Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
CONTEÚDOS
Rochas
Pedogênese e horizontes do solo
Tipos de solo
Degradação do solo
Manejo e conservação
Nesse caso, apesar de estar exposto no ambiente, o granito foi formado no interior
da crosta terrestre e, pela ação combinada de agentes internos e externos, que desgastou
o material que o envolvia, ele aflorou à superfície.
Em contrapartida, quando ocorre um derramamento vulcânico e o magma resfria
rapidamente, se solidificando na superfície, têm-se as rochas ígneas extrusivas
(vulcânicas). Nesse caso, não é possível identificar a olho nu os minerais que compõem a
rocha.
O basalto é uma das rochas ígneas extrusivas mais conhecidas.
2) Rochas Sedimentares
As rochas sedimentares se formam a partir do processo de intemperismo de outras
rochas, pela ação dos agentes externos. Esse processo modifica as propriedades físicas e
as características químicas das rochas, provocando a desagregação dessas em materiais
inconsolidados.
Esses materiais são transportados, depositados e sedimentados em outras áreas.
Em milhares de anos, o sedimento sofre litificação, formando as rochas sedimentares, que
costumam ser mais frágeis do que as rochas magmáticas e metamórficas. Algumas delas
acumulam lama, fósseis, matéria orgânica em sua composição. O carvão mineral é um
exemplo de rocha sedimentar de origem orgânica.
Arenito, calcário e varvito são outros exemplos de rochas sedimentares.
Figura 4 – Parque do Varvito, em Itu (SP)
Fonte: G. S. Libardi In: Wikimedia Commons
3) Rochas Metamórficas
As rochas metamórficas são formadas no interior da crosta terrestre, em condições
de temperatura e pressão muito elevadas. Uma rocha magmática, sedimentar ou mesmo
metamórfica, quando expostas a essas condições, sofrem metamorfismo e alteram a
textura, a dureza, a cor e a estrutura química dos minerais que as compõem.
Nas áreas de contato entre as placas, o processo de metamorfismo é ativo,
favorecendo as condições para formação de rochas metamórficas. O granito, quando
transformado, sob ação do metamorfismo, origina o gnaisse, uma rocha metamórfica.
Da mesma forma, o arenito se transforma em quartzito e calcário se transforma em
mármore.
Curiosidade: A rocha que dá origem a uma rocha metamórfica recebe o nome de
“protólito”. Assim, o calcário é o protólito do mármore, bem como o granito é o protólito
do gnaisse.
Figura 5 – Arenito
Fonte: Wikimedia Commons
Estudos indicam que é preciso alguns séculos para que 1 centímetro de solo seja
formado.
Tipos de solo
O solo é um dos principais recursos naturais, pois dele deriva os alimentos que
consumimos.
Ao contrário do que se possa imaginar, os solos brasileiros – localizados quase
todos em regiões tropicais – são bastante frágeis, pois estão em áreas onde o intemperismo
e o uso são intensos e as técnicas de manejo são precárias.
Dica: Para conhecer um pouco mais sobre os solos, assista no Portal EJ@, na seção
Biblioteca Digital do Ensino Médio, ao vídeo:
Aprenda mais sobre Solos
Figura 10 – Voçoroca
Fonte: EMBRAPA
Manejo e conservação
Existe uma série de medidas para se evitar a degradação do solo. Em áreas
agrícolas, inúmeras técnicas foram criadas para se evitar a perda dos nutrientes e da
potencialidade agrícola.
O manejo do solo, ou manejo agrícola, consiste em um conjunto de técnicas de
preparo das culturas e irrigação que visam a conservação do solo e o controle da erosão,
por exemplo, a substituição da irrigação por aspersão pela irrigação por gotejamento.
Além da irrigação por gotejamento, outras práticas agrícolas podem ser empregadas
para se evitar a erosão e a perda do solo. Dentre elas, as mais conhecidas são: plantio
direto, terraceamento, plantio em curva de nível e associação de culturas.
O plantio direto busca diminuir os efeitos que os tratores e arados causam na
compactação e movimentação dos solos. Para isso, deposita-se as sementes sem que se
revolva a terra, diretamente na palha da cultura anterior, sem arar ou gradear o solo.
O terraceamento é uma técnica de conservação do solo e contenção de erosão
hídrica. Consiste em cortar as vertentes e criar terraços nivelados em forma de degraus, de
modo a diminuir o escoamento superficial nelas.
Essa técnica é muito comum no continente asiático e, além de evitar a erosão,
amplia a área agricultável.
O plantio em curva de nível também é uma técnica aplicada nas vertentes para
reduzir a velocidade do escoamento da água. No entanto, nesta, a prática consiste em
preparar o solo e realizar o cultivo de acordo com a altimetria do terreno, seguindo as
curvas de nível.
Figura 13 – Plantio em curva de nível
Fonte: EMBRAPA
A associação de culturas (ou rotação de culturas) é uma técnica que busca amenizar
os efeitos negativos que as plantações de monoculturas causam no solo. A alternância de
culturas busca favorecer o equilíbrio orgânico e evitar a exaustão do solo.
A rotação de culturas, criando fileiras de espécies diferentes (sobretudo, com o
cultivo de espécies leguminosas), pretende quebrar o ciclo de reprodução de algumas
pestes e plantas daninhas, além de evitar o uso intenso e prolongado de um mesmo
herbicida ou pesticida.
ATIVIDADES
1. As rochas podem ser entendidas como “arquivos” que contam a história da Terra e
revelam a natureza da dinâmica da litosfera.
a) Qual o papel dos agentes internos no processo de constituição das rochas ígneas?
A preservação do solo, principalmente em áreas de encostas, pode ser uma solução para
evitar catástrofes em função da intensidade de fluxo hídrico. A prática humana que segue
no caminho contrário a essa solução é a
a) a aração.
b) o terraceamento.
c) o pousio.
d) a drenagem.
e) o desmatamento.
4. (UNICAMP – 2013) Solo é a camada superior da superfície terrestre, onde se fixam as
plantas, que dependem de seu suporte físico, água e nutrientes. Um perfil de solo é
representado na figura abaixo. Sobre o perfil apresentado é correto afirmar que:
Intemperismo
O intemperismo é o processo de transformação e desgaste das rochas e dos solos,
através de processos químicos, físicos e biológicos. Sua dinâmica acontece através da
ação dos chamados agentes exógenos ou externos de transformação de relevo, como a
água, o vento, a temperatura e os seres vivos.
O processo de desagregação das rochas provocado pelo intemperismo provoca o
surgimento de pequenas partículas de rochas, chamadas de sedimentos. São exemplos de
sedimentos as areias da praia, a poeira, entre outros elementos. Eventualmente, sob as
condições físico-químicas necessárias, esses sedimentos vão dar origem às rochas
sedimentares. Esse mesmo processo é o que origina também os solos, que nada mais são
do que um amontoado de sedimentos oriundos da desagregação de rochas.
Existem três tipos de intemperismo: o físico, o químico e o biológico.
Intemperismo físico: consiste na ocorrência de processos que são responsáveis pelas
fragmentações ou fissuras nas rochas, separando minerais antes ordenados de forma
coesa e transformando uma superfície então homogênea em uma rocha descontínua. Os
principais agentes responsáveis pelo intemperismo físico são a água (e seus processos de
evaporação, congelamento etc.), as variações de umidade e temperatura, entre outros.
Intemperismo químico: é caracterizado pelas transformações químicas oriundas das
diferenças de pressão e temperatura das rochas. O ambiente em que as rochas se formam
costuma ser diferente da superfície terrestre. Dessa forma, quando essas formações
rochosas afloram, encontram condições e elementos como água e oxigênio que tornam os
seus minerais quimicamente instáveis. Assim, para se estabilizarem, eles passam por
transformações químicas, alterando assim a sua composição. Pode-se observar, nesses
casos, a modificação dos solos ou das rochas, quando esses mudam as suas aparências
ou sua composição, ficando mais úmidos ou mais secos, por exemplo.
Intemperismo biológico: é o processo de transformação das rochas a partir da ação de
seres vivos, como bactérias ou até mesmo animais. Incluem-se nesse processo as raízes
das árvores, as ações de bactérias, a decomposição de organismos ou excrementos, entre
outros.
PENA, Rodolfo F. Alves. Intemperismo. Mundo Educação.
Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/intemperismo.htm>.
Acesso em: 27 jan. 2016. 10h45min.
INDICAÇÕES
FUNDAÇÃO BRADESCO. Indicações de Vídeo: Aprenda mais sobre Solos. Disponível em:
<http://www.eja.educacao.org.br/bibliotecadigital/indicacoes/videos/Lists/Video/DispForm.
aspx?ID=568&Source=http%3A%2F%2Fwww%2Eeja%2Eeducacao%2Eorg%2Ebr%2Fbi
bliotecadigital%2Findicacoes%2Fvideos%2FLists%2Fvideo%2FCienciasHumanas%2Eas
px%3FPaged%3DTRUE%26p%5FID%3D263%26View%3D%257b15891B74%252dDF02
%252d4FB8%252d9750%252dBF5C9D203072%257d%26PageFirstRow%3D101>.
Acesso em: 27 jan. 2016. 11h50min.
REFERÊNCIAS
ANEKOHO In: SHUTTERSTOCK. Rice fields on terraced of Mu Cang Chai, YenBai, Rice
fields prepare the harvest at Northwest Vietnam.Vietnam landscapes. Disponível em:
<https://www.shutterstock.com/pic-478243228.html>. Acesso em: 14 dez. 11h30min.
1.
a) As rochas são definidas como agregados de minerais que podem ser classificadas de
acordo com o processo de formação. Elas podem ser divididas em três grupos: magmáticas
ou ígneas, sedimentares ou metamórficas.
As primeiras rochas que se consolidaram na crosta, ainda na era pré-cambriana, foram as
rochas magmáticas, quando o magma começou a resfriar e a se solidificar. Como o próprio
nome supõe, essas rochas tiveram origem com o processo de cristalização do magma, pela
ação do movimento de convecção do manto. Quando o magma se solidifica lentamente no
interior da crosta, têm-se as rochas que são classificadas como ígneas intrusivas
(plutônicas), como o granito. Quando ocorre um derramamento vulcânico e o magma resfria
rapidamente e se solidifica na superfície, têm-se as rochas ígneas extrusivas (vulcânicas).
b)
Solo é a camada da rocha que sofreu algum tipo de transformação (desagregação e
decomposição) que alterou seu arranjo original. Portanto, o material de origem dos solos
são as rochas. Ao ficarem exposta às condições físicas, químicas e biológicas diferentes
daquelas que as originaram, as camadas mais superficiais da crosta terrestre sofrem
diferentes modificações nos minerais que compõem as rochas, em um processo conhecido
por intemperismo, que dá origem aos solos.
Os processos de intemperismo provocam a decomposição e a alteração da estrutura das
rochas e proporcionam a formação dos solos, quando expostos à ação de agentes
exógenos. A essas transformações que dão início à formação dos solos, dá-se o nome de
pedogênese.
O intemperismo e a pedogênese atuam sobre as rochas de maneira distinta – uma vez que
elas possuem características de dureza, textura e estrutural mineral diversificada. A
resistência física e química dos minerais que as compõem também influenciam na
velocidade da pedogênese.
2. Alternativa D.
Comentário: Quanto maior a infiltração da água no terreno, maior a reação dessa como a
rocha e, consequentemente, maior ação do intemperismo e da pedogênese. Em
contrapartida, a aceleração do escoamento superficial, especialmente em solos expostos,
favorece a erosão, removendo o solo das encostas.
3. Alternativa E.
Comentário: O desmatamento acelera o processo erosivo, uma vez que remove a cobertura
vegetal que funciona como uma proteção natural do solo. A exposição desse recurso
favorece o escoamento superficial acelerado e a ação dos processos erosivos.
4. Alternativa D.
Comentário: O intemperismo altera a composição da rocha. Os horizontes do solo são
formados ao longo da pedogênese e compõem as camadas desse recurso, desde a rocha
até a superfície, e vão se diferenciando (em textura, quantidade de matéria orgânica e
material rochoso) à medida em que a ação do intemperismo é maior. O horizonte O acumula
material orgânico, o húmus. O horizonte A também acumula material orgânico proveniente
do horizonte O, além de outros componentes alterados. O horizonte B concentra pouca
matéria orgânica e uma grande quantidade de hidróxidos de ferro e alumínio que foram
trazidos do horizonte A pela reação química da água. O horizonte C é o horizonte de
transição entre o solo e a rocha parental.