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Pedro MelloFollow
Feb 21, 2017
Não basta somente estar no mundo digital para ser notado, uma simples página em HTML não
causa mais impacto se ela não for bem pensada e planejada, é preciso pensar como o design pode
ser usado para que as interfaces sejam amigáveis ao usuário e também atraentes para os olhos.
O objetivo desse texto não é tratar de UX, apesar de já ter se provado sua real importância, sendo
rentável não só para o usuário, mas, também para as empresas que investem nisso, ou seja, todos
saem ganhando, mas sim em UI e como um bom planejamento de design causa bons impactos
na experiência do usuário.
Clareza é de fato importante na hora de projetar uma interface, se pergunte cada detalhe antes de
pôr em prática, esse botão é realmente necessário? Quais caminhos o usuário percorre até chegar
aqui? Qual possibilidade pode-se explorar para que menos cliques sejam dados?
Uma interface clara e limpa gera menos confusão na mente das pessoas, uma linha direta de
raciocínio dentro da página ajuda ao usuário entender o que ele está fazendo e como ele está
fazendo, cada decisão de design gera um impacto diferente na experiência do usuário, seja ela
boa ou ruim.
Pense também em cada componente separado na hora de analisar as referências, um drop menu,
um label diferenciado, um tap menu, uma ferramenta de slider, cada componente separado pode
ser adaptado a sua realidade de projeto e gerar bons insights, porém tome cuidado nem todos
recursos encontrados nas referências pode ser usado em seu projeto analise bastante antes de
usar e sempre adapte à sua realidade.
behance.net
dribble.com
Utilizar padrões de reconhecimento já conhecidos pelo nosso cérebro ajuda a deixar a interface
mais intuitiva e melhorar a experiência, isso por que além dos usuários não lerem na web a cor
tem um impacto muito mais imediato do que o texto.
A cor também pode ser usada para determinar e hierarquizar as ações a serem tomadas…
No caso a cima a ação de cancelar é a ação primária, e aceitar é a secundária, esse tipo de caso é
muito utilizado em ações destrutivas, como por exemplo, você apaga o seu histórico de
navegação ou fecha um programa sem salvar. O feedback dado pelo sistema tenta prever que a
ação foi acidental, e com isso usa a cor para que o usuário tenha mesmo certeza se quer ou não
realizar essa ação.
Esse tipo de hierarquia também é muito usada em landing pages ou sites institucionais, é uma
ferramenta de muita importância para determinar as ações a serem tomadas e impactam
diretamente na experiência.
www.wine.com.br
No caso da Wine, por exemplo, claramente é de se observar como a cor verde chama atenção pro
usuário a realizar aquele tipo de tarefa, o verde se destaca e indica que a ação é positiva, e que
usuário avançará dentro do fluxo da compra.
www.spotify.com
O Spotify apela para as cores vivas e para efeitos visuais, como degrades, isso exemplifica o apelo
visual para atrair a atenção do usuário e transmitir a linguagem visual da marca, a cor nesse caso
exerce um importante papel psicológico em despertar os sentidos do usuário e fazer com que ele
exerça a ação de usufruir do serviço.
uigradients.com
webgradients.com
colourlovers.com
A imagem a cima é uma pesquisa feita pelo Nilsen Norman Group com a tecnologia de
eyetracking, exemplifica como o padrão do olho humano se comporta ao interagir com uma
interface, pode-se notar que as áreas superiores e do canto esquerdo são as áreas de mais
interesse para o olho humano.
www.awwwards.com
Muito utilizado em blogs e sites de busca, o padrão em “F” ajuda o usuário a ter uma noção geral
do que se passa na página, utilizando de linhas verticais e horizontais, o conteúdo é distribuído
focando a atenção em um formato parecido com a letra “F”, raramente o usuário lê cada palavra
do seu texto, sendo assim é importante focar as palavras chaves primeiro no canto superior
esquerdo, destacando-as.
www.awwwards.com
Usado pela maioria dos sites na web a o padrão em “Z” é muito utilizado por sites com conteúdo
mais leve, maior apelo visual e quem busca maior taxa de conversão, a grande parte de sites
institucionais e landing pages possuem esse padrão, o uso de imagens é mais propício
aumentando a ligação psicológica da interface com o usuário.
Maioria dos sites usam esse tipo de linha visual, veja alguns exemplos…
apple.com.br
contaazul.com
7. Flat design vs Skeuformismo, qual estilo gráfico
devo usar ?
Se olharmos para o passado o flat design começou a ganhar força à menos de três anos atrás, é
uma tendência mundial iniciada pelo grande e poderoso Google, porém a crítica existente
perante o flat design é ser simples demais ou considerado trabalho de preguiçoso, entretanto
sabemos que existe uma grande diferença entre flat design e um design pobre, antes de tudo irei
pautar o que é cada uma desses estilos que são muito utilizados no mundo digital.
O skeuformismo
O grande percursor disso é a Apple, dê uma olhada nos ícones do Mac os…
Interface de um Mac os
Todos os ícones se parecem bastante com o mundo real, os detalhes não passam batido e o uso
de brilhos e sombras são intensos.
Flat design
Com os avanços no mundo digital, novas interações foram surgindo, os usuários foram
avançando seu nível de aprendizado com as interfaces e as interações, e precisou abstrair mais a
forma, com isso surge o flat design, um design minimalista que bebe da mesma fonte que as
escolas de Ulm e Bauhaus.
netdna.webdesignerdepot.com
De inicio quando surgiu a interface do Windows 8 os usuários tiveram uma maior dificuldade de
aprendizado, de fato o flat design exige uma curva de aprendizado maior inicialmente, porém
isso não significa ser algo ruim, pelo contrário, depois de sua disseminação esse estilo vem se
mostrando muito útil e muito prático. Os avanços tecnológicos e sociais permitiram a maior
disseminação desse estilo gráfico, sem falar que alguns ícones usados em épocas passadas não se
usam mais, por exemplo, como se explicar para um jovem que o ícone de disquete é para salvar
algo, se o disquete já foi deixado de lado há muito tempo?
Dribble
Claro que cada projeto tem suas particularidades, porém quando for projetar a sua interface leve
em consideração esses aspectos e adapte à sua realidade sempre da melhor maneira possível,
pensando em como os usuários iriam reagir.
Imagens são uma ferramenta poderosa para contar histórias, despertar emoções e mover as
pessoas de diferentes maneiras.
Com isso surge o conceito dos microtextos, na prática é a forma de transmitir uma informação
em poucas palavras e em um espaço limitado, com clareza e personalidade. Pode aparecer de
diversas formas, uma chamada em um banner, dentro de um botão, uma mensagem de feedback.
De fato os microtextos surgiram para despertar emocionalmente os sentimentos dos usuários e
também tendo uma importância em sua funcionalidade.
Valor funcional
Os microtextos podem tanto comunicar uma ação a ser feita, uma chamada em um banner, dar
feedback necessário ao usuário, além de antecipar alguma necessidade do usuário em alguma
tarefa. Dan Saffer, da boas dicas em seu novo livro, microinteractions.com, de como escrever
esses textos.
Evite nomes de ações muito vagos, como Enviar. O que acontece depois que o usuário “Envia”
os dados do formulário? Será que o nome do botão não pode explicar isso para o usuário?
O texto de instrução é absolutamente necessário? Você não precisa adicionar um “Por favor,
faça login” acima de um formulário de login, por exemplo.
Quando o texto é muito longo e precisa ser truncado na interface, tenha certeza de que o
usuário consegue ler o texto completo facilmente.
Teste seus textos com usuários reais. Mostre uma interação com microtexto para eles e peça
para eles dizerem em voz alta o que acham que acontecerá ao clicarem ou interagirem.
Use linguagem humana, não de sistema. “Postado há 3 horas” é muito mais fácil de entender do
que “postado em 04/03/2014 às 14h33” — um detalhe que acaba passando batido em muitos
produtos por aí.
Valor emocional
Os microtextos são uma ótima ferramenta para representar a identidade verbal da marca, a
escolha das palavras certas faz com que o usuário se sinta muito mais confortável em fazer as
devidas ações que são pedidas, por exemplo, preencher um formulário onde a “voz” da interface
é mais próxima e mais humana, ajuda e incentiva o usuário a continuar a preencher, mesmo se o
formulário for cansativo e pouco interessante. Isso aproxima as pessoas da interface além de
engajar o usuário a marca.
Mailchimp usa os microtextos para transmitir a personalidade da marca
O medium.com sempre tem assuntos sobre esse mundo, profissionais excelentes para se seguir e
assuntos sempre atualizados.
Conclusão
O mundo digital pode ser um mundo obscuro e cheio de desafios, porém não há segredo nenhum
em projetar interfaces, somente entender seu usuário e testar, um bom projeto de design pode
mudar a vida das pessoas. Então espero ter ajudado você.
Obrigado!
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