Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo realizar um breve estudo de alguns
institutos do Direito Tributário, imunidade, isenção e não incidência tributária, que por
resultarem no não pagamento dos tributos são mal compreendidos e muitas vezes
confundidos. Diante disto, apresentaremos algumas considerações acerca dos
institutos, e traçaremos um paralelo com as principais nuances de cada um.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
1. IMUNIDADE
A imunidade, de acordo com o atual texto constitucional, alcança as taxas ( art. 5º,
XXXIV, CF), os impostos (art. 150, VI, CF) e as contribuições para a seguridade social (art.
195,§ 7º, CF). No entanto, as mais importantes imunidades são as aplicadas
exclusivamente aos impostos.
A regra da imunidade não pode ser compreendida como um direito a ser requerido
pelas entidades ao governo, mas sim, um mandado constitucional dirigido aos governos,
proibindo-os de tributar pessoas que cumprem os requisitos que a própria Constituição
já indica.
A Imunidade é sim, uma limitação tributaria constitucional, o que implica ser uma
regra jurídica de exclusão ou restrição de competência pelo próprio poder que delimitou
essa competência.
A Imunidade é sempre ampla e indivisível, não admitindo restrições. É um instituto
que não pode comportar fracionamento.
2. NÃO INCIDÊNCIA
Outro instituto que não pode ser confundido com a imunidade é a não incidência,
mas antes de tratamos da não incidência vamos entender o que vem a ser a incidência
tributária.
Por fim, para fechar nossa questão sobre incidência tributaria, outro grande
tributarista fala bem sobre esse ponto em questão. Vicente Kleber de Melo Oliveira, nos
ensina que: (2001, P.160):
(...) verifica-se a incidência quando é realizado ou efetivado
um fato, ato ou situação jurídica previamente descrito como
gerador de obrigação de pagar tributo.
Ruy Barbosa Nogueira nos ensina que (1999, P.167): “ não incidência é o inverso,
isto é, o fato de a situação ter ficado fora dos limites do campo tributário, ou melhor, a
não incidência do fato gerador, porque a lei não descreve a hipótese de incidência”.
Pra melhor compreensão sobre esse assunto, Vittorio Cassone diz (1999, P.116):
3. ISENÇÃO
O mestre Rubens Gomes de Souza (1975, p. 97) “Isenção é o favor fiscal concedido
por lei, que consiste em dispensar o pagamento de um tributo devido”.
Ainda o mestre Rubens Gomes de Souza nos ensina que: “As isenções classificam-
se em: subjetivas, aquelas que levam em linha de conta a pessoa do sujeito passivo e
objetivas, aquelas deferidas em atenção à natureza do ato, fato ou negocio sujeito ao
tributo”.
Tal prerrogativa ora concedida a União, nos leva ao entendimento de que, tratava-
se de uma invasão de competência dos municípios e dos estados, o que poderia até
mesmo causar prejuízos de ordem econômica a estes entes governamentais, pois,
poderiam ser surpreendidos na realização de suas metas administrativas previstas em
orçamento, tendo em vista o poder constitucional que a União tinha de conceder
isenção de impostos de sua competência.
Assim, seria injusto recair tributos sobre aquele que no fim, termina por auxiliar o
Estado, ou até mesmo substitui no atendimento de serviços de interesse coletivo, de
responsabilidade do próprio Estado, como o fazem a maioria das pessoas jurídicas de
direito privado sem fins lucrativos.
CONCLUSÃO
REFERÊCIAS
CASSONE, Vittorio. Direito Tributário. 11o edicão. Editora Atlas s/a. São Paulo.
1999.
MORAES, Bernardo Ribeiro de. Curso de direito tributário. Editora Saraiva. São
Paulo 1982.
NOGUEIRA, Ruy Barbosa. Curso de direito tributário. Editora Saraiva, São Paulo.
15o edição, 1999.
OLIVEIRA, Vicente Kleber Melo de. Editora Del Rey. Direito Tributário. Sistema
tributário nacional Belo horizonte, 2001.