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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LAVRAS

FAZENDA SUSTENTÁVEL

ANA BEATRIZ RESENDE MACHADO


BRÁULIO VIEIRA GOMES
CAMILO CARVALHO SILVA
EDILAINE OLIVEIRA DE SOUZA
SIBELE FERNANDA PEREIRA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LAVRAS

ANA BEATRIZ RESENDE MACHADO


BRÁULIO VIEIRA GOMES
CAMILO CARVALHO SILVA
EDILAINE OLIVEIRA DE SOUZA
SIBELE FERNANDA PEREIRA

FAZENDA SUSTENTÁVEL

Trabalho desenvolvido durante a disciplina de


Gestão Ambiental.

Professor: Tales Giuliano Vieira


OBJETIVOS
 Diminuir a contaminação da represa que se dá através de dejetos animais
(bovinos);
 Utilização dos dejetos bovinos para geração de biogás e biofertilizantes;
 Utilizar a água da represa para lavagem do curral;
 Reuso da água da chuva.

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA

Pelo fato da represa ficar abaixo do lugar onde é feita a alimentação e retirada de
leite das vacas, os dejetos (fezes) desses animais escoam até a represa causando a falta de
oxigenação da água e consequentemente a morte de peixes, além de deixar a água
imprópria para uso.

Os dejetos animais são os melhores alimentos para os biodigestores, pelo fato de


já saírem de seus intestinos carregados de bactérias anaeróbias.

Para Amaral et al. (2004), a fermentação desta biomassa em reatores anaeróbios


apresenta uma excelente alternativa, pois além de reduzir a taxa da poluição e
contaminação do ciclo, promove a geração do biogás, utilizado como fonte de energia
térmica, mecânica e elétrica, permitindo ainda a utilização do resíduo final como
biofertilizante.

A implantação do biodigestor ainda pode trazer outros benefícios como a redução


da carga de matéria orgânica lançada no meio ambiente, controlar a proliferação de
moscas e emissão de odores ofensivos e desagradáveis, diminuir a emissão de dióxido de
carbono (CO2) e metano (CH4) na atmosfera através da queima, mostrar o melhor
aproveitamento de restos de natureza orgânica e, principalmente, oferecer um melhor
destino a esses materiais.

O reuso da água da chuva está ligado à lavagem da ordenha, que por sua vez gasta
muita água -cerca de 300l/dia- que é retirada do lençol freático através de uma bomba
sapo. Essa reutilização reduzirá o gasto de água vinda do poço artesiano.

INTRODUÇÃO

A pecuária está em constante crescimento e a intensificação em seus sistemas de


produção está gerando grave problema com aumento das agressões ambientais por conta
dos dejetos animais. Os dejetos oriundos da pecuária são responsáveis por 20% das
emissões de gases poluentes na atmosfera, sendo um número altamente significativo,
quando comparado às indústrias, que representam 32% dos emissores (KONZEN, 2005).
Além dos gases, a contaminação das águas, objeto de nosso trabalho, se torna fator
primordial para a instalação do biodigestor, pois organismos patogênicos associados à
decomposição da matéria orgânica provocam uma falta de oxigênio nas águas e
consequentemente à morte de peixes, além da presença de ácidos, óleos e outros materiais
tóxicos que irão tornar a água imprópria para o consumo humano e a vida aquática
(TOBIAS, 2002).

O presente trabalho apresenta como objetivo, divulgar o uso do biodigestor no


tratamento e na agregação de valor através dos dejetos bovinos, dando ênfase nos
princípios básicos de funcionamento e planejamento, ressaltando o uso dos produtos
oriundos do processo de biodigestão anaeróbia (biogás e biofertilizante) e suas
respectivas vantagens.

LOCAL DE EXECUÇÃO DO PROJETO

Fazenda Coelho
Município de Conceição da Barra de Minas
Metragem da fazenda: 61 hectares
Metragem do curral – 600 metros

DADOS DA FAZENDA

 Rebanho – 30 VACAS
 Renda mensal com leite - L * R$1,52 = R$ 20.520,00 Litros
 Gastos mensais com adubo - R$186,00
 Gasto com energia - ± R$ 2000,00
 Consumo de água - 24.000 litros

CÁLCULOS

BIO DIGESTOR

• 1 vaca produz em média – 54,36 kg diários de fezes

• Coletamos 27,18 kg * 30 vacas = 815,40 kg / dia

• 815,40 kg*15 = 12.231 kg a cada 15 dias

O biodigestor deve ter uma capacidade de 30000kg


Gerando em média - 3600 kw/dia * 30 dias = 108000 kw/mês

CAIXA DE ÁGUA

Chove em média – 144mm mensais

144mm * 600m₂ = 86400 litros / mês

Levando em consideração toda a água que se perde durante a captação estipulamos que o
tamanho da caixa necessário será de 5000 Litros.

CONSUMOS

Consumo de energia elétrica


 Consumo total – 1923,077 kw / mês = r$2000,00

Consumo de adubo
 Consumo de adubo industrializado - 2 sacos de 50 kg – 186,00 / mês

 Produção de biofertilizante mensal – 8.154 kg

Consumo de água
• Lavagem das ordenhas – consome mensalmente 9.000 litros

• Lavagem do curral – consome 15.000 litros mensalmente

Com a implantação do sistema de reuso e reaproveitamento da água deixaremos de retirar


do lençol freático em média 24.000 litros mensalmente

LEI REGULAMENTADORA

Lei 12305/2010 - Plano Nacional de Resíduos Sólidos


A fim de enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais do manejo de
resíduos sólidos sem prévio e adequado planejamento técnico, a Lei nº 12.305/10 instituiu
a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), regulamentada pelo Decreto 7.404/10.
Esta política propõe a prática de hábitos de consumo sustentável e contém instrumentos
variados para propiciar o incentivo à reciclagem e à reutilização dos resíduos sólidos
(reciclagem e reaproveitamento), bem como a destinação ambientalmente adequada dos
dejetos.
Resolução CONAMA nº 430/2011 - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICADA
AOS DEJETOS DE BOVINOS LEITEIROS
Em termos gerais, as exigências nacionais, para lançamento de efluentes da bovinocultura
de leite em corpos hídricos receptores, seguem o disposto na Resolução CONAMA nº
430/2011. Esta norma dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes,
complementa e altera a Resolução CONAMA nº 357/2005 (BRASIL, 2011). Resume-se,
a seguir, o disposto na referida norma, em termos de padrão de lançamento de efluentes,
em corpos hídricos receptores:
 Potencial hidrogeniônico (pH): entre 5 e 9.
 Temperatura: inferior a 40 ºC e a variação de temperatura do corpo hídrico
 receptor não deverá exceder a 3 ºC na zona de mistura.
 Sólidos sedimentáveis (SP): até 1 ml L-1 com o teste em cone de Imhoff, durante
1 h.
 Óleos e graxas (OG): até 20 mg L-1 para óleos minerais e até 50 mg L-1 para
óleos vegetais e gorduras animais.
 Ausência de material flutuante.
 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 5 dias a 20 ºC): remoção mínima de
60% de DBO, desde que os efluentes não conferiram ao corpo hídrico receptor
características, em desacordo com o seu enquadramento, segundo a Resolução
CONAMA nº 430/2011.
MATERIAIS GASTOS / ORÇAMENTO
ITENS QTD VALOR UNIT TOTAL
GERADOR 1 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00
BUJÃO DE GÁS 1 R$ 300,00 R$ 300,00
BOIA DE CLORO 1 R$ 17,00 R$ 17,00
PEDRA DE CLORO 1 R$ 5,88 R$ 5,88
MANGUEIRA 70M 70 R$ 15,00 R$ 1.050,00
CANO PVC 2 R$ 13,97 R$ 27,94
CURRAU

CAIXA DE AGUA 5000L 1 R$ 1.300,00 R$ 1.300,00


CONCRETO FCK030 50 R$ 200,00 R$ 10.000,00
BLOQUETE 350 R$ 6,00 R$ 2.100,00
BLOCO DE 20 15 R$ 1,70 R$ 25,50
CIMENTO 2 R$ 23,00 R$ 46,00
CALHA PARA AGUA 30 R$ 11,90 R$ 357,00
TUBOS DE PVC DE 6 POLEGADAS 2 R$ 8,50 R$ 17,00
TIRAS DE CÂMERA DE PNEU 60 R$ - R$ -
BIODIGESTOR

POLIETILENO TUBULAR 2M DE LARGURA, 22M DE COMP,


300 MICRONS DE ESPESSURA, COR PRETA 1 R$ 200,00 R$ 200,00
PLASTICO PARA FORRAR CALHA 4M X 11M 1 R$ 100,00 R$ 100,00
ESTACA DE MADEIRA PARA ESTRUTURA DA COBERTURA 10 R$ 4,00 R$ 40,00
MADEIRA DE EUCALIPTO PARA A COBERTURA 15 R$ 5,00 R$ 75,00
LONA 3M X 11M PARA COBERTURA 1 R$ 90,00 R$ 90,00
TUBOS DE PVC DE 1/2 POLEGADA 100 R$ 8,50 R$ 850,00
CONDUÇÃO DE

JOELHO DE PVC DE 1/2 POLEGADA 4 R$ 9,00 R$ 36,00


EFLUENTES

T DE PVC DE 1/2 POLEGADA 4 R$ 8,00 R$ 32,00


FLANGE DE PVC DE 1/2 POLEGADA 2 R$ 12,00 R$ 24,00
FITA VEDA ROSCA 1 R$ 7,00 R$ 7,00
BOMBA SAPO 1 R$ 250,00 R$ 250,00
TUBOS DE PVC DE 1/2 POLEGADA 50 R$ 8,50 R$ 425,00
CONDUÇÃO DO BIOGÁS

JOELHO DE PVC DE 1/2 POLEGADA 4 R$ 9,00 R$ 36,00


VALVULA ESFERA DE PLÁSTICO 1/2 POLEGADA 4 R$ 15,00 R$ 60,00
LUVA DE PVC DE 1/2 POLEGADA 2 R$ 5,00 R$ 10,00
FITA VEDA ROSCA 1 R$ 7,00 R$ 7,00
T DE PVC DE 1/2 POLEGADA 4 R$ 8,00 R$ 32,00
POLIETILENO TUBULAR 2M DE LARGURA, 22M DE COMP,
300 MICRONS DE ESPESSURA, COR PRETA 1 R$ - R$ -
TOTAL R$ 22.520,32

DESENVOLVIMENTO

Segundo Matos (2007b), o lançamento de dejetos da bovinocultura de leite, sem


tratamento prévio, em corpos hídricos, ocasiona a elevação da demanda bioquímica de
oxigênio (DBO) da água, o que provoca diminuição do oxigênio dissolvido no meio;
aumento da concentração de sólidos suspensos e de sólidos dissolvidos na água;
eutrofização dos corpos hídricos e proliferação de doenças veiculadas pela água.
Sistemas de tratamentos de dejetos animais que agreguem valor e favoreça
manejos eficientes e cabíveis as leis ambientais, têm sido um dos grandes desafios do
setor. A biodigestão anaeróbia é um dos métodos mais eficazes para o tratamento de
dejetos, que tem como característica principal a produção de biogás, substituto de
diversos combustíveis e produção de biofertilizante, produto rico em nutrientes e livres
de patógenos.

O reaproveitamento dos dejetos sob a forma de biogás (metano) é apenas uma das
vantagens da biodigestão anaeróbia, podendo ser citados a redução de odores, eliminação
de patógenos, redução da demanda bioquímica de oxigênio (DBO), produção de
biofertilizante, baixa produção de lodo, baixos custos operacionais e de investimento e
possibilidade de sistemas descentralizados de tratamento de dejetos (OLIVEIRA, 2004).

Dejetos animais

Os dejetos animais são constituídos por fezes, urina, água desperdiçada pelos
bebedouros e de higienização, resíduos de ração, pêlos, poeiras e outros materiais
decorrentes do processo criatório. O esterco por sua vez é constituído pelas fezes dos
animais, que contém matéria orgânica, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, sódio,
magnésio, manganês, ferro, zinco, cobre e outros elementos incluídos nas dietas dos
animais. (DIESEL et al., 2002).

O volume total de dejetos produzidos pode variar consideravelmente em função


do manejo, tipo de bebedouro, sistema de higienização, frequência e volume de água
utilizada e também ao número de categorias de animais (BONETT e MONTICELLI,
1998).

Tratamento dos dejetos

O tratamento consiste em remover ou transformar os agentes poluentes do


material, de forma que possa ser reaproveitado no solo ou descartado de forma segura nos
cursos de água, minimizando os problemas ambientais (SOUZA, 2005).

Antes de se pensar em qualquer sistema de tratamento devem-se voltar às atenções


ao sistema de produção, onde o tratamento de dejetos deve ser visto como parte integrante
no processo produtivo, com isso, tudo que for feito dentro das instalações pode ter
influencias positivas ou negativas no tratamento dos dejetos (Kunz, 2005).

Fatores como, diluição dos dejetos, nutrição dos animais com ração de baixa
conversão alimentar, usos de antibióticos e detergentes, capacitação do pessoal
responsável pela operação dos sistemas, tem influencia direta no tratamento de dejetos
(KUNZ, 2005).

Tratamento biológico

Consiste na degradação biológica dos dejetos por microrganismos aeróbios e


anaeróbios, resultando assim em um material estável e isento de organismos patogênicos.
Para dejetos sólidos tem-se como exemplo a compostagem e para dejetos líquidos podem-
se ressaltar os lagos de estabilização, digestão e biodigestão (DIESEL et al., 2002)

Biodigestão

A biodigestão é um processo fermentativo realizado por bactérias que se


multiplicam em ambientes anaeróbios, no processo de digestão de matéria orgânica
(CRAVEIRO et al., 1982).

As bactérias responsáveis pela digestão anaeróbica estão dispostas na natureza,


em sedimentos de lagos, aterros sanitários, trato digestório de animais (principalmente de
ruminantes) e estercos (CRAVEIRO et al., 1982).

Segundo Kunz et al. (2004) o processo de fermentação anaeróbio é um processo


sensível, podendo ser dividido em quatro fases:

• Fase hidrolítica: nesta fase as enzimas hidrolíticas extracelulares das moléculas


complexas dos substratos solúveis degradam-se (hidrolizam) em pequenas moléculas que
são transportadas para dentro das células dos microorganismos e metabolizadas
(OLIVEIRA, 2004). Nessa fase ocorre a transformação de proteínas em aminoácidos, de
carboidratos em açúcares solúveis e de lipídeos em ácidos graxos de cadeia longa e
glicerina (SOUZA, 2005);

• Fase de fermentação ácida (acidogênese): os produtos gerados na primeira fase vão ser
transformados em ácidos orgânicos (acético, propiônico, butírico, isobutírico, fórmico,
hidrogênio (H2) e dióxido de carbono (CO2)) (OLIVEIRA, 2004). Nesta fase não
necessariamente é realizada por bactérias anaeróbias, é considerado vantajoso para o
processo, visto que assim vai garantir um ambiente isento de oxigênio, essencial para as
bactérias metanogênicas (NOGUEIRA, 1992);

• Fase de acetogênese: as bactérias acetogênicas, denominadas como produtoras de


hidrogênio convertem os produtos gerados da acidogênese em dióxido de carbono (CO2),
hidrogênio (H2), acetato e ácidos orgânicos de cadeia curta (SOUZA, 2005);

• Fase metanogênica: as bactérias metanogênicas convertem os ácidos orgânicos de


cadeia curta, o dióxido de carbono (CO2) e o hidrogênio (H2) em metano (CH4) e dióxido
de carbono (CO2) (OLIVEIRA, 2004). Segundo Nogueira (1992), 70% do metano
formado provêm do acetato e o restante do dióxido de carbono e hidrogênio.

O sucesso da biodigestão depende do balanceamento entre as bactérias que produzem gás


metano (CH4) a partir dos ácidos orgânicos e este, é dado pela carga diária (sólidos
voláteis), alcalinidade, pH, temperatura e qualidade do material orgânico, ou seja,
qualquer variação entre eles pode comprometer o processo. A entrada de antibióticos,
inseticidas e desinfetantes no biodigestor também pode inibir a atividade biológica
diminuindo sensivelmente a capacidade do sistema em produzir biogás (KUNZ et al.,
2004).
Tempo de retenção

Período em que o material orgânico permanece no biodigestor, até que ocorra sua
completa degradação (NOGUEIRA, 1992). Quanto maior o volume de carregamento
diário, menor é o tempo de retenção, contudo o tempo de retenção reduzido pode tornar
a digestão incompleta, desencadeando um desequilíbrio no processo (CRAVEIRO et al.,
1982).

Produtos da biodigestão

Biogás

O biogás é o produto oriundo da digestão anaeróbia dos dejetos animais em um


biodigestor, constituído por uma mistura de metano (CH4) (65-70%), gás carbônico
(CO2) (30-35%) e vapor de água (OLIVEIRA, 2004).

O biogás é uma fonte de energia renovável, pode ser utilizado na substituição do gás
liquefeito do petróleo (GLP), lenha, gasolina como combustível para geração de energia
elétrica, na alimentação de motores e na geração de energia térmica (OLIVEIRA, 2004).

Biofertilizante

O material digerido no biodigestor pode apresentar varias aplicações, bem como fonte de
nutriente em culturas hidropônicas, adubo orgânico para tanques de piscicultura e o mais
comum, como biofertilizante de solos (Craveiro et al., 1982).

O biofertilizante apresenta varias características positivas, atuando na melhora das


propriedades físicas, químicas e biológicas do solo (PRAKASAN et al., 1984). Seus
benefícios perante o solo estão em proporcionar uma melhor estrutura e atividade
microbiológica, maior retenção de umidade, fornecimento de nutrientes minerais como
nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), que melhoram a fertilidade do solo
(CRAVEIRO et al., 1982).

O biofertilizante é rico em húmus e apresenta granulação mais fina, o que proporciona


uma melhor incorporação junto ao solo, além disso, contém uma forma de nitrogênio
mais prontamente utilizável pelas plantas, o nitrogênio amoniacal (NOGUEIRA, 1992).

Cuidados a serem tomados no manuseio do biodigestor

A produção e condução do biogás exigem cuidados especiais, bem como os citados por
Oliver et al. (2008) e Oliveira (2004):

• O local de instalação do biodigestor deve ser cercado, limitando a entrada de crianças


e animais;

• Uma vez por mês deve ser feita uma revisão e vistoria das instalações do biogás a
procura de vazamentos;
• Controlar a população de roedores próximos aos biodigestores, pois eles podem furar
o equipamento e provocar vazamento;

• Não fumar nem acender qualquer fogo próximo aos biodigestores;

A implantação do biodigestor ainda pode trazer outros benefícios como a redução


da carga de matéria orgânica lançada no meio ambiente, a contaminação da represa,
controlar a proliferação de moscas e emissão de odores ofensivos e desagradáveis,
diminuir a emissão de dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4) na atmosfera através
da queima, mostrar o melhor aproveitamento de restos de natureza orgânica e,
principalmente, oferecer um melhor destino a esses materiais.

Neste projeto faremos o reuso da água da chuva, que estará ligado diretamente à lavagem
da ordenha, que hoje consome cerca de 300L/dia- que é retirada do lençol freático através
de uma bomba sapo. Essa reutilização reduzirá o gasto de água vinda do poço artesiano.
Também com a implantação do biodigestor ocorrerá a descontaminação da lagoa, onde
poderemos utilizar a água da mesma para a higienização do curral, eliminando a
necessidade de utilizar a água do poço artesiano.

De acordo com o índice pluviométrico da região que em média atinge 144mm mensal
(conforme figura abaixo), a captação da água da chuva através de calhas em torno do
curral, teria a capacidade de coletar 86400 litros por mês. Levando em consideração a
área do telhado que representa 600m₂. Portanto nem toda essa agua pode ser captada,
pois temos os índices de desperdícios na captação.

Contudo a implantação do biodigestor atuará diretamente na descontaminação da


água da represa, auxiliando na conservação dos peixes e eliminando o uso de água do
poço artesiano, além de gerar biogás e energia para o pleno funcionamento da represa,
levantando novas formas de receita para a fazenda, pois seu funcionamento poderá gerar
renda na venda de energia, biogás e biofertilizantes, resultantes da degradação da matéria
orgânica retirada do esterco.
Além disso o novo projeto de aproveitamento da agua da chuva e utilização da água da
represa conservará o lençol freático da região.

CROQUI ESQUEMÁTICO DO PROJETO

CURIOSIDADE

Biogás – Fato novo no atual leilão da ANEEL, para aquisição de energia de reserva.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Cicero Bley Jr
- Superintendente da Assessoria de Energias Renováveis – Itaipu Binacional
- Presidente da Associação Brasileira do Biogás e do Biometano – ABIOGAS

O Ministério de Minas e Energia – MME determinou e no dia 30 de setembro


passado a ANEEL aprovou o Edital n. 8/2014-ANEEL, denominado Leilão de Energia
de Reserva – LER 2014, para a contratação de energia de reserva gerada por
empreendimentos com as fontes solar fotovoltaica, eólica e biomassa composta de
resíduos sólidos urbanos e/ou biogás de aterro sanitário ou biodigestores de resíduos
vegetais ou animais, e lodos de estações de tratamento de esgoto. O LER 2014, prevê o
início do suprimento em 1º de outubro de 2017.

As fontes solar e eólica já fizeram parte de leilões passados, porém para o biogás
esta foi a primeira oportunidade de participação, cercada de fatos relevantes, como o
seu reconhecimento como energia firme e de qualidade capaz de compor um conjunto de
fontes, ampliando a matriz energética nacional.

Outro fato relevante contido no LER 2014 foi que o MME informou também que
o Custo Marginal de Referência – CMR do Leilão será de R$ 262,00/MWh e o Preço
Inicial do Produto Quantidade, por fonte, será para o Biogás de R$ 169,00/MWh
enquanto para a Eólica de R$ 144,00/MWh e para a Solar de R$ 262,00/MWh.

• http://sbera.org.br/pt/2014/10/o-biogas-fato-novo-no-atual-leilao-da-aneel-
para-aquisicao-de-energia-de-reserva/

RELAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO

Os custos para a implantação do biodigestor foram de R$22520,32

Os benefícios desta implantação são:

 A descontaminação da represa e conservação dos peixes


 A redução na utilização dos recursos hídricos do lençol freático
 A não contaminação do solo por adubos químicos
 O reaproveitamento dos dejetos animais para a geração de biogás e
biofertilizantes
 O reuso da agua da chuva

Levando em consideração os números temos:

fazenda antes da implantação


CONSUMO CUSTO
consumo de energia (PAGA) 1923,07 KW R$ 2.000,00
consumo de agua de lençois freaticos 24000 L R$ -
custo com adubo quimico 100 kG R$ 186,00
renda mesal com a venda do leite 13500 L R$ 20.520,00

fazenda após a implantação do biodigestor


CONSUMO CUSTO
consumo de energia (PAGA) 0 R$ -
energia gerada pelo biogás 10800 KW R$ -
custo com adubo quimico 100 kG R$ 186,00
biofertilizantes gerados do
biodigestor 154 KG R$ -
renda mesal com a venda do leite 13500 L R$ 20.520,00
venda de adubo 8000 L R$ 68.000,00
venda de biogás 169,00 MWH
venda de energia 8876,93 KW R$ 9.232,01

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REVISTA INF. Disponível em:


http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/W34ebZOEZuzvEvG_20
13-6-28-18-12-37.pdf> Acesso em: 04 setembro de 2018

SOUZA, C. de F.. Produção de biogás e tratamento de resíduos: Biodigestão anaeróbia.


Ação Ambiental, Viçosa, n. 34, p.26-29, nov./dez. 2005.

NOGUEIRA, L. A. H.. Biodigestão: A alternativa energética. São Paulo: Nobel, 1992.


93 p.

CRAVEIRO, A. M.; LA IGLESIA, M. R. de; HIRATA, Y. S.. Manual de biodigestores


rurais. São Paulo: Ipt, 1982. 61 p.

UNB Disponível em:


<http://bdm.unb.br/bitstream/10483/12346/1/2014_GleidsonNeresLustosa_IcaroHendri
xBorgesdeMedeiros.pdf> Acesso em: 06 setembro de 2018

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