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1 CARACTERÍSTICAS GERAIS

DAS PEQUENAS E MÉDIAS


EMPRESAS
Nesta primeira unidade, trataremos de apresentar as características gerais; os aspectos envolvendo
inovação e modernização; critérios de classificação; legislação específica e os aspectos jurídicos, legais e
fiscais que afetam micro, pequenas e médias empresas.
De uma forma geral, micro, pequenas e médias empresas são de origem familiar, em que um dos
seus fundadores, por necessidade ou por opção, resolveu abrir um negócio próprio. Como todo começo
empresarial é difícil, é comum tais empresas terem e desenvolverem a conduta, as limitações e as
características administrativas de seus fundadores.
Entre tais características, podemos citar a limitação de capital, a limitação para concorrer com empresas
maiores devido à falta de estrutura e de inovação nos seus processos, produtos e serviços, bem como a
falta de mão de obra devidamente capacitada.
Por serem menores, micro e pequenas empresas possuem também uma capacidade produtiva limitada
e uma grande dificuldade para obter crédito e financiamento junto às instituições financeiras e bancos,
por não possuírem muitos bens e outros ativos, que são exigidos como garantia.
Tal garantia, como o próprio nome diz, visa garantir os direitos de tais instituições ou bancos caso haja
inadimplência nos pagamentos de suas parcelas ou do financiamento como um todo por parte das micro
e pequenas empresas tomadoras de tais empréstimos.
Outro aspecto das micro e pequenas empresas é que muitas delas não possuem uma reserva de
contingência para fazer face às situações advindas por terceiros ou pela própria mudança do mercado ou
da política comercial ou monetária. Como exemplo, podemos citar o baixo faturamento devido à falta de
pagamento por parte dos clientes dessas empresas, bem como a variação cambial ou da balança comercial.
Diante de tantas limitações e aspectos, os créditos ofertados para essas empresas são oferecidos a uma
taxa de juros muito mais elevada, devido ao risco que elas apresentam para tais instituições financeiras e
bancos, ou seja, quanto maior o risco financeiro, maior será a taxa praticada.
Quão bom seria se na situação contrária, a taxa de juros praticada fosse menor também.

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ATENÇÃO
ƒƒ De uma forma geral, as micro e pequenas empresas são de origem familiar e, por serem menores,
possuem uma capacidade produtiva limitada e uma grande dificuldade para obter crédito e
financiamento junto às instituições financeiras e bancos por não possuírem muitos bens e outros
ativos, que são exigidos como garantia.

1.1 Inovação e modernização nas pequenas


empresas
Conforme apresentado na introdução, devido a mudanças de comportamentos
e de paradigmas no mercado nacional, as empresas viram-se obrigadas a se
modernizarem para manterem-se “vivas” e competitivas nos mercados nos quais
atuam.

Tal modernização é feita em seus processos, produtos e serviços. Ela pode ser
vista e percebida na implantação de sistemas computadorizados, para que, dessa
forma, haja um melhor controle das informações, dos recursos utilizados e dos
empregados. Como exemplo, podemos citar a implantação de código de barras
para facilitar a captura, o processamento e a transmissão das informações.
Atualmente é comum vermos pequenos estabelecimentos, como mercadinhos,
padarias e lojas de varejo, fazendo uso de tais sistemas ou de métodos logísticos
para atenderem aos seus clientes de uma melhor forma.
Como veremos mais à frente, há também aquelas que fazem uso da internet,
para que dessa forma possam realizar os seus negócios 24 horas por dia.
A inovação e modernização acontecem de duas formas: internamente, em seus
produtos, processos e gestão; ou externamente, nos seus serviços e integração
na rede virtual de negócios, proporcionada pela internet, ligando a empresa a
uma rede e conexões que antes não existiam.
Tal modernização não só contribui para o aumento da competitividade, como

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também para alavancar melhores e maiores resultados, porque, afinal de contas,
o objetivo de qualquer empresa é a obtenção de lucro, e é bom que não seja
nem micro e nem pequeno.

1.2 A classificação brasileira de micro e pequena


empresa
Para Longenecker, Moore e Petty (1998), as pessoas adotam padrões diferentes
para propósitos diferentes quando se trata de definir e classificar o tamanho de
uma empresa.
Diante de tal diferença, é necessária a utilização de padrões estabelecidos
pelas leis, entidades ou órgãos governamentais.
Entre estes, podemos citar:
ƒƒ O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae);
ƒƒ O Ministério do Trabalho e do Emprego;
ƒƒ O Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte;
ƒƒ O Simples.
Segundo o histórico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (2010), o Sebrae é uma instituição privada de interesse público,
fundada em 1972, com o objetivo de apoiar a abertura e expansão dos
pequenos negócios e transformar a vida de milhões de pessoas por meio do
empreendedorismo.
Essa instituição utiliza como critério o número de empregados, com objetivo
de classificar as empresas, quer sejam elas do ramo industrial, comercial ou de
prestação de serviços.
Na sequência, temos o Ministério do Trabalho e do Emprego, que também
utiliza como critério de classificação o número de empregados existentes e
cadastrados nas empresas. Para tal classificação, faz uso da Relação Anual de
Informações Sociais. Todas as empresas brasileiras são obrigadas a realizar a
transmissão dessa relação dentro do período existente no primeiro trimestre de
cada ano.
Dando seguimento à nossa pequena lista, nós temos o Estatuto da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que faz uso do faturamento
bruto acumulado anualmente. Tal Estatuto foi instituído inicialmente pela Lei

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nº 9.841, de 5 de outubro de 1999; porém essa lei foi revogada (anulada) pela
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, atualizada até a Lei
Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008.
Segundo a referida lei, tal estatuto dispõe sobre o tratamento jurídico
diferenciado, simplificado e favorecido previsto nos artigos 146, 170 e 179 da
Constituição Federal.
Por fim, criado inicialmente pela Lei nº 9.317/1976 – mas atualmente, e até a
publicação desta apostila, em vigor também pela Lei Complementar nº 123, de
14 de dezembro de 2006, atualizada até a Lei Complementar nº 128, de 19 de
dezembro de 2008 –, temos o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples).
Tal sistema dispõe sobre o regime tributário das microempresas e das
empresas de pequeno porte, tomando como base o faturamento bruto de tais
empresas.
De uma forma resumida, podemos perceber que a classificação brasileira de
microempresas e empresas de pequeno porte é feita tendo como critério o total
anual de faturamento e o número de empregados.

+ SAIBA MAIS
ƒƒ A modernização não só contribui para o aumento da competitividade, como também para alavancar
melhores e maiores resultados.

ƒƒ O Sebrae, com o objetivo de apoiar a abertura e expansão dos pequenos negócios, oferece também
palestras e cursos para ajudar na capacitação e formação de empreendedores e gestores. Faça uma visita
à unidade mais próxima.

1.3. Critérios de classificação do porte da


empresa
Para Longenecker, Moore e Petty (1998), alguns critérios são aplicáveis a todas
as áreas industriais, enquanto outros são relevantes apenas para certos tipos de
negócios.
De uma forma geral, os critérios variam conforme o ramo de atuação da
empresa, bem como pelos interesses e objetivos pretendidos.

Como exemplo de critérios, temos:


ƒƒ A quantidade de empregados;
ƒƒ O volume de vendas ou faturamento;
ƒƒ O valor dos ativos;
ƒƒ O volume de depósitos.
Só que, pela ótica fiscal e tributária, a devida classificação permite às empresas

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ter o devido enquadramento junto aos órgãos e entidades reguladoras e
fiscalizadoras das atividades empresariais e da arrecadação dos impostos, taxas
e tributos.
Um mesmo critério utilizado para realizar a classificação de uma empresa,
obviamente, terá um resultado diferente, pois a ótica, as normas e as faixas
de limites variam de uma entidade para outra, bem como de uma norma para
outra ou de uma esfera governamental para outra.

ATENÇÃO
ƒƒ As pessoas adotam padrões diferentes para propósitos diferentes quando se trata de definir e
classificar o tamanho de uma empresa e, de uma forma geral, os critérios variam conforme o ramo
de atuação da empresa, bem como pelos interesses e objetivos pretendidos.

1.4. Legislação específica


Conforme apresentado no item 1.2, o Estatuto Nacional da Microempresa
e Empresa de Pequeno Porte, também conhecido por Lei Geral, foi instituído
pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 e vem estabelecer
normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dado às
microempresas e empresas de pequeno porte nos termos dos artigos 146, 170
e 179 da Constituição Federal.

Essa “nova” lei, por ser de abrangência nacional, alterou dispositivos


existentes:
ƒƒ Nas Leis nº 8.212 e nº 8.213, ambas de 24 de julho de 1991;O volume
de vendas ou faturamento;
ƒƒ Na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT);
ƒƒ Na Lei nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001;
ƒƒ Na Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990.

Além de alterações nas leis citadas acima, a Lei Complementar nº 123/2006


revogou (anulou) as seguintes leis:
ƒƒ Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996.
ƒƒ Lei número 9.841, de 5 de outubro de 1999.
A alteração dos termos e a revogação das leis anteriores deram-se pela
necessidade de unificar e facilitar, dentro das possibilidades jurídicas e tributárias
existentes, o teor da vasta e complexa legislação tributária atualmente aplicável
às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
Como as microempresas e empresas de pequeno porte estão presentes em
todos os entes da federação, ou seja, no Distrito Federal, estados e municípios,
a aplicação de diversas leis existentes em cada esfera governamental representa

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uma tarefa complexa e difícil para a maioria dos empreendedores iniciantes e
demais empresários.
Dessa forma, o sistema Simples Nacional, ou Supersimples, como também
é mencionado e conhecido, pretende substituir todas as legislações existentes.
Além dessa unificação, a Lei Geral tem como objetivo facilitar o cotidiano dos
micro e pequenos empresários e, também, a prestação de serviços de consultoria
ou assessoria por parte de contabilistas e advogados.

Quando for o caso e a necessidade assim exigir, o fato de conhecer a legislação


e as normas que servem para regulamentar as atividades empresariais e dar
o devido enquadramento tributário e fiscal das negociações das empresas são
obrigações de todo e qualquer gestor de negócios. Essas obrigações acentuam-
se mais ainda quando esses negócios envolvem transações realizadas entre um
município e outro, bem como de um estado para o outro, por haver normas e
formas diferentes de arrecadação fiscal entres eles. Como exemplo, podemos
citar as alíquotas dos Impostos Sobre Serviços (ISS) e dos Impostos de Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) existentes em cada município e estado.
Caso queira aprofundar um pouco mais os seus conhecimentos, faça uma
leitura do Anexo 1 – A evolução dos pequenos negócios na legislação brasileira,
contido no final desta apostila.

1.5 Aspectos jurídicos, legais e fiscais que


afetam micros e pequenas empresas
Para que tudo seja devidamente regularizado e formalizado, além da legislação
específica que faz a regulamentação das microempresas e das empresas de
pequeno porte, toda pessoa que tenha o desejo de constituir uma empresa
deverá seguir e atender aos requisitos criados e estabelecidos por outros órgãos
e instituições que agem como reguladores e fiscalizadores das respectivas
classes de empresas, bem como de atividades ligadas a estas.
Diante disso, vários cuidados deverão ser tomados para que não haja erros.
Nesta etapa inicial, é comum o uso de assessoria ou de consultoria contábil ou
jurídica para facilitar o entendimento e a realização dos trabalhos.
Do ponto de vista do contexto contábil, para se realizar a constituição de uma
empresa, temos que buscar informações e atender às exigências dos seguintes

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órgãos e entidades:
Como exemplo de critérios, temos:
ƒƒ Junta Comercial, para fazer a pesquisa do nome escolhido para a
empresa, cadastrar a sua constituição e autenticar os seus atos jurídicos
mediante o registro do contrato social e obtenção do Número de
Indentificação do Registro de Empresas - NIRE.
ƒƒ Secretaria da Receita Federal, para obter o Certificado Nacional da
Pessoa Jurídica.
ƒƒ Secretaria da Fazenda, para que seja emitida a inscrição estadual.
ƒƒ Prefeitura, para que seja emitida a inscrição municipal, bem como o
alvará de funcionamento.
ƒƒ Instituto Nacional de Seguridade Nacional, para que seja recolhida
mensalmente a contribuição social.
ƒƒ Sindicato Patronal, para que haja a devida representação da categoria
empresarial diante do sindicato dos trabalhadores.
ƒƒ Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor, criada pela Lei nº
9.192, de 23 de novembro de 1995.

Conforme o tipo de empresa e de produto, será necessário observar e seguir


as normas da vigilância sanitária, tais como empresas produtoras de alimentos,
restaurantes, bares, lanchonetes, de produtos farmacêuticos etc.
ƒƒ Cartório oficial da região, para que seja feito o registro de títulos,
documentos e o registro civil da pessoa jurídica.

Neste órgão é feito o registro dos documentos que fazem parte do processo de
criação e de atividade da empresa, tais como atas de constituição e de alteração
do contrato social; contratos de aluguel, contratos de compras e vendas; dentre
outros.
Conforme a classificação legal e fiscal, a empresa pode ser constituída e
registrada junto aos órgãos mencionados, com uma das seguintes naturezas
jurídicas:
ƒƒ Sociedade Limitada, sendo o tipo de empresa que apresenta dois
sócios ou mais, cujo objetivo é o de atuar em um ou mais seguimentos
de mercados existentes nos ramos empresariais.

A sociedade possui essa natureza jurídica porque a responsabilidade dos seus


sócios é limitada ao valor do capital social.
ƒƒ Empresário Individual, é aquele que pratica em nome próprio uma
atividade de negócio em determinado ramo e setor empresarial.

Por possuir a natureza jurídica individual, e por ter como titular absoluto da
empresa somente uma pessoa física, o seu representante responde juridicamente
de forma ilimitada pelas dívidas.
ƒƒ Microempreendedor Individual, é aquele que exerce atividade
profissional por conta própria, podendo ser enquadrado juridicamente
como pequeno empresário, conforme o limite de faturamento anual.
Formalmente pode usufruir de benefícios diferenciados estabelecidos
por lei, tais como aposentadoria, auxílios previdenciários e tratamento
fiscal diferenciado.

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Juridicamente o microempreendedor individual não pode ter participação
societária ou ser proprietário de outra empresa.
Observe que há uma diferença básica entre o empresário e o
microempreendedor individual, sendo que o primeiro exerce atividade
empresarial como negócio, enquanto que o outro exerce formalmente uma
atividade como profissional liberal.
Além dos tipos de empresas apresentados até aqui, temos a seguir a:

ƒƒ Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI),


acrescentada ao Código Civil e criada pela Lei nº 12.441, de 2011.

Este tipo de empresa é formado somente por um fundador, cuja


responsabilidade jurídica deste único representante está limitada à totalidade do
capital integralizado, ou seja, limitada ao valor definido por lei e financeiramente
constituído.
Observe que a responsabilidade jurídica limitada contida neste tipo de
empresa é diferente da responsabilidade do empresário individual, que
responde juridicamente de forma ilimitada pelas dívidas.
Outra característica importante neste tipo de empresa, é que a sigla EIRELI
deve ser acrescentada ao final da denominação social da empresa, cuja natureza
é de responsabilidade limitada.
Legalmente, para fins fiscais, a Empresa Individual de Responsabilidade
Limitada (EIRELI) pode ser considerada como micro ou empresa de pequeno
porte, para tanto se faz necessário emitir declaração específica de enquadramento
e atender às exigências da lei específica.
Além dos cuidados e dos procedimentos mencionados a título de exemplo,
as pessoas interessadas em realizar os seus sonhos empresariais como
empreendedoras têm à disposição cursos, orientações e palestras, que são
oferecidos por universidades, entidades privadas e órgãos do governo ligados à
área empresarial e de negócios.

1.6. O perfil das micro e pequenas empresas


Nesta unidade, trataremos de apresentar o perfil, a mortalidade e os pontos
fortes das micro e pequenas empresas.

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No Brasil, há um número muito grande de empresas que estão atuando na
informalidade, ou seja, é como se elas não existissem. Tal situação é ruim para a
economia do país, porque há uma série de fatores que contribuem para agravar
a situação trabalhista, tributária e previdenciária.
Segundo dados do Sebrae-SP (2006), no Brasil, das 5,1 milhões de empresas
formais, 98% são de micro e pequeno porte, responsáveis por 67% do pessoal
ocupado no setor privado.
Estes são dados que demonstram a importância das micro e pequenas
empresas para os governos, para a sociedade e para as empresas de grande
porte, até porque essas micros e pequenas empresas atuam como intermediárias
na prestação de serviços de distribuição, fornecimento de matérias-primas ou
subcomponentes e oferecimento de produtos.
Como micros e pequenas empresas são limitadas em seu faturamento e,
consequentemente, nos investimentos, é comum surgirem parcerias, para que
dessa forma tenham condições de dar continuidade aos seus negócios.
Por outro lado, as empresas que não conseguem realizar tal parceria terão
uma grande probabilidade de encerrar as suas atividades e de “fechar” as portas.
Além desses aspectos, micro e pequenas empresas são caracterizadas por
possuírem:
ƒƒ Um alto grau de centralização administrativa, por serem em sua maioria
de origem familiar, ou seja, há um patriarca ou matriarca que manda.
ƒƒ Uma gestão baseada nos erros e nos acertos, não fazendo uso de
técnicas profissionais e gerenciais.
ƒƒ Recursos e investimentos totalmente limitados ou inexistentes.
ƒƒ Um alto grau de natalidade e mortalidade.
ƒƒ A não observância do princípio da entidade, ou seja, pessoas físicas
fazendo uso dos bens e dos recursos da empresa, que é uma pessoa
jurídica, para atender a necessidades particulares e pessoais.

ATENÇÃO
ƒƒ Segundo dados do Sebrae, as micro e pequenas empresas representam cerca de 98% do total de
empresas existentes, contribuem com 67% das ocupações e 20% do Produto Interno Bruto.
Fonte: Sebrae-SP.

1.7. Mortalidade de micro e pequenas empresas


Conforme mencionamos no item anterior, micro e pequenas empresas são
caracterizadas também por apresentarem uma alta taxa de natalidade e de
mortalidade.
Neste tópico, levaremos em consideração quais as razões e motivos que
levam micro e pequenas empresas a fracassarem.

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Conhecer tais fatores e motivos ajuda a aumentar as chances futuras de
sucesso na gestão dos negócios.
Para Longenecker, Moore e Petty (1998), os fatores econômicos são a
principal causa dos fracassos dos negócios, seguidos das causas financeiras,
vendas inadequadas e lucros insuficientes.
De uma forma ou de outra, toda micro e pequena empresa enfrenta
variáveis que muitas vezes fogem de seu domínio e controle, a isto chamamos
“fatores externos”. Por outro lado, há fatores que são internos, e estes também
contribuem para que os negócios fiquem comprometidos.
Tais fatores, tanto internos como externos, devem ser evitados e, caso
aconteçam, devem ser bem administrados.
Nesse turbilhão de fatores, ficará claro que sobrevivem somente micros e
pequenas empresas que possuem um alto grau de qualidade administrativa, bem
como uma boa assessoria técnica e jurídica e, obviamente, reservas financeiras
para custear compromissos em épocas de crise ou de baixas vendas.
Cabe ressaltar que sempre, em qualquer momento, os custos administrativos
e operacionais devem ser controlados, reduzidos e bem administrados.

1.8. Pontos fortes das micro e pequenas


empresas
Micros e pequenas empresas possuem seus pontos fortes nos negócios. Dessa
forma, em alguns aspectos e atividades, elas se tornam mais ágeis e flexíveis
quando comparadas com empresas de maior porte.
Tais pontos podem ser entendidos quando observamos a existência de um
organograma reduzido, tornando a relação empresa, empregados, fornecedores
e clientes mais transparente, direta e objetiva; isso facilita muito a realização
dos negócios e a resolução de problemas, tanto administrativos quanto de
atendimento, pois não há burocracia e nem a omissão de responsabilidade
administrativa, ou seja, há uma grande possibilidade de se resolver quaisquer
coisas diretamente com o responsável da área ou do assunto.
Para Longenecker, Moore e Petty (1998), as pequenas empresas oferecem
contribuições excepcionais na medida em que fornecem novos empregos,
introduzem inovações, estimulam a competição, auxiliam as grandes empresas
e produzem bens e serviços com eficiência.
Estes, com certeza, são pontos fortes, que são vistos e usufruídos de uma
forma local, regional ou coletiva, trazendo benefícios para todos os envolvidos
e, principalmente, para a comunidade e para a sociedade.
O conhecimento dos pontos fortes de uma micro ou pequena empresa
contribui para que os seus gestores mantenham e tenham uma competitividade
que muitas vezes não é percebida e nem oferecida nas empresas de grande
porte, ou seja, esses pontos fortes contribuem, e muito, para que as micro e
pequenas empresas sejam flexíveis, ágeis e competitivas naquilo que elas fazem
ou oferecem de melhor.
Como o ambiente de micros e pequenas empresas está repleto de desafios e
riscos, a probabilidade de crescimento profissional é proporcional ao crescimento
e ao sucesso que elas venham a auferir e conseguir ao final de um determinado
período, proporcionando dessa forma um ambiente altamente desafiador e

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motivador, por existirem muitas necessidades a serem atendidas, bem como
para serem melhoradas.

+ SAIBA MAIS
ƒƒ A informalidade no Brasil é uma situação ruim para a economia do país, pois com ela surge uma série de
fatores que contribuem para agravar a situação social, trabalhista, tributária e previdenciária.

ƒƒ Os fatores econômicos são a principal causa dos fracassos dos negócios, seguidos das causas financeiras,
vendas inadequadas, lucros insuficientes e má gestão.

ƒƒ As micro e pequenas empresas possuem seus pontos fortes nos negócios. Dessa forma, em alguns
aspectos e atividades, elas se tornam mais ágeis e flexíveis quando comparadas com empresas de maior
porte.

RECAPITULANDO
Nesta unidade, aprendemos que:

ƒƒ De uma forma geral, micros e pequenas empresas são de origem familiar.


ƒƒ Micros e pequenas empresas possuem uma capacidade produtiva limitada e uma grande dificuldade
para obter crédito e financiamento junto às instituições financeiras e bancos.
ƒƒ Muitas delas não possuem uma reserva de contingência.
ƒƒ A inovação e modernização nas empresas acontecem internamente ou externamente, nos seus serviços
e integração na rede virtual de negócios, proporcionada pela internet, ligando a empresa a uma rede e
conexões que antes não existia.
ƒƒ A modernização não só contribui para o aumento da competitividade como também para alavancar
melhores e maiores resultados.
ƒƒ O total anual de faturamento e o número de empregados são os critérios mais utilizados por entidades
e órgãos governamentais para a classificação brasileira de microempresa e empresas de pequeno porte,
além do valor dos ativos e volume de depósitos.
ƒƒ Além do Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, toda pessoa que deseja constituir
uma empresa deverá seguir e atender aos requisitos criados e estabelecidos por instituições e órgãos
reguladores e fiscalizadores de atividades empresariais.
ƒƒ No Brasil, ainda há um número muito grande de empresas que estão atuando na informalidade.
ƒƒ As pequenas empresas oferecem contribuições excepcionais, na medida em que fornecem novos
empregos, introduzem inovações, estimulam a competição, auxiliam as grandes empresas e produzem
bens e serviços com eficiência.
ƒƒ Micros e pequenas empresas são limitadas em seu faturamento e, consequentemente, nos investimentos.

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EXPLORANDO SEU CONHECIMENTO
1. Que características das micro e pequenas empresas representam as suas limitações e deficiências?

2. Além do aumento da competitividade, a inovação e modernização contribuem para que outros aspectos
empresariais? Explique.

3. Quais implicações a informalidade das micro e pequenas empresas trazem para o nosso país? Explique.

4. Conforme os autores Longenecker, Moore e Petty (1998), quais os fatores que contribuem para a
mortalidade dos negócios?

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