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Faculdade de Ciências
Departamento de Química
Disciplina: Geoquímica
Setembro de 2018
Geoquímica dos Elementos Radioactivos
Índice
I. Introdução .........................................................................................................................2
1.1. Objectivos....................................................................................................................2
1.1.2. Específicos............................................................................................................2
2.1. Radioactividade..........................................................................................................3
I. Introdução
A Geoquímica é uma ciência que antigamente era considerada responsável pelo estudo
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
geoquímica;
II. Desenvolvimento
2.1. Radioactividade
A radioactividade é um processo no qual um núcleo instável de um elemento químico,
electromagnética para atingir estabilidade nuclear. Após essa emissão, o núcleo sofre
(partículas alfa), electrões (partículas beta) ou positrões. A maioria dos átomos emite
energia a elas associada. São as radiações alfa ou partículas alfa, núcleos de hélio (He),
um gás chamado nobre por não reagir quimicamente com os demais elementos.
Exemplo:
protão em um neutrão.
(positrões).
Exemplo:
Geralmente, após a emissão de uma partícula alfa ou beta, o núcleo resultante desse
processo, ainda com excesso de energia, procura estabilizar-se, emitindo esse excesso
Exemplo:
( emissor) (instável)
(intável) (estável)
desintegrações sucessivas, até que o núcleo atinja uma configuração estável. No estudo
ü Série do Urânio
ü Série do Actínio
ü Série do Tório.
A Série do Actínio, na realidade, inicia-se com o urânio-235 e tem esse nome, porque se
pensava que ela começava pelo actínio-227. As três séries naturais terminam em
Segundo Dickson & Scott, 1997 (citados por Cardoso et al., 2009), na crosta terrestre, o
dominada por dois estados de valência, U4+ e U6+. Na forma mais reduzida, o U4+,
U6+, complexa-se com aniões como os carbonatos, sulfatos e fosfatos para formar
desintegrações (8 do tipo α e 6 do tipo β-) origina o 206Pb. O 234U, citado como um dostrês
O urânio não ocorre naturalmente como um elemento nativo, pois ao reagir com a água
urânio é o dióxido, UO2. O UO2 contém pequenas quantidades de rádio, tório, polónio,
chumbo e hélio. Por isso, a sua presença nas rochas ocorre como: óxidos, uraninita e
Table1: Concentrações médias de urânio nos principais tipos de rochasígneas, sedimentares e metamórficas.
TIPOS DE ROCHAS
Mármore 0,17
Fonte:
importância, uma vez que o primeiro é raro na natureza e instável em ambiente aquoso
soluções ácidas, de acordo com Langmuir& Herman (1980 apudDickson& Scott 1997).
1997).
Fonte:
Devido a semelhança química do tório com elementos como o zircónio, halfinio e certos
elementos terras raras, especialmente o cério (Boyle, 1982), os minerais formados por
estes elementos, são passíveis de conter Th através de substituições iónicas. Assim, são
Segundo Dickson& Scott (1997) o tório pode ocorrer em alanita, monazita, xenotímeo e
constituintes das rochas. Os principais minerais que contém Th (monazita e zircão) são
A tabela abaixo mostra a concentração média de Th e razão Th/U para alguns tipos de
Table2: Concentração média de Th e razão Th/U para alguns tipos de rochas ígneas, sedimentares e metamórficas.
TIPOS DE ROCHAS
(ppm)
intrusivas
máficas
praia
Atlântica
pelágicas
argilosas
vulcânica gnaisse
massa 39, 40 e 41, cujas abundâncias são 93,1%, 0,01% e 6,9%, respectivamente.
O 40
K é o isótopo radioactivo do potássio de ocorrência natural, constitui cerca de
0,012% do total de potássio presente na natureza. Sua meia vida é de 1,15 x 1010 anos.
paraformar átomos de 40
Ca, enquanto os 11% restantes desintegram-se por captura
electrónica para formar átomos de 40Ar, com emissão de um fotão gama de energia1,46
Como exemplo de minerais que possuem o potássio em sua composição podem-se citar
aproximadamente 8% de K).
Entretanto, existe uma relação entre a área fonte, os eventos tectónicos, o relevo e clima
associados à formação destas rochas. Areias formadas nas fases inicial e final de ciclos
Segundo Fertl (1983 apudDickson& Scott 1997), o potássio está praticamente ausente em
minerais máficos.A Tabela abaixo apresenta a percentagem de potássio para alguns dos
Table3: percentagem de potássio para alguns dos principais tipos de rochas ígneas e sedimentares(Cardoso,
Sobrinho, Wasserman, & Mazur, 2009).
TIPOS DE ROCHAS
Ígneas Sedimentares
Rocha %K Rocha %K
Riólitos 3,80
Sienitos 3,73
Monzonitos 3,50
Granitos 3,40
Granodioritos 2,50
Andesitos 1,80
Tonalitos 1,50
Dioritos 1,40
Basaltos 1,26
Kimberlitos 0,97
- Em solos ditos normais, o urânio apresenta valores que variam desde menores
rochas ígneas alcalinas, enquanto os mais baixos são encontrados em rochas ígneas
Já o tório, de acordo com Boyle (1982), apresenta valores de 0,1 a 50 ppm nos solos. A
sendoos maiores valores oriundos de rochas graníticas, rochas ígneas alcalinas, xistos
Excepcionalmente, altos teores de tório (200 a 1000 ppm ou mais) podem estar presentes
- Perfilagens Geofísicas:
o gama natural
o gama-gama
- Prospecção Mineral
Rb-Sr, K-Ar, U-Pb, Sm-Nd, etc. Cada método tem diferentes aplicações e valores
As razões 87Sr/86Sr iniciais (Ri) e Rb/Sr de uma rocha dão indicações da origem da rocha.
altas razões iniciais 87Sr/86Sr, com os valores em rochas graníticas ficando entre 0.704 e
0.710, as razões Rb/Sr em alguns granitos da crusta continental podem chegar a 1.700.
O sistema Rb-Sr vem sendo utilizado com ressalvas como método Geocronológico por
idades absolutas de rochas ígneas, pelo fato das condições de formação destas serem de
alta temperatura.
de manuseio e aplicação.
radiação interagir com a matéria no seu entorno, por isso é muito utilizada para se obter
· Perfilagem gama-natural
A perfilagem geofísica de gama natural é mais simples que a gama-gama, pois não
possui fonte radioactiva na sonda, apenas se faz a contagem da emissão natural das
rochas. Os detectores que são usados nas sondas são os cintilómetros e os contadores
produz luz visível, esta luz é detectada por um foto multiplicador que produz um pulso
III. Conclusão
Rochas ígneas apresentam variações quanto aos teores de potássio, urânio e tório. O
http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/103029/duarte_cr_dr_rcla.pdf?s
equence=1
https://doi.org/10.1590/S0370-44672002000300005
https://doi.org/10.12957/polemica.2012.3097