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DIVERGÊNCIAS

ENTRE
STF x STJ
EM TABELAS

@DeltaCaveira10
1 A conduta de transmitir sinal de internet, via rádio, como se fosse um
provedor de internet, sem autorização da ANATEL, configura o crime do
art. 183 da Lei nº 9.472/97?
STF STJ
NÃO. A oferta de serviço de internet é SIM. A transmissão clandestina de
concebida como serviço de valor sinal de internet, via radiofrequência,
adicionado e, portanto, não pode ser sem autorização da ANATEL,
considerada como atividade caracteriza, em tese, o delito previsto
clandestina de telecomunicações, não no art. 183 da Lei nº 9.472/97.
caracterizando o crime do art. 183 da Nesse sentido: STJ. 5ª Turma. AgRg
Lei nº 9.472/97. no AREsp 1077499/SP, Rel. Min.
Nesse sentido: 1ª Turma do STF no Reynaldo Soares da Fonseca, julgado
HC 127978, Rel. Min. Marco Aurélio, em 26/09/2017.
julgado em 24/10/2017 (Info 883). STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp
STF. 1ª Turma. HC 127978, Rel. Min. 971.115/PA, Rel. Min. Antonio
Marco Aurélio, julgado em 24/10/2017 Saldanha Palheiro, julgado em
(Info 883). 27/04/2017.

2 É possível aplicar o princípio da insignificância para a conduta de


manter rádio comunitária clandestina?
STF STJ
SIM. É possível, em situações NÃO. É inaplicável o princípio da
excepcionais, o reconhecimento do insignificância ao delito previsto no
princípio da insignificância desde que art. 183 da Lei nº 9.472/97, nas
a rádio clandestina opere em baixa hipóteses de exploração irregular ou
frequência, em localidades afastadas clandestina de rádio comunitária,
dos grandes centros e em situações mesmo que ela seja de baixa
nas quais ficou demonstrada a potência, uma vez que se trata de
inexistência de lesividade. delito formal de perigo abstrato, que
STF. 2ª Turma. HC 138134/BA, Rel. dispensa a comprovação de qualquer
Min. Ricardo Lewandowski, julgado dano (resultado) ou do perigo,
em 7/2/2017 (Info 853). presumindo-se este absolutamente
pela lei.
STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp
740.434/BA, Rel. Min. Antonio
Saldanha Palheiro, julgado em
14/02/2017.

3 É possível a reabertura de Inquérito Policial arquivado por excludente


de ilicitude?
STF STJ
SIM. O STF entende que o NÃO. O STJ entende que o
arquivamento de inquérito policial por arquivamento do inquérito policial com
excludente de ilicitude NÃO faz coisa base na existência de causa
julgada material. (Info 858. HC 87395- excludente da ilicitude faz coisa
PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgada material e impede a
julgado em 23/03/2017). rediscussão do caso penal. O art. 18
do CPP e a Súmula 524 do STF, de
fato, permitem o desarquivamento do
inquérito caso surjam provas novas.
No entanto, essa possibilidade só
existe, para o STJ, na hipótese em
que o arquivamento ocorreu por falta
de provas, ou seja, por falta de
suporte probatório mínimo
(inexistência de indícios de autoria e
certeza de materialidade). STJ. 6ª
Turma. REsp 791.471-RJ, Rel. Min.
Nefi Cordeiro, julgado em 25/11/2014
(Info 554).

4 Citação por edital, art. 366 do CPP e oitiva antecipada de testemunhas


apenas pelo fato de serem policiais.
Existe um argumento no sentido de que se as testemunhas forem
policiais, deverá haver autorizada a sua oitiva como prova antecipada,
considerando que os policiais lidam diariamentecom inúmeras
ocorrências e, se houvesse o decurso do tempo, eles iriam esquecer dos
fatos.
Esse argumento é aceito pela jurisprudência? A oitlva das testemunhas
que são policiais é considerada como prova urgente para os fins do art.
366 do CPP?
STF STJ
NÃO. Não serve como justificativa a SlM. O fato de o agente de segurança
alegação de que as testemunhas são pública atuar constantemente no
policiais Combate
responsáveis pela prisão, cuja própria à criminalidade faz com que ele
atividade contribui, por si só, para o presencie crimes diariamente. Em
esquecimento virtude disso, os
das circunstâncias que cercam a detalhes de cada uma das
apuração da suposta autoria de cada ocorrências acabam se perdendo em
infração sua memória. Existem vários
penal: STF. 2ªTurma. HC 130038/DF, precedentes do STJ nesse sentido:
Rei. Min. Dias Toffoli,julgado em STJ. 3ª Seção. RHC 64.086/DF, Rei.
3/11/2015 (lnfo 806). p/ acórdão Min.
Rogerio Schietti Cruz, julgado em
23/11/2016.

5 Se a arma estava desmuniciada no momento do crime de roubo, incide


a majorante?
STF STJ
SIM. O STF entende que é NÃO. O STJ entende a utilização de
IRRELEVANTE o fato de estar ou não arma desmuniciada, como forma de
desmuniciada para que se configure a intimar a vítima do delito de roubo,
majorante do roubo (art. 157, § 2º, I do caracteriza emprego de violência,
CP). (STF. 2ª Turma. RHC 115.077, porém NÃO permite o
reconhecimento da majorante de
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em pena, já que esta está vinculada ao
06/08/2013). potencial lesivo do instrumento,
pericialmente comprovado como
ausente no caso, dada a sua
ineficácia para a realização de
disparos. (STJ.HC 190.067-MS, Rel.
Min. Gilson Dipp, julgado em
02/12/2010).

6 Para a configuração do crime do art. 89 da Lei de Licitações (Lei


8.666/93) é necessária a demonstração do dolo específico de causar dano
ao erário e a configuração do efetivo prejuízo ao patrimônio público?
STF STJ
NÃO. O objetivo do art. 89 não é punir SIM. O STJ entende que o crime do
o administrador público art. 89 da Lei de Licitações (Lei
despreparado, inábil, mas sim o 8.666/93), conhecido como crime de
desonesto, que tinha a intenção de “dispensa ilegal de inexigibilidade de
causar dano ao erário ou obter licitação”, não é de mera conduta,
vantagem indevida. Por essa razão, é sendo necessária a demonstração do
necessário sempre analisar se a dolo específico de causar dano ao
conduta do agente foi apenas um erário e a configuração do efetivo
ilícito civil e administrativo ou se prejuízo ao patrimônio público. (STJ.
chegou a configurar realmente crime. 6ª Turma. HC 377.711-SC, Rel. Min.
Deverão ser analisados três critérios Nefi Cordeiro, julgado em
para se verificar se o ilícito 09/03/2017).
administrativo configurou também o
crime do art. 89: Obs.: A 2ª Turma do STF também
1º) existência ou não de parecer possui esse entendimento.
jurídico autorizando a dispensa ou a
inexigibilidade. A existência de
parecer jurídico é um indicativo da
ausência de dolo do agente, salvo se
houver circunstâncias que
demonstrem o contrário.
2º) a denúncia deverá indicar a
existência de especial finalidade do
agente de lesar o erário ou de
promover enriquecimento ilícito.
3º) a denúncia deverá descrever o
vínculo subjetivo entre os agentes.
STF. 1ª Turma. Inq 3674/RJ, Rel. Min.
Luiz Fux, julgado em 7/3/2017 (Info
856).

7 É possível a concessão de indulto ao crime cometido antes de ter sido


considerado hediondo (Lei nº 8.072/90)?
STF STJ
NÃO. O STF entende que a aferição SlM. O STJ entende que é possível a
do crime, para a concessão do indulto, concessão de indulto, ainda que o
há que se fazer da data da edição do crime tenha sido cometido antes da
Decreto presidencial e não na data do Lei n. 8.072/1990, pois não é possível
delito. Portanto, para o STF, ainda indeferir benefícios de comutação ou
que o crime seja cometido antes da indulto aos condenados por crimes
Lei 8.072/1990, NÃO é possível a que passaram a constar do rol de
concessão de indulto. (HC 117.938- crimes hediondos. (STJ, HC 276.024-
SP). SP).

8 Se há uma única subtração patrimonial, mas com dois resultados


morte, haverá concurso formal de latrocínios ou um único crime de
latrocínio?
STF  Crime Único. STJ  Concurso Formal.
(...) 7. Caracterizada a prática de É pacífico na jurisprudência do STJ o
latrocínio consumado, em razão do entendimento de que há concurso
atingimento de patrimônio único. 8. O formal impróprio no latrocínio quando
número de vítimas deve ser sopesado ocorre uma única subtração e mais de
por ocasião da fixação da pena-base, um resultado morte, uma vez que se
na fase do art. 59 do CP. (...) trata de delito complexo, cujos bens
STF. 2ª Turma. HC 109539, Rel. Min. jurídicos tutelados são o patrimônio e
Gilmar Mendes, julgado em a vida.
07/05/2013. STJ. 5ª Turma. HC 336.680/PR, Rel.
(...) Segundo entendimento acolhido Min. Jorge Mussi, julgado em
por esta Corte, a pluralidade de 17/11/2015.
vítimas atingidas pela violência no Prevalece, no STJ, o entendimento no
crime de roubo com resultado morte sentido de que, nos delitos de
ou lesão grave, embora único o latrocínio - crime complexo, cujos
patrimônio lesado, não altera a bens jurídicos protegidos são o
unidade do crime, devendo essa patrimônio e a vida -, havendo uma
circunstância ser sopesada na subtração, porém mais de uma morte,
individualização da pena (...) resta configurada hipótese de
STF. 2ª Turma. HC 96736, Rel. Min. concurso formal impróprio de crimes e
Teori Zavascki, julgado em não crime único.
17/09/2013. STJ. 6ª Turma. HC 185.101/SP, Rel.
Min. Nefi Cordeiro, julgado em
07/04/2015.

9 Crimes Tributários. Princínpio da Insignificância. Qual é o valor máximo


considerado insignificante no caso de crimes tributários?
STF STJ
20 mil reais (art. 1º, II, da Portaria MF 10 mil reais (art. 20 da Lei nº
nº 75/2012). 10.522/2002).

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