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RESISTÊNCIA DE MATERIAIS
ESFORÇO TRANSVERSO
ÉVORA
2016
Universidade de Évora – Escola de Ciência e Tecnologia - Departamento de Engenharia Rural
INDICE
Nota do autor
Nos diversos pontos deste trabalho são apresentados os aspectos formais importantes,
completados com problemas resolvidos e não resolvidos de aplicação.
l
–—
e.a.
h x e.n.
y
b
A figura seguinte mostra os diagramas de esforços na barra (shearing force and bending
moment diagrams):
T
+
z
-
M z
+
x
z
dz
y
Atendendo à variação do esforço transverso e momento flector, acima indicados no
diagrama de esforços, podemos admitir a figura seguinte;
dz
M M+dM
z
T
T+dT
y
M
y ( M dM )
Ix d y
z Ix
y
Admitamos o segmento representado na figura, obtido através da intercepção do
segmento transversal por um plano, paralelo ao plano xz, doravante denominado plano
longitudinal.
Plano longitudinal
Ω
x
z
dz
y
x
z
Ω
y y
dz
e.n.
x
z
d
( d ) d Ω
y y
dz
x
dF z
d
( d ) d Ω
y y
dz
dF d d
dM x dM x dM x
dF y d y d Sx
Ix Ix Ix
Verifica-se que a presença de um momento flector não constante (ou seja esforço
transverso diferente de zero) ao longo da barra, provoca o aparecimento de tensões
tangenciais τyz no plano longitudinal. São essas tensões tangenciais que, no referido
plano, induzem a força dF.
dM x
dF yz bdz Sx
Ix
Da expressão anterior tira-se o valor da tensão tangencial τyz no plano longitudinal:
S dM x
yz x
bI x dz
Sx
yz Ty
bI x
qkN/m
z
τyz –—
y
T
+
- z
Problema resolvido
Admita a barra de secção rectangular carregada como mostra a figura seguinte:
20cm
25kN 25kN
A D z
0.45m
B C –—
0.45m 25cm
x
Resolução
T
25kN
z
-25kN
11.25kNm
a)
Mx Ix
max com Wx 2083.3 10 6 m3
Wx ymax
σmax = 5.4MPa
b)
Sx
yz
Ty
bI x
O valor da tensão tangencial τyz é máximo na superfície neutra (neutral layer), uma vez
que Sx toma o valor máximo em relação ao eixo neutro:
x
S x 0.20 12.5
12.5
1562.5cm3 1562.5 106 m3
2
Ω 12.5cm
20 253
y Ix 26042cm 4 26042 108 m3
12
20 cm
Sx 1562.5 106
yz Ty 25 750 kPa 0.75MPa
bI x 0.20 26042 108
A B C
D
τyz τyz
z
y
0.75MPa
τyz
-0.75MPa
Em outros planos longitudinais da barra (entre A e B e entre C e D), paralelas à
superfície neutra actuam igualmente tensões tangenciais. O valor dessas tensões diminui
com o afastamento à superfície neutra, até que nas faces superior e inferior da barra, o
valor é zero.
A figura seguinte mostra a tensão tangencial τyz aplicada pela parte superior da barra
sobre a parte inferior, ao nível do plano longitudinal representada.
A B C
z
τyz τyz
x
F
z1 z
y
z2
z2 z2 Sx S z2
F zy b dz Ty dz x Ty dz
z1 z1 Ix Ix z1
z2
Na expressão anterior, o integral Ty dz representa a área definida pelo diagrama de
z1
z
z1 z2
20kN/m AB BC
A B C
1.5m 1.5m
Resolução
T
60kN
M
- 90kNm
AB
Plano longitudinal em
estudo
Sx 1.5
Atendendo a que: F
Ix
0
Ty dz
12 13
I x 2140 2 12 1 10.52 4786cm 4
12
60kN
30kN
1.5m
1.5 60 30
0
Ty dz
2
1.5 67.5kNm
Substituindo:
Problema 2 - A viga AB tem 1.2m de vão e suporta uma carga concentrada a meio vão
de 480kN. A viga é construída ligando uma peça de secção rectangular de 12 mm
×400mm a quatro cantoneiras de abas iguais 100×100×10 (tabela anexa). Admitindo
que todas as peças são de aço, determine o esforço a que tem de resistir cada uma das
ligações.
480kN
A
B
C
1.2m
–—
T 240kN
e.n.
-240kN
144kNm
1.5kN 1.5kN
A B
0.4m
C
0.2m
D
0.4m
–—
10cm
Secção transversal
2cm
8cm
2cm
2cm
6cm
P1.2) A viga AB tem 100×a de vão e suporta uma carga uniformemente distribuída q. A
viga é construída ligando uma peça de secção rectangular a×3a a quatro peças de secção
quadrada a×a. Determine o esforço a que tem de resistir cada uma das ligações.
q kN/m
A
B
C
100a
–—
Resposta: Ligação entre cada uma das peças quadradas e a peça rectangular: F AC=FCB=189.9×q×a (kN)
Como foi referido anteriormente o eixo neutro passa pelo centro de gravidade da secção
ponderada com os módulos de elasticidade dos materiais que constituem a peça.
Admitamos um segmento infinitesimal de barra com comprimento dz:
dz
M
M+dM
z
T+dT
T
dz b
e.a
.
ΩB
z e.n
x .
dF
d
( d ) d ΩA
y
o que pressupõe a existência de uma força dF, tangencialmente ao plano longitudinal
fronteira entre os dois materiais:
dF d A d
A
Mx
A y
EB
I An IB
EA n
dM x
d A y
EB
I An IB
EA n
dM x
dF
E y d
I An B I Bn A
EA
dM x
dF S An
EB
I An I Bn
EA
dF S An dMx
dz I EB I dz
An Bn
EA
dF S An
Ty
dz I EB I
An Bn
EA
S An
T dz
l1
F y
E 0
I An B I Bn
EA
0
esforço transverso entre 0 e l1.
l
–—
Betão
Aço
Admita que as chapas têm largura b e espessura 0.1b. A peça de betão tem largura b e
altura 2b.
Resolução:
qkN/m
l
–—
ql T
2
e.a.
x e.n.
plano em estudo
y
Por razões de simetria da secção da peça, o eixo neutro coincide com o eixo de simetria.
b b 3 b 2 b
2
I An 2 10 b 0.2207b 4
12 10 20
b2b
3
I Bn 0.667b 4
12
Cálculo do momento estático da secção da chapa de aço inferior, em relação ao eixo
neutro.
b b
SAn b b 0.105b
3
10 20
Atendendo à expressão:
S An
T dz
l1
F y
E 0
I An B I Bn
EA
Obtém-se:
0.3654 l1
b 0
F Ty dz
Integrando entre 0 e l/2, obtém-se:
0.3654 2 2l
l ql
0.3654 2 ql 2
b 0
F Ty dz 0.0457
b 2 b
1m
–—
Alumínio 2cm
Aço 4cm
3cm
a) Com a barra submetida à flexão, como se mostra na figura, determine o eixo neutro.
b) Com a barra submetida à flexão, como se mostra na figura, calcule o maior valor de
tensão normal no alumínio.
c) Determine o esforço de escorregamento para o qual deve ser dimensionado a ligação
entre os dois materiais.
P1.4) Considere a peça mista de betão e aço (Eb/Ea=0.1). Determine os esforços para os
quais devem ser dimensionados os elementos de ligação.
14kN/m
18m
–—
1.4m
Material b e.a.
0.16m
Material a INP500
Solução: F = 1049kN
1m
–—
9cm
Latão
e.a.
1cm
2.5cm
1cm
2.5cm
1cm
Alumínio
1cm 1cm
Latão
Considere:
Alumínio Latão
Módulo de elasticidade 70GPa 105Gpa
Valor de cálculo da tensão resistente 100MPa 160MPa
b) Calcule o valor do esforço de escorregamento a que têm que resistir a ligação de cada
uma das barras de latão na ligação com o perfil de alumínio.
Resposta: a) σal = 76.1Mpa, verifica; σlatão = 152.2Mpa, verifica; b) F ≈ 120kN
τyz
z
τzy
s
τyz
τzy
z
e.a. τzy
τzy
x e.n.
y y
É a integração destas tensões tangenciais nesta secção que constitui o esforço transverso
T na secção.
NOTAR
As tensões tangenciais são máximas junto de fibras situadas no centro da peça, local
onde são mínimas ou nulas as tensões normais provocadas na flexão. Os valores
máximos das tensões tangenciais são normalmente muito inferiores aos das tensões
normais.
q kN/m
z
l
–—
e
c.g.
x
M
M
M+dM
z
T
T+dT
M ( M dM )
y d y
Ix z Ix
dz
z
x
d
dF
( d ) d
Ω
dz y
e
dF d d
dM x
dF yz e dz Sx
Ix
Da expressão anterior tira-se o valor da tensão de tangencial τyz no plano longitudinal da
S dM x
peça: yz x
eI x dz
Atendendo à noção de esforço transverso, obtém-se finalmente:
Sx
yz
Ty
eI x
O valor da tensão de tangencial τyz é máximo no local da peça onde o esforço
transverso for máximo e no plano longitudinal da peça correspondente ao valor
máximo do momento estático.
τyz
τzy
e
dz
dz
Uma vez que a aba está a compressão, o equilíbrio de forças do referido segmento, fica:
d
dF ( d ) d
Sx
xz Ty
eI x
τzx e
τxz
dz
τxz
Ω
τzx
e
dz
τzx
τzx
τzy
y
A figura seguinte mostra as tensões rebatidas lateralmente para se desenhar a
distribuição (curva) das tensões ao longo da secção da alma.
τzy
y
Na figura seguinte mostra-se a distribuição das tangenciais em toda a secção.
τzx
τzx
τzy
x T
h
e
y
b
Resolução
e 3
b 2 e e h
2
eh e
3
I x 2 b e
12 2 2 12
Desenvolvendo a expressão, fica:
e2 h2 h2 e2
I x be eh
6 2 12 4
e2 h2 h2 h2 e2 h2
e
6 2 2 12 4 12
τzx
h/2
x
y
b
Sx
zx xz Ty
eI x
O momento estático Sx:
h
Sx s e
2
Substituindo:
6Ty
zx xz s
ehh 6b
τzxmax
τzxmax
h/2
x
x T
e
e
y
b
y
atingindo o valor máximo para s=b:
6Ty
zx xz max b
max
ehh 6b
Rebatendo as tensões para uma posição perpendicular à secção, fica definido o sólido,
que é um prisma cuja secção é a distribuição triangular ilustrada na figura anterior.
b
τzxmax
A resultante das tensões na aba é a força Raba ilustrada na figura seguinte e corresponde
ao volume do prisma triangular;
Raba
Ralma
x
zx max b 6Ty b 3b 2
Raba e b e Ty
2 ehh 6b 2 hh 6b
Tensões na alma
s´
h/2
τzy
x
y
A tensão tangencial τzy representada na figura é dada pela seguinte expressão:
A área de aba indicada na figura, está submetida a tensões tangenciais τzx, dadas pela
seguinte expressão:
S
zy yz x Ty
eI x
O momento estático Sx:
h s´ h
S x s´e be
2 2
Substituindo e desenvolvendo:
3Ty h 4b
zy yz max
max
2eh h 6b
τzy=τzxmax τzxmax
τzymax
τzy=τzxmax
τzxmax
Ao longo do contorno da secção, não há mudança de sinal do valor das tensões, pelo
que na representação abaixo indicada as tensões flúem ao longo do contorno da secção
sem mudar de sentido, sendo este ditado pelo sentido do vector esforço transverso.
τzx
τzy
T
x
τzx
y
Resultante das tensões na alma:
h Ty h
Ralma
alma
zy d zye ds´
0 Ix S
0
x ds´
h s´
S x s´e
h e e
e
b e hs´ s´ b h hs´ s´ bh
2 2
2 2 2 2 2
2 Ix 0
h
e Ty hs´2 s´3 e Ty h3
Ralma bhs´ bh 2
2 Ix 2 3 0 2 I x 6
Atendendo a que:
eh 2
Ix h 6b
12
h 6b
Ralma Ty Ty
h 6b
Ralma
x
Raba
e.a.
1cm
A 6.7kN
30cm 5cm
38cm
1cm
2.546kNm 10×1
A 6.7kN d1
d2
5×1
6.7kN
T 6.7kN
M
-2.546kNm
2.546 2.01kNm
0.3
TA=6.7kN M A 10 d1 5 d2 d1 d2 3cm
0.38
d1 1cm d 2 2cm
e.a.
1cm
x MA
10 13 1 53
Ix 10 1 12 1 5 22 41.25cm 2
12 12
2.01
max .comp 4.5 10 2 219.3MPa
41.25 108
e.a.
x e.n.
τzy
Sx 4.5
zy Ty S x 4.5 1 10.125cm3
eI x 2
10.125
zy 6.7 1.644kNcm 2 16.44MPa
1 41.25
1.2cm A •
3cm
T
10cm
•B
10cm 0.6cm
1.2cm
15cm
P2.2) Admita uma barra com a secção indicada na figura sujeita a um esforço transverso
Ty= 50kN:
0.8cm
0.8cm
Ty= 50kN
7.5cm
x 0.8cm 6cm
5cm
Admita a seguinte barra constituída por uma peça fechada de paredes finas (thin-walled
bar) sujeita a flexão simples (transverse bending) (M≠0; T≠0 N=0; Mt=0):
q kN/m
l
–—
Ty
x
y
Admitamos um segmento infinitesimal de barra com comprimento dz. Atendendo à
variação, ao longo da barra, do esforço transverso e momento flector, podemos admitir a
figura seguinte:
M
M+dM
z
T
T+dT
dz
M
y ( M dM )
Ix d y
z Ix
dz
dF
2
e
d
dF
2
( d ) d
dz
dF
o que pressupõe a existência de duas forças , tangencialmente à secção longitudinal
2
da peça.
dF
As forças elementares são fruto de uma distribuição de tensões de tangenciais τyz na
2
secção longitudinal da peça e, atendendo à condição de reciprocidade das tensões
tangenciais, conduz a uma distribuição de tensões tangenciais τzy. na secção
transversal.
τyz
τyz
τzy
τzy
Aplicando a mesma dedução matemática efectuada nas secções abertas, obtém-se para
as secções fechadas a seguinte expressão geral da tensão tangencial:
Sx
zy Ty
2eI x
x T
•B 20cm
1cm
0.8cm
y
15cm
Resolução
x T
•B
Sx
zy Ty
2eI x
10 0.8
S x 15 0.8 10 0.4 2 10 0.8 1 199.84cm 3
2
15 203 13 18.43
Ix 3251.37cm 4
12 12
199.84
zy 10 0.3073kN cm 2 3.07 MPa
2 1 3251.37
3cm
•A T
x
20cm
1cm
0.8cm
y
15cm
Solução
τzyA=2.3MPa
20kN
15cm
Espessura uniforme de 1cm
10cm
Solução: τzymax=8.33MPa
Retomando a secção
x
h
e
y
b
τzy
T
x
τzx
y
o que pressupõe a existência de resultantes das tensões tangenciais:
Raba
Ralma
x
Raba
y
3b 2
Raba Ty Ralma Ty
hh 6b
Para que o esforço transverso T seja exclusivamente responsável pelo aparecimento das
forças resultantes indicadas na figura anterior então, a força T tem de ser uma força
equivalente ao sistema de forças formadas pelas forças Raba e Ralma, ou seja:
Raba T
d
≡
x A
Ralma • •
x
Centro de corte
Raba
y
y
Fazendo momentos em relação ao ponto A indicado:
3b 2
T×d = 2×Raba×(h/2) d
h 6b
O centro de corte (c.c.) está sempre localizado num eixo de simetria da secção. Em
casos em que a secção seja constituída por troços, cujas linhas médias concorrem
num ponto, o c.c. coincide necessariamente com esse ponto.
c.c.
Determine o centro de corte da secção seguinte, a qual tem espessura uniforme igual a
0.5cm:
20cm
2.5cm
7.5cm
Uma vez que a secção tem um eixo de simetria, então o c.c. está sobre ele. Bastará,
portanto conhecer a distância (d) do c.c. em relação ao eixo da alma da secção.
Ty
d
Ty
A figura seguinte mostra a resultante das tensões tangenciais nas abas e na alma:
R3
R1
R5
x Ty
R2
R4
Por razões de simetria, |R1|=|R2| e |R3|=|R4|. Os sistemas de forças formados pela força
Ty e pelas forças R1; R2; R3; R4; R5 são equivalentes. A determinação da distância d,
pode ser feita efectuando os momentos em relação à linha média da alma, o que, por si
só, simplifica o problema, uma vez que não se necessita de conhecer a força R5.
A figura seguinte mostra o tipo de distribuição das tensões nas abas (distribuição
linear).
Ty
Sx
zx Ty
eI x
Ty
19.5
S x 7.5 0.5 36.56 cm3
2
36.56
zx Ty 0.05913 Ty
0.5 1236.6
7.5 0.05913 Ty
R1 0.5 0.1109 Ty (kN)
2
Ty
19.5
S x 2.5 0.5 12.19 cm3
2
12.19
zx Ty 0.01971 Ty
0.5 1236.6
2.5 0.01971 Ty
R3 0.5 0.0123 Ty (kN)
2
Cálculo da distância d:
Ty d 2 0.1109 Ty 2 0.0123 Ty
19.5 19.5
2 2
2cm
x
10cm
1cm
2cm
5cm
5cm 5cm
20cm
P2.7) Em continuação do problema P2.2, admita que Ty passa pelo centro de corte.
Calcule a distância d.
Ty
Solução: d=1.686cm
1) Verificação da tensão normal máxima nas fibras mais afastadas do eixo neutro;
σmax≤σRd
A
–—B
Nos pontos de inserção da alma nos banzos a tensão normal aproxima-se do máximo e a
tensão tangencial é pouco inferir à tensão ao nível do eixo neutro:
x x
y y
30kN/m
50kN
z
2m 2m
y
Resolução
Reacções nos apoios
30kN/m
50kN
260kNm
2m 2m
110kN
Diagrama de esforços
30kN/m
50kN
2m 2m
T 110kN
50kN
M -260kNm
-100kNm
z
Mx 260
z max 6
206.35 103 kPa 206.35 MPa
Wx 1260 10
Sx
Ty zy
eI x
Sx = 741cm3 (momento estático de meia secção em relação ao eixo dos xx – Tabelas
Técnicas);
Ix= 24010cm4 (momento de inércia da secção em relação ao eixo dos xx – Tabelas
Técnicas);
e = 13.7mm (espessura da alma – Tabelas Técnicas).
741
zy max 110 2.48 kNcm2 24.8 MPa
1.37 24010
235
24.8 MPa << MPa VERIFICA
3
Uma aproximação, por excesso, é a de utilizar os valores de σzmax e de τzymax das alíneas
anteriores, dado que ambos são superiores aos valores que efectivamente se verificam
nos pontos de inserção da alma nos banzos.
Tratando-se de um material dúctil, usa-se habitualmente o critério de Von Mises:
2 3 2 Rd
A B
–—
6m 1.5m
INP200
3m
a) Verifique a segurança;
b) Se a viga não estiver em segurança reforce-a com chapas nos banzos onde for
necessário.
Solução:
a) Não verifica; b) 2 chapas com 1.2cm de espessura e 13.3cm de largura, em 1.74m.
P3.3) Para a seguinte viga em aço, admitindo um valor de cálculo da tensão resistente
do material σRd=275MPa:
e.a.
20kN 60kN
20kN/m
D
A
B
–— C 2×UPN
1.5m 2m 2m 1.5m
4. Caderno de problemas
4.1. Esforço de escorregamento em planos longitudinais
e.a.
30kN
25cm
–—
0.6m 1.2m
2) A figura seguinte mostra uma viga com uma carga concentrada a meio vão:
387kN
3m
–—
e.a.
Ix= 9530cm4
h = 305mm
x h
y
b
20mm
30kN/m
A
B
C
1m 1m
Solução: F=105.4kN
4) A figura seguinte mostra uma viga com uma carga concentrada a meio vão:
QkN
z
–—
2m
x
A viga é constituída por dois perfiz I de aço soldados pelos banzos, conforme a figura
anterior.
Cada perfil I tem as seguintes características:
Ix1= 887cm4
Iy1= 313cm4
x1
Ω=30.4cm2
h
h = 12.7cm
b = 12.7cm
y1
b
Admitindo que a força de escorregamento na ligação dos dois I não deve ultrapassar o
valor de 960kN, determine o máximo valor da carga Q.
Solução: Q≤420kN
qkNm
–—
2m
x
A viga é constituída por dois perfiz I de aço soldados pelos banzos, conforme a figura
anterior.
Cada perfil I tem as seguintes características:
Ix = 887cm4
Iy = 313cm4
x1
Ω=30.4cm2
h
h = 12.7cm
b = 12.7cm
y1
b
Admitindo que a força de escorregamento na ligação dos dois I não deve ultrapassar o
valor de 960kN, determine o máximo valor da carga q.
Solução: q=420kN/m
q kN/m
A
B
0.8m –—
200mm
e.a.
Secção transversal 60mm
60mm
60mm
120mm
7) A figura seguinte mostra uma viga com uma carga distribuída e uniforme.
A viga é constituída por perfiz UNP 280 de aço reforçado com chapas de aço de 16mm
de espessura e 400mm de largura, conforma a figura anterior.
Determine a força de escorregamento para qual deve ser dimensionada a ligação entre
chapas de reforço e o banzo de cada perfil.
500kN/m
3m
–—
e.a.
8) A viga tem aplicada acções cujos valores de cálculo estão indicados na figura:
17kN/m
17kN 17kN
0.7m 2m
–— 0.7m
A viga é constituída por um perfil INP 12 reforçado no troço entre os apoios com duas
chapas de aço, iguais, ligadas aos banzos.
e.a.
Chapa
40mm×10mm
9) A viga é um perfil INP14 de aço reforçado com chapas de aço de 5mm de espessura e
80mm de largura, conforme a figura seguinte:
e.a.
15kN/m
2m
Determine a força de escorregamento para qual deve ser dimensionada a ligação entre
chapas de reforço e os banzos do perfil I.
Solução: F=87.55kN
10) Quatro barras de latão estão unidas firmemente, formando a secção composta
ilustrada:
10 mm 10 mm
Latão 10 mm
40 mm
Latão
10 mm
40 mm
2m
11) Para a viga mista de madeira reforçada com uma placa de aço, determine o esforço
de escorregamento na ligação dos dois materiais. Admita que o módulo de elasticidade
do aço é 20 vezes o módulo de elasticidade da madeira
5kN
3m
–—
15cm
Madeira
Aço 1.25cm
2.5cm
10cm
Solução: F=23.44kN
12) A viga de madeira reforçada com duas placas de aço está sujeita a cargas cujos
valores de cálculo estão indicados na figura. Determine o esforço de escorregamento na
ligação dos dois materiais. Admita: Emadeira=13Gpa; Eaço=200Gpa.
35kN/m 40kN
1.5m –—
3m
Aço
1.0cm
Madeira 25cm
Aço 1.0cm
15cm
Solução: F=213.31kN
13) Duas barras de latão estão unidas firmemente a duas barras de alumínio, formando a
secção composta ilustrada:
10 mm 10 mm
Latão 10 mm
40 mm
Alumínio
10 mm
40 mm
2m
Admitindo:
Latão - módulo de elasticidade de 105 GPa;
- valor de cálculo para a tensão resistente de 160 MPa.
Alumínio - módulo de elasticidade de 70 GPa;
- valor de cálculo para a tensão resistente de 100 MPa.
e.a.
30kN
25cm
–—
0.6m 1.2m
16cm
T=50kN
2cm
16cm
Ty=50kN
2×UPN200
2cm
T=20kN
20cm
2cm
20cm
18) Admita que a secção representada na figura seguinte está sujeita a um esforço
transverso de Ty= 0.8 kN, o qual não induz qualquer torção na peça.
0.3 cm
Ty=0.8 kN
x
15 cm
0.3 cm
0.3 cm
y
10 cm
19) Admita uma barra com a secção indicada na figura, sujeita a uma flexão simples e
recta segundo o eixo da acção igualmente indicado na figura. Na secção o valor do
esforço transverso é 6.5kN.
T=6.5kN
2cm
20cm
e.a.
20) Admita uma barra com a secção indicada na figura, sujeita a uma flexão simples e
recta segundo o eixo da acção igualmente indicado na figura. Na secção o valor do
esforço transverso é 120kN.
A barra é feita de aço e constituída por dois perfiz U e duas chapas soldadas nas abas.
A
●
5cm
40cm 27cm T=120kN
e.a.
21) Determine o centro de corte da seguinte secção de espessura uniforme igual a 1cm.
5cm
5cm
5cm
5cm
5cm
22) Para o perfil indicado na figura seguinte determine a distância d do Centro de Corte
à linha média da alma.
0.3 cm
x
15 cm
0.3 cm
0.3 cm
y
10 cm
23) Para o perfil indicado na figura seguinte localize o Centro de Corte. O fluxo das
tensões tangenciais na secção estão igualmente representados na figura:
E
A A
3cm
C G
3cm
D H
3cm
F
B
3cm
Espessuras (cm)
AB AE BF CG DH
0.6 0.4 0.4 0.6 0.6
24) Para o perfil indicado na figura seguinte determine a distância d ao Centro de Corte.
Admita que a secção tem espessura uniforme de 5mm.
125mm
c.c. · 100mm
75mm 50mm
Solução: d=55.3mm
25) Determine o Centro de Corte da secção seguinte a qual tem espessura uniforme de
3mm.
Admita que o fluxo das tensões tangenciais na secção são os apresentados na figura.
100mm
50mm
150mm
50mm
26) Para o perfil indicado na figura seguinte determine a distância d ao Centro de Corte.
20cm
20cm
60cm
C.C.
● 15cm
25cm
d 60cm
20cm
70cm
27) Admita uma barra com a secção indicada na figura, com espessura uniforme e igual
a 0.8cm, sujeita a um esforço transverso Ty= 50kN:
Ty= 50kN
7.5cm
x 6cm
5cm
20cm x
2.5cm
7.5cm
29) Para o perfil indicado na figura seguinte determine a distância b de forma a que o
Centro de Corte fique situado no ponto O. Admita que a secção tem espessura uniforme
de 1cm.
1cm
6cm
1cm
4.5cm
x O
●
4.5cm
6cm
3cm bcm
Solução: b=4cm
30) Considere a viga sujeita às acções cujos valores de cálculo estão indicados na
figura:
seguinte:
120kN
60kN 60kN
0.4m
–—
7.4mm
247mm
11mm
202mm
31) Considere a viga sujeita às acções cujos valores de cálculo estão indicados na
figura:
seguinte:
120kN
100kN/m
7.4mm
247mm
11mm
202mm
–—
40 kN 40 kN
33) Considere a viga sujeita a acções cujo valor de cálculo se ilustram na figura
seguinte:
30kN/m
A B C D
–—
30kN 30kN
b) Para a viga foi utilizado um perfil INP 180 (tabela anexa) reforçado entre B e C.
O reforço é constituído por barra rectangular de aço, soldada em cada um dos banzos.
Cada barra rectangular tem espessura de 0.5cm e a largura de b.
Dimensione a largura b do reforço, tendo em consideração apenas o momento flector e
um valor de cálculo da tensão resistente do material, σRd= 235MPa;
34) Considere a viga sujeita a acções cujos valores de cálculo se ilustram na figura
seguinte:
18kN
45kN/m e.a.
A C
1.4m
–— B 1.6m
35) A viga simplesmente apoiada, sujeita a uma flexão simples e recta, tem aplicadas
acções cujos valores de cálculo estão indicados na figura:
150kN 150kN
90kN/m
A C D E B
–—
150kN 150kN
90kN/m D
A C B
36) Admita a barra indicada na figura, sujeita a uma flexão simples e recta:
60kN
20kN/m
10kN/m
A B
2m 2m 2m
–—
37) Considere a viga sujeita a acções cujo valor de cálculo se ilustram na figura
seguinte:
2kN/m
e.a.
1kN/m
A D
B C
2m
–—
4m 4m
38) Uma viga constituída por um perfil INP22 está submetida a cargas cujo valor da
acção se encontra na figura seguinte
30kN/m
e.a.
20kN/m
A
B
C –—
D
39) Em cada uma das quatro vigas de 4.5m está aplicada uma carga cujo valor de
cálculo é 36kN/m. Estas vigas estão suportadas pela viga AD e em paredes de betão.
40) Considere a viga sujeita às acções cujos valores de cálculo estão indicados na figura
seguinte:
20kN
10kN/m
1.5m 1.5m
41) A viga da figura seguinte tem aplicada acções cujos valores de cálculo estão
indicados na figura:
a) Trace os diagramas de esforços;
b) Exclusivamente com base nas tensões normais, dimensione a viga como um
perfil INP (ver dados na tabela anexa), admitindo um valor de cálculo da tensão
resistente do material, σRd= 235MPa;
c) Verifique a inserção da alma com os banzos quanto à combinação das tensões
normais e tangenciais (critério de Von Mises). Sugere-se que efectue esta verificação de
forma aproximada, usando valores de tensões obtidos por excesso
30kN/m
50kN
z
2m 2m
y
42) A viga em consola tem aplicada acções cujos valores de cálculo estão indicados na
figura. É um perfil INP 260 reforçado ao longo de 2m, a partir do encastramento, com
chapa de aço, soldada em cada um dos banzos. Cada chapa tem espessura de 1cm e a
largura de 28cm.
30kN/m
50kN
z
2m 2m
y
• 1.41cm
INP 260
x
26cm Ix= 5740cm4
0.94cm
y 1.41cm
11.3cm
43) A viga de aço tem aplicada acções cujos valores de cálculo estão indicados na
figura. a) Utilizando um perfil INP, dimensione a viga exclusivamente à flexão,
admitindo um valor de cálculo da tensão resistente do material σRd=235 MPa;
b) Verifique a viga de acordo com o critério de Von Mises.
e.a.
50kN 30kN/m
C
A
B
–—
1.5m 4m
Referências
Dias da Silva, V. – Mecânica e Resistência dos Materiais, capítulo VIII – Esforço
Transverso. 2ª Edição. Edição: ZUARI – Edição de Livros Técnicos, Lda. 1999. ISBN:
972-98155-0-X.