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BÍBLIOLOGIA
A coleção de escritos considerados pela Igreja cristã como inspirados por Deus. O termo "Bíblia"
é de origem grega e quer dizer "Livrinhos". A Bíblia tem 66 Livros e se divide em duas partes:
ANTIGO TESTAMENTO (39 Livros) e NOVO TESTAMENTO (27 Livros). O AT foi escrito
em HEBRAICO, com exceção de alguns trechos escritos em ARAMAICO. O NT foi escrito em
GREGO.
Diz este versículo algo significativo a respeito da perfeita vontade de Deus para nossas vidas?
Sim! Da próxima vez que alguém lhe disser que gostaria de saber qual é a mensagem central da
Bíblia para sua vida, simplesmente dirija-o ao centro da Palavra de Deus!
Salmo 118:8:
Você Sabia?
O nome "Bíblia" vem do grego "Biblos", nome da casca de um papiro do século XI a.C.. Os
primeiros a usar a palavra "Bíblia" para designar as Escrituras Sagradas foram os discípulos do
Cristo, no século II d.C.; Ao comparar as diferentes cópias do texto da Bíblia entre si e com os
originais disponíveis, menos de 1% do texto apresentou dúvidas ou variações, portanto, 99% do
INSTITUTO TEOLOGICO FORTALEZA DE DAVI
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texto da Bíblia é puro. Vale lembrar que o mesmo método (crítica textual) é usado para avaliar
outros documentos históricos, como a Ilíada de Homero, por exemplo; É o Livro mais vendido
do mundo. Estima-se que foram vendidos 11 milhões de exemplares na versão integral, 12
milhões de Novos Testamentos e ainda 400 milhões de brochuras com extratos dos textos
originais; Foi à primeira obra impressa por Gutenberg, em seu recém inventado pelo manual, que
dispensava as cópias manuscritas;
A divisão em capítulos foi introduzida pelo professor universitário parisiense Stephen Langton,
em 1227, que viria a ser eleito bispo de Cantuária pouco tempo depois. A divisão em versículos
foi introduzida em 1551, pelo impressor parisiense Robert Stephanus. Ambas as divisões tinham
por objetivo facilitar a consulta e as citações Bíblicas, e foi aceita por todos, incluindo os judeus;
Foi escrita e reproduzida em diversos materiais, de acordo com a época e cultura das regiões,
utilizando tábuas de barro, peles, papiro e até mesmo cacos de cerâmica; Com exceção de alguns
textos do Livro de Ester e de Daniel, os textos originais do Antigo Testamento foram escritos em
hebraico, uma língua da família das línguas semíticas, caracterizada pela predominância de
consoantes; A palavra "Hebraico" vem de "Hebrom", região de Canaã que foi habitada pelo
patriarca Abraão em sua peregrinação, vindo da terra de Ur;
Os 39 Livros que compõem o Antigo Testamento (sem a inclusão dos apócrifos) estavam
compilados desde cerca de 400 a.C., sendo aceitos pelo cânon Judaico, e também pelos
Protestantes, Católicos Ortodoxos, Igreja Católica Russa, e parte da Igreja Católica tradicional;
A primeira Bíblia em português foi impressa em 1748. A tradução foi feita a partir da Vulgata
Latina e iniciou-se com D. Diniz (1279-1325).
Abreviaturas
Em índices e citações Bíblicas, é comum o uso de abreviaturas para se referir aos Textos. Um
dos formatos convencionados segue o padrão abaixo:
Antigo Testamento
Gênesis – Gn, Êxodo – Ex, Levítico – Lv, Números – Nm, Deuteronômio – Dt, Josué – Js, Juízes
– Jz, Rute – Rt, I Samuel - I Sm, II Samuel - II Sm, I Reis - I Rs, II Reis - II Rs, I Crônicas - I Cr,
II Crônicas - II Cr, Esdras – Ed. Neemias - Ne , Ester - Et , Jó - Jó , Salmos - Sl, Provérbios - Pv ,
Eclesiastes – Ec, O Cântico dos Cânticos - Ct , Isaías – Is, Jeremias – Jr, Lamentações – Lm,
Ezequiel – Ez, Daniel – Dn, Oséias – Os, Joel – Jl, Amós – Am, Obadias - Ob , Jonas – Jn,
Miquéias - Mq , Naum – Na, Habacuque – Hc, Sofonias – Sf, Ageu – Ag, Zacarias - Zc ,
Malaquias-Ml
Mateus - Mt , Marcos – Mc, Lucas – Lc, João - Jo , Atos dos Apóstolos - At , Romanos - Rm , I
Coríntios - I Co, II Coríntios - II Co , Gálatas - Gl , Efésios - Ef , Filipenses - Fp , Colossenses -
Cl , I Tessalonicenses - I Ts , II Tessalonicenses - II Ts , I Timóteo - I Tm , II Timóteo - II Tm ,
Tito - Tt , Filemon - Fm , Hebreus - Hb , Tiago - Tg , I Pedro - I Pe , II Pedro - II Pe , I João - I
Jo II João - II Jo, , III João - III Jo, Judas - Jd , Apocalipse (Revelação) - Ap
Livros Poéticos
Livros Históricos
Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis, I Crônicas, II Crônicas, Esdras,
Neemias, Ester
Profetas
A - Maiores
B - Menores
Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias,
Malaquias
Os Profetas (Nebhiim)
A - Anteriores
B - Posteriores
Os Escribas (Ketubhim)
A - Livros Proféticos
Salmos, Provérbios, Jó
C - Livros históricos
Evangelhos
Livro Histórico
Cartas (Epístolas )
Livro Profético
Apocalipse (Revelação)
A Septuaginta
Outras versões surgiram após a Septuaginta, devido à oposição do cânon judaico a esta
tradução. São elas:
A revisão de Teodócio (150 a 185 d.C.) - revisão de uma versão anterior - a LXX ou a de
Áquila
A revisão de Símaco (185 a 200 d.C.) - preocupou-se com o sentido da tradução, e não com a
exatidão textual. Exerceu grande influência sobre a Bíblia latina, pois Jerônimo fez grande
uso desse autor para compor a Vulgata Latina;
Os Héxapla de Orígenes (240 a 250 d.C.) - promoveu-se uma visão comparativa dos textos
hebraicos com a tradução dos LXX, de Áquila, de Teodócio e de Símaco, procurando
harmonizar os textos em busca de uma tradução fiel do hebraico;
Uma edição do texto hebraico, por volta de 100 d.C., veio a estabelecer o texto massorético.
A Vulgata Latina
Sendo o grego, considerado pela Igreja como a língua do Espírito Santo, o latim assumiu o
papel de língua popular imposta pelos soldados nas conquistas romanas, motivo pelo qual a
Bíblia latina recebeu o nome de Vulgata.
Os Textos Massoréticos
Foram encontrados casualmente em uma gruta, nas encostas rochosas da região do Mar
Morto, na região de Jericó, em março de 1947, por um pastor beduíno que buscava uma cabra
perdida de seu rebanho. São jarros contendo manuscritos de inúmeros documentos dos
Escritos Sagrados de uma seita judaica que existiu na época de Jesus, os Essênios. Várias
outras grutas foram encontradas após este achado, com muitos outros documentos.
Os Manuscritos ou Documentos do Mar Morto tiveram grande impacto na visão da Bíblia,
pois fornecem espantosa confirmação da fidelidade dos textos massoréticos aos originais. O
estudo da cerâmica dos jarros e a datação por carbono 14 estabelece que os documentos foram
produzidos entre 168 a.C. e 233 d.C. Destacam-se, nestes documentos, textos do profeta
Isaías, fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos de profetas menores, parte do Livro
de Levítico e um targum (paráfrase) de Jó.
Principais manuscritos
O Novo Testamento tem como característica principal uma imensa quantidade de escritos e
evidências externas. Alguns manuscritos, entretanto, merecem destaque. São eles:
Os papiros - produzidos quando o movimento iniciado pelos discípulos de Jesus ainda era
ilegal. Datam dos séculos II e III d.C. e constituem valioso testemunho da veracidade do
Novo Testamento, pois surgiram a apenas uma geração dos autógrafos originais. Seus
representantes mais importantes são:
p52 ou fragmento de John Rylands (117 - 118 d.C.) - encontrado no Egito, contendo parte do
Evangelho de João;
p45, p46 e p47 ou Papiros Chester Beaty (250 d.C.) - contendo quase todo o Novo Testamento
(o p45 contém os Evangelhos e o Livro de Atos dos Apóstolos; o p46, a maior parte das cartas
de Paulo; e o p47, parte do Apocalipse);
p66, p72 e p75 ou Papiros de Bodmer (175 - 225 d.C.) - igualmente importantes, incluindo-se
entre eles Unciais cuidadosamente impressos e com muita clareza (o p66 contém parte do
Evangelho de João e data do ano 200; o fragmento p72 contém cópias de Judas e de I e II
Pedro; e o p75 contém a mais antiga cópia do Evangelho de Lucas (175 a.C.).
Códice Vaticano - é o mais antigo dos Unciais (325 - 350 d.C.) e foi desconhecido dos
estudiosos bíblicos até 1475, quando foi catalogado na biblioteca do Vaticano; contém a maior
parte do Antigo Testamento (versão dos LXX) com os apócrifos e o Novo Testamento em
grego;
Códice Beza ou Cambridge - cerca de 500 d.C.; é o manuscrito bilíngüe mais antigo do Novo
Testamento. Foi escrito em grego e latim;
A veracidade dos escritos, no entanto, pode ser comprovada historicamente pelos motivos
abaixo:
Os escritos foram redigidos num momento muito próximo aos acontecimentos que os
geraram;
O estilo dos escritos confere com aqueles utilizados no século I (grego coiné)
Inscrições e gravações em paredes, pilares, moedas e outros lugares são testemunhos do Novo
Testamento;
Lecionários, que eram Livros muito utilizados nos cultos da Igreja, continham textos
selecionados da Bíblia para leitura, incluindo o Novo Testamento (Séc. IV - VI);
Os Livros apócrifos, apesar de não canônicos, apresentam dependência literária dos textos
canônicos, chegando a imitá-los no conteúdo e forma literária, e citam vários Livros que
compõem o Novo Testamento;
O pioneiro na tradução da Bíblia para o português foi D. Diniz (1279 - 1325). Conhecedor de
latim clássico e leitor da Vulgata Latina traduziu até o capítulo 20 do Livro de Gênesis,
abrindo caminho para seu sucessor, D. João I (1385 - 1433). Este atribuiu a tradução a padres
letrados e o trabalho prosseguiu com seu sucessor, D. João II.
Nascido em Portugal em 1725, iniciou a tradução da Bíblia que foi editada em 1819. Baseou
sua tradução na Vulgata de Jerônimo, por não dominar outros idiomas, e incluiu nesse
trabalho os apócrifos. Essa Bíblia foi muito utilizada em países de língua portuguesa.
Matos Soares
Publicou uma tradução em 1930, baseada na Vulgata Latina, e incluiu os apócrifos. Sua
tradução contou também com comentários a favor dos dogmas da Igreja Católica. Por isso,
recebeu o apoio papal sendo a sua tradução a mais popular da Igreja Católica.
Leia a Bíblia
Você precisa ler freqüentemente o Livro dos Livros, a Bíblia. Temos muitas provas do eterno
poder da Palavra de Deus.
2) - A fidelidade dos seus inspirados escritores, muitos dos quais morreram pela fé.
3) - A coerência do conteúdo, apesar de escrito por dezenas de servos de Deus, e num período
de vários séculos.
7) - O testemunho que ela dá a respeito de si mesma: "Toda Escritura é inspirada por Deus e
útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que
o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." (2Timóteo
3:16,17)
1) - Ela nos fortalece. "Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus
permanece em vós." (Salmo 119:28)
2) - Ela nos purifica. "Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado." (João 15:3)
"De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? observando-o segundo a tua
palavra." (Salmo 119:9)
3) - Ela nos ajuda a receber respostas de oração. "Se permanecerdes em mim e as minhas
palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito." (João 15:17)
4) - Ela traz gozo ao nosso coração. "Tenho-vos dito estas cousas para que o meu gozo esteja
em vós, e o vosso gozo seja completo." (João 15:11)
7) - Ela orienta nossa vida e nossas decisões. "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e
luz para os meus caminhos." (Salmo 119:105)
8) - Ela garante nosso sucesso. "Não cesses de falar deste Livro da lei; antes medita nele dia e
noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo a tudo quanto nele está escrito; então farás
prosperar o teu caminho e serás bem sucedido." (Josué 1:8)
1) - Leia na expectativa de que Deus lhe fale ao coração. Ore pedindo que Deus o ajude a
entender o que lê. O salmista Davi orou assim: "Desvenda os meus olhos, para que eu
contemple as maravilhas da tua lei." (Salmo 119:18)
2) - Leia fazendo perguntas. O que Deus quer de mim neste trecho? O que é que esta
passagem revela sobre Deus, sobre Jesus, sobre mim e sobre a vontade de dele? Há aqui
alguma ordem para eu obedecer? Alguma promessa da qual deva me apropriar? Como as
verdades deste texto podem ser aplicadas à minha vida?
3) - Leia várias vezes. Para entender bem uma passagem, nada melhor que a repetição. A
Bíblia é um Livro que deve ser consultado com freqüência.
4) - Leia meditando. É melhor uma pequena passagem lida, entendida e aplicada, do que as
muitas verdades de um texto longo, vistas superficialmente. (Salmo 1)
5) - Leia com disposição de praticar a palavra. "Tornai-vos, pois praticantes da palavra, e não
somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos." (Tiago 1:22)
6) - Memorize versículos e referências. "Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração
e na vossa alma." (Deuteronômio 11:18)
Onde Ler
A Bíblia é composta de duas partes: o Antigo Testamento, que foi escrito antes da vinda de
Jesus Cristo e contém 39 Livros, e o Novo Testamento, que foi escrito depois da vinda de
Jesus Cristo e contém 27 Livros. Os Livros são divididos em capítulos, e estes em versículos
numerados.
Você deve começar com os Livros do Novo Testamento. Leia o Livro de 1João e, em seguida,
os evangelhos de João e Marcos. Leia os Salmos, porque serão de grande utilidade na sua vida
devocional. Leia um capítulo de Provérbios por dia. Depois, Atos dos Apóstolos, Efésios,
Filipenses e os demais Livros da Bíblia.
Para localizar estes Livros,consulte o índice que se encontra em uma das primeiras páginas. O
importante é ser persistente e sistemático. Anote suas descobertas e não tenha receio de
sublinhar passagens preciosas. Escreva na margem das páginas. Uma Bíblia marcada é uma
Bíblia bem aproveitada.
LEITURAS SELECIONADAS
Quando você;...
Se você;...
* Quiser viver em paz com o próximo: Mateus 5:23-26 ; Mateus 7:12; Romanos 12:9-21.
A grande finalidade da leitura Bíblica e da oração é manter uma comunhão íntima com Deus.
Através dela recebemos do Senhor o alimento indispensável ao dia-a-dia de nossa vida
espiritual.
A história de como a Bíblia chegou até nós, na forma em que a conhecemos, é longa e
fascinante. Ela começa com os manuscritos originais, ou "autógrafos", como são às vezes
chamados. Esses textos originais foram escritos por homens da antigüidade movidos pelo
Espírito Santo (2Tm 3:16; 2Pe 1:20,21).
Durante anos, os céticos declaram que Moisés não poderia ter escrito a primeira parte da
Bíblia porque a escrita era desconhecida na época (1500 A.C). A ciência da arqueologia
provou desde então que a escrita já era conhecida milhares de anos antes dos dias de Moisés.
Os sumérios já escreviam cerca de 4000 A.C., e os egípcios e babilônios quase nessa mesma
época.
1) - PEDRA
Muitas inscrições famosas encontradas no Egito e Babilônia foram escritas em pedra. Deus
deu a Moisés os Dez Mandamento escritos em tábuas de pedra ( Êx 31:18, 34:1,28). Dois
outros exemplos são a Pedra Moabita ( 850 A.C ) e a Inscrição de Siloé, encontrada no túnel
de Ezequias, junto ao tanque de Siloé (700 A.C).
2) - ARGILA
3) - MADEIRA
Tábuas de madeira foram bastante usadas pelos antigos para escrever. Durante muitos séculos
a madeira foi a superfície comum para escrever entre os gregos. Alguns acreditam que este
tipo de material de escrita é mencionado em Isaías 30:8 e Habacuque 2:2.
4) - COURO
Talmude judeu exigia especificamente que as Escrituras fossem copiadas sobre peles de
animais, sobre couro. É praticamente certo, então, que o Antigo Testamento foi escrito em
couro. Eram feitos rolos, costurando juntas as peles que mediam de alguns metros a 30
perpendiculares ao rolo. Os rolos, entre 26 e 70cm de altura, eram enrolados em um ou dois
pedaços de pau.
5) - PAPIRO
É quase certo que o Novo Testamento foi escrito sobre papiro, por ser este o material de
escrita mais importante na época. O papiro é feito cortando-se em tiras seções delgadas de
cana de papiro, empapando-as em vários banhos de água, e depois sobrepondo-as umas às
outras para formar folhas. Uma camada de tiras era colocada por sobre a primeira, e depois as
punham numa prensa, a fim de aderirem uma às outras. As folhas tinham de 15 a 38 cm de
altura e 8 a 23 cm de largura. Rolos de qualquer comprimento eram preparados colocando
juntas as folhas . Geralmente mediam cerca de 10m de comprimento.
6) - VELINO OU PERGAMINHO
Velino começou a predominar mediante os esforços do rei Eumenes ll, de pérgamo (197-158
A.C). Ele procurou formar sua biblioteca, mas o rei do Egito cortou o seu suprimento de
papiro, sendo-lhe então necessário obter um novo processo para o tratamento de peles. O
resultado é conhecido como velino ou pergaminho. Embora os termos sejam usados
intercambiavelmente, o velino era preparado originalmente com a pele de bezerros e
antílopes, enquanto o pergaminho era de pele de ovelhas e cabras. Obtinha-se assim um couro
de excelente qualidade, preparado especial e cuidadosamente para receber escrita de ambos os
lados. Este tipo de material foi utilizado centenas de anos antes de Cristo e, por volta do
século IV A.D., ele suplantou o papiro. Quase todos os manuscritos conhecidos são em velino.
Idiomas usados
1) - HEBRAICO
Quase todos os 39 Livros do Antigo Testamento foram escritos em hebraico. As letras tipo
bloco eram escritas em maiúsculas, sem vogais, sem espaços entre palavras, frases ou
parágrafos, e sem pontuação. Os pontos das vogais foram acrescentados mais tarde (entre 500
e 600 A.D.) pelos eruditos massoretas. O hebraico é conhecido como um dos idiomas
semíticos.
2) - ARAMAICO
Aramaico continuou sendo o vernáculo da Palestina durante vários séculos. Temos assim
algumas palavras aramaicas preservadas para nós no Novo Testamento: Talitha Cumi
( "Menina, levanta-te"), em Marcos 5:41; Ephphatha ( "Abre-te"), em Marcos 7:34; Eli, Eli
lama sabachthani ( "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?), em Mateus 27:46.
Jesus se dirigia habitualmente a Deus como Abba (aramaico "Pai"). Note a influência disto em
Romanos 8:15 e Gálatas 4:6. Outra frase comum dos primeiros cristãos era Maranatha ("Vem,
nosso Senhor"), em 1Coríntios 16:22.
3) - GREGO
Apesar de Jesus falar aramaico, o Novo Testamento foi escrito em grego - grego Koinê. A
mão de Deus pode ser vista nisto, porque o grego era o idioma internacional do século I,
tornando assim possível a divulgação do evangelho através de todo o mundo então conhecido.
Platão, o célebre filósofo grego, disse certa vez que há três fontes válidas de conhecimento.
Os cinco sentidos – tato, paladar, olfato, audição e visão – que o homem compartilha com o
reino animal.
Mais tarde, o discípulo de Platão, Aristóteles, eliminou a terceira fonte – aquela faculdade
totalmente intuitiva pela qual o homem recebe ou obtém percepção divina. Aristóteles afirmou
que o conhecimento vem apenas pelo uso dos cinco sentidos e da razão.
O nosso mundo ocidental foi profundamente afetado pelo ensino de Aristóteles. Em culturas
orientais e em culturas primitivas, todavia, a referência ao mundo dos espíritos – o mundo de
sonhos, visões e comunicação sobrenatural – é comum em todos os níveis sociais.
Embora Aristóteles certamente viesse a rejeitar a Bíblia como fonte de conhecimento (se a
tivesse conhecido), Jesus jamais hesitou em aceita-lá como (e afirmar que era) a maneira
principal pela qual Deus Se revela à humanidade.
Agora, dois mil anos depois, mais e mais pessoas estão percebendo que Jesus tinha razão.
Voltaire, o famoso pensador francês, ateu declarado (seguidor de Aristóteles), morreu em
1778. Antes de morrer, Voltaire afirmou que a Bíblia e a fé cristã não seriam mais aceitas daí a
cem anos. No centésimo aniversário dessa afirmação, a Sociedade Bíblica de Genebra
comprou a editora e a casa que haviam pertencido a Voltaire e ali mesmo começou a imprimir
Bíblias.
Duzentos e seis anos depois de Voltaire, o presidente dos Estados Unidos viria a declarar o
ano de 1983 "O ano da Bíblia". O que levaria o presidente da nação mais poderosa da terra a
proclamar a Bíblia como a principal fonte humana de conhecimento?
Milhões de pessoas estão buscando uma fonte fidedigna de autoridade. Descobriram que não
podem confiar em tratados entre nações nem nas declarações dos cientistas; mesmo grandes
líderes religiosos com triste freqüência estão errados. A Bíblia - a Palavra de Deus – é a única
autoridade definitiva que possuímos. Provada através dos séculos, a Bíblia derrama luz sobre
a natureza humana, sobre os problemas da humanidade e o sofrimento que aflige o homem.
Além disso, ela revela claramente o caminho para Deus.
"A Bíblia é um Livro antigo, e no entanto é sempre nova. É o Livro mais moderno do mundo.
Há, em geral, uma idéia errada de que um Livro tão antigo quanto a Bíblia não pode falar às
necessidades do homem moderno. Por alguma razão os homens pensam que numa era de
realizações científicas, quando o conhecimento obtido nos últimos 25 anos foi maior do que o
obtido em todos os séculos passados da história humana, este Livro antigo está ultrapassado.
Para todos, porém, que a lêem e amam, a Bíblia é extremamente relevante para nossa
geração."
"É nas Escrituras Sagradas que encontramos respostas para as perguntas fundamentais da
vida: De onde eu vim? Por que estou aqui? Para onde vou? Qual é o propósito da minha
existência?"
A palavra "Bíblia" vem da palavra grega "Biblos", que significa "Livro". A Bíblia, porém, é
mais do que um Livro – ou uma coleção de Livros. É a revelação escrita que Deus nos deixou
de Sua vontade para o homem e o universo. Por trás e por debaixo, acima e além desse Livro,
está o Deus desse Livro, pois a Bíblia inteira fala sobre Deus – especialmente sobre o Filho de
Deus, Jesus Cristo.
A Bíblia contém 66 Livros, escritos por cerca de 40 autores, num período de composição de
mais ou menos 1600 anos. Seus autores vieram dos mais variados níveis sociais e culturais,
incluindo reis, camponeses, profetas, poetas, pescadores, estadistas, eruditos, um homem de
negócios, um médico e um missionário. É dividida em duas partes principais, sendo o divisor
o nascimento de Jesus Cristo.
A primeira parte é chamada o Velho Testamento. Esta parte foi escrita quase que totalmente
em hebraico (com a exceção de umas poucas passagens em aramaico) e foi completada cerca
de 400 anos antes do nascimento de Cristo. A Segunda parte, chamada Novo Testamento, foi
escrita na língua grega. As Bíblias de que dispomos em nossa língua foram, em sua maioria,
traduzidas diretamente das línguas originais.
Na linguagem de sinais utilizada pelos surdos-mudos, o sinal para Jesus é apontar para as
palmas das duas mãos com o dedo indicador da mão oposta. O gesto simboliza as marcas dos
cravos nas mãos de Jesus.
O sinal para Bíblia é apontar com um indicador de cada vez para as palmas das mãos e depois
abrir as palmas das mãos com se elas formassem as capas de um Livro. Em outras palavras, a
Bíblia é um Livro sobre Jesus Cristo.
Em Macau, colônia portuguesa em Hong Kong, numa colina que domina o porto, os
portugueses construíram, há quase cinco séculos, uma imponente catedral. Alguns séculos
depois, um tufão se fez mais forte que o trabalho humano e o enorme edifício de pedras ruiu.
A parede frontal da antiga catedral, todavia, resistiu e ainda hoje permanece de pé, com seus
largos degraus que conduzem à rua calçada de paralelepípedos que circunda o porto. No alto
daquela parede, desafiando os elementos ao longo dos séculos, há uma grande cruz de bronze.
Em 1825, um navegante inglês, Sir John Bowering, conduziu seu navio ao porto de Hong
Kong e teve um vislumbre daquela grande cruz, a erguer-se, majestosa, acima das ruínas da
catedral. Sir John ficou profundamente emocionado. Voltando à sua cabina no navio, tomou a
pena e escreveu as seguintes palavras em seu diário:
A mensagem central da Bíblia é a cruz e Jesus Cristo. Cada Livro da Bíblia, ou aponta para o
futuro, indicando a vinda de Jesus, ou aponta em retrospecto para a Sua obra redentora no
Calvário.
Naquele dia, quando José e Maria entraram no átrio do templo carregando seu pequenino
bebê, um fogo se ascendeu no coração do velho Simeão. Ele caminhou ofegante, com
lágrimas nos olhos, até o casal e pediu a Maria para segurar, por alguns instantes, o menino.
Tomando a pequena criança em seus braços, ele contemplou o rosto de Jesus. Então, elevando
os olhos ao céu, orou:
"Agora, Senhor, despedes em paz o Teu servo, segundo a Tua Palavra; porque os meus olhos
já viram a Tua salvação, a qual preparastes diante de todos os povos: luz para revelação ao
gentios, e para glória do Teu povo de Israel:"( S. Lucas 2:29-32).
Aí, Simeão disse algo muito significativo. "Eis que este menino está destinado tanto para
ruína como para levantamento de muitos em Israel, e para ser salvo de contradição... para que
se manifestem os pensamentos de muitos corações." Então, fixando seu olhar nos doces olhos
da jovem mãe, o velho Simeão falou: "Uma espada traspassará a tua própria alma".
Simeão estava-se referindo às profecias messiânicas que lera por longos anos no Velho
Testamento – as profecias que anunciavam a vinda dos Filho de Deus. Referia-se, em
particular a uma profecia em Gênesis, em que Deus dissera à serpente, satanás, ainda no
jardim do Éden: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu
descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar". (Gênesis 3:15). Fez também
referência a uma profecia de Isaías, proferida cerca de 700 anos antes do nascimento de
Cristo: "...também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à
extremidade da terra.". (Isaías 49:6).
O Sonho de Deus
Desde o começo, Deus tinha um sonho. Seu sonho era restaurar o homem à plena comunhão
com Ele, o seu Criador. Jesus foi a resposta a esse sonho. Todos os homens piedosos que, ao
longo dos séculos, escreveram a Bíblia, registraram vislumbres desse sonho, incluindo-os em
seus escritos. Por isso, em toda a Bíblia – desde a Criação até o nascimento de Jesus –
podemos ver os autores Bíblicos se referindo a esse sonho messiânico. Jesus, então, é o tema
central da Bíblia.
Para Moisés Ele foi o Cordeiro da Páscoa, Aquele que seria levantado.
João Batista, Por fim, proclamou: "Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".
À medida que lemos o Velho Testamento, pira no horizonte da história uma Pessoa através da
qual Deus irá estabelecer o Seu reino sobre a terra: Jesus Cristo. Miquéias anunciou que Ele
nasceria em Belém. Isaías disse que Ele nasceria de uma virgem e seria chamado Emanuel.
Davi e Isaías predisseram a Sua morte, e Jó e Davi profetizaram a Sua ressurreição. Outros
anunciaram que Ele seria precedido por um profeta de estranhos hábitos, como Elias;
predisseram que Ele faria milagres, falaria em parábolas, seria rejeitado pelos líderes, seria
um pastor ferido, um varão de dores, que entraria em Jerusalém montado num jumentinho,
seria traído por um amigo por 30 moedas de prata e seria levado como uma ovelha para o
matadouro. Profetizaram que Ele seria morto em companhia de criminosos, que Sua mãos e
Seus pés seriam perfurados mas nenhum de Seus ossos seria quebrado, que sobre as Suas
vestes se lançariam sortes, que ficaria no túmulo de um rico por três dias, ressuscitaria dos
mortos e subiria aos céus à destra de Deus.
Davi, Isaías, Jeremias e Daniel anunciaram com séculos de antecedência que o Messias
ofereceria ao Seu povo uma nova aliança. Predisseram que Ele enviaria o Espírito Santo, que
o Seu reino incluiria os gentios e que seria universal e eterno.
Tudo isso foi escrito centenas de anos antes do nascimento de Cristo. E quando Ele nasceu, os
anjos apareceram aos pastores nas colinas de Belém, anunciando suas novas de grande
alegria.
O Milagre da Composição
Vamos supor que um homem de cada nação da terra recebesse a missão de esculpir, ao longo
de sua vida, um pequenino pedaço de mármore. Um dia, todos esses homens, dos quais
nenhum sabia que os demais estavam também esculpindo um pedaço de mármore, iriam se
reunir numa pequena vila nas colinas ao sul de Jerusalém – cada qual com seu pequeno
pedaço de mármore. O homem que esculpira o que parecia ser o dedão do pé esquerdo
colocaria então seu pequeno pedaço de mármore no chão. Em seguida, o que esculpira um pé
esquerdo sem dedos ou calcanhar, viria e ajuntaria ao dedão o seu pedaço de mármore – e os
dois pedaços se ajustariam perfeitamente. Os demais dedos seriam adicionados, cada um do
tamanho e do formato certo. Então viria o escultor do calcanhar, e assim por diante,
tornozelos, canelas, joelhos, coxas – cada pedaço se ajustando tão perfeitamente ao anterior
que nem as emendas aparecessem – até que toda a estátua estivesse montada, perfeita nos
mínimos detalhes.
Como se poderia explicar tal estátua a não ser que houvesse alguém com um projeto, que
antecipadamente tivesse dado a cada homem instruções exatas sobre o pedaço de mármore
que iria esculpir?