Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
12 Março 2014
New models for Science and Technology Parks in response to the growing
---------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------
* Observação do tradutor:
A locução “Science and Technology Parks” foi traduzida por “Parques Tecnológicos”, que
engloba a categoria dos Parques Tecnológicos Empresariais e a dos Parques Científicos
Vinculados a Universidade (ou a Instituição de Ciência e Tecnologia). Essas categorias são
conceituadas neste artigo.
SPOLIDORO, R. et al. (sixty-two co-authors) New models for Science and Technology Parks in response to the growing
role of the cities as Innovation Habitats: perspectives from South America, Proceedings of the 30th World Conference
on Science and Technology Parks, International Association of Science Parks and Areas of Innovation - IASP, Recife,
Brazil, 2013, Tradução em português por SPOLIDORO, R., 2014.
SPOLIDORO, R. et al. (sixty-two co-authors) New models for Science and Technology Parks in response to the growing
role of the cities as Innovation Habitats: perspectives from South America, Proceedings of the 30th World Conference
on Science and Technology Parks, International Association of Science Parks and Areas of Innovation - IASP, Recife,
Brazil, 2013.
1
Novos modelos de Parques Tecnológicos em resposta ao crescente papel
das cidades como Habitats de Inovação: perspectivas da América do Sul
Autores
(Obs: Esta relação de autores foi mantida conforme consta na versão original do artigo)
2
GÁMBARO, Edgardo; President of the Federación Argentina de Parques Industriales, associated to
Argentinean Chamber for Middle Size Companies; President of the Unión Industrial del Oeste;
Director del Ente de Promoción Industrial Buenos Aires – Morón (promotor del Parque Industrial La
Cantábrica); Moron, Provincia de Buenos Aires, Argentina: http://redcame.org.ar/home
GODINHO, Marco J. de F.; Adviser to Espirito Santo Science and Technology Park; Vitória, ES,
Brazil: www.cdvitoria.com.br
GUARITÁ NETO, Luiz; former elected mayor of Uberaba (1993-1996), one the founders of the
Uberaba Technology Park in 1993; President of the Centro Operacional de Desenvolvimento e
Saneamento de Uberaba – CODAU: http://serv1.codau.com.br
HAMERA, André A.; Adviser to Pato Branco Technology Park, to Pato Branco Technopolis, and to
Argentina-Brazil Binational Technology Park Posadas/Misiones - Pato Branco/Paraná; Pato Branco,
PR, Brazil: www.pbtec.org.br
HAUSER, Ghissia; Deputy Secretary of Science, Technology and Innovation of Rio Grande do Sul
State; Porto Alegre, RS, Brazil: www.sct.rs.gov.br
KALLÁS, Elias; Professor, Instituto Nacional de Telecomunicações - INATEL; adviser to Santa Rita
do Sapucaí Technology Pole; Santa Rita do Sapucaí, MG, Brazil: www.inatel.br
LAHORGUE, Maria Alice; Professor, Economy Sciences Department, Federal University of Rio
Grande do Sul; Porto Alegre, RS, Brazil: www.ufrgs.br
LATTMANN, Júlio C. H.; President of Pato Branco Technopolis Association, Pato Branco Technology
Park; Pato Branco, PR, Brazil: www.pbtec.org.br
LICHOWSKI, Luis E.; Professor and Rector, Universidad Gastón Dachary; Posadas, Misiones,
Argentina: www.dachary.edu.ar
LOBÃO, Marcos W. N.; President, Sergipe Technology Park, Aracaju, SE, Brazil:
www.sergipetec.org.br
LOTUFO, Roberto A.; Coordinator, Universidade de Campinas (UNICAMP) Innovation Unity;
Campinas, SP, Brazil: www.inova.unicamp.br
MARQUES, Maria Angélica J.; Manager of the Science, Technology and Innovation Unity, Parque
Tecnológico Itaipu – Brasil; Foz do Iguaçu, PR, Brazil: www.pti.org.br
MALETZ, Edison A., Executive Director, IT Pole of Caxias do Sul (Trino Polo); Caxias do Sul, RS,
Brazil: www.trinopolo.com.br
MATTIA, Monica B.; Professor, UCS - Caxias do Sul Region Community University, Adviser to
TecnoUCS (UCS Science, Technology and Innovation Park); Caxias do Sul and other municipalities,
RS, Brazil: www.ucs.br
MAZAROLLO, Claynor F.; Executive Director, Instituto Brasília de Tecnologia e Inovação – IBTI;
Brasília, DF, Brazil: www.ibti.net.br
MOSCHETTA, Roberto A.; Director of TECNOPUC – Pontifical Catholic University of Rio Grande do
Sul Science and Technology Park; Porto Alegre, RS, Brazil: www.pucrs.br
NICHELE, Marcelo; Professor, Universidade de Caxias do Sul - UCS (Caxias do Sul Region Community
University); Manager of TecnoUCS – UCS Science, Technology and Innovation Park; Caxias do Sul
and other municipalities, RS, Brazil: www.ucs.br
NUNES, Ortência, L. G. S.; Researcher of CNPq; Technical Director, FUNDETEC (Foundation for
Scientific and Technological Development); Cascavel, PR, Brazil: www.fundetec.org.br
NUNES, Renato de A. F.; Professor, Universidade Federal de Itajubá; Coordinator of development,
Itajubá Science and Technology Park; Itajubá, MG, Brazil: www.unifei.edu.br
OCAMPOS, Diego A.; Manager, Universidad Nacional de Asunción Science and Technology Park, and
Business Incubator and Entrepreneurship Program – INCUNA; Asunción, Paraguay:
www.incuna.una.py
OLIVEIRA, Patrícia C.; Professor, Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA (Federal
University of the West of Pará State), Director of Tapajós Science and Technology Park; Santarém
and other municipalities, PA, Brazil: www.ufopa.edu.br
PAIXÃO CÔRTES, Zulema M.; Architect, researcher on Innovation Habitats and innovative regional
development processes; Professor, Universidade de Uberaba; Uberaba, MG, Brazil: www.uniube.br
PASSOS, Carlos A. S.; Coordinator, Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer Science and
Technology Park (CTI-Tec); Campinas, SP, Brazil: www.cti.gov.br
PEDRO, Eduardo A.; Consultor Executivo, and former Executive Director, Centro de Incubação e
Desenvolvimento Empresarial – CIDE; Manaus, AM, Brazil: www.cide.org.br
PETEFFI, Alexandre; Executive Director, VALETEC Park (Parque Tecnológico do Vale do Sinos);
Campo Bom, Novo Hamburgo and other municipalities, RS, Brazil: www.valetec.org.br
PIAU, Paulo; Researcher of Minas Gerais Agriculture Research Company – EPAMIG; one of the
founders of Uberaba Technology Park Uberaba in 1993, when was Uberaba Secretary for Industry,
Commerce and Services; elected to Minas Gerais House of Representatives (1995 – 2007), and to
3
Brazilian House of Representatives (2008 -2014). He is the elected mayor of Uberaba for the term
2013-2016; Uberaba, MG: www.uberaba.mg.gov.br
SALDANHA, Gustavo S.; Technical Coordinator, Agência de Desenvolvimento de Santa Maria -
ADESM; Santa Maria, RS, Brazil: www.adesm.org.br
SALVI, Eloni J.; Professor, Director of Tecnovates (UNIVATES Science and Technology Park), Centro
Universitário UNIVATES, Lajeado and other municipalities, RS, Brazil, www.univates.br
SANT'ANNA, Tadeu P.; Pro-Rector, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito
Santo - IFES; member of the governance of Espirito Santo Science and Technology Park; Vitória and
other municipalities, ES, Brazil: www.ifes.edu.br
SERRO, Vilson M.; Director-President, Agência de Desenvolvimento de Santa Maria - ADESM; Santa
Maria, RS, Brazil: www.adesm.org.br
SEIXAS LOURENÇO, José, Rector, Universidade Federal do Oeste do Pará (Federal University of the
West of Pará State – UFOPA), General Coordinator of the Tapajós Science and Technology Park;
Santarém and other municipalities, Brazil: www.ufopa.br
SILVA, Carlos R. B.; Executive Manager, Incubadora Tecnológica de Caxias do Sul – ITEC; Caxias do
Sul, RS, Brazil: www.itec.org.br
SILVA, Eduardo; Technology Manager, Oficina de Vinculación Tecnológica, Parque Tecnológico
Misiones (Misiones Technology Park); Posadas and other municipalities, Misiones, Argentina:
www.ptmi.org.ar
STANCK, Fernando J.; Manager, TecnoUnisc (Santa Cruz do Sul Region Community University
Science and Technology Park), Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC; Santa Cruz do Sul and
other municipalities, RS, Brazil: www.unisc.br/tecnounisc
STÜLP, Simone; Science Sector Manager, Tecnovates (UNIVATES Science and Technology Park),
Centro Universitário UNIVATES, Lajeado and other municipalities, RS, Brazil, www.univates.br
TONHOLO, Josealdo; Professor, Federal University of Alagoas, Maceio, AL, Brazil: www.ufal.br
VIOLA, Itamir; Executive Director of Pato Branco Technopolis Association, and Pato Branco
Technology Park; Pato Branco, PR, Brazil: www.pbtec.org.br
VIOLATO, Cláudio A.; Superintendent, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento – CPqD; CPqD
Research Park; Campinas, SP, Brazil: www.polisdetecnologia.com.br
ZAMPIERI, Nilza L. V.; Professor, Santa Maria Federal University – UFSM; Coordinator of UFSM’s
Business Incubator; adviser to Santa Maria Technology Park; Santa Maria and other municipalities,
RS, Brazil: www.itsm.ufsm.br
ZORZI, Isidoro; Rector, Universidade de Caxias do Sul – UCS (Caxias do Sul Regional Community
University); General Coordinator, TecnoUCS (UCS Science, Technology and Innovation Park); Caxias
do Sul and other municipalities, RS, Brazil: www.ucs.br
4
Novos modelos de Parques Tecnológicos em resposta ao crescente papel
das cidades como Habitats de Inovação: perspectivas da América do Sul
Sinopse
O artigo apresenta os principais resultados de um Seminário Virtual sobre novos modelos de
Parques Tecnológicos, em especial na América do Sul, em resposta aos desafios decorrentes
de modernas tendências dessas iniciativas, como a sua integração ao tecido urbano e a
crescente transformação de cidades e de regiões em Habitats de Inovação per se.
O Seminário foi realizado mediante o uso da Internet e congregou profissionais envolvidos
com o desenvolvimento de Parques Tecnológicos e outros Habitats de Inovação na América do
Sul. O seu objetivo foi a elaboração cooperativa de respostas às perguntas propostas pela 30ª
Conferência Mundial da IASP quanto aos impactos dos desafios acima mencionados.
Os principais capítulos deste artigo são: (a) Uma proposta de Quadro Conceitual para
Habitats de Inovação; (b) Uma análise da evolução dos Parques Tecnológicos em função dos
desafios acima citados; e (c) Uma proposta de estratégias para o desenvolvimento de Parques
Tecnológicos, em especial na América do Sul.
Abstract
The paper presents the main outcomes from a virtual workshop regarding new models for
Science and Technology Parks – STPs, in special in South America, in response to challenges
stemming from trends such as the integration of these initiatives into the urban tissue and
the fact that cities and regions are becoming relevant Innovation Habitats by their own
merits.
This virtual workshop, based on Internet, gathered professionals involved with the
development of STPs and other Innovation Habitats in South America, and sought to answer
questions proposed by the 30th IASP World Conference on STPs’ agenda.
This paper presents: (a) A proposal for a conceptual framework for Innovation Habitats; (b)
Na analysis of the evolution of STPs in response to the above mentioned challenges; and (c)
Strategies regarding the development of STPs, in special in South America.
I. Introdução
1
IASP: International Association of Science Parks and Areas of Innovation
2
Vide, por exemplo:
SPOLIDORO, R. et al. New horizons for Science and Technology Parks: a Brazilian-Argentinean perspective. Proceedings 27th
World Conference on Science Parks, IASP, Daedeok, 2010
___________ Science and Technology Parks and sustainable solutions for global challenges: perspectives from a South
American School of Thought on Development. Proceedings 28th World Conference Science Parks, IASP, Copenhagen, 2011.
__________ Innovation Habitats and Regional Development driven by the Triple Helix: perspectives from a South American
School of Thought and Action. Proceedings 9th Triple Helix International Conference, Stanford University, 2011.
5
II. Um Quadro Conceitual para os Habitats de Inovação
Admite-se, em âmbito mundial, que não há consenso sobre um modelo nem sobre uma
definição para Parque Tecnológico, e que essa iniciativa materializa-se sob amplo espectro
de formatos, objetivos e estratégias.3
Essa abrangência, acompanhada pela falta de um Quadro Conceitual adequado para Habitats
de Inovação, provoca uma série de problemas, em especial quanto à formulação e
implementação de políticas públicas de apoio a Parques Tecnológicos.
No Brasil, por exemplo, algumas unidades da federação definiram políticas destinadas a
apoiar Parques Tecnológicos que exigem que a Governança da iniciativa seja a
proprietária, ou a responsável legal, de gleba com um mínimo de vários hectares.5
Este tipo de exigência eliminaria o Porto Digital – o anfitrião da 30a Conferência Mundial
da IASP - do elenco dos Parques Tecnológicos brasileiros, uma vez que a sua base física é
formada por prédios, principalmente de terceiros em relação à Governança,
disseminados no tecido urbano, de modo análogo a outros renomados Parques
Tecnológicos no mundo, como o Chicago Technology Park, o Kista Science City e o Lyon
Biopôle Gerland.6
Com efeito, iniciativas como o Porto Digital, o Distrito de Inovação de Medellín7 e muitos
outros, como os acima citados, não obedecem aos cânones dos modelos tradicionais de
Parques Tecnológicos, estabelecidos há décadas, fundamentados em áreas isoladas,
exclusivas para empresas de alta tecnologia e centros de pesquisa e desenvolvimento – P&D,
em meio a jardins primorosos e, em geral, na periferia das cidades.3 Além disso, novos
formatos de Habitats de Inovação, tais como Núcleos de Inovação e Living Labs (definidos
mais adiante), têm surgido constantemente.
Essas tendências sugerem que os Habitats de Inovação formam um ecossistema vivo, com
espécies cujo número e diversidade não cessam de crescer. E que a falta de um quadro
conceitual adequado pode dificultar – ou, mesmo, impedir – o desenvolvimento dos Habitats
de Inovação nos países que não souberem lidar com essas tendências.
Para melhor encaminhar soluções aos problemas suscitados por essas realidades, a Associação
Internacional de Parques Tecnológicos, em 2012, alterou a sua razão social, passando
denominar-se Associação Internacional de Parques Tecnológicos e Áreas de Inovação.8
3
Vide:
TOWNSEND, A. et al. The Next Twenty Years of Technology-Led Economic Development. Institute for Future, 2009:
www.iftf.org/files/deliverables/SR-1236%20Future%20Knowledge%20Ecosystems.pdf
US National Research Council: Understanding Research, Science and Technology Parks: Report of a Symposium, 2009:
www.nap.edu/catalog/12546.html
4
www.iasp.ws, access in December 2002
5
Vide:
Programa Gaúcho de Parques Científicos e Tecnológicos: Decreto Rio Grande do Sul State nº 46.840/2009:
www.legislacao.sefaz.rs.gov.br/Site/Document.aspx?inpKey=169386&inpCodDispositive=&inpDsKeywords=46840
Sistema Paulista de Parques Tecnológicos: www.desenvolvimento.sp.gov.br/cti/parques
6
www.portodigital.org; www.techpark.com; www.kista.com, www.techlyongerland.prd.fr
7
Vide:
www.portodigital.org;
www.rutanmedellin.org/actualidad/Paginas/un_distrito_tecnologico_para_la_ciudad_del_conocimiento_2_150113.aspx
8
Nota do Tradutor: A razão social passou de “International Association of Science Parks” para “International Association of
Science Parks and Areas of Innovation”, sendo que “Areas of Innovation” podem ser traduzidas por diversas locuções,
como “Áreas de Inovação”, “Habitats de Inovação”, “Ambientes de Inovação”, e “Comunidades de Inovação”.
6
Essa alteração registra o reconhecimento, pela associação, de que os Parques Tecnológicos
não são espécies isoladas, mas sim uma manifestação de um fenômeno complexo, inserido no
universo dos Habitats de Inovação (ou Áreas de Inovação, Ambientes de Inovação ou, ainda,
Comunidades de Inovação9). Nessa linha, no seu portal na Internet, em vez de uma definição
de Parque Tecnológico, a IASP declara que os Parques Tecnológicos são um tipo altamente
especializado de Áreas de Inovação:10
"Áreas de Inovação, das quais os Parques Tecnológicos são um tipo altamente especializado,
desempenham um papel chave no desenvolvimento econômico do local e da região em que se
situam. Mediante uma combinação dinâmica e inovadora de políticas, programas, espaços físicos
e instalações de qualidade, e serviços de elevado valor agregado, eles:
Estimulam e gerenciam o fluxo de conhecimento e tecnologia entre universidades e empresas;
Facilitam a comunicação entre empresas, empresários e técnicos;
Proporcionam ambientes que reforçam uma cultura de inovação, criatividade e qualidade;
Têm foco em empresas e instituições de pesquisa, bem como sobre as pessoas: os empresários
e “trabalhadores do conhecimento”;
Facilitam a criação de novas empresas mediante incubação e mecanismos de desdobramentos
de iniciativas (spin-off) e aceleram o crescimento das empresas de pequeno e médio porte;
Trabalham em uma rede global que reúne milhares de empresas inovadoras e instituições de
pesquisa em todo o mundo, facilitando a internacionalização das suas empresas residentes."
A 30a Conferência Mundial da IASP oferece uma oportunidade singular para debater os
conceitos e a evolução dos Parques Tecnológicos na perspectiva das atuais tendências dos
Habitats de Inovação. Como subsídio a esse mister, os participantes do Seminário Virtual
apresentam a proposta abaixo quanto a um Quadro Conceitual para os Habitats de Inovação.
Admite-se que:
Processos de inovação podem ocorrer em todos os campos das atividades humanas, e
podem afetar a sociedade em todos os seus domínios, como os políticos, culturais e
econômicos.
No caso de setores de base tecnológica, o processo de inovação começa com a
formação de capital intelectual e geração de conhecimento em nível local, continua
por meio da sua conjugação com homólogos engendrados em outros locais, buscando
gerar produtos e empreendimentos idealmente orientados para melhorar o bem-estar
e qualidade de vida da população, e culmina com o seu sucesso no mercado
(idealmente respeitando práticas socialmente responsáveis).
Um Habitat de Inovação é um ambiente constituído por circunstâncias11 que
favorecem os processos de inovação e cujos principais atributos são os indicados na
Tabela 1.
9
A Association of University Research Parks (AURP: www.aurp.net), com sede nos Estados Unidos, refere-se crescentemente a
Comunidades de Inovação, e não apenas a Parques Científicos Vinculados a Universidade (ou a Instituição de Ciência e
Tecnologia), categoria que está na origem dessa associação. Os University Research Parks - ou simplemente Research Parks - são
definidos pela AURP como “a property-based venture, which: (a) Master plans property designed for research and
commercialization, (b) Creates partnerships with universities and research institutions, (c) Encourages the growth of new
companies, (d) Translates technology, and (e) Drives technology-led economic development”.
10
www.iasp.ws/web/guest/the-role-of-stps-and-innovation-areas;jsessionid=50f9dbab292600a5ec0251b97bbe: “Areas of
Innovation, of which Science and Technology parks (STPs) are a highly specialized type, play a key role in the economic
development of their environment. Through a dynamic and innovative mix of policies, programs, quality space and facilities and
high value-added services, they:
Stimulate and manage the flow of knowledge and technology between universities and companies;
Facilitate the communication between companies, entrepreneurs and technicians;
Provide environments that enhance a culture of innovation, creativity and quality;
Focus on companies and research institutions as well as on people: the entrepreneurs and ‘knowledge workers';
Facilitate the creation of new businesses via incubation and spin-off mechanisms, and accelerate the growth of small and
medium size companies;
Work in a global network that gathers many thousands of innovative companies and research institutions throughout the
world, facilitating the internationalization of their resident companies.”
11
O conjunto de fatores materiais ou não que acompanham ou circundam alguém ou alguma coisa; contexto, mundo (Dicinário
Houaiss Eletrônico da Língua Portuguesa).
7
Tabela 1. Principais atributos dos Habitats de Inovação
Objetivos Gerar capacidade local e regional sustentável para a inovação em todos os
domínios das atividades humanas;
Contribuir para:
Construir um processo de desenvolvimento local e regional sustentável,
socialmente responsável e competitivo na Economia Globalizada;12
Superar desafios globais críticos, na perspectiva do Projeto do Milênio da
ONU.13
Base Física O espaço geográfico em que os participantes do Habitat desenvolvem as suas
atividades.
Participan- Atores da inovação - em especial Governo, Academia, Empresas e Organizações
tes da Sociedade Civil14 - que se complementam e reforçam as suas ações.
Governança Existe uma estrutura ativa de Governança.15
Serviços A Governança fornece aos participantes (ou disponibiliza mediante terceiros)
serviços como:
Mecanismos que promovem a sinergia e a interação em rede dos participantes
entre si e com os homólogos em outros locais e com o mercado;
Acesso a projetos cooperativos de P&D, laboratórios avançados de P&D, e
tecnologias e competências disponibilizadas pelos demais atores da inovação;
Acesso a imóveis e infraestruturas de qualidade;
Apoio em aspectos necessários ao desenvolvimento empresarial, em especial
em aspectos técnicos, administrativos, jurídicos, financeiros e comerciais.
Criação e A Governança promove, no âmbito da Base Física:
desenvolvi- O desenvolvimento da cultura do empreendedorismo;
mento de
empresas A criação e desenvolvimento de empresas baseadas no conhecimento,
principalmente a partir do capital intelectual formado pelos atores regionais
de inovação e dos conhecimentos gerados por esses atores;
Atração, instalação e desenvolvimento, na Base Física, de centros P&D,
universidades, escolas técnicas e linhas de produção de alta tecnologia
provenientes de outras regiões ou países e que complementem o substrato
produtivo local ou regional;
Desenvolvimento e atração de fundos e empresas de capital de risco.
Condições A governança promove condições para o sucesso dos Habitats de Inovação,
gerais como:
Uma população com elevado nível de educação;
Uma excelente capacidade em pesquisa científica e desenvolvimento
tecnológico;
Serviços de qualidade;
Elevada qualidade de vida;
Liberdade de pensamento e de expressão;
Substrato jurídico adequado;
Ambiente favorável a negócios e empreendimentos;
Diálogo frutífero entre Governo-Academia-Empresas;
Comprometimento dos participantes em relação aos destinos do Habitat de
Inovação, da região e do País.16
12
Isso significa, entre outros aspectos,a criação de postos de trabalho em todos os níveis e setores, especialmente naqueles
intensivos em conhecimento.
13
www.unmillenniumproject.org
14
World Bank: Civil Society Organizations include Non-Governmental Organizations, trade unions, faith-based organizations,
indigenous peoples movements, foundations and many other: www.worldbank.org
15
Vide, por ex.: PORTER, M. Cluster and the New Economics of Competitions, Harvard Business Review, Nov.– Dec. 1998
16
Vide:
ACEMOGLU, D., et al. Why Nations Fail. New York: Crown Publishing Group, Randon House, 2012
SENOR, D.; et al. Start-up Nation: The Story of Israel’s Economic Miracle. New York: Hachette Book, 2009
SPOLIDORO, R. et al. Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - TECNOPUC.
Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008
8
IV. Principais categorias e subcategorias dos Habitats de Inovação
Admite-se, no presente, que as principais categorias e subcategorias dos Habitats de
Inovação são as relacionadas na Tabela 2 e ilustradas na Figura 1.
Tabela 2. Principais categorias e subcategorias dos Habitats de Inovação
Categoria Atributos específicos além dos atributos Sub- Exemplos
gerais dos Habitats de Inovação categorias
Tecnópole Participantes: atores de inovação na Região de Rennes Technopole, França
Inovação Região Metropolitana do Reno -
Base Física, independente de contrato
Neckar, Alemanha
com a Governança. Pato Branco Tecnópole, Brasil
Base Física: cidade ou região Vale do Silício, EUA19
metropolitana. Science City Birmingham Science City, Reino
Governança: entidade17 ou conjunto de Smart City20 Unido
organizações da comunidade.18 Lyon Smart City, França21
Polo Setorial Participantes: empresas de um mesmo Polo supra- Pôles de Compétitivité, França
setor econômico que dispõem de forte regional Polo Genética Bovina de Minas
Gerais22
relacionamento com o mesmo conjunto Polo Regional Biotech Pole Rhein-Neckar
de fornecedores e de instituições de Polo de Informática de Caxias do Sul
ensino e pesquisa, numa determinada – Trino Polo
Base Física, independente de contratos Asociación IT Buenos Aires
Polo de Tecnologia de Santa Rita
com a Governança. Sapucaí, Brasil
Base Física: cidades ou regiões. Polo Tecnologico Rosario, Argentina23
Governança: uma entidade ou conjunto Polo Local Pôles d’Excellence, França24
de organizações da comunidade.
Rede de Participantes: grupos de pesquisa em Rede de Institutos Nacionais de Ciência e
Inovação instituições na Base Física e que atuam Especialidade Tecnologia, CNPq – MCTI, Brasil
European Business & Innovation
sob contrato com a Governança. Centre Network
Base Física: pode ter dimensões globais. European Network of Open Living
Os participantes permanecem em suas Labs (Figura 1)26
instituições e usam sobretudo a Internet Parque Parque Tecnológico Virtual do
Tecnológico Paraná, Brasil27
para o processo de colaboração.25 Virtual CONNECT Bogotá - Región28
Parque Participantes: empresas e outros atores Parque Sophia Antipolis, França
Tecnológico de inovação em imóveis na Base Física, Tecnológico, Research Triangle Park, EUA
Empresarial Parque de Parque Tecnológico São José dos
com contrato com a Governança. Inovação, Campos, Brasil
Base Física: pode ter muitos formatos, Smart Parque Tecnologico Misiones,
incluindo imóvel único e exclusivo, Cities.29 Argentina
imóveis disseminados no tecido urbano, Zonamerica, Uruguai
Porto Digital, Recife, Brasil
ou imóveis em “Segmentos Locais” Kista Science City, Suécia
disseminados no território. Parque Tecnológico de Rennes
Tecnópole30
Parque Plankstadt Industrial Park, Alemanha
Empresarial, Parque Industrial Cántabrica,
Distrito Argentina
Tecnológico31 Techno Park Campinas, Brasil32
17
www.rennes-atalante.fr; www.pbtec.org.br
18
As in Silicon Valley and Greater Boston: STURGEON, T. J. How Silicon Valley Came to Be. In KENNEY, M. (Org): Understanding
Silicon Valley: Anatomy of an Entrepreneurial Region. Stanford: Stanford University Press, 2000
19
www.rennes-atalante.fr; www.m-r-n.com/en/home.html; www.pbtec.org.br; www.jointventure.org
20
Uma Science City ou Smart City torna-se uma Tecnópole quando a sua Base Física engloba toda a cidade ou a região
metropolitana na qual o Habitat se situa: www.eu-smartcities.eu
21
www.birminghamsciencecity.co.uk; www.business.greaterlyon.com/lyon-smart-city-france-europe.346.0.html?&L=1
22
www.competitivite.gouv.fr; http://excelenciagenetica.simi.org.br
23
www.biorn.org/biorn-cluster; www.poloitbuenosaires.org.ar; www.trinopolo.com.br; www.valetronica.com.br;
www.polotecnologico.net/index.cgi
24
http://echogeo.revues.org/11798
25
http://en.wikipedia.org/wiki/Collaborative_innovation_network;
26
http://estatico.cnpq.br/portal/programas/inct/_apresentacao/docs/livro.pdf; http://eit.europa.eu/kics; www.ebn.be;
www.openlivinglabs.eu
27
www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=71954&tit=Workshop-valida-conceito-do-Parque-Tecnologico-Virtual
28
www.connectbogota.org
29
Uma Smart City ou uma Science City é um Parque Tecnológico quando a sua Base Física é parte de uma cidade, como um
bairro: inspirado em www.eu-smartcities.eu
30
www.sophia-antipolis.org; www.rtp.org; www.pqtec.org.br; www.ptmi.org.ar; http://web.zonamerica.com;
www.portodigital.org; www.kista.com; www.rennes-atalante.fr
9
Parque Participantes: empresas e outros atores Parque de Tecnopuc, Brasil
Científico da inovação localizados em imóveis Ciência, Purdue Research Park, EUA
Vinculado a Tecnologia e Parque de Ciência e Tecnologia da
Universidade próximos uns dos outros, na Base Física, Inovação. Universidad Nacional de Colombia,
(ou a com contrato com a Governança. Colômbia
Instituição de Base Física: em geral é propriedade da Parque Parque de CIência, Tecnologia e
P&D) Universidade (ou Instituição de P&D) à Científico e Inovação da Universidade de Caxias
Tecnológico do Sul, TecnoUCS, Brasil34
qual o Parque é vinculado, e pode ter vinculado a
muitos formatos (vide acima). Universidade
Prioridade de admissão: empresas (ou a
Instituição
nascentes decorrentes de atividades
Pública de
acadêmicas (start-ups) ou P&D)
desdobramentos (spin-offs) de empresas
que participam de projetos cooperativos
que congregam a Universidade (ou
Instituição de P&D) à qual o Habitat é
vinculado.33
Núcleos de Participantes: pesquisadores de Concentra- Philadelphia Energy Innovation Hub,
Inovação35 dores de EUA37 (Figura 2)
diferentes instituições que se unem
Inovação Norbbic Subsea Index, Vitoria, Brasil38
temporariamente para realizar um (Innovation
projeto cooperativo de P&D em tema Hubs)
estratégico, e que atuam sob contrato Comunidades Knowledge and Innovation
com a Governança. de Inovação Communities, European Institute of
Innovation and Technology, União
Projetos: possuem objetivos, metas, Europeia39
prazos e orçamentos bem definidos;
Em caso de êxito, o projeto pode ser
transformado numa instituição. LivingLabs MIT Living Labs, EUA40
Base Física: pode estar num imóvel único
ou ser formada por vários imóveis
disseminados no território, em geral
cedidos por instituições participantes.36
Centros de Participantes: start-ups e spin-offs em Centros de European Business and Innovation
Apoio a Negócios e Centers, União Europeia
setores intensivos em conhecimento,
Negócios Inovação HABITAT – Biominas, Brasil41
Inovadores bem como pessoas e empresas (Business and
interessadas em desenvolver novos Innovation
produtos ou negócios. Centers)
Os participantes atuam sob contrato com Aceleradoras Start You Up Vitória, ES, Brasil
de Empresas, Incubadora de Empresas -
a Governança. Incubadoras Universidad Nacional de Asunción,
de Empresas, Paraguai42
Hotéis de
Projetos.
31
Distritos Industriais que, crescentemente, hospedam indústrias intensivas em conhecimento que possuem unidades de P&D
adjacentes às suas linhas de produção.
32
www.biorn.org/servicesactivities/biorn-real-estate/plankstadt-industrial-park.html;
www.moron.gov.ar/pde/proyectos/cantabrica; www.technopark.com.br
33
SPOLIDORO, R. et al. Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - TECNOPUC.
Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008
34
www.pucrs.br; www.ucs.br; http://purdueresearchpark.com;
www.unal.edu.co/extensionbog/adjuntos/presentaciones/16.pdf; www.austral.edu.ar
35
See: www.technologyreview.in/energy/41556/; www.energy.gov/hubs
36
Berkeley Lab's Solar Energy Research Center, Joint Center for Artificial Photosynthesis, US DOE Energy Innovation Hub for
Fuels from Sunlight: http://newscenter.lbl.gov/news-releases/2012/10/19/berkeley-lab-breaks-ground-on-new-solar-energy-
research-facility
37
http://energy.gov/articles/energy-innovation-hub-report-shows-philadelphia-area-building-retrofits-could-support-23500
38
Innovation Hub to develop the Subsea Index, Norway-Brazil Business and Innovation Agreement:
www.ifes.edu.br/noticias/3875-ministro-da-educacao-recebe-demanda-de-polo-de-inovacao-no-ifes
39
http://eit.europa.eu/kics
40
http://livinglabs.mit.edu
41
www.incubadorahabitat.org.br
42
www.startyouup.com.br; www.incuna.una.py
10
Fig.1. A Rede Europeia de Living Labs Abertos Fig. 2. O Concentrador de Inovação em Edifícios
possui uma Base Física global, com presença em Eficientes quanto à Energia funciona em prédios
todos os continentes, salvo na Antárdida.43 em terreno de cerca de 5 km², de um estaleiro
desativado da Marinha dos Estados Unidos, na
Filadélfia.44
V. Principais constatações
43
European Network of Open Living Labs: www.openlivinglabs.eu
44
Energy Efficiency Buildings Innovation Hub; http://energy.gov/articles/energy-innovation-hub-report-shows-philadelphia-
area-building-retrofits-could-support-23500; www.navyyard.org/
11
V.1. Incorporadores privados
Fig. 6. Parques Tecnológicos desenvolvidos por empresas privadas: Science + Technology Park at
Johns Hopkins, EUA49 (foto à esquerda); Parque de Innovación y Negócios Zonamerica, Uruguai50
(centro), e Parque Tecnológico Acate, Brasil 51 (foto à direita).
45
www.sicoval.fr
46
www.cambridgesciencepark.co.uk
47
www.cictr.com
48
www.cummings.com
49
www.forestcityscience.net/
50
http://web.zonamerica.com; http://socrates.ieem.edu.uy/wp-content/uploads/2012/05/zonamerica.pdf
51
http://tisc.com.br/entidades/florianopolis-ganha-novo-parque-tecnologico/
12
Fig. 7. Parque Eco Tecnológico Dahma, Brasil, desenvolvido por uma empresa privada.52
Os Parques Tecnológicos não estão mais limitados aos modelos tradicionais, que tinham como
Base Física uma área exclusiva para empresas de alta tecnologia, centros de P&D e unidades
de instituições de ensino superior e pesquisa, com ajardinamento primoroso, em geral na
periferia das cidades.
52
www.damha.com.br; www.parqueecotecnologico.com.br
53
www.gazetamaringa.com.br/online/conteudo.phtml?tl=1&id=1247305&tit=Projeto-para-construcao-do-Centro-Civico-preve-
urbanizacao-do-aeroporto-antigo; http://heidelberg-bahnstadt.de; http://quartierinnovationmontreal.com/en/discover-qi/;
www.innovationdistrict.org
54
Philadelphia Energy Efficient Buildings Hub, http://energy.gov/articles/energy-efficient-buildings-hub
55
Vide:
ALLEN, J. Third Generation Science Parks. Manchester Science Park, 2007: www.mdew.co.uk;
CONDOM, P. Parques científicos y biotecnología. In Estado de la Biotecnología, Biomedicina y Tecnologías Médicas en
Cataluña, Barcelona: Biocat, 2011: www.biocat.cat
13
É crescente o número de Parques Tecnológicos Urbanos, assim denominados por estarem
inseridos ou disseminados no tecido urbano de modo a aproveitar a conjugação do ambiente
favorável à inovação e as comodidades oferecidas pelas cidades, frequentemente associada à
oportunidade de restaurar bairros degradados e prédios industriais desativados. Muitas dessas
iniciativas têm atraído empresas intensivas em conhecimento e centros de P&D,
especialmente nos setores de Tecnologia da Informação e Comunicações, Biotecnologia,
Fármacos e Indústrias Criativas (figuras 8 a 22).56
Fig. 9. O Porto Digital, em Recife, Fig. 10. O Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, transforma
Brasil, um Parque Tecnológico Urbano, um bairro de antigas indústrias e depósitos num Parque
foi iniciado na ilha onde a cidade foi Tecnológico Urbano. Um prédio de uma indústria
fundada; atualmente expande-se para desativada, do século XIX, hospeda um centro de inovação
o continente.59 de empresa de software de renome mundial.60
Fig. 11. O 22 @ Barcelona, em Fig. 12. O Technopôle Lyon- Fig. 13. O Chicago Technology
Barcelona, Espanha, Gerland, Lyon, França, aproveita Park, EUA, também é um
transforma um bairro com prédios de parte central da cidade Parque Tecnológico Urbano.63
prédios de antigas indústrias e (indicados em cor mais escura) e
depósitos num Parque torna-se um Parque Tecnológico
Tecnológico Urbano.61 Urbano.62
56
www.webdig.com.br/16037/microsoft-centro-inovacao-brasil/#ixzz2EWOOunoS
57
http://heidelberg-bahnstadt.de
58
www.gazetamaringa.com.br/online/conteudo.phtml?tl=1&id=1247305&tit=Projeto-para-construcao-do-Centro-Civico-preve-
urbanizacao-do-aeroporto-antigo
59
www.portodigital.org
60
http://portomaravilha.com.br; www.webdig.com.br/16037/microsoft-centro-inovacao-brasil/#ixzz2EWOOunoS
61
www.22barcelona.com
62
www.techlyongerland.prd.fr
63
www.techpark.com
14
Fig. 14. A Área Tecnológica Nodo Rosario, em Rosario, Fig. 15. O Innobo -Tec, Bogotá, Colombia,
Argentina, transforma um quarteirão, com alguns planeja transformar um dos eixos da
prédios antigos desativados, num Parque Tecnológico cidade num Parque Tecnológico Urbano.65
Urbano.64
Fig. 16. Parques Tecnológicos Urbanos estão sendo desenvolvidos em diversos bairros de Buenos
Aires, Argentina, muitas vezes com base em prédios indústriais ou comerciais desativados (foto à
esquerda),66 sob diversas denominações, como Distrito Tecnológico, Distrito Audiovisual e Distrito
de las Artes. O Centro Metropolitano de Diseño, nesse último, utiliza prédios de antiga fábrica.67
Fig. 17. Um Parque Tecnológico Urbano está Fig. 18. Um Parque Tecnológico Urbano também é
em implantação em Montreal, Canadá (Quartier implantado no bairro do antigo porto de Boston,
de l’Innovation de Montreal).68 EUA (Boston Innovation District).69
64
www.atnros.com.ar
65
ACOSTA. J. Ciudades de América Latina en la Sociedad del Conocimiento. Bogotá: Colciencias, 2009;
www.jaimeacostapuertas.blogspot.com
66
www.buenosaires.gob.ar
67
http://estatico.buenosaires.gov.ar/areas/produccion/promocion_inversiones/distrito_tecnologico/graficos/zonigr.jpg
68
http://quartierinnovationmontreal.com/en/discover-qi/
69
www.innovationdistrict.org
15
Fig. 19. A Praça das Artes, São Paulo, Brasil, pretende Fig. 20. Em Santiago, Chile, emerge um
transformar o coração da cidade num Parque Parque Tecnológico Urbano com base num
Tecnológico Urbano centrado em indústrias criativas.70 centro de artes em antigo prédio industrial.71
Fig. 21. Em Londres, o Tech City desenvolve-se Fig. 22. O Tecnoparque de Curitiba, Brasil, é um
como um Parque Tecnológico Urbano, formado por Parque Tecnológico Urbano que se dissemina,
um corredor com elevada densidade de empresas mediante Segmentos Locais, pelo tecido urbano e
de Tecnologia da Informação e Comunicações.72 poderá englobar toda a cidade.73
A estruturação desse modelo requer forte articulação entre governo, academia, empresas e
organizações da sociedade civil de modo a planejar e implementar zoneamentos propícios à
sinergia dos atores de inovação e à criação, atração, instalação e desenvolvimento de
empresas e outras instituições intensivas em conhecimento. Essa articulação é especialmente
necessária em regiões onde as empresas intensivas em conhecimento estão localizadas, em
sua maior parte, de modo disperso no território e foram criadas antes que os Parques
existissem, possuindo as suas divisões de P&D adjacentes às suas linhas de produção.
Depoimentos de fundadores e executivos dessas empresas sugerem que:
70
Folha de São Paulo, 4 dezembro 2012, pagina E4
71
www.mibarrioitalia.cl
72
www.bostonglobe.com/business/2013/02/06/london-growing-tech-hub-looks-kendall-square-capture-mit-magic/...
73
www.agencia.curitiba.pr.gov.br; www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?id=1274741&tit=Curitiba-vira-
Tecnoparque
16
Empresas intensivas em conhecimento e inovadoras maduras, criadas antes da
existência de Parques Tecnológicos na região, não pretendem deslocar as suas
divisões de P&D para esse tipo de empreendimento, mesmo que nas proximidades das
empresas. Alegam que a mudança, além de dispendiosa, pode quebrar uma tradição
de complementaridade entre atividades de P&D e de produção na empresa.
Empresas intensivas em conhecimento e inovadoras maduras podem instalar unidades
de P&D, em setores tecnológicos emergentes, num Parque Científico Vinculado a
Universidade (ou a Instituição de Ciência e Tecnologia), na região, desde que haja
perspectiva de sinergia entre a empresa e demais entidades participantes do Parque.
Empresas emergentes em setores intensivos em conhecimento, nos quais há forte
interação entre atividades de P&D e de produção, podem transferir toda a sua
operação para um Parque Tecnológico se houver perspectiva de estreita sinergia da
empresa com a academia e outros participantes do Parque.
Fig. 23. O Manchester Science Park, Reino Unido, conta com vários Segmentos Locais.74
Fig. 24. O VALETEC Park (Parque Tecnológico do Vale dos Sinos), Rio Grande do Sul, Brasil,75 conta
com diversos Segmentos Locais disseminados na região. O Segmento 1 (foto à esquerda), com 100
hectares, abriga o prédio central e algumas empresas intensivas em conhecimento; o Segmento 2
(foto do centro) engloba um corredor de vários quilômetros com empresas inovadoras que possuem
unidades de P&D adjacentes às suas linhas de produção, anteriores à existência Parque; o Segmento
3 (foto à direita), no tecido urbano de Novo Hamburgo, conta principalmente com empresas de
Tecnologia da Informação. (Fotos: R. Spolidoro, 2007, VALETEC 2007, jornalpolegar.blogspot)76
Fig. 25. O Technologiepark Fig. 26. O Purdue Research Park, Fig. 27. O Parque Tecnológico da
Heidelberg, Alemanha, EUA, é formado por quatro Rennes Technopole, França, é
conta com três Segmentos Segmentos Locais disseminados formado por Segmentos Locais em
Locais.77 noo estado de Indiana.78 vários municípios do território.79
74
www.manchestersciencepark.co.uk
75
www.valetec.org.br
76
http://jornalpolegar.blogspot.com.br/2011/11/hamburgtec-e-nova-referencia-em.html
77
www.technologiepark-heidelberg.de
78
http://purdueresearchpark.com
79
www.rennes-atalante.fr/pole-mer-bretagne.html
17
Fig. 28. O TecnoUCS (Parque de Ciência, Tecnologia e Algumas indústrias intensivas em
Inovação da Universidade de Caxias do Sul - UCS),80 possui conhecimento e inovadoras na região
uma Base Física formada por Segmentos Locais disseminados atendida pelo TecnoUCS.
numa região com cerca de 20.000 km², englobando Caxias Photos: Fras-le, Randon, Marcopolo82
Fig. 29. O Parque Tecnológico Uberaba, Minas Gerais, Brasil, 83 é formado por dois Segmentos Locais.
O Segmento 1 (foto à esquerda) é adjacente ao centro da cidade e abrange áreas de empresas de
pesquisa agropecuária do governo federal e do governo de Minas Gerais.84 O Segmento 2 (fotos no
centro e à direita) engloba um corredor de dezenas de quilômetros, denominado Bio Rota, com
várias empresas inovadoras relacionadas à genética bovina e cujas atividades requerem terrenos com
dimensões relativamente grandes. (Fotos: Prefeitura Uberaba 2006, Alta Genetics, Geneal 2009)
80
www.ucs.br
81
Como, por exemplo: Marcopolo, empresas do Grupo Randon, Tramontina, Agrale, Lupatech, Florense e Brinox.
82
www.randon.com.br/a/companies/empresas-randon/fras-le; www.randon.com.br; www.marcopolo.com.br
83
SPOLIDORO, R. et al. Ambientes de inovação e empreendedorismo no Agronegócio: o caso do Parque Tecnológico Uberaba.
Anais do XX Seminário Nacional ANPROTEC, Campo Grande, 2010
84
EMBRAPA: Brazilian Agricultural Research Corporation: www.embrapa.br/english; and EPAMIG: Minas Gerais Agriculture
Research Company www.epamig.br
18
Fig. 30. O Parque Tecnológico de Pato Branco é formado por diversos Segmentos Locais disseminados
na cidade de Pato Branco (75 mil habitantes), Paraná, Brasil (foto à direita). O Segmento CETIS (foto
mais abaixo) e o Segment FAZTIC (foto no centro) são adjacentes ao campus da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná em Pato branco. O Segmento Urbano (foto à direita) conta com
diversas empresas intensivas em conhecimento e inovadoras, criadas localmente, em especial no
setor da Tecnologia da Informação.85
Foto UFTPR 2007 Foto: Adriano Oltramari, 2012 Foto: R. Spolidoro 2012
Parque Tecnológico de Pato Branco, Segmento Local CETIS. Foto: R. Spolidoro, 2009
Fig. 31.O Parque Tecnológico Misiones, na Provincia de Misiones, Argentina, é formado por três
Segmentos Locais, que englobam três dos campi da Universidad Nacional de Misiones – UNaM
(imagem à esquerda). O Segmento Local Posadas (foto à direita) conta com áreas da UNaM e do
Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria - INTA.86 (Imagem e foto: Parque Tecnológico Misiones)
85
www.pbtec.org.br
86
www.ptmi.org.ar; inta.gob.ar
19
iniciativas como o Parque Industrial la Cantábrica (Argentina) e o Distrito Industrial de
Cachoeirinha (Brasil), ilustrados nas Figuras 32 e 33, e o Parque Industrial de Plankstadt
(Alemanha).87
Fig. 33. O Distrito Industrial de Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, Brasil,
hospeda várias empresas intensivas em conhecimento que têm unidades de P&D junto às suas suas
linhas de produção e que nasceram em Incubadoras de Empresas locais, com o apoio de
universidade da região.91 Conta, também, com empresas em setores tradicionais da economia que
buscam ampliar o seu porte e sua competitividade mediante a adição de ciência, tecnologia e
inovação aos seus produtos e processos.92
87
www.biorn.org/servicesactivities/biorn-real-estate/plankstadt-industrial-park.html
88
www.moron.gov.ar/pde/proyectos/cantabrica
89
www.goodfood.com.ar/plantaindustrial_br.html
90
Vide:
www.moron.gov.ar/pde/proyectos/cantabrica
STUPENENGO, S. La Cantabrica: De Industria Testigo a Parque Pyme, Buenos Aires: Epica, 2009
91
www.parks.com.br/site/pt/empresa-historico.php
92
www.fallgatter.com.br/empresas/metalmecanica
93
www.sapiensparque.com.br; www.empts.com.br; http://gtechpark.com/who.htm; www.ptlc.org.ar
20
V.7. Parques Científicos Vinculados a Universidade ou Instituição de Ciência e Tecnologia
As universidades na América do Sul, em especial as públicas, as comunitárias94 e as
confessionais, têm crescentemente desenvolvido Parques Científicos Vinculados a
Universidade como parte da estratégia de evoluir como universidade empreendedora,
compreendida como a instituição com grande capacidade de inovar em todos os domínios
para atingir os seus objetivos precípuos e, assim, melhor responder aos desafios da Sociedade
do Conhecimento e contribuir mais significativamente para o desenvolvimento regional
sustentável, socialmente responsável, e competitivo na Economia Globalizada.95
Fig. 34. Parque Científico, Tecnológico y Fig. 35. Parque de Ciência e Tecnologia da
Empresarial Austral, Pilar, província de Buenos Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ,
Aires, Argentina.98 Brasil.99
94
A Regional Community university is a private university run by a civil society organization that represents the people and
relevant institutions of the respective region. There are several of these universities in Brazilian Southern states:
www.comunitarias.org.br and http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/comung_acafe.pdf
95
AUDY, J. N. et al. Innovation and Entrepreneurialism in University. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.
96
ALLEN, J. Third Generation Science Parks. Manchester Science Park, 2007: www.mdew.co.uk
97
www.pucrs.br; www.parquedorio.ufrj.br; www.usbcali.edu.co; www.parqueaustral.org
98
www.parqueaustral.org
99
www.parquedorio.ufrj.br; and http://ambipetro.com.br/investimentos-realizados-no-parque-tecnologico-do-rj-chegam-a-r-1-
bi/
21
Fig.36. Tecnopuc – Parque Científico e Fig. 37. Parque Tecnologico de la Umbría - Universidad de
Tecnológico da Pontifícia Universidade San Buenaventura, Cali, Colombia101
Católica do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, Brasil100 (Foto: R. Spolidoro, 2012)
Fig. 38. O Pólis de Tecnologia, Campinas, SP, Brasil, é um Parque Científico Vinculado a Instituição
de Ciência e Tecnologia,102 no caso, ao CPqD, centro de P&D criado no final da década de 1970 pela
TELEBRAS, então a empresa estatal holding do sistema brasileiro de telecomunicações. Esse sistema
foi privatizado na década de 1990 e o CPqD, transformado numa fundação. (Fotos: CPqD, e R. Spolidoro, 2011)
Cada Segmento Local, entre outros objetivos, visa promover uma melhor identificação
do conhecimento tradicional, assim denominado o conhecimento desenvolvido e
mantido vivo por milênios pela população autóctone, com o objetivo de ajudar a
empreendedores indígenas a transformar esse conhecimento, amalgamado com
tecnologias modernas, em empreendimentos socialmente responsáveis sob a forma de
cooperativas, empresas e produtos e serviços inovadores.
100
www.pucrs.br
101
www.usbcali.edu.co
102
www.cpqd.com.br; www.desenvolvimento.sp.gov.br/noticias/?ID=1527
103
www.protec.ufam.edu.br/component/content/article/21-pctis/361-parque-tecnologico;
http://protec.ufam.edu.br/ultimas-noticias/243-sustentabilidade-dos-povos-amazonidas-em-debate;
104
http://www.ufopa.edu.br/multicampi
22
Fig. 39. Escola Pamáali, parte do Parque de Ciência e Tecnologia de Incusão Social, Universidade
Federal do Amazonas, no Segmento Local de São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, Brasil.105
Tabela 3
Região Habitats de Inovação Programa de Desenvolvimento Regional
Região de Boston, EUA Diversas iniciativas MetroFuture107
Coventry, Solihull, e University of Warwick Science Park Coventry, Solihull and Warwickshire
Warwickshire, Reino Unido Technology Corridor108
Huntsville, EUA Cummings Research Park Regional Economic Growth Initiative109
Misiones, Argentina Parque Tecnológico Misiones Projeto Misiones para el Futuro110
Santa Maria, RS, Brasil Incubadora da Universidade Federal de Programa de Desenvolvimento de Santa
Santa Maria, e Santa Maria Tecnoparque Maria111
SICOVAL Comunidade de Labège Innopole e outros SICOVAL Agenda for the Future 112
Municípios, França
Silicon Valley, EUA Stanford Research Park e outras iniciativas Joint Venture: Silicon Valley Network113
Vale do Sinos, RS, Brasil VALETEC Park Projeto Vale do Sinos para o Futuro114
Triangle Region, US Research Triangle Park Competitiveness Plan for the Research
Triangle Region115
105
www.artebaniwa.org.br/baniwa2.html; http://iilp.wordpress.com/2011/06/21/unesco-aprova-projeto-da-ufam-para-
discussao-de-uma-universidade-indigena-no-alto-rio-negro; http://rbaniwa.wordpress.com/category/escola-pamaali/
106
www.portodigital.org; www.pti.org.br; www.valetc.org.br; www.parquedorio.ufrj.br; www.pctguama.org.br
107
http://www.mapc.org
108
www.uwsp.bit10.net/information/conference_papers/documents/UWSPCaseStudy.pdf
109
www.huntsvillealabamausa.com
110
www.ptmi.org.ar
111
http://adesm.org.br; http://santamariatecnoparque.com.br/
112
www.sicoval.fr/documents/SyntheseDevDurablesept04.pdf
113
www.jointventure.org
114
SPOLIDORO, R. et al. VALETEC Park (Brazil): An innovative STP enhancing a traditional industrial cluster to leap forward the
knowledge-based economy. Proceedings of the 25th World Conference on Science Parks, IASP, Johannesburg, 2008.
23
VI. Conclusões
1. O sucesso dos Parques Tecnológicos pioneiros, nas décadas de 1950 e 1960, pavimentou o
caminho para a existência da atual galáxia de Habitats de Inovação em âmbito mundial,
com dezenas de milhares de iniciativas, agrupadas em categorias cujo número e
diversidade não cessam de crescer.
115
www.rtp.org
116
For example:
ACEMOGLU, D., et al. Why Nations Fail. New York: Randon House, 2012
SENOR, D.; et al. Start-up Nation: The Story of Israel’s Economic Miracle. New York: Hachette Book, 2009
SPOLIDORO, R.; AUDY, J. Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul -
TECNOPUC. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008
117
ENGARDIO, P. Research Parks for the Knowledge Economy, BusinessWeek June 1, 2009:
www.businessweek.com/innovate/content/jun2009/id2009061_849934.htm
24
enfrentar categorias como Núcleos de Inovação e Centros de Apoio a Negócios
Inovadores, sobre os quais observa-se:
A Base Física será formada por uma área exclusiva para empresas e centros de P&D,
na periferia da cidade? Ou estará inserida no tecido urbano, contando com imóveis
de terceiros? Ou será formada por Segmentos Locais dispersos no território, ou,
ainda, será uma combinação de todas essas possibilidades?
O Parque Tecnológico aceitará apenas unidades de P&D ou aceitará, também, linhas
de fabricação de empresas baseadas em conhecimento?
É possível iniciar o Parque Tecnológico a partir do uso de Distrito Industrial existente
e que crescentemente hospeda empresas intensivas em conhecimento e cujas
unidades de P&D são adjacentes às linhas de produção, e que possui boa
infraestrutura e prédios disponíveis a preços competitivos?
25
disponíveis nos campi universitários e adjacências, mesmo que a instituição não
tenha ainda a intenção de implementar um Parque Científico Vinculado).
3. Como cada Habitat de Inovação é um caso por si, e não modelos consagrados de Parques
Tecnológicos,118 cada comunidade tem o direito – e o dever - de desenvolver o Parque
Tecnológico que melhor atenda às suas necessidades e às suas potencialidades. Assim,
boas práticas e modelos advindos de experiências bem-sucedidas de Parques
Tecnológicos em outras paragens podem ser valiosos para inspirar o projeto de um
Parque Tecnológico numa determinada região, mas não devem constituir obrigações nem
pré-requisitos para receber apoio do poder público.
6. Resumindo, parece que os atores que implementam Habitats de Inovação em regiões Sul-
americanas têm basicamente cinco grandes desafios:
118
US National Research Council: Understanding Research, Science and Technology Parks: Report of a Symposium, 2009:
www.nap.edu/catalog/12546.html
119
Vide:
RIBEIRO, D. O processo civilizatório. São Paulo: Companhia Letras, 1998
WATSON, P. Ideas: a history of thought and invention. New York: Harper Collins, 2005
120
SPOLIDORO, R. The Paradigm Transition Theory. In FORMICA, P.; TAYLOR, D. (Eds): Delivering Innovation, Malaga: IASP, 1998
26
Um exemplo de comportamento sintonizado com o novo paradigma é uma atitude
acolhedora e de cautelosa modéstia em relação a propostas submetidas a
Incubadoras de Empresas. Observa-se que comissões de seleção formadas por
especialistas prisioneiros de paradigmas esgotados – por não saberem nem terem
instrumental para avaliar o que ainda não existe - podem recusar projetos com
extraordinário potencial de inovação científica e tecnológica e de mercado, como
ilustrado pelo computador pessoal que, na década de 1970, foi considerado como
um produto sem futuro por respeitados profissionais em informática na época.121
7. Saber tratar com sucesso as diferentes possibilidades que se apresentam para Parques
Tecnológicos considerando que os modelos tradicionais terão, como concorrentes, uma
ampla variedade de novos modelos, em especial os Parques Tecnológicos Urbanos,
integrados à cidade e, assim, capazes de oferecer melhores condições para atrair
pessoas educadas, criativas e talentosas, bem como para captar projetos cooperativos
estratégicos de Núcleos de Inovação emergentes em âmbito mundial.
121
Vide:
DRUCKER P. Peter Drucker on the profession of Management. Boston: Harvard Business Review, 1998
www.apqc.org/blog/drucker-s-five-deadly-sins-business
27