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Maputo - Moçambique
SemanárioPÚBLICO
REMIX
Clima Tempo Vento
Descrição em ºC Max
DATA Céu nublado de man-
Diário

A sua Segunda feira hã, nublado e chuvoso Elev: 33 ºC


21 de Novembro com possibilidade de Baixa: 21 ºC
Sa
24 km/h
Imobiliária de 2011 trovoada para o resto
do dia.

Director: Rui de Carvalho: Cell: 82- 381 2091 * Chefe de Redacção : Osvaldo Tembe : Cell: 84-58 77195 * Maputo, 21 de Novembro de 2011 * Edição N.º 115 * Ano I * Telefax:21-414382 * Email - publico.elect@gmail.com
Distribuição de recargas da mcell

Sequestro mancha concurso dos super-dealer´s


O concurso público recentemente promovido pela Mcel – Moçambique Celular – visando a contra-
tação de um novo dealer para a comercialização de recargas pré-pago, fornecidas por esta empresa,
foi marcado por um episódio triste que envolveu o sequestro de uma das pessoas concorrentes que na
pré-qualificação havia sido classificada. A vítima foi solta mediante uma condição que impunha a sua
desistência do concurso, ao que acedeu. Quando a Mcel soube da situação via denúncias, aconselhou
a vítima a participar o caso junto às instâncias competentes, visto trata-se de assunto de índole crimi-
nal. Fora este caso, o PÚBLICO tem em seu poder outras informações dando conta de que o super-
dealer da cidade da Beira, capital provincial de Sofala, está a sofrer ameaças de morte.
Fontes baseadas na Mcel e na Polícia de desta, identificada por Mónica, esposa do colhida para super-dealer, mas como há
Investigação Criminal (PIC), revelam que empresário Manoj Chandulal Banai, pro- muita pressão dos media, parou-se de di-
no dia 20 de Junho do presente ano a Mcel prietário da Wide Comercial. vulgar o nome dela, até as coisas estarem
lançou via Jornal Notícias um concurso pú- Com a desistência desta, formalizada por calmas.
blico, no qual pretendia um super-dealer. carta dirigida à Mcel, tudo ficou compli- Ao que o Jornal apurou, a ABA Inter-
Muitas empresas concorreram do mesmo, cado; a Mcel tinha que lançar outro con- national é uma empresa ligada a Azim
mas ao que consta, a empresa que reunia curso ou passar a empresa que estava em Abdul Hussein, ora detido em finais do
condições para ganhar, denominada Wide segundo plano para o primeiro. Aliás, as mês passado/Outubro, em conexão com
Comercial, viria a ser forçada a desistir de- últimas informações reportadas ao Jornal o assassinato de Zulficar Hassane Yacub
pois da sua pré-qualificação num jogo que por uma pessoa da Mcel, indicam que a e, mais tarde, solto mediante caução, no
culminou com o rapto de uma das pessoas ABA International seria a entidade es- valor estimado em 50 mil meticais
Fugitivo de um processo-crime

Procuradoria “caça” empresário Magaço


O economista e empresário Luís Magaço, que transporta nas costas um processo-crime, por agres-
são, na via pública, de um cidadão moçambicano, jornalista da RPT-África, servindo-se de expediente
dilatório tem se escapulido do julgamento que já foi adiado por três vezes. Na última “fuga” agarrou-
se a uma imunidade, por ter sido nomeado Cônsul, de São Tomé e Príncipe. Entretanto, consta que
enganou, tanto ao governo moçambicano, assim como o de São Tomé e Príncipe, pelo que a Procura-
doria dos dois países estão atrás do assunto.
Maputo - O caso da agressão física com do dia 5 de Julho, uma terça-feira, uma panhantes foram contra o escriba, com
aparente recurso a arma branca , à luz do viatura conduzida pelo ilustre economis- Magaço a assumir protagonismo na
dia, em plena via pública, ao jornalista da ta e multi-empresarial, na companhia de agressão.
RTP, Fernando Victorino, em que o prin- dois indivíduos desconhecidos, confronta- Depois de estatelado no chão e a sangrar,
cipal acusado é o empresário Luís Ma- se com a viatura do jornalista Vitorino, a comitiva entrou na viatura e retirou-se
gaço, continua ainda por julgar. O caso nas cercanias do Aeroporto Internacional do local. O jornalista depois de acudido
deu-se, tal como o Jornal “O Público” re- de Maputo. por populares encaminhou-se à esquadra
portou em devida altura, na edição 125. Após uma discussão cujo conteúdo o mais próxima, que foi a 12ª,tendo regista-
Melhor, recapitulando, no final da tarde jornal não pode precisar, os dois acom- do a devida queixa, depois de reme-
Pag.2 Público, 21 de Novembro de 2011
Nacional
(ver edições 137 e 138 do semanário Mesmo assim o proprietário daquela direcção da Wide Comercial, pedindo al-
Público). empresa não se deixou aliciar. Às fontes guns documentos para a posterior assina-
o jornal questionou por que razão o pro- tura do contrato. Mas para a infelicidade
DAS DENÚNCIAS prietário desta firma estaria a ser pressio- da Wide Comercial, eis que no mesmo dia,
nado para abandonar o concurso, ao que por volta das 19 horas a esposa de Manoj
Em finais de Agosto, segundo revelam as responderam que uma das razões é por Chandulal Banai, proprietário da Wide
fontes acima citadas, a Mcel recebeu de- esta ter capacidade financeira e de gestão. Comercial – nos autos policiais identifi-
núncias por escrito de uma empresa cha- Estes requisitos são primordiais para ga- cada por Mónica – é interpelada por al-
mada Wide Comercial a dizer que estava a nhar o concurso. guns estranhos no rés-do-chão do prédio
receber ameaças de anónimos para largar onde mora, na Av. Eduardo Mondlane,
a concorrência. O concorrente na altura DA PRÉ-QUALIFICAÇÃO perto do Cinema Charlot. Os mesmos ao
não cedeu. que consta das informações da Polícia e de
Dias depois, o proprietário da Wide Co- No dia 5 de Setembro, atendendo e con- alguns funcionários da Mcel raptaram-na
mercial, Manoj Chandulal Banai, recebeu siderando a sua capacidade financeira e para parte incerta. Acompanhe o assunto
uma outra chamada anónima a dizer que de gestão, os membros do júri na sua pri- no semanário PÚBLICO desta segunda-
em troca receberia 250 mil dólares ame- meira avaliação qualificaram a Wide Co- feira.
ricanos se deixasse o concurso da Mcel. mercial. Logo, a Mcel dirigiu uma carta à (Miguel Munguambe)
tido ao Hospital de Geral de Mava- rogante desligou o telefone. A última, agendada para finais de Agosto
lane para cuidados médicos. Nesta Voltando ao fio da meada, abriu-se um , só não aconteceu por, a pedido da defe-
senda, o agressor foi notificado e só se fez processo-crime que ostenta o número sa, o Tribunal ter deferido um pedido de
presente à segunda via. 350/N-B na 1ª Secção, no Tribunal Judi- transferência do processo para instância
Quando abordámos o ofendido, na sexta- cial do Distrito Ka Maxakeni, onde Luís imediatamente superior-- no caso Tri-
feira, dia 8, disse ignorar a real razão da Magaço é arguido. bunal Judicial da cidade--, pelo facto da
agressão. Entretanto,aventou a hipótese Acontece que de lá para cá é quase nula primeira instância alegadamente “ não
de ter sido tomado como uma das fontes a evolução no caso. É que para tal mui- possuir competência” para julgar Luís
do semanário Canal de Moçambique, to tem contribuído não só a habitual e Magaço. Uma vez que, a defesa do réu
jornal que publicou uma série de artigos conhecida morosidade do nosso sistema ter anexado ao processo documento que
denunciando cenas de corrupção e assé- judicial, como também os repetidos adia- o categoriza como cônsul, daí alegação de
dio sexual no seio da Confederação das mentos quase sempre solicitados pela imunidade.
Associações Económicas de Moçambi- defesa do acusado. Tal assim é que, tal Para justificar tal facto, a defesa socor-
que (CTA), protagonizada por elementos como “O Público “ atempadamente foi reu-se da Convenção de Viena sobre as
da sua direcção, onde Magaço liderava dando nota, a primeira sessão de julga- Relações Diplomáticas e Consulares
o pelouro de Política Financeira, tendo mento-- inicialmente marcada para o dia entre Estados. Já que, ao que parece,
renovado o posto, no novel mandato de 2 de Agosto--, acabaria por não acon- no período que intermediou a data do
Rogério Manuel. tecer alegadamente por o oficial de dili- alegado cometimento do crime e a data
Na altura, Magaço quando questionado, gências não ter conseguido localizar Luís da marcação da última sessão adiada de
dia 9 de Julho, disse, parco em palavras, Magaço. julgamento, o arguido terá sido indicado
que não conhecia o assunto. Com a nossa Seguiram-se outras duas sessões de jul- pelo governo de São Tomé e Príncipe,
insistência, revelando que o vimos na es- gamento falhadas, uma por que a defesa como Cônsul honorário daquele país em
quadra no dia que ia prestar declarações, requereu adiamento por motivos, para Moçambique. Acompanhe no semanário
de forma lacónica, alegou que esteve sim, nós não claros, que se vislumbraram di- PÚBLICO de hoje.
mas a tratar outro assunto e num tom ar- latórias. (Osvaldo Tembe)

Enquanto não serem pagos 12.500 mts

A “revolução” dos desmobilizados continua


O Fórum dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique, FDGM, liderado por Hermínio dos San-
tos, continua firme na sua heróica luta contra o governo e agora promete levar avante as suas reivindi-
cações e as manifestações no Repinga, defronte do gabinete do primeiro-ministro e noutros cantos da
cidade e província de Maputo, continuarão a constituir os pontos fortes da táctica daquele grupo de
ex-combatentes que está a pressionar o executivo.
Matola - De acordo com Hermínio 12.500 meticais a cada desmobilizado, Segundo Dos Santos, se Moçambique
dos Santos, as manifestações iniciadas naparama e miliciano. não tivesse um governo de arrogantes
a 25 de Outubro passado, no centro de Esta tese foi defendida, último sábado, já teria reconhecido o direito dos des-
manutenção física Repinga, constitui em Maputo, em mais uma concertação mobilizados, primeiro, por uma questão
aquilo que ele e seus pares chamam de dos desmobilizados oriundos de vários humanitária, por outro lado, por uma
‘’ revolução’’ e jamais irá parar sem que cantos da província de Maputo e não questão de vergonha.
o governo ceda, isto é, sem pagar os só. Hermínio, vai mais longe ajuntan-
Pag.3Público, 21 de Novembro de 2011
Nacional
do que a comunidade internacio- menos do SISE. O que está a acontecer ao governo, daí que mesmo no Serviço
nal é um braço forte dos desmo- com os desmobilizados é visto em qual- de Informação e Segurança do Estado
bilizados, daí que o mundo reconhece a quer canto do mundo, os doadores estão (SISE), tenha já muitos apoiantes e in-
legitimidade destes e a razão das suas a assistir e a imagem do país é que fica filtrados. São pessoas, segundo ele, que
reivindicações. beliscada’’, realçou, Dos Santos, visivel- dão informações aos desmobilizados,
‘’ A comunidade internacional reconhe- mente agastado com o executivo. colaborando, par e passo com os des-
ce-nos como tal, daí que nós não esta- Num outro desenvolvimento, Dos San- mobilizados nos seus planos, para além
mos preocupados com as constantes tos vincou que o seu grupo está cada de fornecer informações importantes a
ameaças do governo, da polícia e muito vez mais a ganhar terreno em relação este grupo. (Sérgio Macuácua).

Corrupção compromete implementação da Reforma


Apesar de vários avanços marcantes, registados ao longo dos últimos dez anos da implementação da
Estratégia Geral da Reforma do Sector Público, ainda prevalecem alguns empecilhos, com destaque
para a corrupção, que continua a constituir pedra no sapato do Governo.
Maputo - O processo de implementação tação de reformas e demais iniciativas sábado – da Administração Pública que
da Estratégia da Reforma Geral do Sec- conducentes ao desiderato que norteou o contou com várias entidades singulares
tor Público foi iniciado em 2001 e durante estabelecimento da EGRSP. Mas ainda há e colectivas, incluindo o chefe do Estado,
o tempo que decorre daquela data a esta que fazer mais no que tange à luta contra a Armando Guebuza que, por sua vez, disse
parte, vários avanços marcantes foram corrupção; o país não desenvolve devido à que o primeiro requisito para se combater
registados. Ao que consta, a aludida es- corrupção e acima de tudo perde bons par- a corrupção é a transparência na gestão de
tratégia mobilizou recursos significativos, ceiros. A população, na sua maioria, vive fundos públicos; combater o burocratismo
cimentou uma dinâmica de mudanças sem em precárias condições de vida, por haver nas instituições de administração pública;
precedentes na estrutura e funcionamento dirigentes que cometem desvios nas insti- e criar ambiente de um trabalho satisfató-
de diversos organismos públicos. Essas tuições públicas; roubam dinheiro e bens rio, tanto para os servidores, como para os
mudanças consubstanciam hoje uma me- destinados a programas de luta contra a utentes dos diferentes serviços públicos.
lhoria significativa da prestação de servi- pobreza. E isso foi bem frisado na última Há a destacar que o evento teve ainda um
ços públicos ao cidadão e ao sector privado conferência nacional sobre momento especial caracterizado pelo lan-
e do desempenho global da administração “Boas Práticas no Âmbito da Reforma çamento do prémio de jornalismo que visa
pública moçambicana, que obtiveram re- do Sector Público”, semana passada, pro- incentivar os profissionais do ramo a de-
conhecimento interno e internacional. movido em Maputo, pelo Ministério da senvolver trabalhos de investigação sobre
Numa outra dimensão, nota-se que várias Função Pública (MFP), evento que cul- o sector público. O prémio foi lançado com
instituições destacaram-se na implemen- minou com a realização de uma gala – no cunho do Presidente da República.

Plano Estratégico de Desenvolvimento 2011/2015

Manica antevê 66% de incremento da produção


A província de Manica, concretamente o distrito de Gondola, foi palco nos dias 18 e 19 de Novembro
corrente do lançamento do Plano Estratégico Manica, 2011 – 2015, dirigido pelo ministro da Indús-
tria e Comércio, Armando Inroga, sob o lema inovar, produzir e desenvolver Manica. Plano este que
prevê que se ultrapasse em mais de 60 porcento o volume de produção comparativamente ao último
quinquénio, ou seja, de 2006 a 2010.
Manica - Armando Inroga, em substitui- tivos a serem alcançados, de um mapa de O ministro da Indústria e Comércio, pro-
ção do Primeiro-Ministro, Aires Ali, no caminhos a serem trilhados para respon- nunciou que pela sua clareza na inventa-
encontro disse na ocasião que o evento der às necessidades da sociedade através riação das potencialidades, na identifica-
constitui um marco importante no con- da melhoria da vida das populações. ção das oportunidades de investimentos,
texto de planificação e dinamização da Para Inroga, a privilegiada localização ge- na definição de objectivos estratégicos e
economia rural e sua contribuição na eco- ográfica da província de Manica, quer no meta a atingir, priorização de actividades
nomia do país. contexto regional sobretudo ao nível da e sua orçamentação, o Plano Estratégico
Inroga, frisou que o plano estratégico SADC, associada ao seu potencial agro- de Desenvolvimento da província de Ma-
constitui um valioso instrumento orien- ecológico, com clima e solo favoráveis nica, assegura-se numa base segura para
tador no contexto da luta contra a pobre- à produção agro-pecuária entre outros tomada de decisões e estabelecimento de
za que é o maior desiderato do governo aspectos, convida a reflectir sobre como parcerias.
moçambicano. explorar cada vez mais e de forma susten- “Enfatiza-se o papel do governo provin-
Aquele dirigente, sublinhou que o gover- tável estas potencialidades maximizando cial na promoção de desenvolvimento,
no precisa de uma visão clara dos objec- os benefícios às comunidades locais. social, ambiental e cultural, incenti-
Pag.4 Público, 21 de Novembro de 2011
Nacional
vando e estimulando o incremento plementação de monitoria e avaliação do milhões de meticais de 2006-2010 ou seja
de investimento público e privado, com referido plano estratégico. um incremento de 66 porcento de produ-
enfoque na provisão, serviços e infra- O ministro da Indústria e Comércio, ga- ção.
estruturas básicas, aumento da produção rantiu que o lançamento do tal instru- Para além deste evento a província de
e produtividade e desta forma contribuir mento inicia a fase crucial da sua imple- Manica, acolheu igualmente a Conferên-
para a redução dos níveis de pobreza rural mentação com um horizonte que aponta cia Internacional de Investimento, onde
e urbana”, frisou Inroga. para atingir um aumento de produção na discutiu-se assuntos tais como investir,
A materialização deste compromisso, se- ordem de 10 porcento da taxa de cresci- ambiente propício de negócio, clima de
gundo Armando Inroga, só será possível mento durante o período da vigência, isto investimento, agronegócios e perfil de
com a participação activa e dinâmica da é, entre 2011 e 2015, de tal forma que até riscos em Moçambique, fora de diálogo
laboriosa população da província de Ma- 2015 o volume de produção atinja 14. 5 entre o governo e o sector privado.
nica, em todas as fases do processo de im- mil milhões de meticais contra 8. 9 mil ( Michael César )
como qualquer outra, mas que, no entan-
Celebrou 22 anos de existência sexta-feira to, teve problemas de carácter genético ou
hereditário durante a sua formação.

ADEMO consolida-se ao serviço dos deficientes ´´No entanto, existe ainda muitos resis-
tentes a mudanças, são pessoas que igno-
ram esta causa, olhando para o deficiente
A Associação dos Deficientes de Moçambique (ADEMO) comple- como uma pessoa não igual a qualquer ou-
tra, ou seja, discriminando-a´´, denunciou.
tou na passada sexta-feira, 18 de Novembro, 22 anos de existência Segundo apurou o Jornal aos 22 anos da
e segundo os seus responsáveis, foram anos de sacrifícios, ganhos sua fundação, a ADEMO congrega nes-
de experiência acumulada mas e sobretudo de desafios, para uma te momento cerca de 60 mil membros
organização sem fins lucrativos e que foi a primeira no país a lidar em todo o território nacional, possuindo
com questões de deficientes. representações em todas as capitais pro-
vinciais e nalguns distritos, porém, o se-
Para Abel Machavate, secretário execu- e parceiros desta agremiação´´ ressal- cretário executivo queixa-se do facto de a
tivo da ADEMO, volvidos 22 anos após vou, Machavate, para depois ajuntar que associação não possuir um banco de da-
o surgimento da organização é caso para ´´estamos cientes dos problemas e acima dos devidamente organizado.Machavate
dizer que se está a trilhar um bom cami- de tudo das dificuldades com que a pes- afirma estar realizado, pois a ADEMO é
nho, daí que continua a merecer toda a soa portadora de deficiência passa neste das poucas organizações que lida com o
confiança dos seus parceiros. país´´. deficiente a todos níveis e que ainda con-
´´Olhando para aquilo que já fizemos para De acordo com Machavate, em muitas segue dar resposta às preocupações dos
a pessoa portadora de deficiência desde o partes do mundo e do nosso país, a ques- seus membros, e para tal tem desenvolvi-
nosso surgimento, é caso para dizer que tão de deficiência ainda é encarada com do diversas actividades de geração de ren-
estamos a cumprir com os nossos propó- muito tabu, embora haja tendência para da que só este ano abrangeu cerca de 600
sitos, daí que queria aproveitar esta opor- mudar, muita gente já começa a entender pessoas nas províncias de Maputo, Gaza e
tunidade para saudar a todos os membros que um deficiente é uma pessoa normal Sofala. (Sérgio Macuácua)

Exposição fotográfica a inaugurar terça-feira das as imagens o possuem. Ainda que a


realidade retratada seja chocante, nem

Quatro olhos “capturam” Grande Hotel sempre uma fotografia nos trespassa
como uma flecha. Nem sempre nos co-
move”.
Grande Hotel é a exposição da dupla Mário Macilau, moçambica- Na exposição “Grande Hotel”, patente
no, com o espanhol Héctor Mediavilla a inaugurar terça-feira, no
no Núcleo de Arte de 22 de Novem-
bro a 15 de Dezembro de 2011, os fotó-
Núcleo de Arte, um resultado do trabalho dos dois artistas emer- grafos Mário Macilau (Moçambique)
gentes da geração actual, provenientes de distintas culturas e expe- e Héctor Mediavilla (Espanha) cons-
riências e convergidos num ponto através da arte fotográfica. Com troem uma narrativa social – humana
a bolsa da AECID e da embaixada espanhola os dois fotógrafos – através de imagens que perturbam.
trabalharam juntos através de um intercâmbio de criação de um Que perfuram. A alegria pungente das
projecto novo em foco sobre o Grande Hotel na cidade da Beira, no
crianças nas minas de pedras do Ban-
gladesh (Mário). O glamour anacróni-
centro do país. co dos sapeurs do Congo cultivando o
DUAS PERSPECTIVAS, UMA ES- tografia Roland Barthes chamava-lhe mito da elegância (Héctor). Ou a deca-
SÊNCIA punctum: o elemento intangível -- di- dência áurea do Grande Hotel da Bei-
ficilmente traduzível em palavras – de ra, num encontro a quatro olhos que
Num breve ensaio sobre o conteúdo da uma fotografia que nos rasga e prende. se debruça sobre um largo espectro de
exposição a jornalista, Cristiana Pe- «O punctum de uma fotografia é esse determinantes psicossociais: pertença,
reira, que é uma amante da fotografia, acaso que nela me fere (mas também poder, ecologia, auto-estima, sobrevi-
começa por dizer “o pensador da fo- me mortifica, me apunhala)». Nem to- vência, entre outros.

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