CONCURSO PÚBLICO

002. PROVA OBJETIVA

Agente da Fiscalização

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AGUARDE A ORDEM DO FISCAL PARA ABRIR ESTE CADERNO DE QUESTÕES.

Nome do Candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

 CONHECIMENTOS GERAIS
LÍNGUA PORTUGUESA
01. Assinale a alternativa incorreta quanto ao empre-
go dos sinais de pontuação.
(A) A procuradora-geral de República, Raquel
Dodge, encaminhou para o MPF/RJ as repre-
sentações contra a Globo.
(B) Procuradora-geral da República, Raquel Dod-
ge encaminhou para o MPF/RJ as representa-
ções contra a Globo.
(C) O novo ministro da educação, Mendonça Fi-
lho, recebeu, no dia 25 de maio, visita do ator
Alexandre Frota.
(D) O coração dos sábios está na casa do luto,
mas o dos insensatos, na casa da alegria.
(E) No dia da prosperidade, goza do bem; mas no
dia da adversidade, considera em que Deus
fez tanto este como aquele.
02. O último parágrafo do texto “Os Tribunais de
Contas não estão em qualquer dos três poderes.
Sua natureza é de órgão independente que au-
xilia todos os poderes da federação e, ainda, a
comunidade. Auxilia o Poder Legislativo prestan-
do-lhe informações, pareceres e relatórios” está
corretamente reescrito, de acordo com a norma-
-padrão e sem prejuízo do sentido original, em:
(A) Os Tribunais de Contas não estão entre os
três poderes. Sua natureza é de  órgão in-
dependente que auxilia todos os poderes da
federação e ainda, a comunidade. Auxilia o
Poder Legislativo prestando-lhe informações,
pareceres e relatórios.
(B) Os Tribunais de Contas não estão em qual-
quer dos três poderes. Sua natureza é de ór-
gão autônomo que dá suporte a todos os po-
deres da federação e, ainda, a comunidade.
Auxilia o Poder Legislativo prestando-o infor-
mações, pareceres e relatórios.
(C) Os Tribunais de Contas não estão em qual-
quer dos três poderes. Sua característica
imanente é de órgão que assiste todos os po-
deres da federação e, ainda, a comunidade.
Auxilia o Poder Legislativo prestando a ele in-
formações, pareceres e relatórios.
(D) Os Tribunais de Contas não estão em qual-
quer dos três poderes. Sua natureza é de ór-
gão independente,  que auxilia todos os po-
deres da federação e, ainda a comunidade.
Auxilia o Poder Legislativo prestando-lhe in-
formações, pareceres e relatórios.
(E) Os Tribunais de Contas não estão em qual-
quer dos três poderes. Sua natureza é de ór-
gão independente o qual auxilia todos os po-
deres da federação e, ainda, a comunidade.
Auxilia o Poder Legislativo prestando-lhes in-
formações, pareceres e relatórios.
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03. Assinale a alternativa correta quanto à coloca-
ção pronominal, de acordo com a norma-padrão.
(A) Nas cidades e nas escolas, os brancos torna-
rão-se minoria muito antes.
(B) A propósito, Marco Aurélio já manifestou-se
contrário aos dois meses de férias conferidos
aos magistrados.
(C) Nas sociedades mais antigas, em que vene-
rava-se a sabedoria dos ancestrais, não se
manifestava qualquer repulsa.
(D) Para não fitá-la, deixei cair os olhos.
(E) Em verdade vos digo que confiar-lhe-á todos
os seu bens.
04. A crescente demanda pela eficiência da Adminis-
tração Pública, sobretudo em matéria de serviços
públicos e concretização dos direitos e garantias
fundamentais, tem exercido considerável influ-
ência na atividade de controle externo desem-
penhada pelos Tribunais de Contas, que come-
çam a reconhecer a premente necessidade de
se priorizar métodos de fiscalização orientados
para resultados, em contraponto às tradicionais
auditorias de conformidade, limitadas à análise
meramente formal dos atos de gestão.
O termo “sobretudo” só NÃO pode ser substituído
adequadamente por:
(A) principalmente.
(B) geralmente.
(C) especialmente.
(D) destacadamente.
(E) mormente.
05. De acordo com a norma-padrão de regência, a
passagem “Numa República, impõe-se respon-
sabilidade jurídica pessoal a todo aquele que
tenha por competência (e consequente dever)
cuidar de tudo que é de todos, tanto do prisma da
decisão como do prisma da gestão. E tal respon-
sabilidade implica o compromisso da melhor de-
cisão e da melhor administração possíveis” está,
correta e respectivamente, reescrita em
(A) Numa República, impõe-se a responsabilida-
de jurídica pessoal a todo aquele que tenha
por competência (e consequente dever) cui-
dar de tudo que é de todos, tanto do prisma
da decisão como do prisma da gestão. E tal
responsabilidade implica no compromisso da
melhor decisão e da melhor administração
possíveis.
(B) Numa República, impõe-se a responsabilida-
de jurídica pessoal a todo aquele que tenha
por competência (e consequente dever) cui-
dar de tudo que é de todos, tanto do prisma
da decisão como do prisma da gestão. E tal
responsabilidade resulta no compromisso da
melhor decisão e da melhor administração
possíveis.
Agente da Fiscalização
 (C) Numa República, impõe-se responsabilidade
jurídica pessoal todo aquele que tenha por
competência (e consequente dever) cuidar de
tudo que é de todos, tanto do prisma da deci-
são como do prisma da gestão. E tal respon-
sabilidade implica o compromisso da melhor
decisão e da melhor administração possíveis.
(D) Numa República, impõe-se responsabilidade
jurídica pessoal a todo aquele em que tenha a
competência (e consequente dever) cuidar de
tudo que é de todos, tanto do prisma da deci-
são como do prisma da gestão. E tal respon-
sabilidade implica o compromisso da melhor
decisão e da melhor administração possíveis.
(E) Numa República, impõe-se responsabilidade
jurídica pessoal a todo aquele que tenha à
competência (e consequente dever) cuidar de
tudo que é de todos, tanto do prisma da deci-
são como do prisma da gestão. E tal respon-
sabilidade implica no compromisso da melhor
decisão e da melhor administração possíveis.
06. Interessante é observar como a crescente de-
manda pela eficiência do Estado, sobretudo na
esfera dos serviços públicos e em matéria de
efetivação dos direitos e garantias fundamentais,
tem repercutido na atuação das Cortes de Con-
trole, que começam........... despertar para.........
importância da adoção de métodos de fiscaliza-
ção orientados para resultados, em contrapon-
to............tradicionais auditorias de conformidade,
limitadas............. análise meramente formal dos
atos de gestão (exame de legalidade).
Assinale a alternativa cujos termos preenchem,
correta e respectivamente, as lacunas do enun-
ciado conforme a norma-padrão.
(A) a – a – às – à
(B) a – à – às – a
(C) à – a – as – à
(D) a – a – as – à
(E) à – a – às – a
07. Assinale a alternativa em que a reescrita de par-
tes do texto está em conformidade com a norma-
-padrão de concordância.
(A) Entendemos que a efetividade das decisões
dos Tribunais de Contas está a depender de
mudança na Constituição, que lhes atribuam
legitimidade.
(B) No que diz respeito às recomendações profe-
ridas pelos órgãos de controle, é fundamental
que hajam monitoramento do seu cumprimen-
to junto aos jurisdicionados.
(C) Muitas vezes, as irregularidades apuradas
nos procedimentos de fiscalização tem ori-
gem na desinformação dos gestores, e não
em tentativas deliberadas de lesar os cofres
públicos.
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(D) Aos Tribunais de Contas cabem buscar uma
aproximação com seus jurisdicionados, pro-
movendo periodicamente cursos, palestras e
seminários, dentre outros eventos.
(E) Conclui-se, portanto, que as auditorias de
desempenho, ao elegerem modelos de ges-
tão com foco em resultados, contribuem para
aprimorar o exercício do controle externo.
08. A palavra “que” pode ser empregada como pro-
nome relativo, ou seja, aquele que retoma um
termo anterior no texto, como ocorre em “O Tri-
bunal de Contas, numa leitura genérica, trata-se
do órgão responsável pela análise dos gastos
públicos, cuja ação fiscalizadora denomina-se
‘Controle Externo’”. Cabendo ao Poder Legislati-
vo, que compreende o Senado Federal, a Câma-
ra dos Deputados, as Assembleias Legislativas
e as Câmaras de Vereadores, exercerem este
controle frente aos representantes do Poder Exe-
cutivo”. O “que” não tem esse mesmo emprego
no seguinte trecho do texto.
(A) O Ministério da Justiça realizou levantamento
de que resultou a publicação do livro.
(B) Para a surpresa de muitas pessoas, acostu-
madas a ver em nosso país tantas leis que
não saem do papel, a LRF, logo nos primeiros
anos, atinge boa parte de seus objetivos.
(C) É aconselhável que o usuário permaneça
sempre atento às ofertas disponíveis não so-
mente na empresa contratada como também
em suas concorrentes.
(D) O trabalho consistia em pegar barras de metal
que vinham deslizando de cima da máquina
para colocá-las embaixo, sobre uma placa
deslizante.
(E) O homem que só tinha certezas quase nunca
usava ponto de interrogação.
09. Assinale a opção transcrita de forma gramatical-
mente incorreta.
(A) É muito comum ouvirmos reclamações dos
contribuintes a cerca do valor dos seus impos-
tos, isto é algo praticamente tão antigo quan-
to a própria civilização, mas no Brasil ocorre
algo um tanto curioso.
(B) Nosso sistema tributário é tão complexo que
muitas empresas precisam ter grandes equi-
pes de contadores para dar conta da buro-
cracia. Uma simplificação do sistema, ainda
que não diminuísse o valor final dos tributos,
já seria um enorme ganho de produtividade
para o país.
(C) Ao mesmo tempo, os impostos sobre as pes-
soas físicas são relativamente altos, porém
um dos mais injustos do planeta: enquanto a
alíquota mais alta sobre a renda não passa de
Agente da Fiscalização
 27,5% (em muitos países europeus ela passa
dos 50%) e o imposto sobre a herança é de
cerca de 4% (muito abaixo da média mundial),
temos alguns dos impostos indiretos mais al-
tos do globo.
(D) É, na verdade, uma empreitada bastante com-
plexa, que envolve reflexões profundas sobre
as funções teóricas do Estado assim como
sobre as especificidades concretas da estru-
tura administrativa que se pretende reformar.
(E) Os impostos são aplicados diretamente a tudo
o que consumimos, de forma que tanto o mi-
lionário quanto o miserável pagam exatamen-
te o mesmo imposto sobre um quilo de arroz
ou uma geladeira.
10. Muita gente não gosta de Floriano Peixoto, o
“Marechal de Ferro”. Em 1892, um senador-
-almirante e políticos sediciosos________. Ele
avisara: “Vão discutindo, que eu vou mandando
prender”. Encheu a cadeia, e o advogado Rui
Barbosa bateu às portas do Supremo Tribunal
Federal para________. Floriano avisou: “Se os
juízes concederem habeas corpus aos políticos,
eu não sei quem amanhã________ o habeas
corpus de que, por sua vez, necessitarão”.
(Élio Gaspari. Folha de S.Paulo, 11.12.2016. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, as lacu-
nas do texto devem ser preenchidas, respectiva-
mente, com:
(A) desafiaram-lhe ... soltar eles ... dará à eles
(B) desafiaram ele ... soltar-lhes ... dar-lhes-á
(C) desafiaram-no ... soltá-los ... lhes dará
(D) desafiaram-no ... soltar-os ... dá-los-á
(E) (E) desafiaram-o ... soltar-nos ... os dará
Leia o texto a seguir para responder às questões
de 11 a 13.
1 A declaração de independência ameri-
cana  proclamou, entre os direitos invioláveis do
ser humano, a busca da felicidade: um marco
para a civilização ocidental. As ideias de felicidade
5 são muitas, mas podem ser remetidas a duas
categorias. A visão mais popular é a de uma vida
plena de momentos agradáveis, sem problemas
e desafios. A outra nos foi mostrada por Goethe.
Já idoso, ele foi perguntado se a sua vida tinha
10 sido feliz. Ele respondeu que sim, mas que não se
lembrava de uma única semana em que o tivesse
sido. Isso implica que ser feliz não significa não ter
dificuldades, mas superá-las.


Definir o que significa ser feliz é muito complexo.
15 A própria ideia de felicidade parece conter em si
o pressuposto da sua não existência no mundo.
A felicidade deve ser conquistada, entretanto, no
nosso sistema de consumidores, vendem-se pro-
messas de promessas de algo que nos fará nos
20 sentirmos melhor. O mercado, em teoria, deveria
aspirar a satisfazer todas as necessidades.
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Satisfazer os consumidores, na realida-
de, é o pesadelo do mercado: envolveria não
ter mais nada para vender. Os especialistas
25 sabem, portanto, nos manter continuamente insa-
tisfeitos. A publicidade nos promete que seremos
felizes com o novo celular, por exemplo, mas ela
tinha feito o mesmo para o modelo anterior e vai
refazer o mesmo para o posterior. Porém, milhões
30 de pessoas correm para comprar.


A atitude do sistema encoraja a ideia de que
há algo que pode resolver todos os problemas e
alimenta constantemente tal convicção. Isso torna
os momentos de felicidade muito curtos. O problema
35 é que somos constrangidos a gastar o dinheiro
que ainda não ganhamos para comprar coisas das
quais não precisamos para impressionar pessoas
que não nos importam muito. Esse é o caminho
para alongar os momentos de infelicidade.
40 É preciso redescobrir o prazer de comuni-
car. Eu não me refiro aos tuítes, mas a conver-
sas de verdade. Há uma grande diferença entre
encontros virtuais e tradicionais. Para voltar aos
acontecimentos ao estilo antigo, cada um deveria
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diminuir as suas próprias demandas, mas o mer-
cado tenta levantar as expectativas.
11. É possível inferir do texto que:
(A) a busca pela felicidade pode, paradoxalmen-
te, conduzir à infelicidade.
(B) o conceito atual de felicidade surge com a
declaração de independência dos Estados
Unidos.
(C) Segundo Goethe, a felicidade é a soma de
dias felizes.
(D) A função do mercado é buscar e promover a
satisfação dos consumidores.
(E) Os consumidores estão a cada dia mais
conscientes das ilusões das promessas do
mercado.
12. Quanto aos elementos de coesão textual, assina-
le a afirmação correta.
(A) Em “A outra nos foi mostrada por Goethe” (l.
8), “outra” refere-se a “vida”.
(B) Em “Isso implica” (l. 12), “Isso” refere-se a
“lembrava”.
(C) Em “o tivesse sido” (l. 11-12), “o” retoma “ele”.
(D) Em “sua não existência” (l. 16), “sua” refere-
-se a “felicidade”.
(E) Em “ela tinha feito o mesmo” (l. 27-28), “ela”
refere-se a “realidade”.
13. Assinale a alternativa em que a substituição do
termo sublinhado pelo indicado entre parênteses
manteria o sentido da frase.
(A) “As ideias de felicidade são muitas, mas po-
dem ser remetidas a duas categorias” – 1º pa-
rágrafo (conquanto).
Agente da Fiscalização
 (B) “ele foi perguntado se a sua vida tinha sido fe- Joga o paio, carne seca, toucinho no caldeirão
liz” – 1º parágrafo (como). E vamos botar água no feijão
(C) “Os especialistas sabem, portanto, nos man-
ter continuamente insatisfeitos” – 3º parágrafo Mulher
(pois). Depois de salgar
(D) “e alimenta constantemente tal convicção” – 4º Faça um bom refogado, que é pra engrossar
parágrafo (mas). Aproveite a gordura da frigideira
(E) “Para voltar aos acontecimentos ao estilo anti- Pra melhor temperar a couve mineira
go” – 5º parágrafo (Ao). Diz que tá dura, pendura a fatura no nosso irmão
E vamos botar água no feijão
Observe a seguinte charge para responder à
questão 14. 15. As palavras grifadas nos trechos transcritos abai-
xo representam o nível coloquial de linguagem,
exceto:
(A) “salta cerveja”.
(B) ”e o chão tá posto”.
(C) “um montão de torresmo”.
(D) “botar água no feijão”.
(E) “diz que tá dura”.

16. Assinale a alternativa que apresenta não uma or-

14. Pode-se inferir que a resposta do aluno, no con-
texto da charge, tem o objetivo de
(A) Indicar a dificuldade de comunicação entre
gerações.
(B) Criticar a atuação dos representantes do Le-
gislativo.
(C) Criticar a crise na educação brasileira.
(D) Denunciar a irreverência dos jovens.
(E) Revelar a indignação da juventude.
Feijoada Completa
(Chico Buarque)
Mulher
Você vai gostar
Tô levando uns amigos pra conversar
Eles vão com uma fome que nem me contem
Eles vão com uma sede de anteontem
Salta cerveja estupidamente gelada prum batalhão
E vamos botar água no feijão
Mulher
Não vá se afobar
Não tem que pôr a mesa, nem dar lugar
Ponha os pratos no chão, e o chão tá posto
E prepare as linguiças pro tiragosto
Uca, açúcar, cumbuca de gelo, limão
E vamos botar água no feijão
Mulher
Você vai fritar
Um montão de torresmo pra acompanhar
Arroz branco, farofa e a malagueta
A laranja-bahia ou da seleta
5
dem, mas um argumento usado pelo emissor do
discurso.
(A) “você vai gostar”.
(B) “ponha os pratos no chão”.
(C) “você vai fritar”.
(D) “faça um bom refogado”.
(E) “pendura a fatura”.
RACIOCÍNIO LÓGICO
17. Alguns funcionários do TCE-SP precisam reali-
zar uma tarefa. Sendo assim, foram designadas
4 pessoas, trabalhando 6 horas por dia, durante
5 dias. O total de dias necessários para que 3
pessoas façam o mesmo serviço, trabalhando 8
horas por dia, em uma tarefa que possua um ní-
vel de dificuldade 20% maior é igual a:
(A) 5.
(B) 6.
(C) 7.
(D) 4.
(E) 8.
18. Trabalhando individualmente em uma tarefa no
TCE-SP, o servidor André é capaz de cumprir
certa tarefa em 8 horas, o servidor Beto em 6 ho-
ras, e o servidor Caio em 5 horas. Nessas condi-
ções, se trabalharem juntos na execução dessa
tarefa, o esperado é que ela seja cumprida em,
aproximadamente,
(A) 1 hora e 40 minutos.
(B) 2 horas, 2 minutos e 2 segundos.
(C) 2 horas e 20 minutos.
(D) 2 horas, 22 minutos e 30 segundos.
(E) 2 horas e 54 minutos.
Agente da Fiscalização
19. Um empresário almeja realizar uma promoção e
dar 10% de desconto sobre o preço original de
suas mercadorias. Para iludir os clientes, ele con-
feccionou um cartaz que anuncia desconto de
20% na venda de suas mercadorias. A porcen-
tagem que esse empresário majorou os preços
para que, com descontos de 20%, eles de fato
sejam 10% a menos que o preço original, é igual a
(A) 22%.
(B) 8,5%.
(C) 13%.
22. Um argumento constituído por uma sequência
(D) 12,5%.
(E) 10%.
20. O matemático sueco Von Koch é famoso
pela Curva de Koch que aparece em seu traba-
lho em 1906, que une métodos de geometria ele-
mentar com a teoria das curvas. Isso é calculado
dividindo uma linha em três partes iguais, confor-
me as figuras 1, 2, 3 e 4 abaixo:
 
Ao aplicar o processo de construção da curva de
Koch nos lados de um triângulo equilátero, ob-
têm-se as “ilhas de Koch”, também conhecidas
como “Floco de Neve”.
Substituindo o segmento médio por outros dois
lados de um  triângulo equilátero  construídos no
segmento de médio:
Nas figuras acima, u indica uma unidade de me-
dida qualquer.
A quantidade de segmentos (S) que compõem
23. André, funcionário da TCE-SP, é aficionado a
cada imagem no processo de obtenção da “Ilha
de Koch” é dada por S = 3.4(n-1). Qual posição,
nessa sequência, ocupa a imagem que é com-
posta por 12288 segmentos?
(A) 6ª posição.
(B) 7ª posição.
(C) 8ª posição.
(D) 9ª posição.
(E) 10ª posição.
21. Ao saber que alguns processos deveriam ser
analisados, dois Analistas Judiciários do TCE-SP
– Sérgio e João – se incumbiram dessa tarefa.
Sabe-se que:
– Dividiram o total de processos entre si, em par-
tes inversamente proporcionais a seus respecti-
vos tempos de serviço no Tribunal: 15 e 5 anos;
– Sérgio levou 4 horas para, sozinho, analisar to-
dos os processos que lhe couberam, enquanto,
sozinho, João analisou todos os seus em 6 horas.
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Se não tivessem dividido o total de processos en-
tre si e trabalhassem simultaneamente em pro-
cessos distintos, quanto tempo seria necessário
até que todos os processos fossem analisados?
(A) 5 horas e 20 minutos.
(B) 5 horas.
(C) 4 horas e 40 minutos.
(D) 4 horas e 30 minutos.
(E) 4 horas.
de três proposições P1, P2 e P3, em que P1 e
P2 são as premissas e P3 é a conclusão, será
considerado válido se, a partir das premissas P1
e P2, assumidas como verdadeiras, for obtida a
conclusão P3, também verdadeira por consequ-
ência lógica das premissas. A partir dessas infor-
mações, marque a alternativa correta.
(A) Premissa 1: Todo brasileiro gosta de carnaval.
Premissa 2: André gosta de carnaval.
Premissa 3: André é brasileiro.
(B) Premissa 1: Todo brasileiro gosta de carnaval.
Premissa 2:Todo brasileiro é alegre.
Premissa 3: Toda pessoa alegre gosta de carnaval.
(C) Premissa 1: Sócrates é mortal.
Premissa 2: Nenhum homem é imortal.
Premissa 3: Sócrates é homem.
(D) Premissa 1: Todo réptil nada.
Premissa 2: Alguns mamíferos nadam.
Premissa 3: Alguns mamíferos são répteis.
(E) Premissa 1: Nenhum mamífero é terrestre.
Premissa 2: Alguns mamíferos nadam.
Premissa 3: Algum animal que nada não é terrestre.
Raciocínio Lógico e, em certo dia, em uma de-
terminada seção do Tribunal, realizou o seguinte
desafio aos seus colegas de trabalho:
Em quatro cartões, escreveu um número em um
lado e, no outro, uma letra, segundo ilustrado
abaixo.
André afirmou: “Todos os cartões que têm uma
vogal numa face têm um número par na outra”.
Em seguida, perguntou para seus colegas: “Para
verificar se tal afirmação é verdadeira, quais car-
tões devem ser virados?”
(A) É suficiente virar somente o primeiro cartão.
(B) É suficiente virar somente o segundo cartão.
(C) É suficiente virar o primeiro e o quarto cartão.
(D) É suficiente virar somente o quarto cartão.
(E) É suficiente virar o segundo e o terceiro cartão.
Agente da Fiscalização
24. A alternativa que apresenta uma proposição e a
sua negação entre parênteses é:
(A) ∀x, x ∈ R, x² é um número par (∀x, x ∈ R, x²
não é um número par).
(B) Existem pessoas que não são simpáticas
(Existem pessoas simpáticas.).
(C) Nenhuma árvore é roxa (Algumas árvores são
roxas.).
(D) Se sair de casa, irei ao mercado (Sairei de
casa e irei ao mercado.).
(E) Todos os homens são honestos (Nenhum ho-
mem é honesto.).
25. Considere que os termos da sucessão seguinte
foram obtidos segundo determinado padrão.
(20, 21, 19, 22, 18, 23, 17, ...)
Se, de acordo com o padrão estabelecido, X e Y
são o décimo e o décimo terceiro termos dessa
sucessão, então a razão Y/X é igual a
(A) 44%.
(B) 48%.
(C) 56%.
(D) 58%.
(E) 64%.
26. Uma sequência numérica infinita (e1, e2, e3, ..., en,
...) é tal que a soma dos n termos iniciais é igual
a n2+6n.
O quarto termo dessa sequência é igual a
(A) 9.
(B) 13.
(C) 17.
(D) 32.
(E) 40.
27. Três amigos – Alan, Mateus e Carlos – chegam
a um estacionamento dirigindo carros de cores
diferentes. Um dirigindo um carro azul, o outro
um carro branco e o terceiro um carro vermelho.
Chegando ao estacionamento, o manobrista per-
guntou quem era cada um deles. O que dirigia o
carro azul respondeu: “Alan é o que estava di-
rigindo o carro branco”. O que estava dirigindo
o carro branco falou: “eu sou Mateus”. E o que
estava dirigindo o carro vermelho disse: “Carlos
é quem estava dirigindo o carro branco”. Como o
manobrista sabia que Alan sempre diz a verdade,
que Mateus às vezes diz a verdade e que Carlos
nunca diz a verdade, ele foi capaz de identificar
quem era cada pessoa. As cores dos carros que
Alan e Carlos dirigiam eram, respectivamente:
(A) azul e branco.
(B) vermelho e azul.
(C) vermelho e branco.
(D) branco e azul.
(E) azul e vermelho.
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28. Considere verdadeiras as seguintes afirmativas:
Premissa 01: Se estudo, então não passo neces-
sidade.
Premissa 02: Se não estudo, então passo aflição.
Logo, deduz-se que:
(A) estudar é necessário para passar necessida-
de.
(B) estudar é suficiente para passar aflição.
(C) passar necessidade é necessário para passar
aflição.
(D) passar necessidade é suficiente para estudar.
(E) passar aflição é necessário para passar ne-
cessidade.
29. Para verificar as habilidades lógicas de um fun-
cionário que trabalha no TCE-SP, foi realizada
uma brincadeira durante um curso de especiali-
zação oferecido pelo Governo Federal. Em uma
caixa denominada VIDA, há sete bolas verme-
lhas; em uma caixa denominada ÁGUA, sete
bolas azuis. Essas são as únicas bolas contidas
nas duas caixas. Retiram-se três bolas da caixa
VIDA, que são então colocadas na caixa ÁGUA.
Agora, retiram-se, aleatoriamente, quatro bolas
da caixa ÁGUA, que são então colocadas na cai-
xa VIDA.
Após essas transferências, é correto afirmar que:
(A) só ficaram bolas azuis na caixa ÁGUA.
(B) só ficaram bolas vermelhas na caixa VIDA.
(C) há pelo menos uma bola vermelha na caixa
ÁGUA.
(D) há pelo menos uma bola azul na caixa VIDA.
(E) há mais bolas azuis na caixa ÁGUA do que
bolas vermelhas na caixa VIDA.
30. Dada a seguinte relação entre Paulo, Carlos, Luiz
e Enéas:
• Paulo é mais alto que Enéas.
• Carlos é mais alto que Luiz.
• Enéas é mais alto que Carlos.
É correto afirmar que
(A) Enéas é o mais alto.
(B) Carlos é o mais baixo.
(C) Luiz é mais alto que Enéas.
(D) Paulo é mais alto que Carlos.
(E) Luiz é mais alto que Carlos.
INFORMÁTICA
31. Assinale a alternativa que diz respeito à combi-
nação de teclas que deve ser usada no sistema
operacional Windows 7 (configuração padrão –
idioma Português) para minimizar todas as jane-
las, exceto a que está ativa.
(A) +M
(B) +D
(C) +E
(D) + Home
(E) + TAB
Agente da Fiscalização
32. Observe a imagem a seguir, que mostra parte de (A) seção.
uma planilha do MS-Excel 2010, em sua configu- (B) Página.
ração padrão. (C) Linha.
(D) Coluna.
(E) Orientação.

36. Jeferson, utilizando o site de buscas Google, de-

seja encontrar sites que contenham exatamente
a expressão Tribunal de Contas do Estado de
São Paulo, mas que não contenham a palavra
concurso. Para obter o resultado pretendido, ele
Assinale a alternativa que apresenta o valor que deve digitar no campo apropriado para busca:
será exibido na célula C1 após esta ser preenchi- (A) *Tribunal de Contas do Estado de São Paulo*
da com a fórmula =MENOR(A1:B5;4). except: concurso
(A) 0. (B) +Tribunal de Contas do Estado de São Paulo+
(B) 1. - concurso
(C) 2. (C) /Tribunal de Contas do Estado de São Paulo/
(D) 3. ..concurso
(E) 4. (D) % Tribunal de Contas do Estado de São Pau-
lo% #concurso
33. Jeferson, servidor do TCE/SP, está configurando
(E) “Tribunal de Contas do Estado de São Paulo”
na sua seção o gerenciador de e-mails Outlook
-concurso
2010. Quais protocolos, respectivamente, devem
ser configurados para o envio e para o recebi-
mento de mensagens, considerando que ele de- 37. O texto abaixo está sendo editado no Word 2010,
seja ter acesso às mensagens já baixadas, mes- em sua configuração padrão. O cursor está posi-
mo estando off-line: cionado imediatamente antes da palavra “patri-
(A) HTTP e TCP monial”. Nesta situação, para selecionar a partir
(B) DHCP e SMTP da posição do cursor até o fim do respectivo texto
(C) DNS e HTTP (considere que não há mais parágrafos), deve-se
(D) SMTP e POP3 utilizar a seguinte combinação de teclas:
(E) SMTP e IMAP

34. Jeferson, servidor do TCE/SP, utiliza na sua se-

ção uma máquina que possui instalado o siste-
ma operacional Windows 7 (configuração padrão
– idioma Português), e sua conta de usuário é (A) CTRL + SHIFT + END
do tipo Padrão. Assinale a alternativa que con- (B) CTRL + SHIFT + HOME
tém uma alteração que Jeferson não consegue (C) SHIFT + CLIQUE
realizar: (D) SHIFT + END
(A) Alterar a imagem (usada na conta) do seu (E) SHIFT + HOME
usuário.
(B) Alterar a senha da conta do seu usuário. 38. “___________ é uma rede formada por centenas
(C) Alterar a data e hora do sistema. ou milhares de computadores zumbis e que per-
(D) Renomear as pastas contidas no diretório Do- mite potencializar as ações danosas executadas
cumentos, que está armazenado c:\usuários\ pelos bots.” A definição anterior foi retirada da
Jeferson\Documentos. cartilha do Cert Br (https://cartilha.cert.br/malwa-
(E) Renomear a Lixeira do sistema. re/). Assinale a alternativa que contém o termo
que preenche corretamente a lacuna do texto:
35. Utilizando-se o Word 2010, em sua configuração (A) Bots.
padrão, para que a primeira página seja usada (B) Botnet.
na orientação paisagem e, a partir da segunda, (C) Zumbinet.
a orientação seja retrato, é necessário inserir na (D) Netbot.
primeira página uma quebra de: (E) Wormnet.

8
Agente da Fiscalização
39. Considerando o trecho da planilha abaixo, que
está sendo editada no Excel 2010, em sua
configuração padrão, assinale a alternativa
que apresenta o resultado ao se digitar na cé-
lula A6 (que não aparece na imagem) a função
=SOMASE(A1:A5;”>3”;C1:C5):

(A) 25.
(B) 15.
(C) 20.
(D) 10.
(E) 41.

40. Assinale a alternativa que contenha, respectiva-

mente, os programas nativos do Windows 7, em
sua configuração padrão, que salvam, por pa-
drão, arquivos com a extensão “txt” e “rtf”:
(A) Paint e Wordpad.
(B) Word e Paint.
(C) Paint e bloco de Notas.
(D) Bloco de Notas e Wordpad.
(E) Paint e Internet Explorer.

9
Agente da Fiscalização
 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
DIREITO ADMINISTRATIVO
41. Sócrates foi nomeado e empossado no cargo
de Agente de Fiscalização do Tribunal de Con-
tas de São Paulo. Após dois anos em exercício
no Tribunal, foi declarada a nulidade de seu ato
de nomeação, por vícios insanáveis consistentes
em burla pelo servidor às regras do concurso pú-
blico. Os atos praticados por Sócrates no TC-SP,
como certidões por ele expedidas, serão:
(A) nulos, pois a anulação de seu ato de investi-
dura por burla às regras do concurso público
opera efeitos ex tunc, isto é, retroage à data
de origem do ato, aniquilando todos os efeitos
produzidos.
(B) nulos, pois a nulidade absoluta no caso de-
corre de norma obrigatória e opera efeitos ex
nunc, ou seja, retroage à data da prática do
ato ilícito, a partir da qual nenhum efeito po-
derá ser convalidado.
(C) válidos, eis que a anulação de seu ato de in-
vestidura opera efeitos ex tunc, isto é, produz
efeitos a partir da data da decisão administra-
tiva que declarou a nulidade, não retroagindo
à data de origem do ato.
(D) válidos, pois, pela teoria da aparência, a no-
meação de servidor com burla às regras do
concurso público é nula, mas os atos por ele
praticados são válidos, em atenção ao princí-
pio da segurança jurídica e para resguardar
os terceiros interessados de boa-fé.
(E) válidos, desde que haja decisão jurisdicional
determinando e especificando quais atos de-
vem ser convalidados, com objetivo de apro-
veitar os atos por ele praticados para atender
aos princípios da eficiência e celeridade.  opção correta.
42. Os poderes administrativos são instrumentos uti-
lizados para o exercício de prerrogativas públi-
cas. Assinale a alternativa que indica um exem-
plo de exercício do poder disciplinar.
(A) Aplicação de multa a uma empresa conces-
sionária de serviço público decorrente do
contrato.
(B) Aplicação de sanção a um motorista que
avança o sinal.
(C) Aplicação de multa, em inspeção da ANVISA,
a um laboratório farmacêutico.
(D) Proibição de funcionamento de estabeleci-
mento de shows devido a não satisfação de
condições de segurança.
(E) Aplicação de multa pelo IBAMA por violação
da legislação ambiental praticada por particu-
lar sem vínculo com a administração.
10
43. Um policial civil no dia de folga, quando estava na
frente da sua casa, de bermuda e sem camisa,
discute com um transeunte e acaba desferindo
tiros com a arma da corporação. Com base no
relatado acima, é correto afirmar que o Estado
(A) será responsabilizado, pois o policial civil é
agente público pertencente a seus quadros.
(B) será responsabilizado, com base na teoria do
risco integral.
(C) somente será responsabilizado de forma sub-
sidiária, ou seja, caso o policial não tenha
condições financeiras.
(D) não será responsabilizado, pois o policial,
apesar de ser agente público, não atuou nes-
sa qualidade; sua conduta não pode, pois, ser
imputada ao Estado.
(E) O Estado responde de forma objetiva, deven-
do propor ação de regresso contra o policial.
44. A Administração Pública possui uma série de me-
canismos de controle. No que tange a essa temá-
tica, assinale a afirmativa correta.
(A) O TCU é competente para julgar anualmente
as contas prestadas pelo Presidente da Re-
pública.
(B) O Poder Judiciário poderá exercer controle in-
terno sobre os demais poderes.
(C) O controle por vinculação é atribuído a uma
pessoa e se exerce sobre os atos praticados
por pessoa diversa.
(D) O controle judicial poderá ser de ofício ou a
pedido.
(E) O controle de legalidade é controle externo na
medida em que é necessariamente processa-
do por órgão jurisdicional.
45. Com fundamento nas normas que tratam da or-
ganização da administração pública, assinale a
(A) Diferentemente das empresas públicas, as
sociedades de economia mista adquirem sua
personalidade com o registro dos atos consti-
tutivos em cartório.
(B) A administração pública indireta abrange as
autarquias, fundações públicas, empresas
públicas, sociedades de economia mista e or-
ganizações sociais.
(C) Na descentralização, o Estado reparte suas
competências administrativas entre órgãos
públicos com a finalidade de obter maior efici-
ência no exercício de suas tarefas.
(D) As agências reguladoras integram a adminis-
tração direta.
(E) Os órgãos administrativos não possuem perso-
nalidade jurídica, no entanto compõem tanto a
administração pública direta quanto a indireta.
Agente da Fiscalização
46. Sobre os contratos administrativos, assinale a
opção incorreta.
(A) É motivo de rescisão contratual a subcontra-
tação parcial do objeto do ajuste, desde que
não admitida no edital e no contrato.
(B) Considera-se condição de eficácia do contra-
to administrativo a publicação do seu extrato
na imprensa oficial.
(C) Não há a possibilidade de a anulação do cer-
tame licitatório ocorrer de ofício, por parte da
Administração, devendo haver sempre repre-
sentação de particular.
(D) É vedada a realização, pela Administração, de
contratação verbal, de sorte que todo ajuste
pressupõe formalização mediante termo de
contrato.
(E) A administração possui a prerrogativa de apli-
car sanções de natureza administrativa – en-
tre as quais se incluem a advertência, a multa
e a suspensão temporária de participação em
licitação – sendo a pena de multa a única pas-
sível de ser aplicada juntamente com qual-
quer uma das outras.
47. Sobre a Lei orgânica do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo, é correto afirmar:
(A) O Vice-Presidente auxiliará o Presidente no
exercício de suas funções, substitui-lo-á nas fal-
tas e impedimentos e o sucederá em caso de
vacância por um ano, permitida sua recondução.
(B) Os Conselheiros elegerão, entre os seus pa-
res, o Presidente, o Vice-Presidente e o Cor-
regedor do Tribunal de Contas, para o manda-
to de 1 ano, permitida a reeleição.
(C) O Conselheiro terá as mesmas garantias,
prerrogativas, impedimentos, vencimentos
e vantagens do Governador de Estado, pois
são considerados agentes políticos.
(D) Ao realizar auditorias, constatada a prática de
ilícito penal, o Tribunal de Contas determina-
rá a remessa de peças ao Ministério Público.
Contudo, no caso de omissão do MP, o Tribu-
nal de Contas poderá julgar e aplicar a devida
penalidade penal.
(E) Para cumprimento de suas funções, o Tribu-
nal de Contas não poderá utilizar-se dos ele-
mentos apurados pelas unidades de controle
interno da administração direta e indireta.
DIREITO CONSTITUCIONAL
48. Dentro da sistemática dos remédios constitucio-
nais, desponta o mandado de segurança, ação
voltada para tutelar direito líquido e certo não am-
parado por habeas corpus ou habeas data.
Sobre o tema, é correto afirmar:
11
(A) É inconstitucional a fixação de prazo deca-
dencial para o ajuizamento de mandado de
segurança, na medida em que seria uma limi-
tação não constante na Constituição Federal.
(B) A controvérsia sobre matéria de direito impe-
de a concessão do mandado de segurança.
(C) Cabe mandado de segurança contra atos de
gestão negocial praticados por entidades da
Administração Indireta.
(D) A desistência no mandado de segurança é
possível mesmo após a prolação de sentença
favorável ao impetrante, independentemente
do consentimento da autoridade impetrada.
(E) Cabe mandado de segurança contra lei em
tese.
49. Determinada lei municipal continha dois artigos:
o artigo 1º regulamentou o tempo máximo de
espera nas filas, inclusive de bancos e de car-
tórios. Já o artigo 2º determinou que a cobrança
de preço em estacionamentos fosse baseada na
quantidade de minutos utilizados, e não por hora.
Tendo essa situação em conta, é correto afirmar
que
(A) ambos os artigos são inconstitucionais, por in-
vadirem competência privativa da União para
legislar sobre o sistema financeiro nacional.
(B) somente o artigo 1º é inconstitucional, na
medida em que a matéria é de iniciativa con-
corrente da União, dos Estados e do Distrito
Federal.
(C) apenas o artigo 2º é inconstitucional, por en-
volver direito civil e de propriedade, matérias
de competência legislativa privativa da União.
(D) os dois artigos são constitucionais.
(E) somente o artigo 2º é inconstitucional, pois
envolve matéria de iniciativa reservada aos
Estados.
50. A intervenção da União nos Estados e no Distrito
Federal NÃO será possível na seguinte hipótese:
(A) Manter a integridade nacional.
(B) Garantir o livre exercício de qualquer dos Po-
deres nas unidades da Federação.
(C) Repelir invasão estrangeira ou de uma unida-
de da Federação em outra.
(D) Prover a execução de lei federal, ordem ou
decisão judicial.
(E) Reorganizar as finanças da unidade da Fede-
ração que suspender o pagamento da dívida
fundada por mais de dois anos consecutivos,
inclusive por motivo de força maior.
Agente da Fiscalização
51. Acerca da eficácia e da aplicabilidade das nor-
mas constitucionais, considere os seguintes dis-
positivos, extraídos da CF:
I – O direito de greve será exercido nos termos e
nos limites definidos em lei específica (artigo
37, VII).
II – Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
responsável pelo inadimplemento voluntário e
inescusável de obrigação alimentícia e a do de-
positário infiel (artigo 5º, LXVII).
Os itens I e II revelam, respectivamente, normas
(A) de eficácia limitada e de eficácia contida.
(B) de eficácia limitada e de eficácia plena.
(C) programática e de eficácia contida.
(D) de eficácia contida e de eficácia limitada.
(E) de eficácia plena e de eficácia limitada.
52. Dentro do controle de constitucionalidade, é cor-
reto afirmar
(A) A tarefa de fazer a defesa da norma questio-
nada junto ao STF é atribuída ao Advogado-
-Geral da União, chamado de curador da lei,
ou de defensor legis.
(B) Os governadores de Estado e do Distrito Fe-
deral estão inseridos entre os legitimados
universais, não havendo a necessidade de
comprovação de seu interesse no caso para
a propositura de ação direta de inconstitucio-
nalidade.
(C) Em regra, as decisões de mérito proferidas
em ação direta de inconstitucionalidade pro-
duzirão efeitos contra todos (erga omnes),
sem força retroativa (ex nunc).
(D) A arguição de descumprimento de preceito
fundamental pode ser utilizada para o ques-
tionamento de decisões judiciais, mesmo que
transitadas em julgado.
(E) A ação civil pública é uma das ferramentas do
controle concentrado de constitucionalidade.
53. Acerca da composição dos Tribunais de Contas
dos Estados, a Constituição Federal estabelece
serem sete conselheiros, não trazendo mais de-
talhes.
De acordo com o entendimento do STF, a divisão
deve ser feita nesses moldes:
(A) três escolhidos pelo Governador, livremente,
enquanto os outros quatro devem ser escolhi-
dos pela Assembleia Legislativa, entre Audito-
res e membros do MP/Contas.
(B) três escolhidos pelo Governador, sendo um
de livre escolha, um entre Auditores e outro
entre membros do MP/Contas. Os outros qua-
tro membros são escolhidos pela Assembleia
Legislativa.
(C) quatro escolhidos pelo Governador, livremen-
te, e outros três escolhidos pela Assembleia
Legislativa, também livremente.
12
(D) dois escolhidos pelo Governador, outros dois
pelo próprio Tribunal de Contas Estadual,
além de três de livre escolha da Assembleia
Legislativa.
(E) as normas devem ser estabelecidas pela
Constituição Estadual, que tem autonomia
para a definição, dentro de sua autonomia ad-
ministrativa e política.
54. Marque a alternativa correta em relação à Ordem
Social:
(A) Em razão do princípio constitucional da gra-
tuidade do ensino público, o STF decidiu ser
indevida a cobrança, por universidades públi-
cas, de mensalidade em cursos de especia-
lização.
(B) Pode ser citado como diretriz da saúde o
atendimento integral, com prioridade para as
atividades curativas, sem prejuízo dos servi-
ços assistenciais
(C) Entre os preceitos constitucionais de ensino,
se destaca a educação infantil, em creche e
pré-escola, às crianças até 6 (seis) anos de
idade.
(D) É vedada a filiação ao regime geral de pre-
vidência social, na qualidade de segurado
facultativo, de pessoa participante de regime
próprio de previdência.
(E) Os ganhos habituais do empregado, a qual-
quer título, não serão incorporados ao salário
para efeito de contribuição previdenciária e
consequente repercussão em benefícios, nos
casos e na forma da lei.
DIREITO CIVIL
55. Sobre os bens públicos, marque a alternativa
correta.
(A) São públicos os bens do domínio nacional
pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno, bem como aos particulares
prestadores de serviço público.
(B) São bens de uso especial, tais como edifícios
ou terrenos destinados a serviço ou estabe-
lecimento da administração federal, estadual,
territorial ou municipal, inclusive os de suas
autarquias e fundações públicas de direito
privado.
(C) Os bens públicos dominicais podem ser alie-
nados, observadas as exigências da lei.
(D) Admite-se, excepcionalmente, usucapião de
bens públicos.
(E) Os bens públicos afetados ou desafetados não
podem ser objeto de alienação ou penhora.
Agente da Fiscalização
56. Sobre atos jurídicos em sentido estrito, marque
alternativa correta.
(A) A manifestação de vontade no ato jurídico em
sentido estrito é ampla, podendo a parte ma-
nipular as consequências.
(B) Constituem atos ilícitos os praticados median-
te estado de necessidade.
(C) O abuso do direito gera responsabilidade civil
objetiva.
(D) Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem não comete ato ilícito,
mas estará obrigado a indenizar.
(E) todo aquele que deixa de cumprir uma exigên-
cia legal comete abuso de direito.
57. Sobre as regras de pagamento indevido, marque
a alternativa correta.
(A) Basta comprovação da voluntariedade para
caracterizar o pagamento indevido.
(B) É obrigado a ressarcir o pagamento indevido
aquele que, recebendo-o como parte de dí-
vida verdadeira, inutilizou o título ou deixou
prescrever a pretensão.
(C) Não é possível ocorrer pagamento indevido
de obrigação de não fazer.
(D) Terá direito à repetição aquele que deu algu-
ma coisa para obter fim ilícito.
(E) Todo aquele que recebeu o que lhe não era
devido fica obrigado a restituir, bem como
aquele que recebe dívida condicional antes
de cumprida a condição.
58. Acerca do enriquecimento sem causa, marque a
alternativa correta.
(A) Aquele que, mediante justa causa, se enri-
quecer à custa de outrem, será obrigado a
restituir o indevidamente auferido, feita a atu-
alização dos valores monetários.
(B) Se o enriquecimento tiver por objeto coisa de-
terminada, quem a recebeu será obrigado a
restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a
restituição se fará pelo valor do bem na época
em que se perdeu.
(C) A restituição é devida apenas quando não te-
nha havido causa que justifique o enriqueci-
mento.
(D) Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à
custa de outrem será obrigado a restituir o in-
devidamente auferido, feita a atualização dos
valores monetários.
(E) Caberá a restituição por enriquecimento, mes-
mo se a lei conferir ao lesado outros meios
para se ressarcir do prejuízo sofrido.
13
DIREITO PENAL
59. Em relação aos crimes contra a fé pública, assi-
nale a alternativa falsa.
(A) As turmas do STF já consolidaram o entendi-
mento de que é inaplicável o princípio da in-
significância aos crimes de moeda falsa, em
que o objeto de tutela da norma a fé pública
e a credibilidade do sistema financeiro, não
sendo determinante para a tipicidade o valor
posto em circulação.
(B) Em relação ao crime de moeda falsa, conside-
rando a credibilidade da moeda e do sistema
financeiro, o tipo exige apenas que estes bens
sejam colocados em risco para a imposição
da reprimenda.
(C) Constitui crime emitir, sem permissão legal,
nota, bilhete, ficha, vale ou título que conte-
nha promessa de pagamento em dinheiro ao
portador ou a que falte indicação do nome da
pessoa a quem deva ser pago.
(D) Em relação ao crime de falsificação de papéis
públicos (art. 293 do CP), pode-se falar em
falsificação grosseira, mesmo tendo a frau-
de somente sido detectada após exame do
documento por servidor do órgão expedidor,
devidamente treinado para essa análise, não
equiparado ao homem médio.
(E) Ocorre a consumação do delito de petrechos
para falsificação (art. 294 do CP) quando o
agente, efetivamente, fabrica, adquire, forne-
ce, possui ou guarda o objeto especialmente
destinado à falsificação dos papéis.
60. Assinale a alternativa falsa.
(A) No crime de falsificação de documento públi-
co (art. 297 do CP), é viável acolher a tese de
crime impossível mesmo quando comprova-
do que a falsificação realizada no documento
público (CNH) era capaz de iludir o homem
comum.
(B) Aquele que prestar declaração em documento
público incide no preceito tipificador do crime
de falsidade ideológica (art. 299 do Código
Penal) sempre que dela conste informação
falsa ou diversa da que deveria ser forneci-
da, movido o agente, na prática da falsidade
expressional, pelo específico desígnio de pre-
judicar direito, criar obrigação ou alterar a ver-
dade sobre fato juridicamente relevante.
(C) Comprovada a ocorrência de fatos típicos e
antijurídicos cometidos por pessoa que reco-
nheceu como verdadeira, no exercício de fun-
ção pública, firma que sabia ser inautêntica,
incorre nas sanções do crime de falso reco-
nhecimento de firma ou letra (art. 300 do CP).
Agente da Fiscalização
 (D) O crime de certidão ou atestado ideologica-
mente falso (art. 301 do CP) é próprio e cons-
titui modalidade de falsidade ideológica, so-
mente podendo ser praticado por funcionário
público, na execução de ato de ofício.
(E) O delito de supressão de documento (art. 305
do CP) exige para a sua tipificação a oculta-
ção ou destruição de documento particular em
prejuízo alheio.
61. Sobre os crimes contra a Administração Pública,
assinale a alternativa correta.
(A) A utilização dos serviços custeados pelo erá-
rio por funcionário público no seu interesse
particular é conduta típica de peculato (art.
312 do Código Penal) em razão do princípio
da taxatividade (art. 5º, XXXIX, da Constitui-
ção da República).
(B) O tipo penal de peculato mediante erro de ou-
trem (art. 313 do CP) não exige que o dinheiro
tenha sido recebido por erro de outrem.
(C) O verbete "documento", por certo, não está
restrito à ideia de escrito, como em tempos
passados. Fitas cassetes, que contenham
gravações oriundas de monitoramento tele-
fônico em investigação criminal, se enqua-
dram na concepção de "documento" para fins
da tipificação do crime do art. 314 do Código
Penal (extravio, sonegação ou inutilização de
livro ou documento).
(D) Não haverá a caracterização do delito de con-
cussão quando o agente apenas exigir, para
si ou para outrem, em razão da função pública
que exerça, vantagem indevida.
(E) O crime de excesso de exação resta caracte-
rizado somente quando o agente, dolosamen-
te, pratica ato comissivo de exigir ou empre-
gar cobrança vexatória.
62. Assinale a alternativa incorreta.
(A) Comete o crime de violação de sigilo funcional
ex-policial civil que dá permissão e facilita o
acesso, com o uso de dados pessoais no Sis-
tema de Consultas Integradas da Secretaria de
Segurança Pública do Estado do Rio Grande
do Sul, efetivadas por pessoas não habilitadas.
(B) Não se configura o crime de resistência se a
ordem supostamente descumprida carece de
legalidade ou é emanada de autoridade mate-
rialmente incompetente.
(C) Não há desacato quando se verifica ausência
de dolo específico em desprestigiar a função
pública na execução de ato de privação de li-
berdade ou de condução pessoal do autor do
fato, máxime se a ofensa irrogada não tem
potencialidade de ofender o bem jurídico tu-
telado, que é o prestígio das funções estatais.
14
(D) Não é possível comprovar o crime de corrup-
ção ativa apenas por meio das palavras dos
policiais militares envolvidos na ocorrência,
notadamente por consistir no único meio de
prova disponível, mas desde que não enfrente
dúvida razoável.
(E) O crime de denunciação caluniosa (art. 339
do CP) exige, para sua configuração, que o
agente tenha dolo direto de imputar a outrem,
que efetivamente sabe ser inocente, a prática
de fato definido como crime, não se adequan-
do ao tipo penal a conduta daquele que viven-
cia uma situação conflituosa e reporta-se à
autoridade competente para dar o seu relato
sobre os acontecimentos.
CONTABILIDADE GERAL
63. Com relação aos conceitos básicos da Contabili-
dade Geral, relacione os tópicos a seguir.
1. Objeto de estudo

(  ) Escrituração
2. Campo de aplicação

(  ) Fornecedor
3. Função econômica

(  ) Entidade
4. Usuário Externo

(  ) Resultado
5. Técnica Contábil

(  ) Patrimônio
Assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta, de cima para baixo.
(A) 1 3 2 4 5
(B) 3 4 1 5 2
(C) 2 1 4 5 3
(D) 5 4 2 3 1
(E) 1 2 4 3 5
64. Quanto à natureza das contas e o mecanismo de
partidas dobradas, é correto afirmar:
(A) as contas do ativo aumentam por crédito e re-
presentam aplicações de recursos em bens e
direitos.
(B) as contas do patrimônio líquido têm natureza
devedora, pois a empresa deve para os só-
cios, por exemplo: a conta capital social.
(C) o ativo é uma aplicação de recurso e tem na-
tureza credora. Assim, quando a empresa pa-
gar uma conta, irá creditar a conta banco.
(D) as contas do passivo são de natureza credo-
ra, pois os terceiros têm um crédito na em-
presa. Na compra de mercadorias a prazo, a
conta fornecedores será creditada.
(E) as aplicações de recursos geram uma conta
de natureza credora no patrimônio e são re-
presentadas pelo ativo e despesas.
Agente da Fiscalização
65. Considerando a composição patrimonial e a apu-
ração do resultado do exercício, analise as sen-
tenças a seguir.
I – Ativos são todos os bens e direitos, que podem
ser de propriedade da entidade, mensuráveis
monetariamente, que representam benefícios
presentes ou benefícios futuros para a empresa.
II – Contas a receber, duplicatas a receber, esto-
ques, veículos e títulos de créditos são tipos de
ativos circulantes.
III – O passivo exigível evidencia toda a obrigação
(dívida) que a entidade tem com terceiros. São
tipos de passivos: contas a pagar, fornecedo-
res de matéria-prima (a prazo), impostos a pa-
gar e despesas com salários e aluguel.
IV – Toda receita afeta positivamente a situação lí-
quida, contudo nem toda variação na SL é uma
receita, por exemplo: a entrada de novos só-
cios na empresa.
Assinale a alternativa correta:
(A) Todas as sentenças estão incorretas.
(B) Apenas as sentenças I, II e III estão corretas.
(C) Apenas as sentenças I e IV estão corretas.
(D) Apenas as sentenças I e II estão corretas.
(E) Apenas a sentença II está correta.
66. De acordo com a legislação contábil, o conjunto
completo das Demonstrações Contábeis é com-
posto por:
(A) Balanço Patrimonial, Demonstração do Re-
sultado, Demonstração do Resultado Abran-
gente, Demonstração das Mutações do Pa-
trimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de
Caixa, Demonstração do Valor Adicionado e
Notas Explicativas.
(B) Relatório da Administração, Balanço Patri-
monial, Demonstração do Resultado, De-
monstração do Resultado Abrangente, De-
monstração das Mutações do Patrimônio
Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa,
Demonstração do Valor Adicionado e Notas
Explicativas.
(C) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resul-
tado, Demonstração do Resultado Abrangen-
te, Demonstração das Mutações do Patrimô-
nio Líquido, Demonstração do Fluxo de Caixa
Indireto, Demonstração do Valor Adicionado e
Notas Explicativas.
(D) Balanço Patrimonial, Demonstração do Re-
sultado, Demonstração do Resultado Abran-
gente, Demonstração das Mutações do Pa-
trimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de
Caixa, Demonstração do Valor Adicionado,
Notas Explicativas, Parecer da Auditoria.
15
(E) Balanço Patrimonial, Demonstração do Re-
sultado, Demonstração do Resultado Abran-
gente, Demonstração das Mutações do Pa-
trimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de
Caixa, Demonstração do Valor Adicionado,
Notas Explicativas e Parecer do Conselho
Fiscal.
67. Uma empresa lançou R$ 100.000.000,00 em
ações no mercado primário, conseguiu vendê-las
por R$ 120.000.000,00. O excedente entre o pre-
ço de subscrição e o valor nominal das ações que
os acionistas pagaram à Companhia deve ser re-
gistrado em conta de:
(A) reserva de capital.
(B) capital social.
(C) capital subscrito.
(D) ajustes de avaliação patrimonial.
(E) receita de capital.
68. A análise de balanços ou análise das demons-
trações financeiras é baseada na relação entre
valores expostos no balanço patrimonial e/ou na
demonstração do resultado do exercício, princi-
palmente. A relação entre o valor do ativo circu-
lante, menos o estoque, e o passivo circulante é
chamada de:
(A) participação do capital de terceiros.
(B) composição do endividamento de curto prazo.
(C) liquidez corrente.
(D) liquidez imediata.
(E) liquidez seca.
CONTABILIDADE PÚBLICA
69. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o
ramo da ciência contábil que se destina, no pro-
cesso gerador de informações, ao controle pa-
trimonial de entidades do setor público. Sobre a
CASP, marque a assertiva correta.
(A) O objetivo da contabilidade é o patrimônio pú-
blico.
(B) São considerados usuários primários das in-
formações geradas pela CASP os poderes
legislativos e os tribunais de contas.
(C) O campo de aplicação da CASP se estende
pelas entidades públicas, com exceção das
estatais independentes, que podem de forma
facultativa aplicar as normas.
(D) A contabilidade pública é uma ciência social
que tem como objetivo atender à sociedade,
por meio da prestação de serviços.
(E) O patrimônio público é o conjunto de direitos
e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou
não, adquiridos, formados, produzidos, rece-
bidos, mantidos ou utilizados pelas entidades
do setor público e suas despesas.
Agente da Fiscalização
70. O secretário estadual da Educação do Estado de
SP, em dezembro de 2017, autorizou a abertura
do procedimento de compras de 1.000 carteiras
escolares para a Escola Estadual Claudio Zorzo,
o valor estimado é de R$ 1.500.000,00.
Sob o aspecto patrimonial, quando do recebi-
mento das carteiras escolares, a Secretaria da
Educação deverá:
(A) dar a liquidação da despesa orçamentária.
(B) registrar um ativo não circulante imobilizado.
(C) emitir nota de empenho por liquidação.
(D) registrar uma variação patrimonial diminutiva.
(E) efetivar o pagamento por meio de crédito em
conta-corrente do fornecedor.
71. Plano de contas é a estrutura básica da escritu-
ração contábil, formada por uma relação padroni-
zada de contas contábeis, que permite o registro
contábil dos atos e fatos praticados pela entidade
de maneira padronizada e sistematizada, bem
como a elaboração de relatórios gerenciais e
demonstrações contábeis de acordo com as ne-
cessidades de informações dos usuários. Sobre
o PCASP, é incorreto afirmar:
(A) as contas de natureza patrimoniais são repre-
sentadas pelas classes 1, 2, 3 e 4.
(B) as contas de controle são de classes 7 e 8.
(C) as contas orçamentárias são de classe 5 e 6.
(D) um lançamento contábil pode ser efetuado uti-
lizando contas de classes 1, 2, 3 e 4.
(E) as contas de natureza patrimonial registram,
processam e evidenciam os atos e fatos finan-
ceiros e não financeiros relacionados com as
variações qualitativas e quantitativas do patri-
mônio público.
72. Uma instituição pública, na execução do orça-
mento, registrou o empenho de uma prestação
de serviço. Depois de um tempo, o fornecedor
efetuou o serviço e apresentou a referida nota
fiscal para fins de recebimento. De acordo com
o MCASP, considerando as etapas da despesa
orçamentária, o fato deverá ser registrado como:
(A) despesa liquidada cujo fato gerador não ocorreu.
(B) despesa paga para a qual já ocorreu o fato
gerador.
(C) despesa empenhada para a qual não ocorreu
o fato gerador.
(D) despesa liquidada cujo fato gerador já ocorreu.
(E) despesa empenhada para a qual já ocorreu o
fato gerador.
16
73. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP)
tem como objetivo fornecer aos seus usuários
informações sobre os resultados alcançados e
outros dados de natureza orçamentária, econô-
mica, patrimonial e financeira das entidades do
setor público, em apoio ao processo de tomada
de decisão, à adequada prestação de contas, à
transparência da gestão fiscal e à instrumenta-
lização do controle social. Sobre as demonstra-
ções contábeis previstas na Lei n. 4.320/1964 e
no MCASP, podemos afirmar que:
(A) é no balanço patrimonial que se apura o resul-
tado patrimonial do exercício.
(B) uma prefeitura, no exercício de 2017, obteve
um excesso de arrecadação. De acordo com
as demonstrações contábeis aplicadas ao se-
tor público, o excesso de arrecadação das re-
ceitas será evidenciado no Balanço Financeiro.
(C) o Balanço Orçamentário é a demonstração
contábil em que se confrontam num dado mo-
mento as receitas e despesas orçamentárias,
bem como os recebimentos e os pagamentos
de natureza extraorçamentária, conjugados
com os saldos em caixa provenientes do exer-
cício anterior e os que se transferem para o
exercício seguinte.
(D) o Balanço Orçamentário evidencia as recei-
tas e as despesas orçamentárias, detalhadas
em níveis relevantes de análise, confrontan-
do o orçamento inicial e as suas alterações
com a execução, demonstrando o resultado
orçamentário.
(E) a Demonstração das Variações Patrimoniais
(DVP) evidenciará as alterações qualitativas
verificadas no patrimônio, resultantes ou inde-
pendentes da execução orçamentária, e indi-
cará o resultado patrimonial do exercício.
74. Em sentido amplo, receitas públicas são ingres-
sos de recursos financeiros nos cofres públicos,
que se dividem em ingressos extraorçamentá-
rios, quando representam apenas entradas com-
pensatórias, e receitas orçamentárias, quando
representam disponibilidades de recursos finan-
ceiros para o erário. Com base na classificação
da receita pública por fonte, indique a única op-
ção que é incluída nas receitas correntes.
(A) Receita patrimonial.
(B) Antecipação de receita orçamentária.
(C) Recebimento de empréstimos concedidos.
(D) Receita com cauções e garantias.
(E) Receita com alienação de bens.
Agente da Fiscalização
 AUDITORIA E PRESTAÇÃO DE CONTAS
75. Com relação às auditorias interna e externa, ana-
lise as afirmativas a seguir.
I – A auditoria interna tem por finalidade agregar
valor ao resultado da organização, apresentan-
do subsídios para o aperfeiçoamento dos pro-
cessos e da gestão e assumindo a responsa-
bilidade pela implantação e pelo cumprimento
dos controles internos.
II – Os objetivos da função de auditoria interna são
determinados pela administração e, quando
aplicável, pelos responsáveis pela governan-
ça. Embora os objetivos da função de auditoria
interna e do auditor externo sejam diferentes,
os meios utilizados pela auditoria interna e pelo
auditor independente para alcançar seus obje-
tivos podem ser semelhantes.
III – Enquanto o auditor interno emite relatório que se
destina quase sempre aos gestores da empresa,
os relatórios da auditoria externa e independen-
te têm como principais usuários o público exter-
no ao cliente, tais como acionistas, investidores
no mercado de capitais e credores, contendo
parecer classificado em: regular, regular com
ressalva, adverso ou com abstenção de opinião.
Assinale:
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem cor-
retas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem
corretas.
(E) se somente a afirmativa I estiver correta.
76. Com relação aos procedimentos de auditoria, as-
sinale a alternativa correta.
(A) A indagação ao pessoal da entidade e a apli-
cação de procedimentos analíticos são utiliza-
dos praticamente em todas as áreas ou contas
das demonstrações contábeis, apresentando,
por si só, evidência apropriada e suficiente.
(B) A inspeção e a confirmação externa represen-
tam a maior fonte de evidências externas de
auditoria.
(C) A observação compreende o exame físico de
documentos, registros ou mesmo de ativos e
serve para comprovar a existência de autori-
zação de uma transação de compra e venda,
bem como a existência de um ativo tangível.
(D) Procedimentos analíticos são avaliações por
meio de análise das relações plausíveis entre
dados financeiros e não financeiros e com-
preendem a investigação de flutuações ou
relações identificadas que são inconsistentes
com outras informações relevantes.
17
(E) Confirmação externa é a evidência de audi-
toria obtida diretamente pelo auditor como
resposta, por escrito, de um terceiro, devendo
ser em papel (carta-resposta), não se admitin-
do o uso de e-mail.
77. Diante de incertezas relacionadas a contingên-
cias e mudanças na legislação que afetem de for-
ma significativa a entidade, adequadamente di-
vulgadas, o auditor deve emitir relatório contendo
(A) opinião não modificada, com seção separada
relacionada à continuidade operacional.
(B) com ressalva.
(C) adversa.
(D) opinião sem ressalva, com acréscimo de pa-
rágrafo de ênfase.
(E) relatório com abstenção de opinião.
78. Com relação ao julgamento de contas públicas
pelo controle externo e à Lei Orgânica do TCE/
SP, é correto afirmar que
(A) caso o responsável com contas julgadas re-
gulares com ressalva venha a falecer, o TCE/
SP ficará impossibilitado de determinar a ado-
ção de medidas necessárias à correção das
impropriedades ou faltas identificadas.
(B) quando julgar as contas irregulares, o Tribu-
nal de Contas condenará o responsável ao
recolhimento da dívida atualizada monetaria-
mente, acrescida dos juros devidos, devendo,
ainda, aplicar-lhe multa.
(C) o TCE/SP julgará as contas regulares com
ressalva, quando evidenciarem improprieda-
de ou ato antieconômico e ilegítimo, de que
não resulte dano ao erário.
(D) definitiva é a decisão pela qual o Tribunal de
Contas ordena o trancamento das contas que
forem consideradas iliquidáveis.
(E) os juros de mora a que forem condenados os
responsáveis, bem como a atualização mone-
tária, contar-se-ão sempre da data da mora
ou omissão e, quando representados por
importância mínima em relação ao valor das
contas, os juros de mora poderão ser despre-
zados, a juízo de Conselheiro Julgador Singu-
lar, das Câmaras ou do Tribunal Pleno.
79. O auditor independente provavelmente emitirá
um relatório contendo opinião adversa sobre as
demonstrações contábeis diante da seguinte cir-
cunstância:
(A) chega ao conhecimento do auditor informa-
ção que lança dúvida substancial sobre a ca-
pacidade da entidade de continuar operando.
(B) o diretor executivo impede o acesso do auditor a
atas de reuniões do conselho de administração.
Agente da Fiscalização
 (C) as demonstrações financeiras não estão de
acordo com os pronunciamentos do CPC a
respeito da capitalização de arrendamentos.
(D) testes de controles indicam que a estrutura de
controle interno da entidade é tão fraca que
não merece confiança.
(E) houve o afastamento dos princípios contá-
beis de forma restrita a um único item das
demonstrações financeiras, a exemplo do re-
gistro como despesa do custo de aquisição de
alguns ativos que deveriam ser capitalizados
e depreciados ao longo de suas vidas úteis.

80. Quanto às Instruções 02, de 2016, do Tribunal

de Contas do Estado de São Paulo, assinale a
opção correta.
(A) A instrução trata dos repasses de recursos
públicos estaduais e municipais, excluindo os
do município de São Paulo, tanto ao primeiro
setor quanto ao terceiro setor.
(B) A instrução disciplina o encaminhamento de
informações e documentos relativos às con-
tas estaduais, mas não alcança as contas mu-
nicipais.
(C) Ao tratar do controle interno, a referida norma
prevê como uma de suas funções apoiar o Tri-
bunal de Contas no exercício de sua missão
institucional, mediante a emissão de parecer
prévio conclusivo acerca da regularidade da
tomada de contas dos ordenadores de des-
pesa, recebedores, tesoureiros, pagadores ou
assemelhados.
(D) A norma estabelece que os órgãos e entida-
des estaduais devem encaminhar ao Tribu-
nal de Contas todos os atos de admissão de
pessoal, sem qualquer exceção, para fins de
apreciação da legalidade e registro.
(E) A instrução define que os órgãos e entidades
da administração pública estadual e munici-
pal deverão informar, via Sistema AUDESP,
os dados relativos a todos os contratos e atos
jurídicos análogos que celebrarem, exceto os
de permissão de serviços públicos e de parce-
rias público-privadas.

18
Agente da Fiscalização
 CONCURSO PÚBLICO

GABARITO

Agente da Fiscalização

01 – e 02 – c 03 – d 04 – b 05 – b 06 – a 07 – e 08 – c 09 – a 10 – c

11 – a 12 – d 13 – c 14 – b 15 – b 16 – a 17 – b 18 – b 19 – d 20 – b

21 – a 22 – e 23 – c 24 – c 25 – c 26 – b 27 – c 28 – e 29 – d 30 – d

31 – d 32 – c 33 – d 34 – c 35 – a 36 – e 37 – a 38 – b 39 – d 40 – d

41 – d 42 – a 43 – d 44 – c 45 – e 46 – c 47 – b 48 – d 49 – c 50 – e

51 – a 52 – a 53 – b 54 – d 55 – c 56 – c 57 – e 58 – d 59 – d 60 – a

61 – c 62 – d 63 – d 64 – d 65 – c 66 – a 67 – a 68 – e 69 – c 70 – b

71 – e 72 – e 73 – d 74 – a 75 – b 76 – d 77 – d 78 – e 79 – c 80 – a

19
Agente da Fiscalização
 GABARITO COMENTADO
CONHECIMENTOS GERAIS
LÍNGUA PORTUGUESA
01. Assinale a alternativa incorreta quanto ao empre-
go dos sinais de pontuação.
(A) A procuradora-geral de República, Raquel
Dodge, encaminhou para o MPF/RJ as repre-
sentações contra a Globo.
(B) Procuradora-geral da República, Raquel Dod-
ge encaminhou para o MPF/RJ as representa-
ções contra a Globo.
(C) O novo ministro da educação, Mendonça Fi-
lho, recebeu, no dia 25 de maio, visita do ator
Alexandre Frota.
(D) O coração dos sábios está na casa do luto,
mas o dos insensatos, na casa da alegria.
(E) No dia da prosperidade, goza do bem; mas no
dia da adversidade, considera em que Deus
fez tanto este como aquele.
Letra e.
Falta uma vírgula imediatamente após o conectivo
“mas”, pois o adjunto adverbial “no dia da
adversidade” está intercalado. Observe que há
uma vírgula imediatamente após “adversidade”.
Deve-se, portanto, empregar uma outra entre
“mas” e “no”. A construção ficará assim: “No dia
da prosperidade, goza do bem; mas, no dia da
adversidade, considera em que Deus fez tanto
este como aquele”.
02. O último parágrafo do texto “Os Tribunais de
Contas não estão em qualquer dos três poderes.
Sua natureza é de órgão independente que au-
xilia todos os poderes da federação e, ainda, a
comunidade. Auxilia o Poder Legislativo prestan-
do-lhe informações, pareceres e relatórios” está
corretamente reescrito, de acordo com a norma-
-padrão e sem prejuízo do sentido original, em:
(A) Os Tribunais de Contas não estão entre os
três poderes. Sua natureza é de órgão inde-
pendente que auxilia todos os poderes da
federação e ainda, a comunidade. Auxilia o
Poder Legislativo prestando-lhe informações,
pareceres e relatórios.
(B) Os Tribunais de Contas não estão em qual-
quer dos três poderes. Sua natureza é de ór-
gão autônomo que dá suporte a todos os po-
deres da federação e, ainda, a comunidade.
Auxilia o Poder Legislativo prestando-o infor-
mações, pareceres e relatórios.
20
(C) Os Tribunais de Contas não estão em qual-
quer dos três poderes. Sua característica
imanente é de órgão que assiste todos os po-
deres da federação e, ainda, a comunidade.
Auxilia o Poder Legislativo prestando a ele in-
formações, pareceres e relatórios.
(D) Os Tribunais de Contas não estão em qual-
quer dos três poderes. Sua natureza é de ór-
gão independente,  que auxilia todos os po-
deres da federação e, ainda a comunidade.
Auxilia o Poder Legislativo prestando-lhe in-
formações, pareceres e relatórios.
(E) Os Tribunais de Contas não estão em qual-
quer dos três poderes. Sua natureza é de ór-
gão independente o qual auxilia todos os po-
deres da federação e, ainda, a comunidade.
Auxilia o Poder Legislativo prestando-lhes in-
formações, pareceres e relatórios.
Letra c.
a) Errado. Faltou uma vírgula imediatamente
antes do vocábulo “ainda”. Observe que ele está
intercalado.
b) Errado.
Lembre-se:
O uso dos pronomes oblíquos átonos está aliado à
regência.
a, as, o, os = objeto direto (na condição de
complemento verbal)
lhe, lhes = objeto indireto (condição de complemento
verbal)
me, te, se, nos, vos, se = objeto direto ou objeto
indireto (na condição de complemento verbal)
Não lhe vejo mais (errado)
Não o vejo mais (certo)
Não te vejo (certo)
Acato, mas não o obedeço. (errado)
Acato, mas não lhe obedeço. (certo)
Acato, mas não te obedeço. (certo)
Agora que você revisou o uso dos pronomes
oblíquos átonos quanto à forma, posso apontar o
erro. No trecho “prestando-o informações”, o uso
do pronome “o” provoca incorreção gramatical,
visto que o verbo prestar é, no contexto, transitivo
direto e indireto – ou seja, quem presta, presta algo
a alguém. Com o emprego do átono “o”, observa-se
que o trecho ficará com dois objetos diretos. Não se
esqueça: o VTDI pede um objeto direto e um objeto
indireto.
c) Certo.
Agente da Fiscalização
 d) Errado. Nesta alternativa, houve alteração de
sentido, pois se observa o emprego de vírgula
imediatamente após o vocábulo “independente”.
Dessa forma, a oração introduzida pelo pronome
relativo “que” deixou de ser restritiva e passou a ser
explicativa.
e) Errado. Note que, no texto original, na estrutura
“prestando-lhe informações”, o pronome “-lhe” foi
empregado no singular em razão de seu referente
“Poder Legislativo”. No entanto, nesta alternativa,
empregou-se o pronome no plural “-lhes”.
03. Assinale a alternativa correta quanto à coloca-
ção pronominal, de acordo com a norma-padrão.
(A) Nas cidades e nas escolas, os brancos torna-
rão-se minoria muito antes.
(B) A propósito, Marco Aurélio já manifestou-se
contrário aos dois meses de férias conferidos
aos magistrados.
(C) Nas sociedades mais antigas, em que vene-
rava-se a sabedoria dos ancestrais, não se
manifestava qualquer repulsa.
(D) Para não fitá-la, deixei cair os olhos.
(E) Em verdade vos digo que confiar-lhe-á todos
os seu bens.
Letra d.
a) Errado.
Não se emprega pronome oblíquo átono enclítico
a verbos no futuro. Para que o trecho fique
gramaticalmente correto, podemos reescrevê-lo
de duas formas: 1) os brancos se tornarão… 2) Os
brancos tornar-se-ão…
b) Errado.
O uso do pronome “se” na posição proclítica é
obrigatório, pois o advérbio “já” é fator de atração.
c) Errado.
Como na alternativa anterior, deve-se empregar
aqui o pronome “se” na posição proclítica, visto que
o pronome relativo “que” constitui fator de atração.
d) Certo.
Cuidado! Muitos dirão que esta alternativa está
incorreta, pois o advérbio “não” é um fator de
atração, ou seja, obriga-nos a utilizar o pronome na
posição proclítica.
Advirto: segundo Celso Cunha, com verbos no
infinitivo (invariável e solto), pode-se empregar
a próclise ou a ênclise independente de fator de
atração.
Exemplos:
A fim de não encontrá-lo, deixei para ir ao consultório
no dia seguinte. (construção correta)
A fim de não o encontrar, deixei para ir ao consultório
no dia seguinte. (construção correta)
e) Errado.
Em “que confiar-lhe-á”, o pronome deve ser
empregado na posição proclítica, porquanto o “que”
(conjunção subordinativa) é fator de atração.
21
04. A crescente demanda pela eficiência da Adminis-
tração Pública, sobretudo em matéria de serviços
públicos e concretização dos direitos e garantias
fundamentais, tem exercido considerável influ-
ência na atividade de controle externo desem-
penhada pelos Tribunais de Contas, que come-
çam a reconhecer a premente necessidade de
se priorizar métodos de fiscalização orientados
para resultados, em contraponto às tradicionais
auditorias de conformidade, limitadas à análise
meramente formal dos atos de gestão.
O termo “sobretudo” só NÃO pode ser substituído
adequadamente por:
(A) principalmente.
(B) geralmente.
(C) especialmente.
(D) destacadamente.
(E) mormente.
Letra b.
O vocábulo “sobretudo” significa principalmente,
especialmente, destacadamente. Esclareço: o
advérbio “mormente” pouco utilizado em textos
modernos é sinônimo de “sobretudo”. Observe: o
vocábulo “geralmente” (alternativa b) não faz parte
do campo semântico das outras alternativas.
05. De acordo com a norma-padrão de regência, a
passagem “Numa República, impõe-se respon-
sabilidade jurídica pessoal a todo aquele que
tenha por competência (e consequente dever)
cuidar de tudo que é de todos, tanto do prisma da
decisão como do prisma da gestão. E tal respon-
sabilidade implica o compromisso da melhor de-
cisão e da melhor administração possíveis” está,
correta e respectivamente, reescrita em
(A) Numa República, impõe-se a responsabilida-
de jurídica pessoal a todo aquele que tenha
por competência (e consequente dever) cui-
dar de tudo que é de todos, tanto do prisma
da decisão como do prisma da gestão. E tal
responsabilidade implica no compromisso da
melhor decisão e da melhor administração
possíveis.
(B) Numa República, impõe-se a responsabilida-
de jurídica pessoal a todo aquele que tenha
por competência (e consequente dever) cui-
dar de tudo que é de todos, tanto do prisma
da decisão como do prisma da gestão. E tal
responsabilidade resulta no compromisso da
melhor decisão e da melhor administração
possíveis.
(C) Numa República, impõe-se responsabilidade
jurídica pessoal todo aquele que tenha por
competência (e consequente dever) cuidar de
tudo que é de todos, tanto do prisma da deci-
são como do prisma da gestão. E tal respon-
sabilidade implica o compromisso da melhor
decisão e da melhor administração possíveis.
Agente da Fiscalização
 (D) Numa República, impõe-se responsabilidade
jurídica pessoal a todo aquele em que tenha a
competência (e consequente dever) cuidar de
tudo que é de todos, tanto do prisma da deci-
são como do prisma da gestão. E tal respon-
sabilidade implica o compromisso da melhor
decisão e da melhor administração possíveis.
(E) Numa República, impõe-se responsabilidade
jurídica pessoal a todo aquele que tenha à
competência (e consequente dever) cuidar de
tudo que é de todos, tanto do prisma da deci-
são como do prisma da gestão. E tal respon-
sabilidade implica no compromisso da melhor
decisão e da melhor administração possíveis.
Letra b.
a) Errado. Há um erro de regência no trecho “E
tal responsabilidade implica no compromisso”.
Importante! O verbo implicar (no sentido de
acarretar, resultar) é transitivo direto, ou seja, não
pede preposição. Dessa forma, deve-se retirar a
preposição “em” da contração “no”= em + o.
b) Certo. A substituição da forma verbal “implica” por
resulta não provoca incorreção gramatical, desde
que se empregue a preposição “em”. Observação:
como eu disse na alternativa anterior, o verbo
“implicar” é transitivo direto. Contudo, advirto: o
resultar, no sentido empregado no trecho original,
pede a preposição “em”.
c) Errado.
No trecho “impõe-se responsabilidade jurídica
pessoal todo aquele”, deve-se empregar a
preposição “a” imediatamente antes de “todo
aquele”, visto que o verbo impor é transitivo direto
e indireto.
d) Errado.
A preposição “em” empregada imediatamente antes
do relativo “que” contraria a norma culta da Língua,
porquanto nenhum termo a exige.
e)Errado.
Há dois erros de regência: 1) não se emprega sinal
indicativo em “à competência”, visto que a forma
verbal “tenha” não pede preposição. Dessa forma,
o vocábulo “a”, neste caso, é apenas artigo. 2)
Conforme dito na alternativa A, o verbo implicar
não pede neste caso preposição.
06. Interessante é observar como a crescente de-
manda pela eficiência do Estado, sobretudo na
esfera dos serviços públicos e em matéria de
efetivação dos direitos e garantias fundamentais,
tem repercutido na atuação das Cortes de Con-
trole, que começam........... despertar para.........
importância da adoção de métodos de fiscaliza-
ção orientados para resultados, em contrapon-
to............tradicionais auditorias de conformidade,
limitadas............. análise meramente formal dos
atos de gestão (exame de legalidade).
22
Assinale a alternativa cujos termos preenchem,
correta e respectivamente, as lacunas do enun-
ciado conforme a norma-padrão.
(A) a – a – às – à
(B) a – à – às – a
(C) à – a – as – à
(D) a – a – as – à
(E) à – a – às – a
Letra a.
Lacuna 1: não se emprega sinal indicativo de crase,
pois verbo não admite artigo “a”.
Lacuna 2: o vocábulo “a” antes de “importância” é
apenas artigo. Observe que imediatamente antes
do artigo “a” já existe a preposição “para”.
Lacuna 3: emprega-se sinal indicativo de crase,
porque o regente “contraponto” exige preposição “a”
– e o substantivo “tradicionais” admite artigo “as”.
Lacuna 4: como o vocábulo “limitadas” pede
preposição “a” e o substantivo “análise” admite
artigo “a”, deve-se empregar sinal indicativo de
crase no “a” que antecede o substantivo “análise”.
07. Assinale a alternativa em que a reescrita de par-
tes do texto está em conformidade com a norma-
-padrão de concordância.
(A) Entendemos que a efetividade das decisões
dos Tribunais de Contas está a depender de
mudança na Constituição, que lhes atribuam
legitimidade.
(B) No que diz respeito às recomendações profe-
ridas pelos órgãos de controle, é fundamental
que hajam monitoramento do seu cumprimen-
to junto aos jurisdicionados.
(C) Muitas vezes, as irregularidades apuradas
nos procedimentos de fiscalização tem ori-
gem na desinformação dos gestores, e não
em tentativas deliberadas de lesar os cofres
públicos.
(D) Aos Tribunais de Contas cabem buscar uma
aproximação com seus jurisdicionados, pro-
movendo periodicamente cursos, palestras e
seminários, dentre outros eventos.
(E) Conclui-se, portanto, que as auditorias de
desempenho, ao elegerem modelos de ges-
tão com foco em resultados, contribuem para
aprimorar o exercício do controle externo.
Letra e.
a) Errado. O verbo atribuir deve concordar com o
termo “mudança na Constituição”. Então, deve-se
substituir “atribuam” por atribua.
b) Errado. O verbo “haver” no sentido de existir é
impessoal; deve, então, ser empregado na terceira
pessoal do singular: haja.
Agente da Fiscalização
 c) Errado. Há um erro de concordância. Para
concordar como o núcleo do sujeito “irregularidades”,
a forma verbal “tem” deve ser flexionada na terceira
pessoa do plural (têm).
d) Errado. A forma verbal “cabem” deve ser
substituída por cabe, visto que o sujeito desta forma
verbal é a oração “buscar uma aproximação...”.
e) Certo.
08. A palavra “que” pode ser empregada como pro-
nome relativo, ou seja, aquele que retoma um
termo anterior no texto, como ocorre em “O Tri-
bunal de Contas, numa leitura genérica, trata-se
do órgão responsável pela análise dos gastos
públicos, cuja ação fiscalizadora denomina-se
‘Controle Externo’”. Cabendo ao Poder Legislati-
vo, que compreende o Senado Federal, a Câma-
ra dos Deputados, as Assembleias Legislativas
e as Câmaras de Vereadores, exercerem este
controle frente aos representantes do Poder Exe-
cutivo”. O “que” não tem esse mesmo emprego
no seguinte trecho do texto.
(A) O Ministério da Justiça realizou levantamento
de que resultou a publicação do livro.
(B) Para a surpresa de muitas pessoas, acostu-
madas a ver em nosso país tantas leis que
não saem do papel, a LRF, logo nos primeiros
anos, atinge boa parte de seus objetivos.
(C) É aconselhável que o usuário permaneça
sempre atento às ofertas disponíveis não so-
mente na empresa contratada como também
em suas concorrentes.
(D) O trabalho consistia em pegar barras de metal
que vinham deslizando de cima da máquina
para colocá-las embaixo, sobre uma placa
deslizante.
(E) O homem que só tinha certezas quase nunca
usava ponto de interrogação.
Letra c.
Saiba: o “que” pronome relativo retoma o termo
imediatamente anterior e produz informação
coerente (lógica) na oração subordinada. Então,
para sabermos se a palavra “que” é um pronome
relativo, devemos substituir o “que” pela expressão
nominal imediatamente anterior e, se após a
substituição a oração subordinada transmitir
informação coerente, ou seja, provida de sentido,
teremos pronome relativo. Note que não precisamos
de “macetes” para entendermos o emprego desta
importante palavra. Analisemos agora um exemplo.
Deputado distrital revela à colunista Maria Campos
os motivos / que o levaram para o partido de
Marina Silva.
23
No exemplo acima, substitua o “que” pelo substantivo
imediatamente anterior “motivos”. Depois da
substituição, a oração subordinada adjetiva ficará
assim: os motivos o levaram para o partido de
Marina Silva. Importante! A expressão “os motivos”
é, sintaticamente, complemento verbal direto da
forma verbal “revela” da oração principal. Já, na
oração subordina adjetiva, “os motivos” é sujeito
semântico da forma verbal “levaram”. Ressalte-
se que a função de “os motivos”, na oração 2, é a
função sintática do pronome relativo “que” (sujeito).
Conforme expliquei acima, o pronome relativo
retoma a expressão nominal imediatamente
anterior e produz uma informação lógica. Nota-
se: o vocábulo “que” – nas alternativas a, c, d, e –
possui a propriedade de retomar o antecedente. No
entanto, na alternativa b, o vocábulo “que” introduz
uma oração subordinada substantiva, por isso é
classificado como conjunção integrante.
09. Assinale a opção transcrita de forma gramatical-
mente incorreta.
(A) É muito comum ouvirmos reclamações dos
contribuintes a cerca do valor dos seus impos-
tos, isto é algo praticamente tão antigo quan-
to a própria civilização, mas no Brasil ocorre
algo um tanto curioso.
(B) Nosso sistema tributário é tão complexo que
muitas empresas precisam ter grandes equi-
pes de contadores para dar conta da buro-
cracia. Uma simplificação do sistema, ainda
que não diminuísse o valor final dos tributos,
já seria um enorme ganho de produtividade
para o país.
(C) Ao mesmo tempo, os impostos sobre as pes-
soas físicas são relativamente altos, porém
um dos mais injustos do planeta: enquanto a
alíquota mais alta sobre a renda não passa de
27,5% (em muitos países europeus ela passa
dos 50%) e o imposto sobre a herança é de
cerca de 4% (muito abaixo da média mundial),
temos alguns dos impostos indiretos mais al-
tos do globo.
(D) É, na verdade, uma empreitada bastante com-
plexa, que envolve reflexões profundas sobre
as funções teóricas do Estado assim como
sobre as especificidades concretas da estru-
tura administrativa que se pretende reformar.
(E) Os impostos são aplicados diretamente a tudo
o que consumimos, de forma que tanto o mi-
lionário quanto o miserável pagam exatamen-
te o mesmo imposto sobre um quilo de arroz
ou uma geladeira.
Letra a.
Há dois erros nesta alternativa: 1) Deve-se empregar
o sinal indicativo de crase no a que antecede a
expressão “própria civilização”, visto que o regente
Agente da Fiscalização
 “quanto” pede preposição a – e o regido “própria
civilização” admite artigo a. 2) A locução prepositiva
“a cerca de” foi grafada incorretamente. No sentido
de sobre, a respeito, a grafia correta é “acerca
de”. Exemplo: Acerca dos dons espirituais, não
quero, irmãos, que sejais ignorantes. Cerca de:
aproximadamente, perto de, próximo de. Exemplo:
Quadrilha desarticulada pelo DEIC violava cerca
de dez contas por dia na internet. Observação:
a expressão “cerca de” pode vir precedida da
preposição “a”. Exemplo: A turma ficou reduzida
a cerca de trinta alunos. Há cerca de: ocorre aqui
o emprego da expressão “cerca de” precedida do
verbo “há”. Esta expressão equivale a faz. Exemplo:
A Maria foi aprovada há cerca de três anos.
10. Muita gente não gosta de Floriano Peixoto, o
“Marechal de Ferro”. Em 1892, um senador-
-almirante e políticos sediciosos________. Ele
avisara: “Vão discutindo, que eu vou mandando
prender”. Encheu a cadeia, e o advogado Rui
Barbosa bateu às portas do Supremo Tribunal
Federal para________. Floriano avisou: “Se os
juízes concederem habeas corpus aos políticos,
eu não sei quem amanhã________ o habeas
corpus de que, por sua vez, necessitarão”.
(Élio Gaspari. Folha de S.Paulo, 11.12.2016. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, as lacu-
nas do texto devem ser preenchidas, respectiva-
mente, com:
(A) desafiaram-lhe ... soltar eles ... dará à eles
(B) desafiaram ele ... soltar-lhes ... dar-lhes-á
(C) desafiaram-no ... soltá-los ... lhes dará
(D) desafiaram-no ... soltar-os ... dá-los-á
(E) desafiaram-o ... soltar-nos ... os dará
Letra c.
Uma pequena revisão!
1. O uso dos pronomes oblíquos átonos está aliado
à regência.
a, as, o, os = objeto direto (na condição de
complemento verbal)
lhe, lhes = objeto indireto (condição de complemento
verbal)
me, te, se, nos, vos, se = objeto direto ou objeto
indireto (na condição de complemento verbal).
2. Usam-se as formas pronominais enclíticas: la, lo,
las, los + verbos transitivos diretos com terminação
em: R, S, Z.
Comprar a casa = comprá-la
Fiz o projeto = fi-lo.
Compramos a casa = compramo-la.
3. Usam-se as formas pronominais enclíticas:
na, no, nas, nos + verbos transitivos diretos com
terminação nasal.
Compraram a casa = compraram-na
24
O governador mantém as contas em dia = O
governador mantém-nas em dia.
Esclareço: para o emprego correto destes
pronomes, teremos de observar a transitividade
dos verbos desafiar, soltar e dar. Observe que,
no trecho, as formas verbais “desafiaram” e “soltar”
são transitivas diretas. O primeiro verbo possui a
terminação nasal, então empregaremos a forma
enclítica –no. O segundo termina em R, portanto
empregaremos a forma enclítica –la. Já o terceiro
verbo (dar) é transitivo direto e indireto. A expressão
nominal “habeas corpus” exerce a função de objeto
direto; e o pronome –lhe, de objeto indireto. Não se
esqueça de que, na terceira lacuna, o pronome deve
ser empregado na posição proclítica, em razão de o
advérbio “amanhã” ser fator de atração.
11. É possível inferir do texto que:
(A) a busca pela felicidade pode, paradoxalmen-
te, conduzir à infelicidade.
(B) o conceito atual de felicidade surge com a de-
claração de independência dos Estados Unidos.
(C) Segundo Goethe, a felicidade é a soma de
dias felizes.
(D) A função do mercado é buscar e promover a
satisfação dos consumidores.
(E) Os consumidores estão a cada dia mais cons-
cientes das ilusões das promessas do mercado.
Letra a.
As alternativas c e d contradizem o texto; a b e a e
o extrapolam.
12. Quanto aos elementos de coesão textual, assina-
le a afirmação correta.
(A) Em “A outra nos foi mostrada por Goethe” (l.
8), “outra” refere-se a “vida”.
(B) Em “Isso implica” (l. 12), “Isso” refere-se a
“lembrava”.
(C) Em “o tivesse sido” (l. 11-12), “o” retoma “ele”.
(D) Em “sua não existência” (l. 16), “sua” refere-
-se a “felicidade”.
(E) Em “ela tinha feito o mesmo” (l. 27-28), “ela”
refere-se a “realidade”.
Letra d.
A questão avalia a habilidade de identificar os termos
de referência dos termos usados como anafóricos
(de retomada de termos anteriores). O ideal é que
o leitor, durante o processo de leitura, já estabeleça
essas relações, essencial ao entendimento do texto.
a) ‘outra’ refere-se a “visão”.
b) “Isso” retoma a ideia da oração anterior (não uma
palavra).
c) “o” retoma a ideia que subjaz ao termo “feliz”.
d) “Ela” refere-se a “publicidade”.
Agente da Fiscalização
13. Assinale a alternativa em que a substituição do (A) “salta cerveja”.
termo sublinhado pelo indicado entre parênteses (B) ”e o chão tá posto”.
manteria o sentido da frase. (C) “um montão de torresmo”.
(A) “As ideias de felicidade são muitas, mas po- (D) “botar água no feijão”.
dem ser remetidas a duas categorias” – 1º pa- (E) “diz que tá dura”.
rágrafo (conquanto).
(B) “ele foi perguntado se a sua vida tinha sido Letra b.
feliz” – 1º parágrafo (como). No texto, “posto” é particípio do verbo “pôr”, o qual
(C) “Os especialistas sabem, portanto, nos man- só aceita a forma irregular, usado com valor adjetivo.
ter continuamente insatisfeitos” – 3º parágrafo Nada há na palavra que desabone a linguagem
(pois). formal. As demais alternativas apresentam nível
(D) “e alimenta constantemente tal convicção” – informal da linguagem, típico da oralidade (variação
4º parágrafo (mas). falada da língua).
(E) “Para voltar aos acontecimentos ao estilo an-
tigo” – 5º parágrafo (Ao).
16. Assinale a alternativa que apresenta não uma or-
Letra c. dem, mas um argumento usado pelo emissor do
A questão trata essencialmente do valor semântico discurso.
dos conectores, ou seja, das relações de sentido (A) “você vai gostar”.
por eles estabelecidas. (B) “ponha os pratos no chão”.
a) mas (adversidade) e conquanto concessão. (C) “você vai fritar”.
b) a palavra “se”, na frase, classifica-se como (D) “faça um bom refogado”.
conjunção integrante. Isoladamente não apresenta (E) “pendura a fatura”.
valor semântico, mas o contexto remete à ideia
de interrogação. Já o “como” estabelece ideia, Letra a.
no contexto, de modo, ou seja, parte de um À exceção da A, todas as alternativas apresentam
pressuposto (o de que a vida foi feliz) que não está verbos no imperativo, característica da linguagem
no texto original. da ordem, conselho ou súplica.
c) A conjunção portanto tem valor conclusivo, igual
valor ao de pois posposto ao verbo (posição na
RACIOCÍNIO LÓGICO
frase).
d) e (adição) e mas (adversidade).
17. Alguns funcionários do TCE-SP precisam reali-
e) Para + infinitivo (finalidade) e Ao + infinitivo
zar uma tarefa. Sendo assim, foram designadas
(tempo).
4 pessoas, trabalhando 6 horas por dia, durante
5 dias. O total de dias necessários para que 3
14. Pode-se inferir que a resposta do aluno, no con- pessoas façam o mesmo serviço, trabalhando 8
texto da charge, tem o objetivo de horas por dia, em uma tarefa que possua um ní-
(A) Indicar a dificuldade de comunicação entre vel de dificuldade 20% maior é igual a:
gerações. (A) 5.
(B) Criticar a atuação dos representantes do Le- (B) 6.
gislativo. (C) 7.
(C) Criticar a crise na educação brasileira. (D) 4.
(D) Denunciar a irreverência dos jovens. (E) 8.
(E) Revelar a indignação da juventude.
Letra b.
Letra b. Esse método utilizado é muito prático e proporciona
A charge tem, como é comum a esse gênero textual, ao candidato um melhor aproveitamento quanto
uma função crítica. O contexto então permite deduzir
ao tempo gasto durante a prova. Desta forma,
que, ao associar o ato de os políticos mentirem à
recomendo que pratique, uma vez que é comum
ideia de pleonasmo (redundância), o autor critica
esse tipo de assunto nas provas de concursos
os políticos, representantes públicos cujos cargos
públicos.
estão associados ao Legislativo.
Temos uma questão de grandezas proporcionais,
regra de três composta, pois temos mais de 02
15. As palavras grifadas nos trechos transcritos abai- (duas) grandezas se relacionando.
xo representam o nível coloquial de linguagem, Nesse caso, as grandezas são: funcionários, dias,
exceto: horas por dia, tarefa e dificuldade.
25
Agente da Fiscalização
 Para resolvermos as questões de regra de três (A) 1 hora e 40 minutos.
composta, iremos aplicar um método muito eficiente, (B) 2 horas, 2 minutos e 2 segundos.
prático e rápido, o qual chamaremos de: MÉTODO (C) 2 horas e 20 minutos.
– CAUSA – CONSEQUÊNCIA. (D) 2 horas, 22 minutos e 30 segundos.
Primeiramente devemos saber quem são as causas (E) 2 horas e 54 minutos.
e quem é a consequência e, para isto, basta na
questão encontrarmos o sujeito (quem pratica a Letra a.
ação) e perguntarmos a ele o que ele está fazendo. Nesta questão iremos utilizar o método que eu
A resposta será a consequência. As demais chamo de “soma de esforços”, em que vamos
grandezas serão as causas. realizar uma soma de frações. Cada fração aqui
Temos nessa questão uma novidade, que é a representada tem a seguinte interpretação:
dificuldade da tarefa que está diretamente ligada tarefa , em que a tarefa é igual a 100% = 1.
à consequência, logo é um detalhe importante em tempo
que a dificuldade faz parte da consequência. 1 1 1 1
+ + =
Segundo a questão, temos como sujeito os 8 6 5 x
funcionários, o que ele está fazendo? A resposta 1
Realizando as contas, teremos: 118 =
é “uma tarefa”, logo a consequência será: tarefa 240 x
(serviço) e a dificuldade. x = 240
As causas serão as seguintes grandezas: 118
funcionários, dias e horas por dia. Para que possamos encontrar a resposta, teremos
Vamos construir um esquema para melhor que construir o algoritmo da divisão. Assim fica mais
interpretarmos e realizarmos os cálculos. fácil de chegar na forma que a questão propõe,
vejamos:

- 240 118
236 2h 2min 2seg
x 4
60
240
- 236
Vamos preencher: 4
Causas ________________________________
Consequência ___________________________ 19. Um empresário almeja realizar uma promoção e
dar 10% de desconto sobre o preço original de
Funcionários dias horas/ dia tarefa dificuldade suas mercadorias. Para iludir os clientes, ele con-
4 5 6 1 100 feccionou um cartaz que anuncia desconto de
20% na venda de suas mercadorias. A porcen-
3 x 8 1 120 tagem que esse empresário majorou os preços
para que, com descontos de 20%, eles de fato
Ao preencher os valores, basta apenas sejam 10% a menos que o preço original, é igual a
multiplicarmos os números seguindo as retas, da (A) 22%.
seguinte forma: (B) 8,5%.
3. X.8.1.100 = 4 . 5 . 6. 1 . 120 (C) 13%.
2400X = 14400 (D) 12,5%.
(E) 10%.
X= 6 dias
É importante ressaltar que não são necessárias
Letra d.
aquelas setas indicando se as grandezas são Vamos simular que o valor da mercadoria é R$
inversas ou diretas: quando utilizamos o método 100,00.
causa-consequência, já resolvemos tudo isso. Para Com um desconto de 10%, teremos 100 x 0,9 = R$
multiplicar os números, não se esqueçam: sigam as 90,00
setas ilustradas no esquema acima. Esse valor de R$ 90,00 tem que corresponder a
80% para um desconto de 20% que será sobre o
valor da mercadoria, logo:
18. Trabalhando individualmente em uma tarefa no
TCE-SP, o servidor André é capaz de cumprir 90,00 80%
certa tarefa em 8 horas, o servidor Beto em 6 ho- X 100% (novo valor majorado)
ras, e o servidor Caio em 5 horas. Nessas condi- X= 900/8 = 112,5
ções, se trabalharem juntos na execução dessa O valor foi majorado em 112,5 – 100 = 12,5 (que
tarefa, o esperado é que ela seja cumprida em, corresponde a 12,5%).
aproximadamente,
26
Agente da Fiscalização
20. O matemático sueco Von Koch é famoso – Dividiram o total de processos entre si, em par-
pela Curva de Koch que aparece em seu traba- tes inversamente proporcionais a seus respecti-
lho em 1906, que une métodos de geometria ele- vos tempos de serviço no Tribunal: 15 e 5 anos;
mentar com a teoria das curvas. Isso é calculado – Sérgio levou 4 horas para, sozinho, analisar to-
dividindo uma linha em três partes iguais, confor- dos os processos que lhe couberam, enquanto,
me as figuras 1, 2, 3 e 4 abaixo: sozinho, João analisou todos os seus em 6 horas.
Se não tivessem dividido o total de processos en-
tre si e trabalhassem simultaneamente em pro-
cessos distintos, quanto tempo seria necessário
Ao aplicar o processo de construção da curva de até que todos os processos fossem analisados?
Koch nos lados de um triângulo equilátero, ob- (A) 5 horas e 20 minutos.
têm-se as “ilhas de Koch”, também conhecidas (B) 5 horas.
como “Floco de Neve”. (C) 4 horas e 40 minutos.
Substituindo o segmento médio por outros dois (D) 4 horas e 30 minutos.
lados de um  triângulo equilátero  construídos no (E) 4 horas.
segmento de médio:
Letra a.
Temos que alguns processos deveriam ser
analisados e que dois Analistas Judiciários do TCE-
SP – Sérgio e João – se incumbiram dessa tarefa.
Para facilitarmos os cálculos, vamos simular uma
Nas figuras acima, u indica uma unidade de me- proporção 3 por 1, em relação aos processos
dida qualquer. divididos em partes inversas aos tempos de serviço
entre Sérgio e João:
A quantidade de segmentos (S) que compõem
Sérgio: 1
cada imagem no processo de obtenção da “Ilha
João: 3
de Koch” é dada por S = 3.4(n-1). Qual posição, Sendo assim, temos que aplicar agora a “SOMA
nessa sequência, ocupa a imagem que é com- DE ESFORÇOS IGUAL À SOMA DE FRAÇÕES”.
posta por 12288 segmentos? Teremos, na maioria das vezes, a mesma tarefa
(A) 6ª posição. sendo executada por pessoas, equipamentos,
(B) 7ª posição. maquinários etc.
(C) 8ª posição. Esse esforço será expresso pela seguinte fração:
(D) 9ª posição. tarefa
(E) 10ª posição. tempo
Na questão, temos como tarefa a análise de
Letra b. processos: Sérgio + João = 1+3 = 4 (100%).
Quantidade de Segmentos S = 3.4(n-1)
Tempos para realizar suas tarefas:
Observe que na questão é dada a quantidade de Sérgio: 4 h
segmentos = 12288 João: 6 h
Substituindo na fórmula, temos que:
Sérgio: tarefa = 1
12288= 3.4(n-1) tempo = 4
Temos de decompor em fatores primos o valor de tarefa =3
João:
12288, que nos dá um valor de 212 x 3. Substituindo tempo = 6
esse valor no local de 12288, temos uma igualdade: Temos a seguinte equação, em que X é o tempo
212 . 3 = 3.4(n-1) necessário para que todos os processos sejam
Reescrevendo a potência 4(n-1) em base 2, teremos: analisados:
22(n-1)
1 3 4
212.3 = 3.22(n-1) + =
4 6 x
Podemos inferir que 212 = 22(n-1), logo 12 = 2(n-1)
Resolvendo a equação:
2n – 2 = 12
2n = 14 3+6 4
=
n=7 12 x
9 4
=
12 x
21. Ao saber que alguns processos deveriam ser 9x = 48
analisados, dois Analistas Judiciários do TCE-SP X= 48/9
– Sérgio e João – se incumbiram dessa tarefa. X = 5h20 min
Sabe-se que:
27
Agente da Fiscalização
22. Um argumento constituído por uma sequência
de três proposições P1, P2 e P3, em que P1 e
P2 são as premissas e P3 é a conclusão, será
considerado válido se, a partir das premissas P1
e P2, assumidas como verdadeiras, for obtida a
conclusão P3, também verdadeira por consequ-
ência lógica das premissas. A partir dessas infor-
mações, marque a alternativa correta.
(A) Premissa 1: Todo brasileiro gosta de carnaval.
Premissa 2: André gosta de carnaval.
Premissa 3: André é brasileiro.
(B) Premissa 1: Todo brasileiro gosta de carnaval.
Premissa 2:Todo brasileiro é alegre.
Premissa 3: Toda pessoa alegre gosta de carnaval.
(C) Premissa 1: Sócrates é mortal.
Premissa 2: Nenhum homem é imortal.
Premissa 3: Sócrates é homem.
(D) Premissa 1: Todo réptil nada.
Premissa 2: Alguns mamíferos nadam.
Premissa 3: Alguns mamíferos são répteis.
(E) Premissa 1: Nenhum mamífero é terrestre.
Premissa 2: Alguns mamíferos nadam.
Premissa 3: Algum animal que nada não é terrestre.
Letra e.
Para que um argumento seja válido, temos
que a verdade das premissas devem garantir
necessariamente a verdade da conclusão. Sendo
assim, a alternativa que cumpre tal exigência é a
letra “e”, vejamos:
A certeza que temos é a de que pelo menos um
mamífero nada e, como nenhum mamífero é
terrestre, podemos inferir que algum animal que
nada (que é mamífero) não é terrestre.
23. André, funcionário da TCE-SP, é aficionado a
Raciocínio Lógico e, em certo dia, em uma de-
terminada seção do Tribunal, realizou o seguinte
desafio aos seus colegas de trabalho:
Em quatro cartões, escreveu um número em um
lado e, no outro, uma letra, segundo ilustrado
abaixo.
28
André afirmou: “Todos os cartões que têm uma
vogal numa face têm um número par na outra”.
Em seguida, perguntou para seus colegas: “Para
verificar se tal afirmação é verdadeira, quais car-
tões devem ser virados?”
(A) É suficiente virar somente o primeiro cartão.
(B) É suficiente virar somente o segundo cartão.
(C) É suficiente virar o primeiro e o quarto cartão.
(D) É suficiente virar somente o quarto cartão.
(E) É suficiente virar o segundo e o terceiro cartão.
Letra c.
Para esta questão, temos aplicação de tabelas-
verdade, em que é necessário saber que o
quantificador “Todo A é B” (universal afirmativo) tem
o mesmo significado conectivo condicional “Se A
então B”. Sendo assim, a afirmação de André pode
ser reescrita da seguinte forma:
“Se o cartão tiver uma vogal em uma face, então
terá um número par na outra.”
Para que a afirmação seja verdadeira, teremos as
seguintes situações para cada cartão:
Se o cartão tiver uma vogal em uma face (V) → terá
um número par na outra (V/F) = V/F
Se o cartão tiver uma vogal em uma face(F) → terá
um número par na outra (V/F) = V
Se o cartão tiver uma vogal em uma face (V/F) →
terá um número par na outra (V) =V
Se o cartão tiver uma vogal em uma face (V/F) →
terá um número par na outra (F) = (V/F)
Desta forma, podemos inferir que é necessário
virar o primeiro e o quarto cartões para verificar
se as afirmações são verdadeiras. Já o segundo
e terceiro cartões não precisam ser virados, pois,
independentemente disto, a informação será
verdadeira.
24. A alternativa que apresenta uma proposição e a
sua negação entre parênteses é:
(A) ∀x, x ∈ R, x² é um número par (∀x, x ∈ R, x²
não é um número par).
Agente da Fiscalização
 (B) Existem pessoas que não são simpáticas (A) 9.
(Existem pessoas simpáticas.). (B) 13.
(C) Nenhuma árvore é roxa (Algumas árvores são (C) 17.
roxas.). (D) 32.
(D) Se sair de casa, irei ao mercado (Sairei de (E) 40.
casa e irei ao mercado.).
(E) Todos os homens são honestos (Nenhum ho- Letra b.
mem é honesto.). É frequente, nas provas realizadas pela FCC,
questões com sequências, logo torna-se necessário
Letra c. praticar, uma vez que os padrões utilizados são
a) Errado. A negação de ∀x, x R, x² é um número comuns em diversas questões nos processos
par é: ∋ x, x R, x² não é um número par. seletivos.
b) Errado. A negação de “Existem pessoas que Sabendo que a soma dos n termos é dada da
não são simpáticas” é “Todas as pessoas são seguinte forma:
simpáticas”.
Sn = n2 + 6n
c) Certo. Nenhuma árvore é roxa (Algumas árvores
S1 = 12 + 6 . 1 = 7
são roxas.).
S2 = 22 + 6 . 2 = 16
d) Errado. A negação de “Se sair de casa, irei ao
S3 = 32 + 6 . 3 = 27
mercado” é “Sairei de casa e não irei ao mercado”.
S4 = 42 + 6 . 4 = 40
e) Errado. A negação de “Todos os homens são
honestos” é “Algum homem não é honesto”. Fazendo agora a diferença da seguinte maneira:
e1 = 7
e2 = 16 – 7 = 9
25. Considere que os termos da sucessão seguinte
e3 = 27 – 16 = 11
foram obtidos segundo determinado padrão.
e4 = 40 – 27 = 13
(20, 21, 19, 22, 18, 23, 17, ...)
Se, de acordo com o padrão estabelecido, X e Y
são o décimo e o décimo terceiro termos dessa 27. Três amigos – Alan, Mateus e Carlos – chegam
sucessão, então a razão Y/X é igual a a um estacionamento dirigindo carros de cores
(A) 44%. diferentes. Um dirigindo um carro azul, o outro
(B) 48%. um carro branco e o terceiro um carro vermelho.
(C) 56%. Chegando ao estacionamento, o manobrista per-
(D) 58%. guntou quem era cada um deles. O que dirigia o
(E) 64%. carro azul respondeu: “Alan é o que estava di-
rigindo o carro branco”. O que estava dirigindo
Letra c. o carro branco falou: “eu sou Mateus”. E o que
É frequente, nas provas realizadas pela Fundação estava dirigindo o carro vermelho disse: “Carlos
Carlos Chagas, questões com sequências, logo é quem estava dirigindo o carro branco”. Como o
torna-se necessário praticar, uma vez que os manobrista sabia que Alan sempre diz a verdade,
padrões utilizados são comuns em diversas que Mateus às vezes diz a verdade e que Carlos
questões nos processos seletivos. nunca diz a verdade, ele foi capaz de identificar
Ilustrando a sequência, temos termos que se quem era cada pessoa. As cores dos carros que
intercalam. Alguns somam (01) uma unidade e Alan e Carlos dirigiam eram, respectivamente:
outros subtraem (01) uma unidade. (A) azul e branco.
-1 -1 -1 -1 -1 (B) vermelho e azul.
(20, 21, 19, 22, 18, 23, 17, 24, 16, 25, 15, 26, 14...) (C) vermelho e branco.
(D) branco e azul.
+1 +1 +1 +1 +1 (E) azul e vermelho.
Logo, a razão
Letra c.
14 Vamos construir uma tabela para associar as
= 0,56 x 100 = 56
25 informações:
Alan Mateus Carlos
26. Uma sequência numérica infinita (e1, e2, e3, ..., en,
Azul X
...) é tal que a soma dos n termos iniciais é igual
Branco X
a n2 + 6n.
Vermelho X
O quarto termo dessa sequência é igual a
29
Agente da Fiscalização
 Teremos como referência Alan, uma vez que ele
sempre fala a verdade. Assim, torna-se interessante
o encontrarmos.
O que dirige o carro azul disse que Alan estava no
branco. Logo, Alan não poderia estar no azul. O que
estava no carro branco, fala que era Mateus, ou
seja, Alan não estava no branco.
Desta forma, se Alan não está no carro azul, nem no
carro branco, ele só pode estar no vermelho. Se ele
está no vermelho e fala a verdade, então o do carro
vermelho disse que Carlos estava dirigindo o carro
branco. Assim, sobrou o carro azul para Mateus.
28. Considere verdadeiras as seguintes afirmativas:
Premissa 01: Se estudo, então não passo neces-
sidade.
Premissa 02: Se não estudo, então passo aflição.
Logo, deduz-se que:
(A) estudar é necessário para passar necessidade.
(B) estudar é suficiente para passar aflição.
(C) passar necessidade é necessário para passar
aflição.
(D) passar necessidade é suficiente para estudar.
(E) passar aflição é necessário para passar ne-
cessidade.
Letra e.
Podemos simbolizar as premissas:
Estudo –> não passo necessidade
Não estudo –> passo aflição
A primeira premissa pode ser reescrita pela
equivalente contrapositiva:
Estudo –> não passo necessidade (equivalente).
Passo necessidade –> não estudo
Dessa forma, temos agora as 02 premissas:
Premissa 01: Passo necessidade –> não estudo
Premissa 02: Não estudo -- > Passo aflição
Associando as duas premissas pela proposição
“não estudo”, teremos:
Passo necessidade –> não estudo -> Passo aflição
Ou seja,
Passo necessidade –> Passo aflição
Podemos afirmar que PASSO NECESSIDADE
é SUFICIENTE para PASSO AFLIÇÃO e que
PASSO AFLIÇÃO é NECESSÁRIO para PASSO
NECESSIDADE.
29. Para verificar as habilidades lógicas de um fun-
cionário que trabalha no TCE-SP, foi realizada
uma brincadeira durante um curso de especiali-
zação oferecido pelo Governo Federal. Em uma
caixa denominada VIDA, há sete bolas verme-
lhas; em uma caixa denominada ÁGUA, sete
bolas azuis. Essas são as únicas bolas contidas
nas duas caixas. Retiram-se três bolas da caixa
30
VIDA, que são então colocadas na caixa ÁGUA.
Agora, retiram-se, aleatoriamente, quatro bolas
da caixa ÁGUA, que são então colocadas na cai-
xa VIDA.
Após essas transferências, é correto afirmar que:
(A) só ficaram bolas azuis na caixa ÁGUA.
(B) só ficaram bolas vermelhas na caixa VIDA.
(C) há pelo menos uma bola vermelha na caixa
ÁGUA.
(D) há pelo menos uma bola azul na caixa VIDA.
(E) há mais bolas azuis na caixa ÁGUA do que
bolas vermelhas na caixa VIDA.
Letra d.
Colocando 3 bolas de VIDA em ÁGUA, ficamos
com:
VIDA: 4 vermelhas
ÁGUA: 3 vermelhas e 7 azuis
Agora vamos tirar 4 bolas de ÁGUA (que podem ser
4 azuis, 3 vermelhas e 1 azul, 2 vermelhas e 2 azuis
ou 1 vermelha e 3 azuis) e passar para VIDA.
Analisando as alternativas:
a) Só ficaram bolas azuis na caixa ÁGUA.
Errado. É possível que bolas vermelhas
permaneçam em ÁGUA.
b) Só ficaram bolas vermelhas na caixa VIDA.
Errado. É possível que bolas azuis tenham vindo
para VIDA.
c) Há pelo menos uma bola vermelha na caixa
ÁGUA.
Falso, é possível que em ÁGUA tenha novamente
apenas bolas azuis, caso as 3 vermelhas tenham
sido levadas de volta para VIDA.
d) Há pelo menos uma bola azul na caixa VIDA.
Verdadeiro. Como serão tiradas 4 bolas de ÁGUA e
lá só temos 3 vermelhas, certamente pelo menos 1
bola azul será levada de ÁGUA para VIDA.
e) Há mais bolas azuis na caixa ÁGUA do que bolas
vermelhas na caixa VIDA.
Falso. É possível, por exemplo, levarmos 3 bolas
vermelhas e 1 azul de ÁGUA para VIDA, e assim
ficamos com:
VIDA: 7 vermelhas e 1 azul
ÁGUA: 6 azuis
Veja que, neste caso, há menos bolas azuis em
ÁGUA do que vermelhas em VIDA.
30. Dada a seguinte relação entre Paulo, Carlos, Luiz
e Enéas:
• Paulo é mais alto que Enéas.
• Carlos é mais alto que Luiz.
• Enéas é mais alto que Carlos.
É correto afirmar que
(A) Enéas é o mais alto.
(B) Carlos é o mais baixo.
(C) Luiz é mais alto que Enéas.
(D) Paulo é mais alto que Carlos.
(E) Luiz é mais alto que Carlos.
Agente da Fiscalização
 Letra d.
-Paulo é mais alto que Enéas: P ˃E
P˃E˃C
-Éneas é mais alto que Carlos: E ˃ C
-Carlos é mais alto que o Luiz: C ˃ L, desta forma
pode ilustrar:
P˃ E ˃ C ˃ L
Paulo é o mais alto.
INFORMÁTICA
31. Assinale a alternativa que diz respeito à combi-
nação de teclas que deve ser usada no sistema
operacional Windows 7 (configuração padrão –
idioma Português) para minimizar todas as jane-
las, exceto a que está ativa.
(A) +M
(B) +D
(C) +E
(D) + Home
(E) + TAB
Letra d.
Esse recurso, no Windows 7, faz parte do pacote
AERO (Autêntico, Energético, Refletivo e Aberto
– Autentic, Energetic, Reflective and Open) e é
conhecido como Shake (agitar), sendo possível
realizar esse procedimento clicando e mantendo
pressionado o botão esquerdo do mouse na barra
de título da janela e movimentando-a de um lado
para o outro, minimizando, assim, todas as janelas,
exceto a que foi agitada. Ao agitá-la novamente, as
outras janelas retornarão ao estado anterior.
32. Observe a imagem a seguir, que mostra parte de
uma planilha do MS-Excel 2010, em sua configu-
ração padrão.
Assinale a alternativa que apresenta o valor que
será exibido na célula C1 após esta ser preenchi-
da com a fórmula =MENOR(A1:B5;4).
(A) 0.
(B) 1.
(C) 2.
(D) 3.
(E) 4.
Letra c.
A função menor permite encontrar o menor valor do
intervalo analisado de acordo com um índice, ou
seja, pode ser o primeiro menor valor, o segundo
e assim por diante. Nessa questão, foi solicitado
31
o quarto menor valor do intervalo, mas temos que
considerar os valores repetidos no momento de
contar; sendo assim, temos: 0, 1, 2 e 2.
33. Jeferson, servidor do TCE/SP, está configurando
na sua seção o gerenciador de e-mails Outlook
2010. Quais protocolos, respectivamente, devem
ser configurados para o envio e para o recebi-
mento de mensagens, considerando que ele de-
seja ter acesso às mensagens já baixadas, mes-
mo estando off-line:
(A) HTTP e TCP
(B) DHCP e SMTP
(C) DNS e HTTP
(D) SMTP e POP3
(E) SMTP e IMAP
Letra d.
O único protocolo de envio será o SMTP (Simple Mail
Transfer Protocol – Protocolo de transferência de
correio simples). Já para o recebimento, podemos
usar o POP3 (Post Office Protocol), que, por
padrão, baixa as mensagens, permitindo o acesso a
elas off-line, ou o protocolo IMAP (Internet Message
Access Protocol), que, por padrão, virtualiza as
pastas do servidor na máquina, permitindo o acesso
às mensagens apenas enquanto há conexão.
34. Jeferson, servidor do TCE/SP, utiliza na sua seção
uma máquina que possui instalado o sistema ope-
racional Windows 7 (configuração padrão – idioma
Português), e sua conta de usuário é do tipo Pa-
drão. Assinale a alternativa que contém uma alte-
ração que Jeferson não consegue realizar:
(A) Alterar a imagem (usada na conta) do seu
usuário.
(B) Alterar a senha da conta do seu usuário.
(C) Alterar a data e hora do sistema.
(D) Renomear as pastas contidas no diretório Do-
cumentos, que está armazenado c:\usuários\
Jeferson\Documentos.
(E) Renomear a Lixeira do sistema.
Letra c.
Os itens de segurança, como o Firewall, U.A.C
(Controle de Conta do Usuário), a data e hora do
sistema, entre outros, só podem ser alterados por
um usuário com o perfil de administrador.
35. Utilizando-se o Word 2010, em sua configuração
padrão, para que a primeira página seja usada
na orientação paisagem e, a partir da segunda,
a orientação seja retrato, é necessário inserir na
primeira página uma quebra de:
(A) seção.
(B) Página.
Agente da Fiscalização
 (C) Linha.
(D) Coluna.
(E) Orientação.
Letra a.
Especificando um pouco mais, é necessário usar,
neste caso, uma quebra de seção para a próxima
página. Além da orientação da página, é possível,
por exemplo, usar cabeçalhos e rodapés distintos
nas seções, margens distintas (nesse caso, é
possível obter com a quebra de página contínuo),
entre outras opções.
36. Jeferson, utilizando o site de buscas Google, de-
seja encontrar sites que contenham exatamente
a expressão Tribunal de Contas do Estado de
São Paulo, mas que não contenham a palavra
concurso. Para obter o resultado pretendido, ele
deve digitar no campo apropriado para busca:
(A) *Tribunal de Contas do Estado de São Paulo*
except: concurso
(B) +Tribunal de Contas do Estado de São Paulo+
- concurso
(C) /Tribunal de Contas do Estado de São Paulo/
..concurso
(D) % Tribunal de Contas do Estado de São Pau-
lo% #concurso
(E) “Tribunal de Contas do Estado de São Paulo”
-concurso
Letra e.
O uso das aspas duplas indica ao Google que
busque exatamente a expressão digitada entre as
aspas (com as palavras na ordem em que forem
digitadas) e o sinal “-” deve ser usado para retirar
um termo da busca, não podendo existir espaço
entre o sinal e a palavra a ser retirada.
37. O texto abaixo está sendo editado no Word 2010,
em sua configuração padrão. O cursor está posi-
cionado imediatamente antes da palavra “patri-
monial”. Nesta situação, para selecionar a partir
da posição do cursor até o fim do respectivo texto
(considere que não há mais parágrafos), deve-se
utilizar a seguinte combinação de teclas:
(A) CTRL + SHIFT + END
(B) CTRL + SHIFT + HOME
(C) SHIFT + CLIQUE
(D) SHIFT + END
(E) SHIFT + HOME
32
Letra a.
O atalho CTRL+SHIFT+END seleciona a partir da
posição inicial do cursor até o final do texto. No
caso acima, seria apenas um parágrafo, mas, se o
texto tiver dez páginas e o cursor estiver no início do
texto, vai selecionar todas as dez páginas.
38. “___________ é uma rede formada por centenas
ou milhares de computadores zumbis e que per-
mite potencializar as ações danosas executadas
pelos bots.” A definição anterior foi retirada da
cartilha do Cert Br (https://cartilha.cert.br/malwa-
re/). Assinale a alternativa que contém o termo
que preenche corretamente a lacuna do texto:
(A) Bots.
(B) Botnet.
(C) Zumbinet.
(D) Netbot.
(E) Wormnet.
Letra b.
Os Bots são ameaças virtuais semelhantes aos
Worms, ou seja, não precisam ser executados para
dar início à contaminação. Exploram vulnerabildades
e se diferenciam por serem controlados a distância.
39. Considerando o trecho da planilha abaixo, que
está sendo editada no Excel 2010, em sua
configuração padrão, assinale a alternativa
que apresenta o resultado ao se digitar na cé-
lula A6 (que não aparece na imagem) a função
=SOMASE(A1:A5;”>3”;C1:C5):
(A) 25.
(B) 15.
(C) 20.
(D) 10.
(E) 41.
Letra d.
Quando a função SOMASE tem dois intervalos,
o primeiro (A1:A5) é analisado (procura-se nele
o critério, nesse caso >3) para somar os valores
correspondentes no segundo intervalo (C1:C5).
40. Assinale a alternativa que contenha, respectiva-
mente, os programas nativos do Windows 7, em
sua configuração padrão, que salvam, por pa-
drão, arquivos com a extensão “txt” e “rtf”:
Agente da Fiscalização
 (A) Paint e Wordpad.
(B) Word e Paint.
(C) Paint e bloco de Notas.
(D) Bloco de Notas e Wordpad.
(E) Paint e Internet Explorer.
Letra d.
O Bloco de Notas é um editor de texto que não
trabalha com nenhuma formatação avançada
para o texto, fazendo, portanto, jus ao nome. Já
o WordPad seria um intermediário em relação
ao editor Word (ele vem no pacote Office e não
acompanha, portanto, a instalação do Windows),
porém, possui bem menos funções.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
DIREITO ADMINISTRATIVO
41. Sócrates foi nomeado e empossado no cargo
de Agente de Fiscalização do Tribunal de Con-
tas de São Paulo. Após dois anos em exercício
no Tribunal, foi declarada a nulidade de seu ato
de nomeação, por vícios insanáveis consistentes
em burla pelo servidor às regras do concurso pú-
blico. Os atos praticados por Sócrates no TC-SP,
como certidões por ele expedidas, serão:
(A) nulos, pois a anulação de seu ato de investi-
dura por burla às regras do concurso público
opera efeitos ex tunc, isto é, retroage à data
de origem do ato, aniquilando todos os efeitos
produzidos.
(B) nulos, pois a nulidade absoluta no caso de-
corre de norma obrigatória e opera efeitos ex
nunc, ou seja, retroage à data da prática do
ato ilícito, a partir da qual nenhum efeito po-
derá ser convalidado.
(C) válidos, eis que a anulação de seu ato de in-
vestidura opera efeitos ex tunc, isto é, produz
efeitos a partir da data da decisão administra-
tiva que declarou a nulidade, não retroagindo
à data de origem do ato.
(D) válidos, pois, pela teoria da aparência, a no-
meação de servidor com burla às regras do
concurso público é nula, mas os atos por ele
praticados são válidos, em atenção ao princí-
pio da segurança jurídica e para resguardar
os terceiros interessados de boa-fé.
(E) válidos, desde que haja decisão jurisdicional
determinando e especificando quais atos de-
vem ser convalidados, com objetivo de apro-
veitar os atos por ele praticados para atender
aos princípios da eficiência e celeridade.  Letra d.
Letra d.
Apesar de o servidor ter agido com fraude, os
efeitos dos atos serão válidos para o terceiro de
boa-fé. Nesse caso, ocorreu o que chamamos de
"função de fato".
33
42. Os poderes administrativos são instrumentos uti-
lizados para o exercício de prerrogativas públi-
cas. Assinale a alternativa que indica um exem-
plo de exercício do poder disciplinar.
(A) Aplicação de multa a uma empresa conces-
sionária de serviço público decorrente do
contrato.
(B) Aplicação de sanção a um motorista que
avança o sinal.
(C) Aplicação de multa, em inspeção da ANVISA,
a um laboratório farmacêutico.
(D) Proibição de funcionamento de estabeleci-
mento de shows devido a não satisfação de
condições de segurança.
(E) Aplicação de multa pelo IBAMA por violação
da legislação ambiental praticada por particu-
lar sem vínculo com a administração.
Letra a.
O poder disciplinar atinge os agentes públicos e os
particulares que mantêm relação com o Estado, ou
seja, sob sua disciplina. Esse poder exige vínculo
pretérito com a Administração. A multa aplicada a
uma empresa concessionária de serviço público
decorrente do contrato tem fundamento no poder
disciplinar.
43. Um policial civil no dia de folga, quando estava na
frente da sua casa, de bermuda e sem camisa,
discute com um transeunte e acaba desferindo
tiros com a arma da corporação. Com base no
relatado acima, é correto afirmar que o Estado
(A) será responsabilizado, pois o policial civil é
agente público pertencente a seus quadros.
(B) será responsabilizado, com base na teoria do
risco integral.
(C) somente será responsabilizado de forma sub-
sidiária, ou seja, caso o policial não tenha
condições financeiras.
(D) não será responsabilizado, pois o policial,
apesar de ser agente público, não atuou nes-
sa qualidade; sua conduta não pode, pois, ser
imputada ao Estado.
(E) O Estado responde de forma objetiva, deven-
do propor ação de regresso contra o policial.
É certo que no caso narrado o policial não estava
na condição de agente, nem a título de exercer
essa condição. O estado não possui nenhuma
responsabilidade pela conduta do policial, pois o
caso não tem relação com sua função pública.
Agente da Fiscalização
44. A Administração Pública possui uma série de me-
canismos de controle. No que tange a essa temá-
tica, assinale a afirmativa correta.
(A) O TCU é competente para julgar anualmente
as contas prestadas pelo Presidente da Re-
pública.
(B) O Poder Judiciário poderá exercer controle in-
terno sobre os demais poderes.
(C) O controle por vinculação é atribuído a uma
pessoa e se exerce sobre os atos praticados
por pessoa diversa.
(D) O controle judicial poderá ser de ofício ou a
pedido.
(E) O controle de legalidade é controle externo na
medida em que é necessariamente processa-
do por órgão jurisdicional.
Letra c.
O controle por vinculação é realizado entre pessoas
diversas. O controle realizado por órgão da
administração direta em entidade da administração
direta ocorre por vinculação.
45. Com fundamento nas normas que tratam da or-
ganização da administração pública, assinale a
opção correta.
(A) Diferentemente das empresas públicas, as
sociedades de economia mista adquirem sua
personalidade com o registro dos atos consti-
tutivos em cartório.
(B) A administração pública indireta abrange as
autarquias, fundações públicas, empresas
públicas, sociedades de economia mista e or-
ganizações sociais.
(C) Na descentralização, o Estado reparte suas
competências administrativas entre órgãos
públicos com a finalidade de obter maior efici-
ência no exercício de suas tarefas.
(D) As agências reguladoras integram a adminis-
tração direta.
(E) Os órgãos administrativos não possuem per-
sonalidade jurídica, no entanto compõem
tanto a administração pública direta quanto a
indireta.
Letra e.
É certo que os órgão não possuem personalidade
jurídica. O fenômeno da desconcentração ocorre
tanto na administração direta quanto na indireta,
como por exemplo: o INSS é uma autarquia que
possui postos de atendimento (órgãos) em várias
cidades do território nacional.
34
46. Sobre os contratos administrativos, assinale a
opção incorreta.
(A) É motivo de rescisão contratual a subcontra-
tação parcial do objeto do ajuste, desde que
não admitida no edital e no contrato.
(B) Considera-se condição de eficácia do contra-
to administrativo a publicação do seu extrato
na imprensa oficial.
(C) Não há a possibilidade de a anulação do cer-
tame licitatório ocorrer de ofício, por parte da
Administração, devendo haver sempre repre-
sentação de particular.
(D) É vedada a realização, pela Administração,
de contratação verbal, de sorte que todo ajus-
te pressupõe formalização mediante termo de
contrato.
(E) A administração possui a prerrogativa de apli-
car sanções de natureza administrativa – en-
tre as quais se incluem a advertência, a multa
e a suspensão temporária de participação em
licitação – sendo a pena de multa a única pas-
sível de ser aplicada juntamente com qual-
quer uma das outras.
Letra c.
Pelo princípio da autotutela, a Administração deve
anular o ato quando eivado de vício. Nesse caso, o
controle ocorre de ofício. A anulação pode ocorrer
também a pedido do particular.
47. Sobre a Lei orgânica do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo, é correto afirmar:
(A) O Vice-Presidente auxiliará o Presidente no
exercício de suas funções, substitui-lo-á nas fal-
tas e impedimentos e o sucederá em caso de
vacância por um ano, permitida sua recondução.
(B) Os Conselheiros elegerão, entre os seus pa-
res, o Presidente, o Vice-Presidente e o Corre-
gedor do Tribunal de Contas, para o mandato
de 1 ano, permitida a reeleição.
(C) O Conselheiro terá as mesmas garantias, prer-
rogativas, impedimentos, vencimentos e vanta-
gens do Governador de Estado, pois são con-
siderados agentes políticos.
(D) Ao realizar auditorias, constatada a prática de
ilícito penal, o Tribunal de Contas determina-
rá a remessa de peças ao Ministério Público.
Contudo, no caso de omissão do MP, o Tribu-
nal de Contas poderá julgar e aplicar a devida
penalidade penal.
(E) Para cumprimento de suas funções, o Tribunal
de Contas não poderá utilizar-se dos elemen-
tos apurados pelas unidades de controle inter-
no da administração direta e indireta.
Agente da Fiscalização
 Letra b.
Consta no art. 10 da Lei Complementar n. 709/1993
que “os Conselheiros elegerão, entre os seus pares,
o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor do
Tribunal de Contas, para o mandato de 1 (um) ano,
permitida a reeleição”.
DIREITO CONSTITUCIONAL
48. Dentro da sistemática dos remédios constitucio-
nais, desponta o mandado de segurança, ação
voltada para tutelar direito líquido e certo não am-
parado por habeas corpus ou habeas data.
Sobre o tema, é correto afirmar:
(A) É inconstitucional a fixação de prazo deca-
dencial para o ajuizamento de mandado de
segurança, na medida em que seria uma limi-
tação não constante na Constituição Federal.
(B) A controvérsia sobre matéria de direito impe-
de a concessão do mandado de segurança.
(C) Cabe mandado de segurança contra atos de
gestão negocial praticados por entidades da
Administração Indireta.
(D) A desistência no mandado de segurança é
possível mesmo após a prolação de sentença
favorável ao impetrante, independentemente
do consentimento da autoridade impetrada.
(E) Cabe mandado de segurança contra lei em tese.
Letra d.
Nesse nível de concursos, é comum a VUNESP
cobrar dos alunos conhecimento relacionado às
Súmulas do STF, vinculantes ou não.
Foi dentro dessa premissa que elaborei a questão,
para que o aluno relembre a necessidade da leitura
das súmulas.
Está errada a letra A, pois o STF já reconheceu a
constitucionalidade do prazo decadencial de 120
dias para a impetração do MS (Súmula 632/STF).
O erro da letra B está no fato de a controvérsia
sobre matéria de direito não impedir a concessão
do MS (Súmula 625/STF).
A letra C está errada, porque quando pratica ato de
gestão negocial, a entidade da administração indireta
age como se particular fosse, não sendo cabível o MS.
Também está errada a letra E (Súmula 266/STF),
uma vez que admitir o cabimento de MS contra lei
em tese seria uma usurpação de competência do
STF (o MS substituiria a ADI).
Sobra como correta a letra D. Aliás, esse item vive
caindo em prova, exatamente por ser uma exceção
à regra geral. Até a citação, o autor da ação pode
desistir livremente. A partir do momento em que o
réu é citado e passa a integrar a lide, a desistência
só será possível se a outra parte concordar.
35
No MS não é assim, porque a desistência pode
se dar a qualquer tempo, mesmo se já tiver sido
proferida sentença favorável ao impetrante,
independentemente do consentimento do
impetrado.
49. Determinada lei municipal continha dois artigos:
o artigo 1º regulamentou o tempo máximo de
espera nas filas, inclusive de bancos e de car-
tórios. Já o artigo 2º determinou que a cobrança
de preço em estacionamentos fosse baseada na
quantidade de minutos utilizados, e não por hora.
Tendo essa situação em conta, é correto afirmar
que
(A) ambos os artigos são inconstitucionais, por in-
vadirem competência privativa da União para
legislar sobre o sistema financeiro nacional.
(B) somente o artigo 1º é inconstitucional, na
medida em que a matéria é de iniciativa con-
corrente da União, dos Estados e do Distrito
Federal.
(C) apenas o artigo 2º é inconstitucional, por en-
volver direito civil e de propriedade, matérias
de competência legislativa privativa da União.
(D) os dois artigos são constitucionais.
(E) somente o artigo 2º é inconstitucional, pois
envolve matéria de iniciativa reservada aos
Estados.
Letra c.
O artigo 1º se insere na competência municipal
para tratar sobre assuntos envolvendo conforto
e segurança de consumidores (tempo máximo de
espera em filas, instalação de portas giratórias na
entrada de bancos etc). Por sua vez, o assunto
versado no artigo 2º é de competência privativa da
União, para legislar sobre direito de propriedade e
sobre direito civil.
Logo, a resposta esperada está na letra C.
50. A intervenção da União nos Estados e no Distrito
Federal NÃO será possível na seguinte hipótese:
(A) Manter a integridade nacional.
(B) Garantir o livre exercício de qualquer dos Po-
deres nas unidades da Federação.
(C) Repelir invasão estrangeira ou de uma unida-
de da Federação em outra.
(D) Prover a execução de lei federal, ordem ou
decisão judicial.
(E) Reorganizar as finanças da unidade da Fede-
ração que suspender o pagamento da dívida
fundada por mais de dois anos consecutivos,
inclusive por motivo de força maior.
Agente da Fiscalização
 Letra e.
As hipóteses que autorizam a intervenção federal
estão previstas no artigo 34 da Constituição. A
medida é excepcional, uma vez que a autonomia
dos Entes é uma característica central da forma
Federativa de Estado.
Repare que a questão buscava a exceção. Ela está
na letra E, porque, havendo motivo de força maior
para o Estado suspender o pagamento da dívida
fundada por mais de dois anos consecutivos, não
será admitida a intervenção federal.
51. Acerca da eficácia e da aplicabilidade das nor-
mas constitucionais, considere os seguintes dis-
positivos, extraídos da CF:
I – O direito de greve será exercido nos termos e nos
limites definidos em lei específica (artigo 37, VII).
II – Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
responsável pelo inadimplemento voluntário e
inescusável de obrigação alimentícia e a do de-
positário infiel (artigo 5º, LXVII).
Os itens I e II revelam, respectivamente, normas
(A) de eficácia limitada e de eficácia contida.
(B) de eficácia limitada e de eficácia plena.
(C) programática e de eficácia contida.
(D) de eficácia contida e de eficácia limitada.
(E) de eficácia plena e de eficácia limitada.
Letra a.
O item I, que versa sobre o direito de greve de servidor
público, é exemplo de norma de eficácia limitada,
assim como acontece com a aposentadoria especial
de servidor público e o direito de os trabalhadores
participarem dos lucros das empresas.
Por outro lado, o dispositivo do artigo 5º que trata
da prisão civil por dívida é considerado de eficácia
contida pelo STF. Não é por acaso que o Pacto de
São José da Costa Rica, incorporado ao direito
brasileiro com status supralegal, restringiu o alcance
do citado inciso, inviabilizando na prática a prisão
do depositário infiel e do alienante fiduciário.
Fica correta, portanto, a letra A.
52. Dentro do controle de constitucionalidade, é cor-
reto afirmar
(A) A tarefa de fazer a defesa da norma questio-
nada junto ao STF é atribuída ao Advogado-
-Geral da União, chamado de curador da lei,
ou de defensor legis.
(B) Os governadores de Estado e do Distrito Fede-
ral estão inseridos entre os legitimados univer-
sais, não havendo a necessidade de comprova-
ção de seu interesse no caso para a propositura
de ação direta de inconstitucionalidade.
(C) Em regra, as decisões de mérito proferidas
em ação direta de inconstitucionalidade pro-
duzirão efeitos contra todos (erga omnes),
sem força retroativa (ex nunc).
36
(D) A arguição de descumprimento de preceito
fundamental pode ser utilizada para o ques-
tionamento de decisões judiciais, mesmo que
transitadas em julgado.
(E) A ação civil pública é uma das ferramentas do
controle concentrado de constitucionalidade.
Letra a.
A letra B está errada, na medida em que
Governadores, Mesa da Assembleia Legislativa ou
da CLDF e as confederações sindicais e entidades
de classe de âmbito nacional se inserem entre os
legitimados especiais, os quais precisam demonstrar
a pertinência temática (interesse no caso).
Também está errada a letra C, uma vez que as
decisões, em regra, têm força retroativa (ex tunc).
Isso não impede que, excepcionalmente, seja
aplicada a técnica da modulação temporal de
efeitos.
O erro da letra D está no fato de a ADPF poder ser
usada para questionamento de decisões judiciais,
mas não quando transitadas em julgado.
A ação civil pública não integra o controle
concentrado de constitucionalidade. Ele abrange
apenas a ADI, a ADO, a ADC, a ADPF e a ADI
Interventiva. Isso torna errada a letra E.
Sobra, então, a letra A. O artigo 103, § 3º, da
Constituição atribui ao AGU a missão de fazer
a defesa da norma questionada no STF. É
bom lembrar que, mesmo diante da previsão
constitucional dispondo que o AGU deverá fazer
a defesa da norma, a jurisprudência estabelece
algumas situações excepcionais nas quais essa
defesa não será obrigatória.
53. Acerca da composição dos Tribunais de Contas
dos Estados, a Constituição Federal estabelece
serem sete conselheiros, não trazendo mais de-
talhes.
De acordo com o entendimento do STF, a divisão
deve ser feita nesses moldes:
(A) três escolhidos pelo Governador, livremente,
enquanto os outros quatro devem ser escolhi-
dos pela Assembleia Legislativa, entre Audito-
res e membros do MP/Contas.
(B) três escolhidos pelo Governador, sendo um
de livre escolha, um entre Auditores e outro
entre membros do MP/Contas. Os outros qua-
tro membros são escolhidos pela Assembleia
Legislativa.
(C) quatro escolhidos pelo Governador, livremen-
te, e outros três escolhidos pela Assembleia
Legislativa, também livremente.
(D) dois escolhidos pelo Governador, outros dois
pelo próprio Tribunal de Contas Estadual,
além de três de livre escolha da Assembleia
Legislativa.
Agente da Fiscalização
 (E) as normas devem ser estabelecidas pela
Constituição Estadual, que tem autonomia
para a definição, dentro de sua autonomia ad-
ministrativa e política.
Letra b.
A matéria é regulada pela Súmula 653/STF, que
dispõe o seguinte: “No Tribunal de Contas Estadual,
composto por sete conselheiros, quatro devem ser
escolhidos pela Assembleia Legislativa e três pelo
chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a este
indicar um dentre auditores e outro dentre membros
do Ministério Público, e um terceiro a sua livre
escolha”.
Portanto, está correta a letra B.
54. Marque a alternativa correta em relação à Ordem
Social:
(A) Em razão do princípio constitucional da gra-
tuidade do ensino público, o STF decidiu ser
indevida a cobrança, por universidades públi-
cas, de mensalidade em cursos de especiali-
zação.
(B) Pode ser citado como diretriz da saúde o
atendimento integral, com prioridade para as
atividades curativas, sem prejuízo dos servi-
ços assistenciais
(C) Entre os preceitos constitucionais de ensino, se
destaca a educação infantil, em creche e pré-
-escola, às crianças até 6 (seis) anos de idade.
(D) É vedada a filiação ao regime geral de pre-
vidência social, na qualidade de segurado
facultativo, de pessoa participante de regime
próprio de previdência.
(E) Os ganhos habituais do empregado, a qual-
quer título, não serão incorporados ao salário
para efeito de contribuição previdenciária e
consequente repercussão em benefícios, nos
casos e na forma da lei.
Letra d.
A letra “a” está errada, pois, embora a gratuidade
do ensino público impeça a cobrança de taxa de
matrícula em universidades públicas (Súmula
Vinculante 12), o STF entendeu que pode ser
cobrada mensalidade nos cursos de extensão.
O erro da letra B está em priorizar atividades
curativas, quando o certo seria as atividades
preventivas.
A letra C também está errada, pois, a partir da EC n.
53/2006, o atendimento em creches e pré-escolas
passou a ser voltado a crianças com até 5 (cinco)
anos de idade.
O erro da letra E está no fato de os ganhos
habituais serem incorporados ao salário para efeito
de contribuição previdenciária e para consequente
repercussão em benefícios.
37
Fica correta a letra D. Quem já está filiado ao RPPS
(ex.: servidores estatutários) não pode contribuir
como facultativo. Essa condição é reservada, por
exemplo, aos estudantes, sem filiação obrigatória a
qualquer regime.
DIREITO CIVIL
55. Sobre os bens públicos, marque a alternativa cor-
reta.
(A) São públicos os bens do domínio nacional
pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno, bem como aos particulares
prestadores de serviço público.
(B) São bens de uso especial, tais como edifícios
ou terrenos destinados a serviço ou estabe-
lecimento da administração federal, estadual,
territorial ou municipal, inclusive os de suas
autarquias e fundações públicas de direito pri-
vado.
(C) Os bens públicos dominicais podem ser alie-
nados, observadas as exigências da lei.
(D) Admite-se, excepcionalmente, usucapião de
bens públicos.
(E) Os bens públicos afetados ou desafetados
não podem ser objeto de alienação ou penho-
ra.
Letra c.
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público
interno; todos os outros são particulares, seja qual
for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares,
estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou
terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administração federal, estadual, territorial ou
municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das
pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas
entidades.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser
alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a
usucapião.
56. Sobre atos jurídicos em sentido estrito, marque
alternativa correta.
(A) A manifestação de vontade no ato jurídico em
sentido estrito é ampla, podendo a parte ma-
nipular as consequências.
(B) Constituem atos ilícitos os praticados median-
te estado de necessidade.
(C) O abuso do direito gera responsabilidade civil
objetiva.
Agente da Fiscalização
 (D) Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem não comete ato ilícito,
mas estará obrigado a indenizar.
(E) todo aquele que deixa de cumprir uma exigên-
cia legal comete abuso de direito.
Letra c.
a) Errada, no ato jurídico em sentido estrito, a
vontade humana está direcionada ao ato em si,
estando as consequências da lei.
b) Errada, Art. 188. Não constituem atos ilícitos: I
– os praticados em legítima defesa ou no exercício
regular de um direito reconhecido; II – a deterioração
ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa,
a fim de remover perigo iminente.
c) Correta, Art. 187. Também comete ato ilícito o titular
de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
pela boa-fé ou pelos bons costumes.
d) Errada, Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito
e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.
e) Errada, Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de
um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
pela boa-fé ou pelos bons costumes.
57. Sobre as regras de pagamento indevido, marque
a alternativa correta.
(A) Basta comprovação da voluntariedade para
caracterizar o pagamento indevido.
(B) É obrigado a ressarcir o pagamento indevido
aquele que, recebendo-o como parte de dí-
vida verdadeira, inutilizou o título ou deixou
prescrever a pretensão.
(C) Não é possível ocorrer pagamento indevido
de obrigação de não fazer.
(D) Terá direito à repetição aquele que deu algu-
ma coisa para obter fim ilícito.
(E) Todo aquele que recebeu o que lhe não era
devido fica obrigado a restituir, bem como
aquele que recebe dívida condicional antes
de cumprida a condição.
Letra e.
Art. 877. Àquele que voluntariamente pagou o
indevido incumbe a prova de tê-lo feito por erro.
Art. 880. Fica isento de restituir pagamento indevido
aquele que, recebendo-o como parte de dívida
verdadeira, inutilizou o título, deixou prescrever
a pretensão ou abriu mão das garantias que
asseguravam seu direito; mas aquele que pagou
dispõe de ação regressiva contra o verdadeiro
devedor e seu fiador.
Art. 881. Se o pagamento indevido tiver consistido
no desempenho de obrigação de fazer ou para
eximir-se da obrigação de não fazer, aquele que
recebeu a prestação fica na obrigação de indenizar
o que a cumpriu, na medida do lucro obtido.
38
Art. 883. Não terá direito à repetição aquele que
deu alguma coisa para obter fim ilícito, imoral, ou
proibido por lei.
Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não
era devido fica obrigado a restituir; obrigação que
incumbe àquele que recebe dívida condicional
antes de cumprida a condição.
58. Acerca do enriquecimento sem causa, marque a
alternativa correta.
(A) Aquele que, mediante justa causa, se enri-
quecer à custa de outrem, será obrigado a
restituir o indevidamente auferido, feita a atu-
alização dos valores monetários.
(B) Se o enriquecimento tiver por objeto coisa de-
terminada, quem a recebeu será obrigado a
restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a
restituição se fará pelo valor do bem na época
em que se perdeu.
(C) A restituição é devida apenas quando não tenha
havido causa que justifique o enriquecimento.
(D) Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à
custa de outrem será obrigado a restituir o in-
devidamente auferido, feita a atualização dos
valores monetários.
(E) Caberá a restituição por enriquecimento, mes-
mo se a lei conferir ao lesado outros meios
para se ressarcir do prejuízo sofrido.
Letra d.
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer
à custa de outrem, será obrigado a restituir o
indevidamente auferido, feita a atualização dos
valores monetários.
Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por
objeto coisa determinada, quem a recebeu é
obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais
subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na
época em que foi exigido.
Art. 885. A restituição é devida, não só quando não
tenha havido causa que justifique o enriquecimento,
mas também se esta deixou de existir.
Art. 886. Não caberá a restituição por enriquecimento,
se a lei conferir ao lesado outros meios para se
ressarcir do prejuízo sofrido.
DIREITO PENAL
59. Em relação aos crimes contra a fé pública, assi-
nale a alternativa falsa.
(A) As turmas do STF já consolidaram o entendi-
mento de que é inaplicável o princípio da in-
significância aos crimes de moeda falsa, em
que o objeto de tutela da norma a fé pública
e a credibilidade do sistema financeiro, não
sendo determinante para a tipicidade o valor
posto em circulação.
Agente da Fiscalização
 (B) Em relação ao crime de moeda falsa, conside-
rando a credibilidade da moeda e do sistema
financeiro, o tipo exige apenas que estes bens
sejam colocados em risco para a imposição
da reprimenda.
(C) Constitui crime emitir, sem permissão legal,
nota, bilhete, ficha, vale ou título que conte-
nha promessa de pagamento em dinheiro ao
portador ou a que falte indicação do nome da
pessoa a quem deva ser pago.
(D) Em relação ao crime de falsificação de papéis
públicos (art. 293 do CP), pode-se falar em
falsificação grosseira, mesmo tendo a frau-
de somente sido detectada após exame do
documento por servidor do órgão expedidor,
devidamente treinado para essa análise, não
equiparado ao homem médio.
(E) Ocorre a consumação do delito de petrechos
para falsificação (art. 294 do CP) quando o
agente, efetivamente, fabrica, adquire, forne-
ce, possui ou guarda o objeto especialmente
destinado à falsificação dos papéis.
Letra d.
TRF-1 – APELAÇÃO CRIMINAL
ACR 206104320134013500 (TRF-1)
Data de publicação: 17/10/2014
Ementa: PENAL. FALSIFICAÇÃO DE PAPEL
PÚBLICO. ART. 293, V, DO CÓDIGO PENAL.
CRIME FORMAL E INSTANTÂNEO. FALSIFICA-
ÇÃO GROSSEIRA NÃO CONFIGURADA. ABSOL-
VIÇÃO SUMÁRIA. IMPOSSIBILIDADE. APELA-
ÇÃO PROVIDA. 1. O delito praticado pelo réu, de
supostamente falsificar Certidão Negativa de Débito
emitida pela Receita Federal, consumou-se no
momento da contrafação, independentemente do
resultado. 2. No presente caso não se pode falar
em falsificação grosseira, uma vez que a fraude
somente foi detectada após exame do documento
por servidor do órgão expedidor, devidamente trei-
nado para essa análise, não podendo ser equipa-
rado ao homem médio. 3. Não há de se falar em
atipicidade da conduta, tendo em vista que o objeto
do ilícito em apreço possuía aptidão para atingir o
bem jurídico tutelado pelo tipo penal, qual seja, a fé
pública, pois era capaz de enganar o homem comum.
4. Retorno dos autos ao Juízo de origem para reto-
mada do curso processual. 5. Apelação provida.
60. Assinale a alternativa falsa.
(A) No crime de falsificação de documento públi-
co (art. 297 do CP), é viável acolher a tese de
crime impossível mesmo quando comprova-
do que a falsificação realizada no documento
público (CNH) era capaz de iludir o homem
comum.
(B) Aquele que prestar declaração em documento
público incide no preceito tipificador do crime
39
de falsidade ideológica (art. 299 do Código
Penal) sempre que dela conste informação
falsa ou diversa da que deveria ser forneci-
da, movido o agente, na prática da falsidade
expressional, pelo específico desígnio de pre-
judicar direito, criar obrigação ou alterar a ver-
dade sobre fato juridicamente relevante.
(C) Comprovada a ocorrência de fatos típicos e
antijurídicos cometidos por pessoa que reco-
nheceu como verdadeira, no exercício de fun-
ção pública, firma que sabia ser inautêntica,
incorre nas sanções do crime de falso reco-
nhecimento de firma ou letra (art. 300 do CP).
(D) O crime de certidão ou atestado ideologica-
mente falso (art. 301 do CP) é próprio e cons-
titui modalidade de falsidade ideológica, so-
mente podendo ser praticado por funcionário
público, na execução de ato de ofício.
(E) O delito de supressão de documento (art. 305
do CP) exige para a sua tipificação a oculta-
ção ou destruição de documento particular em
prejuízo alheio.
Letra a.
TJ-MT – Apelação APL
00095906620108110002 129339/2015 (TJ-MT)
Data de publicação: 21/01/2016
Ementa: RECURSO DE APELAÇÃO CRIMINAL
– FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO
(ART. 297 DO CP) – SENTENÇA CONDENATÓ-
RIA –IRRESIGNAÇÃO DEFENSIVA – ABSOLVI-
ÇÃO – CRIME IMPOSSÍVEL – ALEGADA FALSI-
FICAÇÃO GROSSEIRA DA CARTEIRA NACIONAL
DE HABILITAÇÃO – IMPROCEDÊNCIA – DOCU-
MENTO HÁBIL A ENGANAR O HOMEM COMUM
– CONJUNTO PROBATÓRIO ROBUSTO – LAUDO
PERICIAL DE CONTRAFAÇÃO – CONDENAÇÃO
MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. No caso,
inviável diante do contexto fático-probatório cons-
tante nos autos, acolher a tese de crime impossí-
vel, porque, comprovada que a falsificação rea-
lizada no documento público (CNH) era capaz
de iludir o homem comum, não há que se cogitar
que a hipótese de contrafação é grosseira e pro-
mover a absolvição do agente. Pena e regime
adequados, necessários e suficientes para a pre-
venção e repressão do crime. Recurso impro-
vido (Ap 129339/2015, DES. GILBERTO GIRAL-
DELLI, TERCEIRA CÂMARA CRIMINAL, Julgado
em 16/12/2015, Publicado no DJE 21/01/2016)
61. Sobre os crimes contra a Administração Pública,
assinale a alternativa correta.
(A) A utilização dos serviços custeados pelo erá-
rio por funcionário público no seu interesse
particular é conduta típica de peculato (art.
312 do Código Penal) em razão do princípio
da taxatividade (art. 5º, XXXIX, da Constitui-
Agente da Fiscalização
 ção da República).
(B) O tipo penal de peculato mediante erro de ou-
trem (art. 313 do CP) não exige que o dinheiro
tenha sido recebido por erro de outrem.
(C) O verbete "documento", por certo, não está
restrito à ideia de escrito, como em tempos
passados. Fitas cassetes, que contenham
gravações oriundas de monitoramento tele-
fônico em investigação criminal, se enqua-
dram na concepção de "documento" para fins
da tipificação do crime do art. 314 do Código
Penal (extravio, sonegação ou inutilização de
livro ou documento).
(D) Não haverá a caracterização do delito de con-
cussão quando o agente apenas exigir, para
si ou para outrem, em razão da função pública
que exerça, vantagem indevida.
(E) O crime de excesso de exação resta caracte-
rizado somente quando o agente, dolosamen-
te, pratica ato comissivo de exigir ou empre-
gar cobrança vexatória.
Letra c.
STJ – HABEAS CORPUS HC 65499 SP
2006/0190063-8 (STJ)
Data de publicação: 28/04/2008
Ementa: HABEAS CORPUS. PENAL E PRO-
CESSO PENAL. "OPERAÇÃO ANACONDA". JUIZ
FEDERAL. CONDENAÇÃO. ART. 350, PARÁ-
GRAFO ÚNICO , INCISO IV (ABUSO DE PODER),
E ART. 314 (EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTI-
LIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO), AMBOS
DO CÓDIGO PENAL. ATIPICIDADE PENAL NÃO
CONFIGURADA. REEXAME DO MATERIAL
FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. (...) 3.
O verbete "documento", por certo, não está restrito
à idéia de escrito, como em tempos passados. Fitas
cassetes, que continham gravações oriundas de
monitoramento telefônico em investigação criminal,
se enquadram na concepção de "documento"para
fins da tipificação do crime do art. 314 do Código
Penal . Ausência de ofensa ao princípio da reserva
legal. 4. Ordem denegada.
62. Assinale a alternativa incorreta.
(A) Comete o crime de violação de sigilo funcional
ex-policial civil que dá permissão e facilita o
acesso, com o uso de dados pessoais no Sis-
tema de Consultas Integradas da Secretaria de
Segurança Pública do Estado do Rio Grande
do Sul, efetivadas por pessoas não habilitadas.
(B) Não se configura o crime de resistência se a
ordem supostamente descumprida carece de
legalidade ou é emanada de autoridade mate-
rialmente incompetente.
40
(C) Não há desacato quando se verifica ausência
de dolo específico em desprestigiar a função
pública na execução de ato de privação de li-
berdade ou de condução pessoal do autor do
fato, máxime se a ofensa irrogada não tem
potencialidade de ofender o bem jurídico tu-
telado, que é o prestígio das funções estatais.
(D) Não é possível comprovar o crime de corrup-
ção ativa apenas por meio das palavras dos
policiais militares envolvidos na ocorrência,
notadamente por consistir no único meio de
prova disponível, mas desde que não enfrente
dúvida razoável.
(E) O crime de denunciação caluniosa (art. 339
do CP) exige, para sua configuração, que o
agente tenha dolo direto de imputar a outrem,
que efetivamente sabe ser inocente, a prática
de fato definido como crime, não se adequan-
do ao tipo penal a conduta daquele que viven-
cia uma situação conflituosa e reporta-se à
autoridade competente para dar o seu relato
sobre os acontecimentos.
Letra d.
TJ-RS – Apelação Crime ACR 70057123135 RS
(TJ-RS)
Data de publicação: 23/05/2014
Ementa: APELAÇÃO-CRIME. CORRUPÇÃO
ATIVA. ART. 333 , CAPUT, DO CP . AUTORIA E
MATERIALIDADE. É possível comprovar o crime de
corrupção ativa apenas por meio das palavras dos
policiais militares envolvidos na ocorrência, notada-
mente por consistir no único meio de prova dispo-
nível, mas desde que não enfrente dúvida razoável.
Caso dos autos em que os relatos são uníssonos
a respeito da prática delitiva, bem como incontro-
verso que o réu portava o valor oferecido quando da
abordagem. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação
Crime Nº 70057123135, Quarta Câmara Criminal,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rogerio Gesta
Leal, Julgado em 15/05/2014)
CONTABILIDADE GERAL
63. Com relação aos conceitos básicos da Contabili-
dade Geral, relacione os tópicos a seguir.
1. Objeto de estudo

(  ) Escrituração
2. Campo de aplicação

(  ) Fornecedor
3. Função econômica

(  ) Entidade
4. Usuário Externo

(  ) Resultado
5. Técnica Contábil

(  ) Patrimônio
Assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta, de cima para baixo.
(A) 1 3 2 4 5
(B) 3 4 1 5 2
Agente da Fiscalização
 (C) 2 1 4 5 3
(D) 5 4 2 3 1
(E) 1 2 4 3 5
Letra d.
Questão sobre os conceitos básicos da contabilidade
como ciência social.
64. Quanto à natureza das contas e o mecanismo de
partidas dobradas, é correto afirmar:
(A) as contas do ativo aumentam por crédito e re-
presentam aplicações de recursos em bens e
direitos.
(B) as contas do patrimônio líquido têm natureza
devedora, pois a empresa deve para os só-
cios, por exemplo: a conta capital social.
(C) o ativo é uma aplicação de recurso e tem na-
tureza credora. Assim, quando a empresa pa-
gar uma conta, irá creditar a conta banco.
(D) as contas do passivo são de natureza credo-
ra, pois os terceiros têm um crédito na em-
presa. Na compra de mercadorias a prazo, a
conta fornecedores será creditada.
(E) as aplicações de recursos geram uma conta
de natureza credora no patrimônio e são re-
presentadas pelo ativo e despesas.
Letra d.
O passivo representa uma obrigação da empresa,
tem natureza credora, aumenta seu saldo por meio
de crédito e diminui por meio de débito. Representa
um débito (uma obrigação) da empresa junto aos
fornecedores.
65. Considerando a composição patrimonial e a apu-
ração do resultado do exercício, analise as sen-
tenças a seguir.
I – Ativos são todos os bens e direitos, que podem
ser de propriedade da entidade, mensuráveis
monetariamente, que representam benefícios
presentes ou benefícios futuros para a empresa.
II – Contas a receber, duplicatas a receber, esto-
ques, veículos e títulos de créditos são tipos de
ativos circulantes.
III – O passivo exigível evidencia toda a obrigação
(dívida) que a entidade tem com terceiros. São
tipos de passivos: contas a pagar, fornecedo-
res de matéria-prima (a prazo), impostos a pa-
gar e despesas com salários e aluguel.
IV – Toda receita afeta positivamente a situação lí-
quida, contudo nem toda variação na SL é uma
receita, por exemplo: a entrada de novos só-
cios na empresa.
Assinale a alternativa correta:
(A) Todas as sentenças estão incorretas.
(B) Apenas as sentenças I, II e III estão corretas.
(C) Apenas as sentenças I e IV estão corretas.
(D) Apenas as sentenças I e II estão corretas.
41
(E) Apenas a sentença II está correta.
Letra c.
No item II, o erro é que o veículo é ativo não
circulante.
No item III, o erro é que despesas com salários e
aluguel são despesas, e não passivos.
66. De acordo com a legislação contábil, o conjunto
completo das Demonstrações Contábeis é com-
posto por:
(A) Balanço Patrimonial, Demonstração do Re-
sultado, Demonstração do Resultado Abran-
gente, Demonstração das Mutações do Pa-
trimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de
Caixa, Demonstração do Valor Adicionado e
Notas Explicativas.
(B) Relatório da Administração, Balanço Patrimo-
nial, Demonstração do Resultado, Demons-
tração do Resultado Abrangente, Demons-
tração das Mutações do Patrimônio Líquido,
Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demons-
tração do Valor Adicionado e Notas Explicati-
vas.
(C) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resul-
tado, Demonstração do Resultado Abrangen-
te, Demonstração das Mutações do Patrimô-
nio Líquido, Demonstração do Fluxo de Caixa
Indireto, Demonstração do Valor Adicionado e
Notas Explicativas.
(D) Balanço Patrimonial, Demonstração do Re-
sultado, Demonstração do Resultado Abran-
gente, Demonstração das Mutações do Pa-
trimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de
Caixa, Demonstração do Valor Adicionado,
Notas Explicativas, Parecer da Auditoria.
(E) Balanço Patrimonial, Demonstração do Re-
sultado, Demonstração do Resultado Abran-
gente, Demonstração das Mutações do Pa-
trimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de
Caixa, Demonstração do Valor Adicionado,
Notas Explicativas e Parecer do Conselho
Fiscal.
Letra a.
De acordo com as normas do CPC/CFC, o conjunto
completo das demonstrações é composto por:
Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado,
Demonstração do Resultado Abrangente,
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido,
Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstração
do Valor Adicionado que serão complementadas
pelas notas explicativas.
67. Uma empresa lançou R$ 100.000.000,00 em
ações no mercado primário, conseguiu vendê-las
Agente da Fiscalização
 por R$ 120.000.000,00. O excedente entre o pre-
ço de subscrição e o valor nominal das ações que
os acionistas pagaram à Companhia deve ser re-
gistrado em conta de:
(A) reserva de capital.
(B) capital social.
(C) capital subscrito.
(D) ajustes de avaliação patrimonial.
(E) receita de capital.
Letra a.
O ágio na emissão de ações é registrado como
reserva de capital. Não é receita, pois trata-se da
venda de um título patrimonial.
68. A análise de balanços ou análise das demons-
trações financeiras é baseada na relação entre
valores expostos no balanço patrimonial e/ou na
demonstração do resultado do exercício, princi-
palmente. A relação entre o valor do ativo circu-
lante, menos o estoque, e o passivo circulante é
chamada de:
(A) participação do capital de terceiros.
(B) composição do endividamento de curto prazo.
(C) liquidez corrente.
(D) liquidez imediata.
(E) liquidez seca.
Letra e.
A liquidez seca é representada pela equação:
LS = AC (-) estoque/PC
CONTABILIDADE PÚBLICA
69. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o
ramo da ciência contábil que se destina, no pro-
cesso gerador de informações, ao controle pa-
trimonial de entidades do setor público. Sobre a
CASP, marque a assertiva correta.
(A) O objetivo da contabilidade é o patrimônio
público.
(B) São considerados usuários primários das in-
formações geradas pela CASP os poderes
legislativos e os tribunais de contas.
(C) O campo de aplicação da CASP se estende
pelas entidades públicas, com exceção das
estatais independentes, que podem de forma
facultativa aplicar as normas.
(D) A contabilidade pública é uma ciência social
que tem como objetivo atender à sociedade,
por meio da prestação de serviços.
(E) O patrimônio público é o conjunto de direitos
e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou
não, adquiridos, formados, produzidos, rece-
bidos, mantidos ou utilizados pelas entidades
do setor público e suas despesas.
42
Letra c.
Segundo o MCASP 7ª edição, o campo de aplicação
da CASP abrange todas as entidades do setor
público, considerando-se o seguinte escopo:
a) obrigatoriamente, as entidades governamentais
que estejam incluídas nos orçamentos fiscal e de
seguridade social.
b) facultativamente, as demais entidades do setor
público, que estejam incluídas no orçamento
de investimento, e as que necessitam de
procedimentos suficientes para sua prestação
de contas e instrumentalização do controle social
(estatais não dependentes, conselhos profissionais
e o sistema “S”).
70. O secretário estadual da Educação do Estado de
SP, em dezembro de 2017, autorizou a abertura
do procedimento de compras de 1.000 carteiras
escolares para a Escola Estadual Claudio Zorzo,
o valor estimado é de R$ 1.500.000,00.
Sob o aspecto patrimonial, quando do recebi-
mento das carteiras escolares, a Secretaria da
Educação deverá:
(A) dar a liquidação da despesa orçamentária.
(B) registrar um ativo não circulante imobilizado.
(C) emitir nota de empenho por liquidação.
(D) registrar uma variação patrimonial diminutiva.
(E) efetivar o pagamento por meio de crédito em
conta-corrente do fornecedor.
Letra b.
Sob o aspecto patrimonial, o fato deve ser registrado
quando da sua realização. Assim, ao receber as
carteiras, o órgão deve reconhecer a entrada de um
imobilizado.
71. Plano de contas é a estrutura básica da escritu-
ração contábil, formada por uma relação padroni-
zada de contas contábeis, que permite o registro
contábil dos atos e fatos praticados pela entidade
de maneira padronizada e sistematizada, bem
como a elaboração de relatórios gerenciais e
demonstrações contábeis de acordo com as ne-
cessidades de informações dos usuários. Sobre
o PCASP, é incorreto afirmar:
(A) as contas de natureza patrimoniais são repre-
sentadas pelas classes 1, 2, 3 e 4.
(B) as contas de controle são de classes 7 e 8.
(C) as contas orçamentárias são de classe 5 e 6.
(D) um lançamento contábil pode ser efetuado uti-
lizando contas de classes 1, 2, 3 e 4.
(E) as contas de natureza patrimonial registram,
processam e evidenciam os atos e fatos finan-
ceiros e não financeiros relacionados com as
variações qualitativas e quantitativas do patri-
mônio público.
Agente da Fiscalização

Letra e.
As contas de natureza patrimonial registram
somente os FATOS financeiros e não financeiros;
os atos potenciais são registrados por meio das
contas de natureza de controle.
72. Uma instituição pública, na execução do orça-
mento, registrou o empenho de uma prestação
de serviço. Depois de um tempo, o fornecedor
efetuou o serviço e apresentou a referida nota
fiscal para fins de recebimento. De acordo com
o MCASP, considerando as etapas da despesa
orçamentária, o fato deverá ser registrado como:
(A) despesa liquidada cujo fato gerador não ocor-
reu.
(B) despesa paga para a qual já ocorreu o fato
gerador.
(C) despesa empenhada para a qual não ocorreu
o fato gerador.
(D) despesa liquidada cujo fato gerador já ocorreu.
(E) despesa empenhada para a qual já ocorreu o
fato gerador.
Letra e.
A situação em que já houve o empenho e a prestação
do serviço pelo fornecedor, mas na qual ainda não
houve a efetiva liquidação pela entidade, é descrita
como: “despesa empenhada em liquidação”, pois
já ocorreu o fato gerador e falta somente o ateste
do serviço. Assim, neste caso temos uma despesa
empenhada para a qual já ocorreu o fato gerador.
73. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP)
tem como objetivo fornecer aos seus usuários
informações sobre os resultados alcançados e
outros dados de natureza orçamentária, econô-
mica, patrimonial e financeira das entidades do
setor público, em apoio ao processo de tomada
de decisão, à adequada prestação de contas, à
transparência da gestão fiscal e à instrumentali-
zação do controle social. Sobre as demonstra-
ções contábeis previstas na Lei n. 4.320/1964 e
no MCASP, podemos afirmar que:
(A) é no balanço patrimonial que se apura o resul-
tado patrimonial do exercício.
(B) uma prefeitura, no exercício de 2017, obteve
um excesso de arrecadação. De acordo com
as demonstrações contábeis aplicadas ao se-
tor público, o excesso de arrecadação das re-
ceitas será evidenciado no Balanço Financeiro.
(C) o Balanço Orçamentário é a demonstração
contábil em que se confrontam num dado mo-
mento as receitas e despesas orçamentárias,
bem como os recebimentos e os pagamentos
de natureza extraorçamentária, conjugados
com os saldos em caixa provenientes do exer-
cício anterior e os que se transferem para o
43
exercício seguinte.
(D) o Balanço Orçamentário evidencia as receitas
e as despesas orçamentárias, detalhadas em
níveis relevantes de análise, confrontando o
orçamento inicial e as suas alterações com
a execução, demonstrando o resultado orça-
mentário.
(E) a Demonstração das Variações Patrimoniais
(DVP) evidenciará as alterações qualitativas
verificadas no patrimônio, resultantes ou inde-
pendentes da execução orçamentária, e indi-
cará o resultado patrimonial do exercício.
Letra c.
A essência do Balanço Orçamentário é confrontar o
planejamento com a execução do orçamento para
apresentar se houve um superávit ou um déficit
orçamentário.
O resultado patrimonial é apresentado na DVP. É o
balanço financeiro que confronta os recebimentos
e pagamentos. A DVP evidencia as variações
quantitativas.
74. Em sentido amplo, receitas públicas são ingres-
sos de recursos financeiros nos cofres públicos,
que se dividem em ingressos extraorçamentá-
rios, quando representam apenas entradas com-
pensatórias, e receitas orçamentárias, quando
representam disponibilidades de recursos finan-
ceiros para o erário. Com base na classificação
da receita pública por fonte, indique a única op-
ção que é incluída nas receitas correntes.
(A) Receita patrimonial.
(B) Antecipação de receita orçamentária.
(C) Recebimento de empréstimos concedidos.
(D) Receita com cauções e garantias.
(E) Receita com alienação de bens.
Letra a.
A receita patrimonial é a única receita corrente.
Recebimento de empréstimos concedidos e receita
com alienação de bens são receitas de capital, sendo
antecipação de receita orçamentária e receita com
cauções e garantias receitas extraorçamentárias.
AUDITORIA E PRESTAÇÃO DE CONTAS
75. Com relação às auditorias interna e externa, ana-
lise as afirmativas a seguir.
I – A auditoria interna tem por finalidade agregar
valor ao resultado da organização, apresentan-
do subsídios para o aperfeiçoamento dos pro-
cessos e da gestão e assumindo a responsa-
bilidade pela implantação e pelo cumprimento
dos controles internos.
Agente da Fiscalização
 II – Os objetivos da função de auditoria interna são
determinados pela administração e, quando
aplicável, pelos responsáveis pela governan-
ça. Embora os objetivos da função de auditoria
interna e do auditor externo sejam diferentes,
os meios utilizados pela auditoria interna e pelo
auditor independente para alcançar seus obje-
tivos podem ser semelhantes.
III – Enquanto o auditor interno emite relatório que
se destina quase sempre aos gestores da em-
presa, os relatórios da auditoria externa e inde-
pendente têm como principais usuários o pú-
blico externo ao cliente, tais como acionistas,
investidores no mercado de capitais e credo-
res, contendo parecer classificado em: regular,
regular com ressalva, adverso ou com absten-
ção de opinião.
Assinale:
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem cor-
retas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem
corretas.
(E) se somente a afirmativa I estiver correta.
Letra b.
A única alternativa correta é a afirmativa II.
Na afirmativa I, o auditor interno não assume
responsabilidade pela implantação e pelo
cumprimento dos controles internos. Na afirmativa
III, o parecer do auditor é classificado em: sem
ressalva, com ressalva, adverso ou com abstenção
de opinião.
76. Com relação aos procedimentos de auditoria, as-
sinale a alternativa correta.
(A) A indagação ao pessoal da entidade e a apli-
cação de procedimentos analíticos são utiliza-
dos praticamente em todas as áreas ou contas
das demonstrações contábeis, apresentando,
por si só, evidência apropriada e suficiente.
(B) A inspeção e a confirmação externa represen-
tam a maior fonte de evidências externas de
auditoria.
(C) A observação compreende o exame físico de
documentos, registros ou mesmo de ativos e
serve para comprovar a existência de autori-
zação de uma transação de compra e venda,
bem como a existência de um ativo tangível.
(D) Procedimentos analíticos são avaliações por
meio de análise das relações plausíveis entre
dados financeiros e não financeiros e com-
preendem a investigação de flutuações ou
relações identificadas que são inconsistentes
com outras informações relevantes.
(E) Confirmação externa é a evidência de audi-
toria obtida diretamente pelo auditor como
resposta, por escrito, de um terceiro, devendo
44
ser em papel (carta-resposta), não se admitin-
do o uso de e-mail.
Letra d.
De acordo com a NBC TA 500, os procedimentos
analíticos são avaliações por meio de análise
das relações plausíveis entre dados financeiros e
não financeiros e compreendem a investigação
de flutuações ou relações identificadas que são
inconsistentes com outras informações relevantes.
77. Diante de incertezas relacionadas a contingên-
cias e mudanças na legislação que afetem de for-
ma significativa a entidade, adequadamente di-
vulgadas, o auditor deve emitir relatório contendo
(A) opinião não modificada, com seção separada
relacionada à continuidade operacional.
(B) com ressalva.
(C) adversa.
(D) opinião sem ressalva, com acréscimo de pa-
rágrafo de ênfase.
(E) relatório com abstenção de opinião.
Letra d.
Segundo Gonçalo Longo, os exemplos mais comuns
de parágrafos de ênfase estão relacionados com os
seguintes assuntos adequadamente divulgados:
a) incertezas (contingências e problemas de
continuidade); aplicação antecipada de uma
prática contábil; transações relevantes com partes
relacionadas; mudanças extremamente relevantes
na legislação que afetem de forma significativa a
entidade e grande catástrofe que teve e continua a
ter efeito relevante.
78. Com relação ao julgamento de contas públicas
pelo controle externo e à Lei Orgânica do TCE/
SP, é correto afirmar que
(A) caso o responsável com contas julgadas re-
gulares com ressalva venha a falecer, o TCE/
SP ficará impossibilitado de determinar a ado-
ção de medidas necessárias à correção das
impropriedades ou faltas identificadas.
(B) quando julgar as contas irregulares, o Tribu-
nal de Contas condenará o responsável ao
recolhimento da dívida atualizada monetaria-
mente, acrescida dos juros devidos, devendo,
ainda, aplicar-lhe multa.
(C) o TCE/SP julgará as contas regulares com
ressalva, quando evidenciarem improprieda-
de ou ato antieconômico e ilegítimo, de que
não resulte dano ao erário.
(D) definitiva é a decisão pela qual o Tribunal de
Contas ordena o trancamento das contas que
forem consideradas iliquidáveis.
(E) os juros de mora a que forem condenados os
responsáveis, bem como a atualização mone-
tária, contar-se-ão sempre da data da mora
Agente da Fiscalização
 ou omissão e, quando representados por
importância mínima em relação ao valor das
contas, os juros de mora poderão ser despre-
zados, a juízo de Conselheiro Julgador Singu-
lar, das Câmaras ou do Tribunal Pleno.
Letra e.
De acordo com o art. 31 da Lei Orgânica do TCE/
SP, os juros de mora a que forem condenados os
responsáveis, bem como a atualização monetária,
contar-se-ão sempre da data da mora ou omissão.
Segundo o parágrafo único do mesmo artigo,
quando representados por importância mínima em
relação ao valor das contas, os juros de mora ou
as diferenças de conta poderão ser desprezados,
a juízo de Conselheiro Julgador Singular, das
Câmaras ou do Tribunal Pleno.
79. O auditor independente provavelmente emitirá
um relatório contendo opinião adversa sobre as
demonstrações contábeis diante da seguinte cir-
cunstância:
(A) chega ao conhecimento do auditor informa-
ção que lança dúvida substancial sobre a ca-
pacidade da entidade de continuar operando.
(B) o diretor executivo impede o acesso do audi-
tor a atas de reuniões do conselho de admi-
nistração.
(C) as demonstrações financeiras não estão de
acordo com os pronunciamentos do CPC a
respeito da capitalização de arrendamentos.
(D) testes de controles indicam que a estrutura de
controle interno da entidade é tão fraca que
não merece confiança.
(E) houve o afastamento dos princípios contá-
beis de forma restrita a um único item das
demonstrações financeiras, a exemplo do re-
gistro como despesa do custo de aquisição de
alguns ativos que deveriam ser capitalizados
e depreciados ao longo de suas vidas úteis.
(B) A instrução disciplina o encaminhamento de
informações e documentos relativos às con-
tas estaduais, mas não alcança as contas
municipais.
(C) Ao tratar do controle interno, a referida norma
prevê como uma de suas funções apoiar o Tri-
bunal de Contas no exercício de sua missão
institucional, mediante a emissão de parecer
prévio conclusivo acerca da regularidade da
tomada de contas dos ordenadores de des-
pesa, recebedores, tesoureiros, pagadores ou
assemelhados.
(D) A norma estabelece que os órgãos e entida-
des estaduais devem encaminhar ao Tribu-
nal de Contas todos os atos de admissão de
pessoal, sem qualquer exceção, para fins de
apreciação da legalidade e registro.
(E) A instrução define que os órgãos e entidades
da administração pública estadual e munici-
pal deverão informar, via Sistema AUDESP,
os dados relativos a todos os contratos e atos
jurídicos análogos que celebrarem, exceto os
de permissão de serviços públicos e de parce-
rias público-privadas.
Letra a.
As Instruções 02/2016 do TCE/SP tratam no Livro
VI dos repasses públicos estaduais e municipais,
excluindo os do município de São Paulo, por
possuir tribunal de contas próprio, tanto ao primeiro
setor (entidades públicas) quanto ao terceiro setor
(entidades privadas sem fins lucrativos).

Letra c.
O auditor independente provavelmente emitirá
um relatório contendo opinião adversa sobre as
demonstrações contábeis diante de demonstrações
financeiras que não estejam de acordo com
os pronunciamentos do CPC a respeito da
capitalização de arrendamentos. Nesse caso, as
distorções serão relevantes e de efeito generalizado
nas demonstrações.

80. Quanto às Instruções 02, de 2016, do Tribunal

de Contas do Estado de São Paulo, assinale a
opção correta.
(A) A instrução trata dos repasses de recursos
públicos estaduais e municipais, excluindo os
do município de São Paulo, tanto ao primeiro
setor quanto ao terceiro setor.
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Agente da Fiscalização