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Em geral, os solos são formados pela erosão das rochas. Um dos grandes fatores
que determina as propriedades físicas dos solos é a natureza dos minerais de suas
partículas e, por tanto, dos minerais das rochas que advém.
Muitas das propriedades físicas do solo são ditadas pelo tamanho (que tem uma
ampla faixa de variação), forma e composição química/mineralógica dos grãos.
Quanto a sua origem, as rochas podem ser divididas em: ígneas, sedimentares e
metamórficas.
ROCHAS ÍGNEAS
INTEMPERISMO
ROCHAS SEDIMENTARES
As rochas sedimentares também podem ser formadas por processos químicos e são
classificadas como rochas sedimentares químicas. Elas podem ter textura clástica
ou não clástica.
A rocha sedimentar pode sofrer degradação para formar sedimentos ou pode ser
submetida ao processo de metamorfismo para tornar-se rocha metamórfica.
ROCHA METAMÓRFICA
ARGILOMINERAIS
A ilita consiste em uma lâmina de gibsita ligada a duas lâminas de sílica – uma no
topo e outra na parte inferior e é, às vezes, chamada de hidromica. As camadas de
ilita são ligadas por íons de potássio. A carga negativa para equilibrar os íons de
potássio vem da substituição do alumínio por algum silício nas lâminas tetraédricas.
Essa substituição é conhecida como isomorfa, uma vez que não há alteração na
forma cristalina. A superfície específica é de cerca de 80 m²/g.
As partículas de argila têm uma carga líquida negativa em suas superfícies. Isso é
resultado da substituição isomorfa e de uma ruptura na continuidade da estrutura em
suas bordas. As cargas negativas maiores são derivadas de superfícies específicas
maiores. Alguns locais carregados positivamente também ocorrem nas bordas das
partículas.
As moléculas de água são polares, ou seja, têm uma carga positiva de um lado e
uma negativa do outro, conhecido como dipolo. A água dipolar é atraída pela
superfície negativamente carregada das partículas de argila e pelos cátions na
camada dupla. Os cátions, por sua vez, são atraídos para as partículas do solo. Um
terceiro mecanismo pelo qual a água é atraída para as partículas de argila é a ponte
de hidrogênio, em que átomos de hidrogênio nas moléculas de água são
compartilhados com átomos de oxigênio na superfície da argila. Alguns cátions
parcialmente hidratados na água intersticial (que ocupa os espaços porosos, entre
as partículas) também são atraídos para a superfícies das partículas de argila.
Esses cátions atraem moléculas de água dipolar. A força de atração entre a água e a
argila diminui com a distância da superfície das partículas. Toda a água mantida nas
partículas de argila pela força de atração é conhecida como água de dupla camada.
A camada mais interna da água de dupla camada, mantida muito fortemente pela
argila, é conhecida como água adsorvida. Essa água é mais viscosa que a água
livre.
A figura acima mostra a água adsorvida e a água de dupla camada para as
partículas típicas de montmorilonita e caulinita. Essa orientação da água em torno
das partículas de argila dá aos solos de argila as suas propriedades plásticas.
ENSAIO DE PENEIRAMENTO
Consiste em agitar uma amostra de solo por um conjunto de peneiras que tenham
aberturas progressivamente menores. Os números e tamanhos das aberturas das
peneiras seguem algum padrão normativo.
Uma vez medida a porcentagem mais fina para cada peneira (% que passa por essa
peneira), os cálculos são colocados em um papel gráfico semilogarítmico com a
porcentagem mais fina como ordenada e o tamanho da abertura da peneira como
abscissa (escala logarítmica). Esse gráfico é chamado de curva de distribuição
granulométrica.
ENSAIO DE SEDIMENTAÇÃO
Esta pode ser utilizada para determinar os quatro seguintes parâmetros para um
solo dado:
Na natureza, os solos são sistemas trifásicos que consistem em sólidos, água e ar.
Este capítulo discute as relações entre pesos e volume das fases do solo, bem como
sua estrutura e plasticidade.
RELAÇÃO ENTRE PESO E VOLUME
Para desenvolver equações entre peso e volume, devemos separar as três fases
(i.e., sólidos, água e ar) conforme mostrado na figura abaixo.
Assim, o volume total de uma dada amostra de solo pode ser expresso por:
Assumindo que o peso do ar é insignificante, o peso total da amostra pode ser dado
por:
A relação entre o índice de vazios e a porosidade pode ser derivada a partir das
equações anteriores:
Os termos comuns usados para as relações de peso são teor de umidade e peso
específico. O teor de umidade também é chamado de teor de água e é definido
como a proporção entre o peso da água e o peso de sólidos em um dado volume de
solo:
A partir das eqs. (3.10) e (3.11), a relação entre peso específico, peso específico
seco e teor de umidade pode ser dada por
Esta relação é útil para resolver problemas envolvendo relações de três fases.
Se a amostra de solo estiver saturada – ou seja, os vazios estiverem completamente
preenchidos com água – a relação para o peso específico saturado pode ser obtida
de forma similar:
RELAÇÃO ENTRE O PESO ESPECÍFICO, POROSIDADE TEOR DE UMIDADE
Considere um solo que tenha volume igual a 1. A partir da eq. (3.4)
COMPACIDADE RELATIVA
É usado para indicar o estado de compacidade (o quanto está compactado) in situ
do solo granular. É definido como
Usando a definição de peso específico seco dada na eq. (3.16), podemos expressas
a compacidade relativa em termos de pesos espeíficos secos máximo e mínimo
possíveis. Assim,
Quando minerais de argila estão presentes em um solo com granulação fina, este
pode ser remoldado na presença de alguma umidade sem esfarelar. Essa natureza
coesiva é causada pela água adsorvida que circunda as partículas de argila. Quando
o teor de umidade é muito baixo, o solo se comporta mais como sólido. Quando o
teror de umidade é muito alto, solo e água podem fluir como um líquido.
O teor de umidade, em porcentagem, no qual a transição do estado sólido para
semi-sólido ocorre, é definido como limite de contração. O teor de umidade no ponto
de transição do estado semi-sólido para o plástico é o limite de plasticidade e do
estado plástico para o estado líquido é o limite de liquidez. Esses parâmetros
também são conhecidos como limites de Atterberg.
A consistência relativa de um solo coesivo no estado natural pode ser definida por
uma relação chamada de índice de liquidez, que é dada por
O teor de umidade in situ para uma argila sensível pode ser maior que o limite de
liquidez. Nesse caso, IL>1.
Esses solos, quando amolgado, podem ser transformados em uma forma viscosa
para fluir como um líquido.
ATIVIDADE
Nesse ensaio, o solo é compactado em um molde com um volume de 944 cm³ (1/30
ft³). O diâmetro do molde é de 101,6 mm (4 in). Dutante o ensaio de laboratório, o
molde é preso a uma chapa de apoio na parte inferior e a uma extensão ou colar no
topo (Vide figura abaixo). O solo é misturado com várias quantidades de água e,
depois, compactado em três camadas iguais por um soquete, que golpeia 25 vezes
cada camada. A massa do soquete é de 2,5 kg (5,5 lb), e a queda é de 30,5 cm (12
in).
Em cada ensaio, o peso específico natural de compactação, γ n , pode ser
calculado pela equação
Os valores de γd obtidos pela eq.(5.2) podem ser plotado em função dos teores
de umidade correspondentes, par o cálculo do peso específico seco máximo e do
teor de umidade ótimo do solo.
A figura acima também mostra a variação de γ zav com teor de umidade e sua
localização em relação à curva de computação. A curva de compactação não deve
estar posicionada à direita da curva de vazios sem ar ou curva de saturação, sob
nenhuma circunstância.
Tais afirmações são verdadeiras para todo os tipos de solo. Observe, no entanto,
que o grau de compactação não é diretamente proporcional ao esforço de
compactação.
COMPACTAÇÃO NO CAMPO
Equipamentos de Compactação
Na maioria das vezes, usa-se rolos compactadores. Os quatros mais usuais são:
Os rolos lisos são adequados para provas de carga de subleitos de estradas e para
operações de acabamento em aterros com solos arenosos ou argilosos. Oferece
cobertura de 100% sob as rodas e pressões de contado com o solo de 310 a 380
kN/m², mas não é adequado para produzir altos valores de peso específico de
compactação quando aplicado a camadas mais espessas.
Os rolos de pneus de borracha, em muitos aspectos, são melhores que os rolos lisos
porque são pesados, com vários pneus separados por um espaçamento pequeno –
4 a 6 pneus por eixo. A pressão de contato pode variar de 600 a 700 kN/m², e a
cobertura é de cerca de 70% a 80%. Pode ser empregado em solos arenosos ou
argilosos. O processo de compactação é uma combinação de aplicação de pressão
e movimento de amassamento.
Os rolos pé-de-carneiro estão equipados com tambores com várias projeções. Esse
equipamento é utilizado com maior eficiência em solos argilosos. A pressão de
contato pode variar de 1.400 kN/m² a 7.000 kN/m². Durante a compactação no
campo, as passagens iniciais compactam a porção inferior da camada.
Além do tipo do solo e do teor de umidade, outros fatores devem ser considerados
para o cálculo do peso específico de compactação desejado no campo. Tais fatores
incluem a espessura da camada, a intensidade da pressão aplicada pelo
equipamento e a área a qual a pressão é aplicada. Esses fatores são importantes
porque a pressão aplicada à superfície decresce com a profundidade, o que resulta
em uma redução do grau de compactação do solo. Outro fator importante é o
número de passagens do rolo compactador. O peso específico seco de um solo,
para determinado valor de umidade, aumenta até certo valor com o número de
passagens do rolo compactador (Vide Fig. 5.23). Acima desse valor, o peso
permanece aproxidamente constante. Na maioria dos casos, cerca de 10 a 15
passagens possibilitam a obtenção de um peso específico seco máximo
economicamente viável.
Observe (Fig. 5.24a) que, a qualquer profundidade definida, o peso específico seco
de compactação aumenta com o número de passagens do rolo compactador.
Entretanto, a taxa de aumento do peso específico decresce de modo gradual após
cerca de 15 passagens. Outro fator a ser notado é a variação do peso específico
seco com a profundidade. O peso específico seco e, portanto, a compacidade
relativa, Dr , alcança valores máximos a 0,5 m e decresce de modo gradual para
profundidades menores. Essa redução ocorre por causa da falta de pressão de
confinamento em direção à superfície. Uma vez que a relação entre a profundidade
e a compacidade relativa (ou peso específico seco), para um solo específico, com
determinado número de passagens do rolo compactador, seja definida, o cálculo da
espessura aproximada de camada torna-se fácil.
DETERMINAÇÃO DO PESO ESPECÍFICO DE COMPACTAÇÃO DE CAMPO
W2
W 3=
w( )
1+
100
Após a escavação do furo, o frasco cheio de areia com o cone instalado é
posicionado de cabeça ára baixo sobre o furo. A areia é solta do frasco e enche o
furo. Depois, o peso combinado do frasco, do cone e da areia restante no frasco é
obtido ( W 4 ) na pesagem para se obter o peso da areia contida no furo e no cone (
W 5 ) pela equação seguinte:
W 5=W 1−W 4
W 5 −W c
V furo=
γ d (areia)
A Fig. 8.1a mostra uma coluna de solo saturado sem percolação de água em
nenhuma direção. A tensão total no nível do ponto A pode ser obtida a partir do peso
específico saturado do solo e do peso específico da água acima dele. Assim,
A tensão total dada pela equação acima pode ser divida em duas partes:
Porção aplicada pela água nos espaços vazios contínuos. Essa parte atual
com igual intensidade em todas as direções.
Restante aplicado pelos sólidos do solo em seus pontos de contato. A soma
das componentes verticais das forças desenvolvidas nos pontos de contato
das partículas sólidas por unidade de área de seção transversal da massa de
solo é chamada de tensão efetiva.
onde γ ' =γ sat −γ w é igual ao peso específico do solo submerso. Assim, podemos
ver que a tensão efetiva em qualquer ponto A é independente da profundidade da
água, H, acima do solo submerso.
A Fig. 8.2a mostra uma camada de solo submerso em um tanque em que não há
percolação. As Figs. 8.2b a 8.2d mostram gráficos das variações da tensão total,
poropressão e tensão efetiva, respectivamente, em função da profundidade de uma
camada de solo submersa colocada em um tanque sem percolação.
A Fig. 9.1ª apresenta um elemento bidimensional de solo que está sendo submetido
a tensões normais e de cisalhamento ( σ y > σ x ). Para determinar a tensão normal e
a tensão de cisalhamento em um plano EF que faz um ângulo θ com o plano AB,
pe necessário considerar-se o diagrama de corpo livre de EFB mostrado na Fig.
9.1b. Sejam σn e τn a tensão normal e a tensão de cisalhamento,
respectivamente, no plano EF. Da geometria, sabemos que
Ou
σ y +σ x σ y −σ x
σn= + cos 2 θ+τ xy sin 2θ
2 2
1
sin ² θ= (1−cos 2θ)
2
2 1
cos θ= (1+cos 2 θ)
2
Novamente,
Ou
2 2
τ n =σ y sin θ cos θ−σ x sin θ cos θ−τ xy (cos θ−sin θ)
Ou (lembrando que cos 2 θ=cos ² θ−sin ² θ )
σ y −σ x
τn= sin 2 θ−τ xy cos 2 θ
2
Por outro lado, são também disponíveis ábacos para o cálculo de tensões
horizontais, tensões principais e tensões cisalhantes, permitindo a obtenção de todo
o estado de tensões devido a cada carregamento.
TENSÃO VERTICAL CAUSADA POR UMA LINHA DE CARGA VERTICAL
Observe a Fig.9.10.
Ele mostra uma linha de carga flexível vertical de comprimento infinito, que tem uma
intensidade q/unidade de comprimento, na superfície de uma massa de solo semi-
infinita. O aumento da tensão vertical dentro da massa de solo pode ser determinado
utilizando-se princípios da teoria da elasticidade, ou
Seja a carga por unidade de área da faixa mostrada na Fig. 9.14 igual a q . Se
considerarmos uma faixa elementar de largura dr , a carga por unidade de
comprimento dessa faixa será igual a qdr . Essa faixa elementar pode ser tratada
como uma linha de carga. A eq. (9.19) fornce o aumento da tensão vertical dσ z no
ponto A dentro da massa de solo causada por essa faixa elementar de carga. Para
calcular o aumento da tensão vertical, é necessário substituir-se q por qdr e
x por (x−r ) . Por tanto,
A Tab. 9.4 mostra a variação de ∆ σ z /q com 2z/ B para 2 x / B . Essa tabela
pode ser utilizada convenientemente para o cálculo da tensão vertical em um ponto
causada por uma faixa de carga flexível.
TENSÃO VERTICAL DEVIDA AO CARREGAMENTO DE UM ATERRO
A Fig. 9.17 mostra a seção transversal de um aterro de altura H. Para essa condição
de carregamento bidimensional, o aumento da tensão vertical pode ser expresso
como
Para uma derivação detalhada da equação, veja Das (1997). Uma fórmula
simplificada da eq. (9.25) é
TENSÃO VERTICAL ABAIXO DO CENTRO DE UMA ÁREA CIRCULAR
UNIFORMEMENTE CARREGADA
Na maioria dos casos, o aumento da tensão vertical abaixo do centro de uma área
retangular (Fig. 9.26) é importante. Esse aumento de tensão pode ser fornecido pela
relação
ISOBÁRICAS DA TENSÃO
As relações para ∆σz podem ser utilizadas para calcular o aumento de tensão em
vários pontos da grade abaixo da área carregada. Com base nesses aumentos de
tensão calculados, as isobárias de tensão podem ser representadas em gráfico. As
Figs. 9.28 e 9.29 mostram tais isobárias de tensão sob a faixa e as áreas quadradas
uniformemente (verticalmente) carregadas.
A Fig. 9.30 mostra um gráfico de influência que foi contruído desenhando-se círculos
concêntricos. Os raios desses círculos são iguais aos valores de R/ z
correspondentes a ∆ σ z /q=0, 0.1, 0.2, … ,1. (Obs.: Para ∆ σ z /q=0 , R/ z=0 e
para ∆ σ z /q=1 , R/ z=∞ , portanto, nove círculos são mostrados). O
comprimento unitário para se representar graficamente os círculos é ´ . Os
AB
círculos são divididos por várias linhas radiais igualmente espaçadas. O valor de
influência do gráfico é fornecido por 1/ N , em que N é igual ao número de
elementos do gráfico. Na figura abaixo, há 200 elementos, portanto, o valor de
influência é 0,005.
COMPRESSIBILIDADE DO SOLO
RECALQUE ELÁSTICO
RECALQUE DE ADENSAMENTO
FUNDAMENTOS DO ADENSAMENTO
A Fig. 10.12 mostra que a parte superior do gráfico e−logσ ' é um pouco curvada
com uma inclinação pequena, seguida por uma relação linear para o índice de
vazios com o logσ ' apresentando uma inclinação maior. Esse fenômeno pode ser
explicado da seguinte maneira:
A razão de sobreadensamento (OCR) para um solo pode agora ser definida como
Um corpo de prova de solo será amolgado quando for submetido a algum grau de
pertubação. Esse amolgamento resultará em algum desvio do gráfico e−logσ ' da
maneira observada no laboratório a partir do comportamento real em campo. O
gráfico de campo pode ser recontruído com base nos resultados de ensaio de
laboratório da maneira descrita nesta seção (Terzaghi e Peck, 1967).
Mas
Para argilas normalmente adensadas que exibe uma relação e−logσ ' linear
Em argilas sobreadensadas, para σ ' 0+ ∆ σ ' ≤ σ ' c , a variação de campo de
e−logσ ' será ao longo da linha hj , cuja inclinação será aproximadamente igual
àquela da curva de recuperação de laboratório. A inclinação da curva de
recuperação C s é mencionada como índice de expansão; portanto
A seção 10.5 mostrou que no fim do adensamento primário (isto é, após completa
dissipação do excesso de poropressão) algum recalque é observado por causa do
ajuste plástico do tecido do solo. Esse estágio de adensamento é chamado de
compressão secundária. Durante a compressão secundária, o gráfico da
deformação em função do logaritmo do tempo é praticamente linear. A variação do
índice de vazios e , com o tempo t para um dado incremento de carga será
similar àquela mostrada na Fig. 10.10. Essa variação essa variação é mostrada na
Fig. 10.26. Da Fig. 10.26, o índice de compressão secundária pode ser definido
como
As equações vistas até aqui para o cálculo do adensamento primário não fornecem
nenhuma informação a respeito da sua taxa de adensamento. Terzaghi (1925)
propôs a primeira teoria para considerar a taxa de adensamento unidimensional para
solos de argila saturada. A dedução matemática tem como base as seis hipóteses
seguintes:
PRÉ-COMPRESSÃO
A relação recalque-tempo sob a carga estrutural será como aquela mostrada na Fig.
10.42b. Entretanto, se uma sobrecarga de ∆ σ ( p) + ∆ σ (f ) for colocada no solo, então
o recalque de adensamento primário será
A relação recalque-tempo sob uma sobrecarga de ∆ σ ( p) + ∆ σ (f ) também é
mostrada na Fig. 10.42.b. Observe que um recalque total de S (p ) pode ocorrer em
estrutura com uma carga permanente por área unitária de ∆ σ ( p) for construída,
nenhum recalque apreciável ocorrerá. O procedimento agora descrito é a pré-
compressão. A sobrecarga total, ∆ σ ( p) + ∆ σ (f ) , pode ser aplicada pelo uso de
aterros temporários.
Mohr (1900) apresentou a teoria para ruptura em materiais que afirmava que um
material se rompe por causa da combinação da tensão normal e de cisalhamento e
não da máxima de uma destas em separado. Portanto, a relação funcional entra a
tensão normal e a tensão de cisalhamento em um plano de ruptura pode ser
expressa da seguinte forma:
τ f =f (σ )
A envoltória de ruptura definida pela equação acima é uma linha curva, contudo,
para a maioria dos problemas de mecânica dos solos, segundo Coulom (1776), é
suficiente aproximar a uma linha reta, tal como se segue:
'
σ =σ +u
O significado da eq. (11.3) pode ser explicado consultando-se a Fig. 11.1, que
mostra uma massa de solo elementar. Sejam a tensão normal efetiva e a tensão de
cisalhamento no plano ab σ' e τ , respectivamente. A Fig. 11.2 mostra a
envoltória de ruptura definida pela eq. (11.3). Se as magnitudes de σ' e τ no
plano ab forem tais que representem graficamente o ponto A na Fig. 11.1b, a ruptura
por cisalhamento não ocorrerá ao longo do plano. Se a tensão normal efetiva e a
tensão de cisalhamento no mesmo plano forem representadas graficamente como o
ponto B, a ruptura por cisalhamento ocorrerá ao longo daquele plano. Um estado de
tensão em um plano representado pelo ponto C não pode existir, pois a ruptura por
cisalhamento já teria ocorrido.
Assim,
A mesma equação pode ser escrita em termos de tensões totais (lembrando que os
valores de φ' e c' devem ser ajustados também para φ e c ,
respectivamente.