafio”. -africana de Mbuzini.
lidade de fazer esse trabalho solici- que o consenso para a constituição cionalmente ligado, em parte, aos Entende o antecessor de Filipe Nyusi O depoimento do antigo mili-
tar o apoio, que pode ser esse, e nós de uma Comissão Parlamentar de empréstimos feitos durante o seu que os moçambicanos sempre sou- tar moçambicano, publicado ano
inquérito para investigar a dívida foi consulado. beram fazer face aos desafios que in- passado, ao abrigo da Lei da Pro-
estaremos disponíveis para apoiar”,
um passo importante para restaurar a Tido como peça fundamental no cluem a consolidação da paz e a luta moção do Acesso à Informação,
respondeu, sem entrar em detalhes.
io

confiança. esclarecimento do sensível tema, contra a pobreza em prol do desen- em vigor naquele país desde 2000,
É uma resposta que surgiu 24 horas
Mesmo assim, a instituição dirigida Armando Guebuza não recorreu volvimento. revelava “relações tensas” entre
depois de, em entrevista publicada no
pela francesa Christine Lagarde que, a outra coisa senão a uma fuga “Demos provas no passado de ser- Guebuza e Machel, nas vésperas
SAVANA, Philip Schauer, que com
em Maio último, considerou que a para frente, evocando as calami- mos capazes de vencer, eu acredito da morte do considerado funda-
ambique vi-
outros parceiros de Moçambique
dívida moçambicana não declarada dades naturais e a baixa de preços que nós continuaremos, firmemente, dor da Nação moçambicana.
nha mantendo, com Maputo, encon- a vencer” ripostou “o filho mais que-
esconde esquemas de corrupção, na
ár

tros nos quais o dossier das dívidas dos produtos de exportação de Honwana relatou uma série de
sexta-feira finda foi peremptória em Moçambique como os únicos e rido da nação”, na mesma cerimónia reuniões do  Bureau  Político da
escondidas sempree foi incontornável, afirmar que são necessár
necessárias medidas em que o actual presidente da Re-
ter confidenciado ao nosso semanário exclusivos factores que levaram à Frelimo em “torno da questão
adicionais, nomeadamente, a realiza- pública, Filipe Nyusi, procedeu ao
que não há consensos no Governo, subida do custo de vida que afec- Guebuza” que motivaram uma
ção de uma auditoria internacional e lançamento das comemorações dos
muito menos no partido, sobre se ta sobretudo as camadas menos “troca de palavras bastante tensas
independente
independente. 30 anos após a morte, nas colinas
desfavorecidas. entre Guebuza e o Presidente Sa-
avançaa ou não uma auditoria forense Falando também na semana passa- de Mbuzini, de Samora Machel, o
Com a lição estudada para um mora Machel”.
internacional. primeiro presidente de Moçambi-
Di

da, em sede do parlamento, onde foi terreno que sabia de antemão Referiu-se também à situação
“Com alguns sim, com outros não. confrontada sobre o esclarecimento que que, a 25 de Setembro de 1975,
que lhe seria desfavorável, dada a proclamava, no Estádio da Machava, militar de Moçambique, na altu-
Não há consenso sobre isso…nem no do assunto
assunto, Beatriz Buchili, nomeada presença dos incómodos jornalis- a independência de Moçambique, 10 ra marcada por guerra civil com
Governo, nem no partido”, disse o di- procuradora por Armando Guebuza, tas, Guebuza, com óculos escuros anos depois da insurreição armada, a a Renamo, sobre a qual Samora
plomata que garantiu que a necessi- foi inequívoca em afirmar que, apesar estampados na cara, era um ho- Machel pouco sabia. 
dade de uma auditoria dessa natureza 25 de Setembro de 1964.
de os processos estarem em instrução mem com pouco tempo para a “Ele deu a entender que havia
já foi colocada na mesa pela comuni- Neste momento de crises, Nyusi re-
preparatória, não há, até ao momento, imprensa. Instruídos, os seus se- conheceu que as profecias de Samora, sido induzido em erro e levado a
dade internacional, via FMI. arguidos constituídos. Explicou tam- guranças mostraram-se valentes acreditar que as Forças Armadas
um presidente que se batia contra a
Foi na mesma semana que Armando bém que estão em curso demarches para proteger o chefe das “tortu- tinham o controlo da situação”,
má governação, estão presentes, trinta
Guebuza comentou sobre o assunto com vista à obtenção de informação ras” dos homens da pena. quando a realidade era outra, dis-
anos depois da sua morte a 19 de Ou-
pela primeira vez. em poder dos bancos e dos fornece- “Eu gostaria de tornar claro que tubro de 1986, num fatídico acidente se o coronel.
O antigo presidente da República, dores. as causas dos problemas que nós ainda misterioso, mas que, ano passa- Guebuza, entrevistado ano passa-
que é apontado como o arquitecto temos hoje, que felizmente foram do, a Comissão da Verdade e Recon- do pelo Magazine Independen-
do actual endividamento e, por as- 'DSROtWLFDÀVFDODRFUHVFL- apresentados já noutra ocasião, ciliação da África do Sul (TRC), re- te, classificou todas as acusações
sim dizer, o alvo final de uma even- PHQWRHFRQyPLFR por outros dirigentes, é de que é velou suspeitas de envolvimento de como boatos. “Eu não vivo de
tual auditoria forense, recomendou a Na breve declaração a jornalistas, na uma causa económica, tanto no Armando Guebuza no acidente. boatos”, disse, na altura, num tom
jornalistas, na Praça dos Heróis, que Praça dos Heróis, o ministro Adria- plano internacional, assim como O depoimento é do Coronel João intimidatório.
“a melhor coisa que podemos dizer é no Maleiane explicou, por outro lado,
Savana 01-07-2016
TEMA DA SEMANA 3

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Diogo defende excepcionalidade para Moçambique


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&KLVVDQRGL]TXHKRXYH´GHVOL]HµRX´LQDGYHUWrQFLDµ
uísa Diogo defendeu em 2VPHUFDGRVQmRJRVWDPGH Para Sven von Burgsdorff, “a longo

o
Lisboa que a confiança entre LQFHUWH]DYRQ%XUJVGRUII prazo Moçambique tem um futuro
Moçambique e os parceiros Na resposta, o embaixador da União óptimo, mas a curto e médio prazo
internacionais “implica um Europeia em Moçambique,, que as- algumas medidas têm de ser toma-
tratamento diferenciado quando há sumiu também a presidência do das” e outros aspectos corrigidos:

log
tropeços”, referindo-se às dívidas grupo de doadores internacionais “Uma actuação mais bem coorde-
de USD1,4 mil milhões descobertas conhecido como G14, rebateu o pe- nada a nível ministerial poderia ser
pelo FMI (Fundo Monetário Inter- dido de excepção pedido por Luísa facilitadora deste trabalho”, exempli-
nacional) em Abril deste ano. Diogo e lembrou que os mercados ficou.
internacionais “não têm paciência O governo de Moçambique ainda
“A confiança implica um tratamen- nem tempo para esperar pelo resta- não tornou pública a decisão em
to diferenciado quando há tropeços, belecimento da confiança”. apoiar ou uma auditoria internacio-
implica dar o apoio necessário e con- “Os mercados não gostam de insegu- nal, nem as linhas de um Orçamento
fiança no trabalho que estamos a fa- rança nem de incerteza”, disse Sven rectificativo, tendo em conta o boi-

ció
zer”, disse Luísa Diogo que está em von Burgsdorff, acrescentando: “na cote que está a enfrentar da comu-
Portugal na conferência ‘Portugal- situação actual é muito importante
Joaquim Chissano Luísa Diogo e cabe ao Governo tomar decisões
nidade internacional e a queda do
-Moçambique, Pontes para o De- investimento externo.
senvolvimento Económico’. lidade. A dívida moçambicana, cerca Para Chissano, trata-se de assuntos rápidas para que a confiança se resta-
O Fundo Monetário Internacional
de USD11,64 mil milhões a 31 de que “devem ser encarados com mui- beleça nos mercados internacionais,
“Moçambique demonstrou durante (FMI) defendeu na sexta-feira, no fi-
ta paciência e com vontade de trazer que votam cada dia na disponibilida-
anos ter um registo de país sério e Dezembro de 2015, está próxima dos nal de uma visita a Moçambique, que
de dos seus dinheiros”.
de conformidade com as regras in- níveis de insustentabilidade, segundo soluções mais do que apenas casti- o Governo deve adoptar um pacote
Para o representante da diplomacia
ternacionalmente aceites e mostrou a última avaliação do FMI, a semana gos”, de forma a ultrapassar-se esta urgente e decisivo de medidas para
da União Europeia em Maputo
Maputo, para
também ser um grande exemplo a passada. fase, seguindo para uma “nova acti- evitar uma maior deterioração da
além de liderar actualmente o gru-
nível regional e internacional”, vin-
cou a antiga ministra das Finanças,
Primeira-Ministra e candidata nas
eleições internas da Frelimo à Presi-
dência da República.
Também o antigo presidente de
Moçambique, Joaquim Chissano, as-
'HVOL]HVRXLQDGYHUWrQFLDV
Na rebuscada explicação de Chissa-
no, “há dificuldade da parte econó-
mica que foi criada por um, não sei
como dizer - porque são questões
ainda em investigação e não gosto de
so
vidade positiva”. O antigo presidente
moçambicano defendeu que a credi-
ambique no exterior
bilidade de Moçambique
“não necessita de ser recriada”, uma
vez que “não desapareceu”, admitin-
do, porém, que tudo depende da “boa
vontade” com que se vê o “erro”.
po dos doadores internacionais que
suspenderam a ajuda financeira no
seguimento da divulga
divulgação de dívidas
ocultas no valor de mais de USD1,4
mil milhões de dólares, a criação de
condições favoráveis ao ambiente de
negócios vai ser fundamental.
economia e alerta que o país pode ter
atingido um risco elevado de sobre-
endividamento. O FMI exige uma
auditoria internacional independen-
te às contas das empresas Ematum,
Proindicus e MAM, deixando claro
que negociações sobre potenciais
sumiu a mesma postura desculpabi- pôr rótulos às coisas. Talvez o mais “Depende da boa vontade de encarar “O ambiente de negócios vai ser novos financiamentos estão depen-
lizadora em relação à administração que posso dizer é que houve um des- um erro,o, se é que é isso que se deve muito importante, para que os em- dentes de “progressos adicionais na
do seu sucessor Armando Guebuza, lize ou inadvertência, ou qualquer dizer, e que não pode descredibilizar presários portugueses, moçambica- implementação efectiva das medi-
um
que endividou o país na compra de coisa, que criou problemas de des- tudo, ou toda a base (de confiança) nos, chineses, ou quaisquer outros, das macroeconómicas correctivas e
um sistema de protecção costeira de confiança dos doadores, das institui- criada. A base está lá”, sustentou se sintam bem tratados para poder das medidas com vista ao reforço da
contornos ainda pouco conhecidos e ções de Bretton Woods, o que cria Chissano, que, quinta-feira, recebeu investir e criar emprego”, vincou o transparência, melhoria da governa-
outras obras de duvidosa sustentabi- também uma tensão no país”. em Lisboa o Prémio Norte-Sul. diplomata. ção e garantia da responsabilização”.

FACULDADE DE AGRONOMIA E ENGENHARIA FLORESTAL


CANDIDATURAS PARA O MESTRADO ANO ACADÉMICO DE 2017
de

Estão abertas as candidaturas para os cursos de Mestrado da Faculdade de Agronomia PROPINAS


e Engenharia Florestal (FAEF) nas seguintes áreas: Inscrição: 7.000,00 (Sete mil meticais) para os dois anos.
Propinas: 9.500,00 (Nove mil e quinhentos meticais) por mês.
DESENVOLVIMENTO RURAL
EXTENSÃO AGRÁRIA REQUISITOS DE ADMISSÃO
PRODUÇÃO VEGETAL ‡/LFHQFLDWXUDHP$JURQRPLD(QJ)ORUHVWDORXiUHDVDÀQV
PROTECÇÃO VEGETAL ‡&XUULFXOXPYLWDH
‡'LVSRQLELOLGDGHÀQDQFHLUD
io

GESTÃO DE SOLOS E ÁGUA ‡&DUWDGHDXWRUL]DomRSDUDHVWXGDUSDUDHVWXGDQWHVWUDEDOKDGRUHV


‡5DPRGH*HVWmRGHÉJXD ‡2FDQGLGDWRGHYHSRVVXLUDQRWDGHFRQFOXVmRGRJUDXGH/LFHQFLDWXUDLJXDORX
‡5DPRGH*HVWmRGH6RORV superior a 14 valores ou não inferior a 12 valores desde que apresente comprova-
GDH[SHULrQFLDSURÀVVLRQDOGHDQRV
MANEIO E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE ‡1~PHURGHYDJDV SRUFXUVR 
ár

ECONOMIA AGRÁRIA PROCEDIMENTOS PARA CANDIDATURA


‡5DPRGH$QiOLVHGH3ROtWLFDVH'HVHQYROYLPHQWR$JUiULR Do procedimento de candidatura deve constar:
‡5DPRGH0HUFDGRV$JUiULRV ‡)LFKDGH&DQGLGDWXUD SRGHVHUREWLGDQDVHFUHWDULDGH0HVWUDGRGD)$()
‡5DPRGH(FRQRPLDGH5HFXUVRV1DWXUDLV ‡&DUWDHQGHUHoDGDDR'LUHFWRUGR&XUVRLQGLFDQGRRUDPRHDPRWLYDomR
‡5DPRGH$JUR1HJRFLRV ‡&HUWLÀFDGRGHKDELOLWDo}HVHGLSORPDGH/LFHQFLDWXUD
‡&HUWLÀFDGRGDVGLVFLSOLQDVIHLWDV
Di

TECNOLOGIA E UTILIZAÇÃO DE MADEIRA ‡8PDFDUWDGHUHFRPHQGDomRDFDGpPLFD

&,Ȥ1&,$6)/25(67$,6 Os processos de candidatura, devidamente instruídos, podem dar entrada a par-


‡5DPRGH6LOYLFXOWXUD tir da publicação deste anúncio. O prazo para submissão de candidaturas é 15 de
‡5DPRGH(FRQRPLDH0DQHLR)ORUHVWDO Agosto de 2016, no seguinte endereço:
REGIME DE LECCIONAMENTO Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal
O leccionamento das aulas obedece o calendário académico da UEM. As aulas decorrem &DPSXV8QLYHUVLWiULR0DSXWR
HQWUHDVHDVKRUDVDSDUWLUGH)HYHUHLURGH'HSHQGHQGRGDVHVSHFLÀFLGDGHV Tel: 21 – 492177/09 Fax: 21 – 492176
de cada curso, as aulas poderão decorrer no período de manhã. No último trimestre Extensão 
do primeiro ano, os estudantes realizam trabalhos de campo inserido na disciplina de
Simulação de Projectos. Os resultados das candidaturas serão divulgados até duas semanas depois da sub-
missão.
ORGANIZAÇÃO DOS CURSOS
A duração dos cursos é de dois anos. O primeiro ano destina-se à componente lectiva 0DLVLQIRUPDo}HVSRGHUmRVHUREWLGDVQD6HFUHWDULDGR&XUVRGXUDQWHDVKRUDVQRU-
e o segundo ano é dedicado à elaboração individual do trabalho de culminação do curso. mais de expediente ou ainda através do email: (dir.faef@gmail.com).
4
TEMA
TEMADA
DASEMANA
SEMANA Savana 01-07-2016

A declaração de imprensa da Missão do FMI expõe


XPDSROtWLFDÀVFDOGRJRYHUQRIRUDGHFRQWUROR
U

o
ma missão técnica do Quanto à dívida, a missão esti- pensava num recomeço rápido do as restrições nas transacções um equilíbrio macroeconómico
Fundo Monetário Inter- ma o saldo em 86% do PIB para programa financeiro com o FMI. ditas “correntes” (importações, que pode frear as tendências eco-
nacional (FMI) esteve Dezembro de 2015 (já incluindo A missão indica que, mesmo se o viagens) e assim facilitar a ob- nómicas nefastas dos últimos me-

log
em Moçambique duran- as dívidas ocultas). Estas dívidas Governo actuar nas áreas expostas tenção de divisas nos bancos e ses.
te os dias 16-24 de Junho 2016. ocultas, de US$ 1,4 mil milhões acima, isto só abre o caminho para casas de câmbio, porém, a uma (Centro de Integridade Pública)
Os propósitos principais da mis- de dólares americanos, segundo uma retomada de NEGOCIA- taxa de câmbio mais elevada.3
são foram: a missão, representam 10,4% do ÇÕES para um programa, não Não obstante, o CIP está ciente 1-Neste contexto, o Standard Bank publicou
R55 (&#-,5 5 -#./éã)5 ',))- PIB. uma retomada do PROGRAMA! que, a nível microeconómico, quer uma cifra de 2% de crescimento do PIB
nómica de Moçambique Com isso, a missão indica que er, para o homem da rua, isto
dizer, para 2016, no dia 24 de Junho, segundo
R55 (.#ŀ,5 )-5 *--)-5 5 -!/#,5 provavelmente a dívida tenha 3Uy[LPRVSDVVRV dolor
vai significar um período doloro- Zitamar (Standard Bank: Mozambique
GDP to grow 2% in 2016, public debt
para o programa financeiro com chegado a um nível alto de risco Os próximos passos vão indicar se so de ajustamento, pois implica ‘unsustainable’).
o FMI poder recomeçar de sobreendividamento (debt dis- o Governo está disposto a resolver uma depreciação
eciação mais rápida do

ció
2-A missão menciona na sua nota uma in-
R55 )(ŀ,',5 )-5 .&"-5 -),5 -5 tress). Quanto ao desempenho do de fundo a situação económica em Metical, mais inflação (produtos flação de “só” 16%, sendo esta a da Cidade
dívidas ocultas. programa financeiro negociado em Moçambique. mais caros num contexto de salá- de Maputo
3-O facto de existir um mercado informal
Novembro de 2015 (o Stand by O cenário mais provável e desejá- rios fixos), mais subidas nas taxas
em Moçambique é reflexo de uma política
No referente a este último pro- Credit Facility para 2015-2017), vel (dum ponto de vista macroeco- de juros, mais impostos a pagar cambial desajustada do Banco de Moçam-
pósito da missão, foi durante as a missão realçou um aumento de nómico) seria anunciar já as me- e, possivelmente, uma queda dos bique frente às necessidades da economia
Reuniões de Primavera (Spring crédito ao Governo (ler emissão de didas discutidas com a missão. O empregos. privada. Ao controlar o ritmo de deprecia-
Meetings) em Washington, de 5 dinheiro) muito maior que as me- CIP estima que duas medidas em Se novas medidas não forem anun- ção no contexto do regime cambial flutu-
ante que Moçambique utiliza, cria-se um
a 16 de Abril de 2016, que o Go- tas estabelecidas para o programa. especial possam ser tomadas pelo ciadas rapidamente
rapidamente, isso implicaria desequilíbrio entre a demanda e a oferta
verno admitiu ao FMI que exis-
tiam dívidas ocultas. Estas dívidas
ocultas com aval do Estado (para
ProIndicus e MAM) causaram a
suspensão pelo FMI do programa
financeiro com Moçambique.
A missão técnica que veio agora
Em vista destes desenvolvimentos,
a missão considera “decepcionan-
te” o desempenho do programa.
A tónica da declaração de im-
prensa contém nuances negativas.
A missão indica que concordou
com o Governo que a situação
Governo:

so
t"QSFTFOUBÎÍPEFVNPSÎBNFOUP
rectificativo ajustado às novas
possibilidades de financiamento
no, quer dizer, um orça-
externo,
mento austeroo que pode incluir
aumentos de impostos, além de
que o Governo irá pelo caminho
da inflação acelerada: financiará os
seus gastos com crédito do BM,
quer diz
dizer, imprimindo dinheiro.
Isto resultaria num ajustamento
caótico, pois aumentaria a inflação
e a depreciação do Metical mui-
de divisas do/para o sector privado. A di-
ferença entre a taxa de câmbio no mercado
informal e a taxa de câmbio no mercado
bancário (incluindo as casas de câmbio)
indica em que medida as restrições im-
postas pelo Banco de Moçambique (nada
mais que insuficiência de vendas de divisas
ao sector financeiro) afectam essas necessi-
precisava de confirmar estes deta- económica precisa de um pacote reduções nas despesas; e to mais que com um ajustamen- dades do sector privado. E é um facto que
a diferença entre as taxas de câmbio no
lhes. de políticas económicas mas NÃO t6NBBDFMFSBÎÍPEPSJUNPEFEF-
t6NBBDFMFSBÎÍPEPSJUNPEFEF to programado. Um ajustamento
mercado informal e no mercado bancário
um
indica se chegou a um acordo so- preciação do Metical pelo Ban- programado pelo menos tem os aumentou significativamente nos últimos
2WUDEDOKRGD0LVVmRGR bre este pacote com o Governo. par reduzir
co de Moçambique para benefícios de poder restabelecer meses, chegando a uns 10% actualmente.
FMI Isto, no contexto de uma declara-
No final da sua estadia, a missão
ção de imprensa que utiliza uma
emitiu uma Declaração de Im-
linguagem diplomática, faz uma
prensa. No contexto de declara-
ções de imprensa duma missão do
diferença importante. A declara- (PSUpVWLPRVHVFRQGLGRV

FMI exige
ex auditoria
ção menciona as medidas que são
FMI, esta é sumamente franca.
E, ao ser franca, é transparente e
pinta uma situação grave para o
ais e mo-
necessárias (ajustes fiscais
netários e [mais] flexibilidade da
taxa de câmbio) sem confirmar se
FMI
independente às empresas
Governo.
Também é pouco usual que uma o Governo acordou que tais medi-
inde

O
de

missão técnica (já que esta missão das efectivamente vão ser imple-
desde o princípio anunciava que mentadas e menos ainda quando
poderiam ser implementadas.

O
não estava aqui para negociar) te-
Outra evidência da necessidade de Fundo Monetário autores, elogiando as iniciativas cambial, para restaurar o equi-
nha um encontro com um Presi-
medidas é a menção do equilíbrio Internacional (FMI) que estão a ser empreendidas pela líbrio entre oferta e procura no
dente. O facto de ter-se encontra-
entre a demanda e a oferta de di- exige uma auditoria Procuradoria-Geral da República e mercado cambial.
do com ambos, o Presidente Nyusi
internacional e inde- pela Assembleia da República, que “Foi ainda acordado que o ajus-
e o Primeiro Ministro do Rosário, visas.
pendente às empresas Ematum, anunciou a criação de uma Comis- tamento deve preservar os pro-
implica que o Governo está muito O CIP interpreta isto como uma
Proindicus e MAM, que recebe- são Parlamentar de Inquérito, para gramas sociais críticos”, refere
preocupado (o que é bom). indicação que a missão está preo-
ram o dinheiro proveniente dos investigar as dívidas escondidas. ainda a nota de imprensa.
A missão apresentou o contexto da cupada pelo aumento (parcialmen-
io

empréstimos escondidos pelo


situação económica, a qual carac- te especulativo) da taxa de câmbio Para o FMI, o país enfrenta uma
Governo entre 2013 e 2014. 0HGLGDVXUJHQWHVH
terizou como sendo de “desafios no mercado informal, onde o dólar GHFLVLYDV alta probabilidade de ter atingi-
económicos difíceis”. já está a 66/70 MT para compra/ A exigência consta do comu- A missão, chefiada por Michel La- do um nível de risco elevado de
As novas projecções do PIB da venda. nicado daquele organismo de zare, defendeu que o país precisa sobreendividamento (debt dis-
missão são de 4,5% (comparadas Ao falar das medidas discutidas Bretton Woods, na sequência de que adotar um pacote urgente e de- tress) e a dívida pública chegava
ár

com 6,6% em 2015 e três pontos com o Governo, a missão enfatiza uma missão que a instituição en- cisivo de medidas de política para a 86% do PIB no final de 2015
percentuais abaixo de níveis histó- a necessidade de evitar outra des- viou para Moçambique, entre 16 evitar uma maior deterioração da (incluindo as dívidas ocultas),
ricos). A missão indicou ao mesmo coberta de dívidas ocultas. e 24 do mês em curso, para uma economia, avisando que o país pode como resultado da descoberta
tempo que há riscos substanciais Para o CIP, isto indica a grande avaliação do impacto macro- ter atingido um risco elevado de so- dos empréstimos escondidos.
ibuir para
que ainda podem contribuir -económico do montante de 1,4 breendividamento. As chamadas dívidas escondidas
preocupação do FMI com a deso-
escimento menor do PIB.1
um crescimento mil milhões de dólares em dívi- “A missão e as autoridades acor- (USD1,4 mil milhões), segundo
nestidade demonstrada pelo Go-
Di

A missão confirmou o que já se das não autorizadas pela Assem- daram que este contexto exige um
verno até agora. a missão, representam 10,4% do
conhecia: que a situação fiscal era bleia da República nem comuni- pacote urgente e decisivo de medi-
Ao mesmo tempo, a missão indica PIB.
demasiado expansionista, tanto cadas às instituições financeiras das de política para evitar uma de-
que não está satisfeita com o pro- Do total das dívidas públicas não
durante 2015 como durante os internacionais e aos doadores. terioração acrescida do desempenho
primeiros cinco meses de 2016 gresso feito até agora com as inves- reveladas, a Ematum beneficiou
“Seria necessária uma auditoria económico”, lê-se no comunicado
(de Janeiro a Maio)2, resultando tigações sobre as dívidas ocultas. de 850 milhões de dólares ava-
internacional e independente às do FMI.
numa subida da inflação homólo- Isto leva à insistência pela missão lizados pelo Estado moçambi-
empresas Ematum, Proindicus e Aquela instituição financeira inter-
ga de 18,3% e uma depreciação do de uma auditoria internacional, cano, dos quais 500 milhões de
MAM, sendo as duas últimas as nacional entende que as autorida-
Metical de 28% em 2016, com as mesmo quando a missão diz que dólares acabaram assumidos pelo
empresas que receberam finan- des moçambicanas devem pôr em
reservas internacionais em queda está satisfeita com os últimos pas- ciamento dos empréstimos an- marcha apertos substanciais ao nível Governo como dívida soberana,
contínua. sos, que incluíam a criação duma teriormente não revelados”, diz a fiscal e monetário, flexibilidade da a Proindicus, criada para activi-
O CIP interpreta isto no sentido comissão de investigação no Par- nota distribuída pelo FMI. taxa de câmbio, para restaurar a sus- dades de protecção costeira, re-
de que a política fiscal do Gover- lamento. O FMI considera necessárias tentabilidade macroeconómica, re- cebeu 622 milhões de dólares, e
no está fora do controlo dos ins- O final da declaração de imprensa medidas adicionais no apura- dução das pressões sobre a inflação e a MAM também ligada à defesa
trumentos à disposição tanto do representa um forte golpe às espe- mento da extensão das dívi- a balança de pagamentos, bem como marítima, beneficiou de 535 mi-
Governo como do Banco de Mo- ranças do Governo que, segundo das ocultas e dos respectivos alívio das pressões sobre o mercado lhões de dólares.
çambique. as indicações recebidas pelo CIP,
Savana 01-07-2016
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Governo obrigado a duro pacote de medidas - EIU


O Governo moçambicano
será obrigado a imple-
mentar um duro pacote
sidera a EIU.
“As pressões sobre a balança de
pagamentos emergiram no final

o
de políticas correcti- de 2015 como resultado da rápida
vas, incluindo uma agenda fiscal acumulação da dívida pública, uma
e monetária apertada e reformas acentuada queda do investimen-
estruturais na gestão das finanças to privado e a uma grande queda

log
públicas, como forma de superar no preço das matérias-primas, que
os riscos macro-económicos e re- levaram o Governo a recorrer ao
lançar a cooperação com o FMI, ´Stand-by credit facility` (SCF) do
estima a última análise sobre Mo- Fundo Monetário Internacional e a
çambique da The Economist In- restruturar a dívida de 850 milhões
telligent Unit (EIU), a unidade de de dólares em eurobonds da Ema-
pesquisa da prestigiada revista bri- tum”, refere a EIU.
tânica The Economist. Condicionado pela conclusão do
processo de reconciliação das contas
Segundo a EIU, dado o peso fiscal da dívida pública a ser levado a cabo

ció
da maioria das empresas públicas, pelo FMI, prossegue a avaliação,
é provável que as autoridades po- Moçambique tem a sua credibilida-
nham em marcha um programa de de seriamente afectada no acesso ao
privatizações, realça a análise do crédito concessional.
EIU. Governo será obrigado a tomar medidas ousadas
A entidade de pesquisa britânica Riscos de “Default”
alerta que as políticas correctivas O estudo observa que Maputo está dólares, do total de 535 milhões análise da EIU. desta opção será emperrada pela
necessárias vão gerar um clima de a braços com prazos de pagamen- de dólares devidos ao banco russo As tentativas do Governo moçam- rigidez das leis laborais, fraca rede
desconforto para o Governo, mas, to de dívidas insustentáveis, na se- VTB Bank. bicano de reanimar a economia se- de infra-estruturas e acesso limitado
dada a profundidade da crise finan-
ceira e a dependência em relação ao
capital externo, as reformas terão de
avançar.
A queda de liquidez em Moçambi-
que tenderá a deteriorar-se no curto
quência de empréstimos comerciais
que avalizou a favor de empresas até
agora inviáveis, contraídos em 2013.
A cifra total de desembolso de capi-
tal e taxas de juro de dívida pública
externa poderá atingir 460 milhões
so
Face a um cenário de incumpri-
mento, o mais provável é que a
MAM negoceie a restruturação da
dívida, anota o estudo.
A incerteza à volta dos referidos
empréstimos gerou para Moçam-
rão emperradas por constrangimen-
financeir e pelo fraco preço
tos financeiros
das matérias-primas no mercado
internacional.
“Explorar os recursos naturais é
central para os planos de reanima-
ao mercado mundial, observa ainda
o EIU.
No plano político, a análise antevê
uma vitória da Frelimo e de Filipe
Nyusi nas eleições gerais de 2019,
com o partido no poder a manter a
termo, exacerbada pela incerteza de dólares em 2016 (equivalente a bique uma significativa volatilidade ção da economia, mesmo tendo em aparência de unidade sobre as divi-
em relação à resposta da comunida- 25% das reservas internacionais lí- dos mercados, levando ao aumento conta que a queda dos preços de gás sões faccionistas, pelo menos duran-
de internacional sobre o escândalo quidas) e agravar-se para 500 mi- dos juros cobrados ao país para 17% e carvão (as principais matérias-pri- te o período eleitoral.
um
das chamadas dívidas escondidas, lhões de dólares entre 2017 e 2020. em Maio e a confiança dos credores mas de Moçambique) e preocupa- “A Frelimo continuará a beneficiar
indica a análise. Para ilustrar as dificuldades que em relação ao país foi gravemente ções sobre a estabilidade regulatória de uma bem oleada máquina parti-
As dúvidas em relação à verdade Moçambique está a enfrentar para afectada. irão minar os esforços do Governo dária, uma posição financeira mais
escala dos empréstimos não revela- liquidar as suas dívidas, o EIU re- Mesmo que a dívida da MAM seja de atrair investimento”, enfatiza o saudável e influência sobre as insti-
dos durante o Governo de Arman- corda que a Mozambique Asset restruturada, o Governo continuará estudo. tuições do Estado. As disparidades
do Guebuza e a incapacidade de as Management (MAM), empresa assolado por volumosas dívidas a O Governo vai também procurar na geografia eleitoral vão continuar,
empresas participadas pelo Estado públicaa que beneficiou de emprés- outros credores e num contexto de estimular a produtividade nas in- com a Frelimo a mostrar-se mais
pagarem as suas dívidas vai também timos escondidos, falhou, em Maio, rápida desvalorização da moeda na- dústrias de mão-de-obra intensi- dominante nas províncias do sul e
agudizar os problemas económicos o pagamento da sua primeira pres- cional, a capacidade de cumprimen- va, notavelmente na agricultura e a oposição a mostrar-se mais forte
do país nos próximos tempos, con- tação, orçada em 178 milhões de to das obrigações é incerta, refere a manufacturas, contudo, a eficácia noutros pontos”, considera o EIU.

Novos preços de pão entram hoje em vigor


de

P
Por Argunaldo Nhampossa
arece que desta é de vez. Assim, a partir desta sexta-feira, à são responsáveis pelo abastecimen- básica, porque os preços de farinha, nisse para deliberar e depois infor-
Depois de em Março últi- boca da padaria, o pão de 200 gra- to do pão ao grosso da população. fermento, vitaminas e salários, cujo mar a governo. Mas sublinhou que
mo a Associação Moçam- mas passa dos actuais seis meticais O presidente da AMOPÃO, Victor reajustamento foi feito em Abril o mesmo está ciente dos elevados
bicana de Panificadores paraa sete meticais, enquanto que o Miguel, justifica esta medida com último, tornaram os custos de pro- custos de produção, pelo que, caso
io

(AMOPÃO) ter ensaiado aumen- de 250 gramas deverá passar dos o aumento dos custos de produção, dução mais elevados”, disse. queira travar a subida, terá de apre-
tar o preço do pão, facto pronta- 7,5 para nove meticais. pois de Janeiro a esta parte regista- Apontou que um saco de trigo de sentar outras alternativas.
mente travado pelo Governo, esta Estes preços serão praticados pelos ram uma subida de 70%. 50 quilos, que em Outubro de 2015 Em Março último, a AMOPÃO
quarta-feira, os panificadores vol- dos panificadores, sendo que ficam “Estamos a tentar fazer a reposi- custava 1.080 meticais, subiu para ensaiou agravar o preço de pão, fac-
taram à carga e apresentaram no- desconhecidas as tarifas que serão ção daquilo que foi corroído pelos 1.390 meticais, num espaço de oito to que foi prontamente “barrado”
vos preços. praticadas pelos comerciantes que custos da subida da matéria-prima meses. Falou ainda do preço de fer-
ár

pelo governo. Na altura, o ministro


mento, que uma embalagem de 10 de Indústria Comércio, Max To-
quilos antes custava 1.600 meticais nela, disse que para evitar a subida
agora passou para 2.340 meticais. do preço, os panificadores estavam
Segundo Victor Miguel, esta si-
a identificar ofertas de trigo relati-
tuação colocava os panificadores a
vamente mais barata fora do país,
trabalharem numa situação extre-
Di

por considerarem que as fábricas de


mamente deficitária, o que já levou
moagem nacionais praticam tarifas
ao encerramento de cerca de 98 pa-
elevadas que acabam encarecendo o
darias até Janeiro do presente ano.
Refere que, de modo que não hou- custo de pão.
vesse crise de pão no país devido ao A última vez que o país registou
efeito dominó dos encerramentos, uma subida no preço do pão foi em
era necessário que a AMOPÃO to- Outubro de 2015, tendo o agrava-
masse uma posição para favorecer a mento sido encarado com passivi-
todos, estabelecendo um preço que dade, uma atitude que contrariou
chamou de possível, porque o justo os cenários vividos em 2010, em
poderia gerar caos nas actual con- que as cidades de Maputo e Mato-
juntura do país. la ficaram literalmente paralisadas.
Questionado se esta decisão era do É que, o pão constituí um dos ali-
conhecimento do governo, Miguel mentos indispensáveis para a maio-
respondeu que, antes de mais era ria dos moçambicanos residentes
preciso que a Associação se reu- nos centros urbanos.
Savana 01-07-2016
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Estado de “arranjos” leva a pensar Moçambique

Repete-se conferência que em 2013


diagnosticou “Guebuzite”

o
T

log
rês anos depois de uma política e social, de uma plataforma Diálogo para a Paz e da Situação
histórica conferência, em organizacional de mudança, de um Económica do país: como avançar”.
Maputo, que diagnosticou chão comum para o erguer de uma A sessão de abertura será feita pelo
o que, na altura, se chamou luta cerebral de fazer Moçambique respeitado académico Severino
por “Guebuzite” que, alegadamen- um país de paz, progresso e justiça Ngoenha, que falará da actual situ-
te, dilacerava o país, o Parlamento social. ação política e social do país.
Juvenil volta a juntar, próxima ter- De acordo com uma nota do Par- Em 2013, nas vésperas das eleições
ça-feira, na capital moçambicana, lamento Juvenil recebida na nossa autár
autárquicas, em pleno clímax dos
cerca de 200 pessoas numa só mesa redacção, a conferência da próxima raptos e no calor da tensão polí-

ció
para, em conjunto, pensarem Mo- semana visa reunir várias sensibili- tico-militar, o Parlamento Juvenil
çambique. dades da sociedade sobre a situação realizou, em Maputo, uma histórica
do país com vista a tomar uma po- conferência intitulada “Pensar Mo-
“É preocupação nacional que, após sição firme de medidas alternativas çambique”.
Foi nesse evento que, referindo-se à
longos anos de afirmação no pano- conducentes à restauração da paz,
conjuntura de então, o edil de Que-
rama internacional como exemplo democracia e boa governação.
limane, Manuel de Araújo, disse
de reconciliação pacífica e cresci- Jovens, actores políticos, entidades
que o país padecia de uma endemia
mento económico, o país esteja a do Estado e do Governo, organi- chamada “Guebuzite” que, o mé-
ser assolado por uma grave crise zações da sociedade civil, repre- dico Jorge Arroz, então presidente
política, económica e social, saindo
do Estado de Direito Democráti-
co e caminhando para um Estado
de arranjos, o que nos intima a um
novo Pensar Moçambique”, é assim
como o Parlamento Juvenil enqua-
dra a conferência do próximo dia 5.
so sentantes de confissões religiosas,
activistas de direitos cívicos, acadé-
micos, sector privado, trabalhadores
do sector informal, diplomatas, jor-
nalistas, associações socioprofissio-
nais, activistas das redes sociais en-
tre outros actores da sociedade vão
da Associação dos Médicos, que se
queixava de marginalização do go-
verno liderado por Armando Gue-
buza, descreveu-a como uma enfer-
midade, extremamente, perigosa.
Na altura, Arroz, o rosto das reivin-
dicações da classe médica, posição
Sempre presente na esfera pública, Severino Ngoenha vai falar da situação político-económica e social do país tomar parte da conferência que, em que chegou a lhe custar detenção
aquele movimento de advocacia em painéis separados, irá abordar dois pela polícia, explicou que o quão
um
prol dos direitos e prioridades da e social do país, por isso que, em combate pela liberdade, bate-se temas candentes, nomeadamen- perigosa é toda a doença que ter-
juventude diz-se indignado com a nome do mais alto interesse na- em prol da organização de ideias e te, o “Custo da Paz e Democracia mina com o sufixo “ite”.
actual situação política, económica cional e inspirado nos valores de busca de uma nova infra-estrutura em Moçambique” e “Monitoria do (A.Nhantumbo)

Vassourada na EDM
O ministro dos Recursos
Minerais e Energia, Pe-
dro Couto, exonerou os
um cenário caracterizado por cor-
tes prolongados e constantes.
A situação financeira da empresa
competitiva, transparente, eficiente,
sustentável e de referência regio-
nal e mundial no fornecimento de
“Para começar este processo, era
preciso termos um ponto de parti-
da. Assim, brevemente será lançado
Administração executivos pelo que
gostaria mais uma vez de contar
com todos os trabalhadores da em-
de

quatro administradores não é das melhores e aponta-se a energia electrica e serviços asso- um concurso público para selecção presa”, lê-se no documento.
executivos da Empresa Electrici- gestão danosa como uma das ra- ciados. de novos membros do Conselho de (R.S.)
dade de Moçambique . zões da situação calamitosa em que
Trata-se de Carlos Alberto Yum, se encontra a empresa pública de
responsável pelo pelouro de Plane- distribuição de energia eléctrica.
amento e Projectos; Isaura Cumbe, Nos últimos anos, a EDM serviu
do pelouro de Finanças e Serviços como “vaca leiteira” das elites do
gerais; Isaias Rebeca, responsável partido Frelimo bem como dos
pela área de Distribuição e Agos- seus gestores seniores que, usando
tinho Mucauro do cargo de admi- a manobra de tercialização de ser-
io

nistrador para o pelouro de Produ- viços, introduzem as suas empresas


ção e Transportes. para prestarem serviços e, em con-
tra partida, recebem pagamentos
sub-facturados.
Segundo o despacho de Couto,
A bancada do Movimento Demo-
os executivos exonerados deverão
ár

crático de Moçambique (MDM)


continuar em funções até à nomea- na Assembleia da República che-
ção dos novos titulares. gou a exigir a constituição de uma
A exoneração dos quatro adminis- comissão parlamentar de inqué-
tradores verifica-se um ano depois rito para averiguar a real situação
da tomada de posse de Mateus da empresa, mas tal proposta foi
Magala como novo Presidente de
Di

chumbada pela bancada maioritá-


Conselho de Administração (PCA) ria, a Frelimo.
da empresa em substituição de Gil-
do Sibumbe. Concurso público
Embora o comunicado do ministro Nesta quarta-feira, Mateus Magala
dos Recursos Minerais ais e Energia emitiu uma circular na qual convi-
aponte a exoneração dos adminis- da todos os trabalhadores habilita-
tradores da EDM como estando dos para concorrer às vagas deixa-
no quadro normal de rotação de das pelos quatro administradores.
quatros e introdução de nova dinâ- Os lugares estão também abertos
mica, dados em poder do SAVA- para os exonerados.
NA indicam que a medida tem a Segundo o documento assinado
ver com a deficiente gestão daquela por Magala, as reformas vão abran-
empresa. ger outros cargos de direcção e en-
Nos últimos anos, a EDM tem-se quadram-se no processo de trans-
mostrado sem capacidade para dis- formação da firma com objectivo
tribuir convenientemente a energia, de torná-lo numa empresa mais
Savana 01-07-2016
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o
log
ció
so
um

ASSEMBLEIA
EIA GERAL DO MISA – 2016

- CONVOCATÓRIA
OCATÓRIA –
de

A Mesa da Assembleia Geral da Associação MISA-Moçambique convoca a todos


os seus membros a participarem na Assembleia Geral Ordinária (2016), a realizar-
-se no dia 08 de Julho de 2016, das 8:00 às 13:00 horas, no Hotel Moçambicano, na
cidade de Maputo.

A Assembleia terá os seguintes pontos de Agenda:


io

1. Apresentação e aprovação do Programa


2. Proposta de Revisão dos Estatutos do MISA-Moçambique (Análise e Aprova-
ção)
3. Análise e aprovação do Relatório de Actividades do Conselho Nacional Gover-
nativo – Processo
rocesso de pré-estabelecimento do MISA (2013 – 2015);
ár

4. Análise e aprovação do Plano Estratégico do MISA-Moçambique (2016 -2021);


5. Análise e aprovação dos procedimentos gestão do MISA-Moçambique;
6. Diversos
Di

O Presidente da Mesa da AG
________________________
António Zefanias
10
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Retirada da PIC do MINT continua a dividir sensibilidades

Falhou o SECRIM, agora ensaia-se o SERNIC


Por Raul Senda

o
epois de ter ensaiado, como consequências da falta de
sem sucesso, a criação do equipamentos modernos e evolu-
Serviço de Investigação ídos para a investigação criminal.
Criminal (SECRIM)

log
Por seu turno, a Ordem dos Ad-
em 2010, a Assembleia da Re- vogados de Moçambique (OAM)
pública (AR) está novamente a entende que a reorganização da
experimentar a transferência da PIC é a etapa mais importante e
Polícia de Investigação Criminal urgente que actualmente se impõe,
(PIC) do Ministério do Interior no âmbito da reforma do sector ju-
(MINT) para o Ministério Públi- diciár em Moçambique.
diciário
co (MP) ou para o Ministério da Para Flávio Menete, bastonário
Justiça. da OAM, a introdução de refor-

ció
mas na PIC assume-se como um
O fracasso da primeira tentativa imperativo para que esta possa de-
de reformar a PIC foi apadrinha- sempenhar, com rigor, a sua missão
do pelas elites da Polícia da Repú- no combate ao crime.
blica de Moçambique (PRM) que Não haverá, nem pode haver, re-
contaram com o apoio da bancada sultados palpáveis no combate à
da Frelimo que chumbou, pelo seu criminalidade sem uma reforma
voto maioritário, a proposta em Ministro da Justiça, Isac Chande, e o seu elenco durante audição na primeira comissão sobre a reforma da PIC profunda e determinada da PIC.
sede do Parlamento. Sublinha que não adianta introdu-
vando os cidadãos a adoptar medi- investigação criminal profissio- compadece com a missão própria
A denominar-se Serviço Nacional
de Investigação Criminal (SER-
NIC), a proposta de lei atinente
a esta reforma foi entregue à AR
pelo governo em Março do pre-
sente ano.
das de precaução, redução de actos
e situações que possam facilitar a
ocorrência de condutas criminosas.
Entende o executivo que o SER-
NIC deverá ser tutelado pelo mi-
nistro que superintende a área da
frisou. so
nalizada, mas dentro do MINT”,

Sobre a autonomia administrativa,


Chachine diz que não vê nenhu-
ma inconveniência nesse sentido.
Porém, a autonomia financeira é
do MINT, que na verdade se resu-
mem com questões que têm a ver
com a defesa da lei, tranquilidade e
segur
segurança públic
públicas.
Defende que o director do SER-
NIC e o seu vice devem ser esco-
zir melhorias a nível do Ministério
Público, dos Tribunais, do Insti-
tuto do Patrocínio e Assistência
Jurídica (IPAJ) e da advocacia sem
que se melhore, e muito, o funcio-
namento da PIC.
O governo não quer tirar a PIC do Menete defende que a reforma
ordem, segurança e tranquilidade quase impossível porque a PIC lhidos entre magistrados judiciais
MINT, mas quer que deixe de ser deve começar na formação espe-
públicas, neste caso o Ministro do não produz receitas tal como ou- de carreira ou magistrados do
uma instituição subordinada e de- cializada dos seus agentes, pas-
Interior. tras instituições de Estado. Ministério Público, também de
um
pendente, passando a ser uma ins- sando pela correcta atribuição de
A Associação Moçambicana de carreira, e empossados pelo Presi-
tituição tutelada e com autonomia
administrativa.
O nó da bronca es entende que o SERNIC
Juízes dente da República. meios materiais, tecnológicos e
A proposta legal para a transfor- deve tutelar-se ao Ministério da A proposta dos juízes difere da financeiros e terminando numa vi-
A bancada parlamentar da Fre- são conceptual que leve à transfor-
mação da PIC em SERNIC está Justiça, discordando, deste modo, Sociedade Civil e da Ordem dos
limo também alinha no mesmo mação desta Polícia, de um mero
a ser analisada ao nível das Comis- com as posições do govgoverno e da Advogados de Moçambique que
diapasão e não quer a PIC fora departamento da Polícia da Re-
sões dos Assuntos Constitucio- Frelimo em relação à manutenção defendem a tese de que a nova
do MINT, enquanto que o grupo Ministér do Interior.
da tutela no Ministério entidade de investigação criminal pública de Moçambique (PRM),
nais, Direitos Humanos e de Le-
parlamentar da Renamo quer que Na defesa da sua proposta, Carlos deve tutelar-se ao Ministério Pú- para um verdadeiro órgão moder-
galidade e da Defesa, Segurança e
a nova PIC esteja sob tutela do Mondlane, presidente da Associa- blico. no e especializado de investigação
Ordem Pública.
Ministério da Justiça. ção Moçambicana de Juízes, disse Para o presidente da Comissão
Para tal, várias esferas da sociedade criminal e que se assuma como
O documento com 22 páginas diz que a proposta da sua organização Nacional dos Direitos Humanos
moçambicana foram convidadas parte integrante do subsistema de
de

que, tendo em conta as caraterís- irá assegurar e proteger a compo- (CNDH), Custódio Duma, o ac-
para dar o seu parecer sob a futura administração da justiça penal.
ticas actuais da criminalidade que nente da fiscalização. tual cenário é de dupla subordina-
composição e a entidade que deve- A Ordem dos Advogados reite-
se mostram cada vez mais sofisti- “Desde logo, no artigo segundo da ção da PIC, um facto que concorre
rá tutelar o SERNIC. ra a necessidade de a PIC passar
cadas bem como o fenómeno da proposta, a Associação Moçambi- para a prestação de maus serviços
O Ministro do Interior, Basílio a subordinar-se ao Ministério da
integração regional e da globaliza- cana de Juízes, no que diz respeito ao cidadão.
Monteiro, defende que, tal como a Justiça e que o seu director seja
ção, há necessidade de se introdu- à natureza deste órgão, entende Para o Presidente da CNDH, a
PIC, o SERNIC deverá estar sob um magistrado judicial ou do Mi-
zir reformas profundas no seio das alçada do seu ministério. que não basta que ela tenha uma ideia de se pretender que o SER- nistério Público, em comissão de
instituições de investigação crimi- Para Basílio Monteiro, o actual autonomia administrativa, mas é NIC seja um serviço público de serviço.
nal com vista a dar resposta a esta sistema de dependência não pode importante que o SERNIC tenha natureza paramilitar, auxiliar da
nova realidade. Ministério da Justiça está sa-
io

ser visto como barreira para o bom uma autonomia financeira e este- administração da justiça, dotado
Para tal, a investigação criminal funcionamento da instituição. Os ja sob a tutela do Ministério da de autonomia administrativa e turado
deve profissionalizar-se e especia- problemas que a PIC actualmente Justiça. Desde logo descartamos tutelado pelo Ministro que su- Para não fugir da linha do gover-
lizar-se cada vez mais, quer sob enfrenta não se resolvem pela mu- a possibilidade de colocar a PIC perintende a área de ordem, se- no e da bancada da Frelimo, Isac
ponto de vista material e tecnoló- dança do sistema de dependência sob tutela do Ministério Público, gurança e tranquilidade públicas Chande, ministro da Justiça, As-
gico bem como sob ponto de vista ou pela mudança do nome da ins- porque o MP, que é o titular da denota a ausência da autonomia suntos Constitucionais e Religio-
ár

da capacitação dos recursos huma- tituição, mas antes pela reorgani- acção penal, está comprovado que, da PIC, facto que pode fragilizar sos, foi à audiência da Primeira
nos. zação da sua estrutura, formação por o ser, ele tem de ter um poder este sector que precisa de recursos Comissão dizer que a sua institui-
A proposta governamental propõe dos quadros nas várias especiali- funcional para qualquer que seja a humanos altamente qualificados e ção está saturada e que neste mo-
que a PIC deve actuar na tramita- dades, apetrechamento adequado entidade, para que possa exercer o de condições de trabalho dignifi- mento não está em condições de
ção do processo-crime sob direc- e motivação dos seus profissionais. ónus investigativo. Se nós colocar- cantes. albergar o SERNIC.
ção e dependência funcional do O posicionamento de Basílio mos a polícia sob a dependência A CNDH propôs que o parla- Chande refere que o seu ministé-
Di

MP, sem prejuízo da sua autono- Monteiro foi repisado por Paulo do Ministério Público vai se per- mento aprove uma lei que possibi- rio coordena o sistema judiciário
mização e organização hierárquica, Chachine, actual director Nacional der o poder de fiscalização. Quem lite a existência duma PIC que não do país, tem a missão formar juí-
operacional e técnica. da PIC, que defende que o SER- vai fiscalizar o próprio Ministério se subordina ao Ministério do In-
zes, procuradores e notários, asses-
Na proposta de lei submetida à NIC será uma força paramilitar Público? É importante que o MP, terior nem ao Ministério Público,
AR, o executivo de Filipe Nyusi sora o Presidente da República em
que sempre que necessário deverá neste poder, oriente a polícia na- mas actua de forma independen-
define como funções da nova PIC assuntos Constitucionais, atende
recorrer ao uso de armas de fogo quilo que são as instruções proces- te, podendo inclusive rejeitar por
a garantia da realização de diligên- suais”, disse. meio de despachos as orientações questões religiosas, vela pela situ-
para atender determinada situação.
cias que, nos termos da lei proces- O magistrado refere que a colo- do poder judicial ou administrati- ação prisional para além dos regis-
Nessa óptica, continua Chachine,
sual penal, se destinam a verificar cação da PIC ou SERNIC sob vo, sem incorrer em crime de de- tos e notariados.
sendo uma força paramilitar, deve-
a existência de infracções de natu- rá obedecer uma voz de comando alçada do Ministério do Interior, à sobediência. São atribuições que ainda não são
reza criminal, determinar os seus que só pode vir do MINT que é a partida, pode-se dizer que o facto Duma defende, ainda, uma polícia totalmente satisfeitas devido à fal-
agentes e averiguar a sua respon- única instituição do Estado habili- de ser uma polícia é aceitável que que esteja devidamente equipada ta de meios materiais, humanos e
sabilidade. tada para tal. fique sob tutela do MINT. para investigar crimes, tendo ex- financeiros, sendo que a transfe-
O SERNIC deverá ainda promo- “A presente proposta foi desenha- Mas o problema que daí ad- plicado que a impunidade, a tortu- rência do SERNIC para aquele
ver e realizar acções destinadas a da de acordo com os nossos an- vém é que a natureza jurídica de ra na investigação e o crescimento ministério traria outros constran-
incentivar a prevenção geral, moti- seios. Sempre sonhamos com uma qualquer polícia judiciária não se da criminalidade são apontados gimentos.
Savana 01-07-2016
INTERNACIONAL
SOCIEDADE 11

Activistas angolanos circulam livres na


rua enquanto aguardam recurso
N

o
ão foi motivo para euforia, do Tribunal Provincial de Luanda tei controlar as emoções para, no
mas foi celebrado. Depois que os condenou pelos  crimes de caso de não ser verdade, me preparar.
de terem sido presos há “actos preparatórios de rebelião e de Desde manhã que estou eufórica”,

log
um ano, activistas podem associação de malfeitores”.  Conde- disse, por telefone. 
agora circular livremente nas ruas. nados a penas entre dois anos e três Também por telefone, Fernando
Estão em liberdade, sob termo de meses e oito anos e meio de prisão, Baptista, pai de Nito Alves, la-
identidade e residência. os activistas foram presos a 28 de mentou que não tivessem libertado
Março, mas desde então aguardavam o filho. Leonor Odete João, mãe
A imagem é de celebração: lado a a decisão de recurso na prisão.  Os de  Afonso Matias “Mbanza Ha-
lado, os activistas angolanos pude- advogados alegaram que a prisão mza”, aguardava com expectativa o
ram nesta quarta-feira pela primeira era ilegal por ter sido interposto re- desfecho.
vez desde há um ano marchar li- curso com efeito suspensivo, o que À hora de almoço, Esperança Gon-

ció
vremente nas ruas de Luanda e foi obrigava à suspensão da sentença e ga, mulher de Domingos da Cruz —
isso mesmo que fizeram. Circularam da prisão. O pedido de habeas cor
corpus autor da brochura livro Ferramentas
imagens e vídeos nas redes sociais deu entrada a 1 de Abril no Tribunal para Destruir o Ditador e Evitar
a mostrar a emoção que eles, famí- de Luanda.
uanda. Nova Ditadura. Filosofia Política da
lia, amigos e apoiantes viveram no A expectativa antes da saída era Libertação para Angola, que estava a
momento da libertação. Presos há enorme. À porta do Hospital-Prisão ser discutido quando eles foram pre-
um ano por estarem a discutir po- São Paulo, onde estavam 12 dos 17 sos a 20 de Junho, e considerado o
lítica, os activistas foram libertados jovens, o advogado Miguel Francis- líder do grupo — contava que estava
da prisão e aguardam a decisão do co explicava ao PÚBLICO por te- a tentar arranjar transporte para o
Tribunal Supremo  sobre o recurso
interposto pela defesa sob o termo
de identidade e residência.
A medida agora imposta é a menos
grave das medidas de coacção. Os
arguidos estão impedidos de sair do
país e têm de se apresentar mensal- fessor universitário que esteve mais
so
Os activistas a sair da prisão Central Angola

tar o pior”, disse por telefone o pro- condenados. A medida agora im-
posta é a menos grave das medidas
lefone. “Agora é aguardar o recurso
do Supremo e Constitucional; os
processos demoram muito tempo
e o fundamental é eles aguardarem
em liberdade”. Laurinda Gouveia e
Rosa Conde, as duas únicas mulhe-
res do grupo, estavam na prisão de
marido — a prisão de Caquila fica a
cerca de três horas de sua casa. “Não
confiava nesse sistema, mas sempre
tive esperança de que alguma coisa
iria acontecer pelo facto de estarmos
sempre a lutar. Senão seria em vão
a nossa luta”. Mas não a espantaria
mente no cartório. de um mês em greve de fome. “Não de coacção. Os arguidos estão im- Viana. Domingos da Cruz, Sedrick se nada acontecesse, pois o sistema
Apesar de ter sido abrangido por foi tanto porque o regime é indepen- pedidos de sair do país e têm de se Carvalho e Osvaldo Caholo es-
de Car “é incoerente, injusto, seria capaz
esta decisão em relação ao crime de dente mas porque percebeu que esta apresentar
esentar mensalmente no cartório. tavam em Caquila.  Os advogados de tudo”. Porém, teme que, “se eles
um
que é acusado com os outros activis- aventura de nos manter presos estava Ficam obrigados a comparecer pe- seguiriam para lá. abrirem a boca para dizerem alguma
tas, Nito Alves terá de ficar na prisão a levar o regime para o precipício”. rante as autoridades sempre que a lei A aguardar a libertação do Luaty coisa, sejam presos outra vez”. 
até mais tarde, pois foi condenado Segundo o site Rede Angola, no lo- o obrigar ou quando forem notifica- Beirão a qualquer momento à por- Por seu lado, o ministro da Justi-
em Fevereiro por injúria aos magis- cal, os activistas seguiram em mar- dos para o fazer, e não podem mudar ta da cadeia, a sua mulher, Mónica ça e dos Direitos Humanos, Rui
trados.   cha pelo centro da cidade, “passaram de residência nem ausentar-se por Almeida, dizia, ao início da tarde, ao Mangueira, negou que este seja um
O clima de celebração está a ser vi- pelo  Largo da Independência, sem mais de cinco dias sem comunicar a PÚBLICO, que não estava à espera caso político, segundo a Lusa. “Nós
vido com prudência, pelo menos por interromperem o passo, e foram até nova residência ou o lugar onde pos- da “boa notícia” sobre a libertação continuamos a dizer que este caso é
Nuno Dala que falou ao PÚBLICO à sede da União dos Escritores An- sam ser encontrados. do activista que esteve em greve de essencialmente técnico-jurídico, não
ainda da prisão, minutos antes de golanos. Lá, puxaram um grito: ‘Ler A liberdade resulta de um pedido de fome durante 36 dias chamando a há questões de natureza política nes-
sair para a rua e dizer que planeavam não é Crime!’” habeas corpus. A defesa alegou a in-
hab corpus. atenção internacional para o caso. ta situação”, disse. “O  Tribunal Su-
andar pela cidade. “A nossa liberta- Em Dezembro, os activistas conse- constitucionalidade do processo no “Mentalizei-me que poderiam ser premo está a tomar as suas decisões
ção acaba por ser um gesto do regi- guiram passar o Natal em casa, mas tribunal de primeira instância. Exige os cinco anos. Neste caso tem sido sem qualquer interferência política”.
de

me para descomprimir o ambiente em prisão domiciliária, até serem que os activistas sejam absolvidos e tudo muito imprevisível”. Confes-
pesado que se vive em Angola e evi- presos em Março quando foram que se declare a nulidade do acórdão sou: “Saltei, não quis acreditar. Ten- Público/SAVANA
io
ár
Di
12
SOCIEDADE Savana 01-07-2016

Entre dialogar, bombardear ou ilegalizar a Renamo

&RPRÀFDPRV0U3UHVLGHQWH"
O
Por Armando Nhantumbo

o
insistido coro de alguns A divergência da semana passada Chissano, que este ano foi apontado
sectores da Frelimo, se- abre a segunda fase da maior con- pela Africa Inteligence como estan-
mana passada, para a ile- tradição de sempre na história da do em sintonia com o seu sucessor

log
galização da Renamo ou Frelimo, entre membros e presi- Armando Guebuza, numa estraté-
então para a continuação de bom- dente. A primeira vez foi em 2015, gia para encurralamento da Rena-
bardeamentos na serra da Goron- logo depois de Filipe Nyusi se ter mo, voltou a defender bombardea-
gosa, abriu o capítulo 2 da maior reunido com o presidente da Re- mento contra a Renamo.
contradição de sempre na história namo, a quem terá recomendado Chissano, que durante muito tem-
do partido, envolvendo membros o envio ao Parlamento do Projecto po foi visto como o homem da paz,
e um presidente daquela formação Lei sobre as autarquias provinciais tem vindo a defender, nos últimos
política. para ser aprovado com o que Afon- tempos, as incursões armadas contra
so Dhlakama descreveu como trata- a Renamo, numa estratégia de diá-

ció
O sinal de abertura manifestado por mento especial igual ao dado a nova logo debaixo de fogo que considera
Filipe Nyusi, a 16 de Junho último, legislação eleitoral, em 2014. normal.
para o restabelecimento da paz em Em reposta, membros da Frelimo, No SAVANAde 15 de Janeiro pas-
Moçambique, pode ter irritado os poder
sobretudo elementos da poderosa sado, João Pereira dizia que na Fre-
sectores mais radicais dentro do seu Comissão Política, na altura diri- limo houve sempre vários grupos
partido, que sempre defenderam a gida por Guebuza, desdobraram- de interesse, mas sempre reinou a
via militar para com a Renamo de -se pelas províncias deixando claro noção de coesão para a salvaguarda
Afonso Dhlakama. que a Frelimo nunca irá permitir tal do partido. Vincava que os camara-
O que é certo é que não tardou a partilha de poder com um inimigo das sempre foram especialistas em
contradição a um presidente que,
segundo analistas políticos, levará
o seu tempo para ter uma Frelimo
que o dê ouvidos.
“Não será em cinco anos que se vai
apagar o que vem de há mais de
10 anos”, vaticinava em Janeiro, ao
procuradora-geral da República so-
bre o Estado da Justiça, quando os
deputados da Frelimo defenderam,
de viva voz, a necessidade urgente
so
Filipe Nyusi está num apertado colecte de forças

“perdiz”, Ivone Soares, disse que


o seu partido está à espera de ver
quem é esse que vai “ilegalizar a
Renamo”.
abater
por abater.
Entretanto e coincidentemente,
na mesma semana em que os de-
putados da Frelimo apregoaram a
ilegalização da Renamo, o antigo
presidente da República, Joaquim
fazer alianças para manter a coesão
interna.
O que fica por saber agora é qual
será o caminho para a paz. Se será
ilegalizar e bombardear a Renamo
ou com ela se dialogar.
de ilegalização da Renamo, o maior
SAVANA, o politólogo João Perei- partido da oposição.
ra, nas vésperas da II Sessão Extra- Num tom bastante intransigente, os
Crise política ee militar
militar
um
ordinária do Comité Central (CC) deputados, com o pontapé de saída rise política
da Frelimo.

O
dado por aquela que já foi conheci-
Dizia o professor universitário que,
apesar de ser filho de antigos com-
da como senhora das patinhas, Lu-
cília Hama, bateram-se duro para
*RYHUQRH5HQDPRjHVSHUDGH´PmRH[WHUQDµ

O
batentes, o presidente Nyusi não é que a Renamo e o seu líder sejam Governo e a Rena- principal partido da oposição, José entrou em detalhes.
veterano da luta e isso não joga a mo aguardam a res- Manteigas afirmou que a delegação O Governo e a Renamo discu-
responsabilizados em sede da justi-
seu favor. posta da África do da Renamo ouviu da contraparte tiram igualmente as condições
ça, transferindo para o campo legal
Na mesma senda, o docente de ci- Sul, União Europeia governamental que Maputo já expe- em que os seis novos membros
um assunto meramente político que
ência política, Domingos do Rosá- e Igreja Católica aos convites diu os pedidos de mediação às três das duas delegações vão integrar
num passado mais recente até me-
rio, mostrava-se céptico quanto à endereçados às três partes  para entidades, aguardando resposta. as negociações.
receu amnistia.
afirmação imediata de Filipe Nyusi mediarem as negociações desti- “Ainda não tivemos a reacção das Questionado sobre as acusações
Na verdade, vários sectores de opi-
na Frelimo, afirmando que “há po- nadas ao fim da guerra no país, entidades convidadas para media- do principal partido da oposi-
de

nião, incluindo de dentro do parti-


deres que bloqueiam o presidente” e anunciou quarta-feira o deputa- rem as negociações, mas sabemos ção de que a serra da Gorongo-
ernamental, não entendem a
do governamental,
que o fariam por muito mais tempo. do José Manteigas, falando em que mostraram abertura”, declarou sa está  a ser flagelada por bom-
pertinência do apelo para a ilegali-
“Nyusi não vai governar este País”, nome da chamada equipa mista Manteigas. bardeamentos, José Manteigas
zação da Renamo, precisamente na
sentenciava, na altura, indicando entre o executivo moçambicano Na sessão de quarta-feira, que de- afirmou que o seu mandato na-
altura em que o presidente da Re-
ainda que o presidente até poderia e o principal partido da oposi- morou cerca de três horas, Man- quela sala era narrar o conteúdo
públicaa e do partido parece estar a
fazer alterações na Comissão Po- ção. teigas declarou que as duas partes das conversações travadas entre
ir a mão rumo à paz.
abrir
lítica e no Comité Central, mas as Em declarações à imprensa, na alcançaram um entendimento sobre as duas delegações e não relatar
mudanças não se fazem por decreto. Insistem que essa só pode ser obra
presença de representantes das os termos de referência da partici- sobre aspectos fora daquele âm-
O tempo, esse, vai se encarregando de quadros de topo do partido no
delegações do executivo e do pação dos mediadores, contudo, não bito.
por mostrar as divergências entre poder, os mesmos que, alegadamen-
io

Filipe Nyusi e alguns dos seus te- te, no passado, tudo fizeram para
óricos subordinados que, na prática, reduzir o timbre mais conciliatório
parecem ser seus superiores, que por que Nyusi tem dado a Dhlakama, o
detrás de sombra ditam regras no rival eterno dos “libertadores”.
partido e no Governo. É que, ao que se comenta, a exigên-
ár

Nem a retirada, a saca-rolhas, de cia a ferro e fogo dos deputados não


Armando Guebuza da presidência inspira confiança para a Renamo e
da Frelimo, na “sangrenta” IV Ses- Afonso Dhlakama irem à mesa de
são Ordinária do Comité Central negociações.
de Março de 2015, parece não ter Aliás, depois de passos significati-
dado o verdadeiro martelo que o vos para a paz, Dhlakama voltou a
colocar na ordem do dia aquilo que
Di

engenheiroo do planalto de Mueda


necessita para governar ao seu es- chama de falta de condições de se-
tilo. gurança para sair das matas da Go-
Foi assim que, uma semana depois rongosa, desde que a 9 de Outubro
de Filipe Nyusi ter recuado da ne- de 2015 viu sua residência assalta-
gação de haver observadores no di- da na Beira, por forte contingente
álogo com a Renamo, devolvendo misto das forças governamentais,
esperança aos moçambicanos, os pelo que, para o restabelecimento
deputados da bancada parlamen- da confiança, um discurso reconci-
tar do seu partido, na sua maioria liatório precisa-se.
descritos como saudosistas do que Em reacção à preocupação dos seus
na gíria ficou conhecido como gue- camaradas para ilegalizar a Rena-
buzismo, voltaram a enviar um “não, mo, a procuradora Beatriz Buchili
senhor presidente”, em sede da As- prometeu agir, assegurando ter to-
sembleia da República. mado nota do pedido. Em respos-
Decorria a sessão reservada à apre- ta, também com tom ameaçador, a
sentação e debate do informe da chefe da bancada parlamentar da
Savana 01-07-2016 13

0DSXWRGH-XOKRGH‡$12;;,,,‡1o 1173

o
CTRG entrega três laboratórios

log
em Ressano Garcia

ció
so
um
de
io
ár

A Central Térmica de Res- de Responsabilidade Social, a mentos de ensino que mais crian- sector da educação para constituir Agosto de 2014 e tem capacidade
Di

sano Garcia (CTRG), CTRG elegeu o sector da edu- ças acolhe naquele distrito. Mais o enfoque das acções de respon- para a produção de 150 MW de
um empreendimento cação como uma das suas prin- ainda, o gesto serve para que os sabilidade social da Central Tér- energia a partir de gás natural. É
de produção de energia cipais apostas no País e irá ain- alunos tenham uma formação mica é o facto de ter constatado o a maior central no país construída
eléctrica a partir de gás natural, mais completa com exposição a de raiz e destina-se ao abasteci-
da no presente ano proceder à elevado índice de emigração dos mento de energia eléctrica à zona
procedeu nesta quinta-feira à entr
entrega de uma biblioteca que, testes laboratoriais”, sublinha a jovens de Ressano Garcia para a
CTRG. sul do País.
entrega de laboratórios (devida- paulatinamente, será preenchida África do Sul, devido a reduzidas Erguido em aproximadamente
mente apetrechados) de Química, Recorde-se que a 5 de Março do
com livros de diversas áreas. Com oportunidades existentes. 18 meses, o projecto da constru-
Física e Biologia à Escola 4 de presente ano, a CTRG efectuou à ção da CTRG é resultado de uma
este investimento, acredita-se que “Assim, com o nosso envolvimen-
Outubro, localizada em Ressa- entrega de uma sala de informáti- pareceria entre a Electricidade
os futuros quadros da CTRG to no sector da educação preten-
no Garcia, distrito de Moamba, ca reabilitada e apetrechada com de Moçambique, E.P. e a sul-
provenham também de Ressano 25 computadores e carteiras no- demos contribuir para a criação
Província de Maputo, sul de Mo- -africana SASOL e está orçado
Garcia. vas, à mesma escola, um investi- de maior interesse nos estudos e
em cerca de 250 milhões de dó-
çambique, num investimento de “Um dos factores determinantes cativar os alunos para prossegui-
mento que totaliza 7.467.363,03 lares americanos. A Electricidade
pouco mais de sete milhões de para a escolha da Escola 4 de Ou- meticais. rem os seus estudos no território de Moçambique é o accionista
meticais. tubro prende-se com o facto de a A CTRG lembra que um dos nacional”, sublinha. maioritário com 51%, contra os
Enquadrada nas suas actividades mesma ser um dos estabeleci- factores que ditou a eleição do A CTRG foi inaugurada em 49% da SASOL.
14
PUBLICIDADE Savana 01-07-2016

PEDIDO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE


PESQUISA AMBIENTAL NA ÁREA COSTEIRA (AMOSTRAGEM, ACÚSTICA SUBMARINA
UBMARINA EE
BIODIVERSIDADE) PARA AS ACTIVIDADES DA ENI EAST AFRICA S.P.A. NA REPÚBLICA DE MOÇAMB
MOÇAMBIQUE

o
BLICA DE

A Eni East Africa S.p.A. convida as empresas interessadas

log
KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀFD
a submeterem a sua Manifestação de Interesse para a rea- Autocandidatura-Mozambico
ico (para
(para as candidaturas em
as candida
lização de uma pesquisa ambiental por meio de pequenas Português/Italiano)
embarcações numa área costeira no Norte de Moçambique
(Província de Cabo Delgado, área do Distrito de IMPORTANTE:
Palma).
O âmbito do trabalho consiste na recolha de amostras de As candidaturas deverão fazer referência
deverão fazer referência ao seguinte código
sedimentos e de água, dados sobre a acústica submarina e de produto/serviços:

ció
rviços:
serviços de biodiversidade e de ecossistema. As empresas SS02BB03 - GEOTECNICAL
GEOTECNICAL AND
AND ENVIRONMENTAL
interessadas devem ser capazes de oferecer uma proposta ANALYSIS FOR
FOR ENGINEERING
ENGINEERING
FRPSOHWDLQFOXLQGRSHVVRDOTXDOLÀFDGRHHPEDUFDo}HVDGH- No website ite de candidatura,, na
de candidatura na ssecção “Actividades Objec-
quadas para executar as actividades de campo, e também ca- to de Candidatura”,
andidatura”, seleccione
seleccione no menu Tipo de Aplicação,
paz de elaborar o respectivo relatório e fazer a interpretação a opçãoão “Recomendação
“Recomendação ou ou convite
c recebido pela eni” e o
dos resultados. campopo “Origem
“Origem do do Convite”
Convite deverá ser preenchido da se-
As empresas interessadas deverão submeter a sua manifes-
tação de interesse para participar de um processo de con-
curso para PESQUISA AMBIENTAL através do seu registo
no nosso website indicado abaixo e submissão da seguinte
documentação exigida:
so
guinte
Sujeito
S
forma:: “INQUÉRITO
inte forma
ujeito à
tação acima
tação
“INQUÉRIT AO AMBIENTE´´
à submissão
submissão ee ao
acima indicada
festação de
festação
necedores &
necedores
ao cumprimento de toda a documen-
indicada,, as empresas interessadas nesta Mani-
de IInteresse
nteress poderão receber da Unidade de For-
& Conformidade
Conf da Eni East Africa o Pacote de
1. Estrutura da Empresa e do Grupo, contendo a listaa dos dos 4XDOLÀFDomR
RDSOLFiYHO A
DFFLRQLVWDVSULQFLSDLVHEHQHÀFLiULRVÀQDLV QmRDSOLFiYHO AEEni East
ni E Africa
ast A fr fará uma avaliação da documentação aci-
a empresas cotadas na bolsa de valores); ma solicitada e, caso o resultado da avaliação seja satisfa-
um
ma solicitada
2. Fotocópia digitalizada e autenticada da Certidãoão de Re- tório,
de Re- tório, irá
irá incluir
in o candidato na sua Lista de Fornecedores
gisto Comercial, nome da Entidade Legal e pessoa
ssoa de con- com
de con- vista a considerar a empresa em futuros processos de
com vista
RFRPHUFLDOHVREUHDTXDOLÀ-- concurso
WDFWRSDUDUHFHEHULQIRUPDomRFRPHUFLDOHVREUHDTXDOLÀ concurs relacionados com as actividades em questão.
cação; 6RPHQWHHPSUHVDVTXDOLÀFDGDVFRQVyUFLRVRX-RLQW9HQWXUHV
3. Prova documentada de 10 anos de experiência na área
riência na do que
área do que tenham capacidade comprovada e experiência recente
Petróleo e Gás na Aquisição de dadoss ambientais
ambientais na área na
na área na prestação dos serviços acima solicitados serão conside-
QFLDHPUHFROKDGHDPRV-- rados para potencias concursos no âmbito do serviço acima
FRVWHLUDHVSHFLÀFDQGRDH[SHULrQFLDHPUHFROKDGHDPRV
tras de água e sedimentos, dados sobre
sobre aa acústica servi-- descrito.
acústica ee servi
de

ços de biodiversidade; A solicitação de informação e documentação tem como ob-


QFLDV SURÀVVLRQDLV GRFXPHQWDGDV MHFWLYRLQLFLDUXPD´DYDOLDomRSDUDTXDOLÀFDomRµHGDUXPD
 3HOR PHQRV WUrV UHIHUrQFLDV
fornecidas pelos clientes; oportunidade às empresas seleccionadas de fornecer deta-
LVWHPDGH*HVWmRGH4XDOLGDGHRXGRFX-
&HUWLÀFDo}HVGR6LVWHPDGH*HVWmRGH4XDOLGDGHRXGRFX lhes da sua estrutura legal, gestão, experiência, recursos e
mentação equivalente que ue comprove que aa emp
comprove que empresa está sua capacidade global para executar o serviço.
em conformidade com os Padrões
os P adrões de Qualidade
de Q ualidad nacionais Este inquérito não deverá ser considerado um convite para
e internacionais (ISO 9001:2008);
9001:2008); concurso e portanto, não representa nem constitui nenhuma
&ySLDGDVFHUWLÀFDo}HVGR6LVWHPDGH*HVWmR$PELHQWDO
HVGR6LVWHPDGH*HVW promessa, obrigação ou compromisso de qualquer tipo por
io

e/ou documentação que comprove


ção que que a empresa está
comprove que parte da Eni East Africa em celebrar contratos ou acordos
em conformidadeade com
com os padrões iinternacionais ISO
os padrões com qualquer empresa que participe do presente pré-inqué-
14001:2004; rito.
7. Cópia das certicações do SSistema de Gestão de Saúde Ocu- Consequentemente, todos os dados e informações forneci-
ár

erticações do istema de
pacional e/ou
e/ou documentação
documentação qu que comprove que a em- dos pela empresa não deverão ser considerados como um
presa esta em conformidade
ta em conformidade co com o sistema internacional compromisso por parte da Eni East Africa em celebrar um
OHSASS 18001:2007;
18001:2007; contrato ou acordo com a empresa, nem deverá possibilitar
DQR   5HODWyULR $QXDO que a empresa reivindique qualquer indeminização da parte
 %DODQoRV ÀQDQFHLURV GR ~OWLPR DQR
TXH FRPSURYHP FDSDFLGDGH ÀQDQFHLUD PtQLPD SDUD D da Eni East Africa.
Di

execução do âmbito
xecução do âmbito do
do trabalho.
t Todos os dados e informações fornecidos no âmbito deste
LQTXpULWR VHUmR WUDWDGRV FRPR HVWULWDPHQWH FRQÀGHQFLDLV H
9. Taxa dee Frequência:
Frequência: Indicador de desempenho HSE dis-não serão divulgados ou comunicados a pessoas ou empre-
ponível em nosso
nosso ssite. sas não autorizadas, com excepção da Eni East Africa.
O website para oo registo das candidaturas (Mozambique O prazo para a submissão da Manifestação de Interesse atra-
Application) está disponível através do seguinte link: vés do nosso website termina no dia 8 de Julho de 2016.
Quaisquer custos incorridos pelas empresas interessadas
KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBHQJ6XSSOLHUV4XDOLÀFD- na preparação da Manifestação de Interesse serão da total
tion/Mozambique-Application (para as candidaturas em responsabilidade das empresas, as quais não terão direito a
Inglês) qualquer reembolso por parte da Eni East Africa a este res-
peito.
15
Savana 01-07-2016
PUBLICIDADE

REQUEST FOR EXPRESSION OF INTEREST


NEARSHORE ENVIRONMENTAL SURVEY (SAMPLING, UNDER WATER ACOUSTIC AND
COUSTIC AND

o
BIODIVERSITY) FOR ENI EAST AFRICA SpA ACTIVITIES IN THE REPUBLICC OF
OF MOZAMBIQU
MOZAMBIQUE
Eni East Africa S.p.A. invites interested companies to IMPORTANT:

log
submit expressions of interest for a complete baseline The submission must refer to the
fer to the following
following ccommo-
environmental survey by means of offshore vessels in dity codes:
the nearshore area in Northern Mozambique (Cabo SS02BB03 - GEOTECNICAL AND ENVIRONMEN-
CNICAL AND ENVI
Delgado Province, offshore of Palma District). TAL ANALYSIS FOR ENGINEERING
OR ENGINEERING
Scope of the work is to execute sediment and water Within the websitete application,
application, under
under the
t section “Ob-
sampling, under water acoustic and biodiversity and ject of the Application”,
lication”, the
the area
area “Origin of invitation”

ció
“Ori
ecosystem services. Interested companies shall be ca- VKDOO EH FRPSOHWHG DV IROORZV ´(19,5210(17$/
SDEOHWRRIIHUDFRPSOHWHSURSRVDOLQFOXGLQJTXDOLÀHG 6859(<6XEMHFWWRWKHVXEPLVVLRQDQGFRPSOLDQFHRI
XEMHFWWRWKHVXEPLVVLRQDQGFRPSOLDQFHRI
SHUVRQQHODQGVXLWDEOHYHVVHOVWRH[HFXWHÀHOGDFWLYL- all the above ove documentation,
documentation, companies
c interested in
ties up to relevant reporting and result interpretation. WKLV([SUHVVLRQRI,QWHUHVWPD\UHFHLYHIURP9HQGRU 
Companies interested in this invitation may submit &RPSOLDQFHXQLWRI(QL(DVW$IULFDWKH4XDOLÀFDWLRQ
their Expression of Interest to participate in a tender Package.
SURFHVVIRU(19,5210(17$/6859(<E\UHJLVWH- Eni so kage.
East
ni E ast Africa
Africa will evaluate the above requested do-
will eva
ring on our website indicated below and submitting FXPHQWDWLRQDQGLIVDWLVÀHGDVDUHVXOWRILWVFDUHIXO
the following required documentation:
1. Company and group structure with the list of major
HYDOXDWLRQ ZLOO LQFOXGH WKH DSSOLFDQW LQ LWV 9HQGRU
or List
List for
for consideration
considera in future tender processes re-
VKDUHKROGHUVDQG XOWLPDWH EHQHÀFLDULHV LI QRW OLVWHG garding the sub
garding the subject activities.
in the stock exchange); 2QO\FRPSDQLHVRUFRQVRUWLDRU-9WKDWKDYHSURYHQ
um
FDQQHG FHUWLÀHG FRS\ RI WKH WUDGH UHJLVWHU OHJDO capability
 6FDQQHG capability anand experience of supplying the above re-
HQWLW\QDPHDQGFRQWDFWSHUVRQIRUUHFHLYLQJTXDOLÀ-- quired
HQWLW\QDPHDQGFRQWDFWSHUVRQIRUUHFHLYLQJTXDOLÀ services will be considered for potential ten-
quired ser
cation and commercial information; ders for the scope of service described above.
ders for
3. Documented proof of 10 years’ experience rience in
in the
the The
The pupurpose of the information and documents re-
Oil&Gas domain for: environmental survey survey acquisi-
acquisi- TXHVW LV WR VWDUW D ´TXDOLÀFDWLRQ DVVHVVPHQWµ DQG WR
tion in nearshore area – to specify experience
xperience in wa- give
in wa- giv an opportunity to the selected companies to pro-
ter and sediment sampling, acousticic and biodiversity v
and biodiversity vide
v ide details of their legal structure, management, ex-
services; perience, resources and overall capability to perform
de

 $W OHDVW WKUHH SURIHVVLRQDO UHIHUHQFHV MXVWLÀHG E\the service.


customer testimonials (documented);ented); This enquiry shall not be considered an invitation to
5. Quality Management System tem Manual
Manual inin compliance
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6. Evidence of Health, Safety
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and Environment
Environmen Mana- on the part of Eni East Africa, to enter into any agree-
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(ISO 14001,
14001, OHSAS 18001,participating in this pre-enquiry.
io

OH
etc). Consequently all data and information provided by
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nce sheets
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(last year)/Annual
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ár

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8. Frequencycy Rate:
Rate: HSE
HSE performance
perform indicator availa- company to claim any indemnity from Eni East Afri-
ble on ourr website
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website (Mozambique
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following URL: not be disclosed or communicated to non-authorized
persons or companies except Eni East Africa.
https://eprocurement.eni.it/int_eng/Suppliers/
rocurem
curem The deadline for receipt of Expression of Interest by
4XDOLÀFDWLRQ0R]DPELTXH$SSOLFDWLRQ (for appli- the email address indicated above is set at 8 July 2016.
cation in English) Any cost incurred by interested companies in pre-
https://eprocurement.eni.it/int_ita/Fornitori/Qua- paring the Expression of Interest shall be fully born
OLÀFD$XWRFDQGLGDWXUD0R]DPELFR (for application by companies who shall have no recourse to Eni East
in Portuguese/Italian) Africa in this respect.
16 Savana 01-07-2016

ONG SIM celebra 1º Licenciado da Ilha Kool & The Gang


N o último sábado de Junho,
a ONG SIM – Solidarie-
dade Internacional a Mo- actua em
mMMaputo
apu

A
çambique testemunhou a

o
graduação de um dos seus primei-
Vodacom vai trazer ços que possam receber vinte a
ros bolseiros, licenciado em Di-
mais uma edição do quarenta mil pessoas. A UEM
reito na Universidade Católica da
projecto Moments of está a contribuir, mas ainda não
Beira. Este não foi só um momen-
Jazz, uma iniciativa é suficiente
suficiente.

log
to de celebração como também de
cultural que promete animar Para Manuel Cabinda, repre-
orgulho por parte desta instituição,
os apreciadores deste estilo sentante da UEM, “esta par-
pois Pedro Maluane licenciou-se
musical. O próximo evento vai ceria com a Vodacom e BDQ
com a melhor classificação do seu
acontecer no dia da Cidade de Concertos certamente irá tra-
curso e ainda recebeu um certifica-
Maputo,, 10 de Novembro, e zer mais-valia para a Univer-
do de mérito pela sua participação
contará com a presença espe- sidade, na medida em que está
em actividades sociais de Preven-
cial do conhecido grupo Kool a promover a cultura, comuni-
ção contra o HIV-SIDA, Género
& The Gang, uma banda que cação, extensão universitária e
e Humanização. Pedro Maluane
marcou a geração dos anos 80 ensino, pois, os artistas de re-
também será recordado por tratar-

ció
-se do primeiro jovem natural da e 90. nome internacional poderão
Ilha do Bazaruto a conseguir uma O concerto, lançado nesta dar aulas aos alunos os referi-
Maluane teve lugar na Universida- ilha”. quarta-feira, no Conselho Mu- dos Master class, na Escola de
licenciatura.
de Católica, na Cidade da Beira, A SIM foi criada por iniciativa de nicipal da Cidade de Maputo, Comunicação e Artes da UEM
e culminou com uma recepção na cidadãos portugueses, moçambi- é coordenado pela BDQ Con- e também usaremos esta plata-
Os estudos de Pedro Maluane fo- Ilha do Bazaruto, através da qual, canos e de outras nacionalidades, forma para promover estágios
certos e pela Vodacom em par-
ram apoiados pela ONG SIM e a comunidade local prestou home- práticos na área da cultura e
empenhados na cooperação para ceria com a Universidade Edu-
pela sua presidente, Carmo Jardim, nagem ao seu esforço e manifestou comunicação nos vários mean-
o desenvolvimento de Moçambi- ardo Mondlane, o Ministério
desde a instrução primária, no qua- a gratidão à ONG SIM pelo tra- dros da UEM”.
que. É uma organização não go- da Cultura e Turismo e conta
dro de um programa que visa fa-
vorecer as condições de promoção
social de crianças e jovens que vi-
vem muito isolados dos benefícios
do progresso. É neste contexto que
a SIM gera oportunidades para que
estes possam prosseguir os estudos
balho que tem desenvolvido. Nes-
ta cerimónia, a presidente da SIM
lembrou: “Moçambique fez-se um
país livre e democrático, mas não é
justo que uns fiquem com tudo nas
cidades grandes e outros não te-
nham quase nada, em comunidades
so
vernamental, sem quaisquer fins
políticos, religiosos ou ideológicos,
que tem por objecto a promoção
de acções de carácter filantrópico,
educativo, cultural, ambiental e de
defesa dos Direitos do Homem em
com o apoio do BancABC.

Na sua intervenção, o Presiden-


te do Conselho Municipal da
Cidade de Maputo, David Si-
mango, enalteceu a iniciativa da
Já o representante do Ministé-
rio da Cultura e Turismo, Edu-
ardo Vuber, afirmou que esta
parceria constitui momento
único. “O Governo elegeu a ci-
dade de Maputo como um dos
Vodacom e disse que Maputo destinos turísticos e promover
no ensino secundário, no continen- como esta. Apesar de todo o pro- todo o território de Moçambique,
se sente privilegiado em acolher esses eventos é um ganho para
te, nomeadamente através do aco- gresso, os benefícios da civilização bem como junto das comunidades
este tipo de eventos. a cultura e turismo”.
lhimento no Lar SIM, na vila do
um
moderna, a educação, a saúde, uma ambicanos em Portugal, nos
de moçambicanos
“Esta é uma ocasião para pro- Para um dos patrocinadores
Inhassoro. alimentação adequada para todos, restantes países da CPLP e noutros
mover o turismo interno e do Moments of Jazz, Orlando
A cerimónia de graduação de Pedro não chegam com facilidade a esta itórios.
territórios. também regional. No dia 10 de Chongo, Administrador Dele-
Novembro, a cidade de Maputo gado do BancABC, o apoio a

Standard Bank leva clientes


completa 129 anos. Não have- iniciativas destas insere-se nas
ria melhor presente do que este. actividades de responsabilida-
Teremos um evento diferente de social do banco com vista a

ao Joy of Jazz
do tradicional na nossa cidade”. contribuir para o desenvolvi-
O Presidente do Município re- mento da cultura no país.
feriu que as festividades do dia Refira-se que a vinda do Kool
da cidade de Maputo não se & The Gang será uma oportu-

E
de

resumem só ao concerto, apesar nidade para os artistas nacio-


de ser o ponto mais alto. As ac- nais, no caso de Rockfellers e
ntre várias estrelas do jazz festival. vasta gama de benefícios como tividades tradicionais vão tam-
Banda Kakana, que irão actuar
mundial, a presente edição Habilitar-se-ão a este magnífico Chip EMV para reforço da segu- bém fazer parte das comemora-
no concerto, de interagirem
do festival anual Standard prémio os clientes que efectuarem rança e minimização do risco de ções, nomeadamente, o festival
com aqueles veteranos da mú-
Bank Joy of Jazz, a ter lugar transacções de no mínimo qui- clonagem e outras fraudes; isenção do batuque, a travessia Mapu-
sica. E para os jovens, este será
nos dias 16 e 17 de Setembro, em nhentos Meticais até 20 de Agosto, de comissão de uso (30.00 Rands) to/Catembe, concurso literário
entre outras festividades. um momento único de convi-
Sandton, África do Sul, contará com recurso ao cartão de débito do nas ATMs do Standard Bank, na
Simango referiu que, nos úl- ver com ídolos de uma gera-
com as participações de Bob Ja- Standard Bank. África do Sul, sem prejuízo das ta-
timos tempos, a cidade de ção que ficou marcada com a
mes, Judith Sephuma, Lira, Jona- Durante esse período, vários brin- xas aplicadas pela VISA pelo uso
io

Maputo tem sido palco de vá- música Cheris, Lets Go dance


than Butler, Sibongile Khumalo, des serão disponibilizados ao pú- de cartões bancários no estrangeiro;
rios eventos e o desafio que se e Celebration e muitas outras
Ringo Madlingozi, Sipho Hotstix blico nas actuações de jazz progra- ausência de encargos sobre as ope-
coloca é a falta de locais para misturas de Pop e Jazz que o
Mabuse. madas para as principais ruas da rações realizadas em POS e, ainda, acolher espetáculos de grande Kool & The Gang faz.
cidade de Maputo, estabelecimen- a conveniência de evitar o uso de dimensão internacional, daí O concerto tem lugar no Cam-
O Standard Bank vai levar três tos comerciais e agências do Banco, dinheiro físico, o que, para além de pus da UEM, no dia 10 de
ár

que é chegado o momento de


clientes, e respectivos acompa- visando promover o festival. eliminar o risco de perda, dá acesso repensar nos locais para con- Novembro, das 17 horas às 21
nhantes, com todas as despesas De referir que os cartões de débito ao dinheiro a qualquer momento e certos desta envergadura, espa- horas.
pagas, para assistir a este grandioso do Standard Bank possuem uma em qualquer lugar
Di
Savana 01-07-2016
INTERNACIONAL
SOCIEDADE 17

Grã-Bretanha: depois do Brexit


O ainda primeiro- -minis-
tro britânico foi esta se-
mana ao Conselho Euro-
Este último sublinhou que não
haverá qualquer negociação com o
Reino Unido até que as autoridades
Se do ponto de vista político parece
óbvio que as lideranças da UE pre-
tendem afastar outr
outros candidatos

o
peu para tentar conter as britânicas activem a cláusula de se- à saída, também é verdade que os
perdas. Defende que mesmo fora paração, que consta do artigo 50 do interesses económicos e financeiros
da UE, o Reino Unido não vai vol- Tratado de Lisboa: “Sem notifica- podem falar mais alto. O filósofo
tar as costas à Europa.  ção oficial do Reino Unido não co- francês Étienne Balibar, num ar-

log
meçaremos nenhumas negociações tigo no jornal francês “Libération”
O gambito é uma jogada de xadrez sobree o procedimento de divórcio com o sugestivo título “O Brexit é
em que o jogador sacrifica uma peça ou as relações futuras”, assinalou o anti-Grexit”, defende que “Ate-
para ganhar vantagem no tabuleiro. Tusk. Por sua vez, a mulher que nas foi ostraciz
ostracizada no interior da
Sejamos claros: o gambito do Bre- dirige a Alemanha e decide grande União [Europeia]. Parece claro
xit correu mal ao primeiro-ministro parte da políticaa europeia também que o processo será inverso para os
britânico, David Cameron: com a defendeu que “quem quer deixar britânicos: a geometria do sistema
marcação do referendo, o político uma família não pode esperar des- europeu adaptar-se-á para os rein-
pretendia tirar o tapete aos extre- fazer-se de todas as suas responsa- tegrar pelo lado”. E justificou mais
mistas do UKIP e aos eurocépti- bilidades e, no entanto, manter os à frente: “O mais provável, no fim

ció
cos do seu partido, enquanto em seus privilégios”, especificando que de um período de tensão cuja dura-
Bruxelas negociava um conjunto se o Reino Unido “quer ter acesso ção será menos determinada pelas
de propostas que diminuíam ainda ao mercado interno [dos países da opiniões públicas que pelas flutu-
mais as responsabilidades sociais de UE], tem de respeitar em troca to- ações dos mercados financeiros, é
Londres no quadro da União Eu- das as liberdades da UE. Isto apli- que se consiga fabricar uma nova
ropeia. Essa última parte correu- ca-se ao Reino Unido e a todos os geometria do ‘sistema’ de Estados
-lhe muito bem: os seus parceiros demais”, sublinhou Angela Merkel. europeus no qual a não participa-
de Bruxelas aceitaram com muita A reunião do Conselho Europeu ção formal na União Europeia será
rapidez retirar direitos sociais aos
imigrantes no Reino Unido, prova-
velmente para irem fazer o mesmo
nos respectivos países. Feito o ne-
gócio, os eleitores do Reino Unido
tinham de aceitar permanecer na
União Europeia. Tal não aconteceu,
Liberdade imprensa ameaçada naa Zâmbia
Zâmbia
so
David Cameron foi esta semana ao Conselho Europeu para tentar conter as perdas
decorreu nesta terça-feira com a
presença de 28 países.
compensada pela pertença a outras
estruturas”, defendeu o filósofo.

Editor do principal jornal privado detido


e o plano de Cameron e o seu lu-
gar de primeiro-ministro foram por
rincipal jorna
À
água abaixo. 
um
À sua chegada ao Conselho Eu-
ropeu, David Cameron declarou:
“Ainda que deixemos a União Eu- medida que se apro- pela Autoridade Tribunal, pelo que guiu Peterson, devem retirar ime- disse à polícia que a quase to-
ropeia, não devemos virar as costas ximam as eleições os responsáveis editorais do título diatamente as acusações contra talidade da dívida já tinha sido
à Europa. Estes países são nossos presidenciais de 11 não podiam entrar nas instalações Fred M’membe, Mutinta Mazoka- paga a um tribunal, mas fun-
vizinhos, amigos, aliados”, e mais de Agosto próximo, do mesmo
mesmo. -M’membe and Joseph Mwenda e cionários da Autoridade Tri-
importante, certamente, “sócios”. o clima para os órgãos de co- Para o Comité de Protecção dos cumprir a decisão judicial que or- butária da Zâmbia declararam
Apesar de estar no seu último Con- municação social privados na Jornalistas (CPJ), uma ONG in- dena a devolução de todos os bens que a dívida não tinha sido li-
selho Europeu, Cameron defen- vizinha Zâmbia está a tornar- ternacional que defende os profis- do Post pelo Autoridade Tributária quidada trancaram os escritó-
deu: “Espero que consigamos uma -se insano. sionais da comunicação social no da Zâmbia. rios e as impressoras do jornal
relação o mais estreita possível em mundo, o encerramento do Post é O Tribunal Fiscal de Recurso de- e ordenaram que as instalações
de

termos de comércio, cooperação e Na terça-feira, o editor-execu- uma acção visando silenciar cor- cidiu no sábado que a Autoridade fosse guarnecidas pela polícia.
segurança. É bom para nós [Reino tivo do jornal zambiano Post, rentes críticas ao actual Presidente Tributária da Zâmbia deve devol- Numa entrevista à Africa In-
Unido] e para eles”, insistiu o chefe Fred M’membe, foi detido zambiano e candidato às eleições ver todo o património do Post e re- dependent, a 24 de Junho,
de governo britânico.  quando tentava entrar na sede de Agosto próximo, Edgar Lungo. verter uma ordem de bloqueio das M´membe, que ganhou O
No mesmo sentido se pronunciou da publicação, na sequência da “Ao desrespeitar as ordens do Tri- contas bancárias, até à realização Prémio Liberdade de Impren-
o possível sucessor de Cameron, apreensão de bens e encerra- bunal Fiscal de Recurso, as autori- de uma audiência judicial marcada sa do CPJ, afirmou que a acção
o conservador Boris Johnson, que mento do título, no passado dades zambianas deixam claro que para 11 de Julho, segundo autos da- das autoridades tinha motiva-
liderou no partido do primeiro- dia 21 de Junho, por alegadas o encerramento do Post não teve a quela instância judicial citados pela ções políticas e era um esforço
-ministro a campanha pelo Brexit. dívidas no valor de  68 milhões ver com dívidas fiscais, mas se tra- imprensa judicial. para silenciar o Post no con-
Afirmou que o Reino Unido “faz de kwachas, o equivalente a tou de uma tentativa politicamente De acordo com a imprensa zambia- texto da sua abordagem crítica
io

parte da Europa” e que a coopera- 6.1 milhões de dólares. motivada pra silenciar a crítica”, na, polícias armados deslocaram-se num momento em que o país
ção com a União Europeia devia Com Fred M’membe, foi afirmou o pesquisador-sénior as- a 21 de Junho à sede do Post e exi- caminha rumo às eleições pre-
mesmo “intensificar-se”. também detida a sua mulher, sociado do CPJ para África, Kerry giram o pagamento dos 6,1 mi- sidenciais de 11 de Agosto, na
Apesar destas declarações, as auto- Mutinta, e o editor-adjunto Paterson. lhões de dólares em atraso. qual o chefe de Estado incum-
ridades da UE necessitam de fechar do Post Joseph Mwenda. Os As autoridades zambianas, prosse- Um director financeiro do jornal bente é candidato.
três acabaram sendo liberta-
ár

a caixa de Pandora e criticam viva-


mente o processo do referendo do dos sob caução, mas devem
Reino Unido.. A presidente lituana, apresentar-se em tribunal na
Dalia Grybauskaité, responsabili- próxima semana, segundo a
zou Cameron pelo Brexit, dizendo agência Reuters.
que foi fruto das “ambições pesso- Para vários sectores na Zâm-
ais e das batalhas internas nos con- bia, a detenção e consequente
Di

servadores”. Um ponto de vista que proibição de entrada nas ins-


repete o governante luxemburguês talações do jornal são uma fla-
Xavier Bettel, que diz que esta crise grante desobediência à lei do
é fruto de “jogos políticos nacio- país, uma vez que o Tribunal
nais”. O mesmo Bettel avisa que Fiscal de Recurso da Zâmbia
a UE não é uma rede social. “Isto tinha considerado ilegal a or-
não é o Facebook, onde se pode dem de apreensão dos bens do
definir como status ‘é complicado’. Post, determinada pela Auto-
Aqui ou estamos casados ou esta- ridade Tributária da Zâmbia,
mos divorciados. Não pode haver na sequência das alegas dívidas
uma posição intermédia”, garante o fiscais.
governante luxemburguês. A Polícia zambiana alegou que
É esta a posição oficial da UE, a ordem autorizando o jornal
sustentada pela chanceler alemã, a retomar a sua publicação Para vários sectores a detenção de M´membe e consequente proibição de entrada nas instalações do jornal são uma
Angela Merkel, e o presidente do ainda não tinha sido assinada ÁDJUDQWHGHVREHGLrQFLDjOHL
Conselho Europeu, Donald Tusk.
18
OPINIÃO Savana 01-07-2016

EDITORIAL Cartoon
O remédio da
FRQÁLWXDOLGDGH

o
pós-eleitoral

log
É interessante como o tempo passa rápido. Dentro de alguns
meses, Mocambique estará a entrar para um novo ciclo elei-
toral, que deverá começar com a preparação das eleições au-
tárquicas de 2018.

ció
E o tempo para a preparação desse novo ciclo eleitoral é agora,
quando a máquina de gestão das eleições deve ser recalibrada para
evitar o habitual frenesim de última hora.
Está claro que as últimas eleições gerais foram realizadas num
ambiente de grande tensão, com base num modelo de gestão elei-
toral que deve ser o menos recomendado para uma democracia
que se prese como tal. Ainda que seja apenas pelos custos que tal

Crise económica e divisões (?) na FRELIMO


modelo envolve.
Como se sabe, este modelo foi imposto pela Renamo, e era a úni-

so
N
ca garantia que havia para permitir que nas circunstâncias de en-
tão, aquele partido participasse nas eleições. Mesmo assim, como Por Emmanuel de Oliveira Cortês*
é sobejamente sabido, de nada ou pouco valeu.
a obra “Transitions
Transitions from Authoritarian Rule: com a crise, e a fim de capitalizar o descontentamento
Aproveitar o tempo que se tem pela frente para envolver toda Tentative Conclusions about Uncertain De- popular, eles têm a esperança de desafiar com sucesso
a sociedade num debate mais amplo e profundo sobre um me- mocracies” Guillermo O’Donnell e Phillipe o regime.
lhor e mais consensual modelo de gestão de eleições deveria ser a Schmitter apontam que não existe nenhuma Na mesma linha de pensamento, Beatriz Magaloni na
principal preocupação do governo e das demais entidades ligadas transição cujo início não seja a consequência de divi- obra “Voting for Autocracy: Hegemonic Party Survival
um
a esta matéria. Exercícios de última hora, mais inquinados para sões dentro do regime autoritário. As divisões dentro and its Demise in Mexico” afirma que a insatisfação dos
das elites políticas em muitos países da América Latina eleitores decorrentes de recessões económicas não só
aliviar pressões político-partidárias de curto prazo, é sempre a re-
e no Bloco Soviético levaram à transição de regimes fazem com que os eleitores virem as costas para o par-
ceita mais recomendável para o insucesso. autoritários durante os anos 1980 e 1990, com uma tido dominante, mas também causam divisões dentro
Deixar que a questão sobre a administração eleitoral seja relegada série de regimes militares e comunistas declinando e da elite, porque os incentivos para permanecerem uni-
para mais tarde é abrir caminho para que se repita o que tem sido sendo substituídos por governos civis através de elei- dos dentro do partido diminui juntamente com o apoio
prática neste país, em que as grandes questões políticas nacionais ções regulares. das massas. Além do mais, quando o apoio eleitoral
tenham de obedecer a uma lógica bi-partidária, onde acordos de A 27 de Maio de 2016, o Savana publicou uma en- começa a murchar, os potenciais desertores possuem
conveniência entre a Frelimo e a Renamo se tornam vinculativos trevista com o veterano da Luta de Libertação, Jorge mais chances de desafiar o partido dominante através
Rebelo, e um dos fundadores da FRELIMO. Rebelo, da mobilização de cidadãos descontentes nas urnas.
para toda a sociedade. Este modelo de uma sociedade bi-parti-
figura conhecida como sendo uma das mais sonantes Num telegrama publicado no Wikileaks, de 27 de Feve-
zada é anti-democrático, e deve ser desencorajado por todos os vozes críticas internas no seio da FRELIMO, veio
de

meios. Moçambique não pode ser tratado como uma carcaça que reiro de 2009, o antigo ministro do Negócios Estran-
através desta entrevista afirmar que as dívidas ocultas
geiros na chancelaria de Joaquim Chissano, Leonardo
deve ser divida entre dois abutres. e sua consequente contribuição na queda do desem-
Simão, presumivelmente afirmou ao então Encarre-
A Renamo impôs o modelo de administração eleitoral que presi- penho económico poderiam criar rupturas no seio do
gado de Negócios norte-americano em Moçambique,
diu às últimas eleições, pretensamente para evitar a mesma fraude partido dominante.
Todd Chapman, que a FRELIMO continuaria a ser
de que hoje se queixa de ter sido vítima. Apesar de ter provado Mas como poderá ocorrer essa ruptura? Num texto
unida pois mesmo aqueles que se sentiam preocupados
intitulado ““Economic Performance and the Unraveling of
a sua irrelevância, este modelo serviu quer para a Frelimo quer com o ritmo vagaroso das reformas, reconhecem que
Hegemonic Parties”, Jennifer Gandhi e Ora John Reu-
paraa a Renamo, dado que se tornou numa grande oportunidade ter argumentam que existem pelo menos dois motivos devem ao partido os empregos que possuem a nível
para os dois partidos exercitarem o seu sistema de clientelismo, pelos quais as crises económicas criam deserções em do governo, sendo que não há outra via para se obter
io

criando oportunidades de emprego para alguns dos seus acólitos. partidos dominantes: em primeiro lugar, os incentivos emprego ou progredir em termos económicos. E por
Eleições caóticas, caracterizadas por boletins de voto que são rou- para as elites permanecerem unidas diminuem à me- temerem perder seus postos de trabalho no aparelho de
dida que o acesso aos recursos públicos diminui, por Estado, Leonardo Simão supostamente afirmou que os
bados ao longo do caminho, uma polícia de intervenção rápida
conta da crise; em segundo lugar, pode haver dispu- membros do partido não iriam criar divisões internas.
que rompe pelas assembleias de voto adentro, apoderando-se de Mas com a questão da crise da dívida, e iminente redu-
tas internas relacionadas com outras coisas além das
urnas que depois são levadas para o comando da polícia local,
ár

condições económicas. Em tempos de prosperidade, ção da despesa pública, que pode incluir privatizações
ências que resultam em disputas eleitorais
são algumas das ocorrências as facções dentro das elites têm menos incentivos para e despedimentos no aparelho de Estado, haverá incen-
infindáveis, conduzindo ao tipo de instabilidade em que Moçam- desertar do partido porque sabem que não terão chan- tivos para a FRELIMO continuar unida? Ou o mau
bique se encontra hoje mergulhado. ces contra o regime. Contudo, durante crises económi- desempenho económico pode trazer consigo fracturas
Uma acção nacional e inclusiva, trazendo à mesa do diálogo di- cas, os potenciais desertores podem aproveitar a opor- no seio deste partido dominante, culminando com a
ferentes sensibilidades políticas e de outra natureza é o que se tunidade para mobilizar o apoio devido à insatisfação criação de uma nova força política num futuro breve?
Di

do eleitorado. Membros descontentes podem desertar


precisa para que Moçambique tenha uma legislação eleitoral mais
em tempos de crise económica, porque a sua quota *Mestrando em Comunicação, Cultura e Tecnologias de
consensual, e como tal menos propensa à conflitualidade pós- de patrocínio é afectada pela crise e eles podem não Informação no ISCTE-IUL (emmanuelcortezon@gmail.
-eleitoral. concordar com as políticas implementadas para lidar com)

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Savana 01-07-2016
OPINIÃO 19

8PDUHÀQDGDLQRFrQFLD
(Sobre o nós matamos o cão tinhoso e o Luís Bernardo)

A
Por Óscar Monteiro

o
o reler a coletânea que estão representados em tempo real, Os figurões da administração co- haver”, a dele “bateram-me, mas outra realidade. A de um povo que
tira o nome do seu maior como se diz hoje, os personagens lonial parecem à distância perso- o pior é que eles me fizeram sen- lhes passava ao lado e de onde
conto, Nós Matámos o dessa sociedade. nagens de opereta. Mas ao mesmo tir pequenino”, ”, Luís dá um passo apenas emergiam os moleques dos
Cão Tinhoso, revivi o Falham esforços de transmitir às tempo aparecem como o que eram, gigante para se descolonizar. Ao quintais.

log
sentimento pungente de tristeza gerações sucessivas o que terá sido pessoas capazes de jogar à sueca, e escrever este livro, o autor/perso- Depois da independência, eu me
que me invadiu quando o li pela o nosso tempo. É frequente dizer logo a seguir comparsas potenciais nagem exorciza, creio que delibe- perguntei muitas vezes o que tinha
primeira vez em 1964. Um mis- que os jovens de hoje têm a vida na espoliação das terras férteis de radamente, os demónios que o ro- feito sair precipitadamente tantos
to de desolação e impotência que facilitada, não conheceram o colo- Goana que não poderiam permitir deiam externamente
namente ou o habitam colonos a despeito dos apelos do
perpassa de forma sustentada toda nialismo. E o mais fácil é insistir o crime de lesa majestade, como por dentro, o, para emergir intacto movimento libertador e do Presi-
a narração, um crescendo insupor- nas datas e acontecimentos. Ora um negro, o Alexandre Vírgula e intemporal como homem sem dente Samora de que a nacionali-
tável perante uma morte que sen- o livro do Luís vem trazer – já lá Oito Massinga, a prosperar mais rancores. dade moçambicana não se definia
timos inevitável. vão 50 anos e eu não cesso de me do que os brancos nas terras cuja Mas há um segundo simbolismo pela cor da pele. É que para os co-
admirar – atmosferas e ambien- fertilidade o Rodrigues, dito Lo- que agora entrevejo: há um per- lonos, coitados, alguns algozes mas

ció
Tanto mais insuportável quan- tes, personagens reais ou tornados drica, descobrira e logo cobiçara. digueiro que morre no quintal do todos vítimas da história, o negro
to o cão nos tinha ganho a todos reais, pessoas comuns tiradas do Irrompe no livro a revolta, “nas- pai do Autor mordido por uma como entidade era o moleque que
desde as primeiras linhas, “com os anonimato, e são elas que nos dão cemos aqui, esta terra é nossa” mamba preta e há um ser simples- eles conheciam, como podiam eles
seus olhos azuis que não tinham o quadro animado de uma época. diz Vírgula Oito a que responde mente descrito como o Sr. Castro pretender governar? “Não vos da-
brilho nenhum, enormes e sem- Mas o Autor não o faz de forma o contraponto resignado de Ma- que obriga o pai a pagar setecentos mos seis meses”, era a imprecação
pre com lágrimas”. O cão já não é esquemática, brancos maus de um tchumbutana, “não podemos nada, escudos de indemnização. Este Sr. mais comum.
mais simples cão, o dog torna-se o lado, pretos bons do outro. Os eles levaram-nos a terra e nós te- Castro tout court é afinal a repre- Compacto e enxuto, escrito de
“underdog”, o marginal, o de baixo, personagens do Luís conhecem- mos de não dizer nada”. Um dua- sentação do sistema. Um sistema uma forma refinadamente inocen-
que tudo pode,
pode nem é preciso ter te, este livro anuncia o militante
refúgio e símbolo de uma cruelda-
de fútil e inexorável contra um cão
sozinho, para o proteger só mesmo
uma Isaura que não regulava bem
da cabeça.
*
Mas esta releitura recente do con-
-se, brincam juntos, juntos fazem
grandes empreendimentos como
matar um cão, adivinham-se ou-
tras malandrices, mas também se
insultam em momentos de tensão,
monhé de um raio grita Quim
para o Gulamo, seu preto de m...
so
lismo revolta/resignação que mar-
ca toda uma época. O conto não
diz, mas logo se pressente que Ro-
drigues vai ficar com as terras de
Goana, é ele que arma a matilha
que vai matar o Vírgula, enlouque-
cido pelo vento Nhinguitimo, o da
título, farda ou função de autori-
dade.
*
E porque razão eu, que não sou
crítico literário, enveredei por este
caminho de analisar o livro para
nacionalista, o preso político, o co-
laborador de Samora, o homem de
Estado impoluto. Pude conhecê-
-lo e admirá-lo na Presidência de
Samora, numa unidade dedicada à
libertação da África Austral, sem
junto do texto revela uma faceta falar de Luís Bernardo. É que se nome nem pompa. Com seu ir-
foi a paga do Luís por ter querido raiva implodida.
todos os livros contêm laivos da mão Fernando, que pereceu com
que não havia compreendido total- estar com a malta, mesmo numa *
personalidade do autor, outros há Samora, (o Nandito que no livro
um
mente até agora: é a reconstituição acção (a da morte do cão) que não Ao ter a candura e a coragem de
que a definem. O autor não faz o fugiu de uma cobra e chorou de-
da textura social de uma vila rural apoiava. Como está presente essa abordar, de frente e de forma au-
livro, o livro é o autor. sabaladamente durante horas) e
colonial, a Moamba, vista e conta- triste sociedade no capataz que tobiográfica, a humilhação, melhor
Rui Baltazar, numa esplêndida por quem verto uma lágrima de
da com a candura de um menino derruba e possui Maria em frente dizendo as humilhações, (cada um
apresentação aquando do lança- saudade.
negro, o único a poder estar perto, do pai, afinal não sabia que a ra- sente a sua), neste caso a do pai,
mento da edição comemorativa Em regra é difícil encontrar ou
sem o estar totalmente, do conjun- pariga era filha do Madala, “merda, humilhado perante o filho e que
do livro em Maputo, descreve o identificar os marcos da nossa
to desta micro-sociedade, em que como havia de saber!”. reza “porque alguma saída tem de
que o livro significou como sacu- maneira de ser, da nossa atitude,
didela, bomba atómica diz ele, na o que nos faz ser, mas sobretu-
sociedade colonial. Em reflexão, do permane-ser. Não neste caso.
fica claro para mim qual a bomba Porque o cão tinhoso, o coitado, o
atómica. Foi simplesmente pegar marginal, marca uma época dentro
de

na Moamba agrícola, transportá-la do Luís, inicializa o homem tole-


num Enola Gay mais (re)conhece- rante e o nacionalista maduro, li-
dor do que bombardeiro e despejar berto de preconceitos e complexos,
essa realidade como uma luz, “mais bem dentro de si próprio, (bien
brilhante que mil sóis” numa cida- dans sa peau!) sem necessidade de

Depoimento 1
de anestesiada na sua opulência, se afirmar e afirmar permanente-
nas suas dinâmicas de ascensão tí- mente ou agressivamente quem é,
picas da sociedade colonial e fazer pela invectiva ou pela exaltação da
os seus habitantes/leitores encarar diferença. Tranquilamente negro.

C
io

hamo-me Balbina, tenho é que os políticos, os fazedores de – “Porquê?”


34 anos de idade. Nasci e opinião nos utilizam, porque quan- E ela respondeu que precisava de
vivo no Bairro de Muelé, do se faz um discurso sobre o albi- arranjar dinheiro para dar de comer
nos arredores da cidade nismo e coisas que tais, não é pro- aos irmãos mais novos. Ela arranjou
ár

de Inhambane.. Fiz a 12.ª classe priamente para o nosso bem, nós o dinheiro para alimentar os irmãos
Email: carlosserra_maputo@yahoo.com
na escola secundária desse mesmo os albinos: é em prol de políticas mais novos, mas, em consequência Portal: http://oficinadesociologia.blogspot.com
o. Tenho um segredo muito
bairro. pouco claras – e, aliás, em política disso, ficou grávida. Com 14 anos. 483

O mister
grande para te revelar: sou albina nunca nada é claro. Em Nacala.
e tenho uma irmã, dois anos mais Eu não acredito muito que a polícia Tu podes perguntar – “Mas porque

H
nova, que também é albina. Fiz essa esteja interessada em proteger-nos, é que essa adolescente não exigiu
escolaridade toda porque os meus como se diz nos balanços da PRM. aos seus clientes que usassem pre-
Di

á, certamente, palavras ter. Treinador? Não. É mister,


pais nos amam: a mim, Balbina, e à Se, de facto, o Estado moçambica- servativos?”
mágicas, palavras que termo mágico que os jornalistas
minha irmã, Cesarina. no e a polícia estivessem preocu- Ela, na verdade, já respondeu – “Eu são bem mais signifi- desportivos do nosso país tanto
Fico sem perceber, hoje, 34 anos pados, não seríamos as vítimas que pedi, mas eles disseram sempre que cativas e operatórias do amam dizer e redizer.
depois de ter nascido,, porque é que, somos. não; que ou eu era prostituta, ou que as palavras simples, as pala- Treinador é coisa sem relevo,
em pleno século XXI, nos perse- Nunca tinha pensado em dar este não era. Que, se era, então íamos vras profanas, as palavras afinal sem brilho. Mas mister, isso sim,
guem. Não consigo entender como depoimento, mas faço-o por uma fazer sempre como eles queriam, sem encanto. misteriza definitivamente a rea-
é que há gente que, 2  000 anos razão muito simples: há dias ouvi portanto, sem preservativo.” Essas palavras especiais têm o lidade. Em meio a um discurso
depois do nascimento de Cristo, numa rádio qualquer, nossa, a his- Chamo-me Balbina. Tenho 34 condão de erigir pessoas a pata- totalmente em português no re-
acredita que dentro dos ossos dum tória de uma jovem moçambicana anos, nasci em Muelé, tenho a 12.ª mares não reservados ao comum lato das partidas, sobe de repente
albino, em vez de tutano, existem de 14 anos, nascida em Nacala. Foi classe. Graças a Deus, sobrevivo. dos mortais. ao tablado a divindade possante
barras de ouro. Não consigo perce- expulsa de casa por ser albina. Na Mas não é bem graças a Deus: so- “Mister” é uma dessas palavras. do mister, como se este angli-
ber porque é que acreditam que os verdade, foram expulsos ela e dois brevivo porque os meus pais me Seja treinador de elite, seja trei- cismo revestisse o treinador de
nossos órgãos genitais podem ser- irmãos. Por serem albinos. Só por criaram e protegem até hoje. nador de bairro, seja competen- poderes extraordinários únicos.
vir como matéria-prima para fazer isso. Tenho três filhos. Um deles é al- te, seja incompetente, no futebol “Mister, o que acha do resulta-
pó para se ficar rico. Ela prostituiu-se. Perguntaram- bino. O albinismo é um problema em Moçambique é sempre mis- do?”
Também fico sem perceber como -lhe: genético. Tenho culpa?
20
OPINIÃO Savana 01-07-2016

A corrupção é um abuso de poder


A TALHE DE FOICE Por Joanna Kuenssberg*

N
Por
P Machado da Graça
a Declaração Global contra a Corrupção das regras relativas ao emprego dos trabalhadores
produzida na Cimeira sobre Anti-corrup- estrangeiros pareça introduzir mais espaço para o
ção de Londres em Maio deste ano, vários julgamento arbitrário. O governo poderia respon-
líderes mundiais concordaram que: “A cor- der à actual crise económica e financeira que o país

o
rupção está no coração de muitos dos problemas atravessa
essa por meio do alívio da burocracia, e não de

FMI
mundiais. Nós temos de ultrapassá-la se quisermos seu incremento.
emento.
que sejam bem-sucedidos os nossos esforços para Julgo muito relevante a proposta de aprofundar a
acabar com a pobreza, promover a prosperidade e reflexão sobre o potencial das normas internacio-

log
ganhar a luta contra o terrorismo e o extremismo.” nais influenciarem a conduta das empresas nacio-

A
Como sabemos, o caminho é árduo, os desafios nais que fazem parte da cadeia de valor das empre-
imensos e os riscos são altos, inclusive para a in- sas multinacionais.
missão do FMI chegou, A tentativa por parte da RENAMO
tegridade física das pessoas envolvidas. Contudo, a O combate à corrupção continuará a ser uma prio-
constatou e partiu. Se a de levar o Conselho Constitucional
causa é justa e estamos juntos nessa luta. ridade do Reino Unido em Moçambique. Este es-
minha interpretação do a declarar a inconstitucionalidade Eu destacaria, em particular, a coragem de todos os tudo nos ajudará a desenhar programas, projectos e
comunicado que produziu das dívidas contraídas está a esbar- moçambicanos que participam no combate contra actividades contra a corrupção que sejam pertinen-
está correcta, a decisão, para já, é rar com a exigência daquele órgão a corrupção e na promoção da transparência. Isto é tes ao sector privado, em parceria com as empresas
continuar a não libertar os fundos de que lhe sejam apresentados os um serviço público importantíssimo,
tantíssimo,, mas sabemos e a sociedade civil.

ció
para o nosso país enquanto não for contratos que foram celebrados que não é nada fácil. Sabemos que a corrupção custa mais para aqueles
feita uma auditoria internacional para a concessão dos empréstimos. O foco deste evento hoje é a corrupção e o sector que menos condições têm - os mais pobres e vul-
independente às nossas contas e Mas o governo recusa-se a facultar privado. O estudo feito pelo Ethics Institute e pela neráveis acabam por pagar pelo enriquecimento de
responsabilização dos culpados por esses contratos inviabilizando assim MAP (empresa de consultoria) mostra claramente um pequeno grupo
gr de indivíduos.
esta situação. E, como é sabido, isso a declaração de inconstitucionali- a correlação entre o crescimento empresarial e as Uma sociedade que passa a aceitar a corrupção
significa que todos os demais doa- práticas de negócios responsáveis. como prática normal, desde a escola até o governo,
dade.
dores irão seguir pelo mesmo cami- Há 10 anos, quando trabalhava no Ministério não será uma sociedade justa - a corrupção é, acima
Mas o que é que o governo está a de Negócios Exteriores em Londres, fiz parte de de tudo, um abuso de poder, uma injustiça.
nho. esconder ao não facultar os con-
O crédito das nossas autoridades muitas actividades na área de anti-corrupção. Em O estudo lamenta claramente o impacto da im-
tratos assinados? E porquê? O ob-
não podia estar mais baixo. O em-
baixador cessante alemão foi muito
claro ao afirmar que a comunidade
internacional não confia nas autori-
dades moçambicanas.
Ora, isto significa que os próximos
jectivo só pode ser continuar a dar
cobertura a quem, sem quaisquer
poderes para isso, endividou gravis-
simamente o país.
Sabendo-se que o peso do FMI e
dos outros doadores é muito maior
so
conjunto com colegas de vários ministérios, traba-
lhamos com muitas empresas que estavam empe-
nhadas em acabar com a corrupção, reconhecendo
o impacto negativo, não só para as sociedades mas
também paraa as próprias empr
empresas.
Por exemplo - depois de ter subornado um funcio-
nário, com qual legitimidade é que uma empresa
punidade, que reduz a motivação das empresas a
afastarem-se dos actos corruptos. Em Moçambi-
que é necessário um grande esforço para inverter
esta tendência, para incentivar as práticas éticas e
condenar o suborno, a evasão fiscal e outras con-
dutas imorais.
Este ano celebramos 400 anos da morte de William
meses vão ser extremamente difíceis poderá pedir protecção a outra entidade do Estado? Shakespeare. As peças de Shakespeare exploram
para todos nós. Sem esse dinheiro do que o das nossas autoridades,
Esta é uma questão-chave na gestão dos riscos das todas as forças e fragilidades humanas. Falam-se
não haverá importações essenciais adivinha-se que, mais tarde ou mais
empresas. ainda nos tempos modernos. Não faltam exemplos
um
ao funcionamento da economia, cedo, estas vão ser obrigadas a ceder. Dentre as opções, o estudo frisa a importância de dos custos de corrupção política, corrupção na jus-
empresas vão continuar a fechar, os Será apenas uma questão de ganhar “pactos de integridade”. No Reino Unido, eu traba- tiça, corrupção nos negócios.
preços dos principais produtos vão tempo? E se for, ganhar tempo para lhei com empresas dos sectores de construção, de Tenho a certeza de que todos aqui acreditam na
subir galopantemente, o metical vai quê? defesa e das indústrias extractivas que mostraram o construção de uma sociedade justa e próspera em
desvalorizar ainda mais e as pessoas Enquanto isso acontece, o nome de potencial desta abordagem e concordo plenamente Moçambique. A luta contra a corrupção faz parte
comuns vão ver a sua vida bastante um país que era considerado exem- com a recomendação feita às associações empresa- desse esforço. Gostaríamos de vê-la no centro da
mais agravada. plar a nível internacional afunda-se riais para avaliarem esta opção. agenda de desenvolvimento do país, assim como do
cada vez mais. E com ele, o nome O estudo enumera alguns problemas causados pela desenvolvimento empresarial.
Mas perante isto, não se nota ne-
do partido que o dirige. tendência burocrática do quadro jurídico em Mo-
nhuma tentativa por parte do go-
çambique. As empresas - assim como os cidadãos
verno de dar satisfação às exigências Quando é que o partido FRELI- *Alta Comissária do Reino Unido em Moçambique.
- têm dificuldade em responder a todos os requisi- Versão editada da intervenção no lançamento do estu-
internacionais. Dá a impressão que MO se dará conta da degradação
tos quando a lei exige demasiados documentos para
de

se está a deixar passar o tempo à es- que está a sofrer para protecção do sobre corrupção patrocinado pelo IoD(Instituto dos
que determinada actividade possa ser realizada. E Directores) a 28.06.16. Título e edição da responsabi-
pera que aconteça algum milagre. O duma pequena minoria dos seus esse ‘excesso burocrático’ cria oportunidades de cor- lidade do SAVANA
que não vai acontecer. membros? rupção.
É uma pena que, por exemplo, a proposta de revisão
Por Luís Guevane
SACO AZUL

,QGHSHQGrQFLDGXDVFRUUHQWHV(1)
io

O exemplo de união por uma


causa justa já vem dos tempos
dependente durante um ano? Nesse espaço
de tempo houve registo de alguma indepen-
questão: um País pobre e em guerra, em es-
tonteante processo de instabilidade político-
consolidou a crença de que a um escra-
vo não se pergunta se quer a liberdade.
ár

de luta contra o colonialismo dência económica? Os outros 40 anos não -militar marcadamente contínuo e descontí- É importante não nos esquecermos
português. Tempos em que a contam? Sem tabus de espécie alguma pas- nuo, chega mesmo a ser independente? Ou que, devido ao impacto do baixo nível
luta armada objectivava a libertação semos a considerar, em seguida, duas cor- mantém-se dependente na sua totalidade de escolaridade geral acoplado a outros
do País, iniciando, com o “içar da ban- rentes. A primeira corresponde a daqueles se considerarmos a importância do factor factores, poucos moçambicanos perce-
deira”, o processo de compreensão en- que, como referimos, defendem que Mo- económico como luz que acciona todos ou- biam a importância da consulta popular,
dógena do conceito “independência”. çambique só esteve independente durante tros processos? Não ficamos presos à insti- poucos valorizavam o papel dos parti-
Di

Proclamada a independência do País, um ano. A corrente contrária defende que tucionalização do conceito “independência”
dos políticos (independentemente da
ou-se a euforia por dias melhores,
gerou-se o nosso País tem 41 anos de independência. por parte das Nações Unidas, um conceito
forma como os mesmo terão surgido e
iniciou-se a crença num País melhor. O Ora bem, comecemos pela primeira: dizer europeizado e pregado em países como Mo-
se apresentado por alturas de 1975). A
conceito “independência” estava ainda que o País somente teve um ano de inde- çambique? Ficamos com a “forma” e rego-
vitória da Frente de Libertação Nacio-
fortemente ancorado na perpercepção de pendência não deixa de lado o “içar da ban- zijamo-nos com ela; e o “conteúdo”? Vamos
substituição rácica de uns pelos outros. deira” como marco importante. O problema analisar o conceito “independência” tendo nal, numa situação de eleições, estaria
Não estava em causa o modelo de go- poderá estar justamente na percepção do por base uma formulação “civilizadora” do garantida, a avaliar pelo ímpeto político
vernação. conteúdo do conceito “independência”. Este mundo ou uma formulação que desafia os e alto nível de espectativas por parte dos
Hoje, uns e outros, mesmo alinhando problema desafia-nos: ter instituições polí- nossos tabus? “desacorrentados”. Tais partidos não ti-
na ideia de que vivemos uma inde- ticas (próprias), administrativas, culturais e Esta primeira corrente que defende que Mo- veram espaço devidos às suas próprias
pendência política e não económica, outras, sob as mãos de moçambicanos não çambique só teve um ano de independência características, tendo sido ofuscados por
questionam se a independência como daria conteúdo ao conceito? E, se conside- depois do “içar da bandeira”, parece ter por várias razões. A substituição rácica, no
tal pode ser política sem antes ter os rarmos a questão da pesada dependência detrás as frustrações criadas pelo conflito imaginário popular, dominou o concei-
ingredientes económicos. E aqui a per- económica (externa) que nos acompanhou político-militar entre moçambicanos. Logo to “independência”.
gunta é: terá Moçambique ficado in- desde a independência, surgiria mais uma depois de 1975 a euforia política e popular (Cont.)
Savana 01-07-2016
PUBLICIDADE 21

o
log
ció
so
um
de
io
ár
Di
22
DESPORTO Savana 01-07-2016

Vítimas do Zimpeto e a implementação do acordo


Por Abílio Maolela

Q uatro meses depois da que-


da da parede da Piscina
Olímpica do Zimpeto, ca-
a indeminização é Soraya dos San-
tos, viúva de Frederico dos Santos.
“Foi a forma que as empresas encon-
ria mais tempo e deixaria as famílias
na miséria”.
Sobre a implementação do acordo, o
carecia de uma reavaliação da segu-
rança estrutural”.
O facto, segundo estes, é que o pro-
O caso foi encaminhado à Procura-
doria-Geral da República, segundo
revelou o Ministro das Obras Públi-

o
racterizados por choros, la- traram para nos indemnizar. O que titular da pasta do desporto garantiu jectista da especialidade de estrutu- cas, Habitação e Recursos Hídricos,
mentações e incerteza, com a perda mais me preocupava era a escola para que o consórcio já definiu os valores ras previa a construção de uma pare- Carlos Boneti Martinho, aquan-
de bens e parentes, a vida das víti- os meninos. Estou satisfeita, embora àacompensar a cada vítima e estes de parcialmente vazada para o alívio do da visita daquele complexo, em
mas parece regressar à normalidade. Maio último
último.

log
não possa trazer Fred de volta”, su- serão canalizados a cada um deles das pressões do vento, reforçada com
Na semana passada, o empreiteiro, blinhou. sem intermediação. varões de aço embutidos e com uma “O relatório foi encaminhado à
constituído pelo consórcio portu- O Ministro da Juventude e Despor- PGR continua no silêncio estruturaa metálica solidariamente PGR para a responsabilização cri-
guês Mota-Engil e Soares da Costa, minal. Neste momento, estamos à
tos, Alberto Nkutumula, felicitou Com as compensações definidas ligada aos elementos estruturais ho-
chegou a acordo com as vítimas no espera do Relatório sobre o estágio
a família da natação e as empresas para as vítimas da tragédia do Zim- rizontais, conferindo à parede uma do Complexo do Zimpeto e será co-
que tange ao pacote das compensa- pelo acordo alcançado e garantiu peto, a questão que falta responder maior resistência à acção do vento. oportuno”, disse.
nhecido em tempo opor
ções. que, para além das compensações é da responsabilização criminal do Porém, por achar que era uma solu- Entretanto, passados quatro meses,
acima referenciadas, o empreiteiro empreiteiro. O relatório da Comis- ção morosa para o cumprimento do a instituição liderada por Beatriz
O acordo, segundo o Presidente da “vai reparar o muro da Piscina”. são de Inquérito criada para averi- prazo de execução da obra, o consór- Buchili ainda não reuniu elementos
Federação Moçambicana de Nata- Questionado sobre a responsabiliza- guar as causas da queda da parede cio Mota-Engil e Soares da Costa para incriminar ou ilibar o emprei-

ció
ção (FMN), Fernando Miguel, com- ção do empreiteiro acerca da quali- responsabilizou o empreiteiro “por optou, unilateralmente, por alterar a teiro, como garantiu o porta-voz,
porta a reposição de bens perdidos, Taibo Mucobora, à nossa reporta-
dade da obra, Nkutumula respondeu negligência ao não ter em conta a solução para uma parede impermeá-
em particular as viaturas; a assistên- gem, nesta quarta-feira, a margem
que esta merecerá outro processo, alteração da solução inicial da pare- vel ao vento e a mesma foi feita sem da apresentação do informe geral da
cia psicológica, médica e medica- pois, “se fosse incluído neste, arrasta- de frontal do complexo das piscinas nenhuma base documental. legalidade.
mentosa aos afectados; a assistência
educacional aos filhos de Frederico
dos Santos, até que o mais novo
conclua o ensino superior ou com-
plete 25 anos de idade; a conclusão
da casa do treinador; e a organização
de competições patrocinadas pelo
consórcio.
Alcançado nesta terça-feira, nas
instalações do Ministério da Juven-
tude e Desportos (MJD), depois da
pressão feita pela imprensa, o acordo
so
será implementado imediatamente e
satisfaz as vítimas, como garantiu o
timoneiro da natação, indigitado a
um
dar a conferência de imprensa.
“Saímos satisfeitos porque sentimos
que as vítimas foram tratadas com
muita dignidade e muito respeito.
Houve equilíbrio entre os interes-
ses das vítimas e os interesses do
empreiteiro”, disse, acrescentando:
“é um acordo que resulta de um tra-
balho sério e responsável feito pelas
partes, também com o acompanha-
mento do governo”.
Questionado sobre o tempo que o
de

caso levou nos gabinetes, deixando


as vítimas à sua sorte (pais do atle-
ta Denilson da Costa custearam as
despesas do tratamento médico e a
viúva de Frederico dos Santos sobre-
vivia do apoio do clube Golfinhos de
Maputo), Fernando Miguel respon-
deu que o assunto é “sensível”, pelo
que “devia ser tratado com muita
cautela”.
io

“Trata-se de questões envolvendo


famílias e não queríamos expor. Era
nosso desejo que fosse tratado entre
as partes”, justificou.
Tratando-se de um assunto com
ár

perspectiva criminal, Miguel garan-


tiu que este morre no acordo, por-
tanto “não haverá nenhum processo
judicial contra o empreiteiro”.

Entretanto...
Ainda é difícil ver o sorriso das víti-
Di

mas, uma vez que o acordo ainda não


foi implementado. Cardozo da Cos-
ta, pai de Denilson e Valentim da
Costa, ambos afectados, afirma estar
satisfeito pelo acordo alcançado, mas
“nestas situações não há compensa-
ção que possa compensar os danos”.
“Ficarei completamente feliz, quan-
do os meus filhos recuperarem to-
talmente”, confessou, mostrando-se
preocupado com a implementação
do acordo.
“O que me preocupa é a implemen-
tação do acordo. Não sei como será
feito, porque mesmo a negociação
durou quatro meses”, sublinhou.
A outra vítima que se contenta com
Savana 01-07-2016
DESPORTO 23

Islândia: Federação explica (com humor)


como chegou aos 23 nomes
A

o
federação da Islândia, de- O post que a federação islandesa de
pois da derrota imposta à futebol colocou ficou viral e é, mais
Inglaterra, revelou como ou menos, a explicação de como
chegou aos últimos 23 no- chegaram aos últimos 23 nomes

log
mes da sua selecção de futebol. Foi para poderem ser convocados para
tudo uma questão de estatística. o Euro 2016. Sendo que parte dos
As exibições da seleção da Islândia 330 mil habitantes, metade são mu-
têm enchido o olho aos adeptos, e lheres, 40 mil têm menos de 18 anos
lher
não só islandeses. Depois de terem e 80 mil têm mais de 35 anos. Ainda
passado o grupo F à frente de Por- há os da indústria baleeira (1246),
tugal - relegando a equipa de Fer- os da observação aos vulcões (164)
nando Santos para o terceiro lugar - e terramotos (314) e os ocupados
e terem assegurado o segundo lugar no pastoreio de ovelhas (1934) e na

ció
(graças aos empates com Portugal tosquia de ovinos (1464).
1-1 e Hungria 1-1 e a vitória final Calma há mais impossibilitados de
sobre a Áustria 2-1), o conto de fa- serem escolhidos como, óbvio, os
das parece continuar. banqueiros presos (23). Há ainda
os cegos (194), doentes (7564). E os
Nos oitavos-de-final, a Islândia de- que trabalham em hospitais, polícia
frontou a Inglaterra e, novamente, e bombeiros (564). Como tem de
impôs o seu futebol. Começou a haver espaço para os adeptos, que
perder com um penálti cedo (con- são quase 9 mil, sobram os tais 23.
vertido por Rooney) e deu a volta.
Venceu 2-1 e causou uma das maio-
res derrotas da história dos ingleses.
A Islândia, claro, continuou em fes-
ta. Com os seus adeptos, como se
viu no final do jogo, e agora com a
so
-RJDGRUHVHDGHSWRVHPIHVWDQRÀQDOGRMRJRFRPD,QJODWHUUD&
-RJDGRUHVHDGHSWRVHPIHVWDQRÀQDOGRMRJRFRPD,QJODWHUUD&ODXGH3DULV$3-RUQDOL
Sendo que nem houve ninguém
para o cargo do selecionador e a
federação teve de ir à Suécia bus-
car Lars Lagerbaeck que é dentista
quando não dá treinos de futebol.
Sentido de humor? Muito. e futebol
federação do país. também, pelos vistos. (ionline)

Mourinho lança
um

ofensiva por Neymar


E stá em marcha em Old Tra-
fford a `operação Neymar´.
Relatos oriundos de Espa-
nha, veiculados pelo diário
anos, operação que resultaria igual-
mente na revisão, e consequente au-
mento, da cláusula de rescisão fixada
em 190 milhões de euros.
de

Mundo Deportivo, dão conta da Alertada para a ofensiva do Man-


ofensiva do clube inglês, por indica- chester United, tratou a Direcção
ção expressa de José Mourinho, pelo do Barcelona de acelerar as negocia-
internacional brasileiro do Barcelo- ções, que decorrem no Brasil, ten-
na. dentes à prorrogação do vínculo do
númeroo 11 dos blaugrana.
Segundo aquela publicação, o objec- Em cima da mesa estará uma pro-
tivo imediato do emblema de Old posta para mais três anos de contra-
Trafford passa por evitar a renova- to, até 2022, à razão de 15 milhões
io

ção de contrato do jogador de 24 de euros limpos por época.


ár
Di

Neymar

VENDE-SE
Uma viatura de marca Mazda Axela
cor cinzenta, em bom estado
Contacto: 82 46 55 100
(Horas normais de expedientes)
24
CULTURA Savana 01-07-2016

Artistas homenageados na diáspora


O IX Encontro de Escritores Moçam-
bicanos na Diáspora decorrerá no
dia 1 de Julho no Centro Cultural
formas de intercâmbio e cooperação entre
itores, poetas e intelectuais moçam-
os escritores,
bicanos na diáspora e os residentes em Mo-

o
de Cascais e no dia 2 de Julho na çambique. Além de lançamentos de livros e
Casa das Histórias Paula Rego, organizado leituras de poesia, o programa do encontro
pelo Círculo de Escritores Moçambicanos reserva a realização de debates e conferências
na Diáspora. sobre vários temas, destacando-se “Literatu-

log
ra Moçambicana”, “Literaturas Lusófonas”,
Este encontro tem por objectivo dar a conhe- “Interculturalidade, Multiculturalidade e
cer a cultura moçambicana no estrangeiro e a Transculturalidade”, “Lusofonia, Diáspora e
presença de autores moçambicanos na diás- Multiculturalidade”, “Comunicação Inter-
pora, assim como fortalecer as relações entre cultural”, “Direitos Humanos” e “Liderança e
autores e especialistas literários moçambica- Empreendedor
Empreendedorismo”.
nos e portugueses.
Serão homenageados os escritores moçam-
Outro objectivo da iniciativa é definir um
bicanos Carlos Paradona Rufino Roque e
papel a desempenhar e os contributos a dar
Domingos Chirongo e o artista plástico Luís

ció
pela comunidade literária moçambicana na
diáspora, junto de instituições como a CPLP, Soares. Haverá também uma homenagem
a Fundação Calouste Gulbenkian, o Instituto especial à artista plástica moçambicana Lara
Camões, o Governo da República Portugue- Guerra pelo prestígio que granjeou nas artes
sa, o Ministério da Cultura, Instituto Inter- plásticas e pelo seu contributo para a divul-
nacional da Língua Portuguesa, UNESCO, gação das culturas moçambicanas no mundo.
UCCLA, bem como junto à sociedade por- E, por fim, também distinguir algumas per-
tuguesa em geral. sonalidades como membros honorários do
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A iniciativa serve igualmente para estudar CEMD. A.S

Sábados das crianças no CCFM


so“Entre prosa e poesia,
O contador de histórias Rafo Diaz
apresenta, no âmbito do progra-
Nascido no Perú, Rafo já percorreu o
mundo e conta na sua bagagem com vá- apenas escrevia…”
F
ma Os Sábados das Crianças do rios espectáculos, com maior destaque
um
CCFM, “O mar de Maputo e para os abaixo mencionados, que foram
outros contos”, no sábado, 2 de Julho, às oi lançada recentemente, no Centro Maria Clara Soeiro é moçambicana, natu-
apresentados no CCFM: “O mar de Ma- Cultural Brasil-Moçambique, a obra li- ral da Ilha do Ibo, nascida numa família que
10h30 e às 17h, no Auditório do Centro puto blacklight”, “Tudo sobre o dragão”, terária intitulada “Entre prosa e poesia, herdou do seu pai, Abílio de Lobão Soeiro, o
Cultural Franco-Moçambicano. “Liliana contra seus medos”, “A fortaleza apenas escrevia…”, da autoria de Maria gosto pelo teatro e a literatura. Como amado-
do terror”, e “Na sombra do embondeiro”, Clara
Clar Soeiro.
Soeir ra, ela trabalhou em algumas peças de teatro
Rafo Diaz convida os seus amigos e se- respectivamente. com Luís Soeiro, seu irmão, em apresentações
guidores para as suas duas últimas apre- O contador conta também com CDs O evento contou com a participação especial montadas pelo grupo da Casa Velha.
sentações no CCFM este ano. Depois de áudio de contos publicados: “Madre sel- da cantora sul-africana de blues e jazz, Miss A sua irmã Manuela Soeiro, directora do teatro
8 anos em Moçambique, chegou o mo- Lindiwe
Lindiw Maxolo. Nesta estreia literária, a au- Avenida e encenadora, tem apresentado diver-
va: a criação do mundo e do Amazonas”,
mento de se despedir do público com um tora, como se depreende do título, intercala sos trabalhos já do conhecimento do público
“Contos do Mundo”, “Amazónia Mági-
show. trechos em prosa e poemas até há pouco man- tanto moçambicano como além-fronteiras. O
ca”. Rafo Dias ganhou o 3º Prémio do tidos como anotações. também seu irmão Abílio Soeiro é autor do
“O mar de Maputo e outros contos” é
de

uma original e divertida história escrita Concurso Internacional Contadores de Os temas abordados são inspirados em vivên- livro autobiográfico “Obrigado, Madiba”, edi-
por Rafo Diaz, que conta com a parti- ias - Cidade de Bucaramanga, Co-
Histórias cias pessoais ou extraídos de episódios ocorri- tado em dez idiomas.
cipação de Benedito Magaia, António lômbia 2004, 1º Prémio do “Salão de Arte dos na nossa sociedade. Prosa e poemas falam “Entre prosa e poesia, apenas escrevia…” é pu-
Chrindza, Enoque Chaúque e Gilberto Amazónico” da Segunda Bienal Nacional também da natureza, de sonhos e aspirações, blicado pela Kwandika Editora. A direcção ar-
Dove, na manipulação dos bonecos. A de Arte - Lima, Perú 2000 e 1º Prémio da infância, do mar, da vida, de lutas e das sur- tística esteve a cargo de João Athayde de Melo,
narração e direcção estarão a cargo do “Cidade de Iquitos”, Concurso Nacional presas oferecidas pelo quotidiano. sendo a ilustração da capa de Nayma Melo.
próprio Rafo Diaz. do Conto Breve - Iquitos, Perú, 1993. A.S A linguagem empregada é simples, coloquial. Sérgio Santimano, o conhecido fotógrafo in-
A suave cor sépia do papel utilizado e o ta- ternacional, fez a foto da autora. A empresa
manho das letras escolhidas tornam o texto de González & Athayde encarregou-se da ma-
fácil e agradável leitura. quetização do livro. A.S
io

II Conselho Coordenador MICTUR


O
ár

Ministério da Cultura e Turismo re- turísticas; dos empreendimentos turísticos,


alizou, de 30 de Junho a 02 de Julho, de restauração e bebidas e salas de dança; dos
na Cidade de Maputo, Hotel Rovu- jogos de fortuna ou azar; e da promoção do
ma, o seu II Conselho Coordenador, País como destino turístico.
sob o lema “Cultura e Turismo Consolidan- O Ministério da Cultura e Turismo, de acor-
do a Unidade Nacional, Paz e Desenvolvi- do com o seu Estatuto Orgânico, aprovado
Di

mento”. O II Conselho Coordenador foi pela Resolução n.º 15/2015, de 9 de Julho,


antecedido pela II Reunião Nacional de Pla- da Comissão Interministerial da Administra-
nificação, que teve também lugar no mesmo ção Pública, que define a estrutura e funções
local, de 27 a 29 de Junho de 2016. orgânicas do Ministério, realiza, numa perio-
dicidade anual o seu Conselho Coordenador,
O Decreto Presidencial nº 1/2015, de 16 de que é um órgão de consulta dirigido pelo Mi-
Janeiro, cria o Ministério da Cultura e Tu- nistro, com as funções de, entre outras, avaliar
rismo, órgão central do Aparelho do Estado, o grau de execução das actividades do Minis-
que, de acordo com os princípios, objectivos tério da Cultura e Turismo; apreciar a pro-
e tarefas definidos pelo Governo, coordena, posta do plano e orçamento anual do sector;
dirige e planifica a execução das Políticas nos balanço dos programas, planos e orçamento
domínios da preservação e valorização do das actividades do sector; coordenar, avaliar
património cultural; da promoção do desen- e controlar a acção conjunta dos órgãos cen-
volvimento artístico e das indústrias culturais; trais e locais do Ministério e das instituições
5DIR'LDVID]VXD~OWLPDDSUHVHQWDomRHP0DSXWR
da propriedade intelectual; da promoção do subordinadas e tuteladas, na realização dos
desenvolvimento sustentável das actividades objectivos do sector. A.S
Dobra por aqui
SUPLEMENTO HUMORÍSTICO DO SAVANA Nº 1173 ‡  DE JUlHO DE 2016

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2 Savana 01-07-2016 Savana 01-07-2016 3
SUPLEMENTO
Savana 01-07-2016
OPINIÃO 27

Abdul Sulemane (Texto)


Ilec Vilanculo (Fotos)

o
log
Conversas agradáveis
M esmo com a crise que o país atravessa, não há mo-
tivo para que não tenhamos uma conversa afável.
Isso para dizer que não só de dificuldades vive o
Homem. Mesmo com momentos de dificuldades

ció
temos de encontrar momentos para desanuviar a mente.

É preciso procurarmos ao longo da vida momentos agradáveis


para descontrair. De desafios vivemos todos. Nesta primeira
imagem, vemos o Leonardo Simão, num gesto de carinho
para com o Óscar Monteiro, sinal de que é nos momentos
difíceis que devemos estar juntos para superar as dificuldades.
Sinal de alegria é bem visível entre o escritor Ungulani Ba Ka
Khosa e a jornalista Rosa Langa. Pelo sorriso descontraído,
Rosa Langa demonstra que a conversa entre ambos é de sa-
lutar. Como se Ungulani estivesse a dizer que é sempre bom
so
encontrar amigos do teu nível nestas ocasiões.
Mesmo os políticos têm os seus momentos de descontra-
um
ção. Nesses momentos falam de coisas agradáveis. Esquecem
por alguns momentos os problemas que têm de encarar no
desempenho das suas tarefas. Para fazer jus ao que dizemos
basta reparar na tertúlia entre o Embaixador cessante de Por-
tugal em Moçambique, José Augusto Duarte, o antigo Presi-
dente de Moçambique, Joaquim Chissano, e o Presidente do
Conselho Constitucional, Hermenegildo Gamito.
As conversas agradáveis não param por aqui. Outra situação
com o mesmo ambiente testemunhamos entre o antigo rei-
de

tor da Universidade Eduardo Mondlane, Brazão Mazula, e o


escritor Mia Couto. É motivo para dizer que é agradável ver
figuras num ambiente descontraído.
Nesta senda de conversas agradáveis, sempre surge quem se
mostre ser contra as mesmas. Reparem como o antigo Mi-
nistro dos Transportes e Comunicação, Gabriel Muthise, fica
quando o antigo Director do Jornal Notícias, Jaime Langa,
trava uma conversa com a Presidente dos Assuntos Sociais,
io

Género, Tecnologia e Comunicação Social na Assembleia da


República, Conceita Sortane. Será que o que conversam não
lhe agrada?
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À HORA DO FECHO
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IMAGEM DA SEMANA Diz -se. .. D

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ces, à mistura com almas bondosas pródigas em produção facebookeira,
para que se materialize já ao virar da esquina a anunciada transacção entre
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da Bacia do Rovuma. Só assim se compreende o “nim” às demandas dos

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sitaram durante duas semanas. Será que vai haver auditoria internacional?

R5555Lendo
Lendo o comunicado do ministério da mola e as declarações do cachimbo

log
de óculos fumados na Praça dos Heróis, parece que houve mesmo asses-
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terá mesmo de arregaçar as mangas e aceitar o desafio de produzir massa
crítica sobre o que o timoneiro definiu como “dívidas más”…

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de moderada satisfação pois há “boas notícias” para alimentar os relatórios
de conjuntura e atirarem dívidas e custo de vida e tiroteios para debaixo

ció
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cão, preso por não ter …

R55555Massa crítica ou pelo menos mais acção é o que se esperava dos que tinham
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*),5'#--ã)5--#(,5-5.#-5,.-7)(0#.5)-5'#),-85-55*,*,éã)5
do diálogo estiveram à beira de um ataque de nervos ao tomarem conhe-
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*,5
se fazerem uns disparos sobre a serra do herdeiro do grande Samatenge.

África do Sul

Graça Machel rejeita candidatura


so R5555Terá sido a lentidão que encorajou um embaixador das lusofonias a mandar
à fava a necessidade de mediadores internacionais, depois de 114 rondas
'#-5)/5'()-5#()(&/-#0-5)'5*,)/.)-52&/-#0'(.5(#)(#->5/5
'#-5)/5'()-5#()(&/-#0-5)'5
será que tal declaração logo excitou as carpetes vermelhas da comunicação
estatal que se desdobraram em grandes entrevistas para saber novas da
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)(55'),á.#5/#(ï7+/.),#&>5-5ù(#)-5"'5+/5&!/ï'5

a provedora de Justiça
anda à procura de emprego pois em breve a loja da tuga vai fechar-se para
o inefável embaixador…

G
um
R555&()55./!65)(5 /&/65+/5.'ï'505 ,+/(.,5)-5.'*&)-5'5
que se ensina a dar a outra face para a lei da bofetada, esteve muito activa a
raça Machel terá de- Mbeki afastado advogar um regime de excepcionalidade para o novo governo de Moçam-
clinado a possibilidade ̓527" 55-.)5-/&7 ,#
,#- bique, a propósito das malfadadas dívidas. Só que o jovem diplomata das
de vir a ser provedora estrelinhas europeias resolveu dar-lhe troco, certamente encorajado pelo
no Thabo Mbeki terá sido afasta- conterrâneo que, umas semana antes tinha posto os pontos nos iis, aqui
de justiça da África do do da lista também por motivmotivos mesmo. Toma qui ti dou …
Sul, devido a razões até agora não revela)-85 ,,#5 &65 /'5
não revela)-85
reveladas, de acordo com a im- renomado jurista sul-africano, e R5555Quem está online com a tuga, segundo o seu contraparte luso é o nos-
prensa sul-africana, que acompa- "&("&5 (65 27'#(#-.,)5 -5 so timoneiro que, pelos vistos, é louco de bola. Vamos ver se depois de
nha o processo de candidatura do quinta-feira à noite não entra em babalaza ou, no entretanto, manda o
#((é-65 .'ï'5 &#(,'5 5 mano Baloi mudar a expressão “diplomacia económica” por “afectos de
novo titular do cargo.
inclusão dos seus nomes entre os bola”. Tásse bem memo …
de

candidatos a provedor de Justiça.


Machel, muito conhecida na R555/'5(ã)5(5(5'-')5'55)&5-ã)5)/.,)-5.#')(#,)-85-5*,ĉ-
5 &#-.5 5 (#.)-5 #(5 (5
África do Sul pelo seu papel em prios que agarram na roda do leme das nossas embarcações. Depois do
corrida inclui Siraja Desai do
acções de intervenção social e Graça Machel patético “acidente” na baía de Maputo “para o qual ainda não há relatório
Tribunal Superior de Cape, o de causas”, agora é malta Chiveve a não querer ficar atrás. Será que as dra-
por ter sido casada com o histó-
no qual foram expurgados da lista analista legal Pierre de Vos e o !-5)5-ï/&)5 5#2,'55.,5/4#(-55,,-5*4-55^0,'_5
,#)5 &ù,5 (.#7*,."#5 &-)(5
advogado Dali Mpofu. obstáculos no meio do nevoeiro? Mais um relatório que se aguarda com
Mandela, fazia parte de uma lis- inicial personalidades que renun-
curiosidade…
ta inicial de 73 individualidades ciaram à corrida ou que não foram 5 *,-#(.5 )5 )'#.ï5 5 ")5
sul-africanas elaborada por uma encontrados
ados para manifestar a sua para a escolha do novo provedor R5555Por falar de Chiveve, puto Daviz não cabe de contente por ir finalmente
comissão ad hoc do parlamento posição em relação à inclusão do de justiça rejeitou alegações de inaugurar algo com que sempre sonhou ser a sua cereja no bolo em termos
io

do país, mas terá anunciado a sua seu nome, continuam candidatos que ela poderá manietar o pro- 5'(.)85/5-$50)&0,5)5"#005)5',65)/5)5',5)5"#0065&!)5
cesso por forma a escolher uma que anteriores edis acharam ser uma “maluquice colonial”. Resta saber se
indisponibilidade para a corrida. 59 individualidades, dos quais al-
terá que fazer braço de ferro com a “muthiana orera” que, quando cheira a
5 *,-#(.5 5 /(éã)5 *,5 guns vão passar para a “short list”, figura favorável a Lithuli House, protagonismo está sempre de antena no ar…
o Desenvolvimento da Comuni- da qual sairá o sucessor de Thuli a Presidência sul-africana.
5 BC5 (ã)5 .,(-#.)/5 *,5 Madonsela, que vai deixar o cargo ^ã)5 -)/5 (("/'5 -/-,0#(- R55555)/.,)5#'(!)65)55*#.&65.'ï'5.'5/'5()0)5,#(+/)5*,5-5
ár

a fase seguinte do processo de '5/./,)85 .85 ã)5 !)-.,#5 +/5 -5 *--)-5 (.,.,855'& )5*,)&)(!'(.)55
/&#/-53,,5+/5.(.-5),-5
de cabeça lhe deu, apesar de não ter dado indemnizações a diplomatas
apuramento do futuro provedor 5-)#5-/&7 ,#(5.'5.ï5 pensassem que estou aqui para
pelos terrenos que legalmente retomou. Tão eufóricos andam os seus as-
de Justiça,a, aparentemente após ao próximo dia 08 de Julho a pos- 2,,5--5**&85-.5(ã)5ï5/'5 ---),-5+/5.ï5#4'5+/5ï55*,ĉ*,#50#5+/50#5-,5#(/!/,85'5
dar a conhecer que não está inte- sibilidade de se pronunciar em processo que vai ser gerido por tanto ao mar…
ressada na função, de acordo com torno dos concorrentes, por for- '#'85 -.5 ï5 /'5 *,)--)5 +/5 )5
declarações prestadas à imprensa ma a que o comité parlamentar parlamento terá de finalizar na Em voz baixa
Di

R555555")''5)5!&)5+/5"#./&'(.5(ã)5.'55)'/(#éã)5-)#&5.,á-5
pela presidente da referida comité responsável pelo processo faça a --'&#5 #)(&5 5 *)#-5 )5 5-#65&á5)/55#(/!/,,55^-")*5)5*)0)_5(5*#.&5)5),.655.&5
parlamentar, Makhosi Khoza. escolha final do próximo prove- Presidente irá confirmar a nome- que é suposta de engolir os vendedores de rua. Vamos ver qual vai ser a
Depois do primeiro escrutínio, dor de Justiç
Justiça. ação”, afirmou Makhosi Khoza. próxima desculpa para se continuar a vender no meio da rua. É assim que
anima mesmo…

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