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RESUMO: Os serviços de alimentação coletiva têm se expandido em todo o mundo, principalmente os restaurantes
do tipo self-service. Esses serviços têm se destacado na epidemiologia dos surtos de doenças transmitidas por
alimentos. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a qualidade microbiológica de alimentos (macarrão, carne,
alface e maionese) em dez restaurantes tipo self-service em Canoinhas, Santa Catarina, Brasil. Utilizou-se
um termômetro e foram feitas análises microbiológicas padronizadas. Com relação à temperatura, nenhuma
amostra da cadeia fria encontrava-se em temperatura adequada. Já nos alimentos da cadeia quente, apenas
duas amostras de carnes estavam na temperatura correta. Das dez amostras de carnes analisadas, apenas
três apresentavam-se propícias para o consumo humano. Das dez amostras de macarrão analisadas, seis
encontravam-se aptas para o consumo humano. Todas as amostras de alface e maionese encontravam-se
impróprias para o consumo humano. Concluiu-se que pelos altos índices de contaminações encontrados nos
alimentos analisados, fica evidente a falta de boas práticas de fabricação nos estabelecimentos participantes.
Vale ressaltar que o binômio tempo e temperatura também contribuíram para que ocorressem contaminações.
INTRODUÇÃO
(BADARÓ, 2007). Segundo a Associação Brasileira
A utilização de restaurantes self-service – de Refeições Coletivas (ABERC), em 2017 este
comida pronta, disposta ao consumidor e vendida mercado estima fornecer 16,7 milhões de refeições/
por peso – aumentou muito nos últimos anos pela dia (ABERC, 2017). Além disso, a Pesquisa de
crescente tendência para se alimentar fora de casa Orçamentos Familiares (POF) relatou aumento de 7%
*
Estudante; Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) Campus Canoinhas, Brasil.
**
Estudante; Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC/Canoinhas); Técnico em Agroindústria - IFSC
***
Docente; IFSC/Canoinhas; Doutora em Ciências-Bioquímica / IFSC, Brasil. E-mail: graciele.viccini@ifsc.edu.br
14 Restaurantes self-service no município de Canoinhas, Santa Catarina, Brasil: qualidade microbiológica dos alimentos servidos
na despesa com alimentação fora do domicílio (média fatores que mais contribuem para a ocorrência de DTAs
mensal familiar) no país, entre 2002/2003 (24,1%) (ROCHA et al., 2014). Assim, as mãos de manipuladores
e 2008/2009 (31,1%), sendo que na região Sul essa podem ser cruciais na contaminação cruzada dentro
despesa foi de 27,7% (IBGE, 2010). Em Canoinhas, do ambiente de processamento de alimentos (LUES;
Santa Catarina, Brasil, o setor de serviços, que inclui VAN TONDER, 2007). Deve-se considerar também
restaurantes, contribuiu com 48% do Valor Adicionado que o controle da temperatura durante o preparo dos
Bruto municipal (SEBRAE, 2013). alimentos é fundamental para inibir a multiplicação de
Dentre os aspectos relativos à crescente micro-organismos (SÃO JOSÉ, 2012).
demanda por serviços de refeição fora do lar, a O objetivo desta pesquisa foi avaliar a
qualidade microbiológica dos produtos oferecidos é qualidade microbiológica de alimentos em restaurantes
fundamental, principalmente considerando a amplitude comerciais tipo self-service em Canoinhas visto que
do público atendido (LIMA et al., 2015). o consumo de alimentos contaminados por micro-
Segundo Paiva (2016), esses serviços têm se organismos patogênicos em restaurantes representa
destacado na epidemiologia dos surtos de doenças um risco à saúde pública.
transmitidas por alimentos (DTAs) em diversos
países. Os principais problemas são consequências
2 METODOLOGIA
do reaquecimento e refrigeração inadequados e da
preparação de alimentos com muita antecedência,
Foram avaliadas a temperatura de preparação e
aumentando o tempo de espera para produção e/ou
a qualidade microbiológica de dois alimentos da cadeia
distribuição (MENDES et al., 2011; LIMA et al., 2015).
quente (carne e macarrão) e dois alimentos da cadeia
A qualidade de uma refeição é influenciada
fria (maionese e alface), em dez restaurantes tipo self-
por inúmeros fatores: a qualidade da matéria-prima,
service na região Central do município de Canoinhas,
a higienização dos utensílios utilizados, a higiene dos
Santa Catarina, Brasil, entre março e maio de 2013.
manipuladores envolvidos no processo, monitoramento
Esses restaurantes representam 50% desta tipologia,
de parâmetros, como tempo e temperatura, entre
e aceitaram participar deste projeto de pesquisa.
outros (BRAGA et al., 2015). As coletas das amostras foram realizadas após
No entanto, as condições de higiene em que a montagem dos balcões de distribuição, antes do
esses alimentos são preparados e a temperatura a que início do serviço. Inicialmente, mediu-se a temperatura
ficam submetidos durante a exposição nem sempre dos alimentos expostos nos balcões com termômetro
são as ideais, podendo desenvolver micro-organismos digital infravermelho com mira laser, com faixa de
potencialmente perigosos para a saúde do consumidor temperatura entre -32º C a +380º C.
(PENEDO et al., 2015). Após, foram coletados, de maneira asséptica,
Rigorosas práticas higiênicas no preparo são pelo menos 200 g de cada amostra utilizando
fundamentais para garantir um alimento seguro e utensílios e recipientes de vidro estéreis. As amostras
evitar as DTAs, que são causadas principalmente pela foram transportadas ao Laboratório de Microbiologia
ingestão de micro-organismos viáveis e/ou toxinas em do Instituto Federal de Santa Catarina – Campus
quantidades suficientes para desenvolver patologias Canoinhas, em caixas isotérmicas com refrigeração.
(AFIFI; ABUSHELAIBI, 2012). Foram pesados 25 g de cada amostra, homogeneizados
O manipulador tem grande importância em em 225 mL de água peptonada, para obter a diluição
todas as etapas do processo de produção de alimentos, 10-1. A partir desta, foram feitas, em tubos de ensaio
pois pode facilitar a disseminação de micro-organismos com 9 mL de água peptonada, diluições decimais
deteriorantes e/ou patogênicos no ambiente de trabalho sucessivas até 10-5.
(PAIVA, 2016). A higiene pessoal inadequada é um dos As metodologias foram executadas de acordo
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16 Restaurantes self-service no município de Canoinhas, Santa Catarina, Brasil: qualidade microbiológica dos alimentos servidos
em temperatura adequada, sendo que as temperaturas estavam expostas na temperatura correta, sendo que
variaram entre 11,4°C e 27,4°C. Já nos alimentos as temperaturas mensuradas variaram entre 34,7°C e
da cadeia quente, apenas duas amostras de carne 82°C, como podem ser observadas na Figura 1.
Figura 1. Temperatura dos alimentos da cadeia fria e da cadeia quente, coletados em dez restaurantes tipo self-service em
Canoinhas – SC
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Tabela 1. Resultados das análises microbiológicas das amostras de carne coletadas em dez restaurantes tipo self-service
em Canoinhas (SC)
Alimento: Carne
Restaurantes
Análises A B C D E F G H I J
Estafilococus < 1,0x102 1,0x102 1,0x102 < 1,0x102 < 1,0x102 < 1,0x102 < 1,0x102 < 1,0x102 < 1,0x102 < 1,0x102
coagulas e UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g
positiva (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.)
Bacillus cereus <1,0x102 7,0x102 1,0x102 <1,0x102 <1,0x102 <1,0x102 <1,0x102 <1,0x102 4,0x102
8,2x102
UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g
UFC/g*
(est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.)*
Coliformes < 3,0 < 3,0 < 3,0 3,6x101 < 3,0 < 3,0 2,3x101 < 3,0 < 3,0 < 3,0
totais NMP/g NMP/g NMP/g NMP/g* NMP/g NMP/g NMP/g* NMP/g NMP/g NMP/g
Coliformes < 3,0 < 3,0 < 3,0 < 3,0 2,3x101 < 3,0 < 3,0 9,2x101 < 3,0 3,6x101
termotolerantes NMP/g NMP/g NMP/g NMP/g NMP/g* NMP/g NMP/g NMP/g* NMP/g NMP/g*
* Amostra imprópria para consumo humano segundo padrão microbiológico estabelecido pela RDC nº12 da ANVISA (BRASIL, 2001).
** Amostra imprópria para consumo humano segundo limite para Coliformes Termotolerantes da RDC nº12 da ANVISA (BRASIL, 2001).
*** Amostra imprópria para consumo humano segundo critérios de avaliação de Alves, Ueno (2010).
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18 Restaurantes self-service no município de Canoinhas, Santa Catarina, Brasil: qualidade microbiológica dos alimentos servidos
Em estudo realizado por Alves e Ueno (2010), Badaró (2007) analisou 20 amostras de carne
nenhuma amostra de carne teve contaminação por provenientes de restaurantes self-service de Ipatinga,
Salmonella spp. e apenas uma apresentou resultado Minas Gerais, Brasil, e 25% delas encontravam-se
que ultrapassou os limites para S. aureus. Da mesma impróprias para o consumo, apresentando níveis de
forma, Dolinger et al. (2010) realizaram análises contaminação microbiológica acima do permitido pela
microbiológicas em 23 amostras de carnes provenientes legislação vigente.
de restaurantes self-service de Itumbiara, Goiás,
Brasil, e apenas duas amostras excederam os limites
microbiológicos para coliformes termotolerantes.
Tabela 2. Resultados das análises microbiológicas das amostras de macarrão coletadas em dez restaurantes tipo self-
service em Canoinhas – SC
Alimento: Macarrão
Restaurantes
Análises A B C D E F G H I J
Bactérias < 1,0x102 1,5x102 6,0x102 1,0x102 9,2x102 1,0x102 9,4x104 1,6x107 < 1,0x102 < 1,0x102
aeróbias UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g
mesófilas (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.)
Estafilococus < 1,0x102 5,0x102 3,0x104 < 1,0x102 < 1,0x102 < 1,0x102 < 1,0x102 1,3x102 < 1,0x102 < 1,0x102
coagulas e UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g
positiva (est.) (est.)* (est.)* (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.)
Bacillus cereus < 1,0x102 4,0x102 1,0x104 < 1,0x102 < 1,0x102 < 1,0x102 < 1,0x102 4,0x103 5,0x102 9,0x102
UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g* UFC/g UFC/g
(est.) (est.) (est.)* (est.) (est.) (est.) (est.) (est.) (est.)*
Salmonella spp. Ausência Possível Possível Ausência Ausência Ausência Possível Possível Ausência Ausência
presença presença presença presença
* * * *
Coliformes < 3,0 < 3,0 < 3,0 < 3,0 < 3,0 < 3,0 3,6x101 2,3x101 < 3,0 < 3,0
totais NMP/g NMP/g NMP/g NMP/g NMP/g NMP/g NMP/g* NMP/g NMP/g NMP/g
Coliformes < 3,0 < 3,0 < 3,0 < 3,0 2,3x101 < 3,0 < 3,0 9,2x101 < 3,0 < 3,0
termotolerantes NMP/g NMP/g NMP/g NMP/g NMP/g* NMP/g NMP/g NMP/g* NMP/g NMP/g
* Amostra imprópria para consumo humano segundo padrão microbiológico estabelecido pela RDC nº12 da ANVISA (BRASIL, 2001).
** Amostra imprópria para consumo humano segundo limite para Coliformes Termotolerantes da RDC nº12 da ANVISA (BRASIL, 2001).
*** Amostra imprópria para consumo humano segundo critérios de avaliação de Alves, Ueno (2010).
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Como pode ser observado na Tabela 2, das dez de Itumbiara e constataram que apenas duas amostras
amostras de macarrão analisadas, seis encontravam- estavam impróprias para o consumo, apresentando
se aptas para o consumo humano. Nas demais amostras contaminação por coliformes termotolerantes.
foi constatada contaminação por S. aureus (3/10), B. Todas as amostras de alface estavam impróprias
cereus (2/10), Salmonella spp. (4/10), coliformes totais para o consumo humano, pois ultrapassaram os limites
(2/10) e coliformes termotolerantes (1/10). Quanto da resolução n°12 (BRASIL, 2001) para coliformes
à contagem de bactérias aeróbias mesófilas, apenas
termotolerantes (8/10), como pode ser observado na
uma amostra excedeu o limite microbiológico de
Tabela 3. Além disso, apresentaram possível presença
acordo com o valor de referência utilizado.
de Salmonella spp. em 100% das amostras. Foram
Resultados contrários foram relatados por
Resta e Oliveira (2013) que avaliaram a presença de S. encontrados também valores elevados de coliformes
aureus em 50 amostras de macarrão e não encontraram totais (9/10) e de bactérias aeróbias mesófilas (3/10),
nenhuma amostra excedendo o limite microbiológico de acordo com os valores de referência utilizados.
determinado pela resolução n°12 (BRASIL, 2001). Da
mesma forma, Dolinger et al. (2010) analisaram 23
amostras de macarronada provenientes de restaurantes
Tabela 3. Resultados das análises microbiológicas das amostras de alface coletadas em dez restaurantes tipo self-service
em Canoinhas – SC
Alimento: Alface
Restaurantes
Análises A B C D E F G H I J
Bactérias
1,6x105 6,0x106 5,7x105 1,5x105 1,5x104 9,2x104 7,8x104 5,8x105 2,5x102 1,4x105
aeróbias
UFC/g* UFC/g* UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g* UFC/g UFC/g
mesófilas
Possível Possível Possível Possível Possível Possível Possível Possível Possível Possível
Salmonella spp. presença presença presença presença presença presença presença presença presença presença
* * * * * * * * * *
Coliformes > 1,1x103 > 1,1x103 7,5x102 4,3x102 9,3x102 2,3x102 2,4x101 2,5x103 1,1x102 1,1x103
totais NMP/g* NMP/g* NMP/g* NMP/g* NMP/g* NMP/g* NMP/g NMP/g* NMP/g* NMP/g*
Coliformes 4,3x101 >1,1x105 2,3x102 9,3x101 1,2x102 2,3x102 <3,0 9,2x101 2,3x101 2,9x102
termotolerantes NMP/g NMP/g* NMP/g* NMP/g* NMP/g* NMP/g* NMP/g NMP/g* NMP/g* NMP/g*
* Amostra imprópria para consumo humano segundo padrão microbiológico estabelecido pela RDC nº12 da ANVISA (BRASIL, 2001).
** Amostra imprópria para consumo humano segundo limite para Coliformes Termotolerantes da RDC nº12 da ANVISA (BRASIL, 2001).
*** Amostra imprópria para consumo humano segundo critérios de avaliação de Alves, Ueno (2010).
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20 Restaurantes self-service no município de Canoinhas, Santa Catarina, Brasil: qualidade microbiológica dos alimentos servidos
Tabela 4. Resultados das análises microbiológicas das amostras de maionese coletadas em dez restaurantes tipo self-
service em Canoinhas – SC
Alimento: Maionese
Restaurantes
Análises A B C D E F G H I J
Bactérias 1,3x10 4
1,0x10 2
1,3x104 1,0x105 1,0x104 5,3x102 5,2x102 4,3x102 3,8x102 2,4x105
aeróbias UFC/g UFC/g
UFC/g UFC/g* UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g
mesófilas (est.) (est.)
Estafilococus 9,0x102 6,0x102 <1,0x102 2,2x102 1,0x102 3,0x102 1,0x102
4,5x102 5,5x101 7,3x102
coagulas e UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g
UFC/g* UFC/g* UFC/g*
positiva (est.) (est.)* (est.) (est.)* (est.) (est.) (est.)
Bacillus cereus 3,0x102 1,2x101 1,0x102 4,0x102 8,3x102 <1,0x102 <1,0x102
1,0x102 5,0x102 2,0x102
UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g UFC/g
UFC/g UFC/g UFC/g
(est.) (est.)* (est.) (est.) (est.)* (est.) (est.)
Salmonella spp. Possível Possível Possível Possível Possível Possível Possível Possível Possível Possível
presença presença presença presença presença presença presença presença presença presença
* * * * * * * * * *
Coliformes >1,1x103 >1,1x103 4,3x102 >1,1x103 9,3x102 2,3x102 7,4x101 1,5x104 2,1x102 1,1x103
totais NMP/g* NMP/g* NMP/g* NMP/g* NMP/g* NMP/g* NMP/g NMP/g* NMP/g* NMP/g*
Coliformes 2,0x101 >1,1x105 4,3x101 1,1x101 9,3x102 9,3x102 <3,0 2,9x104 3,5x101 1,5x101
termotolerantes NMP/g NMP/g* NMP/g* NMP/g NMP/g* NMP/g* NMP/g NMP/g* NMP/g* NMP/g*
* Amostra imprópria para consumo humano segundo padrão microbiológico estabelecido pela RDC nº12 da ANVISA (BRASIL, 2001).
** Amostra imprópria para consumo humano segundo limite para Coliformes Termotolerantes da RDC nº12 da ANVISA (BRASIL, 2001).
*** Amostra imprópria para consumo humano segundo critérios de avaliação de Alves, Ueno (2010).
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Em estudo similar, Barcelos et al. (2016) da cadeia fria estava em temperatura adequada,
constataram que, ao analisarem 20 amostras de e apenas duas amostras de alimentos da cadeia
saladas contendo maionese servidas em restaurantes quente estavam expostas na temperatura correta.
de Ji-Paraná, Rondônia, Brasil, 30% apresentaram Esta irregularidade é considerada crítica na oferta de
contaminação por Salmonella spp. alimento seguro, podendo comprometer a saúde dos
Alves e Ueno (2010), ao avaliarem seis consumidores.
amostras de maionese de restaurantes self-service, Assim, esses resultados servem de alerta para
obtiveram contagens de bactérias aeróbias mesófilas as autoridades sanitárias, pelo risco potencial que
acima de 6,15x104 UFC/g em todas as amostras e esses alimentos contaminados possuem de causar
contagem elevada de coliformes termotolerantes em DTAs aos consumidores.
uma amostra. No entanto, nenhuma amostra excedeu
os limites microbiológicos para S. aureus e Salmonella
spp. REFERÊNCIAS
Da mesma forma, as 15 amostras de saladas
ABERC - Associação Brasileira de Refeições Coletivas.
adicionadas de molho de maionese, provenientes
Mercado real. Disponível em: <http://www.aberc.
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Gerais, Brasil, apresentaram resultados dentro dos
21 fev. 2017.
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