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IESRIVER – INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RIO VERDE

FACULDADE OBJETIVO

DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL

6° PERIODO – ENFERMAGEM

DOCENTE: IARA MARIA

TRANSTORNOS SEXUAIS e

TRANSTORNOS SOMATOFORMES

ACADEMICOS:

CAROLINE ROSA

EDNA PAULA

LANA RODRIGUES

LUIZ FELIPE

RIO VERDE-GO

2018
CAROLINE ROSA, EDNA PAULA, LANA RODRIGUES e LUIZ FELIPE

TRANSTORNOS SEXUAIS e

TRANSTORNOS SOMATOFORMES

Trabalho entregue a professora Iara


Maria da disciplina Enfermagem em
Saúde Mental, com a finalidade de
obtenção da nota da A2.

RIO VERDE-GO

2018
Os Transtornos Sexuais são divididos em três grandes grupos. Já ouviu falar
deles?

1) Disfunções Sexuais
2) Disforias de Gênero
3) Transtornos Parafílicos

1. Disfunções Sexuais

Quando uma pessoa se vê diante de um bloqueio de natureza orgânica e/ou


psicogênica existe a possibilidade de ela desenvolver interrupção em uma das três
fases que compõem o ciclo da resposta sexual (desejo, excitação e orgasmo).
Neste caso, o transtorno sexual é denominado disfunção sexual, que constitui a
situação clínica mais freqüentemente enfrentada pelo médico. De uma maneira
simplista, podemos classificar as disfunções sexuais em:
- Disfunções do desejo.

- Disfunções da excitação.

- Disfunções do orgasmo.

- Dispareunia e vaginismo.

Disfunções do desejo: São também chamadas de disfunções de apetência, da


libido, disfunção sexual geral ou, como é impropriamente conhecida, "frigidez".
Disfunções da excitação: São também chamadas de disfunções eretivas, de
lubrificação ou "impotência" - termo também inadequado.

Disfunções do orgasmo: São também chamadas de disfunções "do prazer",


ejaculatórias - ejaculação precoce (ou prematura) e retardada (incompetência
ejaculatória) - e anorgasmia.

Dispareunia e vaginismo: A dispareunia (coito doloroso) e o vaginismo,


também importantes disfunções, devem ser considerados à parte, pois podem existir
na presença de desejo, excitação e orgasmo. A primeira trata de um processo que
se caracteriza por algia coital; o segundo distúrbio define-se como a impossibilidade
parcial ou total de realização do coito, devido à contração espástica e involuntária da
musculatura vaginal (pubococcígea etc.). Geralmente, a dificuldade de resposta
sexual dá-se apenas em uma das fases, porém, pode ocorrer o comprometimento
conseqüente de outra(s).

Exemplo 1 - Uma mulher vê-se às voltas com problema de anorgasmia


(ausência de orgasmo) e, com o tempo, tem percebido uma menor capacidade de
lubrificação vaginal. Decorridos três anos de dificuldade orgástica nota atualmente
uma inibição acentuada do desejo sexual.

Exemplo 2 - Um homem com "impotência" de aproximadamente um ano nos


procura extremamente assustado, pois, até bem pouco tempo atrás, apresentava
desejo sexual, o qual vem diminuindo drasticamente e complicando mais a sua
relação conjugal e, conseqüentemente existencial.

O diagnóstico do primeiro caso deve ser dado como disfunção do orgasmo,


repercutindo secundariamente no desejo e na excitação sexuais. O segundo caso
trata de uma disfunção eretiva que se somou a uma inapetência sexual. É
importante esclarecermos aos clientes, nessas situações que a deterioração das
outras fases vem como conseqüência de toda uma dinâmica que se instala a partir
de um único problema. Tensão, ansiedade de desempenho, comportamento de fuga
e esquiva passam a fazer parte de suas relações, gerando processos que se
sobrepõem.

"O desejo é, às vezes, inibido pela simples ansiedade de desempenho, a


previsão de falta de prazer no ato, ou o leve sentimento de culpa acerca da atividade
sexual e do prazer. Para não enfrentar um fracasso aflitivo, a pessoa 'opta'
inconscientemente por não sentir coisa alguma. Simples excesso de preocupação
em agradar o parceiro, juntamente com falha de comunicação das próprias
necessidades podem ser também causas da repulsa das sensações eróticas.
Repetidas experiências de sexo sem prazer - não gratificantes - podem, depois de
algum tempo, conduzir ao desinteresse." (Tockus, 1986).

Resumindo, podemos afirmar que as disfunções sexuais caracterizam-se


pelas perturbações da fase orgásmica, excitação e/ou desejo, que integram o ciclo
da resposta sexual humana. A dispareunia e o vaginismo, como dissemos
anteriormente, devem ser colocados à parte.
– Transtorno do interesse/excitação sexual feminino

– Transtorno do orgasmo feminino

– Transtorno da dor gênito-pélvica/penetração (inclui vaginismo e dispareunia)

– Transtorno do desejo sexual masculino hipoativo

– Ejaculação prematura (precoce)

– Ejaculação retardada

– Transtorno erétil

– Disfunção sexual induzida por substâncias/medicamento

-Outras disfunções sexuais não especificadas

2. Disforias de Gênero

Refere-se ao sofrimento afetivo/cognitivo que pode acompanhar a


incompatibilidade entre o gênero experimentado (ou expresso) e o gênero designado
de uma pessoa. A disforia de gênero não é comum. Mas há pelo menos três tipos
distintos de disforia de gênero que, no presente, ocorre regularmente em crianças e
adolescentes. Iremos resumi-los detidamente aqui. Dois outros tipos de disforia de
gênero são muito menos comuns nesses grupos etários, e portanto serão abordados
menos completamente, perto do final desse ensaio. Os três tipos principais diferem
diferem em sua idade de início (infância, adolescência ou na idade adulta), sua
velocidade de aparecimento (gradual ou súbita), suas orientações sexuais
associadas (membros do mesmo sexo ou a fantasia de pertencer ao sexo oposto) e
sua razão de sexo (igualmente provável ou não entre homens e mulheres).

O primeiro tipo — disforia de gênero com início na infância — definitivamente


ocorre tanto em meninos como em meninas biológicas. Ele é altamente
correlacionado com a homossexualidade — a preferência sexual pelo próprio sexo
biológico — em especial pessoas nascidas no sexo masculino. (A orientação sexual
em geral não é aparente até que uma criança chega à adolescência ou à idade
adulta, entretanto.) Esse é o tipo que Jazz Jennings teve antes da transição de
gênero dela. O segundo tipo — disforia de gênero autoginefílica — ocorre apenas em
machos. Ele é associado com a tendência de ser excitado sexualmente pelo
pensamento ou imagem de si mesmo como mulher. Esse tipo de disforia de gênero
às vezes começa durante a adolescência, outras vezes na idade adulta, e o
aparecimento costuma ser gradual. (Porém, o aparecimento pode parecer súbito
para os membros da família.) Embora Caitlyn Jenner não tenha discutido seus
sentimentos abertamente, suspeitamos fortemente que ela é autoginefílica. O
terceiro tipo — disforia de gênero de surgimento repentino — ocorre principalmente
em meninas adolescentes. Esse tipo é caracterizado em grande parte pela idade e
velocidade do início, em vez da orientação sexual associada, e pode não estar
limitada a um sexo, como é o segundo tipo. Os dois primeiros tipos (disforia de
gênero com início na infância e disforia de gênero autoginefílico) foram bem
estudados, embora a disforia autoginefílica tenha sido estudada principalmente em
adultos. O terceiro (disforia de gênero de surgimento repentino) só foi observado
recentemente, e é possível que não fosse muito frequente até recentemente.

Como você sabe qual tipo de disforia de gênero sua criança tem? Se houve
sinais claros muito antes da puberdade que a sua criança fosse disfórica de gênero,
ela/ele tem disforia de gênero com início na infância. (Você certamente teria notado
sinais no momento; ao menos você teria codificado sua criança como alguém
extremamente fora da conformidade de gênero.) Se a sua criança mostrasse sinais
de disforia de gênero pela primeira vez durante a adolescência, ela ou ele apresenta
um dos outros tipos de disforia. Lembre-se, a disforia de gênero autoginefílico ocorre
apenas em pessoas nascidas no sexo masculino, e se inicia durante a adolescência
ou na idade adulta. (E para uma mãe ou um pai, geralmente parece repentino.)

3. Transtornos Parafílicos

Parafilias são fantasias ou comportamentos frequentes, intensos e


sexualmente estimulantes que envolvem objetos inanimados, crianças ou adultos
sem consentimento, ou o sofrimento ou humilhação de si próprio ou do
parceiro. Transtornos parafílicos são parafilias que causam angústia ou problemas
com o desempenho de funções da pessoa com parafilia ou que prejudicam ou
podem prejudicar outra pessoa.

Existem muitas parafilias. O foco da parafilia pode ser uma variedade de


objetos, situações, animais ou pessoas (como crianças ou adultos que não deram
consentimento). A excitação sexual pode depender do uso ou presença desse foco.
Quando se estabelecem estes padrões de excitação, habitualmente no final da
infância ou perto da puberdade, eles tendem a durar por toda a vida.

É frequente algum grau de variação nas relações sexuais e nas fantasias de


adultos saudáveis. Quando as pessoas se comprometem de mútuo acordo em
realizar tais fantasias, comportamentos sexuais não nocivos de natureza pouco
comum podem compor um elemento intrínseco de uma relação amorosa e
carinhosa. No entanto, quando os comportamentos sexuais causam angústia ou são
prejudiciais ou interferem com a capacidade da pessoa de desempenhar funções em
atividades rotineiras, eles são considerados um transtorno parafílico. A angústia
pode resultar das reações de outras pessoas ou da culpa da pessoa por fazer algo
socialmente inaceitável.

Os transtornos parafílicos podem comprometer seriamente a capacidade de


atividade sexual afetuosa e recíproca. Os parceiros das pessoas com um transtorno
parafílico podem sentir-se como um objeto ou como se fossem elementos sem
importância ou desnecessários na relação sexual.

Os transtornos parafílicos mais comuns são:

– Voyeurista: espiar outras pessoas em atividades privativas

– Exibicionista: expor genitais

– Frotteurista: tocar ou esfregar-se em indivíduo que não consentiu

– Masoquismo: passar por humilhação, submissão ou sofrimento

– Sadismo: Inflingir humilhação, submissão ou sofrimento

– Pedofílico: foco sexual em crianças


– Fetichista: Usar objetos inanimados ou ter um foco altamente – específico em
partes não genitais do corpo

– Transvéstico: vestir roupas do sexo oposto visando excitação sexual

– Outros Escatologia telefônica (telefonemas obscenos), Necrofilia (cadáveres),


Zoofilia (animais), Coprofilia (fezes), Urofilia (urina), Clismafilia (enemas).

TRANSTORNOS SOMATOFORMES

Transtornos Somatoformes são um grupo de condições psiquiátricas nos


quais sensações e funções do organismo são influenciadas por um distúrbio da
mente. Dois aspectos clínicos são característicos: queixas somáticas que sugerem
graves doenças ainda que não haja alterações sérias e demonstráveis de algum
órgão e fatores e conflitos psicológicos que parecem importantes na iniciação,
exacerbação ou manutenção da queixa.

Por causa de suas intensas percepções, nível restrito de funcionamento do


organismo e crenças mórbidas, os pacientes tornam-se convencidos de que
possuem sérios problemas físicos. Além disso, seus sintomas não são controlados
pela vontade e seja qual forem suas falhas e problemas, os pacientes não estão
fingindo seus sintomas. Apesar disso, exames físicos e laboratoriais falham em
evidenciar informações significantes sobre a enfermidade física do paciente, salvo
as suas queixas sinceras e vigorosas. Ainda que seja verdadeira a frase "está tudo
na sua cabeça", pacientes somatoformes foram persuadidos pelos seus sintomas de
que seu sofrimento advém de algum tipo de desarranjo indetectável e intratável do
organismo.

No passado, médicos estiveram muito inclinados a atribuir apresentações atípicas


de certas doenças a causas psiquiátricas- somando-se a esse pensamento
reducionista a conclusão de que transtornos psiquiátricos não carecem de maiores
investigações ou encaminhamento. O diagnóstico psiquiátrico por exclusão-só por
não haver outro diagnóstico que seja adequado- deve ser evitado. Algumas doenças
comumente confundidas com transtornos somatoformes, especialmente no seu
início, são: esclerose múltipla, sífilis no sistema nervoso central, tumor cerebral,
hiperparatiroidismo, porfiria aguda intermitente, lupus eritematoso, hipertiroidismo,
miastenia grave.

Para compreender as bases dos transtornos somatoformes pode ser adequado


considerar o cérebro como um transdutor de experiências e como um experiente e
altamente treinado organizador de percepções do mundo interior e do mundo
exterior. O cérebro filtra, amplifica ou deprime estímulos aferentes e eferentes de
todas as partes do corpo referentes ao meio externo e a si mesmo. Ou seja, o
cérebro recebe informações sobre as funções do organismo e então as interpreta
sobre a luz dos incidentes do passado. Transtornos somatoformes presumivelmente
podem envolver diversas vias neurais- de sinais cérebro-cérebro a vias da dor e de
sensopercepção- além de sinais eferentes para o sistema motor e vasos
sanguíneos.

1. TRANSTORNO CONVERSIVO

É um distúrbio da função corporal que não está de acordo com os conceitos


atuais de anatomia e fisiologia do sistema nervoso central e periférico. Tipicamente
ocorre em situações de estresse e produzem disfunção considerável. Podem simular
patologias neurológicas agudas(acidente vascular encefálico, distúrbios da fala,
audição, visão), mas não estão associados com os sinais patológicos neurológicos
usuais. Sintomas conversivos, como anestesias e parestesias, não obedecem à
distribuição usual em dermátomos dos nervos periféricos, e sim aos conceitos do
paciente.

Um transtorno conversivo pode ser considerado quando um paciente


manifesta uma perda ou alteração do funcionamento físico sugerindo um distúrbio
neurológico e a condição não pode ser explicada por outra doença conhecida ou
processo fisiopatológico. O transtorno conversivo não pode ser diagnóstico de
exclusão, mas a falha em provar uma doença física é necessária (mas não
suficiente) para se estabelecer o diagnóstico de TC.

O transtorno conversivo não é voluntário. Em vez disso, mecanismos de


defesa do ego de repressão e dissociação atuam fora da consciência do paciente. A
maior parte deles apresenta "la belle indifférence", uma despreocupação emocional
ou mesmo entorpecimento diante de uma doença catastrófica; mas alguns
apresentam angústia considerável diante de seus novos sintomas.

 Diagnóstico:

a) um ou mais sintomas ou déficits afetando as funções voluntárias de motricidade e


sensibilidade que sugerem uma condição neurológica ou de outra doença;
b) fatores psicológicos aparentemente estão associados ao sintoma ou deficit pois a
iniciação ou exacerbação do sintoma são precedidos por conflitos ou estresse;
c) o sintoma ou déficit não é produzido intencionalmente (como nos transtorno
factícios ou dissimulações);
d)o sintoma ou déficit, após investigação apropriada, não pode ser explicado
satisfatoriamente por uma condição médica geral, ou por efeito de substância, ou
como uma experiência ou comportamento culturalmente aceitos;
e)o sintoma ou deficit provoca problemas clinicamente significativos ou afeta
negativamente o desempenho social, ocupacional ou outra área da vida do paciente
ou necessita de avaliação médica;
f)o sintoma ou deficit não está limitado a dor ou disfunção sexual, não ocorre
exclusivamente durante o curso do transtorno de somatização e não é melhor
explicado por nenhum outro transtorno mental.

 Tratamento:

Hipnose ou outras técnicas de sugestão; psicanálise de longo prazo orientada


para o insight. Em algumas ocasiões, injeções parenterais de amobarbital e
lorazepan foram eficientes ao permitir redução da ansiedade e engajamento na
psicoterapia.

2. TRANSTORNO DE SOMATIZAÇÃO

A característica essencial do transtorno de somatização são as queixas somáticas


múltiplas e recorrentes que requerem avaliação médica mas não estão associados
com nenhum distúrbio físico.

 Diagnóstico:

a) uma história de múltiplas queixas físicas que começam antes dos 30 anos e que
se estendem por um período de vários anos e resultam na procura de tratamento ou
afetam negativamente o desempenho social, ocupacional ou outra área da vida do
paciente;

b) cada um dos seguintes critérios deve ser preenchido, com sintomas individuais
ocorrendo em qualquer época durante o curso do distúrbio:

.quatro sintomas dolorosos: uma história de dor relacionada a pelo menos 4 locais
ou funções diferentes(e.g. abdome, cabeça, dorso, articulações, extremidades, peito,
reto, durante menstruação, ato sexual ou micção);

.dois sintomas gastrointestinais: uma história de pelo menos dois sintomas


gastrointestinais que não sejam dor(e.g. náusea, vômitos que não ocorram no
período de gravidez, diarréia ou intolerância a diversos tipos de comida);

.um sintoma sexual: uma história de pelo menos um sintoma sexual ou


reprodutor(e.g. indiferença sexual, disfunção erétil ou de ejaculação, menstruação
irregular, sangramento menstrual excessivo, vômitos durante a gravidez);

.um sintoma pseudoneurológico: uma história de pelo menos uma sintoma ou deficit
sugerindo uma condição neurológica não limitada a dor(sintomas de conversão,
como disfunção de coordenação ou equilíbrio, paralisia, ou fraqueza localizada,
dificuldade de engolir, afonia, retenção urinária, alucinações, perda de sensações
tácteis e dolorosas, diplopia, cegueira, surdez, convulsões; sintomas dissociativos
como amnésia; perda da consciência que não seja desmaio).

c) (1) ou (2):

após investigação apropriada cada um dos critérios de b) não poderem ser


atribuídos a condição médica conhecida ou abuso de substâncias;

quando há associação com uma condição médica conhecida, as queixas físicas ou


distúrbio no desempenho social e ocupacional excedem aquilo que seria esperado a
partir dos achados da história, exames físico e laboratorial.

d)os sintomas não são intencionalmente produzidos ou falseados(como nos


transtornos factícios e dissimulação).

 Tratamento:

Não há tratamento curativo, devendo-se focar na abordagem do problema


para tentar melhorar o funcionamento psíquico. São interessantes medidas como
estabelecer um único médico para cuidar do paciente, visitas regulares de 4 a 6
semanas, evitar testes diagnósticos, avaliações laboratoriais e procedimentos
cirúrgicos a menos que sejam claramente indicados.

3. TRANSTORNO SOMATOFORME INDIFERENCIADO

Transtorno somatoforme indeferenciado é caracterizado por uma ou mais


queixas físicas inexplicáveis por até 6 meses de duração. Esses sintomas
prejudicam o paciente de alguma maneira e estão temporalmente associados a fator
estressante. A queixa não pode ser atribuída a nenhuma outra condição psiquiátrica
ou mecanismo fisiopatológico ou, quando relacionadas a uma condição não-
psiquiátrica, as queixas físicas ou disfunções sociais e ocupacionais não são
compatíveis com o que é esperado.

 Tratamento

Semelhante ao tratamento do transtorno de somatização.

4. TRANSTORNO DOLOROSO
Dor grave, prolongada, sem explicação biológica por pelo menos 6 meses. É
2 vezes mais frequente nas mulheres sendo que fatores etiológicos inconscientes
comportamentais, interpessoais e neurológicos podem estar presentes. Destes
pacientes, 25 a 50% possuem depressão maior, 60 a 100% tem distimia ou sintomas
depressivos. A dor pode acometer qualquer lugar, mas comumente são: cefaléias,
dor facial atípica, dor lombar inferior, dor pélvica crônica.

 Diagnóstico

a)dor em ou mais locais anatômicos é a apresentação clínica predominante e é de


gravidade suficiente para requerer avaliação médica;

b)a dor causa estresse clinicamente significativo e afeta as atividades sociais e


ocupacionais ou outras áreas da vida do paciente;

c)fatores psicológicos tem papel importante no desencadeamento, exacerbação e


manutenção da dor;

d)o sintoma ou déficit não é intencionalmente produzido ou forjado(como no


transtono factício ou na dissimulação);

e)a dor não é melhor explicada por um transtorno de humor, ansiedade ou psicótico
e não atinge os critérios para dispaurenia.

 Tratamento

Tratamento baseia-se no diagnóstico preciso e na recuperação das funções


perdidas, em vez de focar em eliminar a dor. Podem ser necessários anti-
inflamatórios não-esteroidais, tricíclicos, bloqueio nervoso, estimulação elétrica
localizada, fisioterapia, hipnose, psicoterapia.

5. TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL

Crença firme não-delirante de que uma parte do corpo é malformada embora


seja normal ao exame. Se uma anomalia superficial estiver presente, a preocupação
é excessiva.

 Diagnóstico
a) preocupação com um defeito imaginado na aparência. Se há uma pequena
anomalia presente, a preocupação é marcadamente excessiva;

b)a preocupação causa estresse clinicamente significativo, ou afeta o desempenho


social e ocupacional ou outras áreas da vida do indivíduo;

c)a preocupação não é melhor explicada por nenhum outro transtorno mental(e.g
insatisfação com o tamanho e forma do corpo como na anorexia nervosa).

 Tratamento

Psicoterapia e antidepressivos.

6. TRANSTORNOS FACTÍCIOS

É a presença de sintomas físicos ou psicológicos intencionalmente produzidos


ou simulados, mas incontroláveis. Engloba pacientes que intencionalmente
provocam doenças em si mesmos (ou em outros como no transtorno factício por
"procuração"- by proxy), algumas vezes de forma desesperada, pelo único propósito
de se tornar uma paciente. Frequentemente se colocam em situações de grande
risco submetendo-se a procedimentos potencialmente perigosos. Como parte da
simulação, inventam ou exageram na história clínica ou produzem achados físicos
através de várias lesões ou condições auto-infligidas. São capazes de despertar no
médico sentimentos de intenso desprezo, raiva e traição, já que a relação médico-
paciente é virada do avesso.

Exemplos de condições auto-infligidas são: receber contraste radiográfico


com um claro passado de reação anafilática ao procedimento; auto-administração
sorrateira de epinefrina para provocar dores de cabeça, tremores, taquicardia e
hipertensão, de insulna, resultando em hipoglicemia; auto-inoculação de bactérias
para provocar febre, de gás, agulha ou fragmentos metálicos nas articulações
resultando em sintomas de atrite.

Todas essas ações parecem ser voluntárias já que a pessoa é capaz de


reconhecer que se trata de um "truque" e em geral gasta muita energia para proteger
o segredo, apesar de haver um sentimento de perda do controle numa maneira
compulsiva e auto-destrutiva. As ações são deliberadas, planejadas e intencionais,
mas estão além do poder de controle do paciente.
7. TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS

O processo dissociativo é central na gênese dos transtornos que levam seu


nome. De igual importância para o entedimento da formação do sintoma é a
existência de elementos mentais inconconscientes que ajudam a determinar a forma
e a natureza das síndromes clínicas. Há uma relação essencial com a hipnose:
pacientes dissociativos são mais suscetíveis que a população em geral. A hipnose
pode não só levar à consciência os elementos mentais mantidos inconscientes pelo
processo dissociativo como também produzir muitos dos fenômenos que ocorrem
clinicamente como sintomas dissociativos: amnesia, estados de transe, parestesias
e alucinações.

Pierre Janet postulou que a dissociação resulta do que ele denominou "la
misère psychologique", que é a pobreza ou deficiência patológica de energia mental
básica, provavelmente genética, que permite pessoas saudáveis combinar várias
funções (sensações, memória, vontade) em uma estrutura psicológica unificada e
estável sob domínio da consciência e controle do ego. Se a quantidade de energia
descrescer abaixo de um ponto crítico, espontaneamente ou como resultado de
desgaste emocional da energia mental diante de traumas psicológicos, o poder de
união do ego é seriamente prejudicado, e as várias funções psicológicas escapam
do seu controle, ou seja, elas estão dissociadas.

Freud, impressionado pela qualidade dolorosa das memórias traumáticas,


postulou que a pessoa traumatizada ativamente dissociou, ou em suas palavras
"reprimiu", as memórias traumáticas do consciente, mantendo-as ao ao longo do
tempo em um estado inconsciente para evitar a experimentação consciente das
emoções dolorosas associadas a elas. Janet aderiu a um modelo de funcionamento
psíquico deficitário em que o ego é muito fraco para reter o controle dos elementos
psíquicos. Freud propôs o modelo de conflito em que um ego forte e vigoroso
protege-se de dor psicológica a partir do mecanismo de defesa de repressão, um
processo manifestado como dissociação. Apesar dessa diferença, ambos
enfatizaram a importância de eventos traumáticos e memórias dolorosas como fator
central para formação dos sintomas.

Referências Bibliográficas:

KAPLAN, H.; SADOCK, B; GREBB, J. Comprehensive textbook of psychiatry. 6ªed.


Baltimore: Williams and Wilkins, 1995.

KAPLAN, H.; SADOCK, B; GREBB, J. Compêndio de Psiquiatria: Ciências


Comportamentais e Psiquiatria Clínica. 6ªed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
MELO FILHO, J e cols. Psicossomática Hoje. Porto Alegre. Artes Médicas, 1992.
p.77- 87.

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