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NEONATAL
VANCINI, Andriele1
LUZ, Isabel Pereira da2
FONSECA, Ivana Annely Cortez da 3
BARROS, Marcela Milrea Araújo4
1 Graduada em Enfermagem pela Faculdade Interamericana de Porto Velho – UNIRON, RO. Ano
2013. e-mail: andrielevancini@hotmail.com
2 Graduada em Enfermagem pela Faculdade Interamericana de Porto Velho – UNIRON, RO. Ano
RESUMO
O cuidado com a higienização das mãos na área da saúde é uma das principais
preocupações no combate a infecção hospitalar. Neste sentido este artigo tem por
objetivo discutir sobre a higienização das mãos realizada pelos profissionais de
Saúde nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTIN). Trata-se de estudo de
revisão literária com enfoque descritivo e caráter exploratório. Para a identificação
da bibliografia pertinente à temática, consultou-se as bases de dados: Scientific
Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), , Google
acadêmico, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, Ministério da Saúde,
entre os anos de 2000 a 2013. Apesar do tema ainda ser muito debatido no meio
hospitalar, devido ao grande índice de infecções, a prática de higienização das mãos
pelos profissionais de Saúde, ainda é motivo de preocupação no controle de
infecção hospitalar aos neonatos. Neste contexto, para reduzir ou manter o controle
de infecção, a medida mais simples, porém eficaz é a adesão à lavagem das mãos
antes e após cada procedimento na assistência aos neonatos na Unidade de
Terapia Intensiva. A importância da higienização das mãos nas UTIN, é uma técnica
que requer uma maior abordagem e compromisso da equipe de saúde dentro
dessas unidades. Desta forma devemos repensar a prática profissional visando o
controle da infecção hospitalar.
ABSTRACT
Careful hand hygiene in health care is one of the main concerns in combating
hospital infections. In this sense this article aims to discuss hand hygiene performed
by health professionals in the Neonatal Intensive Care Units (NICU). It is the study of
a literature review with a descriptive and exploratory focus. To identify the relevant
literature to the topic, I have consulted the following databases: Scientific Electronic
Library Online (SciELO) Virtual Health Library (VHL), Google Scholar, Digital Library
Theses and Dissertations USP, Ministry of Health, between the years 2000 to 2013.
Although the issue is still hotly debated in the hospital due the high rate of infections,
the practice of hand hygiene by Health professionals is still cause for concern in
infection control hospital to newborns. In this context, to reduce or maintain control of
infection, the most simple but effective procedure is for the care team to wash their
hands together before and after each procedure in caring for newborns in
the Intensive Care Unit. The importance of hand hygiene in NICU is a technique that
requires a greater commitment and approach from health staff within these units.
Thus, we must rethink the practice for the control of hospital infection.
1 INTRODUÇAO
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) constitui-se em um ambiente
terapêutico apropriado para o tratamento de neonatos em estado grave, sendo
considerada uma unidade de alta complexidade. Além da tecnologia de ponta e
equipamentos diversificados, esta unidade conta com profissionais altamente
capacitados e protocolos específicos para a assistência aos Recém-Nascidos (RN).
As UTIN, constituem-se em importante campo de trabalho para os profissionais da
saúde, exigindo conhecimento técnico e cientifico avançado (KAMADA et al., 2003).
A incidência de infecções hospitalares (IH) varia de acordo com as
características de cada unidade de tratamento (infra-estrutura e recursos humanos),
do próprio recém-nascido (idade gestacional e peso de nascimento) e dos métodos
de prevenção e diagnósticos disponíveis (PINHEIRO et al., 2009, p. 07). Desta
forma o cuidado com a higienização das mãos na área da saúde é uma das
principais preocupações. “O método mais simples, porém eficaz na prevenção das
infecções hospitalares” (BRASIL, 2007).
A legislação brasileira, por meio da Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998,
e da RDC nº 50, de 21 de fevereiro 2002, estabelece, respectivamente, as ações
mínimas a serem desenvolvidas com vistas à redução da incidência das infecções
relacionadas à assistência à saúde e as normas e projetos físicos de
estabelecimentos assistenciais de saúde (BRASIL, 2007, p. 10).
As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) representam
atualmente uma preocupação não somente dos órgãos de saúde competentes, mas
um problema de ordem social, ética e jurídica em face às implicações na vida dos
usuários e o risco a que estes estão submetidos (BARRETO et al., 2009).
Embora a técnica de higienização das mãos seja universal, é sem dúvida, a
rotina mais simples, eficaz e de maior importância na prevenção e controle da
disseminação de infecções, devendo ser praticada por toda equipe, sempre ao inicio
e término de uma tarefa. Porém, a falta de adesão dos profissionais de saúde tem se
constituído em um dos maiores desafios para as Comissões de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH), assim como o uso incorreto das técnicas de higienização das
mãos.
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2 MATERIAIS E METODOS
Este estudo trata de uma revisão de Literatura com enfoque descritivo e
caráter exploratório que busca avaliar o conhecimento produzido em pesquisas
prévias destacando conceitos, procedimentos, resultados e conclusões.
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neonatais.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: PRECONIZADAS PELA ANVISA
A higienização das mãos é reconhecida mundialmente como uma medida
primária e simples, mas que requer conhecimento, e de extrema importância, no
controle das infecções relacionadas à assistência à saúde. Por esse motivo, tem
sido considerada como um dos pilares da prevenção e do controle de infecções nos
serviços de saúde, incluindo aquelas decorrentes da transmissão cruzada de
microrganismos multirresistentes (BRASIL, 2009).
De acordo com a Anvisa (BRASIL, 2007; BRASIL, 2009), o termo
higienização das mãos engloba desde a higiene simples (água e sabão comum
liquido), a higiene antisséptica (água, sabão comum e agente antisséptico), a fricção
antisséptica (álcool gel) e a antissepsia cirúrgica das mãos.
A higienização das mãos sempre foi considerada uma medida básica para o
cuidado ao paciente. Desde o estudo de Semmelweis, no século XIX, as mãos dos
profissionais de saúde vêm sendo implicadas como fontes de transmissão de
microrganismos no ambiente hospitalar (BRASIL, 2009, p.25 apud CDC, 2002).
Assim como descrito nos parágrafos acima sobre a importância da
higienização das mãos com água e sabão, também devemos destacar a importância
da fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica, a qual foi regulamentada
no Brasil através da RESOLUÇÃO-RDC N.42, DE 25 DE OUTUBRO DE 2010. A
fricção antisséptica das mãos tem a finalidade de reduzir a carga microbiana das
mãos (não há remoção de sujidades). Desta forma a preparação alcoólica para
higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras (na concentração final mínima
de 70%) ou sob a forma líquida (na concentração final entre 60% a 80%) pode
substituir a higienização simples das mãos quando não estiverem visivelmente
sujas, ou seja, mãos que não estejam visivelmente sujas de sangue, fluidos ou
excreções corporais (BRASIL, 2010).
“Uma higienização das mãos bem sucedida e sustentada é alcançada por
meio da implementação de um conjunto de ações para transpor diferentes
obstáculos e barreiras comportamentais” (BRASIL, 2013, p.07).
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recomendado principalmente por ter maior aderência, uma vez que o protetor da
pele evita os ressecamentos presentes nas lavagens contínuas e repetidas
(MOREIRA et al. apud CDC, 2002a).
Para seguir essas orientações é necessário que haja um trabalho maciço de
conscientização nos locais de atendimento à saúde e, principalmente, nas Unidades
de Terapia Intensiva Neonatal no sentido de que os profissionais da saúde tenham
em mente que as medidas de prevenção de infecções hospitalares são muito
importantes, como a higienização corretas das mãos antes e após o contato com o
RN, uso de álcool gel quando as mãos não apresentarem sujidade, desinfecção de
materiais de uso individual ou coletivo a cada utilização com os RNs (termômetro,
esfigmomanômetro, sensores de oximetria), desinfecção adequada da incubadora
antes e durante seu uso e descalonamento de antibióticos. Assim como depende
dos profissionais de saúde, a UTIN necessita de toda uma infraestrutura de
qualidade para que esses profissionais possam estar realizando o trabalho de forma
adequada, quando todos estes requisitos (profissionais e instituição) estão em
perfeita harmonização e as técnicas são executadas corretamente, não ocorre
colonização de microrganismos resistentes, dessa forma, não surgindo assim às
infecções hospitalares (CAMPOS et al., 2012).
Cabe ressaltar que os controladores de infecção têm a responsabilidade de
instituir a política institucional para prevenir e controlar a infecção, porém, o sucesso
do programa dependerá do envolvimento de todos os profissionais que atuam na
prestação da assistência hospitalar. Desta forma o conhecimento é uma das
medidas preventivas, pois quem presta a assistência precisa as adotar no seu fazer
profissional. A enfermagem, através do cuidado prestado, integra uma das
responsabilidades durante o trabalho dos demais profissionais, possibilitando
incrementar esta política institucional de Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH) (PEREIRA, 2005).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O controle de infecção hospitalar foi, ao longo dos anos, evoluindo e se
evidenciando como um fenômeno que não se restringe apenas ao meio hospitalar,
mas, também, a todos os estabelecimentos da área de saúde, nos quais se
desenvolvem ações consideradas de risco para o aparecimento das infecções. E
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com isso a prevenção das infecções hospitalares deve constituir o objetivo de todos
os profissionais de saúde.
No Brasil, os dados sobre infecção hospitalar são pouco divulgados. Além
disso, esses dados não são consolidados por muitos hospitais, o que dificulta o
conhecimento da dimensão do problema no país. Sendo assim está pesquisa vem
para contribuir com novos estudos a respeito do tema proposto.
Espera-se que este estudo tenha o objetivo de oferecer subsídios para outros
autores sobre a higienização das mãos, e destacar a sua importância dentro das
UTIN, pois a infecção hospitalar nesse ambiente é mais propício e trata pacientes
com uma imunidade imatura e requer um cuidado ainda maior.
A importância da higienização das mãos nas UTIN, é uma técnica que requer
uma maior abordagem e compromisso da equipe de saúde dentro dessas unidades.
Desta forma devemos repensar a prática profissional visando o controle da infecção
hospitalar.
REFERÊNCIAS