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Capa
Robson Xavier

Diagramação
Claudio Braghini Jr.

Coordenação de Produção
Lina Fernandes

Produção e Revisão
Profº Herbert Santos

Pesquisa e digitação
Cristiane Cruz

Locução
Lina Fernandes

Operação de Áudio
Admilson Rufino da Silva e Vitor Borba

ISBN 978-85-99303-72-6
Sumário

Apresentação........................................................5
Capítulo 1 / Acentuação gráfica e ortografia.........7
Capítulo 2 / Estrutura, formação e significado das
palavras..............................................................15
Capítulo 3 / Substantivo e adjetivo.....................25
Capítulo 4 / Verbo.............................................38
Capítulo 5 / Advérbio, pronome e colocação .
pronominal........................................................46
Capítulo 6 / Preposição e conjunção........................... 57
Capítulo 7 / Análise sintática..............................62
Capítulo 8 / Oração principal, coordenada e .
subordinada........................................................77
Capítulo 9 / Concordância verbal e nominal......85
Capítulo 10 / Regência nominal e verbal............96
Capítulo 11 / Crase e sinais de pontuação........104
Capítulo 12 / Uso do por que, emprego do .
“há” (do verbo haver) e do “a” (preposição).......112
Encerramento...................................................117
Bibliografia.......................................................118
Capítulo 1 / Acentuação gráfica
e ortografia

ACENTUAÇÃO GRÁFICA: Para dominar este


assunto você precisa, primeiro, partir da divisão silábi-
ca. Através dela, você terá acesso à sílaba pronunciada
mais fortemente, ou seja,à sílaba tônica.É ela que
irá determinar se a palavra é oxítona, paroxítona ou
proparoxítona.
Uma palavra é considerada oxítona quando a última
sílaba é a tônica, ou seja, quando a última sílaba é pronun-
ciada mais fortemente. Preste atenção aos exemplos: café,
sofá, Itamaracá, parabéns.
Se você pronunciar uma outra palavra e sentir que a
penúltima sílaba tem um som mais forte, esta palavra é
classificada como paroxítona. Ouça alguns exemplos: júri,
caráter, possível, lápis,ciência.
Mas, se ao pronunciar uma palavra, você perceber que
a antepenúltima sílaba é a mais forte, esta palavra é pro-
paroxítona.
Parágrafo, telégrafo, pássaro, lâmpada e aeródromo são
exemplos deste caso.

Acentuação gráfica e ortografia / 


Regras gerais de acentuação ( conforme
novo acordo ortográfico)
-Oxítonas: São acentuadas as oxítonas terminadas em A,
E, O, EM e ENS,ou seja, separe as sílabas e busque o ponto
de tonicidade. Se ele estiver na última sílaba e a palavra
terminar em A, E e O (seguidos ou não de “S”), e também
em EM e em ENS utilize a acentuação. Por exemplo: Você,
cajá, café, armazém e armazéns.

ATENÇÃO! OXÍTONAS SEM ACENTO


Oxítonas terminadas em “u” – A seguir, vocá-
bulos em que o acento gráfico é proibido: Igua-
çu, Aracaju, pitu, babaçu, Itaipu, jaburu, tutu,
nu,  xampu e zebu.

-Paroxítonas: Acentuamos as paroxítonas terminadas


em: L, N, R, X, I, U, UM, UNS, PS, Ã, OM e ONS e
também todos os ditongos crescentes. Então, são acentuadas
as paroxítonas terminadas em:
N= hífen
I= táxi
R= revólver
PS= fórceps
IS= lápis
L= fácil

 / Gramática
UM = álbum
X= ônix
US= vírus

Os ditongos abertos tônicos ei e oi não são acentuados


quando caem na penúltima sílaba, portanto, de palavras
paroxítonas:
Exemplo:
ideia
joia
geleia
assembleia
europeia
alcateia
epopeia
tramoia
apoia
heroico

ATENÇÃO !
O acento incide nesses ditongos em sílabas tô-
nicas de palavras oxítonas (com acento tônico na
última sílaba) terminadas em éi, éu e ói:
Exemplo:
anéis
herói

Acentuação gráfica e ortografia / 


fiéis
anzóis
chapéu
céu
véu
lençóis
papéis

Não são acentuadas com circunflexo as palavras paroxí-


tonas terminadas em oo e em eem:
Exemplo:
voo
deem
enjoo
veem
creem
abençoo
leem

Cuidado: As flexões dos verbos ter e vir na 3ª pessoa


do plural do presente do indicativo mantêm o acento: têm,
vêm, diferenciando-se das flexões de 3ª pessoa do singular
tem, vem, bem como nos derivados desses verbos, como
mantém e mantêm, provém e provêm, retém e retêm,
convém e convêm entre outros.

10 / Gramática
Acento diferencial
Não se usa acento gráfico (agudo ou circunflexo) em
palavras paroxítonas para diferençá-las de outras palavras
delas homógrafas (com a mesma grafia). São estas as pala-
vras afetadas:
pára (verbo) e para (preposição) passam a ser para
pélo (flexão de pelar), pêlo (substantivo masculino) e
pelo (preposição) passam a ser pelo
pêra (substantivo feminino) e pera (preposição = para)
passam a ser pera
pólo (substantivo masculino) e polo (combinação de
por + lo) passam a ser polo

Lembre-se: pôde (verbo poder no passado) conserva


o acento para de distinguir de pode (verbo poder no pre-
sente). Pôr (verbo) conserva o acento para se distinguir
de por (preposição).

U tônico
A letra u não será mais acentuada nas sílabas que, qui,
gue, gui dos verbos como arguir, apaziguar, enxaguar,
obliquar, delinquir etc.
As flexões podem ser pronunciadas com acento na sílaba
do u ou, na sílaba anterior. No primeiro caso cai o acento

Acentuação gráfica e ortografia / 11


agudo do u, no segundo, a vogal tônica da sílaba anterior
recebe acento agudo:
Exemplo:
agúo passa a ser aguo ou águo
averiguo passa a ser averiguo ou averíguo

-Proparoxítonas: Todas as proparoxítonas são acentuadas.


Por exemplo,as palavras Ângela, lâmpada e pêndulo.

Trema
Com o Novo Acordo Ortográfico, o trema deixa de
ser usado para assinalar a pronúncia do u em sílabas
como gue, gui, que e qui. Passam a ser escritas sem trema
palavras como:

aguentar
sagui
frequência
tranquilo
consequência
sequência
cinquenta
linguiça
pinguim

12 / Gramática
O trema permanece em palavras estrangeiras e suas
derivadas
Exemplo:

müller
Bündchen

ORTOGRAFIA: É a parte da Língua Portuguesa que


estuda a forma correta de escrita das palavras. Ouça agora
como empregar corretamente as letras:

-As terminações EZA e EZ escritas com Z ocorrem


quando a palavra é um substantivo abstrato derivado de
adjetivo.
Por Exemplo: Magro/ Magreza
Insensato/ Insensatez
Belo/ Beleza

-Já as terminações ESA e ISA, escritas com a letra S são


sempre usadas na formação de palavras femininas.
Por Exemplo: Francês/ Francesa
Sacerdote/ Sacerdotisa
Poeta/ Poetisa

-Agora vamos aprender a usar as terminações ISAR com


S e IZAR com Z :
a) IZAR com Z é utilizado com verbos formados de

Acentuação gráfica e ortografia / 13


palavras que não têm S na última sílaba.
Por Exemplo: Hospital/ Hospitalizar (com Z)
Real/ Realizar (também com Z)
Economia/ Economizar (com Z )
b) ISAR é escrito com S quando o verbo formado for
derivado de palavras que têm S na última sílaba.
Exemplos: Aviso/ Avisar (com S)
Análise/Analisar (também com S)
Paralisia/Paralisar (com S)

-As palavras escritas com S, J e Z têm essas letras man-


tidas nos vocábulos derivados.
Exemplos: Pesquisa/ Pesquisar (com S)
Cruz/ Cruzeiro (escrita com Z)
Loja/ Lojista (com J)

-As letras CH, Z e SS não são usadas após ditongo.


São exemplos com ditongos: Faixa,eleição e lousa.A
única exceção é a palavra recauchutar ou recauchutagem.
Ela é escrita com CH porque é derivada de “caucho” que
significa a espécie de uma árvore e seu fruto.

-A letra X é usada depois das terminações EN e ME


Por exemplo: Após EN: Enxaqueca, enxame. Depois de
ME. Por exemplo a palavra México. Mas há exceções: as
palavras mecha e mechar, se escrevem com CH.

14 / Gramática
-As terminações OSO e OSE são escritas com S.
Por exemplo: Neurose e cheiroso.

-Já o Ç ocorre nos seguintes casos:


a) Nas derivadas que apresentam a letra T no radical.
Por exemplo: Optar/ Opção.
b) Em derivadas do verbo TER.
São exemplos: Obter/ Obtenção.
Conter/ Contenção
c) Nos verbos terminados em GIR.
Por exemplo: Agir/ Ação
Afligir/ Aflição
d) Sempre depois dos ditongos. São exemplos: Caução
e louça.
e) O Ç também ocorre no caso dos sufixos. Você
lembra o que é sufixo? É a terminação que complementa
um radical.
São exemplos: Justo/ Justiça.
Orar/ Oração
f ) Nas palavras de origem africana. Como por exemplo:
Paçoca, açude e açúcar, todas com “Ç”.

-Ainda tratando-se do emprego correto das letras, em


terminações em que ocorrem os encontros consonantais
ND, RT e RG são escritas com S.
São exemplos: Suspender / Suspensão.

Estrutura, formação e significado das palavras / 15


Divertir/ Diversão.
Aspergir/ Aspersão.

-Nas terminações CED, MET, GRED ou PRIM escre-


vemos SS.
São exemplos: Retroceder/ Retrocesso
Remeter/ Remessa
Progredir/ Progresso
Reprimir/ Repressão

-A terminação TIR também é grafada com SS se essa


terminação desaparecer.
São exemplos: Permitir/ Permissão
Omitir/ Omissão

-Usamos a letra G em dois casos:


a) Em palavras iniciadas pela letra A. Por exemplo: Agir
e Ágil.
b) Em palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio e
úgio. São exemplos:Colégio, estágio,relógio.

-Usamos o J em palavras de origem africana ou indígena:


Por exemplos: Jerimum,canjica,jiboia e jirau.
Agora que você já aprendeu acentuação gráfica e orto-
grafia, vamos estudar os assuntos relacionados à palavra.
Não se esqueça de revisar os conteúdos anteriores!

16 / Gramática
Capítulo 2 / Estrutura, formação
e significado das palavras

ESTRUTURA: Uma palavra pode apresentar vários


elementos na sua estrutura. Os elementos que formam as
palavras recebem o nome de morfemas que se dividem em
radical, afixos, vogal temática e desinências.

MORFEMAS: Os morfemas são, portanto, os elementos


que constituem o significado das palavras.
Por exemplo: A palavra cachorro pode ser dividida em
vários segmentos:
Cachorro é um animal macho
Cadela é fêmea
Cachorrinho é animal pequeno
E cachorrinhos vários animais

-Radical: O radical é o elemento que contém o


significado principal das palavras. O radical pedr pode
dar origem a outras palavras, como por exemplo pe-
dra, empedrar e apedrejar. O radical é o mesmo mas
novas palavras são formadas através de afixos.Vamos
conhecê–los?

Estrutura, formação e significado das palavras / 17


-Afixos: Eles se unem ao radical para formar palavras
diferentes. São divididos em prefixo e sufixo.

O prefixo vem antes do radical. Por exemplo: Na


palavra desgraça o prefixo é “des”. Nas palavras infeliz e
incompetente,o prefixo é o “in”.

Já o sufixo vem depois do radical. Por exemplo: acres-


centando o sufixo –aria à palavra livro, temos uma nova
palavra,que é livraria.

-Vogal temática: É a vogal que se une ao radical,


formando o significado da palavra. Por exemplo: no
verbo CANTAR,nós temos CANT– que é o radical e A
– que é a vogal temática, além do R – que é a desinência
do infinitivo.

A vogal temática pode ser verbal ou nominal :

No caso dos verbos, ela poderá ser de 1ª conjugação


representado pela vogal temática A em verbos terminados
em – AR. Pode ser também de 2ª conjugação indicado
pela vogal E em verbos com terminação –ER e ainda de 3ª
conjugação apresentados pela vogal I em verbos terminados
por –IR.

18 / Gramática
Com relação aos nomes, a vogal temática não existirá
nos seguintes casos:

a) Quando a palavra fizer flexão de gênero.


Por exemplo: meninA . O A é a desinência de gênero.

b) Quando terminar em sílaba tônica.


São exemplos: sofá e urubu.

c) Quando terminar em consoante.


Por exemplo: feliz e revólver

ATENÇÃO: É importante lembrar que a junção


do radical à vogal temática é chamada de TEMA.

-Desinências: São os elementos acrescentados ao ra-


dical para indicar a flexão das palavras. São divididas em
nominais e verbais. Agora vamos entender como se aplica
cada uma delas:

As nominais indicam o gênero e o número dos nomes.


Por exemplo: Em meninA, há uma desinência de gê-
nero feminino representada pela vogal A. Já em livroS,
há uma desinência nominal de número representada
pela letra S.

Estrutura, formação e significado das palavras / 19


As desinências verbais indicam o tempo, o modo,a
pessoa e o número dos verbos.Na palavra “cantássemos”,
temos CANT– como radical, A que é a vogal temática; –SSE
que é a desinência que caracteriza o pretérito imperfeito do
modo subjuntivo e MOS que é a desinência de número
e pessoa.

FORMAÇÃO DAS PALAVRAS: As palavras podem ser


classificadas em simples, compostas, primitivas e derivadas.

- As simples possuem apenas um radical. São exemplos:


mar e beleza.
-As compostas possuem mais de um radical. São exem-
plos: couve–flor e passatempo.
-A primitiva é a que não deriva de nenhuma outra
palavra. São exemplos: flor e pedra.
-A palavra derivada é a que se formou de uma outra
palavra. Exemplo: pedreiro, docinho.

DERIVAÇÃO : É o processo de formação que ocorre


em palavras que possuem apenas um radical.É feita pelo
acréscimo de prefixos e sufixos. As derivações podem ser:
prefixal, sufixal, prefixal e sufixal, parassintética, regres-
siva e imprópria.

20 / Gramática
a) A prefixal é formada pelo acréscimo de um prefixo
ao radical. São exemplos: infeliz e desleal.

b) A sufixal é formada pelo acréscimo de um sufixo. São


exemplos: lealdade e felizmente.

c) A prefixal e sufixal é formada pelo acréscimo de um


prefixo e de um sufixo. Exemplo: infelizmente. Temos aí o
prefixo “in” e o sufixo “mente”.

d) A parassintética é formada pelo acréscimo de prefixo


e sufixo ao mesmo tempo, não podendo ser retirado nem um
nem outro.Por exemplo: entristecer. Nesta palavra temos
então o prefixo “en” e o sufixo “cer”.

e) A regressiva é obtida pela formação de substantivos


derivados dos verbos pelo acréscimo das vogais A, E e O ao
radical. Exemplos: debate, palavra derivada do verbo debater
e combate ,que vem do verbo combater.

f ) A imprópria consiste em mudar a classe gramatical


de uma palavra, no entanto sem modificar sua estrutura.
Exemplo: Eu vou cantar a música. Nesta oração, cantar
indica uma ação, logo, é um verbo. Agora acompanhe a
seguinte frase: O cantar dos pássaros é belo. Perceba, que
cantar assume função de substantivo.

Estrutura, formação e significado das palavras / 21


COMPOSIÇÃO: Ocorre quando dois ou mais radicais
se unem. Há dois tipos de composição: justaposição e
aglutinação.

- A justaposição ocorre quando radicais se juntam sem


que haja alteração, perda ou acréscimo de fonemas. São
exemplos: bem–me–quer e girassol.

-Já a aglutinação é quando se altera a fonética de um


dos elementos. Neste caso nunca haverá hífen. Exemplo: A
palavra: alvinegro é formada pela aglutinação das expressões
alvo + negro. Já aguardente é formada pelas palavras água
+ ardente.

Vamos conhecer outros processos da formação das


palavras?

ABREVIAÇÃO: É a redução da palavra ao ponto de


não prejudicar seu sentido.
São exemplos: Moto, por motocicleta;
Cine, por cinematógrafo;
Foto, por fotografia;
e Metrô, por metropolitano.

HIBRIDISMO: É a união de palavras de línguas dife-


rentes. São exemplos: automóvel. O termo auto vem do

22 / Gramática
grego e móvel do latim. Já em sambódromo, a palavra
samba é de origem africana e dromo vem do grego.

ONOMATOPEIA: Consiste em criar palavras, tentan-


do imitar sons da natureza. São exemplos: zunzum, cricri,
tique–taque e pingue–pongue.

EMPRÉSTIMO LINGUÍSTICO: É uma forma ou


condição de aportuguesamento de palavras estrangeiras.Se
a grafia da palavra não se alterar, ela deverá ser escrita entre
aspas. Por exemplo: estresse, estande, futebol, bife, xampu
e “show”. No caso da palavra “show”, ela vem escrita entre
aspas porque tanto na Língua Inglesa quanto na Portuguesa,
ela não se modifica e vem escrita desta forma: s-h-o-w.

SIGLAS: As siglas são formadas pelas letras iniciais das


palavras que formam um nome. Acompanhe os exemplos
de siglas bem conhecidas: I–B–G–E, Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística e I–P–T–U, Imposto Predial,
Territorial e Urbano.

Significado das palavras


SEMÂNTICA: Trata da significação das palavras.
Quanto ao seu significado, as palavras podem apresentar
as seguintes características:

Estrutura, formação e significado das palavras / 23


-Polissemia: É a capacidade que as palavras têm de
assumir significados diferentes de acordo com o contexto.
Vamos aos exemplos de polissemia:
A manga da camisa. Neste caso, manga é roupa.
Quero suco de manga. Agora, neste caso, manga é fruta.

-Sinonímia: É quando duas ou mais palavras têm


o mesmo significado em determinado contexto. São
chamadas de sinônimos. Exemplo: O comprimento da
casa é de vinte metros.,ou seja, a extensão da casa é de
vinte metros

-Antonímia : É o emprego das palavras em sentido


contrário.
Exemplos: Amor e Ódio
Bem e Mal
Cedo e Tarde

Na música “Pra dizer adeus”, do grupo Titãs, há um


exemplo de antonímia.Ouça e tente identificá–lo!
“Não quero ser só mais um amigo.
Você nunca me viu sozinho
E você nunca me ouviu chorar
Não dá pra imaginar quando
É cedo, ou tarde demais,
Pra dizer adeus, pra dizer jamais”.

24 / Gramática
-Palavras parônimas e homônimas: São palavras pare-
cidas na grafia ou na pronúncia ou que possuem a mesma
pronúncia mas com significados diferentes.

Parônimas: São palavras que têm pronúncia e grafia


parecidas mas os significados são diferentes. Aprenda
com os exemplos: Absolver com l significa perdoar,
inocentar.
E absorver com r significa aspirar, sorver.

Acompanhe outros exemplos de palavras parônimas:


Apóstrofe: figura de linguagem / Apóstrofo: sinal gráfico
Arrear(e): pôr arreios /Arriar(i): descer, cair
Emigrar(e): deixar uma região ou país / Imigrar(I):
entrar num país
Eminente(e): elevado /Iminente(i): prestes a ocorrer
Vadear(e): atravessar a vau / Vadiar(i): andar ociosamente
Mandado:ordem judicial / Mandato: procuração
Infligir: aplicar pena / Infringir: violar, desrespeitar
Imergir(i): afundar / Emergir(e): vir à tona

Homônimas: As homônimas possuem a mesma pronún-


cia ou grafia mas significados diferentes. Perceba com os
exemplos a seguir: Acender com c é pôr fogo ou incendiar.
Já ascender escrito com sc significa subir.

Estrutura, formação e significado das palavras / 25


Outros exemplos de palavras homônimas:
Bucho(ch): estômago / Buxo( x): arbusto
Censo( c): recenseamento / Senso(s): entendimento, juízo
Cerrar(c): fechar a porta / Serrar(s): cortar
Cela(c): quarto pequeno /Sela(s): arreio
Coser(s): costurar /Cozer(z): cozinhar
Concerto(c): sessão musical /Conserto(s): reparo
Cito(c): do verbo citar /Sito( s): situado
Laço(ç): nó / Lasso (ss): frouxo

26 / Gramática
Capítulo 3 / Substantivo e adjetivo

Chegamos à classe das palavras, um assunto recorrente


em todos os concursos públicos.

SUBSTANTIVO: É a palavra com que denominamos


os seres. A ação, estado e qualidade de um ser, também
caracterizam um substantivo. Os substantivos podem ser
comuns, próprios, concretos, abstratos e coletivos.

-Substantivo comum: Dá nome a qualquer espécie. São


exemplos: país, mulher, estado.

-Substantivo próprio: Faz referência a um ser em espe-


cial. Sua inicial é escrita com letra maiúscula. Recife, João
e Inglaterra são alguns exemplos.

-Substantivo concreto: É independente de qualquer


outro ser. Pode ser real ou fictício.
Exemplos: pedra, porta, vampiro e fada.

-Substantivo abstrato: É dependente de outros seres.


São as qualidades, características, sentimentos como sau-
dade, amor e humildade.

Substantivo e adjetivo / 27
- Coletivo: Dá nome a um grupo de seres da mesma
espécie. Por exemplo:
Acervo - de obras artísticas;
Alcateia - de lobos;
Armada- de navios de guerra;
Cáfila- de camelos;
Réstia- é o coletivo de cebolas e de alhos;
Plêiade- de pessoas íntimas
E conclave- é o coletivo de cardeais reunidos para eleger
o papa.

FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS: Os substantivos


variam em gênero, número e grau.

-Gênero: O substantivo pode ser do gênero masculino


ou feminino,indicados pelas vogais O e A . São exemplos
de palavras masculinas e femininas: Ancião/ anciã
Cidadão/ cidadã.

O gênero dos substantivos possui quatro classificações: co-


mum de dois gêneros,sobrecomum, epiceno e biforme.

Substantivo comum de dois gêneros: Não há alteração


na estrutura do substantivo, que é comum aos dois gêne-
ros. O que determina a flexão de gênero é o artigo. Preste
atenção nos exemplos: O estudante/ A estudante
O artista/ A artista

28 / Gramática
Sobrecomum: O substantivo se refere à pessoa do sexo
masculino e feminino. O artigo não varia. São exemplos: a
pessoa, a criança, a vítima, o algoz.
Epicenos: São substantivos que designam o mesmo
gênero para animais de sexo diferentes. Para distinguir
o sexo do animal, basta acrescentar as palavras macho e
fêmea. O artigo não varia. Por exemplo: a cobra macho e
a cobra fêmea.

Biformes: São substantivos que possuem uma forma


para o masculino e outra para o feminino. O gênero biforme
pode ocorrer com a alteração da terminação da palavra.
Por Exemplo: Médico / Médica Ou pela alteração do
radical. Por exemplo: Boi e vaca.

-Número: É a forma gramatical que indica quando o ser


é um ou mais de um. O substantivo pode estar no singular
ou no plural. Ouça os casos mais importantes:

a) O S é acrescentado na maioria dos casos.


São exemplos: caderno / cadernos

b) Após Z ou R e S em sílaba tônica, acrescenta–se ES


e não S.
São exemplos: Burguês/ Burgueses
Éter/ Éteres
Cruz/ Cruzes

Substantivo e adjetivo / 29
c) Nas terminações AL, OL e UL, trocamos o L por IS.
São exemplos: Plural/ Plurais
Farol/ Faróis

d) Na terminação IL átono, o plural é com EIS.


São exemplos: Réptil/ Répteis
Fácil/ Fáceis

e) Em IL tônico, trocamos o L por S.


São exemplos: Fuzil/ Fuzis
Barril/ Barris

f ) Na terminação EL átono, troca–se o EL por EIS.


Exemplos: Nível/ Níveis
Possível/ Possíveis

g) Na terminação EL tônico, o plural é com ÉIS.


Por exemplo: Coronel/ Coronéis
Pincel/ Pincéis

h) Palavras terminadas em X e S são invariáveis, com


exceção do S nas paroxítonas e proparoxítonas. Por exemplo:
O ônibus/ Os ônibus.

Casos especiais em que o substantivo


flexiona quanto ao número:
a) Existem palavras em que a sílaba tônica avança. Por
exemplo: Caráter/ Caráteres.

30 / Gramática
b) Há palavras que admitem mais de um plural.
Ouça os exemplos: Gol: goles e gois
Mel: méis e meles
Cal: cales e cais
e Fel: feles e féis

c) Algumas palavras terminadas em ÃO admitem mais


de uma flexão.
São exemplos: Vulcão: vulcões ou vulcãos
Anão: anões ou anãos
e Corrimão: corrimões ou corrimãos

-Grau do substantivo: São classificados em aumenta-


tivo ou diminutivo.Vamos tomar como exemplo a palavra
livro. Livrinho é o diminutivo e livrão é o aumentativo.

Agora vamos estudar o plural dos substantivos compos-


tos. Então, redobre a atenção porque este assunto cai em
questões repletas de armadilhas!

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS:


Ocorrem muitas variações. Por isso é importante saber as
seguintes regras:

Os dois elementos variam quando há o substantivo +


a palavra variável.

Substantivo e adjetivo / 31
São exemplos: Quarta–feira/ Quartas–feiras
Couve–flor/ Couves–flores

Só o primeiro varia nos seguintes casos:

a) Quando os compostos estão ligados por preposição.


Como exemplo: Pé de moleque/ Pés de moleque.

b) Nos compostos formados por dois substantivos,se o


segundo substantivo determina o primeiro indicando tipo
ou finalidade.
São exemplos: Salário–família/ Salários–família
Navio–escola/ Navios–escola

O último substantivo varia nos seguintes casos:

a) Quando os substantivos compostos são formados


pelas formas adjetivas GRÃO, GRÃ e BEL. Exemplo:
Bel–prazer/ Bel–prazeres.

b) Quando os substantivos compostos são formados por


verbo ou elementos invariáveis mais substantivo ou adjetivo.
Por exemplo: Beija–flor/ Beija–flores
Ave–Maria/ Ave–Marias

c) Nas palavras com repetição.


Como : Teco–teco/ Teco–tecos
Pingue–pongue/ Pingue–pongues.

32 / Gramática
ATENÇÃO: Se as palavras repetidas forem ver-
bos, os dois podem ir para o plural. Logo teremos:
Pisca–pisca / Pisca–piscas ou piscas–piscas
Corre–corre / Corre–corres ou corres–corres

Ainda em relação ao plural dos substantivos compostos,


os elementos não variam nos casos em que:

a) O substantivo composto é formado por verbos e


palavra invariável.
Por exemplo: O pisa–mansinho/ Os pisa–mansinho
O cola–tudo/ Os cola–tudo

b) O composto é formado por verbos de sentido oposto.


Por Exemplo: O perde–ganha/ Os perde–ganha

c) Nas frases formadas por substantivos.


Por exemplo: O disse me disse/ Os disse me disse

ATENÇÃO: São invariáveis os seguintes subs-


tantivos compostos:
O louva–a–deus/ Os louva–a–deus
O arco–íris/ Os arco–íris
O sem–vergonha/ Os sem–vergonha
O sem–terra/ Os sem–terra

Substantivo e adjetivo / 33
ADJETIVO: É a palavra que acompanha o subs-
tantivo indicando a ele uma qualidade ou estado. Por
exemplo: Ele fez uma boa prova. Note que na expressão
boa prova, a palavra boa está dando uma qualidade ao
substantivo prova.

A canção “Garota de Ipanema”, de Vinícius de Moraes
e Tom Jobim, traz uma série de adjetivos à musa que os
inspirou. Acompanhe!

“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça


É ela menina que vem e que passa
Num doce balanço a caminho do mar...”

Os adjetivos são classificados em: simples, compostos,


primitivos e derivados.

- O simples é formado por um só elemento. São exem-


plos: branco e bonito.
- O composto é formado por mais de um elemento. Por
exemplo: amarelo–claro.
- O primitivo é aquele que não deriva de outra palavra.
Por exemplo: feio.
-O derivado como o próprio nome diz, provém de
uma outra palavra. Por exemplo: famoso,que vem de fama;
horroroso,que vem de horrível e feioso,que vem de feio.

34 / Gramática
Temos ainda o adjetivo pátrio: É aquele que indica
nacionalidade, lugar de origem.
São exemplos: Alagoas/ alagoano
Europa/ europeu
Recife/ recifense

FLEXÃO DE ADJETIVO: O adjetivo flexiona em


gênero, número e grau.

-Gênero: Acontece no masculino e no feminino.


São exemplos: Honesto/ Honesta
e Feio/ Feia

-Número: Os adjetivos simples seguem as mesmas regras


da flexão numérica dos substantivos, podendo estar no
singular e no plural.

São exemplos de adjetivos simples flexionados


quanto ao número: Cru/ Crus, Feroz/ Ferozes e Amável/
Amáveis

Para a flexão de número dos adjetivos compostos,


seguem–se as seguintes regras:

Nos adjetivos compostos formados por adjetivo + ad-


jetivo, só o último elemento vai a plural:

Substantivo e adjetivo / 35
Singular Plural
Luso–brasileiro Luso–brasileiros
Poético–musical Poético–musicais

No entanto existem duas exceções:

a) O adjetivo surdo–mudo é a exceção que possui a


seguinte forma: surdos–mudos ou surdas–mudas.

b) Os adjetivos azul–marinho e azul–celeste são


invariáveis.

Para os adjetivos compostos designativos de cores exis-


tem duas regras:

Só varia o 2º elemento, quando a palavra é formada


por dois adjetivos.
Por exemplos: Blusa amarelo–clara/ Blusas amarelo–claras
Fita verde–amarela/ Fitas verde–amarelas

Nenhum elemento varia quando um deles for subs-


tantivo.
São exemplos: Fita violeta–escuro/ Fitas violeta–escuro
Tonalidade azul–piscina/ Tonalidades
azul–piscina

36 / Gramática
-Grau de adjetivo: É formado pelos graus comparativo
e superlativo.

Comparativo – Apresenta uma comparação de quali-


dade. Pode ser de: superioridade, de igualdade ou de infe-
rioridade.

a) De superioridade – Usamos as expressões: mais...


que, mais...do que.
Por exemplo: João é mais inteligente que Júnior.

b) De igualdade – Empregamos os termos: tão... como,


tanto...quanto.
Por exemplo: Ana é tão esperta quanto Maria.

c) De inferioridade – Utilizamos as palavras: menos...


que e menos...do que.
Por exemplo:Júnior é menos inteligente que João.

Superlativo – É usado para ressaltar a qualidade para


mais ou para menos. O superlativo é dividido em absoluto
e relativo.

O adjetivo superlativo absoluto não possui relação com


os outros seres. É dividido em analítico e sintético:

Substantivo e adjetivo / 37
a) No analítico usamos as palavras muito, extremamen-
te, imensamente e menos antes dos adjetivos. Por exemplo:
A garota é muito bonita.

b) O sintético recebe as terminações íssimo e érrimo.


Por exemplo: A criança é meiguíssima.

Os adjetivos superlativos absolutos sintéticos são


formados pelo acréscimo de sufixos. São regulares e
irregulares.

a) Nos regulares o sufixo íssimo vem depois do adjetivo.


É um exemplo: sério + íssimo = seríssimo

b) Os irregulares trazem o sufixo “íssimo ou rimo”.


Exemplo: Pobre + rimo = paupérrimo

Já o adjetivo superlativo relativo eleva ao máximo a


qualidade de um ser. Pode ser de superioridade ou de infe-
rioridade .

a)De superioridade. Acompanhe o exemplo: Ela é a


mais inteligente.

b)De inferioridade Ouça o exemplo:Ela é a menos


esforçada.

38 / Gramática
A locução adjetiva é formada por mais de uma palavra,
geralmente preposição + substantivo. São exemplos: Amor
de mãe – amor materno e Paixões sem freio – paixões
desenfreadas

ATENÇÃO:Este assunto está detalhado em


termos acessórios da oração,que veremos adiante.

Substantivo e adjetivo / 39
Capítulo 4 / Verbo

VERBO: É toda a palavra que exprime tempo, ação,


fenômeno e que pode ser conjugada com as suas flexões
ou variações.

As FLEXÕES podem ser de: número, pessoa, modo,


tempo e voz.

- Flexão de número: É flexão de número quando o


verbo está no singular ou plural.
Exemplo no singular: Eu fiz pipoca/ Ele fez pipoca.
Note que a quantidade dos envolvidos nos dois exemplos
é unitária.
Já no plural fica desta forma: Nós fizemos pipoca/ Eles
fizeram pipoca.

-Flexão de pessoa: As pessoas do verbo são 1ª (primeira),


2ª (segunda) e 3ª (terceira).

A 1º pessoa é quem fala e corresponde aos pronomes


pessoais eu e nós.
A 2º pessoa indica com quem se fala. São os pronomes
pessoais tu e vós.

40 / Gramática
A 3º pessoa indica de quem se fala. São os pronomes
pessoais ele, ela, eles e elas.

-Flexão de modo: É a maneira ou modo de como o fato


realiza. São três: indicativo, subjuntivo e imperativo:

a) O indicativo é o fato tomado como certo. Pode ser no


presente, passado ou futuro. Por exemplo: Eduarda pratica
balé. Neste exemplo, o verbo pratica revela uma certeza.

b) O subjuntivo é fato tomado como incerto. Por exem-


plo: Quando eu vender o carro, pagarei as dívidas.

c) O imperativo expressa uma atitude de ordem. Por


exemplo: Faça o exercício agora. Perceba que o verbo faça
representa o imperativo.

A canção “Admirável Chip novo” da baiana Pitty, está


repleta de verbos no imperativo.

“Pense, fale, compre, beba


Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more , gaste e viva...”

-Flexão de tempo: Sugere o momento ou época em que


o fato ocorre. Acontece nos tempos: presente, passado (o
mesmo que pretérito) e futuro.

Verbo / 41
a) No presente: Ocorre no momento em que se fala.
Por exemplo: Neste momento, o ator recebe o prêmio.
O verbo recebe refere–se ao momento em que se fala.

b) No passado ou pretérito: Exprime algo que ocorreu


anteriormente ao momento que se fala. Como exemplo:
Ontem, fomos ao teatro. O verbo fomos indica que o fato
ocorreu no passado.

c) No futuro: Indica algo que irá acontecer. Por exemplo:


Nós iremos à festa. Neste exemplo, o verbo iremos revela
um fato que vai acontecer.

-Flexão de Voz: São as formas assumidas pelos verbos


para indicar a relação de atividade, passividade ou simulta-
neidade. São três: ativa, passiva e reflexiva.

a) Ativa - O sujeito é agente, isto é, exerce a ação ex-


pressa pelo verbo. Por exemplo: O presidente acabou com
aquela nação.

b) Passiva - O sujeito é paciente, ou seja, ele sofre ou


recebe a ação pelo verbo. Como exemplo: Aquela nação foi
destruída pelo mau presidente.

Já a voz passiva pode apresentar–se de duas formas:


analítica e sintética.

42 / Gramática
Analítica: Formada pelo verbo auxiliar SER seguido do
particípio do verbo principal. Vamos dar dois exemplos:
As meninas foram beneficiadas no concurso e Os barcos
serão consertados pelos pescadores.

Sintética: O verbo principal é o verbo transitivo direto


ou transitivo direto e indireto e vem acompanhado do
pronome apassivador SE.
Exemplo: Consertam–se barcos de pescadores.
Ainda não se consertou o carro de corrida.

A forma de flexão de voz pode ser ainda:

c) Reflexiva – É quando o sujeito é, ao mesmo tempo,


agente e paciente. Ele pratica e sofre a ação expressa pelo
verbo.
Vamos também dar dois exemplos: O homem feriu–se
com a faca.
Os amigos cumprimentaram–se na rua.

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS: Os verbos são


classificados em regular, irregular, anômalo, abundante
e defectivo. Vamos às definições:

- O verbo regular apresenta o mesmo modelo, em todas


as formas de conjugação, ou seja, não sofre alteração no

Verbo / 43
radical, nem nas desinências. Por exemplo: amei, amaste,
amou. O radical –AM não se altera.

-O verbo irregular sofre alteração no radical ou na


desinência. Para saber se um verbo é irregular basta conju-
gá–lo no presente e no pretérito perfeito do indicativo. Por
exemplo: peço, pedes. Note a alteração nos radicais PEÇ e
PED que estão conjugados no presente do indicativo.

- O verbo anômalo apresenta radicais diferentes em


sua conjugação. São exemplos os verbos “ser” e “ir”. Por
exemplo: ir, vou, fomos e ia. O radical mudou em todas
as conjugações.

-O verbo abundante é o que apresenta mais de uma


forma de conjugação no particípio com o mesmo valor. O
verbo acender tem dois particípios: aceso e acendido. Já
o verbo: exprimir, no particípio, também pode apresentar
duas formas: exprimido e expresso.

-O verbo defectivo apresenta conjugação incompleta.


Vamos ao exemplo: reaver,reavemos e reaveis. O verbo reaver
apresenta apenas essas duas formas de conjugação se estiver
conjugado no presente do indicativo.

- O verbo auxiliar é aquele que auxilia na conjugação


de outro verbo, o verbo principal. Os mais comuns são:

44 / Gramática
TER, HAVER, SER e ESTAR. Perceba que eles auxiliam
os verbos principais nas frases a seguir:
A casa foi invadida pelos curiosos.
Nós havíamos percorrido três quilômetros.
Luíza estava cantando feliz.

FORMAS NOMINAIS DO VERBO: São elas: infini-


tivo, gerúndio e particípio.

- Infinitivo: O verbo estará no infinitivo quando ex-


pressar a ação propriamente dita. Possui terminação R.
Por exemplo: olhar, amar, viver e sair.

-Gerúndio: No gerúndio o verbo expressa ação em


curso. Possui terminação NDO. Por exemplo: Os rapazes
vêm vindo. A moça estava viajando.

-Particípio: É a ação já acabada. Neste caso, o verbo


tem terminação DO.

A música “Epitáfio”,dos Titãs, traz alguns verbos no


particípio. Acompanhe!
“Devia ter amado mais,
ter chorado mais
Ter visto o sol nascer”

Verbo / 45
CONJUGAÇÃO DOS VERBOS: Conjugar o verbo
significa enunciá–lo em todas as formas que possui, que são:
indicativo, subjuntivo e imperativo.

-Modo indicativo

Presente do Indicativo: Indica fatos corriqueiros. Por


exemplo: Todos os dias, caminho no calçadão.

Pretérito do Indicativo: Indica fatos que já ocorreram


e divide-se em:

a)Pretérito perfeito- Indica fato que ocorreu no passado


em determinado momento,observado depois de concluído.
Por exemplo: Ontem caminhei no calçadão.

b)Pretérito imperfeito- Indica fato que ocorria com fre-


quência no passado ou fato que não havia chegado ao final
no momento em que estava sendo observado.Por exemplo:
Naquela época,todos os dias, eu caminhava no calçadão.

c)Pretérito mais-que- perfeito- Indica fato ocorrido antes


de outro no pretérito perfeito do indicativo.Por exemplo:
Ontem,quando você foi ao calçadão,eu já caminhara 6 km.

Futuro do Indicativo- Indica fato que ocorre depois do


momento da fala.Divide-se em:

46 / Gramática
a) Futuro do presente- Indica fato que com certeza
ocorrerá.Por exemplo: Amanhã, caminharei no calçadão
pela manhã.

b)Futuro do pretérito- Indica fato futuro,dependente


de outro anterior a ele.Por exemplo: Eu caminharia se não
trabalhasse tanto.

-Modo Subjuntivo

Presente : Indica desejo atual.Por exemplo:Espero que


eu caminhe bastante no ano que vem.
Pretérito imperfeito- Indica condição,hipótese. Eu ca-
minharia todos os dias, se não trabalhasse tanto.
Futuro -Indica hipótese futura. Quando eu começar a
caminhar todos os dias,sentir-me-ei melhor.

-Modo Imperativo - Expressa ordem, pedido ou conselho.


Por exemplo: Caminhe todos os dias para a saúde melhorar.

Verbo / 47
Capítulo 5 / Advérbio, pronome
e colocação pronominal

ADVÉRBIO: É uma palavra invariável que modifica o


verbo indicando em qual circunstância a ação se desenvolve.
Os advérbios podem ser de afirmação, dúvida, intensida-
de, lugar, modo, negação e tempo.

-Afirmação – Eis os principais advérbios de afirmação:


sim, deveras, realmente, certamente e verdadeiramente.
Por exemplo: Realmente aceitaram o acordo.

- Dúvida – Os advérbios que indicam dúvida são: tal-


vez, quiçá, decerto, porventura, provavelmente e possi-
velmente. Por exemplo: Possivelmente iremos.

-Intensidade – Confira os principais: muito, tão, pouco,


demais, menos, mais e bastante. Por exemplo: Nunca foi
tão severo.

-Lugar – Os mais comuns são: aqui, aí, lá, atrás, perto,


longe, acima, adiante, dentro, fora e além. Por exemplo:
Maria mora longe do trabalho.

48 / Gramática
-Modo – Os advérbios de modo mais frequentes são:
bem, mal, assim, apenas, depressa, devagar e alguns
com terminação –MENTE, como calmamente, apressa-
damente, pausadamente, alegremente e tristemente. Por
exemplo: Falou pausadamente.

-Negação – Ouça os principais advérbios de negação:


Absolutamente, não e tampouco. Por exemplo: Não falarei
sobre o acidente.

-Tempo – Acompanhe os principais: hoje, quando,


amanhã, ontem, breve, logo, antes, depois, agora, já,
sempre, nunca, jamais, cedo, tarde, outrora, diariamen-
te, anualmente,raramente,antigamente, novamente e
imediatamente. Por exemplo: Chegou cedo em casa.

GRAU DO ADVÉRBIO: Embora o advérbio seja


classificado como invariável, alguns, como os de modo,
contrariam a regra e fazem flexão, sendo empregados nos
graus superlativo e comparativo.

-Comparativo pode ser de: igualdade, de superioridade


e de inferioridade.

a) De igualdade – No grau comparativo de igualda-


de usamos os termos: tão....quanto, tanto.... quanto,

Advérbio, pronome e colocação pronominal / 49


tão...com e tanto...como. Por exemplo: Falou tão alto
quanto você.

b) De superioridade – No de superioridade usamos as


expressões: Mais...que e mais...do que. É um exemplo:
Maria chegou mais cedo que Ana.

c) De inferioridade – Nesse comparativo de inferiori-


dade usamos as palavras menos ...que e menos ... do que.
Por exemplo: Luísa chegou menos cedo que Eduarda.

Agora vamos estudar o grau superlativo!

- Superlativo: Pode ser sintético ou analítico.

a) Sintético – Quando há o acréscimo de um sufixo como


-íssimo, -érrimo e -íllimo. Por Exemplo: João é inteli-
gentíssimo.

b) Analítico – Quando o adjetivo é modificado por um


advérbio. Por exemplo: João é muito inteligente.

PRONOME: É a palavra que substitui ou acompanha um


substantivo. O pronome pode ser substantivo, em caso de subs-
tituição, e adjetivo, se acompanhar o substantivo. Acompanhe
um exemplo com pronome substantivo: Todos saíram tarde.
Agora com pronome adjetivo: Aquela criança cantou.

50 / Gramática
CLASSIFICAÇÃO: Os pronomes classificam–se em:
pessoais, possessivos,demonstrativos, indefinidos,inter
rogativos e relativos.

A canção interpretada por Gilberto Gil,”Esperando na


Janela” está repleta de pronomes.Que tal você começar a se
familiarizar com eles?

“Ainda me lembro do seu caminhar,


seu jeito de olhar eu me lembro bem.
Fico querendo sentir o seu cheiro
É daquele jeito que ela tem.”

Agora vamos conhecer cada um dos pronomes. Preste


atenção!

- Pronomes pessoais: São aqueles que substituem as


três pessoas gramaticais ou pessoas do discurso. Você lem-
bra quais são as pessoas? São: eu, tu, ele, nós, vós, eles. Os
pronomes pessoais dividem–se em: pessoais do caso reto,
do caso oblíquo e de tratamento.

Os pronomes pessoais do caso reto podem exercer


função de sujeito ou de predicativo. São eles: eu, tu, ele,
nós, vós e eles. Por exemplo: Ele fez a prova.

Os pronomes pessoais oblíquos têm função de comple-


mento verbal formado por objeto direto ou objeto indireto,

Advérbio, pronome e colocação pronominal / 51


de complemento nominal ou de adjunto adnominal e se
dividem em átonos e tônicos.

a) Os pronomes átonos não são precedidos de prepo-


sição. São eles: me, te, o, a, lhe, se,nos,vos, os, as e lhes.
Por exemplo: Deu–me o lápis.

b) Os tônicos vêm sempre antecedidos de preposição.


São eles: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, nós, conosco,
vós e convosco. Por exemplo: Referiram–se a ele. Observe
que ele, neste exemplo, é pronome oblíquo tônico porque
vem após a preposição.

Pronomes pessoais de tratamento: Usados nos rela-


cionamentos sociais, para cortejar ou fazer cerimônia. São
exemplos de pronomes de tratamento :

Você: Abreviado por V maiúsculo e usado quando há


intimidade.
Vossa Alteza: Abreviado pelas letras V.A. maiúsculas é
usado para designar príncipes, duques e arquiduques.
Vossa Eminência: Abreviado por V.Emª é frequentemen-
te usado para Cardeais.
Vossa Excelência: Sua abreviatura é V.Exª: Usado para
altas patentes militares, autoridades do governo, bispos
e arcebispos.

52 / Gramática
Vossa Majestade: Abreviado pelas letras V.M em maiús-
culas e usado para reis.
Vossa Santidade: Abreviado pelas letras V.S. maiúsculas,
é empregado para Papa.
Vossa Senhoria: Sua abreviação é V.Sª: Usual para ofi-
ciais até coronel, funcionários graduados e na linguagem
comercial.
Vossa Magnificência: Sua abreviação é V.Magª .Usado
para reitores de universidades.

-Pronomes possessivos: Dão ideia de posse e fazem


referência a uma pessoa gramatical. Os principais são: meu,
minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa, seus
e suas. Exemplo: Eu não falo a sua língua. Nessa frase é
como se a língua ou idioma pertencesse a alguém.

-Pronomes demonstrativos: Os pronomes demonstra-


tivos servem para indicar a posição de um ser em relação
à pessoa gramatical. Eles são representados por: este, esse,
aquele, isto, isso, aquilo, o, a os e as com sentido de aquele,
aquela ou aquilo. Exemplo: Esta roupa é apertada.

-Pronomes indefinidos: São empregados apenas na


terceira pessoa do discurso e indicam sentido vago. São eles:
ninguém, alguém, nada, qualquer, outrem e outros.

Advérbio, pronome e colocação pronominal / 53


Pronomes relativos: Os pronomes relativos representam
nomes já mencionados,com os quais estão relacionados.
Geralmente retomam um termo antecedente da oração
citando–o em outra oração. Exemplo: Compramos as casas.
As casas estavam conservadas. Compramos as casas que
estavam conservadas. Os pronomes relativos principais são:
que, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos,
cujas, quem e onde.

ATENÇÃO: Você sabia que jamais devemos co-


locar artigo depois do relativo cujo ? Desta forma,
são erradas as construções: O homem cujo o braço
foi cortado e cuja a cabeça será decepada encon-
tra–se num ambiente cujo o ar é desagradável.

Pronomes Interrogativos: Ocorrem nas frases inter-


rogativas diretas e indiretas. São representados por Quem?
Que? Qual? Quanto? Acompanhe o exemplo a seguir:
Quem partiu?

COLOCAÇÃO PRONOMINAL: É determinada pelo local


onde estão posicionados os pronomes oblíquos átonos o, a, os,
as, lhe, lhes, me, te, se, nos, vos. Eles podem ocupar três posições
na oração gerando a próclise, a mesóclise e a ênclise.

54 / Gramática
-Próclise: Há próclise quando o pronome aparece antes
do verbo. Ela ocorre nos seguintes casos:

Quando antes do verbo aparecer uma palavra ou ex-


pressão de sentido negativo. Exemplo:Nunca me revelaram
o segredo.

Quando antes do verbo aparecer pronomes inde-


finidos, relativos, demonstrativos ou interrogativos.
Exemplos: Alguém me causa antipatia.
Quem te disse isso?

Também ocorre próclise quando os advérbios são apre-


sentados sem pausa.
Exemplo: Talvez me promovam.

ATENÇÃO: Se houver pausa, indicada por vírgula,após


o advérbio, usamos a ênclise. Exemplo: Hoje, arrependo–me
das minhas atitudes.

Ocorre ainda próclise diante de conjunções subordinati-


vas. Exemplo: Quando me levanto, vejo o sol. Observe que
a palavra quando é uma conjunção subordinativa temporal
e atrai o pronome para antes do verbo.

Em orações optativas, que exprimem desejo. Vamos ao


exemplo: Deus te faça feliz.

Advérbio, pronome e colocação pronominal / 55


E por último, a próclise acontece se o verbo aparecer no
gerúndio precedido da preposição EM. Por exemplo: Em se
tratando de comportamento, esta turma merece zero.

Casos facultativos de próclise:


1°) Quando os pronomes pessoais do caso reto ou subs-
tantivos vierem imediatamente antes do verbo, desde que
não precedido de palavra atrativa.

Exemplos: Eu lhe obedeço. (próclise)


Eu obedeço–lhe. (ênclise)
Eu não lhe obedeço. (só próclise)

2°) Com infinitivo regido de preposição, mesmo diante


de palavras atrativas:
Exemplos: Vim para te apoiar/ Vim para apoiar–te.
Corri para o defender / Corri para defendê–lo.

- Mesóclise: É caracterizada pela colocação do pronome


no meio do verbo. Vamos saber quando ocorre?

Quando o verbo está no futuro do presente. Exemplo:


Amar–te–ei toda minha vida.

Quando o verbo está no futuro do pretérito. Exemplo:


Explicar–te–ia todo o exercício.

56 / Gramática
-Ênclise: É indicada pela presença do pronome após o
verbo e acontece nos seguintes casos:

Quando o verbo inicia oração


Exemplos: Entregou–me os documentos e dirigiu–se
à secretaria.
Vendo–a entrar no recinto, parou para olhar.
Dê–me o lápis que está ao seu lado.

Também ocorre ênclise quando os verbos apresentam-se


no gerúndio desde que não venham precedidos de preposi-
ção ou palavras atrativas. Exemplo: O anão aproximou–se,
tomando–lhe uma das mãos.

Também com verbos no modo imperativo afirmativo.


Exemplos: Por favor, diga–me o que aconteceu.
Menina, escute–me!

E ainda com verbo no infinitivo pessoal não–flexionado


precedido da preposição A.
São exemplos: Passei a castigá–la.
Começaram a judiá–la.

Colocação pronominal nas locuções verbais:


- Ocorre quando temos verbo auxiliar + verbo principal
no Infinitivo e verbo auxiliar + verbo principal no Gerún-

Advérbio, pronome e colocação pronominal / 57


dio.Nos dois casos o pronome oblíquo pode ficar antes,
no meio ou depois da locução verbal.Acompanhe com
atenção os exemplos:

A festa se ia acabar (Verbo principal no Infinitivo)


A festa ia se acabar ou ia–se acabar (Verbo principal no
Infinitivo)
A festa ia acabar–se (Verbo principal no Infinitivo)
A festa se estava acabando (Verbo principal no Gerúndio)
A festa estava se acabando ou estava–se acabando (Verbo
principal no Gerúndio)
A festa estava acabando–se (Verbo principal no
Gerúndio).

-Quando também temos verbo auxiliar + verbo prin-


cipal no Particípio. O pronome oblíquo pode ficar antes
da locução verbal, desde que ela não inicie uma oração
ou no meio da locução verbal, sem que haja palavra
atrativa que exija a próclise. Nunca junto ao Particípio!
Exemplos: A festa se havia acabado
A festa havia se acabado(ou havia–se acabado)
A festa havia acabado–se (esta é a forma incorreta)

58 / Gramática
Capítulo 6 / Preposição e conjunção

PREPOSIÇÃO: É a palavra que liga dois termos da


oração. Elas podem ser simples ou acidentais.

As preposições simples são representadas por: a, ante,


até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante,
por, sem, sob, sobre e trás.
São exemplos: Prova sem erros
Vou para a festa.

As acidentais são palavras de uma outra classe em que


em certas ocasiões atuam como preposição. Estas são as mais
usadas: conforme, segundo, como, salvo, fora, mediante,
tenho e durante. Exemplo: Saiu durante a festa.

Já a locução prepositiva é o conjunto de duas ou mais


palavras formadas por preposição. As mais usadas são: à
frente de, à espera de, a fim de, à beira de, graças a, de
acordo com e à procura de. Exemplo: A reunião foi de
acordo com o esperado.

CONJUNÇÃO: É o termo que liga duas orações. Di-


vide–se em coordenativas e subordinativas.

Preposição e conjunção / 59
-Conjunção Coordenativa: Liga duas orações coorde-
nadas, ou seja, que possuem sentido completo. Elas podem
ser aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e
explicativas.

a) As conjunções coordenativas aditivas são: e, nem, mas


também e mas ainda. Exemplo: Roberto chegou cedo e ter-
minou o trabalho. Observe que há duas informações que se
somam: a 1ª, Roberto chegou e a 2ª, Terminou o trabalho.

b) As conjunções coordenativas adversativas são in-


dicadas por iniciar argumentação de oposição, contraste.
Observe o exemplo: Gosto de trem, mas prefiro ônibus.

c) As conjunções coordenativas alternativas são: ou,


ou...ou, ora....ora e quer...quer . Exemplo: Ou você estu-
da, ou trabalha. Perceba, neste caso, a ideia de alternância
presente entre as orações.

d) As conjunções coordenativas conclusivas são: pois


(depois do verbo), logo, portanto, por isso e então.
Exemplo: O cavalo está doente, logo não pode competir.
A finalidade de se empregar uma conjunção conclusiva é a
de iniciar argumentação de conclusão.

e) As conjunções coordenativas explicativas vêm


representadas por: pois (antes do verbo), porque, por-

60 / Gramática
quanto e que quando é igual a pois. Exemplo: Saia, pois
quero entrar.

-Conjunção Subordinativa: Liga a oração subordinada


a sua principal. Lembre-se de que a oração subordinada
possui sentido incompleto e, por isso, depende de uma outra
oração de sentido completo, a principal. São elas: causais,
condicionais, consecutivas, comparativas, conformativas,
concessivas, temporais, finais, proporcionais e integran-
tes. Vamos detalhar cada uma.

a) Conjunções subordinativas causais: Dão a ideia de


causa. São as seguintes: porque, visto que, já que, uma
vez que e como. Exemplo: Ela desistiu de competir, porque
estava doente.

b) Conjunções subordinativas condicionais: São aque-


las que expressam condição. São indicadas por: se, caso e
contanto que. Exemplo: Vou com você, contanto que me
pague a entrada.

c) Conjunções subordinativas consecutivas: Indicam


consequência. São representadas pelas expressões: de
sorte que, de maneira que e que (precedido de tal, tão,
tanto e tamanho). Exemplo: Choveu tanto, que as ruas
ficaram alagadas.

Preposição e conjunção / 61
d) Conjunções subordinativas comparativas: Apresen-
tam sempre uma comparação. Elas podem ser: como, que,
tal... como, tal...qual, menos...que e assim como. Exemplo:
Esta gramática é mais antiga que a minha. Observe que há
dois termos postos em comparação.

e) Conjunções subordinativas conformativas: Eviden-


ciam o sentido de conformidade facilmente identificado
pelas palavras como, conforme, segundo e consoante.
Exemplo: Fiz o trabalho conforme fui orientada.

f ) Conjunções subordinativas concessivas: Expressam


uma concessão, ou seja, a presença de um fato contrário
à oração principal mas não suficiente para anulá–lo. As
mais comuns são: embora, se bem que, ainda que, mes-
mo que e conquanto. Exemplo: Resolveu partir embora
quisesse ficar.

g) Conjunções subordinativas temporais: São as que dão


a ideia de tempo. Ouça as principais: quando, enquanto,
logo que, desde que e assim que. Exemplo: Devolverei o
livro, assim que terminar de lê–lo.

h) Conjunções subordinativas finais: São as que


expressam finalidade. Elas podem ser: a fim de que,
para que e que. Exemplo: Trabalhou firme, a fim de
que fosse promovido.

62 / Gramática
i) Conjunções subordinativas proporcionais: Remetem
ao sentido de proporcionalidade. São representadas por: à
proporção que e à medida que. Exemplo: O som da música
aumentava à proporção que ele se aproximava.

j) Conjunções subordinativas integrantes: São indicadas


por: que e se com ideia de isso. Iniciam oração subordi-
nada substantiva. Exemplos: Não vi se os professores já
chegaram. (Não vi isso). Eu lembrei que havia estudado.
(Eu lembrei isso)

Preposição e conjunção / 63
Capítulo 7 / Análise sintática

Analisa cada um dos elementos que compõem a frase


a fim de examinar suas estruturas e estabelecer as relações
entre todos os termos. Vamos conhecer a partir de agora,
todos os elementos que formam a Sintaxe.

FRASE: É toda palavra ou grupo de palavras com senti-


do completo e capaz de estabelecer comunicação. Exemplos:
Fogo! Ou então : Bianca é muito inteligente.

PERÍODO: É o conjunto de orações. Pode ser simples


ou composto.

PERÍODO SIMPLES: É formado por uma única


oração, por apenas um verbo. Exemplo: Renato escreveu
uma bela carta.

PERÍODO COMPOSTO: Ocorre quando há dois ou


mais verbos na mesma frase. Exemplo: Giselle estudou e foi
para a faculdade.Nesta frase há duas orações representadas
pelos verbos:estudou e foi.

64 / Gramática
O período composto pode ser por coordenação, su-
bordinação e coordenação e subordinação ao mesmo
tempo. Lembre-se de que já vimos esse assunto na parte
de conjunção!

ORAÇÃO: Outro elemento da Sintaxe, é todo enun-


ciado com sentido completo ou não. A oração é formada
por termos que podem ser: essenciais, integrantes ou
acessórios. Vamos estudá-los!

-Termos essenciais – Os termos essenciais são: sujeito


e predicado.

Sujeito: É o elemento da frase a quem se declara ou


atribui alguma coisa ou ação. Para identificar o sujeito da
oração faça uma pergunta ao verbo da frase. Exemplo: As
meninas do Leblon não olham mais pra mim. Quem não
olha mais para mim? A resposta é: As meninas do Leblon.
Está aí o sujeito da frase.

O sujeito pode ser: simples, composto e indeterminado.

a)Sujeito Simples – É facilmente identificado porque


possui apenas um núcleo, que geralmente é um substantivo.
Vamos analisar o exemplo: O cachorro latiu insistente-
mente. Faça a pergunta–chave para ter acesso ao sujeito,
caso o verbo permita: “quem é que latiu insistentemente?

Análise sintática / 65
Resposta: O cachorro. O termo o cachorro representa o
sujeito da frase.

b)Sujeito Composto – O sujeito é composto quando


possui mais de dois núcleos.Exemplo: Eduarda e Luíza
foram à festa.Quem é que foi à festa? Resposta: Eduarda e
Luíza. Logo, são os núcleos do sujeito composto.

c)Sujeito Indeterminado – É quando há o sujeito mas


não é possível determiná–lo. Acontece em dois casos:

-Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, sem


que o sujeito esteja expresso na oração. Exemplo: Telefona-
ram para mim. “Quem é que telefonou para mim? Perceba
que neste caso, você não terá um sujeito claro. As possíveis
respostas serão eles ou alguém. Mas quando você tiver
como resposta o pronome eles – subentendido – saiba que
este pronome possui sentido vazio e é usado em retoma-
das textuais.Outro exemplo: Passaram para auditor fiscal.
Quem é que passou para auditor fiscal? Resposta:Eles.Mas
eles,quem? Não há um referente claro. Temos então, um
sujeito de tipo indeterminado.

-O sujeito indeterminado também pode ocorrer quando


o verbo estiver na 3º pessoa do singular seguido do pronome
SE, que indica indeterminação do sujeito. O verbo, neste
caso, deve ser intransitivo ou preposicionado.

66 / Gramática
Exemplos: Precisa–se de secretária.
Ama–se aos pais.

d)Oração sem sujeito – É aquela em que o verbo é im-


pessoal, ou seja, está sempre na terceira pessoa do singular.
Nesse caso a frase possui apenas predicado. Acontece nos
casos em que:

-Os verbos exprimem fenômenos naturais. Exemplo:


Nevou muito na Inglaterra.

-O verbo HAVER pode significar existir. Exemplos: Há


flores no jardim.
Com relação a este verbo, saiba que ele é um dos mais ex-
plorados em concursos, porque grande parte dos candidatos
usa o verbo HAVER na forma coloquial, não respeitando as
normas. Então vamos fazer um acordo: toda vez que o verbo
HAVER aparecer, você deve trocá–lo por EXISTIR.

Feito o acordo? Agora descubra o porquê:

Sempre que HAVER puder ser trocado por EXISTIR,


ele será impessoal, ficará sempre na 3ª pessoa do singular e
apresentará o sujeito inexistente.
Vamos a um exemplo: “Houve grande comemoração
pela vitória”. Antes de qualquer análise, troque o verbo por
existir: “Existiu grande comemoração”. Como a troca foi

Análise sintática / 67
coerente, saiba que o verbo HAVER não flexionará em hi-
pótese alguma e, se estiver flexionado, estará transgredindo
a regra. Então, se você passar “grande comemoração pela
vitória” para o plural, o verbo HAVER não vai flexionar.
Perceba: Houve grandes comemorações pela vitória, e não
houveram. Ficou claro?

-Com os verbos FAZER, SER, ESTAR e HAVER


indicando tempo.Exemplos: Já faz dois anos. Não o vejo
há dez anos.

Predicado: É o termo da oração que, através do verbo,


faz alguma afirmação sobre o sujeito. O predicado pode ser
verbal, nominal e verbo–nominal.

a)Predicado verbal – Exprime um fato, um aconte-


cimento ou ação.Tem como núcleo o próprio verbo.O
predicado verbal é representado pelos verbos intransitivos,
transitivos diretos, transitivos indiretos e transitivos
diretos e indiretos.

ATENÇÃO: Você irá estudar a definição e


exemplos destes verbos na parte de regência verbal,
mais adiante!

68 / Gramática
b)Predicado nominal – Apresenta um estado, uma quali-
dade, uma condição do sujeito. O núcleo é um nome ligado
ao sujeito por um verbo de ligação, chamado de predicativo
do sujeito. Exemplo: A menina está triste. A palavra triste é
adjetivo e também o predicado nominal da frase.

c)Predicado verbo–nominal – Também indica ação,


estado ou qualidade mas tem dois núcleos, um expresso por
um verbo, intransitivo ou transitivo e outro indicado por
um nome, chamado de predicativo.Exemplo: Elas saíram
apressadas da aula. “Saíram apressadas da aula”, é o predicado
verbo–nominal.Saíram é um verbo intransitivo e também
o núcleo. Apressadas é um predicativo do sujeito e outro
núcleo da frase.

Predicativo – É o termo que funciona como núcleo


nominal do predicado, expresso por adjetivo, substantivo
ou pronome, que indica uma qualidade. Está dividido em:
predicativo do sujeito e predicativo do objeto.

a)Predicativo do sujeito – Ocorre quando o predicado


for nominal ou verbo–nominal. Não esqueça que você viu a
definição de nominal e verbo–nominal no assunto anterior.
Então vamos aos exemplos. Exemplo: A garota está feliz.É
predicado nominal porque atribuiu uma qualidade ao sujeito
garota. José morreu rico. É predicado verbo–nominal porque

Análise sintática / 69
o termo “morreu rico”, é composto por um verbo + adjetivo
e refere–se ao sujeito da frase, José.

b)Predicativo do objeto – Atribui uma qualidade ou


estado ao objeto.Exemplo: O juiz julgou o réu inocente. O
objeto da frase é a palavra réu. Então, o predicativo do objeto
é a palavra inocente, pois atribuiu ao réu uma qualidade.

Depois de estudar todos os elementos dos termos essen-


ciais vamos agora aprender tudo sobre os termos integrantes
da oração.

-Termos integrantes – São termos necessários para com-


pletar o sentido de verbos e nomes. São divididos em: comple-
mento verbal, complemento nominal e agente da passiva.
Vamos detalhar o que caracteriza cada um?

Complemento verbal – É o termo que, na oração, com-


pleta o sentido de um verbo transitivo. Os complementos
podem ser: objeto direto ou indireto.

a)Objeto direto– Completa o sentido do verbo transitivo


direto mas sem preposição.Consiste em fazer a seguinte per-
gunta: “quem verbo, verbo algo ou de algo”. Vamos à prática
para entendermos melhor? Exemplo: Carlos vendia roupas.
Pergunta: quem vende, vende algo. Vende o quê? Resposta:

70 / Gramática
roupas. Roupas complementa o sentido do verbo vender,
sem preposição.

b)Objeto indireto – É o complemento do verbo tran-


sitivo indireto. Podemos identificá–lo fazendo as seguintes
perguntas: a quê? de quê? para quê? a quem? de quem? para
quem? Exemplo: Toda criança precisa de afeto. Pergunta:
quem precisa, precisa de algo. De quê? Resposta: de afeto,
que é objeto indireto. Outro exemplo: Eu me referi a todas
as pessoas. Pergunta: quem se refere, se refere a algo. A quê?
Resposta: a todas as pessoas. Perceba que todos os comple-
mentos verbais de verbos transitivos indiretos serão iniciados
por preposição.

Complemento nominal – Ele se liga a um substantivo,


adjetivo ou advérbio e vem sempre introduzido por uma pre-
posição. Exemplo: O povo tem necessidade de alimentos. O
complemento nominal alimentos é precedido pela preposição
de. Perceba agora, que a pergunta não está direcionada ao verbo
ter, mas ao nome necessidade. Quem tem necessidade, tem
necessidade de quê? Resposta: de alimentos.

Agente da passiva – É o termo que pratica a ação na


voz passiva. Em geral, apresenta a preposição pelo ou por
e raramente a preposição de. Exemplo: O carro foi feito
pelo menino. Pelo menino é o termo que pratica a ação,
por isso é chamado de agente da passiva.

Análise sintática / 71
-Termos acessórios – São formados por adjunto adno-
minal, adjunto adverbial e aposto. Algumas gramáticas
também apresentam o vocativo como termo acessório,
outras não. Vamos detalhar todos!

Adjunto adnominal – O adjunto adnominal se refere


a um nome ou substantivo, a fim de determiná–lo ou mo-
dificá–lo. O adjunto adnominal pode ser representado por:
adjetivo, locução adjetiva, numeral adjetivo, artigo ou
pronome adjetivo.

Vamos exemplificar cada um para facilitar a sua com-


preensão. Acompanhe a frase: O gato fugiu. O artigo
representado pela vogal O é o adjunto adnominal porque
se refere ao gato que é um substantivo.

Já a locução adjetiva é formada por mais de uma


palavra, geralmente preposição + substantivo. Observe o
exemplo: Ana ganhou um colar de ouro. A locução adje-
tiva é o termo de ouro, formado pela preposição de, mais
o substantivo ouro.

O numeral adjetivo será identificado na oração quando


vier antes do substantivo. Exemplo: Tenho que fazer duas
provas. Note que a expressão duas provas é iniciada pelo
numeral adjetivo duas.

72 / Gramática
Por fim, o pronome adjetivo acompanha o substan-
tivo. Exemplo com pronome adjetivo: Minha roupa está
suja. O pronome minha está acompanhado do substan-
tivo roupa.

É preciso ter atenção para não confundir o adjunto ad-


nominal com o complemento nominal. Existem algumas
diferenças e vamos enumerar agora todas elas para que
você não se confunda:

1°) O adjunto adnominal dá uma qualidade, indica


posse ou restrição.Exemplo: Ganhei pratos de vidro. A
frase indica qualidade ou matéria. Outro exemplo: Não
comprei o brinquedo da criança. A frase mostra o sentido
de posse.

2°) O complemento nominal completa o sentido da


palavra.Exemplo: Tenho medo da morte. Medo de quê?
“Da morte” é então complemento nominal.

ATENÇÃO: Se antes da preposição vier ad-


jetivo ou advérbio, será então complemento
nominal. Exemplo: O banco estava cheio de po-
liciais. Cheio é adjetivo e vem posicionado antes
da preposição de.

Análise sintática / 73
Quando tiver sentido passivo, a palavra preposicionada
será complemento nominal. Se o termo estiver na forma
ativa será adjunto adnominal. Exemplo: A resposta do ga-
roto foi aceitável. O garoto deu a resposta. Frase no sentido
ativo: adjunto adnominal. A resposta ao aluno foi aceitável.
A resposta foi dada ao aluno. Este é o sentido passivo, então
a frase é complemento nominal.

São muitos os detalhes mas essas dicas servem para você


não se confundir com as armadilhas que algumas questões
de concurso apresentam. Vamos continuar!

3°) Se o adjunto adnominal for representado por um


adjetivo, pode ser confundido com predicativo.Vamos
aos casos:

a) Será predicativo se vier junto ao verbo. Exemplo:


José é inteligente.

b) Será adjunto adnominal se estiver diretamente unido


ao núcleo de uma função, que pode ser sujeito ou objeto
direto. Exemplo: A bela jovem chorou. A bela é o sujeito
da frase e vem junto à palavra jovem que é um adjetivo e
funciona como adjunto adnominal.

Continuemos com as regrinhas para que você não confun-


da adjunto adnominal com o complemento nominal.

74 / Gramática
4°) Quando vier após o substantivo:

a) Será adjunto adnominal se ao inverter a posição


do adjetivo em relação ao substantivo ainda houver li-
gações entre ambos. Exemplo: Ganhei uma casa bonita.
Ganhei uma bonita casa. A palavra bonita é adjunto
adnominal.

b) Será predicativo se, ao inverter a frase, o adjetivo


fica afastado do substantivo. Exemplo: Considero o aluno
inteligente. Considero inteligente o aluno. O termo inte-
ligente é predicativo.

Antes de falar sobre o próximo termo acessório da ora-


ção, o adjunto adverbial, vamos relembrar a definição de
advérbio. Advérbio é uma palavra invariável que modifica
o verbo, adjetivo ou o próprio advérbio, indicando em qual
circunstância a ação se desenvolve.

Os advérbios podem ser de afirmação, dúvida, inten-


sidade, lugar, modo, negação e tempo.

Adjunto adverbial – É o termo que, na oração, vem


representado por advérbio ou locução adverbial, para indicar
em qual circunstância se desenvolve a ação verbal. Vamos
conhecer os principais adjuntos adverbiais:

Análise sintática / 75
a) Adjunto adverbial de afirmação – Os principais
são: certamente, sim, realmente e seguramente. Exemplo:
Certamente irá chover. O adjunto adverbial de afirmação é
representado na frase pela palavra certamente que reafirma
a condição do verbo.

b) Adjunto adverbial de negação – Os mais frequentes


são: absolutamente, não e tampouco. Exemplo: Não quero
ficar aqui. A palavra não indica negação.

c) Adjunto adverbial de modo – Os mais usuais são:


bem, mal, assim, apenas, depressa, devagar e alguns
com terminação em MENTE como calmamente, apres-
sadamente, pausadamente, alegremente e tristemente.
Exemplo: O rapaz explicava bem os conteúdos. Note
que a palavra bem representa o modo como o conteúdo
é explicado.

d) Adjunto adverbial de instrumento – Não há exem-


plos preestabelecidos. Depende da frase. Cortou–se com a
tesoura pode ser tomada como exemplo. A expressão com
tesoura, na frase, está representando o instrumento.

e) Adjunto adverbial de intensidade – São eles: mui-


to, pouco, bastante, mais, menos e demais. Por exemplo:
Ventava muito forte. A palavra muito é a locução adverbial
de intensidade.

76 / Gramática
f) Adjunto adverbial de assunto – Não há um
exemplo predeterminado. Exemplo: Discutiam sobre
economia. Sobre economia se refere ao assunto que é
discutido na frase.

g) Adjunto adverbial de finalidade – Entenda o que


é um adjunto adverbial de finalidade através do exemplo:
Estudou para o concurso. A terminação para o concurso
representa a finalidade do estudo.

h) Adjunto adverbial de condição – Aprenda também


com o exemplo: Nada se consegue sem muito esforço. Sem
muito esforço representa a condição, sugerida na frase, que
para se conseguir algo é preciso muito esforço.

Aposto – É outro termo acessório da oração. A função


do aposto é explicar, esclarecer, identificar de maneira mais
exata ou resumir um nome da oração ao qual ele se refere.
O aposto é empregado principalmente:

a) Para explicar um termo anterior.


Exemplo: Recife, capital de Pernambuco, é muito bonita.

b) Para enumerar um termo anterior.


Exemplo: Um outro país foi desclassificado da Copa do
Mundo de Futebol, a Argentina.

Análise sintática / 77
c) Para resumir um termo anterior.
Exemplo: Patrões, empregados, grevistas, todos com-
pareceram.

d) Para especificar um termo anterior.


Exemplo: O rio Tietê atravessa o estado de São Paulo.

Vocativo – É o termo acessório com a função de indicar


apelo ou chamamento. Por exemplo: Maria, preciso falar
com você!

78 / Gramática
Capítulo 8 / Oração principal,
coordenada e subordinada

No início do curso você ouviu o conceito de oração.


Agora, nós vamos detalhar este assunto. A oração pode ser
classificada em oração principal, oração coordenada e
oração subordinada.

ORAÇÃO PRINCIPAL: É aquela que tem função


sintática em outra oração. Por exemplo: João comia feijão
enquanto eu estudava.

ORAÇÃO COORDENADA: É aquela que, no período,


não exerce função sintática em relação às outras, ou seja, ela
é independente. Por exemplo: Vim, vi e venci.

ORAÇÃO SUBORDINADA: Ela é dependente, em


sentido, de outra oração. Por exemplo: A menina, que é
simpática, foi a rainha do baile. O termo “que é simpática”
é uma oração subordinada.

Agora que já vimos as definições, vamos conhecer melhor


as orações coordenadas e subordinadas?

Oração principal, coordenada e subordinada / 79


ORAÇÕES COORDENADAS: São divididas em co-
ordenadas assindéticas e coordenadas sindéticas.

ORAÇÃO COORDENADA ASSINDÉTICA: Não


é iniciada por conjunção. Por exemplo: Virou–me o rosto,
piscou o olho, sumiu.

ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA: Ela é


iniciada por uma conjunção coordenativa, que pode ser de
cinco tipos: aditiva, adversativa, alternativa, conclusiva
e explicativa.

Acompanhe as definições seguindo os exemplos:

-Oração coordenada aditiva – Exprime relação de


soma. Esse garoto não estuda nem trabalha.
-Oração coordenada adversativa – Exprime uma ideia
contrária. Corremos muito, mas não ficamos cansados.
-Oração coordenada alternativa –Indica escolhas, ações
que se alternam. Ora ria, ora chorava.
-Oração coordenada conclusiva – É a que exprime
uma conclusão. Penso, logo existo.
-Oração coordenada explicativa – Exprime uma expli-
cação. O relógio não enferruja, pois é de ouro.

Viu como é fácil? Então vamos aprender agora sobre as


orações subordinadas!

80 / Gramática
Para explicar orações subordinadas é preciso falar sobre
período composto por subordinação. Nesse período sem-
pre há a oração principal e a oração subordinada.

As orações subordinadas classificam–se em: adjetivas,


substantivas e adverbiais.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS: São


iniciadas pelos pronomes relativos. São elas: restritivas
e explicativas.

a)Oração subordinada adjetiva restritiva: É aquela


que restringe o significado do nome a qual se refere. Por
exemplo: A flor que te dei morreu. A expressão: “Que te
dei“ substitui a qual te dei. A oração subordinada adjetiva
tem função sintática de adjunto adnominal.

b)Oração subordinada adjetiva explicativa: Explica


algo sobre o antecedente. É separada por vírgula. Por
exemplo: A flor, que é perfumada, embeleza o mundo.
A oração subordinada adjetiva tem função sintática de
aposto explicativo.

JÁ AS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTI-


VAS são orações que completam o sentido da principal. São
iniciadas por conjunções integrantes. Podem ser subjetivas,

Oração principal, coordenada e subordinada / 81


objetivas diretas, objetivas indiretas, completivas nomi-
nais, predicativas e apositivas.

a) Orações subordinadas substantivas subjetivas:


Representam o sujeito da oração principal. Por exemplo: É
necessário que seja objetivo. Lembra da pergunta feita para
acharmos o sujeito? A pergunta é: o que é necessário? A res-
posta é o sujeito: que seja objetivo. Isso mesmo! Temos um
sujeito em forma de oração, ou seja, um sujeito oracional.

b) Orações subordinadas substantivas objetivas di-


retas: Exercem a função de objeto direto. Por exemplo: O
candidato sabia que iria passar. O verbo saber é transitivo
direto, ou seja, não pede preposição. Portanto, a oração
que iria passar exerce função de objeto direto, logo, é
objetiva direta.

c) Orações subordinadas substantivas objetivas in-


diretas: Desempenham a função de objeto indireto. Por
exemplo: Preciso de que me encontrem. Precisar é um
verbo transitivo indireto pois ele pede uma preposição.
Por isso, a oração de que me encontrem exerce função de
objeto indireto, é oração objetiva indireta.

d) Orações subordinadas substantivas completivas


nominais: São aquelas que funcionam como complemento

82 / Gramática
de um nome. Por exemplo: Tinha medo de que o danificas-
sem. De que o danificassem exerce função de complemento
nominal. Portanto, é uma oração completiva nominal.

e) Orações subordinadas substantivas predicativas:


Exercem função de predicativo do sujeito da oração princi-
pal. Por exemplo: O problema é que ele se esforçou muito.
A oração: que ele se esforçou muito é um predicativo, pois se
refere ao sujeito da oração principal que é: o problema.

f ) Orações subordinadas substantivas apositivas:


Exercem função sintática de aposto e vêm geralmente de-
pois de “dois pontos”. Por exemplo: Só pensava uma coisa:
que venceria os obstáculos. O aposto é que venceria os
obstáculos. Perceba que ele vem após dois pontos.

Agora vamos estudar as orações subordinadas adverbiais!

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS: Elas


têm o papel de adjunto adverbial. São iniciadas por con-
junções subordinativas adverbiais, exceto as integrantes. São
elas: causais, condicionais, comparativas, conformativas,
concessivas, consecutivas, finais, proporcionais e tempo-
rais. Vamos a cada uma dessas definições:

a)Orações subordinadas adverbiais causais: Expres-


sam uma relação de causa e efeito. A causa ou motivo

Oração principal, coordenada e subordinada / 83


que desencadeia algo é expresso pela oração subordinada.
O efeito, resultado da causa,é expresso pela oração prin-
cipal. A lei não foi votada porque não havia quórum.
Neste exemplo, a oração subordinada porque não havia
quórum indica causa. O efeito está expresso pela oração
principal a lei não foi votada. As orações adverbiais
causais vêm introduzidas pelas conjunções e locuções
conjuntivas causais: porque, visto que, já que, uma vez
que e como.
b)Orações subordinadas adverbiais condicionais:
Impõem uma condição em relação à ideia formulada
pela oração principal. Pode ser uma condição para que
o fato se realize. Devolveremos seu dinheiro, se você não
ficar satisfeito, é um exemplo. Pode também impor uma
condição para que o fato não se realize. Por exemplo:
Cumprirei minha promessa, a menos que fique doente.
As orações subordinadas adverbiais condicionais vêm
frequentemente introduzidas pelas conjunções se ou
caso e também pelas locuções conjuntivas contanto
que,desde que,a menos que,salvo que e com a con-
dição de que.

c)Orações subordinadas adverbiais comparativas:


Indicam comparação. As principais conjunções são: como,
que, do que e quanto. Por exemplo: Felipe é lindo como
o pai.

84 / Gramática
d)Orações subordinadas adverbiais conformativas:
Indicam conformidade ou modo entre a oração principal
e a subordinada. São elas: como, segundo e conforme. Por
exemplo: Fiz conforme pediram.

e)Orações subordinadas adverbiais concessivas: Ex-


pressam uma ideia contrária à ideia da oração principal. São
representadas por: embora, mesmo que e ainda que. Por
exemplo: Ainda que chegasse cedo, não seria atendida.

f )Orações subordinadas adverbiais consecutivas: São


introduzidas por uma conjunção consecutiva e exprimem
o resultado de uma ação intensificada na oração principal.
São elas: tão, tal, tanto...que, de modo que e tamanho.
Por exemplo: Nadou tanto, que cansou.

g)Orações subordinadas adverbiais finais: Indicam


a finalidade daquilo que se declarou na oração principal.
Para que e a fim de que são as principais conjunções. Por
exemplo: Tirou a tampa para que a água se espalhasse.

h)Orações subordinadas adverbiais proporcionais:


Estabelecem a relação existente entre duas coisas simulta-
neamente. São representadas pelas conjunções: à proporção
que, à medida que e quanto mais. Por exemplo: Quanto
mais trabalha, mais progride.

Oração principal, coordenada e subordinada / 85


i)Orações subordinadas adverbiais temporais: Indi-
cam tempo. Apresentam um acontecimento ocorrido antes,
durante ou depois de outro. Geralmente vêm representadas
por: quando, logo que, depois que e antes que. Por exem-
plo: Logo que o trem parou, todos desembarcaram.

86 / Gramática
Capítulo 9 / Concordância verbal
e nominal

CONCORDÂNCIA: Existem dois tipos de concor-


dância: a verbal e a nominal. Vamos aprender agora os
conceitos e características de cada uma delas.

CONCORDÂNCIA VERBAL: Na concordância verbal


o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Por
exemplo: O menino leu o texto. O verbo leu concorda com
o sujeito da frase que é menino. No plural a frase seria:
Os meninos leram o texto. Perceba que o sujeito continua
concordando com o verbo.

-Regras de concordância verbal: Para poder analisar a


concordância verbal de uma frase, sem erros, é preciso estar
atento às seguintes regras:

Sujeito composto, verbo no plural. Por exemplo: O


homem e sua esposa seguiam pela estrada.

ATENÇÃO: Verbo antes do sujeito pode ha-


ver concordância atrativa. Como no exemplo:
Seguiam,pela estrada, o homem e sua esposa.

Concordância verbal e nominal / 87


Sujeito composto por palavras sinônimas, o verbo fica
no singular. Por exemplo: O ódio e a ira faz muito mal.

O verbo HAVER, como já foi estudado, expressando


existir ou tempo decorrido, fica no singular, pois é impes-
soal. Por exemplo: Havia muitas pessoas lá. Havia significa
existiam muitas pessoas lá.

O verbo FAZER, indicando tempo fica no singular pois


é impessoal. Exemplo: Faz três dias que não saio.

O verbo transitivo direto, na voz passiva pronominal,


concorda com o sujeito. Por exemplo: Comprou–se o livro.
No plural seria: Compraram–se os livros.

ATENÇÃO: O verbo tem que ser transitivo


direto e não pode estar seguido de preposição.
Neste caso, será possível fazer a transposição
para a voz passiva analítica e aí ficaria: Os livros
foram comprados.

No caso do pronome relativo QUE – exercendo função


de sujeito – o verbo concorda com o antecedente. Vamos
ao exemplo: Não fui eu que levantei.

Já com o pronome QUEM – também exercendo a


função de sujeito – o verbo fica na terceira pessoa do sin-

88 / Gramática
gular ou concorda com o antecedente. Fui eu quem falou.
Fui eu quem falei.

Os verbos DAR, BATER, TOCAR e SOAR na indi-


cação de horas concordam com o sujeito. Por exemplo:
O relógio deu três horas.
Deram três horas no relógio da cidade.

Sujeito composto formado por diferentes pessoas. Neste


caso, o verbo concorda com a pessoa de menor número no
plural. Vamos ao exemplo: Eu, tu e ele iremos ao parque. Eu
é a 1ª pessoa; tu, a 2ª pessoa; e ele a 3ª pessoa.A pessoa de
menor número é a primeira, logo, vamos utilizar a menor
pessoa do plural que é nós.

Se o substantivo é um nome próprio usado com artigo


plural, ele irá concordar com o artigo. Por exemplo: Os
Estados Unidos assinaram o contrato.

Agora vamos aprender a concordar o verbo com algu-


mas expressões. Muita atenção porque esse é um daqueles
assuntos campeões em provas de concurso!

Quando usamos a expressão um dos que, o verbo pode


ficar no plural ou singular.
Por exemplo: Era um dos que mais faltava
Era um dos que mais faltavam.

Concordância verbal e nominal / 89


Na expressão um e outro, o verbo também pode ficar
no singular ou plural.
É o exemplo de Um e outro jogador vencerá ou Um
e outro jogador vencerão.

O verbo fica no singular quando acompanha o termo um


ou outro. É o exemplo de Um ou outro estará no jogo.

Nas expressões partitivas grande parte de, a maioria de e


a maior parte de, o verbo fica no singular, exceto se a expres-
são vier seguida de plural. Neste caso, o verbo admite tanto o
singular quanto o plural. Por exemplo: A maioria das pessoas
festejou. Ou então: A maioria das pessoas festejaram.

Nos termos aproximativos perto de, cerca de, mais de e


menos de, o verbo concorda com o numeral. Por exemplo:
Mais de dez fotógrafos permaneciam na festa.

ATENÇÃO: Para o verbo SER, a concordância


PERTO DE e CERCA DE é facultativa.
Vamos ao exemplo: Já eram cerca de duas horas.
Já era cerca de duas horas.

Na expressão mais de um, o verbo vai a plural quando


a ação é recíproca. Por exemplo: Mais de um orador se
olharam. O verbo, neste caso, olhar indica reciprocidade.

90 / Gramática
Ainda abordando a concordância verbal, se o sujeito for
pronome interrogativo ou indefinido seguido de pronome
pessoal, ocorre:

a) O verbo concorda com o primeiro pronome, apenas


se ele estiver no singular. Por exemplo: Qual de nós rece-
berá a medalha?

b)Se o primeiro pronome estiver no plural, o verbo


pode concordar com o pronome pessoal ou ir para a 3ª
pessoa do plural.Por exemplo: Quais de nós chegaremos?
Quais de nós chegarão?

Agora vamos aprender a concordar o verbo “SER” com


outros elementos gramaticais:

a) Quando o sujeito vem representado por tudo, nada,


isto, isso, aquilo, o verbo SER concorda com sujeito ou
predicativo. Exemplo: Tudo são rosas. Nesse exemplo o
verbo concorda com o predicativo rosas. Já na frase Tudo
é rosas, o verbo fica no singular concordando com o sujeito
tudo. As duas concordâncias estão corretas.

Concordância verbal e nominal / 91


b) O verbo SER, ao indicar horas ou datas, concorda
com o numeral.
Exemplos: É uma hora e quinze.
São duas horas da manhã.

c) É invariável com as expressões: é muito, é pouco, é o


suficiente e é à distância. Por exemplo: Vinte quilômetros
é a distância até o Centro.

d) Quando o sujeito é um substantivo comum ou pró-


prio, ou pronome pessoal, o verbo SER concorda com o
sujeito. Vamos ao exemplo: Luíza era as alegrias da família.
O verbo concorda com o sujeito Luíza, que também é
substantivo próprio.

e) Se o sujeito for pronome interrogativo QUEM ou


QUE, o verbo SER concorda com o predicativo. Vamos
ao exemplo: Quem eram os pretendentes ao emprego? O
predicativo da frase é pretendentes.

Continuando a estudar a concordância verbal,quando


aparecer a combinação verbo parecer + infinitivo, podemos
flexionar o verbo ou o infinitivo. As meninas pareciam sor-
rir. O verbo parecer foi flexionado. Já na frase: As meninas
parecia sorrirem, o verbo parecia não sofre alteração, apenas
o infinitivo é flexionado.

Quando o sujeito é formado por fração o verbo concorda


com o numerador.

92 / Gramática
É o exemplo de: Um terço dos garotos faltou
Dois terços da turma faltaram

Agora que você aprendeu tudo sobre concordância


verbal, vamos entender as normas que regem a concor-
dância nominal:

CONCORDÂNCIA NOMINAL: Para entender a con-


cordância nominal é preciso estar atento à seguinte regra:
o artigo, o adjetivo e o numeral concordam em gênero e
número com o nome a que se referem. Portanto você tem
que avaliar com quais elementos o nome vai concordar.
Ouça agora os principais casos:

-Quando o nome é um adjetivo que vem depois de dois


ou mais substantivos a concordância é feita com todos ou
com o mais próximo. Por exemplo: Comprou lápis e caneta
novos. O adjetivo novos concorda com os dois elementos:
lápis e caneta. Ou então: Comprou lápis e caneta nova,
concordando com o mais próximo.

ATENÇÃO: É importante notar que, se os


substantivos forem de gêneros e números dife-
rentes, o adjetivo, quando posposto, concordará
preferencialmente no masculino plural.

Concordância verbal e nominal / 93


- Se o adjetivo vem antes do substantivo, ele concorda
com o mais próximo. Por exemplo: Tinha longa barba e
cabelo. Nessa frase o adjetivo longa concorda apenas com
o substantivo mais próximo, barba.

-Ao se tratar de nome próprio ou parentesco, o adjetivo


fica no plural. Por exemplo: Conheci as esforçadas Eduarda
e Luíza.

-Quando o adjetivo tem função de predicativo, ele


concorda com os dois núcleos do sujeito composto. Por
exemplo: A mulher e o garoto estavam certos. O predicativo
certos concorda com os dois núcleos do sujeito composto:
mulher e garoto.

-Se o verbo de ligação vem antes do sujeito composto, a


concordância vai depender do número em que se emprega
o verbo. Por exemplo: Estavam certos a mulher e o garoto.
Também está correto:Estava certa a mulher e o garoto.

Agora vamos aprender a concordância de algumas ex-


pressões bem conhecidas:

-Alerta e menos são palavras invariáveis, portanto, não


sofrem alteração de nenhum tipo.Vamos aos exemplos: Elas
estavam alerta. Estava com menos empolgação.

94 / Gramática
ATENÇÃO: Tenha cuidado com a substantiva-
ção do termo alerta, como em “Os alertas foram
dados”. Neste caso ele assume as características de
um substantivo, logo, ele flexiona. Há, ainda, a lo-
cução adverbial EM ALERTA, que não sofre flexão.
Por exemplo: Os soldados estão em alerta.

- Obrigado é variável e concorda sempre com o termo a que


se refere. Analise agora os exemplos: O menino disse: “obriga-
do”. A menina falou: “obrigada”.Perceba que nas frases o termo
“obrigado” variou de acordo com os seus referentes.

- As palavras anexo e incluso concordam com o nome a


que se referem. São, portanto, variáveis. São exemplos: As
correspondências anexas e Os adesivos estão inclusos.
No primeiro exemplo, o vocábulo anexo concordou com
as correspondências. O mesmo aconteceu com a expressão
incluso que concordou com adesivos, o termo referente.

ATENÇÃO: A expressão em anexo é invariá-


vel. Por exemplo: Em anexo ao documento, envio
algumas cartas.

-A palavra bastante pode ser advérbio ou adjetivo, po-


dendo variar ou não. Por exemplo: Tenho bastantes fotos.

Concordância verbal e nominal / 95


Nesta frase, bastantes pode variar porque tem a função de
adjetivo. Outro exemplo: Estavam bastante nervosos. Agora
a palavra bastante tem a função de advérbio de intensidade,
portanto, é invariável.

- Meio: Pode ser advérbio ou numeral. Como advérbio é


invariável.Exemplo: É meio dia e meia.Nesta frase constam
dois numerais: meio e meia. Já no exemplo Eles estavam meio
cansados,a palavra meio é advérbio, logo é invariável.

-Mesmo e próprio: Concordam com o termo a que se


referem. Por exemplo: Ela mesma fará o conserto.Ou então:
Ele mesmo fará o conserto.

-Um e outro e Nem um nem outro: O substantivo que


os acompanha fica no singular. Por exemplo: Um e outro
candidato chegou.

-Possível: Concorda com o artigo. Vamos aos exemplos:


Quero um carro o mais moderno possível. Encontrei pai-
sagens as mais belas possíveis.

Ainda estudando a concordância nominal, observe agora


quais são as palavras que variam e as que são invariáveis:

-A palavra Só equivalente a sozinho é variável, pois é


um adjetivo. Com o significado de somente, é invariável,
sendo classificada como advérbio.

96 / Gramática
1° exemplo: Elas ficaram sós. Sós é variável, pois equi-
vale a sozinhas.
2°exemplo: Só elas ficaram. Nesse caso é invariável por-
que equivale a somente.

-A expressão A olhos vistos é sempre invariável.


Por exemplo: Ela engordava a olhos vistos.

-Caro e barato: São palavras invariáveis, exceto com


verbo de ligação. Só neste caso é variável. Por exemplo:
Os cadernos estão caros.
Os cadernos custam caro.

-Quando mais de um numeral ordinal se refere ao


substantivo, ele vai ao plural. Por exemplo: 1º, 2º E 3º
exemplares.

ATENÇÃO: Se o substantivo vier no final com


numerais precedidos de artigo, ele pode ficar no sin-
gular ou plural. Vamos ao exemplo: O 1º,o 2º e o
3º exemplares ou o 1º, o 2º e o 3º exemplar.

-Para finalizarmos o estudo sobre concordância nominal,


a expressão Tal qual é variável. São exemplos: Ele era tal
qual o irmão. Eles eram tais qual o irmão.

Concordância verbal e nominal / 97


Capítulo 10 / Regência nominal
e verbal

A regência trata das relações entre as orações, ou seja,


verifica se o verbo precisa ou não de um complemento. Há
dois tipos de regência: nominal e verbal.

REGÊNCIA NOMINAL: Quando o termo regente é


um nome.

REGÊNCIA VERBAL : Quando o termo regente é


um verbo.

A regência verbal é indicada pelos seguintes assuntos:

- Verbo transitivo direto: Existe um complemento


sem preposição. Exemplos: Fizemos compras. Compramos
roupas. Perceba que os verbos dos exemplos não pedem
preposição para se unir ao complemento.

-Verbo transitivo indireto: Exige complemento com


preposição. Por exemplo: Gosto de música. Observe que o
verbo gostar pede a preposição de.

98 / Gramática
-Verbo transitivo direto e indireto: Vem com dois com-
plementos: um direto e um indireto. Por exemplo: Enviei o
documento ao advogado. Quem envia, envia algo (o quê?
o documento) a alguém (a quem? ao advogado). Enviei é
um verbo transitivo direto e indireto porque o termo o
documento é objeto direto (complemento sem preposição)
e a expressão ao advogado é objeto indireto por causa da
preposição ao.

-Verbo intransitivo: Não exige complemento. Pode


vir acompanhado de um adjunto adverbial. Por exemplo:
Foram à praia. À praia é adjunto adverbial de lugar.

-Verbo de ligação: Liga o sujeito ao predicativo através


de uma qualidade ou estado. Ouça os principais verbos de
ligação: ser, estar, parecer, ficar, continuar, permanecer,
andar, virar, tornar, achar e transformar. Por exemplo:
Mário ficou doente.

Acompanhe agora a regência de alguns verbos:

- Assistir: Pode ser transitivo direto, indireto ou intransi-


tivo nos seguintes casos:

Regência nominal e verbal / 99


a) É transitivo direto no sentido de dar assistência, prestar
auxílio. Por exemplo: O enfermeiro assistiu o doente.

b) Assistir é transitivo indireto com significado de ver


e presenciar. Maria assistiu ao filme. Tenha cuidado com a
construção usual, quotidiana : “Maria assistiu o filme” e,
especialmente com a passagem desta construção para a voz
passiva: O filme foi assistido por Maria. Segundo a Norma
Padrão, estas construções estão erradas, porque o verbo assistir
com significado de “ver, presenciar” é verbo transitivo indireto
e não aceita a voz passiva.

c) Assistir é transitivo indireto com significado de caber,


pertencer. Rege a preposição A e aceita os pronomes lhe e lhes.
Por exemplo: Não lhe assiste o direito de intervir. Assiste ao
réu o direito de ficar em silêncio.

d) Assistir é intransitivo no sentido de morar, residir.


Exemplo: Ana assiste em Londres.

- Regência do verbo Aspirar :

a) O verbo aspirar no sentido de cheirar, inspirar e sorver


é transitivo direto. Por exemplo: Ele aspirava o aroma.

b) Aspirar no sentido de almejar, pretender é transitivo indi-


reto. Por exemplo: A mulher aspirava a um aumento salarial.

100 / Gramática
- Regência do verbo Visar :

a) Visar no sentido de pôr o visto é transitivo direto. O


rapaz visou o documento.

b) Visar no sentido de mirar é transitivo direto. Exemplo:


João visou o alvo.

c) Visar no sentido de almejar e pretender é transitivo


indireto. Visemos à paz mundial.

- Regência dos verbos Pagar e perdoar : Neste caso pedem


o objeto direto de coisa e o indireto de pessoa. Por exemplo:
Perdoemos o erro aos inocentes. O erro é objeto direto e aos
inocentes é objeto indireto.

- Regência dos verbos Avisar, prevenir, informar, cer-


tificar e cientificar : Esses verbos são transitivos diretos e
indiretos. Vamos aos exemplos: Avisei–o de que terá a luz
cortada. Aconselhei–as de que não viajassem sós.

- Regência dos verbo chamar :


a) No sentido de pedir a presença, convocar é transi-
tivo direto. Por exemplo: Chamei o sócio.

Regência nominal e verbal / 101


b) No sentido de clamar, é transitivo indireto. Cha-
mava por Jesus, é um exemplo.

c) No sentido de apelidar, qualificar pode ser transitivo


direto ou indireto. Por exemplo: Chamei–o injusto ou
então Chamei–o de injusto.

- Regência dos verbo Implicar :

a) Com significado de perturbar é transitivo indireto.


Por exemplo: Ela implicou com o professor.

b) Com significado de acarretar, pressupor, é transitivo


direto. Seu atraso implicará demissão,é um exemplo.

- Regência dos verbo Proceder :

a) No sentido de agir, é intransitivo.Carla não proce-


deu bem.
b) No sentido de procedência, provir de algum lugar, é
intransitivo. O ônibus procedia de Manaus.
c) No sentido de dar andamento é transitivo indireto.
Por exemplo: O delegado procedeu ao interrogatório.

-Regência dos verbo Querer :

a) Com significado de desejar é transitivo direto. A


menina quer o caderno.

102 / Gramática
b) No sentido de gostar é transitivo indireto. Nós
queremos bem aos nossos filhos.

- Regência dos verbos Pedir, suplicar e implorar : São


transitivos diretos e indiretos. São usados com a prepo-
sição PARA apenas se a palavra licença estiver oculta. Por
exemplo: Pedi ao aluno que se calasse.

Agora vamos aprender os casos particulares de .


regência verbal:

- Os pronomes EU e TU são empregados como sujeito


ou predicativo. MIM e TI,como complemento preposicio-
nado.Por exemplo: Isto é para eu analisar.

- O verbo transitivo indireto não é usado na voz passiva.


Por exemplo: Todos assistiram ao festival. É incorreto dizer
O festival foi assistido por todos.

-O pronome LHE, como objeto indireto, é usado em


relação a pessoas. Por isso alguns verbos não o aceitam
como complemento. Por exemplo: Visamos ao bem da
humanidade, ou seja, visamos a ela e não LHE.

-Quando o verbo da oração pedir a preposição A, usamos


AONDE. Por exemplo: Aonde iremos? Iremos a? Então
usamos aonde.

Regência nominal e verbal / 103


-Não se une à preposição o sujeito do verbo no infinitivo.
Por exemplo: Antes de ele sair, despediu–se do pai. Perceba
que o termo correto é de ele e não dele.

Agora que finalizamos a parte de regência verbal,


vamos aprender tudo sobre regência nominal?

REGÊNCIA NOMINAL: Nessa regência há poucos


desencontros entre a norma culta e a falada. Se a palavra
que exigir uma preposição for um nome, será então regência
nominal. Vamos ouvir os exemplos a seguir:

Alheio a – Por exemplo: Estava alheia a todos.


Amigo de – O amigo de João chegou.
Amoroso com, para com – Ele é muito amoroso com
a tia.
Ansioso por ou de – Por exemplo: Estava ansioso por
notícias.
Apto a ou para – Está apto ao cargo.
Atento a, em – Por exemplo: Estava atento em todos!
Bom para – Isso é bom para você.
Certeza de – Tenho certeza de que irá vencer.
Compatível com – Por exemplo: Isso é compatível com
as minhas ideias.
Confiante em – Ele está confiante em você

104 / Gramática
Contemporâneo de ­ – Contemporâneo da Revolução
Industrial.
Cuidadoso com – Por exemplo: Ana é cuidadosa com
a irmã.
Entendido em – Ele é entendido em Filosofia.
Escasso de – Por exemplo: O Sertão do Estado de Per-
nambuco é escasso de água.
Essencial para – Saber falar inglês é essencial para o
sucesso profissional.
Estranho a – Por Exemplo: Estava estranho a tudo.
Generoso com – Por Exemplo: Ele é generoso com
os amigos.

Regência nominal e verbal / 105


Capítulo 11 / Crase e sinais de
pontuação

CRASE: Usamos crase quando há junção entre a pre-


posição e um artigo ou pronome demonstrativo A. Por
exemplo: Vamos a + a praia.

Quando a crase é usada:


-Quando, em nomes próprios de lugar, trocar o verbo
por vir e aparecer a preposição da. Observe o exemplo:
Fui à Bahia. Perceba que ao trocar o verbo aparece a
preposição da: Vim da Bahia. Na frase: Fui a Curitiba.
Trocando o verbo fica assim a frase: Vim de Curitiba.
Nesse caso não se usa crase. Resumindo: Quem vai A
volta DA, neste casos, há crase. Quem vai A e volta DE,
crase para quê?

-Quando, em nomes comuns, trocamos o feminino pelo


masculino e aparece AO. Vamos ao exemplo: Sejamos úteis
à sociedade. Nesta frase usamos a crase. Vamos trocar agora
por um nome no masculino? Então fica assim: Sejamos
úteis ao povo.

106 / Gramática
ATENÇÃO: A crase é sempre usada antes de
palavras femininas, claras ou ocultas. São exemplos:
Diga à aluna que voltei. A palavra aluna é feminina.
Usava um chapéu à Napoleão,ou seja: à moda.

A crase é obrigatória nos seguintes casos:


a) Em locuções adverbiais formadas por palavras femi-
ninas. É importante lembrar que locuções adverbiais são for-
madas por preposição + substantivo ou adjetivo ou advérbio.
Tomemos como exemplo a frase: Ela saiu às pressas.

b) Em locuções prepositivas formadas por palavras


femininas. Saiu à procura de um enfermeiro.

c) Em locuções conjuntivas formadas por palavras femini-


nas. Como exemplo: Avançamos à medida que trabalhamos.

d) Na palavra hora, indicando o momento exato que


aconteceu algo. Por exemplo: Chegou às três horas.

e) Nos pronomes demonstrativos aquele, aquela e


aquilo. Digo isso àquela garota.

Crase e sinais de pontuação / 107


f) No pronome demonstrativo A. Por exemplo: Refi-
ro–me à que chegou atrasada. Equivale a aquela, ao que.

g) No pronome relativo À QUAL. Por Exemplo:


minha madrinha, à qual sempre obedeci, ensinou–me
a ser honesto.

Casos facultativos do uso da crase:

a) Diante de pronome possessivo no singular.


Acompanhe os exemplos: Escrevi à sua mãe (é craseado)
Ou então: Escrevi a sua mãe (sem crase).

b) Antes de nomes de pessoas do sexo feminino.


Como exemplo: Ele fez referência à Marisa (o “a” é
craseado).
Ou então: Ele fez referência a Marisa (sem crase).

c) Diante da preposição ATÉ.


Fomos até à praia (o “a” com crase).
Ou então: Fomos até a praia (sem crase).

d) Antes de nomes de lugar: França, Inglaterra,


Ásia, Europa, Escócia, Espanha e Holanda. Por exem-
plo: Retornarás à Europa (com crase).
Ou então: Retornarás a Europa (sem crase).

108 / Gramática
Quando não usamos crase:
– Antes de palavras masculinas.
– Antes de pronomes pessoais, de tratamento e inde-
finidos.
– Antes de verbo.
– Em frases com sentido indefinido.
– Em expressões formadas por palavras repetidas.
– Se o artigo A vier antes de palavra no plural.
– Na palavra casa, que não estiver determinada ou
qualificada.
– Na palavra distância, se não estiver especificada.
– Na palavra terra, no sentido de chão firme.
– Antes de nomes históricos.
– Se a expressão a vista, significar oposto de a prazo.
–Diante do nome de santo ou santa ou de Nossa
Senhora.

SINAIS DE PONTUAÇÃO: São usados para repro-


duzir, na escrita, os inumeráveis recursos da fala. Vamos
agora estudar os sinais que podem apresentar dificuldade
de emprego.

VÍRGULA: A função gramatical da vírgula é indicar


uma breve pausa. Usamos vírgula nos seguintes casos:

Crase e sinais de pontuação / 109


a) Nas construções que apresentarem a ordem inversa.
Por exemplo: Na escola, aquele garoto fez a prova.

b) Na ordem direta com expressões explicativas ou ad-


verbiais intercaladas. Vamos aos exemplos: Aquele garoto,
como eu lhe falei, fez a prova na escola. Ou então: Antonio
viaja muito, ou melhor, demais.

c) Para separar o aposto explicativo que, como já vimos,


é o termo que tem a função de explicar, esclarecer o nome
que o antecede. Por exemplo: Teu sobrinho, aluno da 3ª
série, está dispensado.

d) Para evidenciar o vocativo. João, você quer comer


feijão?

e) Em orações coordenadas, exceto as começadas em E. Por


exemplo: Pintou o cabelo de preto, mas não ficou satisfeita.

f ) Em orações subordinadas adverbiais deslocadas. Como


por exemplo: Para que o notassem, começou a gritar.

g) Em termos de mesmo valor numa coordenação. Ele


era alto, magro, simpático, inteligente.

h) Em orações unidas pelo conectivo E, se os verbos


forem regidos por sujeitos diferentes. Por exemplo: Ana leu
o jornal, e Bruna escreveu a carta.

110 / Gramática
i) Quando escrevemos datas. Por exemplo: Recife, 15
de dezembro de 2000.

j) Para indicar supressão de verbo. Maria quer comer


feijão: Paulo, não.

l) Em conjunções adversativas e conclusivas deslocadas.


Vamos ao exemplo: O aluno estudou pouco; conseguiu,
porém, êxito no concurso.

m) Em orações subordinadas adjetivas explicativas, que


são aquelas iniciadas por pronomes relativos antecedidos de
vírgula. O jardim, que está florido, é bem cuidado.

n) Termos deslocados do período pronunciados com


pausa. Depois do jantar, fomos ao teatro.

Quando não se usa vírgula:


a) Na ordem direta. Aquele aluno fez a prova na escola.
b) Para separar verbo do sujeito ou objeto. Luís saiu logo.
c) Para separar nome de complemento ou adjunto. Tinha
medo de todos.
d) Para separar verbo do predicativo. Por exemplo: Esse
menino é bastante travesso.
e) Em oração substantiva da principal. Vamos ao exem-
plo: José sabia que ia conseguir.

Crase e sinais de pontuação / 111


PONTO E VÍRGULA: É usado para indicar uma pausa
maior do que a vírgula. É aplicado nos seguintes casos:

a) Em grupos diferentes de uma oração. Vamos ao


exemplo: Ele trouxe canetas, lápis, borrachas; eu, cadernos,
livros e dicionário.

b) Em itens de uma enumeração. Por exemplo: O bom


aluno precisa fazer duas coisas: chegar no horário; estudar
antecipado para as provas.

c) Em orações adversativas e conclusivas com longas


pausas. Havia muitas alunas à minha espera; no entanto
preferi ficar em casa.

d) Em orações coordenadas com conjunção deslocada.


Vamos ao exemplo: Treinou a semana inteira; estava, por-
tanto, preparado.

DOIS PONTOS: É usado nos seguintes casos:

a) Em uma citação. Por exemplo: Disse o filósofo: “Eu


sei que nada sei”.

b) Numa enumeração. Algumas pessoas só desejam


duas coisas: paz e amor.

112 / Gramática
c) Um exemplo, uma nota, uma observação, um es-
clarecimento.

RETICÊNCIAS: É usada para indicar a interrupção


de uma ideia. Por exemplo: Estava imaginando... Bem,
não interessa.

Crase e sinais de pontuação / 113


Capítulo 12 / Uso do por que,
emprego do “há” (do verbo haver)
e do “a” (preposição)

Uso do “que” e do “se”

Uso do por que


- Por que separado e sem acento é usado quando for
equivalente a pelo qual ou em frases interrogativas diretas
e indiretas. Vamos ao exemplo: Por que ele fugiu? Esta
uma frase interrogativa direta. Na frase Não sei por que ele
fugiu agora temos uma frase interrogativa indireta. Outro
exemplo: O caminho por que passei é perigoso. Esse por
que equivale a pelo qual.

-Por quê separado e com acento é usado em final de


frases interrogativas diretas. Por exemplo: Você chegou
tarde por quê?

- Porque junto e sem acento é usado quando se trata


de uma conjunção causal ou explicativa. Não foi trabalhar
porque estava doente.

114 / Gramática
-Porquê junto e com acento é usado quando for um
substantivo. Vem antes de artigo ou palavra determinante.
Não sei o porquê dessa confusão, é um exemplo.

Emprego do há, do verbo haver, e do “a”


preposição
Existem expressões que sempre causam certa confusão
na hora de escrever. O verbo HÁ e a preposição A estão
entre os casos mais comuns. Vamos saber em quais situações
eles são aplicados?

-O Verbo HÁ, é utilizado para indicar um tempo já


decorrido, no passado. Nesse caso o verbo HÁ equivale a
palavra FAZ. Por exemplo: Há dois meses que não vejo meu
namorado. Na interpretação da frase percebemos que FAZ
dois meses. Portanto, um tempo que já passou.

-A Preposição A é empregada para designar um tempo no


futuro e também para se referir a distância. Por exemplo: Daqui
a dois dias meu namorado vai chegar. Observe que o namorado
chegará em dois dias, portanto, no futuro. Outro exemplo: Os
cones foram instalados a 50 metros de distância.

Uso do “que”
O que possui várias classificações e funções diversas. É
por isso que provoca muitas dúvidas na escrita.

Uso do por que, emprego do “há” (do verbo haver) e do “a” (preposição) / 115
- QUÊ como substantivo vem precedido de artigo e
com acento circunflexo. Por exemplo: Ela tem um quê de
misteriosa. Neste caso, o quê equivale a alguma coisa.

-QUÊ como interjeição exprime um sentimento e vem


sempre acentuada. Por exemplo: Quê! Você vai embora?

-QUE como partícula expressiva ou de realce acontece


quando pode ser tirada da frase, sem prejudicar o sentido. O
que, neste caso, não recebe acento circunflexo. Por exemplo:
Quase que não consigo fazer o exercício.

-QUE como advérbio modifica um advérbio ou adjeti-


vo, equivale a quão. Por exemplo: Que lindas são aquelas
flores! Ou Quão lindas são as flores!

- QUE como conjunção: Quando liga duas orações. Pode


ser oração coordenada ou subordinada. Por exemplo: Vá logo,
que é tarde. O QUE é uma conjunção coordenativa explicativa,
neste caso. Um outro exemplo: Dançou tanto que cansou.
Agora o QUE é uma conjunção subordinativa consecutiva.

-QUE como pronome indefinido: Aparece antes dos


substantivos em frases geralmente exclamativas. Pode ser

116 / Gramática
trocado por quanto, quanta, quantos, quantas. Por exem-
plo: Que coisa errada!

-QUE como pronome interrogativo: Usado em frases


interrogativas diretas e indiretas, para fazer perguntas. Por
exemplo: Que jogador marcou o gol?

- QUE como pronome relativo: Aparece, em geral, após


substantivo e pode, na prática, ser trocado por: o qual, os quais,
a qual e as quais. Por exemplo: Achei muito bela a garota que
você me apresentou. Fazendo a substituição do que pelo qual
temos: Achei muito bela a garota a qual você me apresentou.

Uso do “se”
A partícula SE pode exercer muitas funções na frase.
Vamos conhecer as principais?

-É usado como substantivo quando for determinado


por um artigo ou pronome indefinido. Por exemplo: O se
é um palavra de incerteza.

- O SE como partícula expletiva ou de realce pode


ser retirada da oração sem prejudicar o seu sentido. Por
exemplo: E se entristecia com o sofrimento da amiga.

Uso do por que, emprego do “há” (do verbo haver) e do “a” (preposição) / 117
-SE também pode ser usado como parte integrante
de verbos pronominais. Alice queixou-se da prova, é
um exemplo.

-Como partícula apassivadora ocorre quando está na voz


passiva sintética. Vendem-se bijuterias, é um exemplo.

-Quando indica a indeterminação do sujeito. Neste


caso o verbo é intransitivo ou transitivo indireto. Exemplo:
Vive-se bem em Maceió.

-O SE é reflexivo quando é equivalente a si mesmo. Por


exemplo: Roberto feriu-se.

-E o SE como conjunção pode ser:

a)Conjunção subordinada integrante quando vem


iniciado por uma oração subordinada substantiva. Por
exemplo: Perguntei se ela estava feliz.

b)Conjunção subordinada condicional equivale a


caso e inicia uma oração adverbial condicional. Exemplo:
Continuarei a leitura se você ficar quieto.

118 / Gramática
Bibliografia

Livros
–Terra, Ernani. Curso prático para gramática.
3ª edição. Editora Scipione, 1996.

–Savioli, Francisco Platão. Gramática em 44 lições.


Série compacta.
14ª edição. Editora Ática. 1988.

– Vicente, Jorge. Português. Série Impetus. Questões.


5ª edição. Editora Campus. 2004.

– Aquino, Renato. Português para concursos. Série


provas e concursos. Editora Impetus.
14ª Edição. 2004

– Revista Português para Concursos.


Rio de Janeiro. Editora Provenzano.

119./.Gramática
Sites
– www.capcursos.com.br

– www.vemconcursos.com.br

– www.pciconcursos.com.br

– www.policon.com.br

Bibliografia./.120

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