Vous êtes sur la page 1sur 13

719

Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

Cálculo Numérico de Ramos de Soluções e de Pontos de Bifurcação em


Equações Diferenciais Ordinárias

Mário C. Ricci
Depto de Mecânica Espacial e Controle, DMC, INPE,
12227-010, São José dos Campos, SP
E-mail: mcr@dem.inpe.br,

Na matemática aplicada, muitos problemas são fornece informações valiosas quanto à proximidade de
descritos por equações diferenciais ordinárias não pontos de bifurcação num processo de continuação.
lineares que dependem de parâmetros reais. A Em seguida, é descrita a vantagem de se utilizar o
estrutura das soluções pode se alterar, de uma forma método dos múltiplos tiros, um algoritmo desenvolvido
dramática, em certos pontos críticos do parâmetro por Bulirsch e Stoer [7], no cômputo dos valores iniciais
chamados pontos de bifurcação. A área que trata para o sistema estendido e das funções de teste.
desses fenômenos não lineares é a teoria das Continuando com o trabalho, é abordada a questão do
bifurcações que vem se desenvolvendo desde cálculo numérico de órbitas periódicas que bifurcam a
Poincaré [1]. Uma revisão da teoria é encontrada em partir soluções estacionárias.
[2], [3] e [4]. Finalmente, na última seção, são apresentados
Para determinar um ponto de bifurcação resultados numéricos. São calculados pontos de
numericamente pode-se utilizar: a) métodos indire- bifurcação para quatro exemplos práticos em diferentes
tos onde um ramo de soluções estacionárias é obtido áreas de aplicação. Um deles mostra a conexão com a
selecionando os valores do parâmetro através de um teoria das catástrofes. Nos três primeiros são obtidos
processo de continuação. A cada passo os sinais das pontos de bifurcação para soluções estacionárias. O
partes reais dos autovalores do sistema linearizado último trata de pontos de bifurcação complexos, onde
são monitorados (uma função especial é utilizada). órbitas periódicas emanam de soluções estacionárias.
A troca de sinais significa alteração na estabilidade
e, portanto, indica a bifurcação. Técnicas de interpo-
lação ou extrapolação fornecem uma aproximação 1. Definição de Ponto de Bifurcação
do ponto de bifurcação; ou b) métodos diretos onde
Considere um operador não linear, Ψ : Y × K → X
um sistema adequado é formulado e resolvido de
uma só vez. Uma revisão e classificação excelentes onde Y, X são espaços de Banach1 e K pode ser o
dos métodos numéricos para problemas de bifurca- campo dos números reais ou complexos. Considere a
ção, suas aplicações, técnicas analíticas, técnicas de equação
transformação, métodos de discretização, determina-
ção numérica de pontos de bifurcação, etc. são Ψ( y, α ) = 0 . (1)
encontrados em [5].
Esse trabalho descreve um método numérico Supondo que Ψ ( y 0 , α 0 ) = 0 para algum y 0 ∈ Y e α 0
desenvolvido por Seydel [6], para o cálculo de ∈ K , o interesse é resolver a Equação (1) para alguma
pontos de bifurcação em problemas não lineares do
valor de contorno em dois pontos, descritos por vizinhança de ( y, α ) = ( y0 , α 0 ) . De acordo com o
equações diferenciais ordinárias. É um método teorema das funções implícitas, demonstrado por
direto que foi escolhido pelo autor devido Hildebrandt e Graves [9], se a derivada de Fréchet (ver
principalmente às facilidades de implementação e apêndice B.1 de [8]), Ψy ( y0 , α 0 ) , é um homomorfismo2
automatização. de Y em X (o que equivale a dizer que Ψy ( y0 ,α 0 ) tem
Primeiramente é dada a definição de um ponto de
bifurcação. Em seguida a essência do método é inversa limitada), então existe um único ramo suave de
focalizada onde o problema do valor de contorno soluções ( y (α ), α ) de (1) tal que Ψ ( y (α ), α ) = 0 com
dado é transformado num outro problema do valor y (α 0 ) = y0 , definido para α − α 0 menor que algum
de contorno com o dobro das equações do problema
ε 0 > 0 . Tais soluções são ditas não singulares ou regula-
original, envolvendo derivadas parciais de primeira
ordem. Cada solução do sistema estendido é um res e são mostradas como curvas (ramos) em gráficos
ponto de bifurcação e, portanto, tudo que o método que geralmente trazem algum aspecto da solução y em
necessita é de um procedimento numérico para 1
solução de problemas do valor de contorno em dois Definições e resultados relativos a espaços de Banach podem ser
encontrados nos apêndices A.4 e A.5 de [8]. O primeiro exemplo que se
pontos. m
Logo após, dedica-se um espaço para a obtenção tem em mente é X = R equipado com a norma euclidiana
m
de valores iniciais, para o sistema estendido, x = ∑ xi2 .
e
visando à viabilidade da convergência do método. i =1
2
Uma função de teste é, logo após, inserida a qual Uma função biunívoca que é contínua e tem inversa contínua é
chamada um homomorfismo.
720
Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

regime permanente no eixo das ordenadas e o partir da solução básica trivial. A ramificação a partir de
parâmetro α no eixo das abscissas. Por exemplo, o uma solução mais geral não trivial (bifurcação
diagrama de bifurcações pode mostrar alguma secundária) pode ser reduzida ao caso de uma bifurcação
norma envolvendo um ou mais componentes do primária, por meio de uma transformação apropriada do
vetor y ou o valor de um componente do vetor de problema, caso se conheça explicitamente a solução
soluções num determinado instante do intervalo de básica y (α ) . Em métodos numéricos, a solução básica é
integração (que, por tratar-se de soluções desconhecida e a bifurcação secundária não pode ser
estacionárias, representa o valor fixo resultante da reduzida. Logo, os métodos de investigação de
componente em todo o intervalo de integração). bifurcações primárias não podem ser aplicados à maioria
A teoria das bifurcações estuda o caso onde dos problemas envolvendo fenômenos não lineares.
Ψy ( y0 , α 0 ) não tem inversa limitada. Nesta situação Apenas a título de informação, para dar um exemplo
singular há uma variedade de possíveis conjuntos de simples e concreto envolvendo bifurcação, considere o
soluções de (1). Neste caso ( y0 , α 0 ) pode ser um seguinte problema retirado de [4]:
ponto de reversão (“turning point”) de uma curva de
soluções de (1) ou um ponto de bifurcação simples F (u , λ ) = u (cu 2 + L − λ ) = 0 ,
onde dois diferentes ramos de soluções se
interceptam sem tangência. Outra possibilidade é a onde Y = X = K = R , L, c, λ ∈ R , c ≠ 0 .
ocorrência de um ponto de bifurcação múltiplo, O interesse é obter o diagrama de bifurcações em
onde mais de dois ramos se interceptam. função do parâmetro λ . O problema tem solução u = 0
A figura 1 mostra um diagrama de bifurcações para todo λ . Se c > 0 tem-se duas soluções não-triviais
1
hipotético trazendo a primeira componente do vetor
de soluções em função do parâmetro real α . O para λ > L , dadas por u = ± (λ − L ) c , conforme a Fig.
diagrama é constituído de 5 ramos de soluções 2.
estacionárias a), b), c), d) e e). O ramo de soluções u
a) é o ramo de soluções triviais. Os ramos restantes
são denominados de ramos de soluções não triviais.
O ponto de bifurcação f) é um ponto de bifurcação
primário. Os pontos g), h) e i) são pontos de bifurca-
ção secundários. O ponto g) é um ponto de bifurca- L λ
ção simples. O ponto h) é um ponto de reversão e o
ponto i) é um ponto de bifurcação múltiplo.

y1
Figura 2: Diagrama de bifurcações para F(u , λ ) .
c)
d) e)

h)
1.1 Critério Suficiente para
i) Bifurcações
g) b)
A questão de Ψ ( y , α ) não ser inversível num ponto
y 0 0

de bifurcação é crucial na determinação numérica desses


f) a) pontos. ( y0 , α 0 ) é um ponto de bifurcação de (1) se, para
α ∈R Ψ , Ψy contínuas, ϕ : Y → R um funcional com ϕ (0 )

Figura 1: Diagrama de bifurcações hipotético


= 0 e C ≠ 0 um número arbitrário na imagem de ϕ , há
mostrando a primeira componente do vetor de um h ∈ Y tal que
soluções em função do parâmetro α . a) ramo de
soluções triviais. b) a e) ramos de soluções não- (i) Ψ ( y0 ,α 0 ) = 0 , (2a)
triviais. f) ponto de bifurcação primário. g) ponto de (ii) Ψy ( y0 , α 0 )h = 0 e (2b)
bifurcação secundário simples. h) ponto de reversão.
i) ponto de bifurcação secundário múltiplo. (iii) ϕ (h ) = C . (2c)

No caso de (1) possuir a solução trivial y = 0 Pela Equação (2c) ϕ (h ) = C ≠ 0 ⇒ h ≠ 0 . Nesse caso,
para todo α ∈ R , a bifurcação à partir do ramo (2b) tem uma solução não trivial e Ψy não tem inversa.
trivial é chamada de bifurcação primária (o nome Portanto, ( y , α ) é um ponto de bifurcação.
0 0
bifurcação às vezes é usado indiscriminadamente,
ver [10] e [11]). A maioria dos trabalhos e métodos
sobre a teoria das bifurcações trata da bifurcação a
721
Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

2. Cálculo Numérico de Pontos de TEOREMA 1. Suponha que o vetor (2n + 1) -


dimensional
Bifurcação em EDO´s
Considere o problema do valor de contorno em  y0 (x )
 
Y0 (x ) ≡  α 0 
dois pontos
 h (x ) 
y′ = f (α , x, y ) (3a)  0 
r ( y (a ), y(b )) = 0 , (3b)
resolva o problema do valor de contorno
onde x é a variável independente, a ≤ x ≤ b , ′
 f (α , x, y ) 
denota derivada com relação a x, y : [a, b] → R n ,  
Y ′ = F ( x, Y ) ≡  0 ,
f : [a, b]× R n × R → R n , r : R n × R n → R n .  f (α , x, y )h 
Suponha que f é contínua e tenha as derivadas  y 
parciais de primeira ordem com relação a yi ,  r ( y(a ), y (b )) 
 
i=1,...,n, contínuas. R(Y (a ), Y (b )) ≡  Ah(a ) + Bh(b ) = 0 .
Linearizando (3) em torno de uma solução  h (a ) − 1 
 k 
conhecida y tem-se
Então ( y0 , α 0 ) é um ponto de bifurcação de (3).
( y + h )′ = f (α , x, y ) + f (α , x, y )h
y
(3c)
∂r ( y(a ), y (b )) ∂r ( y (a ), y (b )) PROVA. O teorema é provado da seguinte maneira:
h(a ) + h(b ) = 0 , (3d)
∂y(a ) ∂y (b )
 y ′ = f (α , x, y )

onde f y é a matriz de derivadas parciais de f com Y ′ = F (x, Y ) ⇒  α constante
h′ = f (α , x, y )h,
relação a y e h : [a, b] → R n é uma pequena  y

perturbação em torno da solução conhecida.  r ( y (a ), y (b )) = 0



Tomando (3b) e o lado direito de (3a) como o R(Y (a ), Y (b )) = 0 ⇒  Ah(a ) + Bh(b ) = 0
operador não linear (1), a equação linearizada 
correspondente a (2b) é dada por  hk (a ) = 1.

h′ = f y (α , x, y )h Por conseguinte, y0 , α 0 e h0 resolvem (2), (3) e (4).


(4a)
Ah(a ) + Bh(b ) = 0 , ϕ (0) = 0 , C = 1 ∈ Im(ϕ ) e a prova está completa.
(4b)
Para calcular pontos de bifurcação para o problema (3)
∂r ( y (a ), y (b )) ∂r ( y (a ), y (b )) o TPBVP do TEOREMA 1 deve ser resolvido. O índice k
onde A ≡ e B≡ .
∂y (a ) ∂y (b ) não é unicamente determinado por (6). Seydel mostrou
um exemplo em que o índice se alterava com a
Para aplicar o critério do item 1.1 há a ramificação. No entanto, para os propósitos desse
necessidade de um funcional ϕ (h ) . Um funcional
trabalho, a escolha
muito simples que pode ser utilizado é k = min { j ∉ Θ} (7)
1≤ j≤n
ϕ (h ) ≡ hk (a ) , 1 ≤ k ≤ n , (5)
mostra-se eficaz.
desde que o índice k seja escolhido de tal forma que
não haja condição inicial imposta sobre yk (a ) , ou
seja,
2.1 Caso Especial de Bifurcações
Primárias
k ∉ Θ ≡ {1 ≤ j ≤ n ∃i,1 ≤ i ≤ n, Para calcular pontos de bifurcação a partir da solução
∃η ∈ R tal que ri ( y (a ), y (b )) = y j (a ) − η }. (6) trivial y = 0 o seguinte problema do valor de contorno
(n + 1) -dimensional (uma simplificação do problema do
Essa escolha parece contraditória mas não é pois, TEOREMA 1) deve ser resolvido
dado que se escolhesse j ∈ Θ para o índice, isso
levaria a h j (a ) = 0 devido (4b). ′
  Ah(a ) + Bh(b )
α   0
Agora podemos enunciar o seguinte teorema:  h  =  f (α , x, y )h ,  h (a ) − 1  = 0.
  (8)
   y   k 
722
Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

Resolvendo (8) obtém-se o valor α 0 do ponto de problema do TEOREMA 1 tem-se a seguinte forma final
bifurcação (0, α 0 ) . para o sistema

 y (x )   f (α , x, y ) 
   
2.2 Adição de Variáveis Auxiliares  α   0 
Y (x ) :=  , Y ′ = F (x, Y ) :=  ,
y (x )
2
y1
A resolução dos problemas até agora vistos  n   
 h (x )   f (α , x, y )h 
1

simplesmente obtém o ponto de bifurcação sem,    y 


contudo, fornecer informações a respeito da nature-
( ( )
 r y a,y b  ( ))
za do mesmo. É necessário saber, por exemplo, as  
posições angulares assim como a quantidade de  yn (a ) 
R(Y (a ), Y (b )) :=  = 0. (11)
Ah(a ) + Bh(b )
1

ramos que emergem do ponto. Para obter tais


 
informações é necessário calcular soluções regulares  h (a ) − 1 
próximas aos pontos de bifurcação. Nesse caso, é  k 
conveniente introduzir variáveis auxiliares em (3).
Além da variável do parâmetro yn +1 ≡ α , outra O sistema (11), de dimensão n2 := n1 + n = 2(n + 1) ,
variável auxiliar deve ser utilizada, definida por foi codificado, juntamente com (8) e (10), para alguns
problemas da literatura na busca de ramos e pontos de
x bifurcação estacionários. Dado que a condição inicial
yn + 2 (x ) ≡ ∫ y 2j (τ )dτ , 1 ≤ j ≤ n . (9) para o vetor h, tema que será abordado na seção 3,
a determina a convergência do método (11) e, portanto, a
obtenção dos pontos de bifurcação, adotou-se a
Fazendo j = 1 , p. e., esta variável satisfaz metodologia de se aproximar do ponto de bifurcação
utilizando (10) e daí, calculando uma boa aproximação
y1 = y n + 2 (b ) ,
2
h para h0 , resolve-se (11).

onde denota a norma do R2 . As condições de


3. Condições Iniciais para o Cálculo
contorno do problema de valor de contorno de
dimensão n1 := n + 2 a ser resolvido deve prescrever
de Bifurcações
Nesta seção é desenvolvido um método para o cálculo
o valor η1 de α ou o valor η 2 de y1 :
2

dos valores iniciais do problema (11) sem os quais a


resolução pode ser extremamente difícil. No processo de
 r ( y (a ), y(b )) homotopia utiliza-se (10) para obtenção de soluções
 
 yn (a )  = 0 (10a) regulares. Supõe-se, então, que a solução ( y , α ) do
 α (a ) − η 
1

problema do valor de contorno (3) foi obtida e está


 1 
próxima do ponto de bifurcação ( y0 , α 0 ) .

 y   f (α , x, y ) O problema linear do valor de contorno
   
α  = 0 ,
     Ah(a ) + Bh(b )
h′ = f y (α , x, y ), 
2
 yn   y   = 0 (12)
 hk (a ) − 1 
1 1

 r ( y (a ), y (b ))
 
 y n (a )  = 0 (10b) não tem solução para ( y , α ) ≠ ( y , α ) . Removendo a l-
 
1

 yn (b ) − η 2 
0 0

1 ésima condição, dentre as (n + 1) condições de contorno,


obtém-se um sistema solúvel
Utiliza-se (10) para determinar ramos de soluções
 (I − Pl )( Ah(a ) + Bh(b ))
estacionárias através de métodos de continuação ou
homotopia e para determinar soluções próximas a h′ = f y (α , x, y ),   = 0 , (13)
um ponto de bifurcação. Em vários casos, como por  hk (a ) − 1 
exemplo, no cálculo de soluções não triviais
próximo a uma bifurcação primária deve-se preferir onde I denota a matriz identidade e Pl é definida por
(10b). Nesse caso, resolve-se (8) e subseqüentemen-
te (10b) com um pequeno valor η 2 > 0 . Verifica-se,
Pl := el elT , (14)
portanto, que utilizando as variáveis auxiliares
facilmente obtém-se dados que propiciam a
construção de diagramas de bifurcações. com el := l-ésimo versor do R n , 1 ≤ l ≤ n .
Se a variável auxiliar y n é acrescentada ao
1
A solução h de (13) depende de ( y , α ) e espera-se
723
Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

que esteja próxima de h0 para ( y , α ) próximo de As funções τ lk podem ser determinadas numericamente
( y0 , α 0 ) . resolvendo o sistema (15) e, subseqüentemente,
Para resolver (13) é necessário a armazenagem de utilizando (16) para cada par ( y , α ) obtido durante o
f y (α , x, y ) . Isto também tem que ser codificado em processo de continuação. Entretanto, é muito mais
(11) para a obtenção do ponto de bifurcação. Então, conveniente e econômico usar o método descrito no
é conveniente uma modificação nas condições de próximo item para o cálculo das funções e das condições
iniciais, que é baseado no método dos múltiplos tiros.
contorno de (11) para permitir o cálculo de h que
será utilizado como dado inicial para (11). Tal
sistema modificado também é linear e, portanto, a 5. Cálculo de τ lk e CI’s Pelo Método
solução numérica não é difícil de ser obtida
dos Múltiplos Tiros
Y ′ = F (x, Y ), Ao invés de resolver problemas do valor de contorno
 y(a ) − y (a )  para calcular as funções τ lk (16) e os dados iniciais (13)
 
 α −α  ou (15), pode se usar o método dos múltiplos tiros [7],
R (Y (a ), Y (b )) :=  y n (a )  = 0. (15) que requer apenas operações algébricas.
 1
 Considere os problemas do valor inicial
 (I − Pl )( Ah(a ) + Bh(b ))
 
 hk (a ) − 1  h′ = f y (α , x, y )h, h(a ) = s ∈ R n (18a)
e
G ′ = f y (α , x, y )G, G (a ) = I .
4. Mapeamento τ (18b)

Se ( y , α ) ≠ ( y , α ) então a solução Y (x ) de (15)


0 0 onde G (t ) é uma matriz de ordem n
difere da solução Y (x ) de (11). Esta diferença pode
0 Se o intervalo [a, b] é dividido em m pontos (nós) de
ser medida pelo valor τ ∈ R da condição de modo que a = x1 < x2 <  < xm−1 < xm = b , com Gk dada
contorno que foi retirada de (12) por (18b) e considerando (18a) pode-se escrever as
seguintes equações matriciais
τ := elT ( Ah(a ) + Bh(b )) . (16)
h(x2 ) = G1 s
Então, Y (x ) é, ao mesmo tempo, solução do k = 3,..., m (19)
h(xk ) = Gk −1 h(xk −1 ),
seguinte problema do valor de contorno
e, portanto,
Y ′ = F (x,Y ),
 r ( y(a ), y(b ))  h(b ) = h(xm ) = Gm−1Gm−2 ...G1h(a ) . (20)
 
 y n (a ) 
Rτ (Y (a ), Y (b )) :=  = 0 . (17) A condição de contorno hk (a ) = 1 pode ser escrita na
Ah(a ) + Bh(b ) − τel 
1

  forma matricial
 hk (a ) − 1 
 
Plk h(a ) = el , 1 ≤ l ≤ n, el dado por (14) , (21)
Para τ ∈ R (17) representa uma família de
problemas do valor de contorno que contém o onde os elementos p da matriz P (n × n ) são dados por
problema (11) para τ = 0 . τ pode ser considerada ij lk

como um mapeamento T do problema de valor de


contorno (3) nos números reais 0, se (i, j ) ≠ (l , k )
pij = 
1, se (i, j ) = (l , k ).
τ = T ( y ,α ) . (18)
Substituindo (21) nas condições de contorno (13)
Este mapeamento (ou transformação) fornece obtém-se
informações à respeito das ramificações (é uma
indicação de bifurcação para τ = 0 ). Portanto, [(I − Pl )A + Plk ]h(a ) + (I − Pl )Bh(b ) = el . (22)
durante o processo de continuação, é aconselhável o
monitoramento de τ e a observação de quando a Substituindo (20) em (22) tem-se
mesma muda de sinal.
Várias funções τ lk são possíveis, dependendo da [(I − Pl )( A + BGm−1Gm−2 ...G1 ) + Plk ]h(a ) = el . (23)
escolha dos índices k (ver (6)) e l (ver (14) ou (27)).
724
Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

Pode-se colocar (23) numa forma mais compacta y′ = f (α , x, y ) . (3a)


utilizando as seguintes definições
Uma solução de (3a) é chamada estacionária se ela
E := A + BGm−1Gm−2 ...G1 (24) resolve a equação estática
e
Elk := (I − Pl )E + Plk , (25) 0 = f (α , x, y ) . (29)

resultando numa equação algébrica linear para h(a ) As soluções estacionárias são os estados de equilíbrio
de (3a). As propriedades de estabilidade de uma solução
Elk h(a ) = el . (26) estacionária podem se alterar para algum valor de α 0 do
parâmetro α e podem ocorrer dois tipos de bifurcação:
A escolha do índice l deve ser tal que Elk não seja a) um outro ramo de soluções estacionárias pode emanar
do primeiro (ou interceptá-lo) - assunto abordado até o
singular. Dado que Elk é igual a E com a l-ésima momento; ou b) o “novo” ramo consiste de soluções
linha substituída pelo k-ésimo versor do R n , k dado oscilatórias que dependem do tempo. O restante do
por (6), para simplificar, o índice l deve ser trabalho irá tratar do cálculo de órbitas periódicas (ciclos
escolhido de forma que a l-ésima linha de E não seja limite) que bifurcam de soluções estacionárias. Esse tipo
um vetor unitário, ou melhor, de bifurcação é denominado na bibliografia especializada
de “bifurcação de Hopf” (ver [12] ou [13]) ou
l ∈ {1 ≤ i ≤ n ∃ j ,1 ≤ j ≤ n, ∃η ∈ R “bifurcação complexa”.
O cálculo numérico de soluções periódicas será
t.q. ri ( y (a ), y (b )) = y j (b ) − η}, (27) executado em duas etapas: a) primeiro, calcula-se o
ponto de bifurcação; b) após, calculam-se os ciclos limite
significando que a l-ésima condição de contorno que emanam das soluções estacionárias. Na próxima
prescreve y j (b ) . seção o método direto, desenvolvido para cálculo de
Na resolução do problema do valor de contorno pontos de bifurcação estacionários, será modificado
adequadamente no intuito de se calcular pontos de
dado, (3) ou (10), as matrizes A, B, Gk e E são
bifurcação de Hopf. Na seção seguinte será descrito um
geradas numericamente pelo método dos múltiplos método para o cálculo de órbitas periódicas (ver [14]).
tiros e h(a ) é facilmente determinado por (26). O
cálculo da função τ lk é dado pelo produto escalar de
h(a ) pela l-ésima linha de E
7. Cálculo de pontos de bifurcação de
Hopf
τ lk = elT Eh(a ) . (28) Pontos de bifurcação podem ser encontrados nume-
ricamente de uma forma indireta ou de uma forma direta
Os dados iniciais h(xk ), 2 ≤ k ≤ m , para o sistema como foi explicado no início do trabalho.
Métodos diretos que partem de (29) foram propostos
(11) são dados por (19).
por Kubícek [15], Kubícek e Holodnick [16]. As condi-
ções para bifurcações de Hopf são formuladas como um
6. Oscilações em Equações Dife- sistema de equações algébricas.
Devido, principalmente, às facilidades de implementa-
renciais Ordinárias ção e automatização utilizar-se-á aqui o método de
Oscilações estão presentes em diversos Seydel [14] que parte do método de Seydel [6],
fenômenos naturais (em células de convecção, minuciosamente detalhado nesse trabalho. Agora, o
“flutter” em asas de aviões, reações químicas,...). período T é uma incógnita e uma normalização tem que
Para certos valores de um parâmetro físico (técnico, ser introduzida a qual fixa o período.
biológico,...) as oscilações podem ser periódicas e O método anexa o sistema linearizado
para outros valores o movimento periódico pode
desaparecer ou tornar-se turbulento. Problemas h′ = f y (α , x, y )h . (4a)
contendo oscilações podem ser modelados por
equações diferenciais ordinárias (por exemplo, Sem perda da generalidade, a seguinte condição
equações de Duffing, equações de Van der Pol ou normalizante será imposta a primeira componente de (4a)
equações de Lorenz) e os valores críticos dos
parâmetros que separam soluções qualitativamente n
∂f (α , x, y (0))
diferentes são pontos de bifurcação. 0 = h1′(0 ) = ∑ 1 hi (0) . (30)
i =1 ∂yi
Considere um sistema modelado pelo conjunto de
equações diferenciais dadas por (3a)
Por simplicidade, o intervalo de integração será
725
Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

normalizado para o intervalo unitário, 0 ≤ x ≤ 1 . Calcular órbitas periódicas de (3a) corresponde a


Com estas normalizações o sistema linearizado (4) resolver o seguinte problema do valor do contorno de
fica dimensão n + 2

h′ = Tf y (α , x , y )h , (31a)  y ( x )  Tf (α , x , y )
   
h(0 ) = h(1), Y (x ) :=  α , Y ′ = F (x , Y ) :=  0 ,
(31b)  T   
h1′(0) = 0,    0 
 y (0 ) − y (1)  α (0 ) − α ∗
onde ′ em (31a) denota derivada com relação a x .   
 f1 (α , x , y (0)) = 0, com g ( y, α , T ) = T (0 ) − T

(34)
Então, o sistema (11) para o caso de bifurcação de  g ( y, α , T )   y (0) − η.
Hopf é o seguinte problema do valor de contorno    k
em dois pontos de dimensão 2n + 2
A condição de contorno g ( y,α , T ) controla a seleção
 y ( x )  f (α , x , y )  de uma solução periódica. Se um valor α = α ∗ é
   
 α   0  prescrito como condição inicial para o parâmetro, então
Y (x ) :=  , Y ′ = F (x , Y ) :=  ,
T  0 g ( y,α , T ) = α (0) − α ∗ ; se um valor T = T ∗ é prescrito
   
 h( x )   Tf (α , x , y )h  como condição inicial para o período, então g ( y, α , T )
   y 
= T (0) − T ∗ ; e se, finalmente, um valor η é prescrito
 y (0 ) − y (1)  como condição inicial da componente k (por exemplo,
 
 h (0 ) − h (1)  k = 1 ), então g ( y,α , T ) = y1 (0 ) − η . Fazendo g = 0 , um
 n ∂f1 (α , x , y (0))  = 0. (32)
∑ ( )
hi 0 
ramo de soluções periódicas pode ser parametrizado em
 i=1 ∂ y 
pelo menos uma das três possibilidades.
h1 (0) − 1
i
Deve-se destacar que soluções estacionárias também
 
resolvem (34) e sob parametrização de um ramo de
soluções, na vizinhança de um ponto de bifurcação, a
O sistema (32) é um método conveniente para
convergência é no sentido de se obter soluções
calcular pontos de bifurcação de Hopf e não se
estacionárias e não periódicas. Se a parametrização de
limita somente a estes casos. A bifurcação de ramos
um ramo de soluções periódicas está longe do ponto de
de soluções estacionárias pode também ser obtida
bifurcação, o processo iterativo continua obtendo
por (32).
soluções periódicas. Logo, (34) é bem adequada para
calcular ramos de soluções periódicas longe do ponto de
8. Cálculo de Órbitas Periódicas bifurcação.
Para cálculo de ciclos limite nas imediações de um
No cálculo de órbitas periódicas pode-se utilizar ponto de bifurcação uma outra parametrização deve ser
um método numérico desenvolvido por Langford utilizada. Uma característica marcante que distingue as
[10] que é capaz de calcular órbitas periódicas que soluções estacionárias das soluções periódicas é a
bifurcam da solução trivial. Entretanto, o método de amplitude. A amplitude é zero para soluções constantes e
Langford é muito complicado exigindo expansões e diferente de zero para soluções periódicas. Então, uma
derivadas de altas ordens do termo do lado direito parametrização que considere a amplitude não será
de (3a). O cálculo de órbitas fechadas pode ser dúbia. Um cálculo numérico preciso da amplitude é
muito mais simples. Uma técnica de se obter ciclos mostrado em [17]. Há, contudo, uma maneira mais
limite estáveis consiste em integrar diretamente o simples de parametrizar um ramo periódico. Para isso,
problema do valor inicial (3a) por um longo define-se amplitude como um incremento genérico
intervalo da variável independente.
Uma outra abordagem para o problema consiste A := y1 (0 ) − y1 (x1 ), (35)
em reformular o sistema de edo’s dado e obter um
“TPBVP”, problema do valor de contorno em dois onde 0 < x1 < 1, com x1 arbitrário mas fixo. Levando em
pontos, relativamente simples, pois não se pode
perder de vista que o mesmo deve ser facilmente conta a normalização (33), realmente, deve existir um x1
automatizável. onde y1′ (x1 ) = 0 tal que A é a amplitude real da primeira
Sem perda da generalidade, a seguinte condição componente de y.
normalizante será imposta a primeira componente Considerando (35) as seguintes asserções são válidas:
de y, condição esta que fixa o período incógnito T (i) Se y é uma solução não estacionária de (3a) então
da solução periódica de (3a) há uma componente de y (sem perda da generali-
dade, y1 ) e existem A ≠ 0 e x1 tal que y1 (0 ) −
0 = y1′ (0) = f1 (α , x , y (0)) . (33)
y1 (x1 ) − A = 0.
726
Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

(ii) Se soluções não estacionárias ( y,α )  y (0 ) − y (1) 


 
convergem para um ponto de bifurcação  f1 (α , x , y(0 )) 
( y0 ,α 0 ) com f (α 0 , x, y0 ) = 0, então A → 0.  y (0 ) − ς (0 )  = 0 . (36)
(iii) Se ( y,α , T ) é solução de (34) com  1 
 y (0 ) − ς (1) − A 
 1 
g ( y, α , T ) := y1 (0 ) − y1 (x1 ) − A, A ≠ 0 , então
y é uma órbita periódica de (3a). Cada solução de (36) para A ≠ 0 é uma solução não
estacionária e periódica de (3a). Um inconveniente de
O incremento A é prescrito por uma condição de (36) está no fato do nó x1 ser mantido constante o que
contorno. Com isso é possível a parametrização de
um ramo de soluções periódicas numa vizinhança de torna o método local (isto é, não global). O resultado
prático é que não se consegue parametrizar um ramo de
um ponto de bifurcação. A escolha prática para x1 é
forma global. Ao invés de se tomar medidas paliativas,
arbitrária. Pode-se escolher, por exemplo, x1 = 0,3 . como alterar x1 ou o índice do vetor y em (33) e (35), é
O sinal de A também é arbitrário (não é necessário mais lógico mudar a parametrização e utilizar (34). Desta
conhecer o sentido da bifurcação). forma, o procedimento (36) deve ser pensado como uma
Para resolver o problema do valor de contorno, forma de transição de soluções estacionárias para
correspondente ao (34), que inclua a condição de soluções periódicas.
contorno que prescreve a amplitude, é necessário
adicionar uma nova variável
8.1 Dados Iniciais
 y (x ), para 0 ≤ x < x1 ,
ς (x ) :=  1 Será abordada a questão dos valores iniciais para o
 y1 (x1 ), para x1 ≤ x ≤ 1, TPBVP (36). No caso da linearização h0 ser obtida por
meio de (32) uma estimativa inicial adequada deve
com a equação diferencial considerar o vetor

 y ′ , para 0 ≤ x < x1 ,  y   y0 + δh0 


ς′ =  1    
 0, para x1 ≤ x ≤ 1, α   α 0 
T  =  T , (37)
com ς (0 ) = y1 (0 ). O ponto x1 representa um nó na    0

h  h 
   
integração de ς (x ) . Se o método dos múltiplos tiros
0

onde ( y0 ,α 0 , T0 , h0 ) é solução de (32). Obviamente, δ


[7] for utilizado, com x1 sendo um nó, a integração t

não apresentará dificuldades. deve ser função de A, e, por meio de (35), tem-se
O problema do valor de contorno a ser resolvido,
de dimensão n + 3 , para se calcular órbitas
A = y1 (0) − y1 (x1 )
periódicas que bifurcam de soluções estacionárias é
o seguinte = y01 (0) + δh01 (0) − y01 ( x1 ) − δh01 ( x1 ) . (38)

 y ( x ) Como y01 (0) = y01 ( x1 ) (primeira componente estacio-


 
 α  nária), então
Y (x ) :=  ,
T 
  A
 ς (x ) 
  A = δ (h01 (0) − h01 ( x1 ) ) ⇒ δ = . (39)
h01 (0) − h01 ( x1 )
 Tf (α , x , y ) 
 
Logo, uma estimativa inicial razoável será:
 0 
 0  para x < x1 ,

   
 Tf1 (α , x , y )
A
y +
 y (x )   0 h (0) − h ( x ) 0 
h
Y ′ = F (x , Y ) := 
  Tf (α , x , y )
   
 α ( x ) = 
01 01 1
α0 . (40)
 0   T (x )  

0  para x ≥ x1 ,    T0 
   
 
 0 

com as condições de contorno 9. Exemplos


Este trabalho finaliza com a apresentação de resultados
727
Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

numéricos para quatro exemplos. Os três primeiros dos para os valores de γ = 20,0 e β = 0,4 :
envolvem pontos de bifurcação para soluções
estacionárias e o último trata de órbitas periódicas δ y1
que emanam de soluções estacionarias. Para a
obtenção das soluções numéricas os exemplos foram 0,0779303111 0,568898584
transformados em problemas do valor de contorno 0,1375574408 0,869483841
da forma (10) ou (34). Várias soluções foram Tabela l: Pontos de bifurcação para o Exemplo 9.1.
calculadas, num procedimento de continuação,
variando, por exemplo, α ou y . Com o intuito de
2
O diagrama de bifurcação associado é mostrado na
obter informações a respeito do comportamento das Fig. 3 e a função de teste τ 11 , mostrada na Fig. 4, indica
bifurcações, funções de teste foram determinadas os pontos de bifurcação. Evidentemente, a solução nos
através de (28) após cada passo da continuação. Os pontos de bifurcação pode dar um salto para uma ligeira
pontos de bifurcação foram calculados resolvendo o variação no parâmetro δ . Além disso, a Fig. 3 mostra os
sistema (11) ou (32) com as condições iniciais dadas diagramas para vários valores diferentes de γ . Para um
por (19). valor de parâmetro γ = 14 não há pontos de bifurcação.
Todos os problemas de valor de contorno foram
O diagrama de bifurcação com relação a γ e δ é mostra-
resolvidos pelo algoritmo dos múltiplos tiros [7],
[20] utilizando um integrador runge-kutta. Os exem- do na Fig. 5. Os limites da região hachurada consistem
plos apresentam diferentes graus de dificuldade na nos pontos de bifurcação com relação a γ e δ . Para
determinação da solução numérica. Os três primei- valores de γ e δ dentro da região hachurada o problema
ros estão numa escala crescente de dificuldade. O de valor de contorno possui três soluções estacionárias
último tem o mesmo grau de dificuldade do primei- (duas externas assintoticamente estáveis e uma interna
ro. Para detalhes quanto o significado físico das instável); para valores exteriores a região o problema
variáveis e parâmetros sugere-se a consulta a litera- possui uma única solução. Em [23] este tipo de bifurca-
tura original. ção é chamado de cusp catastrophe. Resultados similares
são encontrados se o parâmetro β também é variado.
9.1 Modelo de uma Reação Catalí-
y
tica 1,0
O modelo de uma reação química com uma γ = 10,0
partícula porosa catalítica na forma de placa é
descrito pelo problema de valor de contorno (ver
[18] e [19]): γ = 14,0
0,5
y′′ = δy exp[γβ (1 − y ) / (1 + β (1 − y ))],
y′(0 ) = 0, y (1) = 1.
γ = 20,0 γ = 17,0 γ = 16,0

0,1 0,2 δ
As soluções dependem de três parâmetros reais:
β , γ e δ . Com o intuito de calcular pontos de bifur-
cação em relação ao parâmetro δ , o seguinte siste- Figura 3: Diagrama de bifurcação para o Exemplo 9.1
ma foi resolvido: (β = 0,4).
τ 11
y1′ = y2 ,
 γβ (1 − y1 )  1,0
y2′ = y1 y3 exp ,
 1 + β (1 − y1 ) 
y3′ = 0, ( y3 := δ ),
y4′ = y12 , 0,5
y5′ = y6 ,
 γβ (1 − y1 )  γβy1 
y6′ = y3 y5 exp 1 − ,
 1 + β (1 − y )
1  [1 + β (1 − y1 )]2 
 0,5 1,0 1,5
δ
y1 (1) = 1, y 2 (0) = 0, y4 (0) = 0,
y5 (1) = 0, y6 (0) = 0, e y5 (0) = 1 (k = 1). −0,5

Figura 4: Função de teste τ 11 para o Exemplo 9.1


Este problema do valor de contorno é de fácil
solução. Dois pontos de bifurcação foram calcula- (β = 0,4; γ = 20,0 ).
728
Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

γ sistema variacional:

y6′ = 0,
20,0 y7′ = y12 ,
y8′ = y9 ,
y9′ = y10 c4 (t )(− c1 (t ) sen y3 + c2 (t ) cos y3 ) − c3 (t ) y9 ,
y10′ = y11 ,
15,0 y11′ = y6 y8 c4 (t )(c1 (t ) sen y3 − c2 (t ) cos y3 )
δ + y1 y6 y10 c4 (t )(c1 (t ) cos y3 + c2 (t ) sen y3 ) − c3 (t ) y11 ,
0,1 0,2
com as seguintes condições de contorno:
Figura 5: Cusp catastrophe para o Exemplo 9.1
(β = 0,4). y7 (0) = y8 (π / 2) = y9 (0 ) = y10 (0 ) = y10 (π / 2) = 0,
y8 (0 ) = 1, (k = 1).
9.2 Flexão de Tubos Elípticos Este problema do valor de contorno foi resolvido e
A flexão de um tubo cilíndrico de parede fina dois pontos de bifurcação foram calculados para os
com seção elíptica é descrita pelas equações valores de γ = 0,25 e e = 0,7 :
diferenciais (ver [21]):
α mx
y1′ = y2 , 4,51918878 2,77255230
y2′ = c4 (t )(c1 (t ) cos y3 + c2 (t )sen y3 ) − c3 (t )y 2 , 8,31769839 5,36080852
y3′ = y4 , Tabela 2: Pontos de bifurcação para o Exemplo 9.2.
y4′ = y1 y6 c4 (t )(c1 (t ) sen y3 − c2 (t ) cos y3 ) − c3 (t ) y4 ,
O diagrama de bifurcação da Fig. 6 mostra a
y5′ = y1 ((c5 cos y3 + c6 sen y3 ) cos t
dependência de mx com α .
−(c5 sen y3 − c6 cos y3 )e sen t ),
com 5,0 mx

c1 (t ) := cos t + γe sen t ,
c2 (t ) := γ cos t − e sen t , 4,0

c3 (t ) :=
(1 − e 2 )sen t cos t ,
cos 2 t + e 2 sen 2 t
c4 (t ) := (cos 2 t + e 2 sen 2 t ) ,
1/ 2 3,0

c5 := 1 + cos(2 arctan γ ),
c6 := sen (2 arctan γ ), 2,0
y6 := α . 2

1,0
Condições de contorno:

y1 (π / 2 ) = y 2 (0 ) = y5 (0 ) = 0,
y3 (0 ) = y3 (π / 2 ) = arctanγ . α
0 5,0 10,0 15,0
α , e e γ são parâmetros reais, α descreve certas Figura 6: Diagrama de bifurcação para o Exemplo 9.2
propriedades físicas do tubo. Um momento mx pode (γ = 0,25 e e = 0,7 ).
ser expresso em termos de y5 (π / 2 ) :
9.3 Supercondutividade dentro de
mx = −(2α / π ) y5 (π / 2 ).
uma Chapa
A dependência de mx com α é de interesse. Para O modelo de uma chapa supercondutora de espessura
o cálculo dos pontos de bifurcação são adicionados d imersa num campo magnético paralelo é abordado na
as equações diferenciais das variáveis auxiliares e o ref. [22]. As equações de Ginzburg-Landau são equiva-
729
Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

lentes ao sistema: cilindro oco de raio interno ligeiramente maior que o raio
do rotor e com o espaço entre eles sendo preenchido por
x ′′ = K 2 x(x 2 − 1 + λz 2 ), um fluído lubrificante foi abordado em [24], [25]. O
TPBVP para cálculo de bifurcações é o seguinte:
z ′′ = x 2 z ,
x ′(− d / 2 ) = x ′(d / 2 ) = 0, y1
z ′(− d / 2 ) = z ′(d / 2 ) = 1,

onde λ é o quadrado do campo externo. 1,5


As bifurcações para este problema do valor de
contorno foram estudadas para valores especiais do
parâmetro de Ginzburg-Landau K = 1 e para a 1,0
espessura d = 5. O problema do valor de contorno é
o seguinte:

y1′ = y2 , ( y1 := x ), 0,8 1,0 λ


y2′ = y1 ( y1 − 1 + y5 y32 ),
2
Figura 7: Diagrama de bifurcação para o Exemplo 9.3.
y3′ = y4 , ( y3 := z ),
y4′ = y12 y3 , 10,0 τ 21
y5′ = 0, (y 5
:= λ ),
y6′ = y12 ,
y7′ = y8 , 5,0
y8′ = y7 (3 y12 − 1 + y5 y32 ) + 2 y1 y3 y5 y9 ,
y9′ = y10 ,
y10′ = 2 y1 y3 y7 + y12 y9 , 0,8 0,9 1,0 λ
y (0) = y (5) = 0, y (0 ) = y (5) = 1, y (0) = 0,
2 2 4 4 6
−5,0
y (0 ) = y (5) = 0, y (0) = y (5) = 0,
8 8 10 10

y (0) = 1 (k = 1).
7
Figura 8: Função de teste τ 21 para o Exemplo 9.3.

Este problema do valor de contorno foi resolvido 2π


y1′ = f 1 = y2 ,
e quatro pontos de bifurcação secundários foram y6
calculados: 2π   16 − π 2 (2 + y 2 )
y ′2 = f 2 =  y1 y 42 + 12 S  1
y
y6   y (1 − y 2 )3 2 (2 + y 2 ) 2
λ y1 No de   5 1 1

ramos 
2πy12  2 y4 
0,814211758 1,50982475 2 − 1 −   + 2 cos y 3  ,
0,920702676 1,08570337 2 (2 + y12 )(1 − y12 )  y 5 


0,954964373 1,75521841 3 2π
y 3′ = f 3 = y4 ,
0,959531656 1,66841418 2 y6
2π  12π 2 S  2 y4 
Tabela 3: Pontos de bifurcação para o Exemplo 9.3. y ′4 = f 4 =  1 − 
y 6  (1 − y12 ) 2 (2 + y12 ) 
1
y5 
O diagrama de bifurcação é mostrado na Fig. 7 e 
48π Sy 2 2
a função de teste τ 21 , mostrada na Fig. 8, indica os + − ( y 2 y 4 + sin y 3 ) ,
y 5 (2 + y12 )(1 − y12 ) y1 
pontos de bifurcação. Os pontos de bifurcação y 5′ = f 5 = 0 ( y 5 ≡ ω r ),
separam soluções que descrevem estados físicos
qualitativamente diferentes. Para valores do campo
y 6′ = f 6 = 0 ( y 6 ≡ ω ),
∂f1
magnético no intervalo 0,9207 < λ < 0,9549, y 7′ = f 7 = y8 ,
∂y 2
cinco tipos de soluções não-triviais co-existem para ∂f ∂f ∂f ∂f
o mesmo valor do parâmetro. y 8′ = f 8 = 2 y 7 + 2 y 8 + 2 y 9 + 2 y10 ,
∂y1 ∂y 2 ∂y3 ∂y 4
∂f
y 9′ = f 9 = 3 y10 ,
∂y 4
9.4 Mancal Radial de Deslizamento ∂f ∂f ∂f ∂f
y10′ = f 10 = 4 y 7 + 4 y 8 + 4 y 9 + 4 y10 ,
O modelo de um mancal radial de deslizamento ∂ y1 ∂y 2 ∂y3 ∂y 4
consistindo de um rotor que gira dentro de um
730
Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

com as seguintes condições de contorno: parametrização, para ω r > 1,3462..., o problema fornece
a solução estacionária instável mantendo constante o
r1 = y1 (0 ) − y1 (1) = 0, r6 = y8 (0 ) − y8 (1) = 0, valor da freqüência. A parametrização do ramo periódico
r2 = y2 (0 ) − y2 (1) = 0, r7 = y9 (0 ) − y9 (1) = 0, na sua parte estável também é mostrada.
r3 = y3 (0 ) − y3 (1) = 0, r8 = y10 (0 ) − y10 (1) = 0,
y6
r4 = y4 (0 ) − y4 (1) = 0, r9 = y8 (0) = 0, 1,5
r5 = y7 (0) − y7 (1) = 0, r10 = y7 (0) − 1 = 0,

onde S , ω r e ω , são o número de Sommerfeld (que


relaciona geometria, viscosidade e carga), a veloci-
dade adimensional do rotor em relação ao mancal e 1,1
a freqüência orbital adimensional das soluções peri-
ódicas, respectivamente. 1,2 1,4 1,6 1,8 y5
Para determinar ramos de soluções (estacionárias
e periódicas) em função do parâmetro ω r , foram Figura 10: Freqüência angular de órbitas periódicas para
o Exemplo 9.4 (S = 0,33703). Linha cheia (tracejada)
resolvidos TPBVP’s nas formas (34) e (36).
Três pontos de bifurcação foram calculados: representa soluções estáveis (instáveis).

ωr y1 (0 ) S ω A Figura 11 mostra a amplitude da variável y1 (0 ) em


1,346261494 0,1 0,33703 1,534677223 função de y5 , para um valor fixo de S = 0,06177. Para
1,704494039 0,5 0,06177 1,635961000 valores de ω r > 1,704494039, verifica-se que, em regime
0,954964373 0,75 0,03094 1,812451270 permanente, co-existem duas soluções: uma estacionária
Tabela 4: Pontos de bifurcação para o Exemplo 9.4. instável e uma periódica estável.

y1 (0 )
A Figura 9 mostra a amplitude da variável y1 (0 )
(excentricidade do rotor em relação ao centro do 1,0
mancal) no instante inicial, em função da velocidade
adimensional do rotor, para um valor fixo do
parâmetro S = 0,33703. Para valores de ω r no
intervalo ≅ 1,2 < ω r < 1,346261494, verifica-se que, 0,5
em regime permanente, co-existem três soluções:
uma estacionária estável e duas periódicas (uma 1,4 1,8 2,2 2,6 y5
instável (tracejada) e outra estável).
Figura 11: Diagrama de bifurcação para o Exemplo 9.4
y1 (0 ) (S = 0,06177). Linha cheia (tracejada) representa
0,5 soluções estáveis (instáveis).

y6
1,66

0,1

1,2 1,4 1,6 1,8 y5 1,64


Figura 9: Diagrama de bifurcação para o Exemplo
9.4 (S = 0,33703). Linha cheia (tracejada) 1,4 1,8 2,2 y5
2,6
representa soluções estáveis (instáveis).
Figura 12: Freqüência angular de órbitas periódicas para
A Figura 10 mostra a freqüência angular o Exemplo 9.4 (S = 0,06177 ).
adimensional das soluções periódicas ao longo do
processo de continuação. Verifica-se que parametri- A Figura 12 mostra a freqüência y6 ao longo da
zando o ramo periódico na sua parte instável, em parametrização do ramo periódico estável, em direção ao
direção ao ponto de bifurcação de Hopf, a
ponto de bifurcação complexo, a freqüência toma valores
freqüência toma valores crescentes (enquanto a
decrescentes estabilizando-se, no ponto de bifurcação, no
amplitude decresce) e, no ponto de bifurcação,
valor ω = 1,635961. Continuando a parametrização, para
assume o valor ω = 1,534677223. Continuando a
731
Imprimir Sair Menu

$QDLVGRR&RQJUHVVR7HPiWLFRGH'LQkPLFDH&RQWUROHGD6%0$&
31-maio a 3-junho-2004
UNESP – Campus de Ilha Solteira

ω r < 1,704..., o problema fornece a solução of ordinary differential equations. Applied


estacionária estável mantendo constante o valor da mathematics and computation 9:257-271, 1981.
freqüência. [15] M. Kubícek, Algorithm for evaluation of complex
bifurcation points in ordinary differential equations.
SIAM J. Appl. Math., 38:103, 1980.
Referências
[16] M. Kubícek e M. Holodnick, Numerical
[l] H. Poincaré, Sur l’équilibre d’une masse fluide determination of bifurcation points in steady state
animée d’un mouvement de rotation. Acta and periodic solutions - numerical algorithms and
mathemati-ca 7:259-380, 1885. examples. In: Numerical methods for bifurcation
[2] J. B. Keller e S. Antmann, Bifurcation theory problems. Küpper, T.; Mittelmann, H. D.; Weber,
and nonlinear eigenvalue problems. New York, H., eds., Birkhäuser Verlag, Basel, 1984, pp.247-
Benjamin, 1969. 270.

[3] G. H. Pimbley, Eigenfunction branches of [17] K. H. Becker e R. Seydel, A duffing equation with
nonlinear operators, and their bifurcations. In: more than 20 branch points. In: Numerical solution
Lecture notes in Maths. 104:, Berlin, Springer, of nonlinear equations, Allgower, E. L. et al., eds.,
1969. lectures notes 878:98-107, Springer, Berlin, 1981.

[4] I. Stakgold, Branching of solutions of nonlinear [18] V. Hlavacek, M. Marek e M. Kubícek, Modelling of
equations. SIAM Review 13:289-332, 1971. chemical reactors - X. Multiple solutions of
entalphy and mass balances for a catalytic reaction
[5] H. D. Mittelmann e H. Weber, Numerical within a porous catalyst particle. Chem. Engng. Sci.
methods for bifurcation problems - a survey and 23:1083-1097, 1968.
classification. In: Bifurcation problems and their
numerical solution. Mittelmann, H.D.; Weber, [19] M. Kubícek e V. Hlavacek, Solution of nonlinear
H., eds., Birkhäuser Verlag, Basel, 1980, pp.1- boundary value problems - IX. Evaluation of
45. branching points based on the differentiation with
respect to boundary conditions. Chem. Engng. Sci.
[6] R. Seydel, Numerical computation of branch 30:1439-1440, 1975.
points in ordinary differential equations. Numer.
math. 32:51-68, 1979. [20] J. Stoer e R. Bulirsch, Introduction to numerical
analysis. Springer Verlag, Berlin, 1980.
[7] R. Bulirsh e J. Stoer, Numerical treatment of
ordinary differential equations by extrapolation [21] H. J. Weinitschke, Die Stabilitat elliptischer
methods, Numer. math. 8:1-13, 1966. Zylinderschalen bei reiner Biegung. ZAMM 50:411-
422, 1970.
[8] D. Ruelle, Elements of differentiable dynamics
and bifurcation theory. Boston, Academic Press, [22] F. Odeh, Existence and bifurcation theorems for the
1989. Ginzburg-Landau Equations. J. Math. Phys. 8:2351
-2356, 1967.
[9] T. H. Hildebrandt e K. M. Graves, Implicit
functions and their differentials in general [23] T. Postom e I. Stewart, Catastrophe Theory and its
analysis. A.M.S. Trans. 29:127-153, 1927. applications. Dover, Mineola, 1996.

[10] W. F. Langford, Numerical solution of [24] M.C. Ricci, Aplicação de Métodos Numéricos de
bifurcation problems for ordinary differential Continuação e de Bifurcações ao Problema do
equations. Numer. math. 28:171-190, 1977. Mancal Hidrodinâmico Liso, Longo, Com e Sem a
Presença de Cavitação, Tese de Doutorado em
[11] M. M. Vainberg, Variational methods for the Ciência Espacial/Mecânica Espacial e Controle,
study of nonlinear operators. San Francisco, INPE, São José dos Campos, 1997.
Holden-Day, 1964.
[25] M.C. Ricci e P. N. Souza, Mancal radial de
[12] E. Hopf, Abzweigung einer periodischen deslizamento: determinação de ramos de soluções
lösung von einer stationären losüng eines periódicas e pontos de bifurcação complexos. In:
differential-systems. Bericht der Congreso sobre Métodos Numéricos y sus
mathematisch-physischen klasse der Aplicaciones (ENIEF), 10., Bariloche, Argentina,
sächsischen akademie der wissenschaften zu 10-14 nov. 1997. Mecanica Computacional,
leipzig, 94:1-22, 1942. Asociación Argentina de Mecánica Computacional,
[13] J. E. Marsden e M. McCracken, The hopf v. XVIII, p. 133-142, 1997. (INPE-9851-
bifurcation and its applications, Springer- PRE/5433).
Verlag, New York, 1976.
[14] R. Seydel, Numerical computation of periodic
orbits that bifurcate from stationary solutions

Vous aimerez peut-être aussi