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História da América
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Manual do Professor
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Sumario
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Nessa unidade buscaremos
Capitulo 1 - Introdução ao
conteúdo, e aspectos tratar das sociedades andinas e
iniciais. mesoamericanas, para isso,
dividimos a unidade em três
capítulos, para melhor trabalhar o
assunto.
Capitulo 2 - Incas, Maias e
Astecas e colonização No capitulo um iremos
tratar de formas de introduzir o
conteúdo em sala de aula, pois
sabe- se que há várias coisas pra
Capitulo 3 - Utilizando o
se falar sobre esses povos.
livro didatico e outros
metodos. O capitulo dois tratará mais
do conteúdo em sí mostrando
como esses povos se
estabeleceram na região, e como
foi a colonização.
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Capitulo
Introdução ao conteúdo, e aspectos iniciais.
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Para dar inicio ao conteúdo, você pode trazer vários aspectos diferentes, como
falar das guerras, da economia, das construções, dos rituais, dos seus deuses, ou de
como funcionava a agricultura, levando em conta o assunto que seus alunos mais
gostam.
A partir das crônicas que o Miguel traz em seu texto dá para fazer algumas
reflexões com os alunos, pois é colocado dessas crônicas os pontos de vista dos índios, e
isso é bastante importante, pois só vemos nos livros o ponto de vista Eurocêntrico.
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Para dar inicio da aula também pode ser falado de como esses povos se
embeleceram na região onde hoje é denominada de américa, pois tem algumas teorias
que explicam o acontecimento, alguns teóricos acreditam que esses primeiros homens
chegaram onde hoje é a américa, pelo oceano pacifico, vindo através de pequenas
embarcações, e Ciro Flamarion defende a tese de que eles chegaram vindos de onde hoje é
o continente asiático, pelo estreito de Bering na ultima glaciação.
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Capítulo
Incas, Maias e Astecas e a colonização
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Dentre as Teorias de
povoamento, vemos a que afirma
que os primeiros grupos humanos,
vindo da Ásia, chegaram ao
continente ao atravessar o Estreito
de Bering. Até esse ponto,
também se vê afirmado por Ciro
Flamarion em "América pré-
A imagem mostra os caminhos percorridos pelos
colombiana”. homens para chegar na América.
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Quanto a sua localização, eles se organizavam na atual região da Cidade do México,
no decorrer do século XIV e XVI. Eles eram politeístas - seus principais deuses eram ligados
ao ciclo solar ou atividade agrícola -, e fortemente influenciados pela religião. E como
exemplo, vemos a realização de sacrifícios humanos, apenas para agradar aos deuses, pedir
por fertilidade, dentre outras coisas.
O sacrifício humano era Na imagem
um ritual que havia sido pode-se ver a
realização de
praticado há milhares de anos. Os um sacrifício
sacrifícios humanos foram humano ao
realizados em todo o México, deus sol.
embora com suas
particularidades em cada região
ou cultura.
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A sociedade era extremamente dividida, em: escravos, maceualli (ou calpulli), artesãos
e comerciantes, pochtecas, sacerdotes e dignitários civis e militares. Ou, de forma mais
fácil: escravos, comerciantes, guerreiros, sacerdotes e nobres.
Desenvolveram uma
escrita muito complicada e um
calendário baseado no ano solar
de 365 dias. Possuíam
conhecimento de astronomia
que deixaram os cientistas
Pirâmide representando a divisão social do império Asteca. modernos espantados.
Abordando o aspecto econômico, é possível afirmar que sua base era a agricultura
onde o principal elemento cultivado era o milho, a pimenta, o tomate, a mandioca, o
fumo, e o cacau. E como eram bem desenvolvidos, tinham um sistema de irrigação
bastante avançado, com aquedutos e canais por onde transitavam seus barcos.
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A zona que os Maias ocupavam equivale aos distritos dos atuais, México, Honduras,
Beliza e El Salvador.
A economia dos Maias era baseada na agricultura, onde se cultivavam, milho (de
três espécies), algodão, tomates, cacau, batatas e frutas. Devido às suas técnicas
rudimentares e itinerantes, a irrigação realizada por eles, veio a contribuir para a
destruição de florestas tropicais nas terras onde viviam, o que acabou levando-os, com o
tempo, a buscar solos mais férteis, visto que a escassez dos produtos os "forçaram" a
investir na agricultura, como é o caso do terraço para evitar erosões, a drenagem dos
pântanos para se obter as condições necessárias para o plantio, e o uso das queimados
no cultivo de milho.
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Além da agricultura, a
economia dos mais contava também
com a caça, a pesca e o comércio,
onde se costumava usar, além do
ouro, da prata, do jade, de conchas
do mar e plumas coloridas,
sementes de cacau e sinetas de
cobre, como unidade troca. Para
dinamizar ainda mais, eles usavam
tecidos, cerâmicas, mel, escravos,
etc., e as realizavam através de
estradas e canoas.
Imagem utilizada para representar a atividade de
comércio/troca, uma das bases da economia maia.
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por índio da etnia quíchua, e dessa forma, viveram ao redor de Cuzco, que
posteriormente virou a capital do Império.
Trazendo a política inca para o debate, sabe-se que tanto o fato de outras
populações terem sido militarmente subordinadas a esta civilização, quanto o fato de a
expansão de seu território que se deu por meio de uma série de vitórias militares - que
intimidavam os outros povo - serviram para reafirmar o poder dos Incas , sem contar que
a organização militar do seu governo imperial ocorreu a partir dessa série de vitórias.
Assim como com os Astecas e Maias, a agricultura era sua principal atividade
econômica. Onde se plantava mais de setecentas espécies de vegetais, com destaques
para batatas, batatas doce, milho, pimenta, algodão, tomates, amendoim, mandioca e
um grão chamado quinua. Mas, além da agricultura, a caça também integrava a base da
economia inca, haja vista que através dela se fornecia carne, couro e plumas que usava
em seus tecidos. Não se usava moeda, priorizavam-se as trocas ou escambos, onde até o
trabalho era remunerado com mercadorias e comida.
O ultimo aspecto, mas não menos importante, que integrava a economia inca era o
fato de que todos os níveis da sociedade deveriam pagar tributos ao imperador inca.
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É importante explicitar que a "Conquista" do continente americano por parte dos
europeus, se deu, basicamente, de forma semelhante para com os três povos aqui
abordados, e feito essa observação, queremos deixar claro que tentaremos abordá-la de
uma forma mais geral, destacando a visão, tanto dos espanhóis, quanto a dos indígenas.
O primeiro contato que os espanhóis tiveram com os indígenas foi com os povos
astecas, depois eles conquistaram os Incas e só depois veio a conquista dos Maias. E para
melhor compreender o ponto de vista dos vencidos na conquista das terras altas da
Guatemala, há vários relatos e crônicas em idiomas Cakchiiquel e Quiché.
Como no mundo asteca, assim também se pensou inicialmente, nas terras altas
da Guatemala, que os estrangeiros eram deuses, e o mesmo é comprovado em uma
passagem retirada do livro "A conquista da América Latina pelos índios; relatos astecas,
maias e incas", mas especificamete no capítulo referente a Memória Maia da Conquista,
de Miguel León-Portilla:
fomos vê-los
Diferente dos povos Maias das terras altas da Guatemala, os Maias de Yucatán
não pensaram que os estrangeiros eram deuses. Mesmo no começo eles já os chamavam
de "dzules", que significa forasteiros. Outro nome dado ao europeus foi "comedores de
anonas".
Mas o traço mais interessante dos testemunhos maias, no qual se pode perceber
o que chamamos de sua "visão filosófica da Conquista", está nos juízos que emitiram a
respeito dela.
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Lemos em Chilam Balam de Chumayel:
Castrar o sol!
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Capítulo
Utilizando o livro didático e outros métodos
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Os Astecas são citados como sendo o povo que dominava conhecimentos
matemáticos e que desenvolveram um calendário solar, e que possuía escrita e uma
engenharia avançada, que poderia ser vista a partir dos templos e pirâmides. Ao falar dos
Astecas o livro, também, se abstem de diversas informações que são muito importantes
para a formação dos alunos, ele deixa de fora a agricultura e sua complexidade, a partir
do que falta no livro, o professor deve pesquisar por fora para poder adentrar nesse
tema tão importante que é a agricultura dos Astecas, falando de agricultura os povos
anteriores aos Astecas que utilizavam uma técnica chamada Chinampas, técnica essa que
utilizava os lagos, onde eles faziam uma camada de barro e matos para plantar em cima
dos logos, essas técnicas referente aos povos não poderiam ficar de fora do livro didático,
porém cabe ao professor não deixar que elas fiquem de fora das aulas.
O segundo tópico recebe o titulo de "Os Incas", é um tópico destinado a falar dos
Incas, mas olhando longo de inicio, já se tem a impressão que o texto não abordará essa
civilização por completo, pois é um tópico muito curto. O tópico de forma geral, repeti o
que aconteceu quando livro fala dos Astecas e dos Maias, o texto trás informações soltas
e diretas, porém deixa de fora varias informações que são necessárias que todos saibam,
como aspectos da cultura, pois é um povo que é coberto por signos culturais e que tem
uma crença, e através disso tem seus rituais que precisam ser trabalhados com os alunos.
O capítulo seguinte trata da conquista espanhola do território que antes era dos
Astecas, Incas e Maias. O capítulo se inicia com a conquista do México, o texto fala que
os espanhóis tomaram para sí as ilhas do caribe, e muitos anos depois foi que chegaram
no continente. O livro coloca apenas que os Astecas trataram os europeus
amigavelmente, todavia não diz que os Astecas acreditavam que os europeus fossem
deuses, no livro "A conquista da América Latina vista pelos índios" do autor Miguel Leon-
Portilla que trata desse assunto mostrando a visão dos índios sobre a conquista, tem um
trecho que afirma que os astecas acreditavam que eles eram deuses. O livro fala das
doenças que mataram os Astecas e diz que foi isso que fez com que os Astecas
perdessem a guerra, o texto também fala dos povos rivais aos Astecas que se aliaram aos
espanhóis para lutar.
Logo mais na frente, tem um tópico para falar da queda dos Incas, onde ele fala
que os espanhóis chegaram com 168 homens, e que se depararam com um exercito de
80 mil homens, mesmo assim capturaram o imperador Inca, e pediram muito ouro como
recompensa, porem ao receber esse ouro os espanhóis mataram o imperador e pouco
tempo depois o território Inca estava sob posse dos espanhóis. A forma como esse tópico
é escrito faz parecer que tudo foi muito simples, contudo tem todo um processo para
chegar aonde chegou.
O conteúdo sobre os índios finaliza no ultimo tópico que fala sobre a colonização,
e o que os espanhóis fizeram nas terras Fala muito pouco da utilização da mão de obra
de indígena, sendo que o índio foi muito escravizado. O livro trás como era o modo de
plantação e de distribuição das terras tomadas, mas ai não expõe em que condições
ficaram os indígenas que sobreviveram.
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O filme Apocalypto
trata muito bem da temática,
pois trás em seu enredo o
Mel Gibson dirigiu esta ação sobre o cotidiano da dominação Maia
colapso da civilização Maya usando sob tribos pequenas, e todos
o ponto de vista de um jovem os costumes dessas tribos.
guerreiro. Rudy Youngblood, Dalia Esse filme se faz interessante
Hernandez, Jonathan Brewer, Raoul para os historiadores, pois
Trujillo
Trujillo rompe com a tradição dos
“filmes históricos”
hollywoodianos ao ser falado
no idioma “original” dos
homens retratados na tela.
O filme retrata sem pudores a violência dos sacrifícios humanos nas sociedades pré-colombianas na
América; e, principalmente, distancia-se da visão de “bom selvagem” que persistiu no cinema nos últimos
tempos, completando de certa forma um movimento já iniciado na historiografia. Estes são méritos reais do
filme de Gibson, que devem ser ressaltados.
http://ligadosnahistoria.blogspot.com.br/2010/04/o-povoamento-da-america.html
http://www.historiadetudo.com/america-pre-colombiana
https://www.estudopratico.com.br/povos-astecas-cultura-economia-e-religiao/
https://www.estudopratico.com.br/civilizacao-maia-deuses-profecias-e-economia-destes-povos/
CARDOSO, Ciro Flamarion. Introdução, Sociedades Pré - Agrícolas, Sociedades Agrícolas Pré-
Urbanas. In: _____ .América Pré-Colombiana. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981
: LEÓN-PORTILLA, Miguel (Org.). A Memória Maia da Conquista. In: ____. A conquista da América
Latina vista pelos índios; relatos astecas, maias e incas. Petrópolis: Vozes, 1984.
Ser protagonista : história : revisão : ensino médio, volume único / obra coletiva concebida,
desenvolvida e produzida por Edições SM. — 1. ed. — São Paulo : Edições SM, 2014. — (Coleção ser
protagonista)
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