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Notas de Aula
CAPÍTULO
4
Neste Capítulo
1 Introdução
2 Força e interações
3 Primeira lei de Newton
4 Segunda lei de Newton
5 Massa e Peso
6 Terceira lei de Newton
7 Aplicações das leis de
Newton
8 Lei de Hooke
9 Forças de atrito
10 Resistência de um fluido e
velocidade terminal
2018 www.professorgomes.com.br
NOTA DE AULA
PROF. JOSÉ GOMES RIBEIRO FILHO
LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
Como pode um rebocador pequeno rebocar um navio muito mais pesado do que ele? Por que ele precisa de
uma longa distância para parar o navio depois do início do movimento? Por que seu pé se machuca mais quando você
chuta uma rocha do que quando chuta uma bola de futebol? Por que é mais difícil controlar um carro que se desloca
sobre uma pista de gelo do que quando ele se desloca sobre uma pista de concreto seco? As respostas a essas e outras
questões semelhantes nos conduzem ao estudo da dinâmica, a relação entre o movimento e a força que o produz. Nos
capítulos anteriores, estudamos a cinemática, a linguagem para descrever o movimento. Agora estamos aptos a
entender o que faz os corpos se moverem da maneira como eles o fazem.
Neste capítulo, para analisarmos os princípios da dinâmica, usaremos as grandezas deslocamento, velocidade e
aceleração juntamente com dois conceitos novos, força e massa. Esses princípios podem ser sintetizados em um
conjunto de três afirmações conhecidas como leis de Newton do movimento. A primeira afirma que, quando a força
resultante que atua sobre um corpo é igual a zero, o movimento do corpo não se altera. A segunda lei de Newton
relaciona a força com a aceleração quando a força resultante que atua sobre um corpo não é igual a zero. A terceira lei é
uma relação entre as forças de interação que um corpo exerce sobre os outros. Essas leis, baseadas em estudos
experimentais do movimento de um corpo, são fundamentais sob dois aspectos. Em primeiro lugar, elas não podem ser
deduzidas ou demonstradas a partir de outros princípios. Em segundo lugar, elas permitem nosso entendimento dos
tipos mais comuns de movimento; elas são o fundamento da mecânica clássica (também conhecida como mecânica
newtoniana). Contudo, as leis de Newton não são universais: elas necessitam de modificações para velocidades muito
elevadas (próximas da velocidade da luz) e para dimensões muito pequenas (tal como no interior de um átomo).
As leis do movimento foram claramente estabelecidas pela primeira vez por Sir Isaac Newton (1642‐1727), que
as publicou em 1687 em sua obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios Matemáticos da Filosofia
Natural).
FIGURA 1 Capa da obra Philosophiae Naturalis Principia
Mathematica.
Muitos outros cientistas anteriores a Newton também contribuíram para os fundamentos da mecânica,
incluindo Copérnico, Brahe, Kepler e especialmente Galileu Galilei (1564‐1642), que faleceu no mesmo ano do
nascimento de Newton. Na verdade, de acordo com palavras do próprio Newton, "Se eu fui capaz de ver um pouco mais
adiante do que outros homens, é porque eu montei nos ombros de gigantes". Agora é nossa vez de montarmos nos
ombros de Newton e usar suas leis para entender como nosso mundo físico funciona.
As leis de Newton podem ser enunciadas de modo muito simples, embora alguns estudantes tenham
dificuldades para entendê‐las e utilizá‐las. A razão é que, antes de estudar física, durante anos você caminhou, jogou
bola, empurrou caixas e fez dezenas de coisas que envolvem movimento. Durante esse período você desenvolveu um
"senso comum", envolvendo ideias sobre o movimento e suas causas. Porém, muitas dessas ideias do "senso comum",
embora possam funcionar em nossa vida diária, não se combinam com uma análise lógica nem com a experiência.
Grande parte da tarefa deste capítulo — e do restante de nosso estudo da física — consiste em ajudar você a se
convencer de que o "senso comum" deve ser substituído por outros tipos de análises.
1
2 FORÇA E INTERAÇÕES
Na linguagem cotidiana, exercer uma força significa puxar ou empurrar. O conceito de força nos fornece uma
descrição quantitativa da interação entre dois corpos ou entre o corpo e seu ambiente. Quando você empurra um carro
atolado, você exerce uma força sobre ele. Uma locomotiva exerce uma força sobre o trem para puxar ou empurrar os
vagões, um cabo de aço exerce uma força sobre a viga que ele sustenta em uma construção e assim por diante.
Quando uma força envolve o contato direto entre dois corpos, ela é chamada de força de contato. Exemplos de
força de contato são a força de puxar ou empurrar exercida pela sua mão, a força de puxar exercida por uma corda
sobre um objeto no qual ela está presa e a força que o solo exerce sobre um jogador de futebol. Existem também
forças, denominadas forças de longo alcance, que atuam mesmo quando os corpos estão muito afastados entre si. Você
já deve ter sentido o efeito de forças de longo alcance ao brincar com um par de ímãs. A gravidade também é uma força
de longo alcance: para manter a Terra em órbita, o Sol exerce uma atração gravitacional sobre a Terra, mesmo a uma
distância de 150 milhões de quilômetros.
FIGURA 1 Exemplos de forças aplicadas. Em cada caso, sobre o objeto, na zona delimitada por linhas tracejadas a força é
exercida. Algum agente no ambiente de fora da área da caixa exerce uma força sobre o objeto.
A força é uma grandeza vetorial; você pode puxar ou empurrar um objeto em diferentes direções e sentidos.
Logo, para descrever uma força, além da direção e do sentido, precisamos descrever seu módulo, que especifica
"quanto" ou "a intensidade" com que a força puxa ou empurra. A unidade SI do módulo de uma força é o newton,
abreviado por N.
3 PRIMEIRA LEI DE NEWTON
Discutimos algumas propriedades das forças, mas até agora não dissemos nada sobre como as forças afetam o
movimento. Para começar, vamos verificar o que ocorre quando a força resultante sobre um corpo é igual a zero.
Quando um corpo está em repouso, e se nenhuma força resultante atua sobre ele (isto é, nenhuma força puxa ou
empurra o corpo), você certamente concorda que esse corpo deve permanecer em repouso. Porém, o que ocorre
quando o corpo está em movimento e a força resultante sobre ele é igual a zero?
Para ver o que ocorre nesse caso, suponha que você jogue um disco de hóquei sobre o topo de uma mesa
horizontal e com a mão aplique sobre ele uma força horizontal (figura 2a). Depois que você parou de empurrar, o disco
não continua a se mover indefinidamente; ele diminui de velocidade e para. Para que seu movimento continuasse, você
teria de continuar a empurrar (ou seja, aplicar uma força). O "senso comum" levaria você a concluir que corpos em
movimento devem parar e que seria necessário aplicar uma força para sustentar o movimento.
Imagine agora que você empurre o disco de hóquei sobre um assoalho encerado recentemente (figura 2b).
Depois que você parar de empurrar, o disco percorrerá uma distância maior antes de parar. Coloque‐o em uma mesa
com um colchão de ar, de modo que ele flutue dentro de uma camada de ar; nesse caso ele percorre uma distância
muito maior (figura 2c). Em cada caso, o atrito, uma força de interação entre a superfície do disco e a superfície sobre a
qual ele desliza, é responsável pela diminuição da velocidade do disco; a diferença entre os três casos é o módulo da
força de atrito. O assoalho encerado exerce uma força de atrito menor do que a força de atrito da superfície do topo da
mesa, de modo que o disco percorre uma distância maior antes de parar. As moléculas de ar exercem a menor força de
atrito entre as três. Caso fosse possível eliminar completamente o atrito, a velocidade do disco não diminuiria nunca e
não precisaríamos de nenhuma força para mantê‐lo em movimento. Portanto, o "senso comum" de que seria necessário
aplicar uma força para sustentar o movimento é incorreto.
Experiências como as que acabamos de descrever mostram que, quando a força resultante é igual a zero, o
corpo ou está em repouso ou se move em linha reta com velocidade constante.
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FIGURA 2 a) O disco de hóquei recebe um impulso inicial, ele para em uma distância curta sobre a mesa. b) Em uma
superfície encerada recentemente, a força de atrito diminui, e o disco percorre uma distância maior. c) Se ele se move
em um colchão de ar sobre a mesa, a força de atrito é praticamente zero e ele se move com velocidade quase
constante.
Uma vez iniciado o movimento, não seria necessária nenhuma força resultante para mantê‐lo. Em outras
palavras: Quando a força resultante sobre um corpo é igual a zero ele se move com velocidade constante (que pode ser
nula) e aceleração nula. Este é o enunciado da primeira lei de Newton.
A tendência de um corpo de se manter deslocando, uma vez iniciado o movimento, resulta de uma propriedade
denominada inércia. A tendência de um corpo parado se manter em repouso é também decorrente da inércia. Você já
deve ter visto a seguinte experiência. A louça apoiada em uma toalha de mesa não cai quando a toalha é puxada
repentinamente. A força de atrito sobre a porcelana durante o intervalo de tempo muito curto não é suficiente para ela
se mover, logo ela permanece praticamente em repouso.
É relevante notar que na primeira lei de Newton o que importa é conhecer a força resultante. Por exemplo, um
livro de física em repouso sobre uma mesa horizontal possui duas forças atuando sobre ele: uma força de cima para
baixo oriunda da atração gravitacional que a Terra exerce sobre ele (uma força de longo alcance que atua sempre,
independentemente da altura da mesa) e uma força de baixo para cima oriunda da reação de apoio da mesa (uma força
de contato). A reação de apoio da mesa de baixo para cima é igual à força da gravidade de cima para baixo, de modo
que a força resultante que atua sobre o livro (ou seja, a soma vetorial das duas forças) é igual a zero. De acordo com a
primeira lei de Newton, se o livro está em repouso sobre a mesa ele deve permanecer em repouso. O mesmo princípio
pode ser aplicado a um disco de hóquei se deslocando sobre uma superfície horizontal sem atrito: a soma vetorial da
reação de apoio da superfície de baixo para cima e da força da gravidade de cima para baixo é igual a zero. Uma vez
iniciado o movimento do disco, ele deve continuar com velocidade constante porque a força resultante atuando sobre
ele é igual a zero.
Quando não existe nenhuma força atuando sobre um corpo, ou quando existem diversas forças com uma soma
vetorial (resultante) igual a zero, dizemos que o corpo está em equilíbrio. No equilíbrio, o corpo ou está em repouso ou
está em movimento com velocidade constante. Para um corpo em equilíbrio, a força resultante é igual a zero:
F = 0 [1]
SISTEMAS DE REFERÊNCIA INERCIAL
Suponha que você esteja em um avião que acelera ao longo da pista de decolagem. Se você pudesse ficar em pé
apoiado em patins ao longo do eixo no interior do avião, você se deslocaria para trás em relação ao avião à medida que
o piloto acelerasse o avião. Ao contrário, durante a aterrissagem do avião, você começaria a se mover para trás até o
avião parar: Tudo se passa como se a primeira lei de Newton não estivesse sendo obedecida; aparentemente não existe
nenhuma força resultante atuando sobre você, embora sua velocidade esteja variando. O que existe de errado? O fato é
que o avião está sendo acelerado em relação à Terra e este não é um sistema de referência adequado para a aplicação
da primeira lei de Newton. Essa lei vale para alguns sistemas de referência e não vale para outros. Um sistema de
referência para o qual a primeira lei de Newton seja válida denomina‐se sistema de referência inercial. A Terra pode ser
considerada aproximadamente um sistema de referência inercial, mas nesse caso não é. Como a primeira lei de newton
é usada para definir um sistema de referência inercial, algumas vezes ela é chamada lei da inércia.
A figura 3 mostra como usar a primeira lei de Newton para compreender o que ocorre quando você viaja em um
veículo em aceleração. Na figura 3a, o veículo está inicialmente em repouso, e a seguir começa a acelerar para a direita.
Uma passageira sobre patins praticamente não possui nenhuma força resultante atuando sobre ela, visto que as rodas
dos patins minimizam os efeitos do atrito, portanto, ela tende a permanecer em repouso em relação ao sistema de
referência inercial da Terra, de acordo com a primeira lei de Newton. Como o veículo acelera para a frente, ela se move
para trás em relação ao veículo. Analogamente, se o veículo está em movimento e diminui de velocidade, ela tende a
continuar em movimento com velocidade constante em relação à Terra (figura 3b). A passageira se move para a frente
em relação ao veículo. Um veículo também acelera quando se move com velocidade constante mas faz uma curva
(figura 3c). Nesse caso, a passageira tende a continuar em movimento com velocidade constante em relação à Terra na
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mesma linha reta; em relação ao veículo, ela se move lateralmente para fora da curva.
FIGURA 3 Viajando em um veículo em aceleração, a) Se você e o veículo estão inicialmente em repouso, você tende a
permanecer em repouso quando o veículo acelera, b) Se você e o veículo estão inicialmente em movimento, você tende
a permanecer em movimento quando o veículo diminui de velocidade, c) Você tende a continuar em linha reta quando
o veículo faz uma curva.
Em cada caso indicado na figura 3, um observador fixo no sistema de referência do veículo poderia ser levado a
concluir que existe uma força resultante atuando sobre a passageira em cada caso. Esta conclusão está errada: a força
resultante sobre a passageira é nula. O erro do observador do veículo é que ele está tentando aplicar a primeira lei de
Newton a um sistema de referência que não é inercial, para o qual não vale a primeira lei de Newton (figura 4).
FIGURA 4 Para o sistema de referência deste carro, tudo se
passa como se uma força estivesse puxando os bonecos de
teste para a frente quando o carro para repentinamente.
Contudo, essa força não existe, os bonecos devem continuar a
se mover para a frente em virtude da primeira lei de Newton.
Mencionamos somente um sistema de referência (aproximadamente) inercial: a superfície da Terra. Porém,
existem muitos sistemas de referência inerciais. Caso você tenha um sistema de referência inercial A no qual seja válida
a primeira lei de Newton, então qualquer outro sistema de referência B que se mova em relação a A com velocidade
relativa constante vB/A também será um sistema de referência inercial. Para provar isso, usamos a equação do capítulo
anterior, que relaciona as velocidades relativas:
vP/A vP/B vB/A
Suponha que P seja um corpo que se desloca com velocidade constante vP/A em relação a um sistema de
referência inercial A. Pela primeira lei de Newton, a força resultante sobre o corpo é igual a zero. A velocidade relativa
de P em relação a outro sistema de referência B possui um valor diferente vP/B = vP/A ‐ vB/A. Porém, a velocidade relativa
vB/A entre os dois sistemas é constante, então vP/B também é constante. Logo, o sistema de referência B também é
inercial; a velocidade de P em relação a esse sistema é constante, a força resultante sobre P é nula e a primeira lei de
Newton é válida em B. Observadores em B e em A não concordarão sobre a velocidade de P, mas concordarão que P se
move com velocidade constante (aceleração nula) e que a força resultante sobre P é nula.
4 SEGUNDA LEI DE NEWTON
Ao discutirmos a primeira lei de Newton, vimos que quando não existe nenhuma força atuando sobre um corpo,
ou quando a força resultante é igual a zero, o corpo se move com velocidade constante e aceleração nula. Na figura 5a,
um disco de hóquei está deslizando para a direita sobre uma pista de gelo, de modo que o atrito é desprezível. Não
existe nenhuma força horizontal agindo sobre o disco; a reação de apoio da superfície de gelo de baixo para cima anula
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a força da gravidade de cima para baixo. Sendo assim, a força resultante sobre o disco F é igual a zero, a aceleração
do disco é nula e ele se move com velocidade constante.
Porém, o que ocorre quando a força resultante for diferente de zero? Na figura 5b aplicamos uma força
horizontal constante no mesmo sentido do deslocamento do disco de hóquei. Então, F é constante e possui a mesma
direção e sentido de v . Verificamos que durante o tempo em que a força está atuando, a velocidade varia a uma taxa
constante, ou seja, o disco se move com aceleração constante. A velocidade escalar do disco aumenta, de modo que
F possuem a mesma direção e sentido.
A figura 5c mostra outra experiência, na qual invertemos o sentido da força sobre o disco de modo que F está
orientada em sentido contrário ao de v . Também nesse caso, o disco possui uma aceleração; ele se move com
velocidade decrescente para a direita. Caso a força para a esquerda continue a atuar, ele por fim irá parar e começará a
se acelerar para a esquerda. A aceleração a nesse caso é para a esquerda, no mesmo sentido de F . Como no caso
anterior, a experiência mostra que a aceleração é constante quando F é constante.
Concluímos que a presença de uma força resultante que atua sobre um corpo produz uma aceleração no corpo.
A força resultante e a aceleração possuem a mesma direção e o mesmo sentido. Se o módulo da força resultante é
constante, como nas figuras 5b e 5c, então o módulo da aceleração também é constante.
FIGURA 5 A aceleração de um corpo possui a mesma direção e o mesmo sentido da força resultante que atua sobre o
corpo (nesse caso, um disco de hóquei se movendo sobre uma pista de gelo), a) Se F = 0, o disco está em equilíbrio; a
aceleração é nula e a velocidade é constante, b) Se F está orientada para a direita, a aceleração é para a direita, c) Se
F está orientada para a esquerda, a aceleração é para a esquerda.
Essas conclusões sobre força resultante e aceleração também valem para um movimento em uma trajetória
curva. Por exemplo, a figura 6 mostra um disco de hóquei deslizando em um círculo horizontal sobre uma pista de gelo
com atrito desprezível. Um fio ligado ao disco exerce sobre ele uma força de módulo constante orientada para o centro
do círculo. O resultado é uma aceleração de módulo constante orientada para o interior do círculo. A velocidade escalar
do disco é constante, logo identificamos um movimento circular uniforme, como foi discutido no capítulo anterior.
FIGURA 6 Vista superior do movimento circular
uniforme de um disco de hóquei em uma superfície
horizontal sem atrito. Em qualquer ponto da
trajetória, a aceleração a e força resultante F
estão orientadas no mesmo sentido, para o centro do
círculo.
A figura 7a mostra outra experiência para explorar a relação entre a aceleração e a força resultante que atua
sobre um corpo. Aplicamos uma força horizontal constante sobre um disco de hóquei em uma superfície horizontal sem
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atrito, usando um dinamômetro (aparelho para medir forças) com a mola deformada de um mesmo valor. Tanto na
figura 5b quanto na figura 5c, essa força horizontal é igual à força resultante que atua sobre o disco. Fazendo variar o
módulo da força, a aceleração varia com a mesma proporção. Dobrando‐se a força resultante, a aceleração dobra
(figura 7b); usando‐se metade da força resultante, a aceleração se reduz à metade (figura 7c) e assim por diante.
Diversas experiências análogas mostram que a aceleração é diretamente proporcional ao módulo da força resultante
que atua sobre o corpo.
FIGURA 7 a) A aceleração a é proporcional à
força resultante F . b) Dobrando‐se a força
resultante, a aceleração dobra, c) Usando‐se a
metade da força resultante, a aceleração se reduz
à metade.
Para um dado corpo, a razão entre o módulo da força resultante | F | e o módulo da aceleração a = | a | é
constante, independentemente do módulo da força resultante. Essa razão denomina‐se massa inercial do corpo, ou
simplesmente massa, e será representada por m. Ou seja, m = | F |/a ou
F ma [2]
A equação (2) relaciona o módulo da força resultante que atua sobre o corpo com o módulo da aceleração que
ela produz. Também vimos que a força resultante possui a mesma direção e o mesmo sentido da aceleração, tanto no
caso de uma trajetória retilínea quanto no caso de uma trajetória curvilínea. Newton sintetizou todas essas relações e
resultados experimentais em uma única formulação denominada segunda lei de Newton:
Quando uma força resultante externa atua sobre um corpo, ele se acelera. A aceleração possui a mesma direção
e o mesmo sentido da força resultante. O vetor força resultante é igual ao produto da massa do corpo pelo vetor
aceleração do corpo.
Em símbolos
F ma [3]
Existem pelo menos quatro aspectos da segunda lei de Newton que necessitam de atenção especial.
Primeiro, a equação (3) é uma equação vetorial. Normalmente ela será usada mediante a forma dos
componentes, escrevendo‐se separadamente uma equação para cada componente da força e a aceleração
correspondente:
Fx max Fy may Fz maz [4]
Esse conjunto de equações para cada componente é equivalente à equação (3). Cada componente da força resultante é
igual à massa vezes o componente correspondente da aceleração.
Segundo, a segunda lei de Newton refere‐se a forças externas. Com isso queremos dizer que essas forças são
exercidas por outros corpos existentes em suas vizinhanças. É impossível um corpo afetar seu próprio movimento
exercendo uma força sobre si mesmo; se isso fosse possível, você poderia dar um pulo até o teto puxando seu cinto de
baixo para cima! É por isso que somente forças externas são incluídas em todas as somas das forças indicadas nas
equações (3) e (4).
Terceiro, as equações (3) e (4) são válidas apenas quando a massa m é constante. É fácil imaginar sistemas que
possuem massas variáveis, como um caminhão‐tanque vazando líquido, um foguete se deslocando ou um vagão em
movimento numa estrada de ferro sendo carregado com carvão. Porém tais sistemas são mais bem estudados mediante
o conceito de momento linear; esse assunto será abordado posteriormente.
Finalmente, a segunda lei de Newton é válida somente em sistemas de referência inerciais, como no caso da
primeira lei de Newton.
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O projeto de uma motocicleta de alto desempenho
depende fundamentalmente da segunda lei de
Newton. Para maximizar a aceleração, o projetista
deve fazer a motocicleta ser o mais leve possível
(isto é, minimizar sua massa) e usar a máquina mais
potente possível (isto é, maximizar a força motriz).
5 MASSA E PESO
A massa mede quantitativamente a inércia, já discutida anteriormente. Quanto maior a massa, mais um corpo
"resiste" a ser acelerado. Esse conceito pode ser facilmente relacionado com nossa experiência cotidiana. Se você bater
em uma bola de tênis e depois arremessar com a mesma força uma bola de basquete, vai notar que a bola de basquete
possui uma aceleração menor do que a da bola de tênis. Quando uma força produz uma aceleração grande, a massa do
corpo é pequena; quando uma força produz uma aceleração pequena, a massa do corpo é grande.
Efetivamente, a massa de um corpo depende do número de prótons, nêutrons e elétrons que ele contém. Esse
não seria um bom modo para a definição de massa, visto que não existe nenhum método prático para se contar o
número dessas partículas. Contudo, o conceito de massa fornece a maneira mais fundamental para se caracterizar a
quantidade de matéria contida em um corpo.
O peso de um corpo é a força de atração gravitacional exercida pela Terra sobre o corpo. Os termos massa e
peso em geral são mal‐empregados e considerados sinônimos em nossa conversação cotidiana. É extremamente
importante que você saiba a diferença entre estas duas grandezas físicas.
A massa caracteriza a propriedade da inércia de um corpo. O peso de um corpo, por outro lado, é a força de
atração gravitacional exercida pela Terra (ou qualquer outro corpo grande) sobre o corpo. A experiência cotidiana
mostra que um corpo que possui massa grande também possui peso grande. É difícil lançar horizontalmente uma pedra
grande porque ela possui massa grande, e é difícil levantá‐la porque ela possui peso grande. Na superfície da Lua, a
dificuldade para lançar essa pedra horizontalmente seria a mesma, mas você poderia levantá‐la mais facilmente.
Qualquer corpo de massa m deve possuir um peso com módulo w dado por
w = mg [5]
O peso de um corpo é uma força, uma grandeza vetorial, de modo que podemos escrever a equação (5) como uma
equação vetorial:
w mg [6]
Lembre‐se de que g é o módulo de g , a aceleração da gravidade, logo g é sempre um número positivo.
Portanto, w, dado pela equação (5), é sempre um número positivo.
ATENÇÃO ► As unidades SI de massa e de peso algumas vezes são mal‐empregadas em nossa vida diária. Expressões
incorretas como "Esta caixa pesa 6 kg" são quase universalmente usadas. Essa frase significa que a massa da caixa,
provavelmente determinada indiretamente por pesagem, é igual a 6 kg. Esse uso é tão arraigado que provavelmente
não existe nenhuma esperança de alterá‐lo, porém você deve estar consciente de que o termo peso está sendo usado
incorretamente no lugar de massa. Tome cuidado para evitar esse tipo de erro nos seus trabalhos! Em unidades SI, o
peso (uma força) é medido em newtons, enquanto a massa é medida em quilogramas.
FIGURA 8 Uma balança de braços iguais permite
a determinação da massa de um corpo
mediante comparação com um peso conhecido.
6 TERCEIRA LEI DE NEWTON
Uma força atuando sobre um corpo é sempre o resultado de uma interação com outro corpo, de modo que as
forças sempre ocorrem em pares. Quando você chuta uma bola, a força para a frente que seu pé exerce sobre ela faz a
bola se mover ao longo da sua trajetória, porém você sente a força que a bola exerce sobre seu pé. Quando você chuta
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uma rocha, a dor que você sente decorre da força que a rocha exerce sobre seu pé.
Nesses casos, a força que você exerce sobre o corpo é igual e contrária à força que o corpo exerce sobre você. A
experiência mostra que, quando dois corpos interagem, as duas forças decorrentes da interação possuem sempre o
mesmo módulo e a mesma direção, mas sentidos contrários. Esse resultado denomina‐se terceira lei de Newton. Na
figura 9, FA/B é a força exercida pelo corpo A (primeiro índice inferior) sobre o corpo B (segundo índice inferior) e FB/A é a
força exercida pelo corpo B (primeiro índice inferior) sobre o corpo A (segundo índice inferior). O enunciado matemático
da terceira lei de Newton é
FA /B FB/A [7]
Expressa em palavras,
Quando um corpo A exerce uma força sobre um corpo B (uma "ação"), então o corpo B exerce uma força sobre
o corpo A (uma "reação"). Essas duas forças têm o mesmo módulo e a mesma direção, mas possuem sentidos
contrários. Essas duas forças atuam em corpos diferentes.
Nesse enunciado, a "ação" e a "reação" são duas forças opostas; algumas vezes nos referimos a elas como um
par de ação e reação. Isso não significa nenhuma relação de causa e efeito; qualquer uma das forças pode ser
considerada como a "ação" ou como a "reação". Algumas vezes dizemos simplesmente que as forças são "iguais e
contrárias", querendo dizer que elas têm o mesmo módulo e a mesma direção, mas possuem sentidos contrários.
FIGURA 9 Quando um corpo A exerce uma força FA/B
sobre um corpo B, então o corpo B exerce uma força
FB, sobre o corpo A, que possui o mesmo módulo e a
mesma direção, mas sentido contrário: FA /B FB/A
Enfatizamos que as duas forças na terceira lei de Newton atuam em corpos diferentes. Isso é importante na
solução de problemas envolvendo a terceira lei de Newton ou a segunda lei de Newton, que dizem respeito a forças que
atuam sobre um corpo. Por exemplo, a força resultante que atua sobre a bola de futebol americano da figura 9 é a soma
vetorial do peso da bola com a força FA/B que o pé exerce sobre a bola. Nessa soma você não deve incluir a força FB/A
porque essa força é exercida sobre o pé e não sobre a bola.
Na figura 9, a ação e a reação são forças de contato que estão presentes somente enquanto os dois corpos se
tocam. Porém a terceira lei de Newton também se aplica para as forças de longo alcance que não necessitam do contato
físico entre os corpos, como no caso da atração gravitacional. Uma bola de pingue‐pongue exerce sobre a Terra uma
força gravitacional de baixo para cima de mesmo módulo que a força gravitacional de cima para baixo exercida pela
Terra sobre a bola. Quando você deixa a bola cair, a bola e a Terra se aproximam. O módulo da força resultante sobre
cada um desses corpos é o mesmo, mas a aceleração da Terra é extremamente microscópica por causa de sua massa
gigantesca.
Outro exemplo da terceira lei de Newton é mostrado na figura 10. A força Fmp exercida pelo martelo (m =
martelo, p = prego) sobre o prego (a ação) é igual em módulo e oposta à força Fpm exercida pelo prego sobre o martelo
(a reação). Essa última força para o movimento para frente do martelo quando ele bate no prego.
Você pode experimentar a terceira lei diretamente se der um soco contra uma parede ou se chutar uma bola
com o pé descalço. Você sente a força de volta em sua mão ou em seu pé. Você deve ser capaz de identificar as forças
de ação e de reação nesses casos.
FIGURA 10 A terceira lei de Newton: A força Fmp
exercida pelo martelo sobre o prego é igual em
módulo e oposta em direção à força Fpm exercida
pelo prego sobre o martelo.
A Terra exerce uma força gravitacional Fg sobre qualquer corpo. Se o corpo for um monitor de computador em
repouso sobre uma mesa, como no desenho na figura 11a (M = monitor, T = Terra, m = mesa), a força de reação é a
força exercida pelo monitor sobre a Terra, dada por FMT FTm . O monitor não se acelera, pois ele é segurado pela
mesa. A mesa exerce sobre o monitor uma força para cima N FmM , chamada força normal. Essa força impede que o
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monitor caia da mesa; ela pode ter qualquer valor necessário, até o limite de quebrar a mesa. A partir da segunda lei de
Newton, vemos que, como o monitor tem aceleração nula, segue‐se que N ‐ mg = 0, ou N = mg. A força normal equilibra
a força gravitacional sobre o monitor, de forma que a força resultante sobre o monitor é nula. A reação a N é a força
exercida para baixo pelo monitor sobre a mesa, FMm FmM . Observe que as forças agindo sobre o monitor são Fg e N ,
como mostrado na figura 11b. As duas forças de reação FMT e FMm são exercidas sobre corpos diferentes do monitor.
Lembre‐se, as duas forças em um par ação‐reação sempre agem sobre dois corpos diferentes.
FIGURA 11 a) Quando um monitor de computador está sobre uma mesa, várias forças estão agindo (M = monitor, T =
terra, m = mesa). b) O diagrama de corpo livre para o monitor. As forças agindo sobre o monitor são a força normal
N FmM e a força gravitacional Fg FTM . Estas são as únicas forças agindo sobre o monitor e as únicas forças que devem
aparecer em um diagrama de corpo livre para o monitor.
7 APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON
As três leis de Newton contêm todos os princípios básicos necessários para a solução de uma grande variedade
de problemas de mecânica. Estas leis possuem formas muito simples, mas sua aplicação em situações específicas pode
apresentar desafios reais. Esta seção apresenta algumas técnicas úteis.
Quando você usar a primeira lei de Newton, F = 0 , para uma situação de equilíbrio, ou a segunda lei de
Newton, F = ma , para uma situação sem equilíbrio, você deve aplicá‐las a um corpo especificado. É absolutamente
necessário definir logo de início o corpo sobre o qual você está falando. Isso pode parecer trivial, mas não é. Depois de
escolher o corpo, você deve identificar as forças que atuam sobre ele. Não confunda as forças que atuam sobre esse
corpo com as forças exercidas por ele sobre outros corpos. Somente as forças que atuam sobre o corpo entram no F .
Para auxiliar a identificação das forças pertinentes, desenhe um diagrama do corpo livre. O que é isso? É um
diagrama que mostra o corpo escolhido "livre" das suas vizinhanças, com vetores desenhados para mostrar o módulo, a
direção e o sentido de todas as forças que atuam sobre o corpo. Já mostramos alguns diagramas do corpo livre nas
figuras 9, 10 e 11. Seja cuidadoso e não esqueça de incluir todas as forças que atuam sobre o corpo, tomando cuidado
para não incluir as forças que esse corpo exerce sobre outros corpos. Em particular, as duas forças de um par de ação e
reação nunca devem aparecer em um diagrama do corpo livre porque elas nunca atuam sobre o mesmo corpo. Além
disso, as forças que um corpo exerce sobre si mesmo nunca devem aparecer porque forças internas não afetam o
movimento do corpo.
Exemplos:
Uma velocista ganha uma grande aceleração para a frente
quando ela começa uma competição pressionando para trás a
cunha do bloco de partida. O bloco exerce sobre ela uma
grande força de reação normal N . Essa força deve possuir um
grande componente horizontal Nx que acelera a velocista e um
componente vertical Ny menor. Caso esse componente vertical
seja igual ao módulo do seu peso w, a componente da força
resultante na vertical é nula e não existe aceleração ao longo
da vertical.
9
Quando submerso na água, o corpo de uma pessoa
recebe uma força de empuxo B de baixo para cima.
Essa força é equilibrada pelo peso da mergulhadora
w. Nessas circunstâncias, o movimento da
mergulhadora depende da força da água sobre ela,
devida a correntes na água e à reação da força que a
mergulhadora exerce sobre a água com o
movimento das suas pernas e dos seus braços.
Um jogador de basquete pula empurrando seus pés contra
o solo. As forças que atuam sobre ele são o seu peso w e a
reação do solo que o empurra para cima. Quando o
jogador está no ar, a única força que atua sobre ele é seu
peso; sua aceleração é de cima para baixo, mesmo quando
ele está subindo. Seu adversário está submetido ao seu
próprio peso e à força normal N exercida sobre ele pelo
solo.
Neste tópico apresentamos algumas aplicações simples das leis de Newton para corpos que estão em equilíbrio
(a = 0) ou que estão acelerando sob a ação de forças externas constantes. Vamos supor que os corpos se comportem
como partículas de forma que não precisamos nos preocupar com movimento de rotação ou com outras complicações.
Nesta seção também aplicaremos alguns modelos de simplificação adicionais. Desprezamos os efeitos do atrito para os
problemas que envolvem movimento. Isso é equivalente a dizer que as superfícies são sem atrito. Normalmente
desprezamos as massas de quaisquer cordas ou fios envolvidos no problema. Nessa aproximação, o módulo da força
exercida em qualquer ponto ao longo de um fio é o mesmo em todos os pontos ao longo do fio. Quando se colocam os
problemas, os termos leve e de massa desprezível são utilizados para indicar que uma massa é para ser desprezada
quando você resolve o problema. Esses dois termos são sinônimos nesse contexto.
Quando aplicamos as leis de Newton a um corpo, estamos interessados apenas nas forças externas que agem
sobre o corpo. Por exemplo, na figura 11 as únicas forças externas agindo sobre o monitor são N e Fg . As reações a essas
forças, FMm e FMT , agem sobre a mesa e sobre a Terra, respectivamente, e não aparecem na segunda lei de Newton
quando aplicada ao monitor. Não pode deixar de ser enfatizada a importância de desenhar um diagrama de corpo livre
apropriado para garantir que você está considerando as forças corretas.
Quando um corpo como um bloco está sendo puxado por uma corda ou um fio ligado a ele, a corda exerce uma
força sobre o corpo. O módulo dessa força é chamado tensão na corda. Sua direção é ao longo da corda, afastando‐se
do corpo.
Considere uma caixa sendo puxada para a direita sobre uma superfície horizontal sem atrito, como na figura
12a. Suponha que você queira saber a aceleração da caixa e a força exercida pelo chão sobre ela. Em primeiro lugar,
observe que a força horizontal sendo aplicada sobre a caixa atua por meio da corda. A força exercida pela corda sobre a
caixa é representada pelo símbolo T e seu módulo é a tensão na corda.
Como estamos interessados apenas no movimento da caixa, temos de ser capazes de identificar todas as forças
externas agindo sobre ela. Essas forças estão ilustradas no diagrama de corpo livre na figura 12b. Além da força T, o
diagrama de corpo livre para a caixa inclui a força gravitacional Fg e a força normal N exercida pelo chão sobre a caixa.
As reações às forças que listamos ‐ a saber, a força exercida pela caixa sobre a corda, a força exercida pela caixa sobre a
Terra, e a força exercida pela caixa sobre o chão ‐ não estão incluídas no diagrama de corpo livre, pois elas agem sobre
outros corpos e não sobre a caixa.
Aplicamos agora a segunda lei de Newton à caixa. Primeiro temos de escolher um sistema de coordenadas
apropriado. Nesse caso é conveniente utilizar o sistema de coordenadas mostrado na figura 12b, com o eixo x horizontal
e o eixo y vertical.
10
FIGURA 12 a) Uma caixa sendo puxada para a direita sobre uma superfície sem atrito, b) O diagrama de corpo livre que
representa as forças externas sobre a caixa.
Podemos aplicar a segunda lei de Newton na direção x, na direção y, ou em ambas as direções, dependendo do
que nos for pedido para encontrar no problema. Além disso, podemos ser capazes de utilizar as equações de
movimento para a partícula com aceleração constante que discutimos no capítulo 2. Contudo, você deve utilizar essas
equações apenas quando a aceleração for constante, o que é o caso se a força resultante é constante. Por exemplo, se a
força T na figura 12 é constante, então a aceleração na direção x também é constante, pois a = T/m. Portanto, se
precisarmos encontrar a posição ou velocidade da caixa em algum instante de tempo, poderemos usar as equações de
movimento com aceleração constante.
8 LEI DE HOOKE
Quando pensamos em algo “elástico” logo associamos em alguma coisa que pode ser “esticada” ou
“comprimida” através da aplicação de uma força, por exemplo, uma mola. Roberth Hooke (1635‐1703) estudou
cuidadosamente várias situações em que uma mola sofria deformações. Considere uma mola com seu comprimento
natural L0 fixada por uma das suas extremidades a um suporte como na figura 13. Ao aplicarmos uma força de
intensidade F a mola distenderá passando a ter um comprimento L1 ou L2 dependendo da intensidade da força. A
diferença entre L0 e L1 ou L2 será a deformação x sofrida pela mola, ou seja, o quanto ela foi esticada.
Vejam na figura 13 que ao acrescentarmos massas de diferentes pesos (forças) também temos uma mudança
no alongamento da mola, e quanto maior a força aplicada (casos 1 e 2) maior é o valor da deformação x (compare x1 e
x2). Isso mostra que há uma relação direta entre a força aplicada e a deformação sofrida pela mola.
Hooke também estudou a deformação sofrida em várias molas diferentes (mais rígida ou menos rígida) ao
acrescentar massas com o mesmo peso (compare L1 e L3). Ele conclui que o valor da distensão da mola também
dependia do tipo de material da qual ela era feita, e quanto mais rígida fosse a mola maior deveria ser a força aplicada
para produzirmos uma mesma deformação x (compare L1 com L3).
FIGURA 13 a) Várias situações de uma mola
sofrendo deformações. A mola com o seu
comprimento natural L0; comprimento L1 e L2
após aplicação da força F1 e F2 (devido ao peso
das massas de 100g e 250g); mola mais rígida
após com o comprimento final L3 após a
aplicação da força F1. b) As forças que atuam no
sistema massa‐mola.
Experimentalmente sabemos (e a 3ª Lei de Newton confirma) que ao exercermos uma força sobre a mola
puxando para baixo (pendurando os blocos) a mola exercerá uma força de intensidade oposta à força peso com o
intuito de restaurar o seu estado “relaxado” (ou natural) em que se encontrava inicialmente. A esta força contrária,
chamada muitas vezes de “força restauradora”, Hooke chamou de força elástica da mola. Assim, para pequenos valores
de x comparando ao comprimento L0 da mola, podemos escrever:
Fe = ‐kx [8]
sendo k a constante da mola cujo valor depende da mola usada e x a deformação da mola. Essa expressão é conhecida
como a Lei de Hooke.
Quando retiramos a força que causou a deformação à tendência da mola é voltar ao seu comprimento inicial,
mas nem sempre isso ocorre. Pode acontecer de a mola ficar com um comprimento diferente de L0 ao ser retirada a
força (o bloco de massa), situação em que não se aplica a Lei de Hooke.
11
Nos casos em que a mola volta a seu comprimento inicial ao ser retirada a força dizemos que ela obedece a Lei
de Hooke e que a deformação é elástica.
No caso real, a mola tem um comportamento elástico até um determinado valor x’, que varia de acordo com a
mola. Acima deste valor crítico ela passa a não obedecer a Lei de Hooke e dependendo da intensidade da força aplicada
pode até se romper (“quebrar”). É por este motivo que a Lei de Hooke só é válida quando o valor de “x” (deformação –
quanto ela se esticou) for pequeno em comparação com L0 (comprimento natural da mola).
9 FORÇAS DE ATRITO
Nesta seção estudaremos o atrito, uma força importante em muitos aspectos de nossa vida cotidiana. O óleo no
motor de um automóvel minimiza o atrito entre as partes móveis, porém se não fosse o atrito entre os pneus do carro e
o solo, não poderíamos guiar um carro nem fazer curvas. O arraste do ar — a força de atrito exercida pelo ar sobre um
corpo que nele se move — faz aumentar o consumo de combustível de um carro, mas possibilita o uso do paraquedas.
Sem o atrito, os pregos pulariam facilmente, os bulbos das lâmpadas seriam desenroscados sem nenhum esforço e
caminhar seria impossível.
Em nível microscópico, a força de atrito e a força normal decorrem de interações intermoleculares
(fundamentalmente de natureza elétrica) entre duas superfícies rugosas nos pontos onde elas se tocam (figura 14). A
área efetiva de contato é geralmente muito menor do que a área total da superfície. À medida que um bloco desliza
sobre um piso, ligações microscópicas se formam e se rompem, e o número total dessas ligações é variável; portanto, a
força de atrito quando o bloco está em movimento não é rigorosamente constante. Alisar as superfícies em contato
pode na verdade fazer aumentar o atrito, visto que mais moléculas se tornam aptas a formar ligações; juntar duas
superfícies lisas de um mesmo metal pode produzir uma "solda a frio". Os óleos lubrificantes fazem diminuir o atrito
porque uma película de óleo se forma entre as duas superfícies (como no caso do pistão e das paredes do cilindro no
motor de um carro) impedindo‐as de entrar em contato efetivo.
FIGURA 14 A força de atrito e a força normal
decorrem de interações entre moléculas nos pontos
mais elevados das superfícies de contato entre o bloco
e o piso.
Quando você tenta arrastar uma caixa cheia de livros, ela pode não se mover porque o solo exerce uma força
igual e contrária. Essa força denomina‐se força de atrito estático fs. Na figura 15a a caixa está em repouso equilibrada
pela ação do peso w e pela força normal N exercida de baixo para cima pelo solo sobre a caixa, que possui o mesmo
módulo do peso. Agora amarramos uma corda na caixa (figura 15b) e aumentamos gradualmente a tensão T na corda.
No início, a caixa permanece em repouso porque, à medida que T cresce, a força de atrito estático fs também cresce
(permanecendo com o mesmo módulo de T).
Em dado ponto, T torna‐se maior do que o máximo valor da força de atrito estático fs que a superfície pode
exercer. Então a caixa "quebra o vínculo" (a tensão é capaz de quebrar as ligações moleculares entre as superfícies da
caixa e do solo) e começa a deslizar. A figura 15c mostra um diagrama das forças quando T atingiu esse valor crítico.
Quando T supera esse valor, a caixa não está mais em equilíbrio. Para um dado par de superfícies, o valor máximo de fs
depende da força normal. A experiência mostra que esse valor máximo (fs)max é aproximadamente proporcional a reação
normal; chamamos o fator de proporcionalidade de μs (pronuncia‐se "mi, índice s") de coeficiente de atrito estático. Na
tabela 1 são apresentados alguns valores típicos de μs. Em uma situação particular, a força de atrito estático pode ter
qualquer valor entre zero (quando não existe nenhuma outra paralela à superfície) até um valor máximo dado por μsN.
Em símbolos,
fs≤ μsN [9]
Essa equação não é uma relação vetorial, e sim uma relação entre módulos de vetores. O sinal de igual só vale
quando a força T, paralela à superfície, atingiu seu valor crítico e o movimento está na iminência de começar (figura
15c). Quando T for menor do que esse valor (figura 15b), o sinal da desigualdade é válido. Nesse caso é necessário usar
a condição de equilíbrio ( F 0 ) para achar fs. Quando não existe nenhuma força aplicada (T = 0), como na figura 15a,
então também não existe nenhuma força de atrito estático (fs = 0).
12
FIGURA 15 a), b), c) Quando não existe movimento relativo entre as superfícies. O módulo da força de atrito estático fs é
menor do que ou igual a μsN. d) Quando existe movimento relativo, o módulo da força de atrito cinético fc é igual a μcN.
O tipo de atrito que atua quando um corpo está deslizando sobre uma superfície denomina‐se força de atrito
cinético fc (figura 15d). O adjetivo "cinético" e o índice inferior "c" ou "k" servem para você lembrar‐se de que existe um
movimento relativo entre as duas superfícies. O módulo da força de atrito cinético geralmente cresce quando a força
normal cresce. Para arrastar uma caixa cheia de livros você realiza uma força maior do que para arrastá‐la quando ela
está vazia. Esse princípio também é usado no sistema de freio de um carro, quanto mais as pastilhas de freio forem
comprimidas contra o disco de freio, maior é o efeito da freada. Em muitos casos verifica‐se experimentalmente que o
módulo da força de atrito cinético fc é proporcional ao módulo N da força normal. Em tais casos, podemos escrever
fc= μcN [10]
onde μc (pronuncia‐se: "mi, índice c") possui um valor constante denominado coeficiente de atrito cinético. Quanto mais
deslizante for uma superfície, menor é o seu coeficiente de atrito. Como se trata da razão entre duas grandezas, μc é um
número puro sem unidades.
Logo que o deslizamento começa (figura 15d), a força de atrito normalmente diminui; manter a caixa deslizando
é mais fácil do que produzir o início do movimento. Portanto, o coeficiente de atrito cinético é geralmente menor do
que o coeficiente de atrito estático para um dado par de superfícies, conforme mostra a tabela 1. Quando para t = 0
começamos sem nenhuma força aplicada (T = 0) e gradualmente aumentamos a força, ocorrerá uma pequena variação
da força de atrito, conforme indicado no gráfico da figura 15.
Em alguns casos, as superfícies podem alternadamente aderir (atrito estático) e deslizar (atrito cinético). Essa é
a causa daquele som horrível feito pelo giz quando ele é colocado numa posição errada ao escrevermos sobre o
quadro‐negro. Outro fenômeno de aderência‐deslizamento é o ruído que o limpador de para‐brisa faz quando o vidro
está seco; ainda outro exemplo é o violento som produzido quando os pneus deslizam no asfalto.
A tabela 1 mostra alguns valores típicos de μc e μk. Embora esses valores sejam dados com dois algarismos
significativos, eles são apenas aproximados, visto que força de atrito cinético pode depender da velocidade do corpo em
relação à superfície. Vamos ignorar esses efeitos.
Superfícies em contato μs μk
Cobre sobre aço 0.53 0.36
Aço sobre aço 0.74 0.57
Alumínio sobre aço 0.61 0.47
Borracha sobre concreto 1.0 0.8
Madeira sobre madeira 0.25‐0.5 0.2
Madeira encerada sobre neve úmida 0.14 0.1
Teflon sobre teflon 0.04 0.04
Articulações sinoviais em humanos 0.01 0.003
A Tabela 1 Fonte: Serway R. A.. Física. Editorial McGraw‐Hill. (1992)
13
10 RESISTÊNCIA DE UM FLUIDO E VELOCIDADE TERMINAL
Se você colocar sua mão para fora da janela de um carro que se move com alta velocidade, ficará convencido da
existência da resistência de um fluido, a força que um fluido (um gás ou um líquido) exerce sobre o corpo que se move
em seu seio. O corpo que se move exerce uma força sobre o fluido para afastá‐lo do seu caminho. Pela terceira lei de
Newton o fluido exerce sobre o corpo uma força igual e contrária.
A força da resistência de um fluido possui direção e sentido sempre contrários aos da direção e sentido da
velocidade do corpo em relação ao fluido. O módulo da força da resistência de um fluido normalmente cresce com a
velocidade do corpo através do fluido. Compare esse comportamento com o da força de atrito cinético entre superfícies
em contato, que normalmente não depende da velocidade. Para baixas velocidades, o módulo da força de resistência de
um fluido é aproximadamente proporcional à velocidade do corpo v:
f = kv [11]
onde k é um fator de proporcionalidade que depende da forma e do tamanho do corpo e das propriedades do fluido.
Quando o movimento ocorre no ar para velocidades de uma bola de tênis lançada ou para velocidades maiores que
esta, a força é aproximadamente proporcional a v2 em vez de v. Ela é então chamada de arraste do ar, ou simplesmente
arraste. Aviões, gotas de água caindo e carros que se movem com velocidades elevadas, todos sofrem a ação do arraste
do ar. Nesse caso, a equação (11) deve ser substituída por
f = Dv2 [12]
Devido à dependência com v, o arraste do ar cresce rapidamente com a velocidade. O arraste do ar sobre um
automóvel é desprezível para baixas velocidades, mas comparável com a resistência de rolamento quando o carro
atinge a velocidade máxima permitida para uma auto‐estrada. O valor de D depende da forma e do tamanho do corpo e
da densidade do ar. Convidamos você a mostrar que as unidades da constante k na equação (11) são Ns/m ou kg/s e
que as unidades da constante D na equação (12) são Ns2 /m2 ou kg/m.
Por causa dos efeitos da resistência do fluido, um objeto caindo em um fluido não terá aceleração constante.
Para descrever seu movimento não podemos usar as fórmulas do movimento com aceleração constante deduzidas no
capítulo 2. Em vez disso, é necessário fazer nova solução, aplicando a segunda lei de Newton. Vamos considerar o
seguinte caso. Você deixa cair uma pedra em um lago profundo e ela cai até o fundo. Nesse caso, a força de resistência
do fluido é dada pela equação (11). Qual é a aceleração, a velocidade e a posição da pedra em função do tempo?
O diagrama do corpo livre está indicado na figura 16. Consideramos o sentido positivo como de cima para baixo
e desprezamos a força de empuxo da água. Não existe nenhum componente x, e a segunda lei de Newton fornece
Fy mg (kv) ma
Quando a pedra começa o movimento v = 0, a força resistiva é nula, e a aceleração inicial é a = g. À medida que
sua velocidade aumenta, a força resistiva também aumenta, até que finalmente ela se torna igual ao peso. Nesse
instante, mg ‐ kv = 0, a aceleração se anula e não ocorrerá mais nenhum aumento de velocidade. A velocidade final vt,
denominada velocidade terminal, é dada por mg ‐ kvt = 0 ou vt = mg/k [13]
FIGURA 16 Diagrama do corpo livre para um corpo
caindo em um fluido.
A figura 17 mostra como a aceleração, a velocidade e a posição da pedra variam em função do tempo. À medida
que o tempo passa, a aceleração tende a zero, e a velocidade tende ao valor vt (lembre‐se de que escolhemos o sentido
positivo do eixo Oy como de cima para baixo). A inclinação do gráfico de y contra t tende a ficar constante à medida que
a velocidade se torna constante.
Para ver como os gráficos na figura 17 foram deduzidos, devemos achar a relação entre velocidade e tempo
durante o intervalo antes de o corpo atingir a velocidade terminal. Voltamos à segunda lei de Newton, que agora
escrevemos na forma
dv
m mg kv
dt
Depois de reagrupar os termos e substituir mg/k por vt, integramos ambos os membros, notando que v = 0 quando t = 0:
v dv k t
0 v vt
m dt
0
14
e as integrais fornecem
vt v k v
ln t ou 1 e(k /m)t
vt m vt
e finalmente
v v t [1 e(k /m)t ] [14]
FIGURA 17 As curvas inferiores mostram os gráficos da aceleração, da velocidade e da posição em função do tempo para
um corpo caindo em um fluido, supondo‐se a resistência do fluido proporcional a v. As curvas superiores mostram as
grandezas correspondentes imaginando a inexistência da resistência do fluido.
Note que v só se torna igual à velocidade terminal vt no limite quando t tende ao infinito; a pedra não atinge o
valor‐limite em nenhum intervalo de tempo infinito.
A derivada de v fornece a em função do tempo, e a integral de v fornece y em função do tempo. Deixamos para
você a tarefa de completar as deduções; os resultados são
a ge(k /m)t [15]
m
y v t t (1 e(k/m)t ) [16]
k
Agora examine novamente a figura 17 que mostra os gráficos das três últimas equações.
Ao deduzirmos a velocidade terminal na equação (13), admitimos que a resistência do fluido era proporcional à
velocidade. Para um objeto caindo no ar com velocidade elevada, de modo que a resistência do fluido seja proporcional
a v2, como na equação (12), convidamos você a provar que a velocidade terminal vt é dada por
mg
vt [17]
D
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01 Na ausência de atrito do ar, afirma‐se que todos os corpos caem com a mesma aceleração. Um corpo mais pesado é
puxado para a Terra com mais força do que um corpo leve. Por que o corpo mais pesado não cai mais rápido?
SOLUÇÃO
É de fato verdade que o corpo mais pesado é puxado com força maior. A intensidade da força é determinada pela massa
gravitacional do corpo. A resistência à força, e, portanto, à mudança no movimento do corpo, é representada pela
massa inercial. Assim, se um corpo tem o dobro de massa de outro corpo, ele é puxado para a Terra com o dobro da
força, mas ele também apresenta o dobro da resistência a ter seu movimento modificado. Esses fatores se cancelam, de
forma que a mudança no movimento, a aceleração, é a mesma para todos os corpos, independentemente de suas
massas.
02 Quando dois corpos com massas desiguais são pendurados verticalmente por uma polia leve, sem atrito, como na
figura abaixo, a montagem é chamada máquina de Atwood. Esse aparelho é utilizado algumas vezes em laboratório para
medir a aceleração de queda livre. Calcule o módulo da aceleração dos dois corpos e a tensão no fio.
15
SOLUÇÃO
Pense na representação mental sugerida pela figura acima ‐ enquanto um corpo sobe, o outro corpo desce. Como os
corpos estão ligados por um fio inextensível, eles têm de ter o mesmo módulo de aceleração. Os corpos na máquina de
Atwood estão sujeitos à força gravitacional assim como às forças exercidas pelos fios ligados a eles. Modelamos os
corpos como partículas sob a ação de uma força resultante. Os diagramas de corpo livre para os dois corpos estão
mostrados na figura abaixo.
Duas forças agem em cada corpo: a força para cima T exercida pelo fio e a força gravitacional para baixo. Em um
problema como este, no qual a polia é modelada como não tendo massa e sem atrito, a tensão no fio nos dois lados da
polia é a mesma. Se a polia tem massa ou se está sujeita a uma força de atrito, as tensões nos dois lados não são as
mesmas.
Nesses tipos de problema envolvendo fios que passam por polias, temos de ser cuidadosos com a convenção de sinais.
Observe que se m1 sobe, então m2 desce. Assim, m1 subindo e m2 descendo devem ser representados equivalentemente
no que diz respeito à convenção de sinais. Podemos fazer isso definindo nossa convenção de sinais com a direção para
cima como positiva para m1 e a direção para baixo como positiva para m2, como mostrado na figura do enunciado.
Com essa convenção de sinais, o módulo da força resultante exercida sobre m1 é dado por T ‐ m1g, enquanto o módulo
da força resultante sobre m2 é dado por m2g ‐ T. Escolhemos os sinais das forças de forma consistente com as escolhas
da direção positiva para cada corpo.
Quando a segunda lei de Newton é aplicada a m1, encontramos
Fy T m1g m1a (1)
Similarmente, para m2 encontramos
Fy m2 g T m2a (2)
Adicionando (1) a (2), T se cancela e ficamos com
‐ m1g + m2g = m1a + m2a
Dessa equação obtém‐se a aceleração a,
m m1
a 2 g (3)
m1 m2
Substituindo (3) em (1) encontramos
2m2m1
T g (4)
m1 m2
Se m2 > m1, a aceleração dada por (3) é positiva, isto é, m1 sobe e m2 desce. Isso é consistente com a sua representação
mental? Se m1 > m2, a aceleração é negativa e as massas se deslocam na direção oposta.
Casos Especiais: Quando m1 = m2, (3) e (4) nos fornecem a = 0 e T = m1g = m2g, como esperaríamos intuitivamente para
o caso equilibrado. Também, se m2 >> m1, a = g (um corpo em queda livre) e T = 0. Esperaríamos que m1 tivesse pouco
efeito para uma massa tão grande como m2 nesse caso, de forma que m2 está simplesmente caindo. Vemos assim que
nossos resultados estão consistentes com nossas previsões intuitivas nessas duas situações‐limites.
03 Dois blocos de massas m1 e m2, com m1 > m2, são colocados em contato entre si sobre uma superfície horizontal sem
atrito, como na figura (a). Uma força horizontal constante F é aplicada a m1 da forma mostrada na figura,
a) Encontre o módulo da aceleração do sistema de dois blocos.
b) Determine o módulo da força de contato entre os dois blocos.
SOLUÇÃO
16
Os dois blocos têm de ter a mesma aceleração, pois estão em contato entre si e permanecem em contato entre si.
Modelamos o sistema de dois blocos como uma partícula sob a ação de uma força resultante. Como F é a única força
horizontal exercida sobre o sistema, temos
Fx(sistema) F (m1 m2 )a
F
a (1)
m1 m2
A força de contato é interna do sistema de dois blocos. Assim, não podemos encontrar essa força modelando o sistema
todo como uma partícula única. Precisamos agora tratar cada um dos dois blocos individualmente como uma partícula
sob a ação de uma força resultante. Traçamos primeiro um diagrama de corpo livre para cada bloco, como mostrado
nas figuras (b) e (c), em que a força de contato é representada por P.
Vemos da figura (c) que a única força horizontal agindo sobre m2 é a força de contato P12 (a força exercida por m1 sobre
m2), que é direcionada para a direita. Aplicando a segunda lei de Newton a m2 obtém‐se
Fx P12 m2 a (2)
Substituindo em (2) o valor da aceleração a dada por (1) obtém‐se
m2
P12 m2 a F (3)
m1 m2
04 Um cavalo puxa um trenó com força horizontal, fazendo‐o acelerar como na figura abaixo. A terceira lei de Newton
diz que o trenó exerce uma força de mesmo módulo e direção oposta sobre o cavalo. Em vista disso, como pode o trenó
acelerar ‐ essas forças não se cancelam?
SOLUÇÃO
Ao aplicar a terceira lei de Newton, é importante lembrar que as forças envolvidas agem sobre corpos diferentes.
Observe que a força exercida pelo cavalo age sobre o trenó, enquanto a força exercida pelo trenó age sobre o cavalo.
Como essas forças agem sobre corpos diferentes, elas não se cancelam.
As forças horizontais exercidas apenas sobre o trenó são a força para frente T exercida pelo cavalo e a força de atrito
para trás ftrenó entre o trenó e a superfície (figura seguinte).
Quando T é maior do que ftrenó, o trenó acelera para a direita.
As forças horizontais exercidas apenas sobre o cavalo são a força de atrito para frente fcavalo exercida pelo chão e a força
para trás T exercida pelo trenó (figura).
A resultante dessas duas forças faz que o cavalo acelere. Quando fcavalo é maior do que T, o cavalo acelera para a direita.
17
As duas forças descritas no texto do problema agem sobre corpos diferentes, de forma que não se cancelam. Se
consideramos o trenó e o cavalo como um sistema, as duas forças descritas são internas do sistema e, portanto, não
podem afetar o movimento do sistema.
05 Uma certa força dá ao objeto m1 a aceleração 12,0 m/s2. A mesma força dá ao objeto m2 a aceleração 3,30 m/s2. Que
aceleração daria a um objeto cuja massa fosse
a) a diferença entre m1 e m2 e
b) a soma de m1 e m2.
SOLUÇÃO
a) De acordo com a segunda lei de Newton (na coordenada x):
F = m1a1 (1)
F = m2a2 (2)
Igualando‐se (1) e (2):
m2 = m1a1/a2 (3)
Mas:
F = (m2 ‐ m1)a3 (4)
a3 = F/m2 – m1 (5)
Substituindo‐se (1) e (3) em (5):
m1a1 aa
a3 1 2 4,55m / s2
a1 a1 a2
m1 m1
a2
b) Procedendo de maneira semelhante ao item (a), porém usando‐se (m1 + m2) em (4) ao invés de (m2 ‐ m1), obtém‐se:
a1a2
a4 2,58m / s2
a1 a2
06 Como um objeto de 450 N poderia ser baixado de um teto utilizando‐se uma corda que suporta somente 390 N sem
se romper?
SOLUÇÃO
O objeto de peso P deve ser abaixado com uma aceleração a tal que a tensão na corda não ultrapasse seu valor
limite (TMAX). Considere o seguinte esquema da situação:
Aplicando‐se a segunda lei de Newton à coordenada y do sistema:
Fy may
P
TMAX P a
g
T
a g MAX 1 1,3m / s2
P
Esta é a aceleração mínima com que o corpo deve ser abaixado (sinal negativo) para que a corda não se rompa.
07 Um balão de pesquisas com massa total M desce verticalmente com aceleração a para baixo. Quanto de lastro deve
ser atirado para fora da gôndola para dar ao balão a mesma aceleração a para cima, supondo que não varie a força de
flutuação para cima exercida pelo ar sobre o balão?
18
SOLUÇÃO
Balão acelerado para baixo:
Fx max
E P1 Ma
E M(g a) (1)
Balão acelerado para cima:
Fy may
E P2 (M m)a
E (M m)a (M m)g
E M(a g) m(a g)
m(a g) M(a g) E (2)
Substituindo‐se (1) em (2):
m(a g) M(a g) M(a g)
2Ma
m
ga
08 Um macaco de 11 kg está subindo por uma corda sem massa, amarrada a uma caixa de 15 kg que passa por um galho
(sem atrito) da árvore.
a) Qual a aceleração mínima com que o macaco deve subir pela corda de modo a levantar do chão a caixa de 15 kg? Se,
depois de a caixa ter sido levantada do chão, o macaco parar de subir e somente se segurar à corda, quais serão agora
b) a aceleração do macaco e
c) a tração na corda?
SOLUÇÃO
a) Considere o seguinte esquema:
CAIXA MACACO
A condição mínima para que a caixa seja levantada do solo é que sua força normal e sua aceleração sejam nulas. As
19
forças que agem na caixa nessas condições são a tensão na corda (T) e o peso da caixa (PT):
Forças na caixa:
Fy T PT 0
T = mTg (1)
Forças no macaco:
Fy may
T PM mMa
T mMg
a (2)
mM
Substituindo‐se (1) em (2):
mT mMg mT
a 1 g 3,56m / s2
mM m
M
b) Agora a situação é a seguinte:
CAIXA MACACO
Forças na caixa:
T’ ‐ PT = mT(‐a’)
T’ = mTg ‐ mTa’ (3)
Forças no macaco:
T’ – PM = mMa’
T’ – mMg = mTa’ (4)
Substituindo‐se (3) em (4):
mTg – mTa’ – mMg = mMa’
mT mM
a' g 1,5m / s2
mT mM
c) De (3):
T’ = 124,5N ou T’ = 0,12kN
09 Duas partículas, cada uma de massa m, estão conectadas por uma corda leve de comprimento 2L, como mostra a
figura.
Uma força F constante é aplicada no ponto médio da corda (x = 0) e faz um ângulo reto com a posição inicial desta.
F.x
Mostre que a aceleração de cada massa na direção perpendicular a F é dada por ax na qual x é a
1/2
2m L x2
2
distância perpendicular de uma das partículas à linha de ação de F. Discuta a situação quando x = L.
SOLUÇÃO
Considere o seguinte esquema da situação:
20
Seja a o módulo da aceleração de cada massa (a1 e a2, no esquema).
x
ax acos a (1)
L
Aceleração do ponto O em y, que está sujeito apenas à força F:
F = ‐2ma0 (2]
O esquema mostra que:
1/2
x2
a0 ay asen a(1 cos2 )1/2 a 1 2
L
1/2
L2 x2
a0 a 2 (3)
L
Substituindo‐se (3) em (2):
1/2
L2 x2
F 2ma 2
L
F L
a (4)
2m (L x 2 )1/2
2
Substituindo‐se (4) em (1):
F x
ax
2m (L2 x 2 )1/2
10 Na superfície interior de um recipiente de vidro tampado, encontra‐se uma mosca presa à sua parede. Este
recipiente está em equilíbrio em cima de uma balança muito sensível. O que acontecerá com o marcador da balança se
o inseto desprender‐se da parede e voar na horizontal, para cima, ou para baixo, dentro do recipiente?
SOLUÇÃO
Ao desprender‐se da parede do recipiente e mantendo‐se ao mesmo nível, a mosca pressiona o ar agitando suas asas
com uma força equivalente ao seu peso (devido a terceira lei de Newton) e, esta pressão, é transmitida às paredes do
recipiente. Consequentemente, a balança deve permanecer no mesmo estado de equilíbrio enquanto o inseto estava
pousado na parede. Assim se mantém enquanto a mosca estiver no mesmo nível.
Solução I ‐ Se a mosca voar para cima ou para baixo a balança deverá se mover um pouco. Para determinar para onde o
marcador irá se mover devemos considerar o movimento do centro de massa CM do sistema mosca‐recipiente pois, não
estamos interessados nos movimentos individuais, do recipiente ou da mosca, e sim do sistema como um todo. Para
isso basta analisarmos o movimento do CM do sistema que é um ponto que se comporta como uma partícula, cuja
massa é igual a massa total do sistema.
Suponhamos inicialmente que a balança, juntamente com a mosca dentro do recipiente, se encontre situado dentro de
algum ponto do Universo e livre de quaisquer influências externas. Então, o que acontecerá com o recipiente se a mosca
começar a voar? Como as forças ao sistema só são internas, a posição do CM deverá ser conservada. Para que isso
ocorra, se uma força interna eleva a mosca, para que o CM de tal sistema se conserve, o recipiente deverá se deslocar
um pouco para baixo. Ao contrário, se o inseto baixa, o jarro deverá subir um pouco para que o centro de massa do
sistema mosca‐recipiente permaneça no mesmo ponto. Se a mosca voar na horizontal, o recipiente se deslocará para
esquerda, se a mosca for para direita, e vice versa na horizontal.
Daí podemos concluir que, como o recipiente, juntamente com a mosca, não se encontra em um ponto qualquer do
universo, e sim em cima de uma balança, se a mosca sobe, o ponteiro descerá e, se ela baixar, ele subirá e, se ela se
manter na horizontal, o ponteiro nada acusará .
Solução II ‐ Devemos também levar em consideração que o voo da mosca para cima ou para baixo deve ser acelerado.
Um movimento uniforme, ou seja, por inércia e, portanto sem intervenção de uma força, será incapaz de alterar a
pressão que o recipiente exerce sobre o prato da balança.
Consideremos, então, a resultante das forças que atuam na mosca: N é a força responsável pela ascensão e mg é a força
peso da mosca. Assim a equação do movimento para mosca fica ma = N ‐ mg, levando à expressão
N = ma + mg (1)
para força de ascensão que é a responsável pela reação na balança.
A reação que mede a balança é dado por
R = N + Mg, (2)
onde M é a massa o recipiente.
Antes da mosca se desprender da parede a balança está medindo
R = N + Mg = mg +Mg = (m+M) g. (3)
21
Se a mosca estiver subindo ou descendo, em movimento uniforme da equação (1) resulta, a = 0, N = mg. Portanto a
reação da balança equação (2) se iguala a equação (3). Ou seja, tudo se comporta como se a mosca estivesse presa na
parede do recipiente como no início. O mesmo acontece para mosca voando na horizontal ou parada flutuando no meio
do recipiente.
11 Um bloco de massa M é puxado ao longo de uma superfície horizontal sem atrito por uma corda de massa m, como
mostra a figura. Uma força horizontal P é aplicada a uma das extremidades da corda.
a) Mostre que a corda tem de se curvar, mesmo que seja de uma quantidade imperceptível. Então, supondo que o
encurvamento seja desprezível, calcule
b) a aceleração da corda e do bloco,
c) a força que a corda exerce no bloco, e
d) a tração no ponto médio da corda.
SOLUÇÃO
a) Considere um elemento da corda cuja massa é ∆m e, da mesma forma que o conjunto M +m, possui aceleração a.
Como o elemento de massa ∆m tem aceleração apenas no eixo x:
Fy 0
Tdsen Te sen mg 0
mg
sen (1)
Td Te
Para a corda ficar esticada, é preciso que θ = 0, ou seja que senθ = 0. De acordo (1), isso implica em ∆m = 0 ou Td + Te =
∞. Como nenhumas dessas alterna vas é fisicamente possível, conclui‐se que θ ≠ 0.
b) Supondo que θ = 0 e analisando o conjunto M + m:
Fx max
P (M m)a
P
a (2)
Mm
c)
Fx max
Fcb Ma (3)
Substituindo‐se (2) em (3):
M
Fcb P
Mm
d)
Fx max
22
m
Tm M a (4)
2
Substituindo‐se (2) em (4):
m P
Tm M
2 Mm
(m 2M)P
Tm
2(M m)
12 Uma caixa de 10 kg é colocada sobre uma balança que está dentro de um elevador. O elevador parte do térreo
acelera a uma taxa de 2 m/s2 e ao parar no 10° andar ele desacelera com mesma taxa de 2 m/s2. Determine o peso da
caixa e a leitura da balança
a) quando o elevador está parado,
b) quando o elevador está partindo do térreo e
c) quando o elevador está parando no 10° andar.
SOLUÇÃO
A primeira coisa a ser compreendida é que a balança “marca” a força que a caixa faz sobre ela; esta será a leitura da
balança. Agora, a força que a caixa faz sobre a balança tem mesmo módulo, mesma direção e sentido contrário à força
que a balança faz sobre a caixa (Ação e reação). A figura seguinte mostra um diagrama das forças que atuam na caixa. A
componente normal (só tem ela) da força de contato é, justamente, a força que a balança faz sobre a caixa.
Desta forma, nós precisamos, apenas, determinar o valor da normal para cada caso.
Da 2ª lei de Newton temos:
N P ma
a) O peso da caixa é a força que a Terra faz sobre a caixa e vale:
P = mg = 98 N
Quando o elevador está parado, a = 0. Então da 2ª Lei de Newton fica:
N ‐ P = 0 → N = P = 98 N
que é a leitura da balança. Portanto a balança marcará 98 N.
b) O peso da caixa continua sendo a força que a Terra faz sobre a caixa e vale:
P = mg = 98 N
Quando o elevador está partindo do térreo, a aceleração é para cima (figura a). Assim,
N ‐ P = ma
Usando os valores do problema, encontramos:
N = mg + ma
N = m( g+ a) = 10 × (9,8 + 2) N = 118N
Portanto a balança marcará 118 N.
c) O peso da caixa é sempre a força que a Terra faz sobre a caixa:
P = mg = 98 N
Quando o elevador está parando no 10° andar, a aceleração é para baixo (figura b). Então,
N ‐ P = ‐ma
Vetores que têm o mesmo sentido aparecem com o mesmo sinal na equação.
É o que acontece, agora, com os vetores peso e aceleração. Usando os valores do problema, encontramos:
N = m (g ‐ a) = 10× (9,8 ‐ 2)N = 78N
Portanto a balança marcará 78 N.
13 Um bloco de massa m desliza para baixo em um plano inclinado sem atrito que forma um ângulo θ com o piso de um
elevador. Ache a aceleração do bloco relativa ao plano nos seguintes casos:
a) O elevador desce com velocidade constante v.
23
b) O elevador sobe com velocidade constante v.
c) O elevador desce com aceleração a.
d) O elevador desce com desaceleração a.
e) O cabo do elevador se rompe.
f) No item (c) acima, qual é a força exercida sobre o bloco pelo plano inclinado?
SOLUÇÃO
a) Estando o elevador com velocidade constante, o comportamento do bloco em relação à rampa é idêntico ao que
seria caso o elevador estivesse em repouso.
Segunda lei de Newton em x, onde aB é a aceleração do bloco: B
Fx max
mgsen ma B
aB gsen
b) Semelhante ao item (a):
aB gsen
c) Como o elevador acelera para baixo, existe a componente ax que se soma a gx para acelerar o bloco rampa abaixo.
Fx max
mgsen masen maB
aB (g a)sen
Embora tenham sido somadas duas acelerações em x para o bloco (ax e gx), a aceleração do bloco em relação à rampa é
menor. No caso limite do elevador descer com aceleração igual a g (queda livre), o bloco também cairia em queda livre.
Isso faria com que a aceleração do bloco em relação à rampa seja zero (veja o item (e) abaixo).
d) Semelhante ao item (c), diferindo apenas pelo sinal de a:
aB (g a)sen
e) Semelhante ao item (c), sendo a = g:
aB = 0
f) Fy may
N mgcos macos
N m(g a)cos
14 Sabendo‐se que no sistema mostrado na figura abaixo a1 = 3 m/s2, e a2 = 5 m/s2, o Professor Gomes pede que se
determine a tensão na corda que suspende o bloco 3. Além disso, m3 = 4 kg, g = 10 m/s2 e não há atrito.
24
SOLUÇÃO
Observando o diagrama do corpo livre teremos:
Do movimento da polia encontramos que a aceleração a3 é dada por:
a3 = (a1 + a2)/2
a3 = (‐3 + 5)/2 = 1 m/s2
Fy = Fr
T – P3 = m3a3
T = 4.1 + 4.10 = 44 N
15 Sobre as massas M1 e M2 atuam as forças F1 = bt e F2 = 2bt, que estão ligados por um fio que pode resistir a tensão T,
onde b é uma constante. O Professor Gomes pede que se determine o instante em que o fio irá se romper.
SOLUÇÃO
Da 2° Lei de Newton:
Fr = mt.a
F2 – F1 = (m1 + m2).a
2bt – bt = (m1 + m2).a
bt = (m1 + m2).a (1)
Observando o diagrama do corpo livre teremos:
F2 – T = m2.a (2)
T – F1 = m1.a (3)
De (2) e (3) obtemos a aceleração:
T
a
2m1 m2
Substituindo em (1) obtemos o tempo com o qual acorda se romperá:
T (m1 m2 )
t
b (2m1 m2 )
16 Um macaco de massa 20 kg está segurando uma corda vertical. A corda não se quebra quando uma massa de 25 kg é
suspensa, mas quebrará se a massa exceder 25 kg. Qual é a aceleração máxima com que o macaco pode subir ao longo
da corda?
SOLUÇÃO
Da 2° Lei de Newton:
ma = Tmáx – mg com Tmáx = 25g, logo,
a = g/4 = 10/4 = 2,5 m/s2
25
17 Um macaco de massa m sobe por uma corda pendurada sobre uma polia fixa. A extremidade oposta da corda é
amarrada a um peso de massa M situado numa mesa horizontal (ver figura).
Desprezando o atrito, determine a aceleração de ambos os corpos (em relação à placa) e a tensão da corda para os três
casos:
(1) o macaco não se move em relação à corda;
(2) o macaco se move para cima em relação à corda com aceleração b;
(3) o macaco se move para baixo em relação ao cabo com uma aceleração b.
SOLUÇÃO:
(1) Se o macaco estiver em repouso na corda, a aceleração de ambos os corpos será a mesma, igual a1. As equações do
movimento são F1 = Ma1, mg ‐ F1 = ma1 onde F1 é a tensão da corda.
(2) Se o macaco se movendo para cima em relação à corda com uma aceleração b, o movimento de ambos os corpos
será diferente: o peso se moverá com uma aceleração a2 e o macaco com uma aceleração a2’ = a2 ‐ b. A equação de
movimentos assumirá a forma F2 = Ma2, mg ‐ F2 = ma2’
(3) O movimento descendente do macaco em relação à corda com a aceleração b é descrito pelas mesmas equações; só
é necessário mudar o sinal de b. A aceleração descendente do macaco em relação à corda não pode exceder a
aceleração devido à gravidade. Portanto, a3 ≥ 0 e F3 ≥ 0.
18 Um bloco de 0,5 kg é lançado sobre uma superfície horizontal, a uma velocidade de 10 m/s. Se você tiver uma força
de resistência (total) proporcional à sua velocidade F = bv (b = 0,5 kg/s), qual distância ele irá percorrer até parar?
SOLUÇÃO
Observando o diagrama do corpo livre teremos:
Segunda a lei de Newton:
Fr = ma
bv = ma
a = (b/m).v
A acelereção é proporcional a velocidade, para o trecho mostrado se pode trabalhar com a aceleração média
b v vf
am 0
m 2
1 / 2 10
am 5m / s 2
1 / 2 2
Logo podemos aplicar a equação do MRUV:
v 2f v 20 2ax
0 102 2(5)x
x 10 m
19 Se a massa do bloco B é de seis vezes a massa do bloco A, determinar o valor da força de reação entre estes blocos.
Não há atrito. F1 = 30 N e F2 = 16 N.
26
SOLUÇÃO
Analisando o sistema (A + B) que se move com aceleração a temos:
mA = m: mB = 6m: Fr = (mA + mB)a
F1 – F2 = (mA + mB)a
14 = (7m)a
a = 2/m
Observando o diagrama do corpo livre teremos:
Onde consideramos por conveniência a reação entre A e B como sendo 5R.
Aplicando a 2° Lei de Newton no eixo x teremos:
Fr = mA.a
F1 – 4R = m(2/m)
30 – 4R = 2
R = 7 N
Então a reação entre A e B será 5R = 35 N
20 Se a tensão na corda A é o dobro da tensão sobre a corda B, o Professor Gomes pede que se determine a aceleração
do sistema. Considere: tanθ = 2 (g = 10 m/s2)
SOLUÇÃO
Observando o diagrama do corpo livre teremos:
Aplicando a 2° Lei de Newton no eixo x teremos:
Fr = ma
3Tsenθ = ma (1)
27
A força resultante em y é zero:
Fr = 0
2Tcosθ = Tcosθ + mg
Tcosθ = mg (2)
Dividindo (1) por (2):
3 tgθ = a/g
3(2)g = a
a = 6g = 60 m/s2
21 Calcular a aceleração do sistema mostrado na figura para que a pequena esfera de massa "m" seja mantida na
posição mostrada. Assumir todas as superfícies sem atrito e considere a aceleração da gravidade como g.
SOLUÇÃO
Observando o diagrama do corpo livre teremos:
Resultante em y:
Fy = 0
Ncosα = mg (1)
Resultante em x:
Fx = ma
Nsenα = ma (2)
Dividindo (2) por (1) temos:
Nsenα/Ncosα = ma/mg
a = g.tgα
22 Uma barra homogênea de comprimento L é submetido a ação das duas forças P e Q (P > Q) aplicadas nas suas
extremidades e dirigidas em sentidos opostos, tal como indicado na figura. Encontrar a força de tração experimentada
pela barra na sua secção localizada a uma distância ℓ da extremidade Q.
SOLUÇÃO
Resultante em x:
Fx = ma
P – Q = ma (1)
Como a barra é homogênea, por regra de três teremos:
m → L
mx → ℓ
então: mx = (ℓ/L)m (2)
Observando o diagrama do corpo livre teremos:
28
Fx = mxa
T – Q = mxa (3)
Substituindo (2) em (3)
T – Q = (ℓ/L)ma (4)
De (1) em (4)
T = (ℓ/L)P + [(L ‐ ℓ)/L)]Q
23 Observe o sistema da figura abaixo. Se o ponto "J" da corda baixa com uma aceleração g, mas o ponto K sobe como
uma aceleração g/4, determine a tensão da corda que une o centro da polia móvel com o bloco de peso de 16 N.
SOLUÇÃO
Da cinemática sabemos que:
abloco = (aJ + aK)/2
então:
abloco = (‐g + g/4)/2 = ‐3g/8 (para baixo) (1)
Observando o diagrama do corpo livre teremos:
Da 2° Lei de Newton:
P – T = P/g . aB (2)
Substituindo (1) em (2), teremos:
T = 5/8 . P
T = 10 N
24 Um bloco A de massa m está ligado a um ponto fixo C em uma mesa horizontal através de uma corda que passa em
torno de uma polia lisa sem massa B (figura abaixo). Uma força F é aplicada pelo Professor Gomes à polia. Mostre que se
a polia for deslocada por uma distância x, o bloco será deslocado em 2x. Encontre a aceleração do bloco e da polia.
29
SOLUÇÃO
Suponha que a polia seja deslocada para B' e o bloco para A' (figura abaixo). O comprimento da corda é CB + BA e
também é igual a CB + BB' + B'B + BA'. Assim, CB + BA' + A'A = CB + BB' + B'B + BA' ou, A'A = 2 BB'.
O deslocamento de A é, portanto, o dobro do deslocamento de B em qualquer intervalo de tempo.
Diferenciando duas vezes, descobrimos que a aceleração de A é o dobro da aceleração de B. Para encontrar a
aceleração do bloco precisamos da tensão na corda. Isso pode ser obtido considerando a polia como o sistema.
As forças que atuam na polia são
(I) F para a direita pelo Professor Gomes,
(II) T para a esquerda pela parcela BC da corda e
(III) T para a esquerda pela porção BA da corda.
As forças verticais, se houver, darão resultante zero, pois não há movimento vertical.
Como a massa da polia é zero, a equação de movimento é
F ‐ 2T = 0 dando T = F/2.
Agora considere o bloco como o sistema. A única força horizontal que atua no bloco é a tensão T para a direita. A
aceleração do bloco é, portanto, a = T / m = F/2m. A aceleração da polia é a/2 = F/4m
25 Encontre a massa M do bloco pendurado na figura abaixo, o que evitará que o bloco menor escorregue sobre o bloco
triangular. Todas as superfícies são sem atrito e as cordas e as polias são ideais.
SOLUÇÃO
Como o bloco m não desliza sobre o bloco M, então terá a mesma aceleração que a de M. Dos diagramas de corpo livre
teremos:
Fr = Ma = Mg – T (i)
Fr = M’a = T – N sen θ (ii)
Fr = ma = N sen θ e N cos θ = mg (iii)
Eliminando T, N e a das equações acima, obtemos M = (M’ + m)/(cotθ + 1)
30
26 Nas academias de ginástica, usa‐se um aparelho chamado pressão com pernas (leg press), que tem a função de
fortalecer a musculatura das pernas. Este aparelho possui uma parte móvel que desliza sobre um plano inclinado,
fazendo um ângulo de 60° com a horizontal. Uma pessoa, usando o aparelho, empurra a parte móvel de massa igual 100
kg e a faz mover ao longo do plano, com velocidade constante como é mostrado na figura.
Considere o coeficiente de atrito dinâmico entre o plano inclinado e a parte móvel 0,10 e a aceleração da gravitacional
10m/s².
a) Faça o diagrama das forças que estão atuando sobre a parte móvel do aparelho identificando‐as.
b) Determine a intensidade da força que pessoa está aplicando sobre a parte móvel do aparelho.
SOLUÇÃO
a)
P: peso da parte móvel
Px : componente horizontal de P
Py: componente vertical de P
N: reação normal do apoio
F: força aplicada pela pessoa
Fat: força de atrito dinâmico entre as superfícies
b) Aplicando a 2ª‐ Lei de Newton e observando que a velocidade da parte móvel é constante, obtemos:
F = Px + fat ⇒ F = P sen 60° + μd.1. cos 60°
F = 100.10 .0,86 + 0,10.100.10 .0,50
F = 910 N
27 Apresenta‐se a seguir um método simples para medir os coeficientes de atrito. Suponha que um bloco seja colocado
sobre uma superfície áspera inclinada em relação à horizontal, como mostrado na figura abaixo.
O ângulo do plano inclinado θ é aumentado até que o bloco inicie seu movimento,
a) Como está relacionado o coeficiente de atrito estático com o ângulo crítico θC no qual o bloco começa a se mover?
b) Como podemos encontrar o coeficiente de atrito cinético?
SOLUÇÃO
31
a) As forças sobre o bloco, como mostrado na figura, são a força gravitacional mg, a força normal N, e a força de atrito
estático fs. Enquanto o bloco não está em movimento, essas forças estão equilibradas e o bloco está em equilíbrio.
Escolhemos um sistema de coordenadas com o eixo x positivo, paralelo ao plano inclinado e apontando para baixo, e o
eixo y positivo apontando para cima, perpendicular ao plano inclinado. Aplicando a segunda lei de Newton em forma de
componentes para o bloco obtêm‐se
Fx mgsen fs 0 (1)
Fy N mgcos 0 (2)
Essas equações são válidas para qualquer ângulo de inclinação θ. No ângulo crítico θC no qual o bloco está na iminência
de deslizar, a força de atrito tem seu valor máximo de módulo μsN, assim reescrevemos (1) e (2) como
mgsenθC = μsn (3)
mgcosθC = n (4)
Dividindo (3) por (4), obtemos
tg θC = μs
Assim, o coeficiente de atrito estático é igual à tangente do ângulo em que o bloco começa a deslizar.
b) Uma vez que o bloco comece a se deslocar, o módulo da força de atrito é o valor cinético μcN, que é menor que o
valor da força de atrito estático. Como resultado disso, se o ângulo é mantido no valor crítico, o bloco acelera para baixo
ao longo do plano inclinado. Para retornar à situação de equilíbrio na equação (1), com fs substituído por fc o ângulo tem
de ser reduzido para um valor θ'c tal que o bloco deslize pelo plano inclinado com uma velocidade escalar constante.
Nessa situação, as equações (3) e (4), com θC substituído por θ'c e fS por fc, nos fornecem
tg θ’c = μc
28 Na figura, A é um bloco de 4,4 kg e B é um bloco de 2,6 kg. Os coeficientes de atrito estático e cinético entre A e a
mesa são 0,18 e 0,15.
a) Determine a massa mínima do bloco C que deve ser colocada sobre A para evitar que ele deslize,
b) O bloco C é repentinamente levantado. Qual é a aceleração do bloco A?
SOLUÇÃO
a)
Para que não exista movimento, a resultante de forças que atuam nos blocos devem ser nulas, e o atrito estático entre o
bloco A e a mesa deve ser máximo:
• N T PA PC Fa 0
N ‐ PA ‐ PC = 0 e T – Fa = 0
• T' PB 0
PB = T’
Como a corda que liga os blocos A e B tem massa desprezível, temos que T = T´. Desse modo:
T = Fa = μEN = μE(PA + PC)
Por outro lado:
PB = T = T’ logo
PB = T = μE(PA + PC)
32
ou seja:
PC = PB/μE – PA = 66N
b)
• N T PA Fa mA a
N ‐ PA = 0 e T – Fa = mAa
• T' PB mB a'
PB – T’ = mBa’
Como a corda que liga os blocos A e B é inextensível, a = a´, e desse modo:
T – μCPA = mAa e PB – T = mBa
Somando essas duas equações, encontramos:
PB – μCPA = (mA + mB)a
P CPA
a B g 2,28m / s
2
PB PA
29 Dois blocos, m = 16 kg e M = 88 kg, mostrados na figura, estão livres para se mover. O coeficiente de atrito estático
entre os blocos é μe = 0,38, mas a superfície abaixo de M não possui atrito. Qual é a mínima força horizontal F
necessária para manter m contra M?
SOLUÇÃO
Para segurar m contra M, a condição necessária é que o módulo da força de atrito que M exerce em m para cima seja
igual ao módulo do peso de m.
Forças no bloco m:
Forças em x no bloco m:
Fx max
F Nm ma
F ma Nm (1)
Forças em y no bloco m:
Fy 0
Pm fe mg eNm 0
mg
Nm (2)
e
Forças no bloco M:
Forças em x no bloco M:
N’ = Ma
33
Como Nm = N’ (par ação‐reação):
a = N/M (3)
Substituindo‐se (2) e (3) em (1):
mg mg mg m
Fm 1 488,1N
M e e e M
30 Dois objetos, com massas m1 = 1,65 kg e m2 = 3,22 kg, conectados através de uma barra sem massa e paralela ao
plano inclinado sobre o qual ambos deslizam, conforme mostrado na figura, deslocam‐se para baixo, com m1 seguindo
m2. O ângulo do plano inclinado é θ = 29,5°. O coeficiente de atrito cinético entre m1 e o plano é μ1 = 0,226; entre m2, e
o plano, o coeficiente correspondente é μ2 = 0,127.
Calcule:
a) a aceleração comum dos dois objetos
b) a tração da barra,
c) Quais são as respostas de (a) e (b) para a situação em que m2 está seguindo m1?
SOLUÇÃO
a)
N1 T P1 Fa1 m1 a1 N2 T' P2 Fa2 m2 a2
Como o bastão é inextensível as acelerações dos blocos são iguais, e como esse bastão tem massa desprezível as forças
T e T´ têm mesmo módulo. Desse modo:
T + P1senθ – Fa1 = m1a ‐T + P2senθ – Fa2 = m2a
N1 = P1cosθ = 0 N2 = P2cosθ = 0
T + P1senθ – μ1P1cosθ = m1a ‐T + P2senθ – μ2P2cosθ = m2a
Somando essas duas equações, encontramos
(P1 + P2)senθ – (μ1P1 + μ2P2)cosθ = (m1 + m2)a
ou seja:
m1 m2 sen – 1m1 2m2 cos
a g 3,62m / s
2
m1 m2
b)Temos que:
T = m1a ‐ P1senθ + μ1P1cosθ
e usando o resultado do cálculo da aceleração, encontramos:
m1m2
T 1 2 gcos 1,05N
m1 m2
c) Se nos resultado da aceleração trocarmos 1 por 2 a equação não se modificará, e portanto não irá alterar o
movimento com essa mudança. No entanto a tensão irá trocar de sinal, e isso significa que o bloco que empurrava irá
puxar e vice‐versa.
31 Um bloco de 4 kg é colocado no topo de um bloco de 5kg. Para que o bloco de cima deslize sobre o de baixo, que é
mantido fixo, deve ser aplicada uma força horizontal de 12,0 N ao bloco de cima. Em seguida, o conjunto de blocos é
34
colocado sobre uma mesa horizontal sem atrito; ver figura.
Encontre
a) a máxima força horizontal F que pode ser aplicada ao bloco de baixo de modo que os blocos se movimentem juntos,
b) a aceleração resultante dos blocos e o coeficiente de atrito estático entre os blocos.
SOLUÇÃO
Observando o diagrama do corpo livre teremos:
a)
Como foi mencionado, quando mantemos o bloco de baixo fixo, uma força horizontal de pelo menos T = 12N deve ser
aplicada ao de cima, para que ele inicie um movimento. Isso significa que a força de atrito estático máxima entre os dois
blocos tem esse valor. Quando uma força F menor que a limite, atuar no bloco de baixo, o conjunto se moverá
acelerado, logo:
F = (m1 + m2)a
Os dois blocos interagem através da força de atrito, de modo que essa é a única força horizontal que atua no bloco de
cima, e, portanto:
Fa = m2a
a = Fa/m2
logo:
m1 m2 m m2
F Fa 1 T 27N
m2 m2
b)
a = Fa/m2 = 3m/s2
32 Uma força horizontal F de 53 N empurra um bloco que pesa 22 N contra uma parede vertical como na figura. O
coeficiente de atrito estático entre a parede e o bloco é 0,60 e o coeficiente de atrito cinético é 0,40. Considere o bloco
inicialmente em repouso.
a) O bloco começará a se mover?
b) Qual é a força exercida no bloco pela parede?
SOLUÇÃO
Forças no bloco:
a) A condição para que o bloco escorregue é que o seu peso (P) seja maior do que a força de atrito estático (fe). Forças
em x:
35
Fx 0
F N 0
F = N (1)
Força de atrito estático:
fe ≤ μeN (2)
Substituindo‐se (1) em (2):
fe ≤ μeF = 0,60 . 53N
fe ≤ 31,8N
Este resultado significa que fe pode suportar um bloco de até 31,8 N de peso. Como o peso do bloco é menor do que
esse limite máximo, o bloco não desliza.
b) A força exercida pela parede (FP) sobre o bloco tem duas componentes. A componente horizontal é a força normal e a
vertical é a força de atrito. Ou seja:
Fp Niˆ feˆj
De acordo com o esquema acima e os valores dados no enunciado, temos:
Fp (53N)iˆ (22)jˆ
33 Um bloco desliza para baixo de uma calha de ângulo reto inclinada, como na figura. O coeficiente de atrito cinético
entre o bloco e o material da calha é μk. Ache a aceleração do bloco.
SOLUÇÃO
Considere o seguinte esquema da situação:
Forças em z:
Fz 0
N Pcos 0
N mgcos (1)
Devemos considerar a força de atrito cinética total (fk) como sendo a soma de duas forças de atrito (com fk’ = fk’’), cada
uma surgindo a partir da interação entre a caixa e a calha na direção x.
fk = f’k + f’k = μkN + μkN = 2μkNcos45°
fk 2kN (2)
Substituindo‐se (1) em (2):
fk 2kmgcos (3)
Forças em x:
Fx max
Psen fk ma (4)
Substituindo‐se (3) em (4):
mgsen 2k mgcos ma
a g(sen 2k cos )
Este resultado indica que a aceleração será zero (condição de equilíbrio estático, na iminência de deslizar na calha)
quando:
1
sen 2k cos então: k tan
2
36
Este resultado difere da situação de uma caixa na iminência de deslizar sobre uma superfície inclinada: s tan
34 Uma laje de m1 = 42 kg repousa sobre um assoalho sem atrito. Um bloco de m2 = 9,7 kg repousa sobre a laje, como na
figura. O coeficiente de atrito estático entre o bloco e a laje é 0,53, enquanto o coeficiente de atrito cinético é 0,38. O
bloco de 9,7 kg sofre a ação de uma força horizontal de 110 N.
Qual é a aceleração resultante
a) do bloco e
b) da laje?
SOLUÇÃO
Em primeiro lugar temos que verificar se haverá deslizamento entre o bloco e a laje. Isso ocorrerá se o módulo da força
horizontal que atua no bloco (F) for maior do que o módulo da força de atrito estática entre o bloco e a laje (fs).
Verificação:
fs = μsNs = μsNm = μsmg = 50N
Como F = 110 N, o bloco deslizará sobre a laje, sendo f a força de atrito cinético.
Forças sobre o bloco:
Forças em y sobre o bloco:
Fy 0
N m Pm 0 (1)
Nm mg
Forças em x sobre o bloco:
Fx 0
f F mam (2)
cNm F mam
Substituindo‐se (1) em (2) e resolvendo‐se para am:
F
am c g 7,61m / s2
M
Forças sobre a laje:
Forças em x sobre a laje:
‐f’ = MaM
Como f = f’ (par ação‐reação):
f N mg
aM c m c 0,86m / s2
M M M
35 Uma cunha em forma de um triângulo retângulo de massa M e ângulo θ suporta um pequeno bloco de massa m e
está em repouso numa mesa horizontal, como mostra a figura.
a) Que aceleração horizontal a deve ter M em relação à mesa, de forma a manter m estacionário em relação à cunha
37
supondo‐se os contatos sem atrito?
b) Que força horizontal F deve ser aplicada ao sistema para atingir este resultado, supondo‐se o topo da mesa sem
atrito?
c) Suponha que nenhuma força seja fornecida a M e ambas as superfícies sejam sem atrito. Descreva o movimento
resultante.
SOLUÇÃO
a) A aceleração a de M deve ser tal que a aceleração de m também seja a (horizontal).
Diagrama de forças em m:
Forças em y:
Fy Nm cos mg 0
mg
Nm (1)
cos
Forças em x:
Fx max
Nm sen ma (2)
Substituindo‐se (1) em (2):
mg
sen ma
cos
a = g tagθ (3)
b) Forças em x no sistema cunha‐bloco:
Fy may
F = (m+M)a (4)
Substituindo‐se (3) em (4):
F = (m+M)g tagθ
As componentes horizontais das forças normais da cunha sobre o bloco (Nm) e do bloco sobre a cunha não precisam ser
computados pois formam um par ação‐reação.
c) A cunha irá se mover para a esquerda com aceleração constante. O bloco irá descer pela superfície inclinada da cunha
com aceleração gsenθ em relação à cunha, porém com aceleração menor e constante em relação à mesa. As forças que
aceleram o bloco em relação à mesa são o seu peso e a normal da cunha. O peso do bloco não varia nessas
circunstâncias. Porém, quando a cunha acelera para a esquerda, a normal que esta gera no bloco fica menor, o que
diminui a aceleração do bloco em relação à mesa quando comparada à situação em que a cunha permanece imóvel.
36 Na ilustração abaixo, o Professor Gomes se encontra sobre uma placa de massa m. O coeficiente de atrito entre a
placa m e o piso mostrado na figura abaixo é μ. Encontre a força máxima que o Professor Gomes de massa M pode
exercer na corda para que a placa não escorregue no chão.
38
SOLUÇÃO
Observe o esquema:
Note que a força máxima exercida pelo Professor Gomes a chamamos de T. Do diagrama de corpo livre temos que:
N + T = Mg
N = Mg – T ...(i)
N1 = N + mg ...(ii)
e T = μN1
T – μ(N + mg) = 0 [da equação (ii)]
T – μN – μmg = 0
T – μ (Mg + T) – μmg = 0 [a partir da (i)]
T (1 + μ) = μMg + μmg
T = μ(M + m)g/(1 + μ)
38 Na figura abaixo temos dois blocos A e B de peso 20 N e 100 N, respectivamente. Estes estão sendo pressionados
contra uma parede por uma força F como mostrado. Se o coeficiente de atrito entre os blocos é de 0,1 e entre o bloco B
e a parede é de 0,15, determine a força de atrito aplicada pela parede no bloco B.
SOLUÇÃO
Observando o diagrama do corpo livre teremos:
Para o equilíbrio de A:
f1 = 20 N
Para o equilíbrio de B:
f1 + 100 = f2
f2 = 120 N
39
39 Observe o sistema de corpos indicado na figura abaixo. Qual a força F máxima que pode ser aplicada sobre o bloco
de massa m = 4 kg, de modo que não chegue a deslizar sobre o carro de massa M = 20 kg, com o qual mantém atrito
cujo coeficiente é μe = 0,5?
SOLUÇÃO
Observando o diagrama do corpo livre teremos:
Como o bloco não deve descer do carro, eles se movem como um só corpo. Logo, da 2° lei de Newton:
Fmáx = (M + m).a (1)
Para o bloco:
fat = μe.N = μe.mg
da 2° lei de Newton:
ma = Fmáx ‐ fat
ma = Fmáx ‐ μe.mg (2)
resolvendo (1) e (2) teremos:
Fmáx = (M + m).(m/M). μeg
Fmáx = 24 N
40 Em alguns parques de diversões, existe um brinquedo chamado rotor, que consiste em um cilindro oco, de eixo
vertical, dentro do qual é introduzida uma pessoa:
De início, a pessoa apoia‐se sobre um suporte, que é retirado automaticamente quando o rotor gira com uma
velocidade adequada. Admita que o coeficiente de atrito estático entre o corpo da pessoa e a parede interna do rotor
valha μ. Suponha que o módulo da aceleração da gravidade seja g e que o rotor tenha raio R. Calcule a mínima
velocidade angular do rotor, de modo que, com o suporte retirado, a pessoa não escorregue em relação à parede.
SOLUÇÃO
Equilíbrio na vertical:
Fat = mg
Fat ≤ μ FN
mg ≤ μN
Mas:
N = Fcp
N = mω2R (II)
De (I) e (II), vem:
40
mg ≤ μmω2R
g
R
g
min
R
41 Uma curva circular de uma autoestrada é projetada considerando o tráfego de veículos a 60 km/h.
a) Se o raio da curva é 150 m, qual é o ângulo correto da inclinação da estrada?
b) Se a curva não fosse inclinada, qual seria o coeficiente de atrito mínimo entre os pneus e a estrada que manteria os
veículos trafegando sem derrapar nesta velocidade?
SOLUÇÃO
a) Observando o diagrama do corpo livre teremos:
Vamos considerar uma situação que envolva os dois itens, a estrada é inclinada e tem atrito. O desenho da direita
mostra a força resultante, e como já foi dito é conhecida como força centrípeta. Usando a segunda Lei de Newton:
N P Fa ma de onde tiramos:
Ncosθ – Fasenθ – P = 0 e Nsenθ + Facosθ = ma
Da primeira equação da direita, encontramos que:
P
N
cos E sen
e usando esse valor na segunda equação:
P P
sen E cos ma
cos E sen cos E sen
ou seja:
sen E cos tan
a g E g
cos E sen 1 E tag
ou ainda:
a E g
tan
g E a
Quando μE = 0 , que é o caso do primeiro item, quando não existe atrito:
a v2
tan 0,188
g Rg
com θ = 10,70°
b)Neste caso θ = 0 e portanto encontramos que:
a
E 0,188
g
42 Um disco de massa m está sobre uma mesa sem atrito e preso a um cilindro suspenso de massa M, por uma corda
que passa por um furo na mesa (ver figura). Encontre a velocidade com a qual o disco deve se mover em um círculo de
raio r, de modo que o cilindro permaneça em repouso.
41
SOLUÇÃO
O cilindro permanecerá em repouso se a tensão na corda que o sustenta for igual ao seu peso.
Forças no cilindro:
Fy 0
T PM 0
T Mg (1)
Forças no disco:
Fx max
T ' Fcp (2)
Na equação (2) Fcp é a força centrípeta responsável pelo movimento circular do disco e T’ = T (par ação‐reação).
mv2
T (3)
r
Substituindo‐se (1) em (3):
mv2
Mg
r
Mgr
v
m
43 Uma bola de 1,34 kg está presa a uma haste rígida vertical por meio de dois fios sem massa, de 1,70 m de
comprimento cada. Os fios estão presos à haste em pontos separados de 1,70 m. O conjunto está girando em volta do
eixo da haste, com os dois fios esticados formando um triângulo equilátero com a haste, como na figura. A tensão no fio
superior é 35,0 N.
a) Encontre a tensão no fio inferior.
b) Calcule a força resultante na bola, no instante mostrado na figura.
c) Qual é a velocidade da bola?
SOLUÇÃO
Considere o seguinte esquema da situação:
a) Forças na bola em y:
42
Fy 0
T1 cos T2 cos P 0
mg
T2 T1 8,70N
cos
b) A força resultante ( R ) que atua na bola vale:
R T1 T2 P
(1)
R (T1senˆi T1 cos ˆj) ( T2 senˆi T2 cos ˆj) (mgj)
ˆ
R (T1 T2 )senˆi [(T1 T2 )cos mg]jˆ (2)
R 37,8iˆ 0ˆj (3)
R (37,8N)iˆ
c) A resultante calculada no item (b) é a força centrípeta do movimento circular da bola em torno do eixo. Logo:
mv 2
Fc R (4)
r
A comparação das equações (1) e (2) nos dá o módulo de R :
R = (T1 + T2)senθ (5)
Substituindo‐se (4) em (3):
mv2 mv2
T1 T2 sen
r lsen
T1 T2 l
v sen 6,44m / s 2
m
44 Um estudante de 68 kg , numa roda gigante com velocidade constante, tem um peso aparente que equivale a 56 kg
no ponto mais alto.
a) Qual o seu peso aparente no ponto mais baixo?
b) E no ponto mais alto, se a velocidade da roda gigante dobrar?
SOLUÇÃO
a)
Nos pontos mais alto e mais baixo, a segunda Lei de Newton diz que:
P N ma
onde
v2
a
R
Ponto mais alto: P – NA = ma
Ponto mais baixo: NB ‐ P = ma
Onde NA e NB são as normais nos pontos mais alto e mais baixo respectivamente. A normal é uma reação do assento ao
corpo do estudante que está sentado nele. Se estivesse sentado em uma balança colocada nesse assento, ela mostraria
exatamente o valor de N , que é por isso chamado de peso aparente. Igualando as duas últimas equações, encontramos:
P – NA = NB – P
NB = 2P – NA = (2m – mA)g = 80.9,8
NB = 784N e mB = 80kg
b) •P – NA = mv2/R
•P – N’A = m(2v)2/R = 4 mv2/R
v2 P – N’A
m P – NA
R 4
N’A = 4NA – 3P
N’A = 196N e m’A = 20kg
43
45 Um trabalhador deseja empilhar areia em uma área circular do seu quintal. O raio do círculo é R. Nenhuma areia
deve ser derramada para fora da área circular; ver figura. Mostre que o maior volume de areia que pode ser
armazenado dessa forma é πμeR3/3, onde μe é o coeficiente de atrito estático entre areia e areia.
SOLUÇÃO
Considere o seguinte esquema:
O volume do monte cônico é dado por:
Ah R2h
V (1)
3 3
Pelo esquema acima, vemos que:
h = R.tanθ (2)
Substituindo‐se (1) em (2):
R3 tan
V (3)
3
Vamos analisar a dinâmica de um grão de areia em particular.
Forças em x:
Fx 0
N Pcos 0
N mgcos (4)
Forças em y:
Fy 0
f Psen 0
eN mgsen (5)
Substituindo‐se (4) em (5):
e tan (6)
Substituindo‐se (6) em (3):
R3e
V
3
46 Um carrinho de 0,5 kg é liberado sem atrito a partir do ponto A por uma pista circular de 2 m de raio. Se para o
instante mostrado na figura a velocidade do carrinho é 2 m/s, calcular, aproximadamente nesse instante, a reação do
piso sobre o carrinho. (g = 9,81 m/s2).
SOLUÇÃO
44
Considere o seguinte esquema:
Nos é pedido a reação R no chão do carro em P. O carro faz um movimento circular na pista, em P usaremos o diagrama
do corpo livre e decompomos a força peso.
Na direção radial, pela 2° Lei de Newton:
Fcp = macp
R – mgcos30° = m.v2/r
Substituindo os valores encontramos:
R = 5,25 N
EXERCÍCIOS PARA RESOLVER
01 Uma moça de 40 kg e um trenó de 8,4 kg estão sobre a superfície de um lago congelado, separados por 15 m. A moça
aplica sobre o trenó uma força horizontal de 5,2 N, puxando‐o por uma corda, em sua direção.
a) Qual a aceleração do trenó?
b) Qual a aceleração da moça?
02 É possível haver movimento na ausência de uma força? É possível haver força na ausência de movimento?
03 A equação horária da velocidade de uma partícula, é: v = 4 + 2t (em unidades do SI). Se a massa da partícula é 3,0 kg,
determine a intensidade da força resultante sobre essa massa.
04 Dois blocos idênticos são ligados às extremidades de uma mola e pendurados ao teto por um fio, conforme ilustra a
figura adiante. Quando o conjunto está em equilíbrio, o fio é cortado. Sendo g a aceleração local da gravidade,
determine os valores das acelerações iniciais dos blocos 1 e 2.
05 Um homem de 110 kg desce de uma altura de 12 m até ao chão, segurando uma corda que passa por uma polia sem
atrito e que está presa a um saco de areia de 74 kg.
a) Com que velocidade o homem atinge o chão?
b) Existe alguma coisa que ele possa fazer para reduzir a velocidade com que ele atinge o chão?
06 Considere as duas tirinhas abaixo.
45
Essas tirinhas representam expressões diferentes de uma Lei. Enuncie essa Lei.
07 Um cavalo é colocado para puxar uma carroça. O cavalo recusa‐se a executar a tarefa, citando a terceira lei de
Newton como defesa: a força do cavalo sobre a carroça é igual em intensidade e oposta em sentido à força que a
carroça faz sobre o cavalo. "Se eu nunca vou conseguir exercer uma força sobre a carroça maior do que ela exerce sobre
mim, como eu posso colocar a carroça em movimento?", pergunta o cavalo. Como se pode refutar esta colocação?
08 Fazendo um furo em uma lata A que tem ar comprimido, o ar sai para a direita e a lata para a esquerda. Isso todo
mundo sabe. Considere agora uma lata B dentro da qual se faz o vácuo. Fazendo um furo nessa lata B o ar entra da
direita para a esquerda. A medida que o ar enche a lata B, o que acontece com ela? Justifique.
09 Calcule o peso de uma pessoa de massa m no interior de um elevador que desce com aceleração a = g/3.
10 Uma pilha de seis blocos iguais, de mesma massa m, repousa sobre o piso de um elevador, como mostra a figura. O
elevador está subindo em movimento uniformemente retardado com uma aceleração de módulo a. Determine o
módulo da força que o bloco 3 exerce sobre o bloco 2.
11 Observe as tirinhas abaixo e responda:
Tirinha 1:
Tirinha 2:
46
Na tirinha 1, a Mônica e o Cascão, exercem na corda, uma força de mesmo módulo, mesma direção e sentidos opostos.
a) Indique na figura 1 a(s) força(s) que atua(m) na corda;
b) Indique na figura 2 a(s) força(s) que atua(m) na corda e diga se existe diferença entre a(s) da tirinha 1, sabendo que a
Mônica exerce a mesma força nos dois casos;
c) Se colocarmos um dinamômetro na corda, qual será sua leitura? Faça a análise nos dois casos, justificando suas
respostas.
12 O Professor Gomes pendurou dois tijolos de massas m1 (1 kg) e m2 (4 kg) usando pedaços de barbantes iguais
conforme mostra a figura e realizou as seguintes demonstrações:
I) sempre que ele puxava rapidamente a ponta do barbante F, o barbante F é que primeiro se arrebentava;
II) quando ele puxava lentamente o barbante F, o barbante T1 é que arrebentava primeiro.
Pergunta‐se:
a) Qual a força de tração nos barbantes T1 e T2 antes das demonstrações? Considere g = 10 m/s2.
b) Por que num caso é o barbante T1 que arrebenta e no outro é o F?
13 Uma força vertical F é aplicada a um bloco de massa m que está sobre um piso. O que acontece com o módulo da
força normal FN que o piso exerce sobre o bloco quando o módulo de F aumenta a partir de zero, se a força F aponta
a) para baixo e
b) para cima?
14 Três blocos são conectados, como na figura abaixo, sobre uma mesa horizontal sem atrito, e puxados para a direita
com uma força T3 = 65,0 N.
Se m1 = 12,0 kg, m2 = 24,0 kg e m3 = 31,0 kg, calcule
a) a aceleração do sistema e
b) as tensões T1 e T2.
15 Um móbile pende de um teto com duas peças metálicas presas por uma corda de massa desprezível, conforme a
figura abaixo. São dadas as massas das peças: m1 = 3,5 kg e m2 = 4,5 kg.
Qual a tensão
47
a) na corda inferior e
b) na corda superior?
16 Na figura abaixo, uma corrente composta de cinco elos, cada um de massa igual a 0,100 kg é suspensa verticalmente
com uma aceleração constante de 2,50 m/s2.
Ache os módulos
a) da força que o elo 2 exerce sobre o elo 1,
b) da força que o elo 3 exerce sobre o elo 2,
c) da força que o elo 4 exerce sobre o elo 3 e
d) da força que o elo 5 exerce sobre o elo 4
e) ache os módulos da força que a pessoa levantando a corrente exerce sobre o elo mais elevado.
17 A figura abaixo mostra o Professor Gomes sentado em uma cadeira presa a uma corda de massa desprezível que
passa por uma roldana de massa e atrito desprezíveis e desce de volta às mãos do Professor Gomes. A massa total do
Professor Gomes e da cadeira é 95,0 kg.
Qual é o módulo da força com a qual o Professor Gomes deve puxar a corda para que a cadeira suba
a) com velocidade constante e
b) com uma aceleração para cima de 1,30 m/s2? (Sugestão: um diagrama de corpo livre pode ajudar bastante.)
Se no lado direito a corda se estende até o solo e é puxada por uma pessoa, qual é o módulo da força com a qual essa
pessoa deve puxar a corda para que o Professor Gomes suba
c) com velocidade constante e
d) com uma aceleração para cima de 1,30 m/s2?
Qual é o módulo da força que a polia exerce sobre o teto
e) no item a,
f) no item b,
g) no item c e
h) no item d?
18 Na figura, três caixas são conectadas por cordas, uma das quais passa por uma polia de atrito e massa desprezíveis.
As massas são mA = 30,0 kg, mB = 40,0 kg e mC = 10,0 kg. Quando o conjunto é liberado a partir do repouso:
48
a) qual é a tensão da corda que liga B a C, e
b) que distância A percorre nos primeiros 0,250 s (supondo que não atinge a polia)?
19 A figura abaixo mostra uma caixa de dinheiro sujo (massa m1 = 3,0 kg) sobre um plano inclinado sem atrito de ângulo
θ1 = 30°. A caixa está ligada por uma corda de massa desprezível a uma caixa de dinheiro lavado (massa m2 = 2,0 kg)
situada sobre um plano inclinado sem atrito de ângulo θ2 = 60°. A polia não tem atrito e sua massa é desprezível. Qual é
a tensão da corda?
20 Na figura a seguir, uma lata de massa m1 = 1,0 kg sobre um plano inclinado sem atrito está ligada a uma lata de
massa m2 = 2,0 kg. A polia tem massa e atrito desprezíveis. Uma força vertical para cima de módulo F = 6,0 N atua sobre
a lata de massa m2, que tem uma aceleração para baixo de 5,5 m/s2.
Determine
a) a tensão da corda e
b) o ângulo β.
21 Um dinamômetro é preso por uma corda ao teto e logo é tensionado por outra corda presa ao piso, de forma que
sua leitura seja de 10N (figura a).
Coloca‐se então um peso P no gancho inferior do dinamômetro (figura b). Qual será a nova leitura do dinamômetro nos
seguintes casos:
a) P = 7 N b) P = 16 N
22 A figura a seguir mostra dois blocos de massas m1 = 1 kg e m2 = 2 kg, ligados por um fio ideal (inextensível e de massa
desprezível) a uma polia também ideal (de massa desprezível e que não oferece resistência à passagem do fio). Uma
força vertical de módulo constante F e sentido para cima é aplicada na polia. Determine os módulos da força normal
atuando no bloco 2 e da aceleração do bloco 1 quando:
49
a) F = 30 N;
b) F = 50 N
23 A figura representa dois baldes de massas M1 e M2, contendo cada um uma quantidade de areia de massa M.
Considere a polia e os fios ideais. Supondo que a massa M2 seja ligeiramente maior que a massa M1
a) Qual a quantidade m de areia que deve ser transferida do balde de massa M1 para o balde de massa M2 para que a
aceleração do sistema aumente de um fator f?
b) Qual o maior valor de f possível?
24 Um bloco homogêneo de massa M move‐se aceleradamente sob a ação da força F numa superfície lisa. Encontrar o
valor da força T, com que uma parte A do bloco, de comprimento x, atua sobre a parte B do mesmo. O comprimento do
bloco é L.
25 Dois blocos estão em contato sobre uma mesa sem atrito. Uma força horizontal é aplicada ao bloco maior, como
mostrado na figura abaixo.
a) Se m1 = 2,3 kg, m2 = 1,2 kg e F = 3,2 N, ache o módulo da força entre os dois blocos,
b) Mostre que se uma força de mesmo módulo F for aplicada ao bloco menor mas no sentido contrário, o módulo da
força entre os blocos será 2,1 N, que não é o mesmo valor calculado em (a),
c) Explique a diferença.
26 Observando o esquema abaixo, determine a aceleração de cada um dos blocos A e B, sabendo que não existe atrito.
Também calcular a tensão na corda na parte horizontal. Dado: PA = 20 N, PB = 5 N e g = 9,8 m/s2.
50
27 Para o sistema mostrado na figura abaixo, determine a aceleração de cada bloco sabendo que suas massas são dadas
por m1 = 1 kg, m2 = 2 kg e m3 = 3 kg. Considere as polias como ideais e o sistema livre de atrito. g = 10 m/s2.
28 Se os corpos A, B e C do sistema mostrado abaixo são deixados livres a partir do repouso, determine o tempo que
leva para o bloco A de massa 2 kg percorrer uma distância d = 5 m sobre o bloco C de massa 6 kg. Os blocos A e B têm
massas iguais. Não há atrito e polias ter peso insignificante. (g = 1 0 m/s2)
29 No sistema mostrado na figura: F = 70 N; PA = 100 N; PB = 300 N. Se desprezarmos as massas das polias e o efeito de
atrito, qual o valor:
a) Da aceleração de cada bloco.
b) Da tensão em cada bloco.
30 Observe a figura abaixo. A superfície circular na qual a bola repousa é perfeitamente lisa. Calcular a aceleração em
m/s2, que deve ter o carrinho para que a bola adote a posição mostrada. (g = 9,8 m/s2)
Dado: sen 16° = 7/25
31 Observe o esquema abaixo. Se as cunhas iniciam seus movimentos a partir do repouso, calcule o deslocamento que
experimentaram a cunha B quando a cunha A tocar o chão, considere mA = 2 kg, mB = 8 kg, a = 10 cm e b = 60 cm.
51
32 No equipamento mostrado abaixo, a bola 1 tem uma massa 1,8 vezes maior do que a barra 2, cujo comprimento é ℓ
= 1 m. A bola é fixada ao mesmo nível com a extremidade inferior da haste e é libertada. Depois de quanto tempo a bola
cruza a extremidade superior da barra?
33 A figura abaixo mostra um bloco unido a uma mola (K = 1,250 N/m) sem se deformar no interior de um carro. Sobre
o carro, o Professor Gomes exerce uma força F que torna aumentar a sua aceleração lentamente até atingir o valor a =
7,5 m/s2, qual o valor da deformação que a mola apresenta se naquele instante o bloco deixa de se apoiar no chão do
carro? (g = 10 m/s2)
34 O plano inclinado da figura abaixo tem massa M e sobre ele se apoia um objeto de massa m. O ângulo de inclinação é
α e não há atrito nem entre o plano inclinado e o objeto, nem entre o plano inclinado e o apoio horizontal. Aplica‐se
uma força F horizontal ao plano inclinado e constata‐se que o sistema todo se move horizontalmente sem que o objeto
deslize em relação ao plano inclinado. Determine F.
35 Determine a aceleração da massa m2 (m2 > m1) para o sistema dado na figura abaixo. São desprezados o atrito e as
massas dos cabos da polia.
52
36 Dado o sistema formado por um prisma de massa M e sobre ele um bloco de massa m. Desprezando o peso da polia
e o atrito, determine a aceleração do prisma M.
37 A haste azul de massa m mostrado na figura abaixo é liberada sem nenhum atrito. Determine a intensidade da
aceleração da cunha.
38 Encontre a constante de mola equivalente ke de um sistema formado por duas molas de constante k unidas em série.
39 Encontre a constante de mola equivalente ke de um sistema formado por duas molas de constante k unidas em
paralelo.
40 Quando se está polindo uma superfície, existe um limite a partir do qual continuar polindo faz com que o atrito
aumente em vez de diminuir. Explique por quê.
41 O coeficiente de atrito estático entre o Teflon e os ovos mexidos é de aproximadamente 0,04. Qual é o menor ângu‐
lo, em relação à horizontal, que provoca o deslizamento dos ovos ao longo de uma frigideira coberta por Teflon?
42 Qual é a máxima aceleração que pode ser gerada por um corredor, se o coeficiente de atrito estático entre os
sapatos e a estrada é 0,95?
43 Um pedaço de gelo sai do repouso e desliza descendo sobre um plano áspero inclinado de 33° no dobro do tempo
que ele gasta para deslizar descendo sobre um plano sem atrito inclinado de 33° de mesmo comprimento. Encontre o
coeficiente de atrito cinético entre o gelo e o plano inclinado áspero.
44 No topo de um plano inclinado de altura h existem dois blocos. A inclinação do plano em relação à horizontal vale θ =
45°. Um dos blocos é largado no ar, sem velocidade inicial, e o tempo da queda livre deste bloco é igual a t. O outro
bloco é largado sobre o plano, sem velocidade inicial, e leva um tempo igual a 2t para deslizar até a base do plano.
Calcule:
a) a aceleração do bloco que deslizou sobre o plano;
b) o coeficiente de atrito cinético entre o plano e o bloco.
45 Na figura, o bloco I repousa sobre o bloco II, sendo que I está preso por uma corda a uma parede. mI = 3,0 kg e mII =
6,0 kg. O coeficiente de atrito cinético entre I e II é 0,10 e entre II e o plano é 0,20. Qual deve ser a força F que, aplicada
em II, desloca esse bloco com aceleração de 2,0 m/s2?
53
46 Na figura, os dois blocos A e B são iguais, apresentando peso de intensidade P = 100 N cada um. Os coeficientes de
atrito entre A e B e entre B e o plano inclinado têm o mesmo valor µ. Sendo senα = 0,6, cosα = 0,8 e sabendo que os
blocos estão em equilíbrio com B na iminência de escorregar, o Professor Gomes pede para você determinar o
coeficiente de atrito µ e a tração T no fio.
47 Na figura a seguir, um bloco de massa M e comprimento L encontra‐se inicialmente em repouso sobre uma superfície
horizontal sem atrito. Sobre tal bloco, é colocado um outro de massa m, cujo comprimento é muito menor que L, de
modo que este possa ser considerado uma partícula material. Sabe‐se que existe atrito entre os blocos, com
coeficientes estático e cinético respectivamente denotados por μe e μc. Considere que sobre o bloco de massa M atua
uma força constante e horizontal de módulo F. A força horizontal máxima que pode ser aplicada sobre o bloco de massa
M de modo que os blocos não deslizem um sobre o outro é denotada por Fmáx.
a) Calcule o módulo da força máxima Fmáx em função de μe, M, m e g.
b) Suponha que F > Fmáx. Para tal situação, calcule o tempo que o bloco de massa m leva para perder contato com o
bloco de massa M. Expresse o seu resultado em função de L, M, μe, μc, F e Fmáx.
48 A boca de um copo é coberta com um cartão circular, e sobre o cartão coloca‐se uma moeda (vide figura a seguir). Os
centros do cartão e da moeda são coincidentes com o centro da boca do copo. Considere como dados deste problema:
o raio do cartão, R, o raio da boca do copo, r, o coeficiente de atrito entre a moeda e o cartão, μ, e o módulo g da
aceleração da gravidade. O raio da moeda pode ser desprezado.
Move‐se o cartão horizontalmente, em trajetória retilínea e com aceleração constante. Determine o valor da menor
aceleração do cartão, aC, para que a moeda ainda caia dentro do copo quando o cartão for retirado por completo.
49 Um caixote de massa M = 20 kg encontra‐se apoiado sobre um plano horizontal áspero. O coeficiente de atrito entre
o caixote e o plano vale µ = 0,75 e a gravidade local vale g = 10 m/s2.
Se o ângulo θ pode ser ajustado convenientemente, o Professor Gomes pede para você determinar menor força F capaz
de mover o caixote ao longo do plano.
54
50 Um bloco é liberado do repouso em de um plano inclinado de 45o e, em seguida, desliza uma distância d. O tempo
necessário para deslizar em um plano com atrito (coeficiente μ) é n vezes maior que o tempo para deslizar o mesmo
plano sem atrito. Determine o coeficiente de atrito μ.
51 Observe o sistema de corpos mostrado na figura abaixo. Se for aplicada uma força de F = 100 N ao bloco de 10 kg,
qual será a aceleração produzida na placa de 40 kg? Use g = 9,8 m/s2.
52 Sobre uma mesa plana e sem atrito está localizado um sistema de blocos como mostra a figura abaixo. O coeficiente
de atrito entre os blocos de massa M e m é igual a μ∙ O bloco inferior direito (como ilustrado) é puxado ao longo da
mesa com a força F, como mostrado na figura. Encontre a aceleração de todos os blocos do sistema.
53 Observe o sistema de corpos mostrado na figura abaixo. As superfícies dos blocos em contato possuem atrito com
coeficiente μ = 0,5 e a superfície horizontal da mesa é lisa. Determine a relação entre as acelerações dos blocos A e B.
54 Na figura mostrada, o bloco de massa "M" tem uma aceleração o dobro do bloco de massa "2M". Há atrito em todas
as superfícies em contato. Calcule o coeficiente de atrito cinético "μ".
55 Considere a situação mostrada na figura abaixo. Na superfície horizontal abaixo do carrinho não existe atrito. O
coeficiente de atrito entre os blocos é μ. Encontre a força F mínima e máxima que podem ser aplicadas para manter o
bloco menor em repouso em relação ao carrinho.
55
56 A figura abaixo mostra dois blocos conectados por uma corda leve colocada nas duas partes inclinadas de uma
estrutura triangular. Os coeficientes de atrito estático e cinético são de 0,28 e 0,25 respectivamente em cada uma das
superfícies.
a) Encontre os valores mínimos e máximos de m para os quais o sistema permanece em repouso.
b) Encontre a aceleração de qualquer bloco se m for dado o valor mínimo calculado na primeira parte e é empurrado
suavemente por um curto período de tempo.
57 No sistema representado na figura, o fio é inextensível e tem peso desprezível. No local, a intensidade da aceleração
da gravidade vale g. Ignorando a influência do ar, determine a aceleração do bloco de massa M sabendo que o
coeficiente de atrito entre os dois blocos é μ1 e que entre o bloco maior e o solo é μ2.
58 No sistema mostrado na figura abaixo, o bloco de massa m não se move em relação ao bloco de massa 3m. Qual o
valor da força que o bloco de massa m exerce sobre o bloco de massa 3m?
59 A partir da figura abaixo, determine o valor da aceleração da cunha, de modo que o bloco está prestes a passar por
cima dela.
60 Na figura abaixo é mostrado um bloco liso de 2 kg de massa apoiado sobre uma plataforma em repouso. Se sobre a
polia ideal é exercida uma força horizontal de 20 N, como se mostra. Passado 1 s, quanto avança o bloco para um
observador na plataforma? (g = 10 m/s2)
56
61 Para o sistema mostrado abaixo, o coeficiente de atrito estático entre os blocos é μe. Para que valores da força F o
bloco A sobe? Considere mA = mB = m.
62 Observe o sistema de corpos mostrado na figura abaixo. A partir do sistema, determine a intensidade da força de
tensão na corda (1). Considere as polias ideais.
63 Uma pequena bola rola descrevendo um círculo horizontal a uma altura y, dentro do cone mostrado na figura abaixo.
Obtenha uma expressão para o módulo da velocidade da bola.
64 Dois arames são presos à esfera de 2,0 kg mostrada na figura. A esfera descreve um círculo horizontal com
velocidade de módulo constante.
a) Para que valor de velocidade a tensão em ambos os arames é a mesma?
b) Quanto vale esta tensão?
57
65 Em um parque de diversões, os passageiros do brinquedo chamado Rotor ficam em pé dentro de um anel girante
com 16 m de diâmetro. Depois que o anel adquiriu velocidade suficiente, ele se inclina até ficar girando no plano
vertical, como mostrado na figura.
a) Suponha que o anel complete cada volta em 4,5 s. Se a massa de um passageiro for de 55 kg, com que intensidade de
força o anel o empurrará no topo de uma volta? E no fundo?
b) Qual é o máximo período de rotação do anel que impedirá os passageiros de caírem quando passarem pelo topo?
66 Você já deve ter notado (Einstein notou) que, quando se mexe uma xícara de chá, as folhas flutuantes se concentram
no centro da xícara em vez de se concentrarem nas bordas. Você pode explicar isto? (Einstein pôde.)
67 Um garoto está num elevador que sobe com aceleração a. Ele gira um balde contendo água num círculo vertical de
raio R. Qual é o menor módulo da velocidade do balde para que a água não caia do balde na parte superior da
circunferência?
68 A figura representa uma roda‐gigante que gira com velocidade angular constante em torno de um eixo horizontal
fixo que passa por seu centro C.
Numa das cadeiras, há um passageiro sentado sobre uma balança de mola (dinamômetro), cuja indicação varia de
acordo com a posição do passageiro. No ponto mais alto da trajetória, o dinamômetro indica 234 N e, no ponto mais
baixo, indica 954 N.
Calcule:
a) o peso da pessoa;
b) a intensidade da força resultante na pessoa.
69 Uma moto percorre um morro, conforme ilustra a figura a seguir. Visto em corte, esse morro pode ser comparado a
um arco de circunferência de raio R, contido em um plano vertical. Observe:
Ao passar no ponto A, o mais alto do morro, a moto recebe da pista uma força de reação normal 25% menor que aquela
que receberia se estivesse em repouso nesse ponto. Se no local a aceleração da gravidade vale g, qual será o módulo da
velocidade da moto no ponto A?
70 No esquema abaixo nota‐se uma plataforma horizontal giratória em torno de um eixo vertical. Na plataforma
apóiam‐se os blocos A e B ligados entre si por um fio leve, flexível e inextensível que passa por uma roldana sem atrito.
As massas dos blocos são A e B, suas distâncias ao eixo são a e b respectivamente, e B.b > A.a. O coeficiente de atrito é
μ, a aceleração local da gravidade tem intensidade g. Aumenta‐se aos poucos a velocidade angular do sistema. O
professor Gomes pede que se determine a velocidade angular ω na iminência do deslizamento.
58
71 Um cubo muito pequeno de massa m é colocado dentro de um funil (veja figura) que gira em volta de um eixo
horizontal a uma taxa de Ω revoluções por segundo. A parede do funil forma um ângulo β com a vertical. O coeficiente
de atrito estático entre o cubo e o funil é μ e o centro do cubo está a uma distância r do eixo de rotação.
a) Encontre o maior valor de Ω para que o cubo não de mova para cima.
b) Calcule o menor valor de Ω para que o cubo não se mova para baixo.
72 Um automóvel está em movimento circular e uniforme com velocidade escalar v, numa pista sobrelevada de um
ângulo θ em relação à horizontal. Sendo μ o coeficiente de atrito estático entre os pneus e a pista, R o raio da trajetória
e g a intensidade do campo gravitacional, determine o valor máximo de v, de modo que não haja deslizamento lateral
do veículo.
73 Na figura mostrada abaixo, uma pequena esfera lisa de 2,5 kg de massa desliza em uma cunha de 4 kg de massa. Se
para o instante mostrado a cunha está prestes a escorregar, determinar a velocidade da esfera (v). (g = 10 m/s2)
74 A partir da figura abaixo, determine o valor máximo da reação da superfície esférica sobre a esfera de 4 kg, se nesse
momento a velocidade da esfera é de 5 m/s em relação ao carro. (Considere as superfícies sem atrito e g = 10 m/s2)
59
Respostas
01 a) a = 0,62m/s² b) a = 0,13m/s²
02 Sim. Se não há forças agindo sobre um ponto material, (R = 0), de acordo com o princípio da inércia, ele está em
repouso ou em Movimento retilíneo e uniforme. Podemos afirmar que não há variação da velocidade sem força.
Sim. Quando as forças que agem em um ponto material estão equilibradas (R = 0), de acordo com o princípio da inércia,
ele está em repouso ou em Movimento retilíneo e uniforme.
03 6 N
04 a) a = 2g b) a = 0
05 a) v = 6,8 m/s b) Sim, ele pode subir pela corda enquanto cai.
06 Lei da Inércia. A Primeira Lei de Newton, ou lei da Inércia, diz que a tendência dos corpos, quando nenhuma força é
exercida sobre eles, é permanecer em seu estado natural, ou seja, repouso ou movimento retilíneo e uniforme.
07 Agem em corpos diferentes.
08 Move‐se para a direita.
09 P = 2mg/3
10 N = 2m(g‐a)
11 a) As forças atuam da seguinte forma Mônica puxa de um lado ← e o Cascão do outro→ dai tu sinaliza assim na
tirinha, chamamos esta força de "tração".
b) Como na 2 tirinha só Mônica puxa , (e se a corda estiver presa na parede )há tração na corda somente neste sentido
→ mas caso o Cascão tenha soltado a corda não haveria tração, por isso há diferença entre as duas tirinhas porque na
primeira tirinha a força que Monica exerce na corda Cascão a retribui com o mesmo modulo ,e de sentido contrario, ja
na segunda não há quem retribua essa intensidade.
c) Na tirinha 1 se colocássemos um dinamômetro possivelmente marcaria 0 pois os módulos das intensidade são iguais
porem opostas por tanto se anulariam, já no segunda caso teríamos uma tração resultante.
12 a) T1 = 50 N T2 = 40 N
b) Os dois barbantes são iguais e suportam o mesmo esforço. Quando a força é aplicada rapidamente, esta não é
transferida instantaneamente para os barbantes superiores, sendo suportada inicialmente apenas pelo barbante de
baixo. Por isso esse se rompe quando é puxado rapidamente para baixo. Quando o barbante de baixo é puxado
lentamente, a força é transmitida para os barbantes superiores. Como o barbante de cima (T1) já está suportando uma
força maior, ele é que vai arrebentar primeiro.
13 a) aumenta a partir de mg; b) diminui a partir de mg até zero
14 a) a = 0,97 m/s2 b) T1 = 11,64 N; T2 = 34,92 N
15 a) T = 44,15 N b) T = 78,48 N
16 a) F2,1 = 1,23 N b) F3,2 = 2,46 N c) F4,3 = 3,69 N d) F5,4 = 4,92 N e) Fp,5 = 6,16 N
17 a) T = 466 N b) T = 527 N c) T = 931 N d) T = 1005 N e) T = 931 N
f) T = 1005 N d) T = 1860 N h) T = 2100 N
18 a) T = 36,8 N b) 0,192 m
19 T = 16,10 N
20 a) T = 2,62 N b) 17,07°
21 a) 10 N b) 16 N
22 a) N2 = 5 N; a1 = 5 m/s2 b) N2 = 0; a1 = 15 m/s2
(f 1)(M2 M1 ) 2M
23 a) m b) fmáx 1
2 M2 M1
24 T = F x/L
25 a) 1,1 N b) Demonstração
c) Observamos que a aceleração dos blocos é a mesma nos dois casos. Na parte (a), a força f é a única força horizontal
no bloco de massa m2 e na parte (b) f é a única força horizontal no bloco com m1 > m2. Como f = m2a na parte (a) e f =
m1a na parte (b), então para que as acelerações sejam as mesmas, f deve ser maior na parte (b).
26 aA = 1,16 m/s2 e aB = 0,58 m/s2: T = 2,37 N
27 a1 = 4 m/s2; a2 = 6 m/s2; a3 = 8 m/s2
28 t = 2s
29 a) aA = 3 m/s2: aB = 2 m/s2 b) TA = 40 N: TB = 20 N
30 a = 4,57 m/s2
31 10 cm
32 1,4 s
33 1 cm
60
34 F = (M + m).g.tgα
2g(2m2 m1sen)
35 a
4m2 m1
mg cos (1 cos )
36 a
Mcos m(1 cos )
tan
37 a .g
tan2 3
1 1 1
38
k k1 k 2
39 k = k1 + k2
40 A força de atrito se origina, em última análise, de forças interatômicas, ou seja, da força de interação entre os
átomos. Quando as superfícies estão em contato, criam‐se pontos de aderência ou colagem (ou ainda solda) entre as
superfícies. É o resultado da força atrativa entre os átomos próximos uns dos outros. Se as superfícies forem muito
rugosas, a força de atrito é grande porque a rugosidade pode favorecer o aparecimento de vários pontos de aderência,
como mostra a figura abaixo.
Isso dificulta o deslizamento de uma superfície sobre a outra. Assim, a eliminação das imperfeições (polindo as
superfícies) diminui o atrito. Mas isto funciona até um certo ponto. À medida que a superfície for ficando mais e mais
lisa o atrito aumenta. Aumenta‐se, no polimento, o número de pontos de "solda". Aumentamos o número de átomos
que interagem entre si. Pneus "carecas" reduzem o atrito e, por isso, devem ser substituídos. No entanto, pneus muito
lisos (mas bem constituídos) são utilizados nos carros de corrida.
41 2,3°
41 9,31 m/s2
43 μ ≈ 0,5
44 a) 3,6 m/s2; b) μc = 0,5
45 F = 33 N
46 μ = 0,25; T = 80 N
47 a) Fmáx = (M + m).μe.g b) t = {(2LM)/[F – (μc/μe)Fmáx]}
(R r)
48 ac g
r
49 Fmín 120 N
1
50 1 2
n
51 a = 0,98 m/s2
F
52 Caso 1: As massas 1 e 2 ficam em repouso relativo: a1 a2
2(M m)
F mg mg
Caso 2: A massas 2 desliza sobre a massa 1: a1 e a2
m 2m M
53 aA/aB = 2/3
54 μ = 0,5
1 1
55 Fmín (M 2m)g e Fmáx (M 2m)g
1 1
56 mmín = 9/8 kg e mmáx = 32/9 kg
[2m 2 (M m)]g
57 a
M m[5 2(1 2 )]
mg
58 N 37
6
59 a = 2g
60 2 m
61
1 e
61 F 7mg
1 e
62 T = (4/3).mg
63 v gy
64 a) 2,9 m/s b) T = 14,3 N
65 a) Ftopo = 319 N; Ffundo = 1397 N b) 5,7 s
66 *
67 vmín (g a)R
68 a) P = 594 N b) F = 360 N
1
69 v gR
2
A B
70 g
Bb Aa
1 g sen cos 1 g sen cos
71 a) b)
2 r cos sen 2 r cos sen
Rg(sen cos )
72 vmáx
cos sen
73 v = 1 m/s
74 132 N
62