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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Ciências

Departamento de Química

Curso de Licenciatura em Química Industrial

Disciplina: Geoquímica

Tema: Geoquímica dos Elementos Radioactivos

Discente: Agostinho Manuel Magimba

Docente: Prof. Doutor Amadeu dos Muchangos

Setembro de 2018
Geoquímica dos Elementos Radioactivos

Índice
I. Introdução .........................................................................................................................2

1.1. Objectivos....................................................................................................................2

1.1.1. Geral .....................................................................................................................2

1.1.2. Específicos............................................................................................................2

II. Desenvolvimento ..............................................................................................................3

2.1. Radioactividade..........................................................................................................3

2.1.1. Radiação alfa ou partícula alfa ...........................................................................3

2.1.2. Radiação beta ou partícula beta .........................................................................3

2.1.3. Radiação gama ....................................................................................................4

2.2. Elementos radioactivos naturais (radioelementos) .................................................4

2.2.1. Geoquímica do Urânio .......................................................................................5

2.2.2. Geoquímica do Tório ..........................................................................................7

2.2.1. Geoquímica do Ptássio ..................................................................................... 10

2.3. Distribuição dos Radioelementos nos Solos .......................................................... 11

2.4. Aplicações de Elementos Radioactivos à Geoquímica .......................................... 12

2.4.1. Datações isotópicas (Geocronologia)............................................................... 12

2.4.3. Perilagens geofísicas ......................................................................................... 13

III. Conclusão ..................................................................................................................... 15

IV. Referências bibliográficas ........................................................................................... 16

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Geoquímica dos Elementos Radioactivos

I. Introdução
A Geoquímica é uma ciência que antigamente era considerada responsável pelo estudo

das características químicas da Terra, e tinha como objectivos descrever a distribuição

dos elementos e seus isótopos na atmosfera, hidrosfera, crusta, manto e núcleo.

Actualmente, a Geoquímica é definida como a ciência que busca a identificação e a

descrição de ciclos que conduzem a ascensão de elementos químicos imersos no interior

da Terra até a superfície da Terra e o estabelecimento dos balanços de transferência de

matéria (Dutra, 2002).

Desde a descoberta da radioactividade em 1896, por A. H. Becquerel, ela tem sido

aplicada em diversas áreas do conhecimento. Nas Geociências, a radioactividade é uma

ferramenta fundamental nos métodos de datação de rochas, permitindo a obtenção de

informações sobre a evolução da crosta continental no tempo geológico, processos

dinâmicos que ocorrem no manto terrestre e sobre a dinâmica de elementos químicos

nos processos superficiais (Patrício, Silva, & Filho, 2012).

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

- Fazer uma revisão bibliográfica sobre a geoquímica dos elementos radioactivos.

1.1.2. Específicos

- Descrever a geoquímica dos elementos radioactivos naturais;

- Comparar a ocorrência dos elementos radioactivos naturais na crosta terrestre.

- Indicar a importância e aplicação da radioactividade dos elementos na

geoquímica;

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II. Desenvolvimento

2.1. Radioactividade
A radioactividade é um processo no qual um núcleo instável de um elemento químico,

geralmente de alto número atómico, emite espontaneamente partículas e/ou radiação

electromagnética para atingir estabilidade nuclear. Após essa emissão, o núcleo sofre

alteração, a qual é denominada transmutação ou decaimento de um elemento químico

em outro. As partículas emitidas podem ser átomos de hélio duplamente ionizados

(partículas alfa), electrões (partículas beta) ou positrões. A maioria dos átomos emite

apenas um tipo de partícula, embora seja possível a emissão de mais de um tipo de

partícula (Faure, 1986 citado por Duarte, 2002).

2.1.1. Radiação alfa ou partícula alfa

Um dos processos de estabilização de um núcleo com excesso de energia é o da emissão

de um grupo de partículas positivas, constituídas por dois protões e dois neutrões, e da

energia a elas associada. São as radiações alfa ou partículas alfa, núcleos de hélio (He),

um gás chamado nobre por não reagir quimicamente com os demais elementos.

Exemplo:

2.1.2. Radiação beta ou partícula beta

Outra forma de estabilização, quando existe no núcleo um excesso de neutrões em

relação a protões, é através da emissão de uma partícula negativa, um electrão,

resultante da conversão de um neutrão em um protão. É a partícula beta negativa ou,

simplesmente, partícula beta. No caso de existir excesso de cargas positivas (protões), é

emitida uma partícula beta positiva, chamada positrão, resultante da conversão de um

protão em um neutrão.

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Portanto, a radiação beta é constituída de partículas emitidas por um núcleo, quando da

transformação de neutrões em protões (partículas beta) ou de protões em neutrões

(positrões).

Exemplo:

2.1.3. Radiação gama

Geralmente, após a emissão de uma partícula alfa ou beta, o núcleo resultante desse

processo, ainda com excesso de energia, procura estabilizar-se, emitindo esse excesso

em forma de onda electromagnética, da mesma natureza da luz, denominada radiação


gama.

Exemplo:
( emissor) (instável)

(intável) (estável)

2.2. Elementos radioactivos naturais (radioelementos)


Na natureza existem elementos radioactivos que realizam transmutações ou

desintegrações sucessivas, até que o núcleo atinja uma configuração estável. No estudo

da radioactividade, constatou-se que existem apenas 3 séries ou famílias radioactivas


naturais, conhecidas como (Duarte, 2002):

ü Série do Urânio

ü Série do Actínio

ü Série do Tório.

A Série do Actínio, na realidade, inicia-se com o urânio-235 e tem esse nome, porque se

pensava que ela começava pelo actínio-227. As três séries naturais terminam em

isótopos estáveis do chumbo.

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2.2.1. Geoquímica do Urânio

Segundo Dickson & Scott, 1997 (citados por Cardoso et al., 2009), na crosta terrestre, o

urânio apresenta aproximadamente 3 ppm de abundância média. Sua química é

dominada por dois estados de valência, U4+ e U6+. Na forma mais reduzida, o U4+,

geralmente está contido em minerais insolúveis. Contrariamente, a forma oxidada, o

U6+, complexa-se com aniões como os carbonatos, sulfatos e fosfatos para formar

algumas espécies solúveis.

O urânio natural compreende três isótopos: 238


U, 235
U e234U. Quando em equilíbrio

radioactivo, esses isótopos correspondem, respectivamente a, 99,28%, 0,72% e 0,0054%

da abundância do elemento. Os isótopos 238U e 235


U dão origem às séries de decaimento

do urânio e do actínio, respectivamente, onde seus descendentes apresentam meias

vidas que variam de fracções de segundo a milhares de anos. As duas séries de

decaimento finalizam no elemento estável chumbo, sendo que o 235


U, após 11

desintegrações (7 do tipo α e 4 do tipo β-) origina o 207


Pb, e que o 238
U, após 14

desintegrações (8 do tipo α e 6 do tipo β-) origina o 206Pb. O 234U, citado como um dostrês

isótopos naturais de urânio é um nuclídeo radiogénico, pertencente à cadeia do 238U

(Bonotto, 1986 citado por Duarte, 2002)).

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Figure 1: Série de desintegração do Urânio.

2.2.1.1. Ocorrência do Urânio nas rochas

O urânio não ocorre naturalmente como um elemento nativo, pois ao reagir com a água

forma um óxido ou hidróxido (Nashet al., 1981). O principal composto primário de

urânio é o dióxido, UO2. O UO2 contém pequenas quantidades de rádio, tório, polónio,

chumbo e hélio. Por isso, a sua presença nas rochas ocorre como: óxidos, uraninita e

uranotorita; principalmente em minerais como a monazita, o xenotímeo e o zircão.

Oxidação incipiente e perda de urânio por decomposição radioactivapodem aumentar a

relação oxigénio-urânio, de modo que raramente a uraninita e a pechblenda tem

precisamente a composição UO2, que se aproxima de U3O8 (Krauskopf, 1972).

Em virtude da solubilidade dos minerais de urânio, esse elemento pode ser

transportado por água superficial ou subterrânea até ambientes redutores, onde se

precipita na forma de pechblenda ou coffinita (USiO4.nH2O) (Krauskopf, 1972).

A Tabela abaixo apresenta as concentrações médias de urânio para alguns tipos de

rochas ígneas, sedimentares e metamórficas.

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Table1: Concentrações médias de urânio nos principais tipos de rochasígneas, sedimentares e metamórficas.

TIPOS DE ROCHAS

Ígneas Sedimentares Metamórficas

Rocha U(ppm) Rocha U(ppm) Rocha U(ppm)

Intrusivas alcalinas 9,82 Fosfáticas 50-300 Cordierita gnaisse 5,8

Extrusivas silicáticas 5,0 Bauxita 11,4 Granulito 4,9

Graníticas 4,19 Bentonita 5,0 Paragnaisse 4,5

Gabróides 0,84 Folhelhos 3,25 Ortognaisse 3,6

Basálticas 0,43 Areias 3,0 Anfibolito 3,5

Eclogitos 0,20 Lamas argilosas 2,7 Rochas máficas 3,2

Ultramáficas 0,022 Grauvacas 2,1 Xisto 2,5

Argilas pelágicas 2,0 Gnaisse 2,2

Arenitos 1,48 Filito 1,9

Mármore 0,17

Fonte:

2.2.2. Geoquímica do Tório

A concentração média do tório na crosta é aproximadamente de 12 ppm, constituindo-

se o segundo elemento da série dos actnídeos. Apesar de apresentar dois estados de

oxidação, Th3+ e Th4+, geoquimicamente, este último estado de valência é de grande

importância, uma vez que o primeiro é raro na natureza e instável em ambiente aquoso

(Boyle, 1982). A solubilidade de complexos de tório é geralmente baixa, excepto em

soluções ácidas, de acordo com Langmuir& Herman (1980 apudDickson& Scott 1997).

Entretanto, compostos orgânicos, como os ácidos húmicos, podem aumentar a

solubilidade do Th em condições de pH neutro (Chopin 1988 apudDickson& Scott

1997).

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O tório é um elemento instável, sendo o 232


Th o precursor da série natural de

decaimento que após 12 desintegrações (7 do tipo α e 5 do tipo β-) origina o 208


Pb. Na

mesma série ocorre outro isótopo natural de tório, o 228Th.

Figure 2: Serie da desintegração em série do Tório.

Fonte:

2.2.2.1. Ocorrência do Tório nas rochas

Devido a semelhança química do tório com elementos como o zircónio, halfinio e certos

elementos terras raras, especialmente o cério (Boyle, 1982), os minerais formados por

estes elementos, são passíveis de conter Th através de substituições iónicas. Assim, são

frequentes as seguintes trocas: de Zr por Th, em minerais de zircão; Y, Ce e outros

lantanídeos por Th na maioria de minerais de terras raras; U por Th em certos minerais

de urânio como resultado da similaridade dos raios iónicos.

Segundo Dickson& Scott (1997) o tório pode ocorrer em alanita, monazita, xenotímeo e

zircão, em níveis maiores que 1000 ppm ou em quantidades-traço em outros minerais

constituintes das rochas. Os principais minerais que contém Th (monazita e zircão) são

estáveis durante o intemperismo e podem acumular-se em depósitos de minerais

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pesados. O tório liberado durante o intemperismo, pode ser retido em óxidos e

hidróxidos de Fe ou Ti e em argilas. Como o U, o Th pode também ser

transportadoquando adsorvido em colóides argilosos e óxidos de ferro.

A tabela abaixo mostra a concentração média de Th e razão Th/U para alguns tipos de

rochas ígneas, sedimentares e metamórficas.

Table2: Concentração média de Th e razão Th/U para alguns tipos de rochas ígneas, sedimentares e metamórficas.

TIPOS DE ROCHAS

Ígneas Sedimentares Metamórficas

Rocha Th(ppm) Th/U Rocha Th(ppm) Th/U Rocha Th Th/U

(ppm)

Graníticas 21,50 4,62 Bauxita 48,90 5,10 Ortognaisse 21,80 3,80

Alcalinas 17,10 --- Bentonita 24,00 5,80 Paragnaisse 21,00 4,3

intrusivas

Gabróicas 3,84 4,30 Folhelhos 11,80 4,70 Rochas 13,1 4,75

máficas

Basálticas 1,58 3,08 Areia de 9,50 2,82 Xisto 10,0 3,1

praia
Atlântica

Eclogitos 0,37 2,90 Argilas 7,78 2,56 Filito 7,5 3,0

pelágicas

Arcóseos 5,00 --- Gnaisse 6,40 0,9

lamas 4,80 1,80 Mármore 5,50 2,80

argilosas

Fosfáticas 1-5 <0,1 Anfibolito 5,00 1,40

Grauvaca 2,60 ~2 Cordierita 0,03 0,200

vulcânica gnaisse

Arenitos 1,70 3,80

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2.2.1. Geoquímica do Ptássio

O potássio, com uma proporção de 2,35% na crosta terrestre é um elemento alcalino e

mostra uma química simples.Existem três isótopos naturais de potássio, de números de

massa 39, 40 e 41, cujas abundâncias são 93,1%, 0,01% e 6,9%, respectivamente.

O 40
K é o isótopo radioactivo do potássio de ocorrência natural, constitui cerca de

0,012% do total de potássio presente na natureza. Sua meia vida é de 1,15 x 1010 anos.

Aproximadamente 89% dos átomos de 40


K decaem por emissão de uma partícula β-

paraformar átomos de 40
Ca, enquanto os 11% restantes desintegram-se por captura

electrónica para formar átomos de 40Ar, com emissão de um fotão gama de energia1,46

MeV (Hiodo, 1989apoundDuarte, 2002).

2.2.1.1. Ocorrência do potássio nas rochas

Como exemplo de minerais que possuem o potássio em sua composição podem-se citar

a silvita, a carnalita, o salitre, a polialita, a alunita, a carnotita, a apofilita, a muscovita, a

flogopita, a biotita, a lepidolita, o microclínio, o ortoclásio, a leucita, entre outros.A

principal ocorrência de K em rochas é nos feldspatos potássicos (principalmente no

ortoclásio e no microclínio com ~ 13% de K) e nas micas (biotita e muscovita com

aproximadamente 8% de K).

Entretanto, existe uma relação entre a área fonte, os eventos tectónicos, o relevo e clima

associados à formação destas rochas. Areias formadas nas fases inicial e final de ciclos

tectónicos contém quantidades expressivas de feldspato potássico.

Segundo Fertl (1983 apudDickson& Scott 1997), o potássio está praticamente ausente em

minerais máficos.A Tabela abaixo apresenta a percentagem de potássio para alguns dos

principais tipos de rochas ígneas e sedimentares.

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Table3: percentagem de potássio para alguns dos principais tipos de rochas ígneas e sedimentares(Cardoso,
Sobrinho, Wasserman, & Mazur, 2009).

TIPOS DE ROCHAS

Ígneas Sedimentares

Rocha %K Rocha %K

Traquitos 4,76 Sedimentos argilosos 2,81

Granitos cálcio alcalinos 4,53 Folhelhos 2,45

Fonólitos 4,40 Areia e arenitos 1,48

Alcali granitos 4,26 Calcários 0,31

Riólitos 3,80

Sienitos 3,73

Monzonitos 3,50

Granitos 3,40

Granodioritos 2,50

Andesitos 1,80

Tonalitos 1,50

Dioritos 1,40

Basaltos 1,26

Kimberlitos 0,97

2.3. Distribuição dos Radioelementos nos Solos


De acordo com Boyle (1982) os teores de urânio e tório nos solos são altamentevariáveis.

- Em solos ditos normais, o urânio apresenta valores que variam desde menores

que 1 ppm até 8 ppm, com uma média de 1 ppm.

- Em áreas uraníferas, valores superiores a 50 ppm não são incomuns.

O teor de urânio em solos dependeessencialmente do material que lhes deu origem,

sendo os valores mais altos aqueles desenvolvidos em rochas graníticas, gnáissicas e

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rochas ígneas alcalinas, enquanto os mais baixos são encontrados em rochas ígneas

básicas e rochas carbonáticas.

Já o tório, de acordo com Boyle (1982), apresenta valores de 0,1 a 50 ppm nos solos. A

média é baixa, de aproximadamente 5 ppm. Assim como o urânio, o teor deste

radioelemento nos solos depende essencialmente do tipo de material de origem,

sendoos maiores valores oriundos de rochas graníticas, rochas ígneas alcalinas, xistos

egnaisses, e os mais baixos em rochas ígneas básicas e rochas carbonáticas.

Excepcionalmente, altos teores de tório (200 a 1000 ppm ou mais) podem estar presentes

em certos solos, argilas, lateritas e bauxitas desenvolvidos em rochas alcalinas e

carbonatitos, como também na proximidade de veios de pegmatitos, que contém tório.

2.4. Aplicações de Elementos Radioactivos à Geoquímica


- Datações Isotópicas (Geocronologia)

- Perfilagens Geofísicas:

o gama natural

o gama-gama

- Prospecção Mineral

2.4.1. Datações isotópicas (Geocronologia)

Os estudos de geoquímica isotópica tem como finalidade determinar idades e estudar a

evolução de rochas da crusta terrestre utilizando razões isotópicas de elementos como

Rb-Sr, K-Ar, U-Pb, Sm-Nd, etc. Cada método tem diferentes aplicações e valores

interpretativos. Assim, por vezes, é necessária a aplicação de mais de um método para o

entendimento em conjunto da evolução e idades.

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2.4.2. Método Rubídio- Estrôncio

Na sistemática Rb-Sr, o isótopo radioactivo instável ou nuclídeo pai 87Rb se desintegra

formando o isótopo radiogénico estável ou nuclídeo filho 87Sr*, segundo a equação:


87
Rb →87Sr* + b- + n+Qb-

onde, b- = e-, n= Antineutrino e Q = energia de decaimento.

As razões 87Sr/86Sr iniciais (Ri) e Rb/Sr de uma rocha dão indicações da origem da rocha.

Por exemplo, rochas mantélicas possuem baixa razão inicial 87


Sr/86Sr, com os valores

inferiores a 0.704 e razões Rb/Sr em torno de 0.025. Já as rochas crustais apresentam

altas razões iniciais 87Sr/86Sr, com os valores em rochas graníticas ficando entre 0.704 e

0.710, as razões Rb/Sr em alguns granitos da crusta continental podem chegar a 1.700.

O sistema Rb-Sr vem sendo utilizado com ressalvas como método Geocronológico por

ser uma das mais sensíveis a fraccionamento frente a eventos metamórficos

subsequentes. Este método é também, tradicionalmente aplicado para determinação de

idades absolutas de rochas ígneas, pelo fato das condições de formação destas serem de

alta temperatura.

2.4.3. Perilagens geofísicas

A perfilagem geofísica é um método de investigação indirecta que tem se mostrado

muito eficaz na identificação de anomalias petrofísicas e na caracterização e delimitação

de jazidas minerais. Com o surgimento e desenvolvimento de novas tecnologias e

ferramentas, a perfilagem vem atendendo ao sector mineral com grande versatilidade

de manuseio e aplicação.

· Perfilagem geofísica gama-gama

A perfilagem geofísica gama-gama ou gama retro-espalhada está baseada no fato de a

radiação interagir com a matéria no seu entorno, por isso é muito utilizada para se obter

as densidades dos materiais em subsuperfície.

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· Perfilagem gama-natural

A perfilagem geofísica de gama natural é mais simples que a gama-gama, pois não

possui fonte radioactiva na sonda, apenas se faz a contagem da emissão natural das

rochas. Os detectores que são usados nas sondas são os cintilómetros e os contadores

Geiger-Müller. Um cintilómetro funciona da seguinte forma: um cristal ionizado

produz luz visível, esta luz é detectada por um foto multiplicador que produz um pulso

elétrico com amplitude proporcional à energia da partícula detectada pelo cintilómetro.

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III. Conclusão
Rochas ígneas apresentam variações quanto aos teores de potássio, urânio e tório. O

mais abundante dos três elementos é o potássio o qual é encontrado em feldspatos

alcalinos e micas. Urânio e tório quando presentes em rochas ígneas, estão

principalmente associados a minerais moderadamente radioactivos, ou ocorrem

nosinterstícios de minerais ou inclusões fluidas.

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IV. Referências bibliográficas


Cardoso, G. V., Sobrinho, N. M. B. A., Wasserman, M. A. V, & Mazur, N. (2009).

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Duarte, C. R. (2002). Radioelementos Naturais na Área do Projeto Rio Preto (GO).

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Retrieved from

http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/103029/duarte_cr_dr_rcla.pdf?s
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Dutra, C. V. (2002). A geoquímica analítica em Minas Gerais: de Gorceix ao Geolab: a

contribuição do ITI. Revista Escola de Minas, 55(3), 185–192.

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https://doi.org/10.12957/polemica.2012.3097

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