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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

NEONATAL

HAND HYGIENE IN THE NEONATAL INTENSIVE CARE UNIT

VANCINI, Andriele1
LUZ, Isabel Pereira da2
FONSECA, Ivana Annely Cortez da 3
BARROS, Marcela Milrea Araújo4

1 Graduada em Enfermagem pela Faculdade Interamericana de Porto Velho – UNIRON, RO. Ano
2013. e-mail: andrielevancini@hotmail.com
2 Graduada em Enfermagem pela Faculdade Interamericana de Porto Velho – UNIRON, RO. Ano

2013. e-mail: isaluzpvh@hotmail.com


3
Especialista em Unidade de Terapia Intensiva, Docente Faculdade Interamericana de Porto Velho –
UNIRON. E-mail: ivanaannely@gmail.com
4
Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Docente Faculdade Interamericana de
Porto Velho – UNIRON, RO. End: Rua José Vieira Caúla n.º 5301, Res. Marina Casa 10, Fone: 69
84057965. Email: .mmilrea@hotmail.com
2

RESUMO

O cuidado com a higienização das mãos na área da saúde é uma das principais
preocupações no combate a infecção hospitalar. Neste sentido este artigo tem por
objetivo discutir sobre a higienização das mãos realizada pelos profissionais de
Saúde nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTIN). Trata-se de estudo de
revisão literária com enfoque descritivo e caráter exploratório. Para a identificação
da bibliografia pertinente à temática, consultou-se as bases de dados: Scientific
Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), , Google
acadêmico, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, Ministério da Saúde,
entre os anos de 2000 a 2013. Apesar do tema ainda ser muito debatido no meio
hospitalar, devido ao grande índice de infecções, a prática de higienização das mãos
pelos profissionais de Saúde, ainda é motivo de preocupação no controle de
infecção hospitalar aos neonatos. Neste contexto, para reduzir ou manter o controle
de infecção, a medida mais simples, porém eficaz é a adesão à lavagem das mãos
antes e após cada procedimento na assistência aos neonatos na Unidade de
Terapia Intensiva. A importância da higienização das mãos nas UTIN, é uma técnica
que requer uma maior abordagem e compromisso da equipe de saúde dentro
dessas unidades. Desta forma devemos repensar a prática profissional visando o
controle da infecção hospitalar.

Palavras-Chave: Higienização das mãos. Profissionais de Saúde. UTIN.

ABSTRACT
Careful hand hygiene in health care is one of the main concerns in combating
hospital infections. In this sense this article aims to discuss hand hygiene performed
by health professionals in the Neonatal Intensive Care Units (NICU). It is the study of
a literature review with a descriptive and exploratory focus. To identify the relevant
literature to the topic, I have consulted the following databases: Scientific Electronic
Library Online (SciELO) Virtual Health Library (VHL), Google Scholar, Digital Library
Theses and Dissertations USP, Ministry of Health, between the years 2000 to 2013.
Although the issue is still hotly debated in the hospital due the high rate of infections,
the practice of hand hygiene by Health professionals is still cause for concern in
infection control hospital to newborns. In this context, to reduce or maintain control of
infection, the most simple but effective procedure is for the care team to wash their
hands together before and after each procedure in caring for newborns in
the Intensive Care Unit. The importance of hand hygiene in NICU is a technique that
requires a greater commitment and approach from health staff within these units.
Thus, we must rethink the practice for the control of hospital infection.

Keywords: Hand hygiene. Health Professionals. NICU.


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1 INTRODUÇAO
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) constitui-se em um ambiente
terapêutico apropriado para o tratamento de neonatos em estado grave, sendo
considerada uma unidade de alta complexidade. Além da tecnologia de ponta e
equipamentos diversificados, esta unidade conta com profissionais altamente
capacitados e protocolos específicos para a assistência aos Recém-Nascidos (RN).
As UTIN, constituem-se em importante campo de trabalho para os profissionais da
saúde, exigindo conhecimento técnico e cientifico avançado (KAMADA et al., 2003).
A incidência de infecções hospitalares (IH) varia de acordo com as
características de cada unidade de tratamento (infra-estrutura e recursos humanos),
do próprio recém-nascido (idade gestacional e peso de nascimento) e dos métodos
de prevenção e diagnósticos disponíveis (PINHEIRO et al., 2009, p. 07). Desta
forma o cuidado com a higienização das mãos na área da saúde é uma das
principais preocupações. “O método mais simples, porém eficaz na prevenção das
infecções hospitalares” (BRASIL, 2007).
A legislação brasileira, por meio da Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998,
e da RDC nº 50, de 21 de fevereiro 2002, estabelece, respectivamente, as ações
mínimas a serem desenvolvidas com vistas à redução da incidência das infecções
relacionadas à assistência à saúde e as normas e projetos físicos de
estabelecimentos assistenciais de saúde (BRASIL, 2007, p. 10).
As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) representam
atualmente uma preocupação não somente dos órgãos de saúde competentes, mas
um problema de ordem social, ética e jurídica em face às implicações na vida dos
usuários e o risco a que estes estão submetidos (BARRETO et al., 2009).
Embora a técnica de higienização das mãos seja universal, é sem dúvida, a
rotina mais simples, eficaz e de maior importância na prevenção e controle da
disseminação de infecções, devendo ser praticada por toda equipe, sempre ao inicio
e término de uma tarefa. Porém, a falta de adesão dos profissionais de saúde tem se
constituído em um dos maiores desafios para as Comissões de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH), assim como o uso incorreto das técnicas de higienização das
mãos.
4

Entre 1975 e 1985 foram publicados vários guias acerca de práticas de


higienização de mãos em hospitais nos EUA pelos Centers for Disease Control and
Prevention (CDC) e no Brasil, em 1989, o Ministério da Saúde publicou o manual
“Lavar as Mãos: Informações para os Profissionais da Saúde”. Todos estes manuais
buscavam orientar os profissionais quanto às normas e procedimentos corretos para
higienizar as mãos visando prevenir e controlar as infecções hospitalares (BRASIL,
2008, p. 13-14).
Mas ainda hoje, trata-se de um tema que deve ser muito debatido no meio
hospitalar devido o grande índice de infecções, principalmente em unidades
neonatais, onde o desenvolvimento de infecções hospitalares resulta em aumento
das taxas de morbi-mortalidade e de custos hospitalares pelo uso de antibiótico e
maior tempo de hospitalização.
Desta forma a lavagem das mãos com água e sabão e o uso de álcool em gel
a 70%, são as medidas mais simples e de menor custo para se prevenir às
infecções hospitalares.
Neste contexto torna-se primordial discutir as questões que se relacionam aos
profissionais de saúde de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e o uso das
técnicas de lavagem das mãos , no manuseio com os neonatos. Trata de um tema
que, sem dúvida, torna-se difícil de abordar diretamente, uma vez que, para um
profissional de saúde assumir falhas em um aspecto tão elementar, torna o contexto
complexo. Assim, o estudo apresentado neste artigo busca o máximo possível,
informações verdadeiras e fidedignas quanto aos hábitos de higienização das mãos.
Neste sentido surgem algumas inquietações: quais são as técnicas de
higienização das mãos preconizadas pela ANVISA? O que a literatura científica
refere sobre a prática de higienização das mãos nas unidades de terapia intensiva
neonatal? Desta forma o objetivo desta pesquisa é discutir sobre a higienização das
mãos pelos profissionais da saúde nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal
como medida de controle para infecção hospitalar através de uma revisão de
literatura.

2 MATERIAIS E METODOS
Este estudo trata de uma revisão de Literatura com enfoque descritivo e
caráter exploratório que busca avaliar o conhecimento produzido em pesquisas
prévias destacando conceitos, procedimentos, resultados e conclusões.
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A finalidade da pesquisa é “resolver problemas e solucionar dúvidas,


mediante a utilização de procedimentos científicos” (BARROS; LEHFELD, 2000, p.
14) e a partir de interrogações formuladas em relação a pontos ou fatos que
permanecem obscuros e necessitam de explicações plausíveis e respostas que
venham a elucidá-las. Para isso, há vários tipos de pesquisas que proporcionam a
coleta de dados sobre o que desejamos investigar (PRODANOV; FREITAS, 2013,
p.42).
De acordo com Gil (2008, p. 26), as pesquisas tem caráter pragmático, ou
seja é fundamentada por um fato, e trata-se de , é um “processo formal e sistemático
de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é
descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos
científicos.”
De acordo com Prodanov e Freitas (2013, p.51).
Pesquisa exploratória: quando a pesquisa se encontra na
fase preliminar, tem como finalidade proporcionar mais informações
sobre o assunto que vamos investigar, possibilitando sua definição e
seu delineamento, isto é, facilitar a delimitação do tema da pesquisa;
orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou
descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto.

Ainda para o autor referido, a “pesquisa descritiva é quando o pesquisador


apenas registra e descreve os fatos observados sem interferir neles. Visa a
descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre variáveis”
Para tanto, constitui-se para a identificação da bibliografia pertinente à
temática, realizar o levantamento e a organização de referências bibliográficas tendo
como base de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual
de Saúde (BVS), , Google acadêmico, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da
USP, Ministério da saúde, entre os anos de 2000 a 2013. Os descritores utilizados
estão de acordo com os Descritores em Ciências da saúde (DECS), a conhecer:
Higienização das mãos. Profissionais de Enfermagem. UTIN.
Nesse sentido se procedeu à sistematização dos textos através leitura
exploratória e seletiva; fichamento e categorização de forma que respondesse ao
questionamento central. Desse modo, este artigo foi elaborado levando-se em
consideração as prerrogativas e idéias desenvolvidas por autores especialistas no
tema relativo às técnicas de higienização das mãos pela equipe de saúde nas UTIs
6

neonatais.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: PRECONIZADAS PELA ANVISA
A higienização das mãos é reconhecida mundialmente como uma medida
primária e simples, mas que requer conhecimento, e de extrema importância, no
controle das infecções relacionadas à assistência à saúde. Por esse motivo, tem
sido considerada como um dos pilares da prevenção e do controle de infecções nos
serviços de saúde, incluindo aquelas decorrentes da transmissão cruzada de
microrganismos multirresistentes (BRASIL, 2009).
De acordo com a Anvisa (BRASIL, 2007; BRASIL, 2009), o termo
higienização das mãos engloba desde a higiene simples (água e sabão comum
liquido), a higiene antisséptica (água, sabão comum e agente antisséptico), a fricção
antisséptica (álcool gel) e a antissepsia cirúrgica das mãos.
A higienização das mãos sempre foi considerada uma medida básica para o
cuidado ao paciente. Desde o estudo de Semmelweis, no século XIX, as mãos dos
profissionais de saúde vêm sendo implicadas como fontes de transmissão de
microrganismos no ambiente hospitalar (BRASIL, 2009, p.25 apud CDC, 2002).
Assim como descrito nos parágrafos acima sobre a importância da
higienização das mãos com água e sabão, também devemos destacar a importância
da fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica, a qual foi regulamentada
no Brasil através da RESOLUÇÃO-RDC N.42, DE 25 DE OUTUBRO DE 2010. A
fricção antisséptica das mãos tem a finalidade de reduzir a carga microbiana das
mãos (não há remoção de sujidades). Desta forma a preparação alcoólica para
higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras (na concentração final mínima
de 70%) ou sob a forma líquida (na concentração final entre 60% a 80%) pode
substituir a higienização simples das mãos quando não estiverem visivelmente
sujas, ou seja, mãos que não estejam visivelmente sujas de sangue, fluidos ou
excreções corporais (BRASIL, 2010).
“Uma higienização das mãos bem sucedida e sustentada é alcançada por
meio da implementação de um conjunto de ações para transpor diferentes
obstáculos e barreiras comportamentais” (BRASIL, 2013, p.07).
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3.2 A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR


As ações de prevenção e controle das infecções hospitalares necessitam
estar presente no cotidiano de todos os trabalhadores da área da saúde, pois não se
faz prevenção sem a participação solidária de todos (AZAMBUJA, PIRES, VAZ,
2004, p. 83).
Havendo participação coletiva, produção de conhecimentos com sua
aplicação nas ações da prática cotidiana, políticas elaboradas e supervisionadas
quanto ao seu cumprimento, fortalecimento das ações de prevenção, certamente
resultados expressivos no tocante às infecções hospitalares serão alcançados, desta
forma as ações de controle, só vêm para melhorar as ações desenvolvidas pelos
profissionais, para que haja melhora na qualidade vida dos usuários dos serviços de
saúde (TIPPLE et al., 2003).
A problemática de infecção hospitalar ocupa posição de
destaque na medicina atual, exigindo avaliação epidemiológica
atualizada e o desenvolvimento de filosofia e prática de atuação que
possa, senão resolver, minorar os resultados adversos da
disseminação de doença infecciosa adquirida nos hospitais (SILVA,
2003, p.110).

Afim de diminuir/eliminar as infecções hospitalares surge a Comissão de


Controle de Infecção Hospitalar - CCIH a qual compete “elaborar um Programa de
Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) contendo ações sistematizadas que
visem a máxima redução da incidência e da gravidade das Infecções Hospitalares,
implementado pelo Serviços de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH)” (TURRINI,
2004, p. 50).
Sendo assim, os desafios para a implementação de medidas preventivas e de
controle de IH envolvem desde políticas institucionais e administrativas,
normatização do serviço, relações interpessoais e intersetoriais, ate o envolvimento
e a capacitação dos profissionais (TURRINI, 2004).

3.3 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA UTI NEONATAL


Conforme Mendonça et al. (2003, p. 147) “ lavar as mãos. Nesse prosaico ato,
reside a mais importante profilaxia contra as infecções hospitalares, que, conjugada
a outras estratégias, representa medidas imprescindíveis para o controle de infecção
no ambiente hospitalar”.
De acordo com Brasil (2007, p. 11):
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Higienização das mãos é a medida individual mais simples e


menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções
relacionadas à assistência à saúde, a qual essa deve ser realizada
sempre antes e após cada procedimentos. Recentemente, o termo
“lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos”
devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a
higienização simples, a higienização antisséptica, a fricção
antisséptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos.

Segundo estudos realizados “cerca de 30% dos casos de infecções


relacionadas à assistência à saúde são considerados preveníveis por medidas
simples, sendo a lavagem correta das mãos pelos profissionais de saúde a mais
efetiva delas” (MARTINEZ et al., 2008, p. 180).
De acordo com Brasil (2007, p. 12):
As taxas de infecções e resistência microbiana aos
antimicrobianos são maiores em Unidades de Terapia Intensiva
(UTI), devido a vários fatores: maior volume de trabalho, presença de
pacientes graves, tempo de internação prolongado, maior quantidade
de procedimentos invasivos e maior uso de antimicrobianos.

A UTIN destina-se a receber recém-nascidos (RN) graves ou instáveis que


necessitam de monitorização contínua, procedimentos invasivos e cuidados
intensivos médicos e de enfermagem, muitas vezes imediatamente após o
nascimento. Com isso a lavagem das mãos é a maneira mais eficiente e econômica
de se prevenir infecções neonatais, afinal as mãos são os principais meios de
transmissão de infecções hospitalares (FELIX & MIYADAHIRA, 2009).
A tecnologia aplicada à assistência hospitalar em Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) viabiliza o prolongamento da sobrevida do
paciente em situações muito adversas. Este fenômeno altamente
positivo por um lado, por outro, é um dos fatores determinantes do
aumento do risco de Infecção Hospitalar (IH) em pacientes críticos
(PEREIRA et al., 2000, p. 127).

De acordo com o Centers for Disease Control (CDC), podemos considerar


como infecções hospitalares neonatais aquelas que são adquiridas no período
intraparto, durante a hospitalização ou até 48 horas após a alta, ou seja, todas as
infecções no período neonatal são consideradas hospitalares, com exceção às
infecções transplacentárias. Este critério também foi adotado pelo Ministério da
Saúde do Brasil, estando expresso na Portaria 2.616/982 (BRASIL, 2007).
Algumas Infecções Hospitalares são evitáveis e outras não.
Infecções preveníveis são aquelas em que se pode interferir na
cadeia de transmissão dos microrganismos. A interrupção dessa
9

cadeia pode ser realizada por meio de medidas reconhecidamente


eficazes como a lavagem das mãos, o processamento dos artigos e
superfícies, a utilização dos equipamentos de proteção individual, no
caso do risco laboral e a observação das medidas de assepsia
(PEREIRA, 2005).

Dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva o cuidado deve ser constante,


pois as mãos ou luvas dos profissionais de saúde também podem ser contaminadas
após tocar a pele, mucosas e itens inanimados durante o contato com os pacientes,
sendo importante que após a realização de qualquer procedimento, por mínimo que
ele seja, haja sempre a necessidade da lavagem das mãos ou o uso da fricção com
preparação alcoólica , tendo em vista que embora as luvas possam proteger as
mãos da aquisição de bactérias durante o trabalho, a sua superfície contaminada
representa risco para transmissão cruzada, e somente com o uso dessas técnicas
essa contaminação pode ser evitada (ROCHA, 2007).
“Apesar dos avanços científicos e tecnológicos alcançados no século XX, isso
não nos coloca em situação muito diferente da época de Semmelweis, no que se
refere à adesão a medidas simples de controle de infecção, como a lavagem das
mãos por ele proposta” (TIPPLE et al., 2003, p.70).
Assim, para uma redução dos casos de infecções relacionadas à assistência
a saúde, a lavagem das mãos é indicada antes de ministrar medicamentos por via
oral e preparar a nebulização, antes e após a realização de trabalhos hospitalares,
atos e funções fisiológicas ou pessoais, antes e depois do manuseio de cada
paciente, do preparo de materiais ou equipamentos, da coleta de espécimes, da
aplicação de medicamentos injetáveis e da higienização e troca de roupa dos
pacientes (MARTINEZ et al., 2009, p.180).
Apesar de a importância da transmissão de infecções relacionadas à
assistência à saúde pelo contato das mãos serem aceitas mundialmente, o
cumprimento das normas técnicas para a sua prevenção é limitado, principalmente
entre os profissionais da categoria médica, tanto em países desenvolvidos quanto
em países em desenvolvimento, sendo inferior a 50% (MARTINEZ et al., 2009, p.
180).
A lavagem das mãos é necessária antes da entrada na UTI neonatal, antes
de tocar e após manusear o bebê. Atualmente, o álcool-gel e outros produtos
alcoólicos contendo protetores de pele tornaram-se importantes armas para o
manuseio e a prevenção de infecções na UTI neonatal. Seu uso tem sido
10

recomendado principalmente por ter maior aderência, uma vez que o protetor da
pele evita os ressecamentos presentes nas lavagens contínuas e repetidas
(MOREIRA et al. apud CDC, 2002a).
Para seguir essas orientações é necessário que haja um trabalho maciço de
conscientização nos locais de atendimento à saúde e, principalmente, nas Unidades
de Terapia Intensiva Neonatal no sentido de que os profissionais da saúde tenham
em mente que as medidas de prevenção de infecções hospitalares são muito
importantes, como a higienização corretas das mãos antes e após o contato com o
RN, uso de álcool gel quando as mãos não apresentarem sujidade, desinfecção de
materiais de uso individual ou coletivo a cada utilização com os RNs (termômetro,
esfigmomanômetro, sensores de oximetria), desinfecção adequada da incubadora
antes e durante seu uso e descalonamento de antibióticos. Assim como depende
dos profissionais de saúde, a UTIN necessita de toda uma infraestrutura de
qualidade para que esses profissionais possam estar realizando o trabalho de forma
adequada, quando todos estes requisitos (profissionais e instituição) estão em
perfeita harmonização e as técnicas são executadas corretamente, não ocorre
colonização de microrganismos resistentes, dessa forma, não surgindo assim às
infecções hospitalares (CAMPOS et al., 2012).
Cabe ressaltar que os controladores de infecção têm a responsabilidade de
instituir a política institucional para prevenir e controlar a infecção, porém, o sucesso
do programa dependerá do envolvimento de todos os profissionais que atuam na
prestação da assistência hospitalar. Desta forma o conhecimento é uma das
medidas preventivas, pois quem presta a assistência precisa as adotar no seu fazer
profissional. A enfermagem, através do cuidado prestado, integra uma das
responsabilidades durante o trabalho dos demais profissionais, possibilitando
incrementar esta política institucional de Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH) (PEREIRA, 2005).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O controle de infecção hospitalar foi, ao longo dos anos, evoluindo e se
evidenciando como um fenômeno que não se restringe apenas ao meio hospitalar,
mas, também, a todos os estabelecimentos da área de saúde, nos quais se
desenvolvem ações consideradas de risco para o aparecimento das infecções. E
11

com isso a prevenção das infecções hospitalares deve constituir o objetivo de todos
os profissionais de saúde.
No Brasil, os dados sobre infecção hospitalar são pouco divulgados. Além
disso, esses dados não são consolidados por muitos hospitais, o que dificulta o
conhecimento da dimensão do problema no país. Sendo assim está pesquisa vem
para contribuir com novos estudos a respeito do tema proposto.
Espera-se que este estudo tenha o objetivo de oferecer subsídios para outros
autores sobre a higienização das mãos, e destacar a sua importância dentro das
UTIN, pois a infecção hospitalar nesse ambiente é mais propício e trata pacientes
com uma imunidade imatura e requer um cuidado ainda maior.
A importância da higienização das mãos nas UTIN, é uma técnica que requer
uma maior abordagem e compromisso da equipe de saúde dentro dessas unidades.
Desta forma devemos repensar a prática profissional visando o controle da infecção
hospitalar.

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