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CAPÍTULO IX (2002)
9.1 Introdução
A função dos pilares é transmitir as cargas da superestrutura (carga móvel, peso próprio,
frenagem, vento, deformações, etc.) para a infra-estrutura(fundações) .
Após a determinação dos esforços que atuam nos pilares(esforços no topo dos pilares e
cargas aplicadas diretamente em seu fuste), objeto desta parte do curso, o dimensionamento(dimensões,
armaduras) dos pilares é feito da mesma forma que aquela utilizada nas disciplinas de concreto armado.
transversina transversina
travessa
travessa
maciças
Parede fina
costante ou
variável
estrutura de suporte
da forma
forma
barra para suporte
da forma
No caso de pontes em arco ou pórtico, o cálculo dos esforços não pode, em geral, ser
dividido em dois: superestrutura de um lado, meso e infra-estrutura de outro. Nestes casos a estrutura deve
ser calculada como um todo.
9.3
Nas pontes de vigas, lajes ou celulares, que constituem a grande maioria das obras
executadas, a separação acima referida pode ser feita, o que simplifica bastante o projeto. A superestrutura
é assimilada a uma viga contínua articulada na superestrutura (pilares) através dos aparelhos de apoio.
Essas articulações são admitidas móveis com exceção de uma, admitindo-se uma vinculação isostática.
Esse modelo de cálculo (Fig. 9.4) é usado para os efeitos, M,N,V e reações, das cargas
verticais sobre a superestrutura (tabuleiro, ou estrado).
Para efeito das cargas horizontais esse modelo não serve, devendo ser substituído. Admite-
se (Fig. 9.5), usualmente, para esse caso, que a super seja representada por um bloco rígido sobre apoios
elásticos. Esses apoios elásticos correspondem ao conjunto: aparelho de apoio, pilar, fundação.
A seguir são representados os modelos de cálculo:
a) Modelo de viga contínua, para cálculo dos efeitos(esforços solicitantes e reações) das cargas.
verticais sobre a superestrutura.
1 2 3
b) Modelo de bloco rígido sobre apoios elásticos, para cálculo dos efeitos das cargas horizontais.
k k k
1T 2T 3T
F1 Fi F i+1 Fn
Fi
Fi
Pn Fi
P Pi Pi+1
1 Fi
∆ F
∆ ∆ ∆ ∆ ∆
corpo rígido
pilar
∆ = deslocamento produzido pela força F, através da deformação dos apoios elásticos.
Por definição, rigidez é o esforço que provoca deslocamento unitário. Assim, como o topo
do apoio "i" sofre o deslocamento ∆ , a rigidez ki deste apoio é dada por : ki = Fi / ∆
∆
Fi
Neoprene
Fi
Rigidez do apoio elástico = ki =
∆
pilar
apoio elástico é o conjunto pilar + aparelho de apoio de Neoprene
Da fig.9.9, tem-se:
Fi Fi l 3pi 3E pi I pi
k pi = δ mas, δ pi = ∴ k pi = = rigidez do pilar (9.1)
pi 3E pi I pi l 3pi
onde,
l pi = comprimento do pilar i
I pi = momento de inércia do pilar i
E pi = módulo de elasticidade do pilar i
Fi δ ai
Fi τ Fi Fi
k ai = mas, pela lei de HoO ke, γ = e τ= ∴ γ=
δ ai G ai A ai G ai A ai
Fi h ai
pela Fig.7.10 tem − se: γh ai = δ ai ∴ δ ai =
G ai A ai
G ai A ai
Por tan to, k ai = = rigidez do aparelho de apoio (9.2 )
h ai
δpi δ ai
k
i
Fi = k i ∆ (9.3)
onde,
1
ki = 1 1
= rigidez do apoio elástico ( pilar + aparelho de apoio) i (9.4)
( + )
k ai k pi
F
F= Fi = ki∆ = ∆ k i , então, ∆= (9.5)
ki
substituindo - se (9.5) em (9.3), tem - se :
ki
Fi = F (9.6)
ki
onde,
Note - se que a distribuiçã o da carga F, que atua no tabuleiro, para os apoios elásticos
ocorre na proporção de suas rigezas.
Deve-se também observar que, caso o apoio elástico seja constituído por mais de um pilar,
na direção transversal, a carga absorvida por cada pilar será igual a (Fi / n), onde n é o número de pilares
naquele apoio elástico. Pois, na dedução da expressão (9.6) foi considerado, no equilíbrio, que o apoio
elástico continha, na direção transversal, apenas um pilar (ver eq. (9.5)). Se, o apoio fosse constituído por
"n" pilares, ele absorveria, considerando Fi a força absorvida por cada pilar do apoio, nFi ,
conseqüentemente, o equilíbrio seria escrito da seguinte forma: F=###nFi . Portanto, a carga em cada pilar
seria:
1 ki
Fi = F
n Σk i
1
Fi = Fi ...... c.q. d.
n
Estes casos não se incluem no procedimento de cálculo visto anteriormente, pois não há
força resultante aplicada na superestrutura, apenas deformações longitudinais impostas.
Para efeito de projeto, considera-se a variação de temperatura e a retração reunida numa
única variação de temperatura equivalente:
Sob a ação da retração, o tabuleiro se encurta. Sob a ação da temperatura o tabuleiro encurta
ou se alonga, conforme a temperatura diminui ou aumenta. Dada a sua ligação com o tabuleiro, os pilares
são obrigados a acompanhar esses movimentos, resultando esforços aplicados nos topos dos pilares.
Se todos os apoios forem elásticos, os movimentos de alongamento ou de encurtamento do
tabuleiro se processam nos dois sentidos da direção longitudinal do tabuleiro, e há, evidentemente, um
plano vertical transversal, no qual o deslocamento é nulo. Considerando-se esta propriedade, o
deslocamento δoi em um apoio elástico "i" é função da sua distância até o plano de deslocamento nulo.
Obtido o deslocamento δoi , o esforço correspondente a esse deslocamento é dado por : Fi = ki δoi .
A solução desse problema se obtém superpondo-se duas soluções: uma em que se aplica
∆Teq à superestrutura com uma extremidade fixa (deslocamento nulo, com isso, os deslocamentos e os
esforços correspondentes nos topos dos apoios elásticos são determináveis)e outra em que se devolve à
superestrutura a reação do apoio (Fig. 9.12) .
∆Teq
F1 Fi Fn
k1 ki kn
r) estrutura real submetida a variação de temperatura , ∆Teq
apoio introduzido
δ δ δ
o1 oi on
xi
Fo
Fo ∆Teq
δ oi = α.∆Teq . x i (9.7)
onde,
α = coeficiente de dilatação térmica , para o concreto, α = 10−5oC−1 ,
∆Teq = variação de temperatura equivalente à retração e temperatura,
xi = distância da extremidade fixa até o apoio "i" .
A força no topo do apoio "i" devido ao deslocamento δoi , produzido por ∆Teq , é
dada por,
Foi = k i . α. ∆Teq . x i (9.8)
9.8
Fo = Foi (9.9)
Fo = k i .α.∆Teq .x i (9.10)
Σk i . x i
Fi = k i . α. ∆Teq .(x i − ) (9.13)
Σk i
onde,
Fi = força correspondente a cada aparelho de apoio , pois, nasce caso não foi utilizado a equação
de equilíbrio, e só depende da deformação produzida pela variação de temperatura no
aparelho de apoio.
ki = é a rigidez do conjunto (aparelho de apoio + pilar)
xi = é a distância da origem "o" , do sistema de coordenadas oxy, colocada na extremidade da
viga com deslocamento nulo, até o apoio "i".
Neste caso, também, pode ser considerada a superestrutura como rígida apoiada
sobre apoios elásticos (aparelho de apoio + pilar), devido à grande rigidez das lajes no plano horizontal.
Nas Figs. 9.13a 9.13c representam-se tabuleiros solicitados por esforços horizontais
transversais.
9.9
Fc (força centrífuga)
tabuleiro
pilar
E (empuxo)
E
w(vento)
w
Pi
E α xi
xi
E α
w o
c) Ponte esconsa d) Deslocamento do pilar P provocado pela rotação
i
α do tabuleiro em torno do ponto "o"
ΣF = 0 Σ Fi = Σ k i . α . x i = αΣ k i . x i = 0 (9.14)
ΣM = 0 Σ Fi x i = Σ k i . α . x 2i = αΣ k i . x 2i = M res (9.15)
dA
y
M
σy
x y σy = c.y
CG onde,
LN
c = coeficiente de
proporcionalidade
Figura 9.14 - flexão simples
Analogia
Problema de flexão simples da resistência dos Problema de cargas transversais horizontais
materiais de pontes
dA = área elementar da seção ki = rigidez de cada apoio(pilar+ aparelho de
apoio)
y = distância do CG até a área elementar xi = distância do centro de gravidade das
rigezas ki
até a rigidez ki do apoio "i"
CG = centro de gravidade das áreas CGr = centro de gravidade das rigezas dos
elementares apoios
da seção
A = Σ ki
I = Σ k i . x 2i (9.18)
onde,
A = somatório das rigezas dos apoios(pilar + aparelho de apoio)
I = momento de inércia das rigezas ki
Se, no ponto CGr (centro de gravidade das rigezas) for aplicado a força Fres , o sistema
sofrerá uma translação. Nessas condições, se todas as cargas transversais horizontais aplicadas forem
referidas ao CGr das rigezas dos pilares, resulta um problema análogo ao de flexão composta da
resistência dos materiais, cuja expressão da tensão σi em um ponto "i" , é dada por :
Fres M res _
σi = ± .xi (9.19)
A I
onde ,
Como a área elementar é análoga à rigidez ki de cada apoio "i" , do problema de pontes,
então, considerando-se (9.18) e (9.19) ,a força correspondente ao apoio "i" é dada por :
9.11
F M 1 e. x i
Fi = σ . k i = k i ( res ± res . x i ) = k i . F res .( ± ) (9.20)
A I A k i . x i2
OBS. a) Fi é a força recebida pelo conjunto de "n" pilares (pórtico transversal) do apoio elástico "i" , se
houver mais de um pilar nesse apoio na direção transversal, então, a força recebida por cada pilar do
apoio será Fi /n . Pois, na dedução da expressão (9.20), foi considerada aplicada na estrutura total a
força resultante Fres . Para que a força Fi representasse a carga recebida por cada pilar do apoio
elástico "i", a força Fres teria que ser dividida pelo número "n" de linhas longitudinais de
pilares.
b) A parcela, da eq. (9.20), devido ao momento, pode ter direção diferente daquela devido à força,
por isso o sinal vetorial.
c) De forma análoga ao que é feito com áreas, pode-se calcular o centro de gravidade das rigezas,
da seguinte forma:
Σk i . x i
x CG r = (9.21)
Σk i
juntas de
dilatação
ELEVAÇÃO
P1 P P P
2 3 4
a 2 a 2 b 2 b 2 c 2 c 2
PLANTA
w(vento)
Segundo a fig. 9.15, os comprimentos de influência de cada apoio são dados por:
9.12
a
apoio 1 → l1 =
2
a+b
apoio 2 → l2 = ; Σ li = a + b + c
2
b+c
apoio 3 → l3 =
2
c
apoio 4 → l4 =
2
e, a força absorvida por cada apoio Fi , da resultante Fw , devido à pressão do vento w, é dada por
:
li
Fi = . Fw
Σ li
E E
P1 P2 P3 P1
Neste caso (figura 9.17) , a carga aplicada no pilar provoca no apoio superior uma
reação horizontal R11 , devido à resistência ao movimento do apoio de concreto ou elástico.
R11
E
P1 P2 P3
P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3
R11
R21
E
P1 P1
MB
B R11 R11 B R11 R11
E E E E
A A
MA MA
M A = momento de engastamento perfeito M A , M B = momentos de engastamentos perfeitos
OBS. : Os esforços nos outros apoios do problema da Figura (9.18a) , são nulos, pois esses apoios
não sofrem deslocamentos e os pilares correspondentes estão descarregados. Chamando-se
esses esforços de R1i , tem-se que para i 1 , R1i = 0 .
No problema da Figura 9.18b , o apoio "i" absorve uma parcela de R11 , como visto na eq.
(9.6), dada por:
9.14
ki
R2 i = . R11 (9.23)
Σk i
particularmente, o apoio 1 (P1), absorve :
k1
R2 1 = . R11 (9.24)
Σ ki
Para os demais apoios (exceto aquele que suporta carregamento direto, que no caso é o
apoio 1 , (P1) )
ki k
R1 i = R1i − R 2 i = 0 − R11 = − i R11 ; para i ≠ 1 (9.26)
Σ ki Σ ki
Se no topo do pilar carregado diretamente (pilar P1) existir ,um aparelho de apoio de
Neoprene, a reação R11 será menor que nos casos de aparelho de Freyssinet ou de aparelho contínuo,
devido à deformação do Neoprene.
k a1
R .(
R 11 k + k )
11 a1 p1
E E
k a1
R11 = R11. ; reação no apoio carregado do problema da figura 9.18a,
k a1 + k p1 (9.27)
quando o aparelho de apoio for de Neoprene
k1 ka1 k
R11 = R11 (1 − ) = R11. .( 1 − 1 ) ; para o pilar 1 carregado diretamente , cujo
Σki k a 1 + k p1 Σ ki (9.28)
aparelho de apoio é de Neoprene.
onde,
9.15
Estes problemas podem ser resolvidos de forma análoga aos itens 9.5.3.1 e 9.5.3.2.
Porém, é comum, para esses carregamentos, dimensionar os pórticos transversais(pilares ligados por
travessas) como sendo independentes do tabuleiro (ver fig. 9.21).
p (pressão d'água)
a) modelo para o cálculo dos esforços b) modelo para o cálculo dos esforços
solicitantes nos pilares solicitantes nos tubulões
F
Momento fletor transferido para o nível
M h
F do topo dos pilare :
M = F.h
ELEVAÇÃO
H1 H1
H2 M H2 M
h1
H1+H2 h2 H1+H2
Rp Rp
b
M = H1.h1 +H2.h2
Obs. O momento M solicita o pilar parede
M = H1.h1 +H2.h2
de forma constante
Rp . b = M
a) Pilar parede- transferência de esforços b)pórtico transversal - transferência de esforços
9.17
Figura 9.24 - Transferência de esforços transversais
9.5.5 Exemplo de cálculo dos esforços no topo dos pilares, devido às cargas
horizontais (Pfeil - vol. 1 - pág 87 e vol. 2- pág. 247).
defensa
viga
0,80
VISTA
2,25 neoprene Freyssinet neoprene LONGITUDINAL
( φ = 1,0m) 5,0m
8,0m ( φ = 1,0m) ( φ = 1,0m) ( φ = 1,0m)
P4
P1 P2 P3
2,0m
0,80m
0,10m
CORTE TRANSVERSAL
2,25m
0,40m
6,0m
a) Pilares
Ep = 2.100kN/cm2 = 2,1x107 kN / m2
d=1m
πd 2 πd 4
Ap = = 0 , 785 m2 ; Ip = = 4 , 91x10−2 m4
4 64
3mm 3mm
900mm 3mm
2mm
12mm
37mm 3mm
250mm 12mm
2mm
3mm
chapa de aço neoprene
Figura 9.26 - Aparelho fretado de Neoprene
Ff = 258,0 kN (9.33)
Supondo-se que a pista de rolamento de acesso tenha largara l p = 13,6m , tem-se(ver cap. II)
:
q v .3 + q (l p − 3,0)
E q = k a .q.b.h ; q=
lp
450
onde,q v = c arg a distribuida equivalente ao veículo = = 25kN / m 2 (9.40)
3× 6
q = c arg a móvel distribuída = 5kN / m 2 (classe45)
então,
1 [25 × 3,0 + 5(13,6 − 3)]
Eq = × x13,6 x 2,25 = 96,00 kN (9.41)
3 13,6
Considerando-se as rigezas dos apoios elásticos, eqs. (9.32), a eq. (9.6) que calcula a força em
cada apoio elástico "i”, e também que:
Fife
a.2) a ação do vento na direção longitudinal, eq. (9.37):
Fvl = 104,06kN , produzirá no apoio elástico "i" , a força Fivl ,
pode-se construir a tabela 9.1 , que fornece as forças Fife e Fivl em cada apoio elástico "i" .
A força absorvida por cada apoio elástico é dada pela expressão (9.13). Adotando-se a
extremidade esquerda da viga principal como a origem do sistema de coordenadas oxy, e considerando-se:
∆ Teq = ± 25 o C ( efeito conjunto da temperatura e retração )
,
α = 10 − 5 o C − 1
pode-se construir a tabela 9.2 , que fornece a força FiT , em cada apoio elástico "i" .
são calculados em relação ao centro de gravidade das rigezas dos mesmos, através das expressões (9.20) e
(9.21). Para isto, considere-se a fig. 9.27, onde a origem do sistema de coordenadas é adotada no pilar P1.
P P P P
1 2 3 4
k k k k
1 2 3 4
x
O
Figura 9.27 - Rigezas dos pilares para o cálculo do centro de gravidade das
rigezas, CGr
A partir da figura 9.27 e dos dados anteriores pode-se obter os valores da tabela 9.3,
que são representados na figura 9.28.
Para o cálculo dos esforços em cada pilar, utiliza-se a expressão (9.20). De forma
análoga à resistências dos materiais, o momento de inércia das rigezas, em relação ao CGr , é dada por :
I y = I y − A.d 2
onde,
I y = Σ k i x i2 = momento de inércia em relação ao sistema oxy
A = Σk i = soma das rigezas
d = distância entre os centros "o" e "CGr"
então, a partir da tabela 9.3, tem-se:
I y = 41.557.540,0 − 19.411,71x39,45 2 = 11.347.047,0
e, da expressão (9.20), repetida abaixo, resultam as cargas absorvidas pelos pilares:
1 6,95x 39,45
apoio P1 F1vt = 343,13x 3.629,24( + ) = 94,24kN
19.411,71 11.347,047
1 6,95x19,45
apoio P2 F2vt = 343,13x 3.093,30( + ) = 67,32kN (9.42)
19.411,71 11.347,047
1 6,95x 5,5
apoio P3 F3vt = 343,13x 6.041,60( − ) = 99,75kN
19.411,71 11.347,047
1 6,95x 25,55
apoio P4 F4vt = 343,13x 6.647,57( − ) = 81,81kN
19.411,71 11.347,047
Como cada apoio é constituído por dois pilares, a força recebida por cada um deles é obtida
dividindo-se os resultados anteriores por 2, que são as forças para o dimensionamento dos pilares (ver item
9.5.2).
A título de ilustração, calculam-se as cargas anteriores (9.42) pelo critério simplificado exposto no
item (9.5.2):
15
apoio P1 F1vt = x 343,13 = 68,63kN
75
22,5
apoio P2 F2vt = x 343,13 = 102,94kN (procedimento simplificado) (9.43)
75
22,5
apoio P3 F3vt = x 343,13 = 102,94kN
75
15
apoio P4 F4vt = x 343,13 = 68,63kN
75
Observa-se que os valores obtidos para os pilares 1 e 4, pelo processo simplificado, são contra a
segurança.
9.24
Quando as pontes são muito longas (> 100,0m) deve-se provê-las de juntas de dilatação, a
fim de aliviar os efeitos devidos à retração e à variação de temperatura. Nas pontes pré-moldadas as juntas
são espaçadas, naturalmente, com vãos da ordem de 15 a 20m, por motivos estéticos ou construtivos
(montagem, transporte, etc.).
Neoprene
L1 L2
L1 L2
F = F1 + F2 ; F1 = F ; F2 = F
L1+L2 L1+L2
Figura 9.29 - Tabuleiro com trechos hiperestáticos
Nas pontes com tramos biapoiados (fig.9.30), pode-se também distribuir o esforço
longitudinal proporcionalmente aos seus comprimentos, e o esforço de cada tramo é dividido, em partes
iguais, entre seus dois apoios.
F
onde,
F1 F2 F3
F = força longitudinal total
F1 F1 F2 F2 F3 F3 Fi = parcela de F correspondente ao tramo i =
2 2 2 Li F
2 2 2 =
Σ Li
L1 L2 L3
Figura 9.30 - Tabuleiro com trechos isostáticos
Existem formulações mais rigorosas, para estes casos, como, por exemplo, aquela que leva
em conta a rigidez dos aparelhos de apoio (ver Pfeil, vol. 2, pág.258).