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ATENÇÃO
De uma forma geral, as micro e pequenas empresas são de origem familiar e, por serem menores,
possuem uma capacidade produtiva limitada e uma grande dificuldade para obter crédito e
financiamento junto às instituições financeiras e bancos por não possuírem muitos bens e outros
ativos, que são exigidos como garantia.
Tal modernização é feita em seus processos, produtos e serviços. Ela pode ser
vista e percebida na implantação de sistemas computadorizados, para que, dessa
forma, haja um melhor controle das informações, dos recursos utilizados e dos
empregados. Como exemplo, podemos citar a implantação de código de barras
para facilitar a captura, o processamento e a transmissão das informações.
Atualmente é comum vermos pequenos estabelecimentos, como mercadinhos,
padarias e lojas de varejo, fazendo uso de tais sistemas ou de métodos logísticos
para atenderem aos seus clientes de uma melhor forma.
Como veremos mais à frente, há também aquelas que fazem uso da internet,
para que dessa forma possam realizar os seus negócios 24 horas por dia.
A inovação e modernização acontecem de duas formas: internamente, em seus
produtos, processos e gestão; ou externamente, nos seus serviços e integração
na rede virtual de negócios, proporcionada pela internet, ligando a empresa a
uma rede e conexões que antes não existiam.
Tal modernização não só contribui para o aumento da competitividade, como
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também para alavancar melhores e maiores resultados, porque, afinal de contas,
o objetivo de qualquer empresa é a obtenção de lucro, e é bom que não seja
nem micro e nem pequeno.
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nº 9.841, de 5 de outubro de 1999; porém essa lei foi revogada (anulada) pela
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, atualizada até a Lei
Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008.
Segundo a referida lei, tal estatuto dispõe sobre o tratamento jurídico
diferenciado, simplificado e favorecido previsto nos artigos 146, 170 e 179 da
Constituição Federal.
Por fim, criado inicialmente pela Lei nº 9.317/1976 – mas atualmente, e até a
publicação desta apostila, em vigor também pela Lei Complementar nº 123, de
14 de dezembro de 2006, atualizada até a Lei Complementar nº 128, de 19 de
dezembro de 2008 –, temos o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples).
Tal sistema dispõe sobre o regime tributário das microempresas e das
empresas de pequeno porte, tomando como base o faturamento bruto de tais
empresas.
De uma forma resumida, podemos perceber que a classificação brasileira de
microempresas e empresas de pequeno porte é feita tendo como critério o total
anual de faturamento e o número de empregados.
+ SAIBA MAIS
A modernização não só contribui para o aumento da competitividade, como também para alavancar
melhores e maiores resultados.
O Sebrae, com o objetivo de apoiar a abertura e expansão dos pequenos negócios, oferece também
palestras e cursos para ajudar na capacitação e formação de empreendedores e gestores. Faça uma visita
à unidade mais próxima.
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ter o devido enquadramento junto aos órgãos e entidades reguladoras e
fiscalizadoras das atividades empresariais e da arrecadação dos impostos, taxas
e tributos.
Um mesmo critério utilizado para realizar a classificação de uma empresa,
obviamente, terá um resultado diferente, pois a ótica, as normas e as faixas
de limites variam de uma entidade para outra, bem como de uma norma para
outra ou de uma esfera governamental para outra.
ATENÇÃO
As pessoas adotam padrões diferentes para propósitos diferentes quando se trata de definir e
classificar o tamanho de uma empresa e, de uma forma geral, os critérios variam conforme o ramo
de atuação da empresa, bem como pelos interesses e objetivos pretendidos.
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uma tarefa complexa e difícil para a maioria dos empreendedores iniciantes e
demais empresários.
Dessa forma, o sistema Simples Nacional, ou Supersimples, como também
é mencionado e conhecido, pretende substituir todas as legislações existentes.
Além dessa unificação, a Lei Geral tem como objetivo facilitar o cotidiano dos
micro e pequenos empresários e, também, a prestação de serviços de consultoria
ou assessoria por parte de contabilistas e advogados.
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órgãos e entidades:
Como exemplo de critérios, temos:
Junta Comercial, para fazer a pesquisa do nome escolhido para a
empresa, cadastrar a sua constituição e autenticar os seus atos jurídicos
mediante o registro do contrato social e obtenção do Número de
Indentificação do Registro de Empresas - NIRE.
Secretaria da Receita Federal, para obter o Certificado Nacional da
Pessoa Jurídica.
Secretaria da Fazenda, para que seja emitida a inscrição estadual.
Prefeitura, para que seja emitida a inscrição municipal, bem como o
alvará de funcionamento.
Instituto Nacional de Seguridade Nacional, para que seja recolhida
mensalmente a contribuição social.
Sindicato Patronal, para que haja a devida representação da categoria
empresarial diante do sindicato dos trabalhadores.
Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor, criada pela Lei nº
9.192, de 23 de novembro de 1995.
Neste órgão é feito o registro dos documentos que fazem parte do processo de
criação e de atividade da empresa, tais como atas de constituição e de alteração
do contrato social; contratos de aluguel, contratos de compras e vendas; dentre
outros.
Conforme a classificação legal e fiscal, a empresa pode ser constituída e
registrada junto aos órgãos mencionados, com uma das seguintes naturezas
jurídicas:
Sociedade Limitada, sendo o tipo de empresa que apresenta dois
sócios ou mais, cujo objetivo é o de atuar em um ou mais seguimentos
de mercados existentes nos ramos empresariais.
Por possuir a natureza jurídica individual, e por ter como titular absoluto da
empresa somente uma pessoa física, o seu representante responde juridicamente
de forma ilimitada pelas dívidas.
Microempreendedor Individual, é aquele que exerce atividade
profissional por conta própria, podendo ser enquadrado juridicamente
como pequeno empresário, conforme o limite de faturamento anual.
Formalmente pode usufruir de benefícios diferenciados estabelecidos
por lei, tais como aposentadoria, auxílios previdenciários e tratamento
fiscal diferenciado.
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Juridicamente o microempreendedor individual não pode ter participação
societária ou ser proprietário de outra empresa.
Observe que há uma diferença básica entre o empresário e o
microempreendedor individual, sendo que o primeiro exerce atividade
empresarial como negócio, enquanto que o outro exerce formalmente uma
atividade como profissional liberal.
Além dos tipos de empresas apresentados até aqui, temos a seguir a:
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No Brasil, há um número muito grande de empresas que estão atuando na
informalidade, ou seja, é como se elas não existissem. Tal situação é ruim para a
economia do país, porque há uma série de fatores que contribuem para agravar
a situação trabalhista, tributária e previdenciária.
Segundo dados do Sebrae-SP (2006), no Brasil, das 5,1 milhões de empresas
formais, 98% são de micro e pequeno porte, responsáveis por 67% do pessoal
ocupado no setor privado.
Estes são dados que demonstram a importância das micro e pequenas
empresas para os governos, para a sociedade e para as empresas de grande
porte, até porque essas micros e pequenas empresas atuam como intermediárias
na prestação de serviços de distribuição, fornecimento de matérias-primas ou
subcomponentes e oferecimento de produtos.
Como micros e pequenas empresas são limitadas em seu faturamento e,
consequentemente, nos investimentos, é comum surgirem parcerias, para que
dessa forma tenham condições de dar continuidade aos seus negócios.
Por outro lado, as empresas que não conseguem realizar tal parceria terão
uma grande probabilidade de encerrar as suas atividades e de “fechar” as portas.
Além desses aspectos, micro e pequenas empresas são caracterizadas por
possuírem:
Um alto grau de centralização administrativa, por serem em sua maioria
de origem familiar, ou seja, há um patriarca ou matriarca que manda.
Uma gestão baseada nos erros e nos acertos, não fazendo uso de
técnicas profissionais e gerenciais.
Recursos e investimentos totalmente limitados ou inexistentes.
Um alto grau de natalidade e mortalidade.
A não observância do princípio da entidade, ou seja, pessoas físicas
fazendo uso dos bens e dos recursos da empresa, que é uma pessoa
jurídica, para atender a necessidades particulares e pessoais.
ATENÇÃO
Segundo dados do Sebrae, as micro e pequenas empresas representam cerca de 98% do total de
empresas existentes, contribuem com 67% das ocupações e 20% do Produto Interno Bruto.
Fonte: Sebrae-SP.
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Conhecer tais fatores e motivos ajuda a aumentar as chances futuras de
sucesso na gestão dos negócios.
Para Longenecker, Moore e Petty (1998), os fatores econômicos são a
principal causa dos fracassos dos negócios, seguidos das causas financeiras,
vendas inadequadas e lucros insuficientes.
De uma forma ou de outra, toda micro e pequena empresa enfrenta
variáveis que muitas vezes fogem de seu domínio e controle, a isto chamamos
“fatores externos”. Por outro lado, há fatores que são internos, e estes também
contribuem para que os negócios fiquem comprometidos.
Tais fatores, tanto internos como externos, devem ser evitados e, caso
aconteçam, devem ser bem administrados.
Nesse turbilhão de fatores, ficará claro que sobrevivem somente micros e
pequenas empresas que possuem um alto grau de qualidade administrativa, bem
como uma boa assessoria técnica e jurídica e, obviamente, reservas financeiras
para custear compromissos em épocas de crise ou de baixas vendas.
Cabe ressaltar que sempre, em qualquer momento, os custos administrativos
e operacionais devem ser controlados, reduzidos e bem administrados.
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motivador, por existirem muitas necessidades a serem atendidas, bem como
para serem melhoradas.
+ SAIBA MAIS
A informalidade no Brasil é uma situação ruim para a economia do país, pois com ela surge uma série de
fatores que contribuem para agravar a situação social, trabalhista, tributária e previdenciária.
Os fatores econômicos são a principal causa dos fracassos dos negócios, seguidos das causas financeiras,
vendas inadequadas, lucros insuficientes e má gestão.
As micro e pequenas empresas possuem seus pontos fortes nos negócios. Dessa forma, em alguns
aspectos e atividades, elas se tornam mais ágeis e flexíveis quando comparadas com empresas de maior
porte.
RECAPITULANDO
Nesta unidade, aprendemos que:
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EXPLORANDO SEU CONHECIMENTO
1. Que características das micro e pequenas empresas representam as suas limitações e deficiências?
2. Além do aumento da competitividade, a inovação e modernização contribuem para que outros aspectos
empresariais? Explique.
3. Quais implicações a informalidade das micro e pequenas empresas trazem para o nosso país? Explique.
4. Conforme os autores Longenecker, Moore e Petty (1998), quais os fatores que contribuem para a
mortalidade dos negócios?
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