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SUMÁRIO:

Apresentação............................................................................................................Pg.02
Sermão 01 – Sem indiferença!..................................................................................Pg.03
Sermão 02 – Deus está no controle!.........................................................................Pg.05
Sermão 03 – Muito trabalho pela frente....................................................................Pg.07
Sermão 04 – Planejar é preciso................................................................................Pg.09
Sermão 05 – Intriga da oposição..............................................................................Pg.11
Sermão 06 – Como lidar com a injustiça social........................................................Pg.13
Sermão 07 – Triunfo em meio as calúnias................................................................Pg.15
Sermão 08 – Reorganizando a comunidade.............................................................Pg.17
Sermão 09 – Reavivamento através da Escritura.....................................................Pg.19
Sermão 10 – Recordar para crescer.........................................................................Pg.21
Sermão 11 – Assumindo compromissos...................................................................Pg.23
Sermão 12 – É hora de celebrar...............................................................................Pg.25
Sermão 13 – Sempre reformando.............................................................................Pg.27
Anotações.................................................................................................................Pg.29

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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

APRESENTAÇÃO:

Temos a grata satisfação de apresentar aos pastores, lideranças e igrejas da


Convenção Paulista das IAP‟s a sétima série de mensagens do Projeto Quarta com
Deus. Desta feita, a lição bíblica base é a de nº 296, do 3º trimestre de 2011: que
trouxe seguinte tema: VAMOS RECONSTRUIR – “Desafios para a vida cristão à luz de
Neemias”. A escolha deste tema não foi por acaso, ele será ministrado em nossas
igrejas, no período de transição de um ano para outro. Como sempre, cada final e inicio
de ano traz consigo seus desafios. Saber encerrar uma fase da vida requer tanta
sabedoria quanto para iniciar outra.
Não é novidade pra nós que “aprendemos sempre. A vida é um palco onde o
aprendizado é diário. Se vivemos, sabemos. E sabemos muitas coisas. E no aprendi-
zado da vida, o desafio é sempre o mesmo: praticar o que aprendemos. Sabemos que,
quando alguém está em perigo, precisamos ter compaixão e ajudar, pois, como salvos
em Cristo, não podemos ser indiferentes às necessidades do próximo; sabemos que
existe situações na vida que, aos nossos olhos, são impossíveis de serem suplantadas,
entretanto, se Deus decidiu intervir para ajudar-nos, ninguém poderá impedi-lo. Sabe-
mos, também, que na realização de nossos projetos pessoais não podemos realizar
tudo sozinhos, é necessário buscar apoio, o que significa ter que lidar enfrentar oposi-
ções, o que exige firmeza e sabedoria; sabemos, ainda, que trabalhar em grupo é
indubitavelmente eficaz, o que exige organização e perícia na distribuição das tarefas.
E seguimos aprendendo. Olhamos para o que já passou e o que vemos?
Quantas experiências! Doces e amargas experiências. Momentos alegres e tristes. É a
vida. Quantas vezes não desanimamos de fazer a obra de Deus por causa de oposi-
ções? Que fazer? Quantas vezes nos deparamos com situações graves de injustiças
sociais. Que fazer? Você que já foi caluniado, como reagiu? E se for, como reagir?
Pense no alvo importante de sua vida, que acabou de conquistar. Como proteger e
tornar duradouro as suas mais substanciosas conquistas? Agora se imagine num
momento bom da vida: as realizações materiais quase todas conquistadas. Contudo,
no “melhor” momento da vida, percebe que o principal, a vida espiritual, está aos
cacos. Que fazer? E quando olhar a sua vida e constatar que cometeu muitos acertos,
mas, também, muitos erros na vida cristã, qual a atitude certa para que possa se
aprimorar quanto ao futuro? A vida vai passando, e não para. Para vivê-la bem é
necessário compromissos sérios. Você já fez compromisso alguma vez? Sim? Conse-
guiu cumpri-los? Sim ou não, com Deus há sempre uma nova oportunidade para
recomeçar. E se você conseguir grandes vitórias, a quem atribuirá o mérito, o louvor, a
honra? Quem deve ser louvado no momento das suas grandes realizações?
Todas essas situações serão abordadas nas treze mensagens desta série.
Através destas reflexões no livro de Neemias, Deus dá a você a oportunidade de olhar
para a sua vida, avaliar tudo o que já fez ou deixou de fazer, ponderar sobre a riqueza
acumulada pelo conhecimento diário, ver o nível de praticidade do saber, e com fé em
Cristo Jesus, seguir avante, „firme e constante, sempre produtivo na obra do Senhor,
em quem nossa vida não é vã‟ (1 Cor.15.58)”.
Que Deus recompense os colaboradores desta série. Que Deus use podero-
samente os pregadores. Que Deus enriqueça espiritualmente os irmãos que são as-
síduos nos cultos de quarta-feira. Que Deus ajude o seu povo a reconstruir sua vida
e sua história. A Jesus Cristo, nosso eterno Salvador e Senhor, honra e glória, pelos
séculos dos séculos, amém!
Pr. Moisés Laurentino da Silva
CETAP – Extensão Paulista/2017
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TÍTULO: SEM INDIFERENÇA! (1ª Mensagem)


TEXTO BASE: NEEMIAS 1.1-3
INTRODUÇÃO:
Pela graça de Deus, estamos iniciando uma nova série de mensagens. Esta é
a 7ª série do Projeto “Quarta com Deus”. Projeto iniciado em maio de 2016 em toda
a Convenção Paulista, que muito tem contribuído para nosso crescimento “na graça
e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pd.3.18).
As séries de mensagens ministradas até aqui foram: Marcas da igreja avivada; Diá-
logos com Deus; Provérbios; Quero mudar; Crescendo em família e Santo Espírito.
Hoje, iniciamos a série: “Vamos Reconstruir – Desafios para a vida cristã, à luz do
livro de Neemias”. Sendo assim, toda ela terá como base o livro de Neemias. Isto é
maravilhoso, porque além dos momentos singulares de louvor e de oração que te-
mos a cada quarta-feira, estaremos expondo o livro de Neemias. Nesta primeira
mensagem, que tem por título: “Sem indiferença”, pensaremos juntos à respeito do
desafio que nos é imposto como cristãos, pois como salvos em Cristo, não podemos
ser indiferentes às necessidades do próximo.
Nós vivemos meus irmãos, em um mundo, como disse Jesus, repleto de “afli-
ções” (Jo.16:33). Costumeiramente ouvimos notícias assassinatos em massa, ho-
mens bomba, exploração e abandono infantil, injustiça social, corrupção, impunida-
de, ataques contra a família, promiscuidade, enfim. Estamos tão familiarizados com
esta realidade que por vezes ela não nos comove. Às vezes somos indiferentes até
mesmo aos que estão mais próximos a nós, como os da família e os da igreja.
Neemias mostra-nos a partir de seu exemplo, qual deve ser nossa atitude em
relação às necessidades dos que nos cercam. Vejamos então, três atitudes impor-
tantes, para vencermos a indiferença.

I ATITUDE: PARA VENCER A INDIFERENÇA, FAÇA DA EMPATIA UM ESTILO


DE VIDA (Ne 1.4).
Como refletiremos neste trimestre acerca do livro de Neemias, penso ser im-
portante relembrar a história até chegarmos a Neemias. Israel alcançou expressão
como nação por meio dos reis Saul, Davi e Salomão. No final de sua vida, Salomão
comprometeu-se com o mundo esquecendo-se da aliança feita com Deus, sendo
assim, Deus sentenciou o reino à divisão (cf. 1 Re 11:11-12). Resumidamente, o
povo decaiu nos princípios morais afastando-se de Deus e receberam o castigo: os
assírios invadiram Israel, e o reino do norte foi massacrado em 722 a.C.; e em 586
a.C. Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu Jerusalém e o povo de Judá (reino do
sul) foi levado cativo (cf. 2 Cr 36:18-20). Tempos depois, em 539 a.C. a Pérsia ven-
ce a Babilônia e decreta a volta dos judeus para sua terra. Nesta ocasião, cerca de
50 mil hebreus fizeram a viagem de volta para reconstruírem o templo (Ed 1:1-11;
2:64-66). Em 458 a.C., durante o reinado do Rei persa Artaxerxes, Esdras, também
vai para Jerusalém, a fim de fazer uma reforma religiosa. Aproximadamente quinze
anos se passam, e chegamos a data da nossa história, isto é, aos acontecimentos
narrados em Neemias. Em uma simples leitura do capitulo um, perceberemos que
Neemias é uma pessoa que se envolve tanto afetivamente quanto espiritualmente
com o seu povo. Nos versículos que lemos, notamos que Neemias se identificou
com o sofrimento do seu povo, ele foi empático. Após ouvir que “os restantes que
não foram levados para o cativeiro estão em grande miséria, e desprezo, e o muro
de Jerusalém fendido e suas portas queimadas a fogo” (v.3), ele lamentou como se
aquela situação deplorável estivesse acontecendo consigo mesmo. Ele chorou por-
que a cidade de seus pais estava em ruínas, o templo onde Deus era adorado esta-
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

va desprotegido e chorou principalmente porque Deus estava sendo afrontado. A


preocupação de Neemias era com a glória de Deus e com o bem estar de seu povo.
Como Neemias, vivemos numa sociedade egoísta e alienada em que a indife-
rença prevalece. Neemias não se contaminou, e nós não devemos nos contaminar
com a indiferença, pois ela caracteriza a ausência de amor. Um dos mandamentos
deixados por Jesus foi: Assim como eu os amei, amem também uns aos outros
(Jo.13:34). Portanto, tenha interesse nas pessoas que te cercam, pergunte como
estão, dedique tempo para ouvir com atenção e se possível mobilize-se em favor
delas. Neemias chorou. E você tem chorado junto com seus irmãos? Tem se com-
padecido com a violência, a injustiça e a pobreza? Afaste o verniz do coração. Rejei-
te a polidez que impede a sensibilidade ao sofrimento humano (Rm.12:15).

II ATITUDE: PARA VENCER A INDIFERENÇA, FAÇA DA INTERCESSÃO UM


HÁBITO DIÁRIO (Ne 1.5-6).
A empatia de Neemias, o levou a interceder pelo povo: “estive jejuando e
orando perante o Deus dos céus” (Ne 1:4). Neemias intercedeu incessantemente
durante 120 dias, do mês de quisleu ao mês de nisã (Neem.1:1, 2:1). Orou com uma
alta frequência diária: “dia e noite” (1:6). Observamos (v.5-11), que sua oração não
era egocêntrica nem interesseira, mas era abnegada e amorosa. Sua oração tam-
bém era recheada de textos bíblicos, Neemias conhecia a Palavra de Deus e conse-
quentemente conhecia o Deus da Palavra. Por este motivo sua oração era mais efi-
caz, pois se baseava no caráter e nas promessas de Deus. Somos desafiados a imi-
tar Neemias, orar intensamente pelos outros e fazer isto com sabedoria. Lembre-se
meu irmão, que a oração traz inúmeros benefícios como: paciência, paz de espírito,
fé e direcionamento. Vença a indiferença, “orando sem cessar” (1.Ts.5.17).

III ATITUDE: PARA VENCER A INDIFERENÇA, FAÇA DA DISPOSIÇÃO UMA


VIRTUDE CONSTANTE (Ne 2.5).
Além da empatia e da intercessão, se quisermos realmente vencer a indife-
rença, fazer algo para mudar a situação daqueles que sofrem, e sermos cristãos re-
levantes em nossa sociedade, precisamos nos dispor a fazer o que precisa ser feito.
Precisamos sair do discurso para a prática! Não basta observar o sofrimento e a ne-
cessidade alheia, é preciso agir!!! Neemias se ofereceu para fazer o trabalho.
Diante das injustiças do nosso tempo, o que nós temos feito? Quando rece-
bemos a notícia que um irmão nosso está enfrentando dificuldades, qual tem sido
nossa postura? Há disposição em ajudar? Tiago perguntou: “Se um irmão ou uma
irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer
dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar
o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? (Tg 2:15-16). Nenhum!

CONCLUSÃO:
Neemias foi um consolador, pois viveu perto das pessoas e foi um intercessor
porque viveu perto de Deus. Quando ouviu o relato da miséria e desprezo em que
viviam seus irmãos e da vulnerabilidade de Jerusalém, ele se compadeceu, e mais
do que isso, ouviu um chamado. Ele compreendeu que Deus poderia fazer algo por
seu intermédio e colocou-se a disposição para ajudar. Mesmo estando em Susã, a
mais de 1.400 km de Jerusalém, e tendo uma vida bem sucedida e segura, pois era
copeiro do rei, Neemias não foi indiferente às necessidades do seu próximo. Como
ele, vejamos no sofrimento humano um chamado divino para uma missão.

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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TÍTULO: DEUS ESTÁ NO CONTROLE (2ª Mensagem)


TEXTO: NEEMIAS 2.1-5
INTRODUÇÃO:
Esta é a segunda mensagem da série “Vamos Reconstruir”, embasada no li-
vro de Neemias. Deus está no controle, é o tema desta mensagem.
Possivelmente você já precisou tomar alguma atitude cujo êxito, aos seus
olhos seria impossível alcançar, não? Isso aconteceu com Neemias que depois de
saber da situação de Jerusalém, seu maior desejo era reconstruir a cidade, mas ele
precisava pedir ao rei persa que possivelmente não o permitiria partir. O coração do
rei precisava ser mudado. No livro de Neemias vemos que quando Deus está no
controle, todas as coisas são possíveis. Neemias, um simples “copeiro” está diante
de um rei que tinha a fama de ser inflexível e quase inacessível ao povo. Para ter
ideia, ninguém podia olhar em seus olhos sem sua permissão. Neemias sabia que
só o Deus criador dos céus e da terra poderia mudar o coração deste rei. Sabendo
disso, ele coloca-se em oração diante de Deus. Com Neemias aprendemos que sa-
ber esperar é fundamental. Após sua oração as coisas não aconteceram do dia pra
noite. Ele começou a orar no “mês de quisleu” (Ne 1:1), correspondente a dezembro,
mas a resposta só chegou no “mês nisã” (Ne 2.1), correspondente ao mês de abril.
Ele vivenciou a dolorosa experiência da espera, por longos quatro meses.
Não são poucas as pessoas que tomam decisões precipitadas na vida, por
causa da aparente demora de Deus. Contudo, Deus tem um tempo certo para agir, o
Kairós (tempo perfeito). Após quatro meses de oração, num certo dia, Neemias es-
tava fazendo o seu trabalho, porém algo diferente aconteceu. O coração do rei Arta-
xerxes estava tão sensível que percebeu a tristeza de Neemias, a ponto de pergun-
tar-lhe o que estava acontecendo. Era Deus agindo em favor do seu servo! Usando
palavras de sabedoria (uma vez que os medos e os persas respeitavam muito a
memória dos mortos), Neemias diz que sua tristeza era “por causa da cidade onde
estavam sepultados seus pais, pois estava destruída” (v.3). Diante disso o rei lhe
pergunta: “O que você gostaria de me pedir” (Ne 2.4). Neemias faz uma oração “re-
lâmpago”: “...fiz uma oração ao Deus dos céus, pedindo orientação e respondi...”
(v.4-5). Após receber autorização do rei, ele faz planos: “Aprouve ao rei enviar-me, e
marquei certo prazo” (Ne 2.6). Neemias sabia exatamente o que pedir, e também
quanto tempo precisaria. Ele não apenas orou por aquela oportunidade, mas fez
planos para ele! Aprendemos com ele que quem tem fé, faz planos.
Este texto deixa-nos claro que Deus tem poder para mudar qualquer situação,
por mais impossível que possa-nos parecer, e permite-nos fazer três afirmações:

I AFIRMAÇÃO: DEUS É PODEROSO PARA REALIZAR SONHOS IMPOSSÍVEIS


(NE.2.5).
Sonhar, desejar e planejar não é pecado. Desde que nossos sonhos, desejos
e planos sejam lícitos e santos, podemos e devemos entregá-los a Deus, e confiar
que, de acordo com a sua vontade, “ele realizará os desejos daqueles que o temem”
(Sl.145.19). Veja que Neemias tinha um sonho que humanamente seria impossível
de realizar (reconstruir Jerusalém), mas Deus realizou por ele. Irmãos, estamos no
penúltimo mês do ano, quem sabe você tem um sonho que aos seus olhos parece
impossível de realizar. Talvez você já desanimou de buscar o que você mais deseja.
Faça como Neemias: Conte tudo para o Senhor em Oração, ele é poderoso para
realizar sonhos impossíveis (Sl 37:3-6). Saiba também, como Neemias “esperar com
paciência no Senhor” (Sl 40.1). Ore a Deus, e jamais desanime por sua causa pare-
cer impossível. Lembre-se que “para Deus nada é impossível” (Lucas 1.37).
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

II AFIRMAÇÃO: DEUS É ESPECIALISTA EM MUDAR CORAÇÕES HUMANOS


(NE.2.6-8).
Existem muitas pessoas que nos fazem sofrer: o patrão insensível, o pai se-
vero, o filho rebelde, o conjugue genioso, entre muitos outros. E nossa tendência
natural é tentar mudar o comportamento dessas pessoas com nossas forças numa
tarefa desgastante e infrutífera, pois sem a ajuda de Deus esta missão com toda cer-
teza será impossível. Não cabe a nós transformar o coração das pessoas. Só Deus
é especialista nisso. Jamais tente mudar alguém que você considere “difícil”. Ao in-
vés disso, entregue-o ao Senhor. Ele é especialista em mudar os corações huma-
nos. Neemias confiou Artaxerxes nas mãos de Deus (Ne.1:11), faça o mesmo!
Coloque a pessoa que lhe aborrece diante do Senhor. Peça que ele a trans-
forme, então descanse, e deixe-o cuidar disso. Da mesma forma, você que quer tan-
to ver a conversão de seu esposo (a), filhos, e familiares, mas acha isso impossível,
entregue toda e qualquer causa nas mãos de Deus, pois só Ele pode transformar
corações, até mesmo os mais duros. Deus Fará mudanças que você nem imagina:
“E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua
carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne” (Ez 11.19).

III AFIRMAÇÃO: DEUS É EXTRAORDINÁRIO EM UTILIZAR PESSOAS DISPOS-


TAS (NE.1.11).
Uma lição que o livro de Neemias nos deixa é que Deus pode utilizar pessoas
simples para realizar obras extraordinárias. Neemias era apenas “um copeiro”, mas
diante de um grande desafio, colocou-se a disposição de Deus, orou, esperou, agiu
na hora certa e coisas magníficas aconteceram.
Nós não precisamos ter complexos de inferioridade achando que Deus não
nos usará. Lembre-se, Deus usou o pequeno Davi para derrubar um gigante (I Sm
17:49); Usou o profeta Elias para vencer 450 profetas de Baal (I Rs 18:40); o lanche
de um garoto para alimentar uma multidão (Jo 6:1-13). Pois o pouco com Deus é
muito, e “um” com Deus é maioria. Assim como Deus usou Neemias e todas estas
pessoas, pode também usar você! Basta que você diga: “Estou aqui, Senhor, pode
usar-me” (Is.6.8). Neemias sozinho não era ninguém, mas Neemias tinha um aliado,
o Criador dos céus e da terra, aquele que é especialista em controlar toda e qual-
quer situação. Nós não somos diferentes de Neemias, pois o mesmo Deus que o
ajudou é o Deus que nos ajuda. Coloque-se a disposição do Todo Poderoso, e ma-
ravilhas poderão ocorrer através de sua vida.

CONCLUSÃO:
Hoje, pela graça de Deus, aprendemos que a oração e a espera andam jun-
tas. E quem, espera em Deus, confiando que Ele está no controle, faz planos para o
futuro. Neemias tinha um sonho: Reconstruir os muros de Jerusalém. Ele colocou
este sonho humanamente impossível nas mãos de Deus, em oração, e esperou qua-
tro meses para a resposta. No tempo certo, o Altíssimo agiu, mudando o coração do
rei Artaxerxes, e preparando o caminho para a reconstrução da cidade.
Qual é o seu sonho? Que plano você tem feito? São sonhos e planos impos-
síveis para você? Faça como Neemias, entregue nas mãos de Deus porque só Ele é
capaz de realizar sonhos impossíveis, mudar corações humanos e utilizar pessoas
dispostas, mesmo que essas pessoas sejam tão pequenas como Neemias, Davi,
Elias, Pedro eu e você. Apenas coloque-se a disposição do Deus que está no con-
trole de todas as coisas. Acredite: Deus está no controle!!!
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TITULO: MUITO TRABALHO PELA FRENTE (3ª Mensagem).


TEXTO: NEEMIAS 2.11-18
INTRODUÇÃO:
Em continuidade ao projeto “Quarta com Deus”, chegamos a terceira men-
sagem da série “Vamos reconstruir”. No que diz respeito a necessidade de re-
construção em várias áreas de nossas vidas, Neemias tem muito a nos ensinar. Eu
gostaria de iniciar esta mensagem, fazendo-lhe uma pergunta: Você já teve a expe-
riência de iniciar um projeto? Talvez na igreja em que congrega, na empresa aonde
trabalha, dentro do lar, e assim por diante. Quais foram os seus primeiros passos? É
sobre os primeiros passos numa grande obra que vamos tratar nesta mensagem.
Depois de pedir permissão para ir a Jerusalém a fim de reconstruí-la (Ne 2:5),
o capítulo 2 de Neemias, versículos do 11-20, fala exatamente do momento em que
ele chega a cidade, e de suas primeiras ações a fim de realizar a obra que o levou
até lá. Analisemos como ele procedeu: A viagem da Pérsia até Jerusalém era alta-
mente desgastante. Mesmo assim, Neemias faz este percurso para cumprir a obra
de Deus. Ao chegar e andar pela cidade, se depara com cenas piores do que havia
imaginado. A gloriosa Jerusalém de Salomão estava destruída e humilhada! Ele
chega a dizer no versículo 17: “Estais vendo a miséria em que estamos...”. A palavra
hebraica traduzida por miséria também tem o sentido de “calamidade”.
A situação era mesmo muito complicada, e Neemias tinha muito trabalho pela
frente. Todavia, com a ajuda de Deus, ele soube iniciar este grande desafio com
muita sabedoria. Com base em Neemias 2:11-20, analisaremos três lições impor-
tantes, ensinadas por Neemias, neste inicío de trabalho.

I LIÇÃO: NA OBRA DE DEUS, ESTIME CORRETAMENTE O DESCANSO


(NE.2.11).
Neemias chegou a Jerusalém para fazer a obra de Deus (2:12), contudo, an-
tes de começar a grande obra, ele descansou: “E cheguei a Jerusalém e estive ali
três dias” (v.11). Depois de uma viagem cansativa de mais de mil e quatrocentos
quilômetros, Neemias fez uma pausa.
Nunca vimos tantas pessoas estressadas e deprimidas como em nossos dias.
Psicólogos e terapeutas não estão dando conta das demandas. Qual a razão? Em
nome do trabalho, ignora-se a importância do descanso. E isto não acontece apenas
em relação as atividades seculares e profissionais. Há muitos que, diante das ativi-
dades relacionadas a obra de Deus, não permitem a si mesmos períodos de des-
canso. Aliás, até pensam que descanso é perda de tempo, negligência para com as
responsabilidades “espirituais”. Entram num ativismo tão exagerado e prejudicial que
sobrecarregam a agenda, afetando não apenas a saúde, mas também as relações
familiares. Por isso meu irmão (ã), na obra de Deus ou em qualquer outro tipo de
atividade, valorize corretamente o descanso.
A Bíblia valoriza corretamente o descanso. O próprio Deus que “não se cansa
nem se fatiga”, descansou. Na Bíblia há um claro equilíbrio entre trabalho e descan-
so (Êx 20:8-11; 23:12). Todo servo de Deus deve saber cuidar de si mesmo, de sua
saúde física, mental e emocional. Sobre o quarto mandamento da lei de Deus (o sá-
bado), a Bíblia diz que este é, também, para que se “renovem as forças” (Êx 23:12).
Depois do trabalho, Jesus chamou seus discípulos “para descansar” (Mc 6:31). Não
confunda intensa atividade com espiritualidade, aprenda com Neemias, que frente a
uma grande empreitada, soube valorizar, também, o descanso. Não somos máqui-
nas, somos seres humanos! Até mesmo as máquinas, precisam de pausa.

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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

II LIÇÃO: NA OBRA DE DEUS, VALORIZE ADEQUADAMENTE AS PESSOAS


(NE.2:17-18).
Neemias era um líder fabuloso, mas sozinho não conseguiria realizar a mis-
são que recebeu do Senhor. Precisou e procurou ajuda. Não usava as pessoas ape-
nas como máquinas de trabalho; tanto é que quando pediu colaboração se incluiu
entre elas. Ele disse “vamos construir” e não “construam”. Na obra de Deus, nunca
se esqueça disso. Ele apresenta a situação da cidade e lança o desafio: “Venham,
vamos reconstruir os muros de Jerusalém, para que não fiquemos mais nesta situa-
ção humilhante” (v. 17). “A extensão dos muros era de quase dois quilômetros, e
deveriam ter cerca de um metro de largura, e cinco ou seis metros de altura”. Re-
construir este muro só seria possível se houvesse a colaboração por parte dos habi-
tantes de Jerusalém. E Neemias conseguiu esta ajuda. Depois de mostrar para o
povo que aquele não era um projeto dele, mas de Deus, ele os motivou ao trabalho.
Eles responderam: “Sim, vamos começar a reconstrução. E se encheram de cora-
gem” (v. 18).
Hoje em dia, há uma tendência muito forte, inclusive entre cristãos, de valori-
zar mais as coisas do que as pessoas: Valoriza-se mais o carro do ano do que uma
boa amizade; mais a casa luxuosa do que a comunhão cristã; mais o “ter” do que o
“ser”. Com este pensamento, quem está à frente liderando sempre se acha superior
a quem é liderado, afinal, ele “tem” um posto mais alto. Este é um grande mal en-
tendido que precisa estar bem longe dos filhos de Deus! Ninguém consegue ir muito
longe sozinho! Por mais inteligente que alguém possa ser, este, ainda sim, precisa
da ajuda de pessoas. Neste sentido, vale lembrar que “Nenhum de nós é tão bom,
quanto todos nós juntos”! Sendo assim, valorize as pessoas que estão contigo.

III LIÇÃO: NA OBRA DE DEUS, GLORIFIQUE EXCLUSIVAMENTE A DEUS


(NE.2.20).
Neste capítulo, Neemias, diz que só foi a Jerusalém por que Deus estava com
ele, doutra maneira não teria recebido a autorização (2:18); que a obra que fora fa-
zer era de Deus e não dele (2:12); e que, o êxito na obra, quem daria era o Senhor e
não sua capacidade de liderar (2:20).
A Bíblia diz que todo cristão precisa viver aqui nesta terra para a glória de
Deus: “Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa,
façam tudo para a glória de Deus” (1 Co 10:31). “Tudo” não é alguma coisa, algum
dia, ou em algumas circunstâncias. Todo cristão, precisa mirar, em tudo o que for
fazer, a glória de Deus. Isso relaciona-se a sua vida profissional, academica, no seu
namoro, no seu casamento, enfim. No que se refere a obra de Deus, isso precisa ser
ainda mais enfatizado. Muitos são os que estão recebendo a glória para si no servi-
ço a Deus. Aparecendo, ou querendo aparecer mais do que o Deus da obra. Cuida-
do: “Deus não divide a sua glória com ninguém”! Toda glória somente a Deus!

CONCLUSÃO:
Apesar de já ter uma noção, quando Neemias saiu da Pérsia para ir a Jeru-
salém, talvez não imaginasse que a situação da cidade era caótica. Quando ele con-
templou com seus próprios olhos, viu que era pior do que haviam contado. Todavia,
esta situação não o paralisou. Enquanto caminhava à noite pelos escombros, trazia
no peito a esperança de que um dia a Jerusalém de Salomão voltaria a ser “glorio-
sa”. Havia muito trabalho pela frente, muito que fazer, mas Deus estava com o povo.
Como disse Neemias, eles conseguiriam ser bem sucedidos, mesmo frente à oposi-
ção! Apliquemos em nossa vida e ministério, os princípios aprendidos com Neemias.
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TÍTULO: PLANEJAR É PRECISO (4ª Mensagem).


TEXTO: NEEMIAS 3.1-2
INTRODUÇÃO:
Com a benção de Deus, chegamos a quarta mensagem da série “Vamos re-
construir”. Nesta mensagem, falaremos sobre a importância do planejamento. Plane-
jamento é uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade, avali-
ar caminhos, construir um referencial futuro, o trâmite adequado e avaliar todo o
processo a ser desenvolvido. Planejamento é algo tão importante, que Jesus tam-
bém falou a este respeito: “Será que alguém começa a construção de uma casa sem
primeiro fazer um orçamento para calcular o custo? Se você construir somente os
alicerces e ficar sem dinheiro, vai passar por tolo. Quem passar por ali vai até caçoar
de você: Olhem, ele começou a casa e não pode terminar” (Lc 14:28-30 AM).
Quando lemos a Bíblia, quase sempre ao nos deparamos com um capítulo
como o capítulo 3 de Neemias, que fornece uma longa lista de nomes e lugares,
somos tentados a passar por cima, “pular” a página e ir para a próxima. Se você já
fez isso alguma vez com este capítulo de Neemias, perdeu excelentes ensinos bíbli-
cos referentes à liderança. De fato, “toda a Escritura é inspirada e útil”! Como vimos
na mensagem da semana passada, Neemias recrutou várias pessoas para trabalhar
na reconstrução dos muros de Jerusalém. Primeiro ele fez uma inspeção, tomou ci-
ência da situação, e depois convocou: “Vamos reconstruir”. Várias pessoas aceita-
ram à convocação e uma grande mobilização tomou conta de Jerusalém e dos seus
arredores. Havia muito trabalho pela frente, e muitas pessoas dispostas. Mas, como
Neemias conseguiu organizar todas elas e distribuir corretamente as tarefas? É so-
bre isto que refletiremos nesta mensagem. Isto é importante, porque estamos apro-
ximando-nos de um novo ano, onde certamente haverá muitos desafios e trabalhos
a serem realizados em nossas igrejas. A você que é ou será líder de um dos ministé-
rios da igreja, esta mensagem tem muito a falar com você, bem como a todos os que
serão de alguma maneira, liderados.
Aprendemos que não basta mobilizar pessoas para o trabalho. É preciso tam-
bém, alcançar os objetivos traçados. Para isto, planejar é preciso! Neemias conse-
guiu não apenas mobilizar as pessoas, mas também obteve sucesso na realização
da obra. Como? Vejamos três segredos importantes:

I SEGREDO: O SUCESSO NA OBRA DE DEUS LEVA EM CONTA O PRINCÍPIO


DA SUPERVISÃO (NE.3.3-4).
O capítulo 3 do livro de Neemias registra a lista daqueles que participaram da
reconstrução dos muros de Jerusalém. Depois da convocação para o trabalho, regis-
trada no capítulo 2, uma fantástica mobilização tomou conta da cidade. Por causa
desta mobilização, alguns chegam a colocar Neemias como o pai do chamado “muti-
rão”, afinal, nos 32 versículos do capítulo 3, temos citados nominalmente 38 traba-
lhadores, e 42 grupos diferentes de trabalho identificados.
No entanto, alguém pode perguntar: “Mas, onde está o nome de Neemias
nesta lista? Porque ele não tem o nome neste capítulo? O que ele ficou fazendo”?
Neemias estava na primeira linha supervisionando o trabalho! Ele não cruzou os
braços e ficou assistindo a tudo passivamente. Ele estava coordenando e mobilizan-
do o povo ao trabalho. Para que haja sucesso em todo o tipo de trabalho em grupo,
seja na obra de Deus ou não, é preciso haja coordenação ou supervisão do trabalho.
Alguém precisa estar à frente. Isto não significa, é lógico, que quem está à frente é
mais especial para Deus, e pode pisar no que é liderado. Por isso, não trabalhe
contra o seu líder, mas a favor dele. Lembre-se que “não há autoridade que não ve-
9
Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

nha de Deus... E quem resiste à autoridade, resiste à ordenação de Deus”


(Rom.13.1-2). Sendo assim, se o Senhor lhe pôs como líder, coordene! Não seja
ausente! Se o Senhor lhe pôs debaixo da liderança de alguém, ajude-o.

II SEGREDO: O SUCESSO NA OBRA DE DEUS LEVA EM CONTA O PRINCÍPIO


DA COLABORAÇÃO (NE 3.5).
Vimos que houve grande mobilização para o trabalho. No entanto, uma mino-
ria não estava disposta e Neemias fez questão que isso ficasse registrado. Quem
são eles? Leia você mesmo: “Os tecoítas reconstruíram o trecho seguinte; mas os
seus nobres não se dispuseram a fazer o serviço e a se submeter aos seus supervi-
sores” (v. 5). Tecoa era uma cidade que ficava ao sul de Jerusalém, uns 19 quilôme-
tros. Os nobres de Tecoa eram preguiçosos e indiferentes, não se interessaram pelo
projeto e nem contribuíram com a sua parte. Estes homens se achavam bons de-
mais para ajudar. Não moveram uma só palha. Não assentaram um único tijolo.
É notório neste livro, que durante o tempo em que o muro estava sendo re-
construído, não faltou oposição. Constantemente os inimigos do povo de Deus in-
vestiam tentando paralisar a obra. Por que eles não conseguiram êxito? Um dos mo-
tivos: o povo sempre trabalhou unido, em equipe. A própria organização do trabalho,
por parte de Neemias favoreceu isso. Ele organizou o povo por grupos que já existi-
am. As pessoas já se conheciam, se ajudavam e encorajavam umas as outras. Ha-
via colaboração. É assim que deve ser na obra de Deus. Os ataques virão. A obra
de Deus não caminha sem oposição. Por isso, precisamos trabalhar unidos, como o
“corpo de Cristo”. Precisamos uns dos outros. Ninguém vai muito longe sozinho. A
igreja primitiva é um exemplo neste sentido, eles se “dedicavam à comunhão” (At
2:42). Façamos o mesmo! Quer no trabalho, quer na igreja, quer na família, vamos
trabalhar um pelos outros e uns com os outros.

III SEGREDO: O SUCESSO NA OBRA DE DEUS LEVA EM CONTA O PRINCÍPIO


DA VALORIZAÇÃO (NE. 3.8).
Neemias valorizava as pessoas. Ele conhecia os colaboradores da obra de
Deus pelo nome. O capítulo 3 do seu livro é a prova disso! Como já falamos, temos
no capítulo 3, cerca de 38 trabalhadores citados pelo nome! Que exemplo!
“Hoje vivemos num tempo de despersonalização, em que você é conhecido
por um número ou pelo cartão de crédito. Mas você não é apenas um número na
estatística. Você é muito importante. Sua contribuição é muito importante”. Se qui-
sermos ter sucesso e ver a obra de Deus avançar de modo correto, devemos valori-
zar corretamente as pessoas, se interessar por aqueles que servem a Cristo conos-
co. Por exemplo, ao invés de julgar alguém por ter chegado atrasado a uma reunião
ou culto, que tal perguntar se aconteceu alguma coisa, primeiro?

CONCLUSÃO:
Neemias não teria ido muito longe se não tivesse conseguido a colaboração
do povo de Jerusalém que o ajudou a reconstruir os muros. No capítulo 4 ele próprio
reconhece isso, quando diz que estavam conseguindo edificar o muro, “porque o
povo tinha ânimo para trabalhar” (Ne 4:6). Sob seu comando e organização, a obra
de Deus foi adiante. Por esta razão, sempre que olharmos para o capítulo 3 do livro
de Neemias não nos esqueçamos: Planejar é preciso! Esta grande lista de nomes
é a prova de que Neemias, homem chamado por Deus, sabia o que estava fazendo,
com que podia contar, e quem eram os preguiçosos e descompromissados. Que os
princípios revistos hoje possam ser aplicados em nosso dia-a-dia. Amém!
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TÍTULO: INTRIGA DA OPOSIÇÃO (5ª Mensagem)


TEXTO: NEEMIAS 4:1-5.
INTRODUÇÃO:
Nessa série de mensagens, estamos relembrando um dos livros que nos en-
sina muito, seja na área espiritual, familiar, profissional, enfim, em todas as áreas da
vida. O livro de Neemias. Os temas vistos até aqui, foram: 01: Sem indiferença, 02:
Deus está no controle. 03: Muito trabalho pela frente e 04: Planejar é preciso. Hoje
estamos na 5ª. Mensagem, que tem por título: Intriga da oposição.
Este assunto é importante, sabe por quê? Quem nunca enfrentou algum tipo
de oposição em determinado momento da sua vida? Seja no trabalho, nos estudos,
na família, e mesmo na obra do Senhor, o fato é que qualquer um de nós já pode ter
passado por essa situação. A pergunta é: Como devemos nos comportar nestes
momentos? É a resposta para esta pergunta, que nos propomos a trazer. O capítulo
4 de Neemias, começa assim: “E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificáva-
mos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito” (v. 1). Você que está participando
desta série de mensagens desde o início ainda deve se lembrar deste nome: “Sam-
balate”. Este é o mesmo Sambalate do capítulo 2:10, 19. De novo, ele aparece como
um opositor do povo de Deus. Aqui no capítulo 4 ele ataca ferozmente o trabalho de
reedificação dos muros de Jerusalém para tentar retardar a obra. Porém, mesmo
com todas as tentativas dos inimigos em interromper o trabalho de reconstrução dos
muros, Neemias e o povo foram vitoriosos.
Para atingir os seus objetivos Sambalate e companhia recorreram a cinco es-
tratégias: O deboche, a conspiração, a agitação, a ameaça e o desânimo. Em nossa
vida não é diferente, as artimanhas do inimigo para nos desencorajar no decorrer de
uma importante tarefa, são as mesmas. Mas, firmados em Deus podemos continuar
firmes em meio esses ataques. Para tanto, alguns passos importantes devem ser
dados, vejamos:

I PASSO: EM MEIO À OPOSIÇÃO, NÃO DÊ OUVIDOS A ZOMBARIA (NE.4:1-2).


Os opositores do povo de Deus, da época de Neemias, se levantaram contra
a edificação dos muros por desejarem ver a cidade de Jerusalém enfraquecida.
O v. 1 diz que “Sambalate escarneceu dos judeus”. A palavra hebraica tem o sentido
de “ridicularizar”. Ele caçoava: “O que esse punhado de judeus pobres e fracos pen-
sa que está fazendo?” (v. 2). O termo “fraco” significa, nesse caso, „mirrado, „mise-
rável‟. Sambalate segue um modelo de oposição que procura diminuir a auto-estima
que eles possuíam, enfraquecer os ânimos e desmoralizá-los. Tobias, outro opositor
da turma de Sambalate, também ridiculariza o trabalho dos judeus: “Que tipo de mu-
ralha eles poderão construir? Até mesmo uma raposa poderia derrubá-la!” (v. 3).
Pois, bem, como Neemias reagiu diante do deboche? Orou e entregou o problema a
Deus reconhecendo que os insultos em última instância, eram dirigidos ao Senhor e
não a ele próprio ou ao povo. Leia: (vs. 4-5). Ele não se desesperou e nem lamen-
tou, pois sabia que a obra que estava sendo realizada era aprovada pelo Senhor.
Esse capítulo de Neemias demonstra que a vida cristã é uma guerra contínua,
sendo impossível realizar a obra de Deus sem sofrer oposição. E o que fazer se no
decorrer da nossa caminhada o inimigo zombar, menosprezando o nosso trabalho?
A nossa resposta deve ser a mesma de Neemias: oração e ânimo para trabalhar.
Essas duas atitudes demonstram que a nossa confiança está alicerçada em Deus e
que Ele nos sustentará sempre. Não podemos parar, pois a obra é do Senhor e Ele
nos chamou e capacitou para executá-la para a Sua glória. E isto aplica-se à todas
as esferas de nossa vida: Profissional, familiar, acadêmica e pessoal.
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

II PASSO: EM MEIO À OPOSIÇÃO, NÃO SE INTIMIDE COM A AMEAÇA (4:11).


Eles ameaçam o povo numa tentativa de intimidá-los. Não queriam somente
zombar da obra, mas desejavam matar os judeus, para alcançar o objetivo principal:
a paralisação da obra: “Disseram, porém, os nossos inimigos: Nada saberão disto,
nem verão, até que entremos no meio deles e os matemos; assim, faremos cessar a
obra” (v.11). Observe que o ataque seria surpresa. Diante de tais ameaças, o povo
fica com medo. Estas ameaças chegavam como boatos dos homens que moravam
próximos aos inimigos, fora de Jerusalém. Eles traziam estes comentários assusta-
dores e os disseminavam no meio do povo: “E várias vezes os judeus que moravam
entre os nossos inimigos vieram nos avisar dos planos que eles estavam fazendo
contra nós” (v. 12). É interessante observar que os boatos sempre objetivam destruir
a coragem e a cooperação, não é mesmo? Observe se não é assim: Onde eles se
espalham, as pessoas ficam assustadas, e um belo projeto pode ser paralisado!
Para não sucumbir à ameaça dos inimigos, Neemias mais uma vez recorreu
à oração, mas dessa vez acrescida da vigilância. Ele “pôs guardas contra os seus
inimigos, para vigiarem tanto de dia quanto de noite” (v.13). A partir dali, o povo pas-
sou a trabalhar com uma mão, e com a outra segurar a espada (v.17). Aqui nós ob-
servamos a importância de sermos vigilantes. O próprio Senhor Jesus nos exorta a
“orar e a estar sempre vigilantes” (Mc 13:33). Meus irmãos, se desejamos prevalecer
contra o inimigo e terminar o trabalho para o qual fomos chamados, devemos orar,
buscar fervorosamente ao Senhor, e ao mesmo tempo, sermos sóbrios, sábios e
vigilantes. Não deve o servo de Deus ser ingênuo diante deste mundo, mas “simples
como as pombas e prudentes como as serpentes” (Mt.10.16). Por isto, reaja, recobre
o ânimo, e não se intimide com as ameaças dos inimigos!

III PASSO: EM MEIO À OPOSIÇÃO, NÃO DEIXE DE CONFIAR EM DEUS (v.14).


Mesmo Neemias e o povo orando e se preparando para um futuro ataque, pa-
rece que os opositores, em parte, conseguiram o que queriam. O povo começou a dar
ouvidos ao que estava sendo dito, aos boatos e ameaças, e ficou desanimado. Vemos
no v.14 que Neemias enfrentou este problema repreendendo os judeus “Não os te-
mais”, animando o seu povo “Lembrai-vos do Senhor” e dando a eles uma motivação
“pelejai pelas vossas famílias” Cada homem defenderia a sua família, empunhando as
armas de defesa e de combate (v. 13-14). Da mesma forma, os olhos do povo deveri-
am estar voltados não para os inimigos, mas para o Senhor “grande e temível”. Nee-
mias tinha a certeza de que, se houvesse batalha, Deus pelejaria pelo povo (v. 20).
A oposição não conseguiu interromper a construção dos muros. O nosso tra-
balho para o Senhor também não deve ser interrompido pelas “astutas ciladas do
inimigo”. Ao sofrermos oposição, devemos estar preparados para a batalha, mas
também temos de perceber que o Senhor luta conosco e que somente nele “somos
mais que vencedores”. Não nos esqueçamos de que as nossas forças são renovadas
somente em Cristo Jesus. Devemos continuar executando a obra do Senhor tendo
sempre a certeza de que “o nosso trabalho não é vão no Senhor” (1 Co 15:58).

CONCLUSÃO:
Desafiando você que tem enfrentado a oposição em alguma área de sua vida,
a ter coragem para dar os passos dados por Neemias: Não dê ouvidos a zombaria;
Não se intimide com as ameaças e não deixe de confiar em Deus. Em meio à oposi-
ção não abandone a oração, a vigilância e o trabalho. Acima de tudo, nunca deixe
de confiar no Senhor. Lembre-se que pesar da forte oposição, Neemias foi vitorioso.
Creia! Você também concluirá a obra para a qual foi chamado por Deus!
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TÍTULO: COMO LIDAR COM A INJUSTIÇA SOCIAL? (6ª Mensagem).


TEXTO: NEEMIAS 5.6-8
INTRODUÇÃO:
O que você pensaria se eu começasse essa mensagem falando sobre: au-
mento populacional, juros abusivos, impostos elevados, corrupção, fome, opressão
para com os menos favorecidos, etc? Acredito que você pensaria que estou lendo
notícias nos jornais de hoje, não é verdade? Mas não, são notícias de fatos ocorri-
dos há quase vinte e cinco séculos. Os oprimidos clamaram a Neemias, o seu líder.
Até as mulheres que geralmente não se manifestavam, se envolveram no protesto.
Pois “havia fome naqueles dias” (Ne 5:3). Provavelmente, as causas para aquela
grande adversidade foram a seca e falta de produtividade na lavoura, ocasionada
porque a terra não foi cultivada de forma a suprir a necessidade das centenas de
pessoas que invadiram a cidade por ocasião da restauração dos muros de Jerusa-
lém. Segundo a reclamação do povo, a fome ocasionou a seguinte situação: “Para
não morrermos de fome, nós tivemos de penhorar os nossos campos, as nossas
plantações de uvas e as nossas casas a fim de comprar trigo” (Ne 5:3 – NTLH). Di-
ante dos protestos e reclamações, o líder Neemias reagiu. Suas ações trazem rele-
vantes ensinamentos que servem como resposta à pergunta tema da reflexão de
hoje, que é a 6ª mensagem da série: “Vamos Reconstruir”.
Com base no capítulo 5 do livro de Neemias, podemos afirmar que como ser-
vos de Deus, precisamos estar atentos às injustiças sociais ao nosso redor, e fazer-
mos a diferença, agindo com amor, responsabilidade e temor a Deus. Convido você
a analisar comigo, três respostas a pergunta: Como lidar com a injustiça social?

I RESPOSTA: PERANTE A INJUSTIÇA SOCIAL, NÃO FIQUE INDIFERENTE (NE


5:6).
Ao tomar conhecimento daquela situação o texto diz que Neemias ficou abor-
recido, irritado, furioso “muito me aborreci” (Ne 5:6). A palavra hebraica traduzido por
“aborreci” traz o sentido de “estar quente, tornar-se irado, inflamar-se”. É bom que se
diga que não foi um acesso de raiva pecaminoso, mas uma indignação justa ante a
opressão imposta aos seus irmãos. Neemias é homem que tem o coração sensível.
Ele não age com indiferença frente às necessidades dos seus conterrâneos.
Trazendo para os dias atuais, a injustiça social ao nosso redor pode aconte-
cer em situações aparentemente pequenas, mas Deus espera que eu e você não
fiquemos indiferentes ante o clamor e o sofrimento dos outros. A indiferença é peca-
do contra o próximo e contra Deus. Jonas pecou enquanto ficou indiferente para
com o futuro dos ninivitas. Todos os dias, irmãos, às vezes bem perto de nós, re-
cém-nascidos são abandonados, crianças são exploradas com trabalhos escravos,
adolescentes são exploradas sexualmente, mulheres são espancadas por seus
companheiros, famílias pobres e sem cultura são oprimidas, políticos e líderes pro-
metem justiça depois se vendem por dinheiro ou poder. Você acha que dá para fazer
de conta que nada disso acontece? Certamente que não! Não seja indiferente! Co-
loque-se no lugar do outro, tenha compaixão! Se não tem, peça isto em oração.

II RESPOSTA: PERANTE A INJUSTIÇA SOCIAL, VIVA DE MODO EXEMPLAR


(NE 5:10).
Diante de todas estas injustiças, Neemias se portou de maneira exemplar.
Preocupou-se mais com os interesses dos outros do que com os seus. Brilhante é a
sua declaração esclarecendo a diferença entre ele e seus antecessores. Suas pala-
vras são poucas: “... porém eu não fiz assim” (Ne 5:15).
13
Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

Neemias não foi o tipo de líder que criticava os outros e fazia igual. O líder egoísta
explora os outros para que as coisas aconteçam do jeito que ele quer, coloca-se
como o centro das atenções e insiste em que tudo deva acontecer do seu jeito e no
seu tempo. Neemias não era o tipo que se preocupava com o que é popular, sua
preocupação era fazer o que era direito. Isto chama-se caráter! Ele agia diferente
“por causa do temor de Deus” (v. 15). Sua fé o levava a optar pelo que é certo.
Neemias foi a Jerusalém atendendo ao chamado divino. Seu desejo não era
poder, sexo ou dinheiro, como muitos que se acham no cume, mas era ávido pela
manifestação da glória de Deus sobre a cidade em restauração. Com ele aprende-
mos que o servo de Deus pode ser diferente do seu meio. Glórias a Deus por isto!
Não é pelo fato de que todos fazem algo que isto seja certo. Pode surgir um esque-
ma para burlar a lei, para ganhar mais dinheiro, para uma nova promoção. “Por cau-
sa do temor de Deus” o crente é diferente! Os esquemas podem ser bem elaborados
e até tardiamente descobertos, mas o crente sabe que Deus tudo vê. Por isto, como
servo de Deus, seja integro. Não negocia seu caráter, tampouco sua fé. Creia que “A
benção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv.10.22).

III RESPOSTA: PERANTE A INJUSTIÇA SOCIAL, SEJA UM TRANSFORMADOR!


(NE 5: 14-18).
Neemias foi servo do povo e não explorador dele. Ouviu-lhe as queixas, mobili-
zou-o, protegeu-o, saiu em sua defesa e lidou sabiamente com o problema. Ele que-
brou o ciclo de corrupção rompendo com os costumes tradicionais (vs. 14-15), fez
reforma de contenção de gastos e se colocou como o primeiro da lista (v. 16), seus
moços ao invés de explorar os outros, trabalharam; pagou com seus recursos as
despesas do governo sem cobrá-las dos cofres públicos (vs. 17-18), agindo assim,
abriu mão de direitos garantidos: “... nem por isso exigi o pão devido ao governador”
(v. 18).
Todo cristão é um conformado ou um transformador. Os “conformados” são
aqueles cujas vidas são controladas pelo meio, enquanto que os “transformadores”
são aqueles cuja vida é controlada pelo interior. Um é espremido para dentro dos
moldes do mundo o outro transforma as coisas do mundo. Diante da injustiça preci-
samos ser transformadores. Estes consideram a situação, e refletem consigo mes-
mos, analisam fatos e desejam a melhor solução, e então, depois de chorarem e
orarem em secreto desafia a terra e o reino das trevas em público! Podem até tremer
diante dos perigos, mas não saem da trilha e não retrocedem. São valorosos porque
têm uma causa pela qual vale a pena viver e morrer e sabem que estão do lado cer-
to. A injustiça social é o nocaute para os fracos, mas nela se descobrem os heróis.
Eles são altruístas, amam as pessoas, amam a Deus, amam a verdade. Quem tem
sido você meu irmão? Conformado ou transformador?!? Sejamos transformadores!

CONCLUSÃO:
Neemias teve que enfrentar problemas deixados por seus antecessores: es-
quemas de corrupção, pessoas infiltradas no governo para garantir o esquema, auto
enriquecimento, enfim. Neemias é exemplo de como superar a injustiça social: Ele
não se deixou envolver no esquema; manteve-se no temor a Deus. Liderava o povo,
estava junto dele, era seu defensor e trabalhava com o povo e pelo povo. Suas ati-
tudes deixaram claro que ele estava interessado no bem estar de seus liderados e
não em sua conta bancária, preocupado com a segurança dos subordinados e não
com suas aventuras pessoais. Que tal fazermos o mesmo? Quer em casa, quer na
empresa, quer na igreja, lidere com temor e fidelidade à Deus!
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TÍTULO: TRIUNFO EM MEIO ÀS CALÚNIAS (7ª Mensagem).


TEXTO: NEEMIAS 6.15-16
INTRODUÇÃO:
Chegamos à 7ª mensagem da série Vamos Reconstruir. Através das memsa-
gens que já foram pregadas até aqui, pudemos notar que Neemias era um líder mui-
to honrado por seus conterrâneos, e também, pelo rei persa, Artaxerxes (Ne 1:4-8).
Por outro lado Neemias tinha inimigos ferozes que estavam dispostos a irem às últi-
mas consequências para prejudicá-lo. É desses homens maus que o capítulo 6 se
refere no seu início. “Sambalate, Tobias, Gésem, o arábio, e o resto de nossos ini-
migos” (v.1), eram pessoas derrotadas que não se davam por vencidas, não sabiam
perder. Para não ficarem por baixo, arquitetaram planos sujos, entre os quais se
destaca a calúnia. O capítulo 6 de Neemias tinha tudo para ser tranquilo. Afinal, o
muro já havia sido edificado e os inimigos de Neemias, envergonhados. Mas, este
capítulo é marcado, por ameaças, emboscadas, calúnias. A guerra ainda não havia
terminado para Neemias. Após escapar de uma emboscada mortal (Veja vs.2-4),
esse homem de Deus se deparou com a mentira caluniosa dos seus inimigos: “Entre
as gentes se ouviu, e Gesém diz que tu e os judeus intentais revoltar-vos; por isso,
reedificas o muro, e, segundo se diz, queres ser o rei deles” (Ne 6:6). Veja que ab-
surdo: Após passar quatro meses orando a Deus para que o rei Artaxerxes o libe-
rasse para ir à Jerusalém reconstruir os muros da Cidade, e após mais 52 dias de
trabalho exaustivo, Neemias e o povo judeu foram acusados injustamente de rebe-
lião contra o império Persa. Neemias tinha as melhores intenções possíveis, no en-
tanto, uma calúnia foi levantada para tentar manchar a imagem dele e do povo.
A calúnia é uma potente arma de destruição. Ela é capaz de destruir qualquer
relacionamento, por mais durável que este possa ser. Quem um dia foi vítima da
mesma, sabe o quanto ela é terrível, pois se trata de acusações falsas com o intuito
de manchar a honra de alguém. Não é fácil se defender de uma calúnia, mas tam-
bém não é impossível. Vemos isso analisando a experiência de Neemias. Ele foi al-
vo da calúnia, mas não foi derrotado por ela. A calúnia pode destruir uma vida, uma
família, uma comunidade, contudo, firmados em Jesus Cristo, é possível vencê-la.
Com base no exemplo de Neemias, vamos destacar três maneiras para vencê-la:

I MANEIRA: PARA VENCER A CALÚNIA, É PRECISO CUIDAR DA MENTE (V.5-6).


Neemias era portador de uma índole irrepreensível. Tinha não apenas caris-
ma, mas também caráter. O inimigo sabia disso, e foi através de uma “carta aberta”,
que era por si só, um meio de afronta, insulto e intimidação, que as palavras de acu-
sações chegaram até Neemias. A cartas oficiais eram enroladas e seladas, para que
somente as autoridades pudessem abri-las e lê-las. E foi dessa maneira que Samba-
late conseguiu espalhar a suas mentiras entre o povo e destruir a reputação de Ne-
emias. Neemias poderia ter se entregado as chantagens de Sambalate, se tornado
um homem depressivo e desistido da obra, se não tivessse cuidado de sua mente.
Como ele fez isto? Buscando ao Senhor! Os recursos da terra são importantes, mas
não são suficientes. Sabedor disso, Neemias busca forças em Deus: “Agora, pois ó
Deus, esforça as minhas mãos” (v.9). O intento do caluniador é prejudicar a sua ví-
tima. No caso de Neemias, os acusadores tinham o propósito de fazê-lo desistir da
obra. Eles sabiam perfeitamente que a calúnia é uma arma poderosa que afeta, de
modo negativo, a mente de quem é caluniado, fazendo com que este se torne uma
pessoa amargurada, revoltada e desinteressada pelas coisas de Deus.
De igual modo, existem hoje outros meios de se espalhar calúnias contra al-
guém. As redes sociais e a própria língua fazem isso com muita facilidade. Mas Ne-
15
Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

emias não se deixou abater porque cuidou da sua mente. De igual modo, meu ir-
mão, ao ser caluniado, não se deixe desestruturar emocionalmente. Não desista da
obra, mas continue a perseverar em fazer a vontade de Deus!

II MANEIRA: PARA VENCER A CALÚNIA, É PRECISO CUIDAR DA LÍNGUA (NE.6.9).


Neemias não deixa barato e rebate a acusação falsa com uma acusação ver-
dadeira: “Tu, do teu coração, é que o inventas” (V.8). Ele não tem medo de Samba-
late e o responsabiliza pela calúnia. Mas não o faz sem base. No v.9 ele justifica as
suas palavras: “Porque todos eles procuram atemorizar-nos, dizendo: As suas mãos
largarão a obra”. Quem faz a calúnia merece ser desmascarado e envergonhado.
Precisa ser repreendido para que mude de atitude. Mais cedo ou mais tarde a ver-
dade virá à tona. Toda informação imprecisa cairá por terra e, juntamente com ela, o
seu autor. Precisamos crer que “Deus é Justo Juiz”.
Neemias não foi o único servo de Deus que enfrentou a calúnia. O salmista
Davi disse: “Os maus e os mentirosos falam contra mim e me caluniam” (Sl 109:2).
A calúnia é qualquer mentira proferida contra uma pessoa. É sobre a mentira que ela
está alicerçada. Note que Neemias não firmava as suas palavras em mentiras, mas
em verdades. Ele não rebateu a mentira com outra mentira porque não é assim que
se deve proceder. Portanto, cuide da sua língua para não pagar o mal com o mal,
isto é, calúnia com calúnia. Não use a língua para levantar falso testemunho contra
quem lhe caluniou. Caso contrário, você não estará vencendo a calúnia, mas tor-
nando-se cúmplice dela. Diante de uma calúnia, você tem o direito de defender-se,
caso julgue necessário. Mas, seja sábio, seja crente, controle sua língua, e não fale
mais que o necessário, tampouco mais do que a verdade “Na multidão de palavras-
não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente” (Pv 10:19).

III MANEIRA: PARA VENCER A CALÚNIA, É PRECISO CUIDAR DA IMAGEM (NE. 6.8).
Neemias diz: “Mandei dizer-lhe: De tudo o que dizes coisa nenhuma suce-
deu”. Esta resposta não é uma reação impulsiva à acusação, mas uma afirmação
convicta de quem tem integridade. Neemias não tinha o que temer. Os inimigos in-
ventaram mentiras sobre ele, mas não encontraram falhas em seu caráter. O ditado
popular “quem não deve, não teme”, é muito feliz nesse sentido. A integridade pes-
soal é uma arma eficiente contra o mal da fofoca.
Muitos homens e mulheres de Deus caíram porque neles achou-se culpa. Este,
porém, não foi o caso de Neemias. Ele sabia da importância de se manter um cará-
ter íntegro e não deu brechas ao inimigo. Se os caluniadores agem depressa para
espalhar as suas mentiras vergonhosas e destroem os bons com calúnias covardes
(Sl 64:4), então, procure ser cada vez mais íntegro. A integridade é um forte meca-
nismo de defesa contra a mentira. A calúnia não vence os irrepreensíveis, isto é,
aqueles que não têm nada a que se possa censurar.

CONCLUSÃO:
No decorrer da história, Deus utilizou a vida de muitas pessoas em situações
adversas para nos ensinar a lidar melhor com os nossos problemas. Neemias viveu
há milênios antes de nós, porém, a experiência dele é extremamente útil para os
cristãos de hoje. Muitos se tornaram vítimas da calúnia no passado, e infelizmente
hoje muitas pessoas continuam sendo vitimadas. Mas acredite: Você vencerá! Para
tanto, cuide de sua mente, de sua língua e de sua imagem. Mantenha-se integro, e
acima de tudo, confiança e descanse na justiça do Senhor.

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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TITULO: REORGANIZANDO A COMUNIDADE (8ª mensagem).


TEXTO: NEEMIAS 7:1-4
INTRODUÇÃO:
Em continuidade a série “Vamos Reconstruir”, chegamos a 8ª mensagem. Ho-
je nosso diálogo se dará com base nos capítulos 7 e 11 de Neemias. O capítulo 7,
começa assim: “Depois que o muro foi reconstruído e que eu coloquei as portas no
lugar, foram nomeados os porteiros, os cantores e os levitas”. Até o capítulo 6 de
Neemias, o foco era a reconstrução dos muros. Todavia do capítulo 7 em diante o
foco muda. A frase “depois que os muros foram reconstruídos”, marca esta transi-
ção. A partir daqui o foco do livro passa a ser os cidadãos e uma reconstrução da
vida espiritual. Depois que os muros foram reconstruídos, a comunidade precisava
ser reorganizada, afinal de contas, uma cidade não é feita só de muros e paredes,
mas de pessoas. Jerusalém havia ficado muito tempo despovoada, agora, a cidade
tinha muros, mas quase não tinha habitantes. A comunidade de Jerusalém precisava
ser reorganizada, e Neemias toma algumas medidas para resolver este problema.
Caminhamos para um novo ano. 2018 está às portas! É bem possível que
nossa comunidade (igreja), sofreu com a indiferença, com o excesso de trabalho,
com a oposição, com injustiças e até mesmo com às calúnias em 2017. Enfrentamos
todos estes embates, e vencemos com a graça de Deus. Reunimos o conselho, fi-
zemos reuniões e mais reuniões, e conseguimos formar a liderança para o próximo
ano, ou se não, pouco coisa falta. Agora, a liderança desta igreja tem um grande
desafio: Reorganizar a igreja, para que ela caminhe mais e mais centrada em sua
missão, que nada mais é que a missão de Deus! Neemias 7 e 11 apresenta-nos
três princípios que postos em prática ajudará a reorganizar nossas comunidades.

I PRINCÍPIO: RECONHEÇAMOS O VALOR DA HISTÓRIA EM NOSSAS COMU-


NIDADES (NE.7.5-6).
Os judeus que retornaram do exílio haviam preservado o registro genealógico
de suas respectivas famílias. Quando Deus põe no coração de Neemias o desejo de
ajuntar o povo para registrar as genealogias (7:5), eles não tiveram muito trabalho,
pois encontram o registro pronto (7:6-73)! A leitura desta longa lista de nomes difí-
ceis pode ser angustiante, mas cada nome desta lista tem uma história. “Estas pes-
soas foram a 'ponte' construída por Deus entre as derrotas do passado e as espe-
ranças do futuro. Esses judeus foram os 'elos vivos' que ligaram o passado histórico
ao futuro profético e tornaram possível a vinda de Jesus Cristo ao mundo”.
A igreja de hoje precisa reconhecer a importância de preservar e tornar co-
nhecida a sua história. Completamos a alguns meses 500 anos da Reforma Protes-
tante! Precisamos conhecer a nossa história! Como denominação, estamos indo pa-
ra 86 anos de existência. Dentre tantas contextualizações, e revisões doutrinárias
necessárias, das quais louvamos à Deus, o que não podemos é esquecer a nossa
história! De onde viemos? Qual a nossa origem? Quem somos? Somos fruto de um
grande mover de Deus através de seu Santo Espírito. Não podemos viver a lasti-
mável experiência de ser um povo sem raízes, que vive em busca de novidades.
Somos “a Igreja da Palavra”, mas também do “Poder”. Somos a primeira igreja pen-
tecostal, genuinamente brasileira! Conheçamos e valorizemos nossa história.

II PRINCÍPIO: DESEJEMOS LÍDERES EXEMPLARES EM NOSSAS COMUNIDA-


DES (NE.7.2).
Quando foi nomear pessoas para assumir a liderança em Jerusalém, Neemi-
as não escolheu qualquer um. Foram pessoas, “fiéis e tementes a Deus” (7:2).
17
Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

É bom mencionarmos que Neemias não nomeou “Hanani”, simplesmente porque ele
era seu irmão. Foi Hanani quem viajou até a corte de Artaxerxes para avisar Neemi-
as da situação dos judeus, isto num tempo de oposição contra a reconstrução de
Jerusalém (Ne.1.2). Ele era um homem totalmente comprometido com a situação em
que se encontrava Jerusalém. Era respeitado. Tinha conseguido a confiança do po-
vo. Quanto a “Hananias”, a razão de sua escolha encontra-se no final do v. 2: “era
homem fiel e temente a Deus, mais do que a maioria dos homens”. Hananias não
era o tipo de pessoa que brincava de servir a Deus, mas do tipo de pessoa que o
leva a sério. Com uma liderança assim, Jerusalém tinha tudo para avançar.
E é assim que deve ser! Paulo, escrevendo a Timóteo disse: “E o que de mi-
nha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens
fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Tm. 2:2). O bastão da liderança de-
ve ser passado, mas não a qualquer um. Em nossas comunidades, escolhamos líde-
res exemplares. Louvamos a Deus pelo entendimento bíblico de “ministério” que nos
tem dado. Ter o ministério é fator vital para o bom desempenho da obra de Deus,
contudo, antes do ministério, vem a vida do ministro! Antes de rejeitar a oferta de
Caim, Deus rejeitou o próprio Caim, e antes de aceitar a oferta de Abel, Deus acei-
tou o próprio Abel (Gn.4.3-5). Infelizmente, vivemos num país aonde os que deveri-
am ser exemplo para a nação a envergonham. Aqueles que deveriam defendê-la a
pisoteiam. Não podemos aceitar que isto aconteça no meio da igreja.

III PRINCÍPIO: OREMOS POR PESSOAS DISPOSTAS EM NOSSAS COMUNIDA-


DES (NE.11.12-14).
Se há algo que chama bastante atenção no capítulo 11 de Neemias é o nú-
mero de pessoas dispostas a trabalhar nas mais diferentes frentes: havia 822 pes-
soas que “faziam o serviço no templo” (v. 12); os cabeças dos levitas “presidiam o
serviço fora da Casa de Deus” (v. 16); “todos os levitas na santa cidade foram du-
zentos e oitenta e quatro” (v. 18); havia um que “estava à disposição do rei, em to-
dos os negócios do povo” (v. 24) e um que “dirigia os louvores nas orações” (v. 17).
O capítulo 11 também diz que houve um grupo que “se ofereceu voluntariamente
para morar em Jerusalém” (v. 2). O termo hebraico traduzido por “voluntariamente”
traz a ideia de “generosidade interior, disposição”. “Em outras palavras, bem no fun-
do, esses voluntários foram instigados, impelidos por Deus para mudar-se. E foi o
que fizeram”. Estes, diz o texto, foram abençoados pelo povo (v. 2).
Como é bom poder contar com pessoas dispostas em nossas Igrejas para
servir, nos mais diferentes ministérios! Gente que trabalha em prol a causa de Deus,
em favor do próximo. Gente que não busca os seus próprios interesses, mas que
tem alegria em servir a Deus e aos irmãos. É triste, mas geralmente na igreja, 20%
das pessoas servem, e 80% são servidas. Oremos para que cresça o numero de
pessoas dispostas a servir e não a serem servidas. Que Deus desperte pessoas!

CONCLUSÃO:
Refletir nos capítulos 7 e 11 de Neemias nos dá uma dimensão ainda maior
da missão deste servo de Deus. Quanto zelo, quanto amor, quanto cuidado dedica-
do a Deus e ao seu povo. Neemias não coordenou apenas a reconstrução dos mu-
ros, como geralmente lembramos, mas também reorganizou a cidade de Jerusalém!
Deus nos tem chamado, irmãos, para que sua igreja seja reorganizada de
acordo com a sua vontade. Coloquemos em prática, os três princípios aqui apresen-
tados: Reconheçamos o valor de nossa história; Elejamos e sejamos líderes exem-
plares e oremos para que Deus levante pessoas dispostas ao trabalho!
18
Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TÍTULO: REAVIVAMENTO ATRAVÉS DA ESCRITURA (9ª Mensagem).


TEXTO: NEEMIAS 8.1-3
INTRODUÇÃO:
Estamos na última quarta-feira do ano. Hoje chegamos à nona mensagem da
série “Vamos Reconstruir”, com um tema extremamente relevante para o momento
em que a igreja se encontra: “Reavivamento através da Escritura”. Avivamento,
segundo a Bíblia, é o ato de Deus dar vida espiritual, por meio da fé em Cristo,
“àqueles que estão mortos em delitos e pecados” (Ef 2:1). Por sua vez,
reavivamento é o ato de Deus dar novas forças espirituais, por meio do Espírito
Santo, aos que não mantiveram a chama da fé viva (2 Tm 1:6). No Antigo
Testamento, o melhor exemplo de reavivamento espiritual encontra-se em Neemias
8. O povo de Jerusalém, depois da reconstrução dos muros e da reorganização da
sociedade, encontrava-se estruturado materialmente. Contudo, estavam
desestruturados espiritualmente. Por isso, humildemente, Neemias chamou Esdras
para fazer a reforma mais importante. Aprendemos nos capitulos sete e onze do livro
de Neemias que o povo de Judá está com uma boa estrutura organizacional, as
pessoas estão bem estabelecidas na capital, têm proteção adequada e estão sendo
bem governadas. Que povo não gostaria de estar em tal situação? Casas boas,
bons empregos e segurança para todos é o ideal das ideologias e dos governos.
Para qualquer povo, essa estabilidade material rende o estatus de “país
desenvolvido” ou de “primeiro mundo”. Mas estamos falando de Judá, do povo de
Deus. Logo, dinheiro, conforto, estrutura, não é tudo. O principal estava faltando em
Jerusalém: um reavivamento na vida espiritual do povo de Deus. E esta foi a
principal reforma de Neemias. O reaviamento veio pela Palavra de Deus. O Espírito
Santo a usou para reavivar o coração do povo.
Vivemos em uma geração moderna, onde temos o acesso ao mundo na pal-
ma da mão. Smartfones potentes que nos permite tirar fotografias e lança-las nas
redes sociais imediatamente, a fazer transações bancárias sem sair do lugar. Essa
tecnologia também tem facilitado o acesso à Bíblia Sagrada. Existem aplicativos gra-
tuitos da Bíblia a disposição para serem baixados e usados. Porém, todas as facili-
dades trazidas com os avanços tecnológicos não são garantia de um uso correto
dessas ferramentas. Aumenta-se o acesso de pessoas a Palavra de Deus, aumenta-
se o número de evangélicos no Brasil, aumenta-se o número de igrejas evangélicas,
mas parece que ainda sim falta alguma coisa, não? Ao estudarmos o capitulo 8 de
Neemias, entendemos que o que tem faltado para a nossa geração, é o que faltava
para Judá: Experimentar um reavivamento genuino! Mas como experimenta-lo? Des-
te capítulo, podemos retirar três importantes ensinos a este respeito:

I ENSINO: DEUS REAVIVA O SEU POVO QUANDO ESTE SE REUNE PARA


OUVIR AS ESCRITURAS (V.1-2).
Mesmo diante de todas as facilidades que temos de possuir uma bíblia em
suas mais diversas versões, por incrível que pareça está faltando bíblia na vida da
igreja brasileira. Não existe reavivamento, sem a apresentação correta das escritu-
ras. Ao olharmos para este texto bíblico, notamos que Neemias percebeu que esta-
va na hora de uma Reforma Espiritual. Então ele convoca todo o povo para a praça,
e pede para que o Escriba Esdras assuma o palco. O texto relata que Esdras não
está sozinho, está acompanhado de alguns levitas, que o ajudarão nessa missão.
Neemias não chama o pregador mais badalado de sua geração, não convida o que
tem o maior número de seguidores no facebook ou no Instagran, ele convoca para
esta missão, Esdras que é o homem comprometido com a Palavra de Deus.
19
Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

Neemias 8:1 e 2 diz que o povo “veio ouvir a Lei de Deus”. E nós? Quando
nos reunimos na igreja, qual o nosso interesse? Queremos resultados materiais ou
ouvir a verdade? Queremos bênçãos ou o Deus das bênçãos? Juntamos-nos para
ouvir o cantor, o pregador, ou a palavra de Deus? Reunimos-nos para nos vermos
ou ouvirmos o Evangelho? Amados, na igreja, nada pode nos atrair mais do que a
vontade de ouvirmos as Escrituras Sagradas. Quando nos encontramos com este
propósito, o Espírito Santo começa a reavivar seu povo, isto é, dar novas forças es-
pirituais, sem as quais, não poderemos vencer as “astutas ciladas do maligno”; mas,
reavivados, estaremos firmes na fé.

II ENSINO: DEUS REAVIVA O SEU POVO QUANDO ESTE PRIORIZA A


PREGAÇÃO DAS ESCRITURAS (V.3,5-6,8).
Neemias 8:3 a 12 diz que Esdras e seus auxiliares fizeram uma pregação
expositiva e extensiva da lei, ou seja, todo o tempo foi gasto com o texto bíblico. Fica
claro pra nós, que no culto, a pregação tem valor importantíssimo! Mas, pregação
bíblica! É preciso tomar cuidado com excesso de gracejos e afagos no púlpito! O
compromisso de Deus não é com as nossas palavras, mas com a Palavra d‟Ele.
Note no (v.8), que antes de entrar no coração e liberar seu poder transformador, a
palavra de Deus foi compreendida. O conteúdo da Bíblia não é mágico. Só ler, não
resolve. É necessário ler e entender. “Há uma profunda conexão entre o ensino fiel
das Escrituras e o reavivamento”. Na história de Deus com seu povo não existe
reavivamento sem Bíblia, sem Palavra, sem Escritura. Sem pregação bíblica
relevante, pode haver empolgação, euforia, movimentação, mas vida espiritual
autêntica, só com leitura e compreensão correta do Evangelho de Cristo!

II ENSINO: DEUS REAVIVA O SEU POVO QUANDO ESTE PRATICA O QUE


ENSINAM AS ESCRITURAS (V.13-18).
Neemias 8:13 a 18 apresenta o resultado da pregação da palavra de Deus: O
povo entendeu, se arrependeu e mudou de vida. E nós? Quando saímos da igreja, o
que levamos em nossa cabeça? Indiferença com o que ouvimos ou decisão de
mudança? Saímos secos ou tocados pela Palavra? Nossa mente tem que voltar
para casa menos carnal e mais cheia de luz. Lágrimas há de serem derramadas!
Aliás, temos chorado por nossos pecados? Será, irmãos que temos sido apenas
“ouvintes esquecidos”, da Palavra de Deus? Quando a igreja decide obedecer à
Palavra, e não mais buscar novidades, o Senhor a mantém viva. Alegria, celebração,
transformação e conversões, são marcas de uma igreja reavivada por Deus!

CONCLUSÃO:
Há pessoas que criticam os reavivamentos da Bíblia porque, depois de um
tempo, o povo reavivado voltou aos mesmos erros de outrora, tendo que recomeçar
mais uma vez. Em vez de críticas, deveríamos ser gratos a Deus por estar sempre
disposto a nos dar novas forças espirituais, sobretudo, nos momentos de fraquezas,
pois “sabe que somos pó”. Graças a Deus, que de tempos em tempos, vem com
mais força aos nossos corações, nos tira do comodismo material, e faz com que
reconheçamos os nossos erros, nos arrependamos e voltemos para seus braços de
amor, renovados e prontos para celebrarmos e proclamarmos sua salvação com
alegria e verdade. Podemos viver um reavivamento em nossa geração irmãos! Para
tanto, precisamos priorizar a pregação da Palavra em nossa igreja! O reavivamento
virá quando nos reunirmos para ouvir, cantar e pregar o Evangelho! Virá quando a
igreja entender e praticar o Evangelho de Jesus Cristo! Oremos por isto.
20
Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TÍTULO: RECORDAR PARA CRESCER (10ª Mensagem).


TEXTO: NEEMIAS 9.1-4
INTRODUÇÃO:
Dia 03 de janeiro de 2018! Primeira quarta-feira do ano! Chegamos a 10ª
mensagem da série “Vamos Reconstruir”. “Recordar para crescer” é o tema da men-
sagem desta noite. Diga-se de passagem, tema bastante oportuno. Ao lermos a Bí-
blia, aprendemos que quando somos confrontados pela palavra e iluminados pelo
Espírito Santo de Deus, deixamos de nos justificar e passamos a reconhecer os
nossos pecados. Após o reconhecimento dos erros, não há outra saída senão a con-
fissão sincera. Este é o maior sinal do arrependimento: confissão sincera!
O povo que voltou do cativeiro babilônico viveu essa maravilhosa experiência.
Em Neemias 9 encontramos um das mais belas orações de confissão de toda Bíblia.
Israel fez uma retrospectiva de sua história e viu o quanto pecou, mas também viu o
quanto Deus é bom. Numa atitude de contrição e quebrantamento, o povo olhou pa-
ra o passado a fim de ver onde tinha caído e de não repetir mais os mesmos erros.
Que tal aproveitarmos este primeiro culto do ano, para também fazermos uma
retrospectiva em nossa vida? Como foi o seu 2017? Quais erros poderiam ser evita-
dos? Quais resultados poderiam ser alcançados? Não resta dúvida que no ano pas-
sado, cometemos erros e acertos. Possivelmente em nossa vida familiar, profissio-
nal, sentimental, ministerial, acadêmica. Erros em nossas escolhas, erros em nossas
prioridades, bem como acertos nestas áreas também. Em Neemias 9, aprendemos a
importância de relembrar nossa história, para aprimorar os acertos, e não repetir os
erros. Este capítulo apresenta-nos algumas verdades a este respeito. Vejamos:

I VERDADE: RECORDAR NOS FAZ CRESCER QUANDO VEMOS A BÊNÇÃO DE


DEUS EM NOSSA HISTÓRIA (NE.9.7-10).
O capítulo 8 de Neemias termina com o povo celebrando a festa do tabernácu-
lo. Quando o capítulo 9 começa a festa já havia terminado, porém o povo ainda esta-
va lá na cidade. Não queria ir embora! Desejava ouvir mais da palavra de Deus. “Os
banquetes transformaram-se em jejum e as vestes festivas trocadas por pano de sa-
co” (Ne 9:1). Na medida em que a palavra os convencia da culpa, os judeus sentiam
cada vez mais a necessidade de se confessar a Deus. Por isso, aquele culto que
aconteceu no dia 24 daquele mês, foi diferente e especial: “houve três horas de pre-
gação e três horas de oração” (Ne 9:3). Na oração de confissão, após recordar e lou-
var a grandeza do Criador (v.1-6), os levitas recordaram a história de seu povo. Fize-
ram uma retrospectiva desde o chamado de Abrão até a posse da terra prometida
(Ne 9:7-15). Lembraram de como Deus chamou Abrão da terra de Ur; das promessas
que lhe fez, e de como cumpriu essas promessas; Recordaram os milagres que fez
diante do Faraó, também não se esqueceram da abertura do Mar Vermelho, da nu-
vem e da coluna de fogo, da provisão de água e pão, e, acima de tudo, do concerto
que o Senhor fez com esse povo no Monte Sinai, quando lhe deu a lei.
Toda murmuração é pecado porque é fruto de nossa ingratidão para com Deus
(1Co 10:10). O melhor remédio para o murmurador é a recordação. Quando os israe-
litas faziam esse exercício percebiam o quanto eram abençoados e logo dizia: “Gran-
des coisas fez o Senhor por nós” (Sl 126:3).
Talvez você chega neste início de ano pensando que não tem muito o que agra-
decer a Deus, afinal em 2017 teve perdas, lutas e aflições. Mas se fizermos como fez
aquele povo, e trouxermos à lembrança tudo o que o Senhor tem feito em nosso fa-
vor, descobriremos que são inúmeros os motivos que temos para lhe rendermos gra-
ças. As lutas vieram, mas o Senhor esteve conosco! Chegamos até aqui!
21
Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

II VERDADE: RECORDAR NOS FAZ CRESCER QUANDO VEMOS A GRAÇA DE


DEUS EM NOSSA HISTÓRIA (NE.9.31-33).
Nem sempre recordar nos faz crescer. Pois em alguns momentos, as recorda-
ções só nos deixam mais tristes e trás a tona traumas adormecidos. Ao recordar seu
passado, Israel teve de reconhecer que por diversas vezes, Deus enviou profetas
para lhes ensinar, conduzir e advertir, mas a nação “não quis ouvir” (v.30). De igual
modo, quantas vezes o Senhor nos falou através de sua palavra, no púlpito desta
igreja, e não quisemos ouvir? Pensamos que era o pastor, o pregador, enfim. Assim,
mesmo após ouvir a voz do Senhor, continuamos a andar como bem queremos. As-
sim, surgem as consequências: Pecado, frieza e desanimo espiritual, perdas, etc.
Contudo, nosso desafio é olhar para o passado e ver a graça de Deus em nossa
história, assim, cresceremos espiritualmente, como disse Jeremias: “Quero trazer à
memória aquilo que me dá esperança” (Lm 3:21). Quando você pensa em como era
sua vida antes de conhecer o nosso Senhor, pode até perguntar a si mesmo: “O que
Jesus viu em mim para me salvar?”. E mesmo depois de salvos, quantos deslizes,
insubmissão, e até rebeldia? Na verdade, não há mérito algum em nós. Tudo que ele
fez em nossa história foi por amor. É a graça do Deus misericordioso “o motivo que
não somos consumidos” (Lm 3:22), e o seu amor por nós, a razão de ainda estarmos
aqui. Então, podemos cantar aquele bom e velho hino: “Oh! por que Jesus me ama?
Eu não posso te explicar! Mas, a ti também te chama, pois deseja te salvar!”.

III VERDADE: RECORDAR NOS FAZ CRESCER QUANDO VEMOS A DIREÇÃO


DE DEUS EM NOSSA HISTÓRIA (NE 9.21-23).
O caminho percorrido por muitos cristãos a partir do momento em que aceitam o
evangelho, não poucas vezes é cheio de percalços, cheio de obstáculos. Porém, se
esses mesmos cristãos têm a convicção de que Deus está na direção de suas vidas,
nada devem temer. Deus é o mesmo. Portanto, a exemplo do que ele fez com Israel
no passado, fará com aqueles que o amam e obedecem a sua palavra no tempo pre-
sente. Os levitas recordaram a história do seu povo em sua confissão e notaram a
direção bondosa de Deus em cada momento dessa história: corrigindo, protegendo e
salvando Israel, “Desse modo os sustentaste quarenta anos no deserto, e nada lhes
faltou; as suas vestes não envelheceram, e os seus pés não se incharam” (v.21).
E nós, irmãos, temos sentido a direção de Deus em nossa história? Se parar-
mos para analisar a nossa caminhada, certamente, veremos a mão de Deus nela.
Não me refiro apenas a 2017, mas desde que você nasceu. Experimente fazer este
exercício. Recapitule sua história: Quem você era? Onde nasceu? Como foi sua in-
fância? Quais marcas e traumas? Quais são as boas recordações? Assim, você verá
que o tempo todo, o Senhor esteve ao seu lado, conduzindo e guardando. Então,
como Samuel poderá dizer: “Até aqui nos ajudou o Senhor” (1 Sm 7:12).

CONCLUSÃO:
Concluo a primeira mensagem de 2018, dizendo que são muitas as lições que
temos aprendido com base na história do povo de Israel, desde 11/2017. Uma des-
tas lições consiste em saber que não há mudança de atitude quando não há arre-
pendimento e confissão. Na oração de confissão e contrição feita no capitulo 9 de
Neemias, Israel faz uma retrospectiva de sua história e descobre que respondeu à
bondade e misericórdia de Deus com ingratidão e rebeldia. Esse exercício de memó-
ria fez Israel crescer espiritualmente. Aquele que não recorda o erro do passado es-
tá condenado a revivê-lo. Portanto, querido irmão, sempre relembre a sua história e
a história do povo de Deus, para não repetir os erros e aprimorar os acertos.
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TÍTULO: ASSUMINDO COMPROMISSOS (11ª Mensagem).


TEXTO: NEEMIAS 10.1-8
INTRODUÇÃO:
Até aqui, temos aprendido que a primeira reforma promovida por Neemias foi
estrutural. A cidade passou por uma imensa reforma física, econômica e social. Já a
segunda reforma foi espiritual. Esta foi a mais importante! Ela surgiu do desejo de
conhecer a palavra de Deus. O povo começou a estudar a Bíblia e orar e os resulta-
dos vieram: choro pelo pecado, confissão e vontade de acerta-se com Deus. Então,
Israel não quis ficar só nas palavras e nem na emoção do momento. Israel decidiu
fazer uma aliança com o Senhor, assumindo e registrando compromissos.
Estamos no início de um novo ano. Certamente temos muitos desafios pela
frente. Desafios profissionais, acadêmicos, ministeriais. Diante de tais desafios, te-
mos duas possíveis atitudes: Enfrentar ou fugir. A atitude mais sábia é enfrentar os
novos desafios, porém, enfrenta-los confiando no Senhor. “Importa que ele cresça e
nós diminuamos”. Acredito que de todos os desafios que temos na vida, o mais pro-
missor, não é o profissional, acadêmico, nem mesmo ministerial. O desafio mais
promissor que temos na vida é o de servir verdadeiramente ao Senhor. Uma coisa é
sermos impactados pela palavra e fazermos uma oração fervorosa de confissão,
como pode ser visto em muitos cultos evangélicos, bem como no capítulo 9 de Ne-
emias, outra muito diferente é sermos fiéis a Deus e nos mantermos assim depois
que dizemos "Amém". É sobre isso que refletiremos hoje, nesta que é a 11ª mensa-
gem da série “Vamos Reconstruir”. O capítulo 10 de Neemias apresenta-nos alguns
desafios que devem ser assumidos diante de Deus. Vamos ao primeiro:

I DESAFIO: ASSUMA COMPROMISSOS COM DEUS, MAS NÃO OS DEIXE FI-


CAR SOMENTE NO SUPERFICIAL (NE.9.38).
O capítulo 9 termina assim: “Em vista disso tudo, nós estamos fazendo um
acordo, por escrito (...) e assinamos este contrato” (Ne 9:38 – NBV). Com essa ati-
tude, os companheiros de Neemias estavam dizendo: “Senhor, não queremos que
isso seja apenas um monte de palavras vazias. Queremos que isso signifique uma
promessa selada! Assinaremos nossos nomes a fim de provar que manteremos a
promessa”. Deste modo, o capítulo dez começa com uma lista dos nomes daqueles
que selaram o documento (Ne 10:1-27). Sabe quem é o primeiro da lista? Neemias!
Além dele, aparecem mais oitenta e quatro pessoas que puseram o seu selo na ali-
ança feita com Deus. Ali estão os nomes dos “sacerdotes” (10:2-8), dos “levitas”
(10:9-13) e dos “líderes e nobres” (10:14-27). Neemias percebeu que a reconstrução
do muro era só uma parte de um longo percurso. Devia andar agora sua segunda
milha. Por mais grandiosa que fosse a reforma feita na cidade, ainda era superficial.
Parecia que tudo estava bem, mas não estava. Havia pecado dentro da cidade. Ou-
tra reforma era necessária! Uma reforma espiritual, profunda e radical. Neemias não
ficou satisfeito com a superficialidade do “muro” e levou o povo a um grande reavi-
vamento espiritual.
E você, meu irmão? Neste novo ano, que compromisso você tem assumido
com Deus? Como está sua santidade? E sua vida de oração? Superficial? Eu te de-
safio em nome de Jesus, a não se contentar só com o “muro”, a não ficar só na apa-
rência. Pegue a Bíblia e com base nela, faça um exame completo de sua conduta e
de seu interior: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que a
espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e me-
dulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb. 4:12).
Se for preciso, recomece, volte atrás e refaça o seu pacto com Deus.
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

II DESAFIO: ASSUMA COMPROMISSOS COM DEUS, MAS NÃO OS DEIXE FI-


CAR SOMENTE NAS PALAVRAS (NE.10.28-29).
Anotar, afim de não esquecer, aquilo que devemos praticar ou melhorar é um
exercício precioso. Foi isso que Neemias e demais os judeus fizeram. Diante da ex-
posição da lei de Deus, eles perceberam claramente em que estavam falhando e
decidiram fazer um pacto de mudança. Em primeiro lugar, assumiram um compro-
misso com a obediência à palavra; Em segundo lugar, assumiram um compromisso
com a pureza do casamento; Em terceiro lugar, assumiram um compromisso com a
observância do sábado; Em quarto lugar, assumiram um compromisso com a manu-
tenção da casa de Deus.
É triste quando os compromissos assumidos com Deus ficam apenas nas pa-
lavras. Afirmamos que vamos mudar, mas não mudamos. Dizemos que vamos orar
mais, e não oramos. Garantimos que iremos controlar a língua e não controlamos.
Neemias não queria que isso acontecesse com Israel e fez com todos os líde-
res do povo assinassem a uma aliança, com princípios de condutas. Ele não ficou só
nas palavras, partiu para a ação. Se você deseja que suas promessas a Deus não
sejam apenas promessas, parta para a ação. Mude sua agenda e seus hábitos. Não
espere para manhã. E lembre-se: “Sejam cumpridores da palavra e não somente
ouvintes, enganando a vocês mesmos” (Tg. 1:22).

III DESAFIO: ASSUMA COMPROMISSOS COM DEUS, MAS NÃO OS DEIXE VI-
SAR SOMENTE SEU INTERESSE (NE.10.30-32).
O compromisso feito por Israel era admirável. Porém, significava abrir mão de
muitas coisas. Iriam perder casamentos socialmente lucrativos. Teriam que fechar o
comércio aos sábados, perdendo “dias úteis”; e, não iriam mais sonegar os impos-
tos, os dízimos e nem as ofertas para a manutenção do culto. Não seria fácil!
Mas quem disse que ser fiel é algo fácil? Ser fiel é escolher a “porta estreita”.
É andar na contramão do mundo. É remar contra a maré. Você está disposto? Há
cristãos que assumem compromissos com Deus e fazem promessas e votos para
alcançar bênçãos e obter proveitos deste relacionamento. Mas quem está disposto a
abrir mão das “vantagens”? Quem é capaz de negar a si mesmo? Jesus disse a Pe-
dro que haveria “cem vezes mais e por fim a vida eterna”, para os fiéis (Mc.10.30).
Talvez não de imediato, mas você verá que vale a pena, sim, servir a Deus: Disse-
lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel, sobre o pouco foste fiel, sobre o muito
te colocarei; entra no reino do teu senhor (Mt. 25:21); Não temas o que hás de pa-
decer. Eis que o diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejam
provados (...). Seja fiel até a morte, e te darei a coroa da vida (Ap. 2:10).

CONCLUSÃO:
Este episódio da história dos judeus desafia-nos, hoje, a sermos cristãos rele-
vantes na sociedade, e comprometidos com a palavra de Deus. Desafia-nos também
a estarmos dispostos a recomeçar. Além do pecado natural que em nós habita, a
cultura contemporânea, na qual estamos inseridos, torna-nos tendenciosos a cami-
nharmos para um afrouxamento de valores, por isso, se não tomarmos cuidado,
acabamos por fazer concessões e abrir mão de alguns princípios cristãos.
Se não tivermos cuidado, deixamos de guardar a obediência aos princípios e
valores importantes da Palavra de Deus. Vale lembrar que “fomos salvos pela graça,
para as boas obras” (Ef.2.10). Porém, a vida cristã é marcada por recomeços! Preci-
samos nos consertar com Deus. Que tal aceitar este desafio, fazer uma análise de
sua vida, pedir perdão pelo que tem falhado e assumir o compromisso de mudança?
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TÍTULO: É HORA DE CELEBRAR! (12ª Mensagem).


TEXTO: NEEMIAS 12.27-30
INTRODUÇÃO:
Eu gostaria de iniciar esta mensagem com uma pergunta: “Como você reage
ao receber de Deus grandes vitórias, mesmo depois de passar por várias dificulda-
des?” Com alegria e gratidão, ou com frieza e indiferença? O certo é atentarmos pa-
ra o conselho do salmista: “Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da
terra...” (Sl 98:4). Neemias fez isso. Após encarar e vencer os desafios concernentes
à reconstrução dos muros de Jerusalém, ele convocou o povo a celebrar a Deus por
esta grande realização. O termo “celebrar”, do hebraico hãgag, tem o mesmo senti-
do de “festejar, comemorar, realizar com solenidade”. Tanto o Salmo 98:4, quanto
Mateus 22:2 expressam isso de maneira clara: “O reino dos céus é semelhante a um
certo rei que celebrou as bodas de seu filho” (Mt.22.2). A celebração a Deus será o
foco do sermão de hoje. Durante os sermões que ouvimos nesses dias, nos depa-
ramos com a tremenda experiência de um líder, cujos esforços estavam focados em
terminar uma grande obra de reconstrução. Para isso, ele teve de lidar com muitos
problemas difíceis de serem resolvidos: a indiferença, a oposição, a injustiça e a ca-
lúnia, entre outros.
No capítulo 12, porém, a preocupação de Neemias é outra. Todos os proble-
mas cederam lugar à celebração! Neste capítulo não vemos resquícios de tristeza,
choro, amargura ou algo semelhante. Neemias e o povo estavam certos: “O tempo
de lamento cessou; é hora de celebrar!” Porém, celebração a Deus não foi de qual-
quer jeito. Eles celebraram com “alegria” (vs. 27 e 43), “pureza” (v. 30), “união” (28 e
43) e “organização” (v. 31, 36-44). Como são as celebrações que realizamos ou par-
ticipamos? É certo que devemos celebrar ao Senhor assim também, mas como po-
demos fazer de forma que agrade a Deus? Há alguns aspectos da celebração de
Neemias que devemos nos espelhar. Com sua Bíblia aberta, vamos refletir:

I ASPECTO: NA HORA DE CELEBRAR, FAÇA-O COM FERVOR (NE. 12.43).


Jerusalém viveu mais de cem anos debaixo dos escombros, mas agora foi
restaurada e os seus muros, reconstruídos. O povo celebrou com grande e intenso
júbilo essa conquista. Neemias e o povo celebraram ao SENHOR pela vitória que
este lhes proporcionou. Esse foi o motivo expresso em Neemias: “Deus os alegrara
com grande alegria” (Ne. 12:43b).
Note que a reação de Neemias e do povo em meio a celebração, era de ale-
gria. E a nossa? Eles cantavam fervorosamente; e nós? Aquela celebração é um
modelo para as celebrações do povo de Deus de nossos dias. A Bíblia diz que os
justos “exultam na presença de Deus e folgam de alegria” (Sl. 68:3). Precisamos
celebrar com grande júbilo e fervor as nossas conquistas. A vida cristã deve parecer
mais com uma festa de casamento do que com um enterro. O mesmo podemos di-
zer em relação aos cultos que oferecemos ao Senhor! Portando, não se intimide,
mas seja um cristão fervoroso no louvor. Glorifique, exalte e louve ao que Vive e
Reina para sempre, com alegria e fervor: “Vinde, cantemos ao Senhor, com júbilo,
celebremos o Rochedo da nossa salvação” (Sl. 95:1).

II ASPECTO: NA HORA DE CELEBRAR, FAÇA-O COM DIGNIDADE (NE.12.30).


O ato de celebrar a Deus por meio do louvor é um ato de adoração. Esta, por
sua vez, precisa ser pura, afinal, o Deus que a recebe é santo em sua essência. Mas
a adoração jamais será pura e aceita por Deus se o adorador estiver impuro.

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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

O povo de Israel entendia que aquela grande celebração exigia pureza. Deus é
santo e a celebração a ele não pode ser desprovida de santidade. A atitude dos levi-
tas, dos sacerdotes e do povo, foi admirável: “purificaram-se” (Ne.12:30). O modo
usual de purificação consistia em banhar o corpo e lavar as roupas (Lv.15:8,10,11)”.
A aspersão de sangue era também utilizada para esse fim (Lv.14:4-7). O detalhe é
que a pureza não era um propósito somente dos sacerdotes ou dos levitas, mas de
todo o povo. Todos tinham seus corações voltados para o Senhor. Hoje não deve
ser diferente. Os corações de líderes e liderados precisam estar voltados para Deus.
É óbvio que o modo como isso era feito naquela época não deve ser feito hoje,
ou seja, por meio da lavagem com água e aspersão de sangue. Porém, o princípio
continua sendo válido. Tanto os que pregam a Palavra, os tocam e cantam os louvo-
res, bem como os que se reúnem para a celebração, precisam comparecer diante do
Senhor com “mãos santas e vidas puras” (Sl. 24:4). Dignidade está em falta na pra-
ça, mas cabe a cada um de nós fazer a diferença!

III ASPECTO: NA HORA DE CELEBRAR, FAÇA-O COM DEDICAÇÃO (NE.12.27-28).


Os muros foram reerguidos sob exaustivo e dedicado trabalho. Não foi à toa
que a duração deste não ultrapassou os “cinquenta e dois dias” (Ne 6:15). A cele-
bração vitoriosa não foi diferente. Havia comprometimento de todos os participantes.
Todos davam o melhor de si, seja no louvor cantado, tocado ou regido. Os muros
eram o resultado de um trabalho conjunto e a celebração, após a reconstrução, tam-
bém contou com a dedicação de todos. Havia união na diversidade e na adversida-
de. Havia união na celebração!
É preciso dedicação conjunta, todos devem se empenhar para o sucesso ser
celebrado, pois a verdade é que poucos toleram o trabalho que é feito de modo rela-
xado. Sobretudo, Deus! Ele jamais irá tolerar algo assim: “Maldito aquele que fizer a
obra do Senhor relaxadamente...” (Jr 48:10). O Deus de Neemias é o nosso tam-
bém. Portanto, encare o ato da celebração ao Senhor com seriedade. Dedique-se a
ele, dê o seu melhor em tudo que for chamado para realizar!

CONCLUSÃO:
Que dia maravilhoso aquele! Quanta alegria! Que grande vitória! Que bela pu-
reza! Que união genuína! Que organização exemplar! Aquela festa foi inesquecível.
A celebração ao nosso Deus deve ser sim, um evento marcante. Não foi fácil para
aquele povo chegar aonde chegou. A vitória foi tremenda, e a celebração, contagian-
te! Mas a celebração não deve acontecer apenas em tempos bonança. Mesmo se
“as figueiras e videiras forem destruídas e os frutos, extintos; e não houver manti-
mentos, nem animais nos pastos, devemos exultar ao Senhor” (Hc.3:18,19).
Sempre haverá motivos para celebrarmos a Deus. O ato da celebração é
constante. Tanto hoje como amanhã poderemos afirmar: É hora de celebrar! A pro-
pósito, temos feito isso? Que tal refletirmos sobre o assunto? Celebremos sempre
com júbilo! Oremos para que nesta geração se levantem muitos “Neemias” dispostos
a convocar o povo à celebração que agrada a Deus, estejamos entre os tais. Como
cristãos contemporâneos, vamos nos espelhar no povo da época de Neemias e ce-
lebrar ao Rei dos reis com fervor, dignidade e dedicação! Que o Deus Todo Podero-
so, nos conduza em todo o tempo. Amém.

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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

TÍTULO: SEMPRE REFORMANDO (13ª Mensagem).


TEXTO: NEEMIAS 13:6-7
INTRODUÇÃO:
A vida cristã não termina após uma vitória. Muitos fracassam por imaginarem
o contrário. Após vencerem uma batalha, concluem que a guerra terminou. Ledo en-
gano! A “ressaca da vitória” é muito perigosa! Na mensagem da semana passada,
enfatizamos a celebração do povo de Deus. Uma majestosa festa foi dedicada ao
Senhor. O capítulo 12 enfoca este evento. Mas o que aconteceu após a celebração?
O que não deveria acontecer, ou seja, a quebra de algumas promessas que haviam
sido feitas a Deus. Diante dessa lamentável situação, como agiu Neemias? É o que
veremos na mensagem de hoje, que é a última da série “Vamos Reconstruir”.
O capítulo 13 de Neemias, que é a base da reflexão hoje, começa afirmando:
“Naquele dia, se leu para o povo no livro de Moisés” (v.1). Que dia era aquele? O
mesmo dia da celebração. Uma celebração sem Palavra é incompleta. O povo já
havia cantado e marchado “ao som das trombetas, dos címbalos, dos saltérios e das
harpas” (Ne.12:27,35). Mas agora ele para, a fim de ouvir as palavras do livro da Lei.
A princípio, o povo entendeu a mensagem e acatou as suas ordens (Ne.13:3). Con-
tudo, voltou a desobedecer a lei depois que Neemias precisou ausentar-se de Jeru-
salém. Quando retornou a Cidade, detectou a necessidade de uma nova reforma.
Uma vez que fomos afetados pelo pecado original, mesmo após sermos re-
generados pelo Senhor, precisamos constantemente reavaliar nossos sentimentos,
pensamentos e ações, pois como disse Paulo: “não faço o bem que quero, mas o
mal que não quero, este faço” (Rm.7.19). O capitulo 13 do livro de Neemias, retrata
bem esta triste realidade. Porém, mostra-nos também que com a ajuda de Deus, é
perfeitamente possível ao cristão, ser reformado espiritualmente e viver uma vida
cristã sadia e relevante neste mundo. A este respeito três fatos merecem destaque.

I FATO: PARA SER REFORMADO ESPIRITUALMENTE, RECORDE O COM-


PROMISSO (NE. 9.38).
Como mencionamos, o povo se comprometeu a observar os mandamentos
prescritos na lei (Ne.9:38). Esta aliança foi cumprida rigorosamente por algum tem-
po. Mas isso mudou quando Neemias teve que deixar Jerusalém para voltar a servir
na corte do rei Persa (Ne.13:6). A partir daí, o caos espiritual instalou-se no meio do
povo de Deus. O pacto foi quebrado. Então, Neemias logo viu que aquela situação
deveria mudar, em caráter de urgência. A necessidade de uma reforma tornou-se
evidente. O pacto foi quebrado de três maneiras: o povo se envolveu em uma união
proibida (Ne.13.23), depois em um descaso absurdo, pois os israelitas haviam pro-
metido não só a separação dos povos da terra, mas também, o sustento da casa de
Deus (Ne.10:30,39), o que não estava ocorrendo, e por último os judeus haviam
prometido não fazer negócios no sábado (Ne.10.31), mas, não observaram este dia.
Por isso, Neemias fez esta afirmação: “Também fui informado de que os levi-
tas não tinham recebido o que lhes era devido” (Ne.13:10a- NBV). Esta afirmação
de Neemias não foi feita por acaso, ele está recordando um pacto assumido pelo
povo. Este havia prometido que “cuidariam da casa de Deus”. Mas esqueceram do
combinado. A cada erro praticado, o pacto era relembrado pelo justo governador.
Recordar o compromisso que fizemos com o Senhor é essencial para reestruturar-
mos a nossa vida espiritual. A Bíblia é um ótimo recurso para isso. Ela aconselha:
“Lembra-te, pois, de onde caíste...” (Ap 2:5). Entenda: recordar não é apenas viver,
mas também, reformar. Recorde seus pactos com Deus para que você possa refor-
mar sua vida espiritual, não negligencie sua aliança com o Criador.
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Projeto de Oração Quarta com Deus – Série “Vamos Reconstruir”

II FATO: PARA SER REFORMADO ESPIRITUALMENTE, EVITE O CONFORMIS-


MO (NE.13.8).
Após relembrar o povo dos pactos feitos com o Senhor, Neemias resolve to-
mar as rédeas da situação. Para isso demonstra a sua indignação com o pecado.
Observe as expressões: “Isso muito me indignou...” (Ne.13:8); “contendi com os ma-
gistrados” (v.11); “protestei, pois, contra eles...” (v.21); “Contendi com eles...” (v.25).
Por que Neemias agiu dessa maneira? Porque ele não se conformava com os erros
até então praticados. Tempos mais tarde, Paulo escreveu: “E não vos conformeis
com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Rm. 12:2a).
Se você almeja uma restauração espiritual, siga o exemplo desses servos de Deus.
Não deixe o pecado ditar as regras da sua vida. Não se associe com ele. Repudie-o.
Caso contrário, ele fará de você um escravo.
Pois quando não há indignação frente ao pecado, há o risco de se imaginar
que ele é inofensivo e o resultado disso poderá ser devastador. É bom que se diga:
“Somente pessoas que têm a capacidade de se indignar contra o mal podem fazer
diferença na História”. Neemias foi um desses. E você?

III FATO: PARA SER REFORMADO ESPIRITUALMENTE, PROMOVA A MUDAN-


ÇA (NE. 13.11).
Não bastava a indignação contra o pecado, Neemias sabia que precisava to-
mar uma atitude por isso ele repreende os culpados. “Empurrar com a barriga” seria
a atitude de muitos líderes de nossos dias, mas Neemias fez diferente: “Imediata-
mente repreendi os oficiais e perguntei: Por que o templo foi abandonado?” (Ne
13.11a – NBV). Neemias tinha autoridade de Deus. As demais pessoas haviam
quebrado suas promessas diante de Deus, mas não Neemias.
A partir de então ele corrige o erro, Neemias foca a prática. Ele fez aquilo que
precisava ser feito. Ele disse: “ordenei que se purificassem as câmaras” (Ne.13:9);
“ajuntei os levitas e os cantores...” (v.11); “mandei alguns dos meus homens de con-
fiança guardarem as portas...” (v.19). A reforma aconteceu quando a mudança foi
promovida. Relembrar o compromisso é tão importante quanto evitar o conformismo.
Entretanto, jamais seremos restaurados espiritualmente se não mudarmos de dire-
ção. Diante disso, eu lhe pergunto: O que está te impedindo de ter comunhão plena
com Deus? Reflita. Seja o que for você precisará mudar a sua forma de agir: “arre-
pende-te e volta às práticas das primeiras obras” (Ap.2:5).

CONCLUSÃO:
Chegamos ao final de mais uma série de mensagens bíblicas. Esta foi
embasada no livro de Neemias. Este, mesmo tendo vivido numa época e cultura di-
ferente, continua a influenciar o povo de Deus dessa geração. Já estamos quase
chegando ao segundo mês de 2018, contudo, os ensinos deste livro continuam sen-
do fundamentais para o crescimento espiritual dos filhos de Deus. A reflexão de hoje
é um exemplo disso. O povo daquela época precisou de uma reforma espiritual e
nós, somos diferentes? Certamente que não! Adotemos, portanto, a postura espiri-
tual de recordar o compromisso, evitar o conformismo e promover a mudança.
Para a glória de Deus, vamos reconstruir! Amém.

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ANOTAÇÕES:

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