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Que eu creia em TI

(Myrthes Mathias)

“Ainda que a figueira não floresça,


Não haja fruto nas vides;
Ainda que falhe o produto da oliveira,
E os campos não produzam mantimento;
Ainda que o rebanho seja exterminado da malhada
E nos currais não haja gado”,
Dá-me graça, Senhor, de crer em Ti.
Ainda que eu veja crianças deformadas,
Jovens revoltados,
Desgraçados sufocando no álcool
A miséria que os sufoca,
Dá-me a graça, Senhor, de crer em Ti.
Ainda que eu veja tua obra- prima degradada;
ainda que me ensurdeça o grito de milhões oprimidos;
ainda que o poeta repita que
“Debalde morreste sobre um monte”;
ainda que eu clame e não me respondas;
que eu fale de poder e tombe de fraqueza;
que proclame a Tua gloria e me arraste no pó,
dá-me graça, Senhor, de crer em Ti.
Ainda que te veja nos braços de outra cruz,
dá-me a fé do criminoso que expirou ao Teu lado,
que, Te vendo supostamente derrotado,
orou como te peço agora:
“Lembra-te de mim”.
Se é que, por multiplicar-se a iniquidade,
de muitos o amor se esfriará aqui;
se e que vivendo virei a negar-te,
Toma-me a vida,
mas dá-me a graça de morrer
Acreditando em Ti

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