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PAPO DE VAGINA
Sangrando a terra
Para os povos antigos, a menstruação era muito poderosa para manter a terra
fértil e garantir boas safras, como está registrado nos papiros de Ebers, um dos
tratados médicos mais antigos. Na Grécia Antiga de 6.000 a.C, o sangue da
menstruação era parte central de grandes festas chamadas Tesmofórias.
Mulheres se isolavam de homens durante nove dias em um ritual de purificação,
comendo alho para repelir os indivíduos do gênero oposto. Quando
menstruavam, elas ofertavam o sangue para fertilizar a terra. Era uma espécie de
troca entre duas procriadoras: a mulher e a Mãe Terra. Esta relação entre o
sangue menstrual e a fertilidade influencia algumas tribos até os tempos atuais.
Na Austrália, os homens do povo Yolngu fazem cerimônias que simulam a
menstruação.
Veja também:
Mulher enfeitiçada
Por volta de 200 a.C, no entanto, houve uma mudança de paradigmas. Não se
sabe bem o porquê, mas a mulher menstruada da Grécia Antiga começou a ser
considerada possuída por um espírito maligno. Na época, acreditava-se que, se
trocasse olhares com o reflexo de uma mulher menstruada, você poderia ser
enfeitiçado. Segundo a psicóloga e professora da Faculdade de Medicina do ABC
Maria Regina Domingues de Azevedo, autora de tese sobre os aspectos culturais
da menstruação, a falta de informações pode ter sido a fonte desta crença. “Os
gregos antigos sabiam apenas que a menstruação tinha algo a ver com a
capacidade da mulher engravidar, porém o fato de ela sangrar por vários dias
seguidos e não morrer era um mistério”, diz a especialista. Para eles, apenas algo
maldito poderia explicar a sobrevivência da mulher após a menstruação.
Controle da sexualidade
Na fogueira
De acordo com especialistas, mulheres usadas pelas mulheres para lidar com o
menstruadas chegaram a ir para a fogueira
durante a Idade Média
sangramento. “E ter uma relação com
Imagem: Reprodução
uma mulher menstruada era a pior coisa
do mundo, uma coisa inconcebível.
Tinha essa visão de que a mulher menstruada era demoníaco”, diz Maria Regina.
Mulheres de cada época tiveram seus próprios meios para lidar com o sangue
menstrual. No Egito Antigo, elas usavam papiros como absorventes. Na Roma
Antiga, chumaços de algodão serviam como tampões internos. As toalhinhas
higiênicas foram a opção favorita desde a Idade Média até 1918. Demorou
centenas de anos para descobrirem uma forma eficiente de conviver com o
sangramento, quando enfermeiras francesas da Primeira Guerra Mundial
descobriram que bandagens de algodão eram ótimas para estancá-lo. Foi assim
que a marca norte-americana Kotex criou o primeiro absorvente interno
descartável, em 1930.
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